Importância da qualidade de fibra na dieta de bovinos de leite e novos conceitos de fibra em detergente neutro - FDN
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- Yasmin Faria Gameiro
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1 Importância da qualidade de fibra na dieta de bovinos de leite e novos conceitos de fibra em detergente neutro - FDN Marcos Neves Pereira Universidade Federal de Lavras
2 Fibra FDN: Fibra em detergente neutro Celulose, Hemicelulose e Lignina (+ pouca proteína) Resíduo da fervura de um alimento por 1 hora em solução detergente com ph neutro. Carboidratos que requerem degradação anaeróbica por enzimas microbianas FDA: Fibra em detergente ácido = Celulose e Lignina FDN é melhor descrição da fibra para fins de balanceamento que FDA Certo teor de fibra longa na dieta é necessário para reter alimento no rúmen (formação de mat) e manter atividade mastigatória, motilidade ruminal e produção de saliva (manter saúde ruminal. ph) - Vital Dietas sempre têm alguma FDN longa (forragens). Entretanto, a fibra moída (subprodutos fibrosos) também é efetiva, pois fibra é mais lentamente degradada no rúmen que CNF e não gera lactato como amido Com mais fibra moída e menos amido, menos fibra longa é necessária
3 Composição dos alimentos na matéria seca Sistema de Van Soest Analisados Proteína bruta N x 6,25 (Não é medida de AA) Extrato etéreo Lípides (energia não fermentável no rúmen) Cinzas macro (%) e micro (ppm) minerais Fibra em detergente neutro Calculado Carboidratos não fibrosos amido, sacarose, pectina CNF = (PB + EE + Cinzas + FDN)
4 Degradação Ruminal da MS (%) Fibra Silagem vs Digestão de Milho y = 79, x R 2 = Fibra em Detergente Neutro (% da MS) Fonseca et al., 2002
5 DEG24 (% da MS) cultivares industriais de cana Teixeira et al., 2004 y = x R 2 = FDN (% da MS)
6 DEF (% da MS) Silagem de Sorgo FDA (% da MS) Resende et al., Scientia Agricola v.60, p.457.
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8 FDN ALTO FDN BAIXO PRODUçÃO ALTA Elefante Colonião Tifton Milho Sorgo Cana Palma PRODUçÃO BAIXA Braquiária Aveia Azevém
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10 17% 24% 17% 3% 45% 6% 10% 7% 17% 46% Temperada 45% 6% 16% Proteína Minerais 40% 2% FDN de concentrados 20% 5% 3%1% 5% 36% Óleo FDN de forragem 6% 7% Carboidratos não fibrosos 6% 3% 7% 66% Tropical 10% Proteína Minerais Cana FDN de concentrados 5% 51% Óleo 20% 48% Forragem de Milho FDN de forragem Carboidratos não fibrosos
11 620 dias pós-plantio. 17,1 ton/ha. 10,1 ton/ha/ano 20 mil plantas/ha
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13 Qual forragem? Aquela capaz de ser produzida com alta eficiência agronômica e que seja compatível à estrutura da fazenda e ao estilo de vida e expectativa de renda do produtor Qualquer uma...
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17 Qualidade de fibra Depois de ter QUANTIDADE e FDN o mais BAIXO possível Tamanho de partícula Digestibilidade
18 8 mm 19 mm
19 FDN fisicamente efetivo (pefdn) A fibra em forragens retida na peneira de 8 mm do separador da Penn State é uma proposta de mensuração de pefdn. Meta: 13 a 15% de FDN >8 mm na MS da dieta Meta-análise de Zebeli et al (2012) sugere: pefdn >8 de 18,5% da MS para evitar acidose. Mas, pefdn >8 >14,9% da MS deprime consumo
20 Consumo de matéria seca (kg/d) Excesso de tamanho de partícula >50% da MN de fibra longa pode deprimir consumo 15 25% 35% 45% 55% 65% 75% % da matéria natural da dieta nas duas peneiras de cima do separador da Penn State Armentano. Formuleite, 2010
21 Tamanho de partícula Mais longo: Mais ruminação e pior compactação Grãos danificados são mais digeridos Desejável <8mm: <25% (máquina convencional) <8mm: < 15% (automotriz com cracker) Realidade no Brasil <8mm: 30-50%
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25 Equação de predição do NDT 1x NDT 1x = DVCNF + DVPB + DVFDN + (DVAG x 2,25) 7 Onde: NDT 1x = NDT a nível de mantença DVCNF = Digestibilidade verdadeira do CNF DVPB = Digestibilidade verdadeira da PB DVFDN = Digestibilidade verdadeira da FDN DVAG = Digestibilidade verdadeira dos ácidos graxos
26 Digestibilidade verdadeira da FDN DVFDN = (FDNn L) x 0,75 x [1 (L/FDNn) 0,667 ] Onde: FDNn = FDN PBIDN L = Lignina Um fator gerado pelo termo 0,75 x [1 (L/FDNn) 0,667 ] define a digestibilidade da FDN livre de PBIDN e livre de L. O termo L/FDNn é a correção para diferenças na digestibilidade da FDN entre alimentos
27 Digestibilidade verdadeira da FDN Em vez de deixar o modelo calcular a digestibilidade da FDN com base no teor de lignina na FDN, podem ser usados valores mensurados em laboratório: DVFDN = (FDNn L) x Digestibilidade Incubações in vitro por tempo fixo (30 ou 48 h) TTNDFD: Total Tract NDF Digestibility. Método de David Combs (US Patent ). University of Wisconsin-Madison Valores de digestibilidade aparente da FDN obtidos in vivo: Cana-de-açúcar: 20 a 30% Em gramíneas tropicais, incluindo silagem de milho: 40 a 50% Em forragens temperadas: 45 a 60%
28 Degradação vs. passagem no rúmen Nutriente no rúmen Desaparecimento por degradação microbiana a um dado kd (taxa de degradação, %/h) Desaparecimento por passagem a um dado kp (taxa de passagem, %/h) kd / (kd + kp) Mede a proporção do desaparecimento ruminal que ocorre por degradação
29 TTNDFD Total Tract NDF Digestibility (US Patent Dave Combs/UW-Madison) TTNDFD = Digestão no rúmen + digestão no intestino Digestão no rúmen = pdndf x [kd / (kd + kp)] pdndf = NDF undf undf = (2,4 x lignin)/ndf ou undf 240 kd gerado por incubações in vitro por 24, 30 e 48 h (e 240 para undf) kp da pdndf é 0,8 (Lund et al., 2007) do kp da ifdn (Krizsan et al., 2010) kp ifdn = 0,82 + 1,54 + 0,0866 x Consumo de FDN g/kg PV Assume vaca de 630 kg com consumo de 23,4 kg/d e dieta com 30% de FDN kp da pdndf = 2,67 %/h Digestão no intestino = Digestão no rúmen x 0,10 Modelo com 2 pools: pdndf e undf Boa forragem: TTNDFD > 42% (48)
30 FDN Total B B degradado no rúmen B x kd / (kd + kp) C C degradado no rúmen = 0 kd = 0
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34 Silagem de milho USA vs. Brasil
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36 Brown-Midrib (Nervura marron) Híbridos com baixa lignina Potencial para atuar geneticamente sobre a digestibilidade da fibra 1 unidade de aumento na digestibilidade da FDN = + 0,17 kg de consumo e + 0,23 kg de leite (Oba & Allen, 1999)
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