Epidemiologia e Planejamento em Saúde como Ferramentas para a Assistência Farmacêutica
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- Alexandra Custódio Pedroso
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1 Epidemiologia e Planejamento em Saúde como Ferramentas para a Assistência Farmacêutica Gabriela Bittencourt Gonzalez Mosegui Instituto de Saúde da Comunidade ISC/UFF Adaptado de Carlos Magno C.B.Fortaleza
2 EPIDEMIOLOGIA EPI: sobre DEMO: população LOGOS: tratado estudo do que afeta a população A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes da freqüência de doenças no homem (Macmahon & Pugh, 1970) A epidemiologia é o estudo da distribuição e dos determinantes da saúde em populações humanas (Susser, 1973) A epidemiologia é uma maneira nova de aprender a fazer perguntas e a colher respostas que levam a novas perguntas...empregada no estudo da saúde e doença das populações. É a ciência básica da medicina preventiva e comunitária, sendo aplicada a uma variedade de problemas, tanto de serviços de saúde como de saúde. (Morris, 1975) Gabriela B.Gonzalez Mosegui UFF/2009
3 EPIDEMIOLOGIA Estudo da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas e a aplicação desse estudo para o controle dos problemas de saúde ((Last, JM. A Dictionary of Epidemiology, 4th ed.new York, Oxford University Press, 2001). Gabriela B.Gonzalez Mosegui UFF /2009
4 EPIDEMIOLOGIA A epidemiologia, como ciência, alicerça-se em quatro premissas fundamentais: a)que as doenças não ocorrem por força do acaso; b)que as doenças possuem fatores causais e preventivos; c)que esses fatores podem ser identificados por meio de investigação sistemática, aquilo que chamamos método epidemiológico ; d)que as ações sanitárias legítimas devem estar baseadas nos resultados obtidos dessa investigação. ÁREAS TEMÁTICAS Doenças infecciosas e carenciais Doenças crônico-degenerativas e outros danos à saúde Os serviços de saúde Gabriela B.Gonzalez Mosegui - UFF/2009
5 EPIDEMIOLOGIA APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA Informar a situação de saúde da população Investigar fatores que influenciam na situação de saúde Avaliar impacto das ações propostas para alterar situação encontrada USOS Diagnóstico da situação de saúde Investigação etiológica Determinação de riscos Aprimoramento da descrição de casos clínicos Determinação de prognósticos Identificação de síndromes e classificação de doenças Verificação do valor de procedimentos diagnósticos Planejamento e organização de serviços de saúde Avaliação das tecnologias, programas ou serviços Gabriela B.Gonzalez Mosegui - UFF/2009
6 EPIDEMIOLOGIA OBJETIVOS 1. Descrever as freqüências, distribuições, padrões e tendências temporais da ocorrência de doenças/agravos de saúde em populações (planejamento de serviços e programas de saúde; explorar hipóteses causais). 2. Explicar a ocorrência de doenças/agravos de saúde por meio da identificação de suas causas 3. Estudar a história natural e o prognóstico das doenças (diagnóstico, tratamento, reabilitação) Gabriela B.Gonzalez Mosegui UFF/2009
7 EPIDEMIOLOGIA Bioestatística Ciências sociais Farmácia Clínica e Medicina Clínica Teoria Infecciosa Geografia Médica Tropicalistas Naturalistas Teoria Miasmática
8 Evolução do objeto de estudo Doenças Infecciosas Períodos epidêmicos Doenças Infecciosas Doenças Determinantes de saúde Desigualdades sociais e iniqüidades da saúde
9 Estudos de situação Indicadores demográficos. Indicadores sociais. Econômicos. Morbi-mortalidade.... relevância de capacitar recursos humanos que atuam ou virão atuar nos serviços de saúde, na análise e interpretação de sua evolução. Perfis e Fatores de risco Identificação de fatores de risco. Identificação de grupos vulneráveis. Condicionantes sociais ou culturais. Waldman. IESUS, Jul/Set, 1998.
10 Avaliação epidemiológica de serviços Selecionar indicadores apropriados. Quantificar metas. Coletar informações epidemiológicas necessárias. Comparar resultados alcançados em relação às metas estabelecidas. Revisar estratégias e reformular planos. Waldman. IESUS, Jul/Set, 1998.
11 Vigilância epidemiológica Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. (Lei 8080 de 1990)
12 Vigilância sanitária Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. (Lei 8080 de 1990)
13 Epidemiologia e Organização de Serviços A vigilância epidemiológica ganha força nos anos 1960 e 1970 serviços de epidemiologia se converteram em serviços de vigilância. Apesar dos êxitos em algumas doenças, basicamente foi ( ) de pouco impacto nas decisões sobre organização de serviços. Profissionais em epidemiologia Identificar e hierarquizar necessidades sociais em saúde. Configuração de modelos tecnológicos de intervenção. Avaliar impacto de intervenções realizadas. Prática intersetorial. Tradução do conhecimento acadêmico para a prática em serviços. Fornecimento de evidências científicas para embasar a tarefa regulatória do Estado. Castellanos. OPS, Barata, 2002.
14 Planejamento em Saúde Alice poderia me dizer, por favor, qual o caminho para sair daqui? Gato Isso depende muito do lugar para onde você quer ir. Alice Não me importa muito onde. Gato - Nesse caso, não importa por qual caminho você vá! O que é planejar? É arte de elaborar um plano de um processo de mudança. Vencina Neto É o modo de agir sobre algo de modo eficaz. Merhy
15 Planejamento em Saúde Planejamento passa a ser um instrumento de transformação O enfoque estratégico parte de uma visão política do processo e do ato de planejar
16 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E A EPIDEMIOLOGIA COMO SUA FERRAMENTA Seleção Dispensação Distribuição Suporte Gerencial Organização Financiamento Informações gerenciais Recursos Humanos Programação Aquisição Armazenamento Marín et al., 2003
17 Organização da Assistência Farmacêutica É preciso identificar cada um dos seus componentes e elementos, os quais deverão ser capazes de promover maior resolutividade das ações. A organização está relacionada com a funcionalidade dos serviços, e tem por objetivo o gerenciamento eficiente e eficaz. É necessário conhecer a realidade da situação de saúde local, buscando subsídios para implementação de um plano de ação: Estrutura organizacional da Secretaria de Saúde e suas inter-relações; Níveis hierárquicos, relações dentro e fora do serviço, competências de cada área técnica, normas e procedimentos existentes, metas estabelecidas para a saúde; Distribuição da população, por faixa etária e sexo, as doenças mais comuns que acometem essa população, seus hábitos e costumes; Organização da rede local de saúde; Capacidade instalada, oferta dos serviços e o Plano Estadual/Municipal de Saúde; Recursos financeiros; Recursos humanos.
18 INTERFACES DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Vigilância Sanitária e Epidemiologia Coordenações de Programas Estratégicos de Saúde (Hanseníase, Saúde Mental, Programa Saúde da Família PSF, etc Área administrativo-financeira, Planejamento, Material e Patrimônio, Licitação, Auditoria, Setor Jurídico, Controle e Avaliação Profissionais de saúde, entidades e conselhos de classes, universidades, Ministério Público, Conselhos de Saúde, setores de comunicação, fornecedores, entre outros
19 PROBLEMAS QUANTO AO GERENCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Ausência de mecanismos eficientes e eqüitativos de financiamento para aquisição dos medicamentos; Ausência de sistema público eficiente de suprimento de medicamentos estratégicos; Necessidade de ações de regulação quanto à garantia da qualidade e eficácia dos medicamentos. (de 10 a 20% das amostras de medicamentos falham nas provas de controle de qualidade em muitos países em desenvolvimento). Perdas decorrentes de condições inadequadas de transporte e armazenamento.
20 NOVOS DESAFIOS PARA A AF E Hoje? Conferências de Assistência Farmacêutica; Fracionamento de Medicamentos Campanha para uso racional Centros de Farmacovigilância Mandados judiciais para fornecer medicamentos Discussão de Formação de Farmacêutico Custos/Sustentabilidade no custeio de medicamentos
21 Papel do Farmacêutico na AF Deve estar inserido na equipe de saúde, pois é o profissional com melhor perfil para conduzir as ações destinadas à melhoria do acesso e promoção do uso racional de medicamentos. Os farmacêuticos devem supervisionar a qualidade, gerenciar o sistema de fornecimento, fornecer informação científica a outros profissionais de saúde e para a comunidade e promover o conceito da Assistência Farmacêutica, respaldando pesquisa e formação (4a Assembléia Mundial de Saúde, 1994). Sete características fundamentais do Farmacêutico (WHO, 1997): Prestador de serviços; Tomador de decisão; Comunicador; Líder; Gerente; Estudante por toda a vida; Mestre.
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