IUS RESUMOS. Da capacidade. Organizado por: Samille Lima Alves
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- Gustavo Machado Alencastre
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1 Da capacidade Organizado por: Samille Lima Alves
2 SUMÁRIO I. A TEORIA DAS INCAPACIDADES CIVIS Revisão sobre os termos gerais de capacidade Conceito de capacidade Capacidade de direito e Capacidade de exercício Capacidade plena e Capacidade limitada Diferenciando Personalidade, Capacidade e Legitimação Teoria das Incapacidades Disposições gerais Incapacidade absoluta Incapacidade relativa Referências... 8
3 TEORIA DAS INCAPACIDADES CIVIS TEORIA DAS INCAPACIDADES CIVIS Nesse Ius Resumo de Direito Civil estudaremos sobre a Teoria das Incapacidades Civis. Revisaremos o conceito de capacidade, o que significa capacidade de fato e de direito, a diferença entre capacidade plena e limitada. Quanto à Teoria das Incapacidades Civis, trataremos sobre os tipos de incapacidades, a saber, a incapacidade absoluta e a incapacidade relativa. Espero que sua leitura seja proveitosa. Samille Lima Alves Equipe Ius Resumos I. A TEORIA DAS INCAPACIDADES CIVIS 1. Revisão sobre os termos gerais de capacidade 1.1 Conceito de capacidade Capacidade Jurídica Carlos Roberto Gonçalves Capacidade é a medida jurídica da personalidade, para uns é plena, para outros será limitada Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald A capacidade surge como uma espécie de medida jurídica da personalidade - que é reconhecida a todas as pessoas naturais e jurídicas A capacidade jurídica envolve a aptidão para adquirir direitos e assumir deveres pessoalmente [3]
4 1.2 Capacidade de direito e Capacidade de exercício Capacidade de gozo ou de direito Aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações na vida civil, não pode ser recusada ao indivíduo; é adquirida pelo indivíduo ao nascer com vida Todo ser humano tem, assim, capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente à sua condição Exprime a ideia genérica e potencial de ser sujeito de direitos (reconhecida a todas as pessoas humanas e estendida aos agrupamentos morais) Capacidade de fato ou de exercício É a aptidão de exercer por si só os atos da vida civil A aptidão para praticar pessoalmente, por si mesmo, os atos da vida civil Nem toda pessoa possui aptidão para exercer pessoalmente os seus direitos, praticando atos jurídicos, em razão de limitações orgânicas ou psicológicas. Se puderem atuar pessoalmente, possuem, também, capacidade de fato ou de exercício 1.3 Capacidade plena e Capacidade limitada Capacidade Plena A capacidade jurídica plena ou geral é reconhecida a quem dispõe tanto da capacidade de direito, quanto da capacidade de fato Capacidade Limitada A capacidade limitada é reconhecida a quem dispõe ou da capacidade de direito ou da capacidade de fato 1.4 Diferenciando Personalidade, Capacidade e Legitimação Personalidade A personalidade tende ao exercício das relações existenciais Ex: titularizar direitos da personalidade Capacidade Refere-se ao exercício de relações patrimoniais Ex: relações obrigacionais de crédito e débito
5 TEORIA DAS INCAPACIDADES CIVIS Por sua vez, capacidade e legitimação assim se diferenciam: Legitimação É a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos, uma espécie de capacidade especial exigida em certas situações É uma espécie de capacidade jurídica específica Ex: art. 496, CC/02 Capacidade É a possibilidade genérica de praticar atos jurídicos pessoalmente A personalidade tem seu fim com a morte, um fenômeno inevitável, que na seara do direito é assim entendido: 2. Teoria das Incapacidades 2.1 Disposições gerais Teoria das Incapacidades A incapacidade é o reconhecimento da inexistência, numa pessoa, daqueles requisitos que a lei acha indispensáveis para que ela exerça os seus direitos (Silvio Rodrigues) Importa no tratamento diferenciado do incapaz A lei prevê garantias aos incapazes, por exemplo: A) Não corre prazo prescricional (art. 198, I e 208, CC); B) Impossibilidade dos pais contraírem em nome dos filhos menores obrigações que ultrapassem os limites da simples administração (art. 1691, CC) As limitações à capacidade Devem ser excepcionais e interpretadas restritivamente O Código Civil estabeleceu hipóteses de falta de capacidade jurídica plena Há uma gradação ao exercício da capacidade de fato Arts. 3 e 4º, CC O rol de incapacidades é taxativo [5]
6 Importante! Farias e Rosenvald (2015) observam que: Analfabetismo, rudeza e o encarceramento prisional não ensejam isoladamente o reconhecimento de incapacidade jurídica; A velhice, por si só, não implica em incapacidade, por mais idosa que seja a pessoa; Os deficientes físicos não podem ser considerados incapazes por causa da debilidade física Tipos de incapacidades O Código Civil distinguiu dois tipos de incapacidades Incapacidade absoluta (art. 3º) Incapacidade relativa (art. 4º) 2.2 Incapacidade absoluta Incapacidade Absoluta Definição Representação Absolutamente incapazes são aqueles que não possuem qualquer capacidade de agir, sendo irrelevante, do ponto de vista jurídico, a sua manifestação de vontade São representados legalmente por um terceiro, que praticará todos os atos da vida civil em nome do titular Validade e efeitos dos atos Atos praticados pelo incapaz são nulos e não produzem qualquer efeito Previsão legal Rol do art. 3º do CC Redação original do art. 3º Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de 16 (dezesseis) anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade
7 TEORIA DAS INCAPACIDADES CIVIS Redação do art. 3º alterada pelo Estatuto da pessoa com deficiência - Lei nº /2015 Art. 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. I - (Revogado); II - (Revogado); III - (Revogado) Importante! Apenas os menores impúberes são absolutamente incapazes, os púberes são relativamente capazes Os absolutamente incapazes do inciso III do art. 3º, com a modificação da Lei /2015, passaram a ser relativamente incapazes, previsto no inciso III do art. 4º 2.3 Incapacidade relativa Incapacidade Relativa Definição Assistência Validade e efeitos dos atos Previsão legal Redação original do art. 4º Categoria específica de pessoas igualmente necessitadas de proteção jurídica, porém em grau inferior aos absolutamente incapazes O relativamente incapaz deve ser assistido, porém, sua vontade é levada em conta, diferentemente dos absolutamente incapazes Os atos praticados pelo relativamente incapaz exigem não apenas a presença do assistente, mas, por igual, a sua própria intervenção, como condição de validade. Rol do art. 4º do CC Art. 4" São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. [7]
8 Redação alterada pelo Estatuto da pessoa com deficiência - Lei nº / 2015 Art. 4º - São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III aqueles que, por causa transitória, ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV os pródigos; Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Até o próximo Ius resumos! 3. Referências FARIAS, Cristiano chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: parte geral e LINDB. 13. ed. rev. ampl e atual. vol. 1. São Paulo: Atlas S.A, 2015.
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