VACAS DE ALTA PRODUÇÃO: DESAFIOS E POTENCIALIDADES

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Malu Machado Bastos
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1 VACAS DE ALTA PRODUÇÃO: DESAFIOS E POTENCIALIDADES Marcos Neves Pereira Universidade Federal de Lavras Departamento de Zootecnia

2 Maior potencial Eficiência

3 Utilização energética Energia bruta Energia fecal Origem alimentar Origem metabólica Energia digestível aparente Produtos gasosos da fermentação Energia metabolizável Energia líquida Energia urinária Incremento calórico Origem alimentar Origem metabólica Calor de fermentação Calor de metabolismo Lactação Ganho de peso Gestação Trabalho Mantença (calor para aquecer corpo, calor para resfriar corpo, metabolismo basal, atividade voluntária)

Vacas Mantença: Custo fixo no negócio da produção animal 6 10,7 26,7 5 42,8 26,7 4 3 10,7 10,7 6,7 6,7

4 Vacas Mantença: Custo fixo no negócio da produção animal 6 10,7 26,7 5 42,8 26, ,7 10,7 6,7 6,7 Mantença Leite 2 10,7 6,7 1 10,7 6, Energia líquida (Mcal/dia) Menos metano por litro de leite produzido

5 Lote 1 Vaca de 680 kg, produzindo 38 kg de leite, com 3,4% de gordura, 3,1% de proteína e 4,6% de lactose = 0,67 Mcal/L Consumo de matéria seca: 25,8 kg PB: 16,6% (soja) Amido: 25% (milho) Fibra solúvel (pectina): 8% (polpa cítrica) Forragem: 42,7% (37,5% silagem de milho, 5,2% feno de tifton) FDN >8 mm: 12% efdn: 23% FDNF: 20% CNF: 43,5% FDN: 29%

6 Lote 1 vs. Lote 2 Lote 1 (38) Lote 2 (28) Custo alimentar (R$/vaca/dia) 18,00 13,95 Renda bruta (R$0,80/L) 30,40 22,40 Retorno sobre custo alimentar 12,40 8,45 Custo alimentar/kg de leite 0,4736 0,4981 Leite/Consumo 1,47 1,27 Leite/Concentrados 2,30 2,55

7 Lote 1 vs. Torneio Peso CMS Leite ,8 38 % Mcal/L % Gordura 3,4 0,316 47,3% Proteína 3,1 0,170 25,4% Lactose 4,6 0,182 27,2% Peso CMS Leite ,5 73,7 % Mcal/L % Gordura 4,2 0,390 52,6% Proteína 3,1 0,170 22,9% Lactose 4,6 0,182 24,5% Leite/CMS 1,47 0,667 Mcal/L Leite 25,4 Mcal/d 2,38 Relação Mantença 10,7 Mcal/d Leite/CMS 2,20 0,741 Mcal/L Leite 54,6 Mcal/d 5,07 Relação Mantença 10,8 Mcal/d

8 Torneio Agroleite 2009 Leite Gordura Proteína G/P Lactose Gordura Proteína Lactose Sólidos Peso E Leite E Mant. E Leite/E Mant. Vaca kg/d % % % kg/d kg/d kg/d kg/d kg Mca/d Mcal/d 1 90,2 3,1 2,7 1,15 4,4 2,796 2,435 3,969 9, ,0 10,3 5, ,2 3,1 3,0 1,03 4,6 2,207 2,136 3,275 7, ,1 9,6 4, ,3 3,0 2,9 1,03 4,5 2,319 2,242 3,479 8, ,5 10,7 4, ,3 2,7 2,7 1,00 4,5 2,141 2,141 3,569 7, ,7 10,4 4, ,2 3,4 2,6 1,31 4,4 2,455 1,877 3,177 7, ,6 10,7 4, ,2 2,5 2,9 0,86 4,6 1,680 1,949 3,091 6, ,5 9,1 4, ,0 3,7 2,7 1,37 4,6 2,405 1,755 2,990 7, ,8 10,4 4, ,7 3,5 2,7 1,30 4,5 2,265 1,747 2,912 6, ,1 10,5 4, ,6 2,8 3,0 0,93 4,5 2,117 2,268 3,402 7, ,5 11,5 3, ,9 2,7 3,0 0,90 4,3 2,076 2,307 3,307 7, ,0 11,4 3, ,7 2,9 2,8 1,04 4,5 2,137 2,064 3,317 7, ,2 11,3 3, ,3 2,4 3,0 0,80 4,7 1,519 1,899 2,975 6, ,3 9,4 3, ,2 3,4 3,0 1,13 4,6 1,843 1,626 2,493 5, ,9 9,4 3, ,6 2,7 2,9 0,93 4,6 1,636 1,757 2,788 6, ,8 9,7 3,70 Média 70,8 3,0 2,9 1,06 4,5 2,114 2,015 3,196 7, ,3 10,3 4,20

9 EL leite / EL mantença Peso vivo e eficiência energética (3,5% gordura, 3,2% proteína, 4,6% lactose) Leite (kg/dia)

10 Meta em produção por vaca Alta produção por dia? Alta produção por lactação? Alta produção na vida útil? kg de leite em quatro partos?

11 % de 1970 Crescimento proporcional a 1970 nos EUA Anos Leite Gordura Proteína Fonte: USDA

12 % do leite Teor de sólidos da raça Holandesa nos EUA 4,0 3,8 3,6 3,4 3,2 3,0 2,8 2, Anos Gordura Proteína Fonte: USDA

13 Recordistas Holandesa LA Foster Blackstar Lucy , , ,5 kg/d 116 kg no pico Jersey Queen Acres Specialist Lydia kg em 365 dias 48 kg/d Lactação contínua D Diablo Jiggabo kg em 1095 dias 64,3 kg/d

Ever-Green-View My 1326-ET (EX-92 EX-MS) 4-05

14 Ever-Green-View My 1326-ET (EX-92 EX-MS) d 3x , , ,7 kg/dia

15 Maior desafio Longevidade

16 Causas de descarte

17 Silva & Almeida (2008). Dados de 19 rebanhos de Arapoti em 2007

18 Porque ocorre queda na reprodução? Maior tamanho dos rebanhos Maior proporção de primíparas em rebanhos em expansão Aquecimento global Maior produção de leite Mais calor para ser dissipado pelo animal Hipertrofia hepática e queda na progesterona plasmática Menor duração do estro Pior manejo reprodutivo Mais confinamentos em concreto Consanguinidade (10% em 2020)

20 Silva & Almeida (2008). Dados de 19 rebanhos de Arapoti em 2007

21 Silva & Almeida (2008). Dados de 19 rebanhos de Arapoti em 2007

22 Como selecionar para longevidade? Seleção direta Através de características como Vida Produtiva (Característica de baixa herdabilidade 8,5%) Seleção indireta

23 Seleção indireta para longevidade Através de características correlacionadas à longevidade 1. Tipo 2. Fertilidade 3. Resistência a doenças 4. Escore de células somáticas 5. Redução de consanguinidade

24 Vantagens de selecionar para longevidade usando tipo 1. Metodologia para avaliação de vacas para tipo está bem estabelecida 2. Avaliadores experientes e especializados 3. Vacas podem ser avaliadas na primeira lactação

26 Influência na longevidade Tipo e longevidade (Holandês) Profundidade de úbere Inserção de úbere anterior Pernas traseiras vistas de trás Escore final Ligamento central Altura de úbere posterior Largura de úbere posterior Caracterização leiteira Colocação de tetos anteriores Profundidade corporal Pernas traseiras vistas de lado Ângulo de garupa Altura de talão Comprimento de tetos anteriore Altura Largura de garupa Força Caraviello et al. (2003)

27 Risco Relativo de Descarte Profundidade de úbere Ligamento central Inserção de úbere anterior Altura de úbere posterior Largura de úbere posterior Colocação de tetos anteriores Escore linear de tipo Caraviello et al. (2003)

28 Risco relativo de descarte Caracterização leiteira e longevidade Caracterização leiteira Mudança na fórmula do TPI (Feb. 2005) Velho TPI Novo TPI Gordura Proteina Vida Prod SCS -5-5 "DPR" 0 5 Carac. Leit. 0-2 PTAT Comp. Úbe Comp. Per. 5 5 DCE 0-2 Caraviello et al. (2003)

29 Risco relativo de descarte 0 Altura e longevidade Altura Caraviello et al. (2003)

30 Ênfase relativa (% do índice) NM$ CM$ FM$ Produção de proteína Produção de gordura Produção de leite Vida produtiva (PL) Escore de CCS (SCS) Composto de úbere Composto de pernas e pés Composto de tamanho Taxa de concepção das filhas (DPR) Habilidade de parto (CA$) NM$: Net Merit CM$: Cheese Merit FM$: Fluid Merit

31 Ênfase relativa (% do índice) Alemanha RZG França ISU Nova Zel. BW Holanda DPS Suécia TMI Canadá LPI Produção de proteína Produção de gordura Produção de leite % de proteína 2 3 % de gordura 2 2 Itália PFT Não-produtivas Inclui (não necessariamente todas): longevidade, CCS, outras doenças, fertilidade, úbere, pernas e pés, tamanho, caracterização leiteira, garupa, classificação final para tipo, facilidade de parto, taxa de crescimento, temperamento, velocidade de ordenha

32 Considerações finais Maior potencial da vaca de alta produção Alta eficiência em produção de sólidos do leite na vida útil Maior desafio da vaca de alta produção Saúde e longevidade

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