Escola da Apel Técnicas Laboratoriais de Biologia. Trabalho elaborado por:
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- Gabriella Lemos Almada
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1 Escola da Apel Técnicas Laboratoriais de Biologia Trabalho elaborado por: Cátia Lucélia Sousa e Silva 11º A 5 nº5 Turno: B Março de 2004
2 Objectivos No âmbito da disciplina da Técnicas Laboratoriais de Biologia, foi-nos proposto a realização de um estudo sobre a estrutura da folha de Monocotilidóneas e Dicotiledóneas. Neste trabalho pretendemos observar ao microscópio óptico, cortes transversais de folhas de Mono e Dicotiledóneas em preparações definitivas, identificando as diferentes estruturas de cada uma delas. Espero que o trabalho esteja suficientemente claro para que assim alcance os objectivos pretendidos.
3 Introdução As plantas dividem-se em dois grandes grupos, dependendo do tipo de semente que produzem, podendo ser Gimnospérmicas, caso as suas sementes não estejam encerradas em frutos; e Angiospérmicas, para o caso das suas sementes se encontrarem envolvidas por um fruto. Na classe das Angiospérmicas distinguem-se as subclasses Monocotiledóneas e Dicotiledóneas. As plantas Angiospérmicas estão diferenciadas em raíz, caule, folhas e flores. As folhas, nas plantas superiores, são orgãos especializados na realização da fotossintese, função essencial que envolve a captação de energia luminosa e também a realização eficaz de trocas gasosas com o exterior. Estas têm uma estrutura que se caracteriza, geralmente, por uma grande área de superfície, facilitando as trocas gasosas pela exposição ao ar e a abundante iluminação recebida pelas células da mesma. Uma folha completa é formada por bainha (zona de inserção no caule), pecíolo (responsável pelo suporte) e limbo (peça funcional da folha), formado por células com cloroplastos, onde se distingue uma zona interna mesófilo, e uma camada de protecção exterior epiderme.
4 Quando observamos exterior ou interiormente uma folha de uma planta, verificamos diversas diferenças que permitem a distinção entre as duas subclasses No que diz respeito às características exteriores da folha de uma Monocotiledónea, podemos dizer que estas não apresentam recortes nas margens, a sua nervação é paralela e apresentam a mesma tonalidade nas duas páginas, ao contrário das folhas das Dicotiledóneas que apresentam recortes nas margens, a sua nervação é ramificada e a página superior apresenta uma cor mais escura que a página inferior. Quanto à observação interna de uma folha, através do microscópio, verifica-se três secções bem evidenciadas, mas distintas entre subclasses: Epiderme: A epiderme é formada por uma fiada de células justapostas, que revestem as duas páginas da folha, em muitas plantas esta apresenta pêlos.para defesa de predadores e parasitas. As células epidérmicas não possuem clorofila e encontram-se cutinizadas na parede externa. Na epiderme também se podem observar estomas, que asseguram e regularizam as trocas com o meio, que dificilmente se realizam através das células epidérmicas, por estas serem impermeáveis.
5 Nas Monocotiledóneas, os estomas distribuem-se, na maioria dos casos, regularmente nas duas páginas; nas Dicotiledóneas, os estomas concentram-se na página inferior; justificando deste modo as diferentes tonalidades que estas possuem. Mesófilo: O mesófilo é formado por um parênquima clorofilino, ou seja, posui cloroplastos e nestes a energia luminosa é convertida em energia química, com libertação de oxigénio (fotossíntese). Nas Monocotiledóneas, este tecido é sensivelmente semelhante nas duas páginas. Dizem-se folhas de mesófilo simétrico. Nas Dicotiledóneas, o mesófilo é assimétrico, pois junto à página superior, as células são prismáticas, alongadas e perpendiculares à epiderme parênquima em paliçada. As células deste tecido encontram-se justapostas, dispondo-se em uma ou mais camadas, com grande número de cloroplastos, junto à página inferior, as células são aproximadamente, arredondadas e estão separadas por lacunas, que comunicam com as câmaras estomáticas e estas com o exterior parênquima lacunoso. Vasos condutores: Os vasos condutores podem ser observados nas nervuras do limbo, conferindo-lhe suporte e têm a função de transportar água da raíz até as células da folha e produtos orgânicos da fotossíntese, da folha para toda a planta. Nas Dicotiledóneas encontram-se, muitas vezes, uma nervura mais desenvolvida que corresponde à nervura principal. A organização vascular da nervura principal é variável, mas frequentemente encontramo-la constituída por um só feixe duplo
6 colateral. O floema está virado para a página inferior e o xilema para a página superior. Entre estes pode-se observar câmbio. Junto à nervura principal, são abundantes os tecidos de suporte (colênquima e esclerênquima). Nas Monocotiledóneas, encontram-se frequentemente vários feixes de secção semelhante, correspondentes às várias nervuras paralelas. Os feixes também são duplos e colaterais, mas não têm câmbio.
7 Material - microscópio óptico - preparações definitivas da estrutura da folha de Monocotiledóneas e Dicotiledóneas.
8 Procedimento Experimental 1. Observou-se ao microscópio óptico as preparações definitivas de cortes transversais de Mono e Dicotiledóneas. 2. Esquematizou-se e identificou-se todas as estrutura visíveis.
9 Resultados Esquema representativo de cortes transversais de folhas de Monocotiledóneas e Dicotiledóneas, observadas ao microscópio óptico, com ampliação de Monocotiledónea Dicotiledónea
10 Discussão Com a observação de preparações definitivas de cortes transversais do limbo de uma folha de Monocotiledóneas e Dicotiledóneas ao microscópio, podemos confirmar a existência de muitas semelhanças, mas também muitas diferenças que nos permitiram a sua identificação e reconhecimento. Começamos por identificar a epiderme superior e inferior, e entre elas o mesófilo, constituído por parênquima e tecidos condutores. Nas folhas de Monocotiledóneas, visualizamos apenas um tipo de parênquima, o parênquima em paliçada (células alongadas, justapostas e com muitos cloroplastos), em ambas as páginas, designando-se por mesófilo simétrico. Visualizamos que nestas existe uma relativa escassez de tecidos de transporte (xilema e floema), sendo constituídos por feixes duplos, fechados e colaterais e dispondo-se ao longo da epiderme da página inferior. Contrariamente às Monocotiledóneas, nas folhas de Dicotiledóneas, verificamos a presença de dois tipos de parênquima. Junto à epiderme da página superior, o parênquima em paliçada, com a função fotossintética; e o parênquima lacunoso (células esféricas com muitos espaços entre elas e poucos cloroplastos), por isso designado mesófilo assimétrico. Confirmamos também que nas Dicotiledóneas, os tecidos de transporte situam-se na parte central da folha, com abundância, constituíndo a nervura principal, estes são duplos abertos e colaterais. O xilema tem como principal função o transporte de água e sais minerais seiva bruta) a toda a planta. No floema ocorre a translocação de substâncias orgânicas sintetizadas ou transformadas (seiva elaborada).
11 Quanto aos estomas (característica de deferenciação) não nos foi possível visualizar, sabemos que estes nas na Monocotiledóneas dispoem-se tanto na página superior como na superior, e nas Dicotiledóneas encontram-se em muito mais quantidade na página inferior.
12 Conclusão Concluímos com esta actividade, que a planta pode ser classificada e identificada como Monocotiledónea ou Dicotiledónea, através das características da folha. De facto, entre estas duas subclasses de Angiospérmicas existem semelhanças mas também algumas diferenças como se pode observar nos seguintes quadros síntese. Tais características podem ser externas: Monocotiledóneas Nervação paralela Não tem retecortes nas margens Mesma tonalidade nas duas páginas Dicotiledóneas Nervação ramificada Recortes na margem Tonalidades diferentes nas diferentes páginas Ou internas: Monocotiledóneas Mesófilo simétrico Escassez de tecidos de transporte Estomas na página superior e na inferior Feixes condutores colaterais e fechados Dicotiledóneas Mesófilo simétrico Abundância de tecidos de transporte Estomas na página inferior Feixes condutores colaterais e abertos Com esta actividade experimental, conseguiu-se alcançar os objectivos pretendidos, ou seja observar a estrutura da folha de Monocotiledóneas e Dicotiledóneas, identificando-as como tal, pelas diferentes que apresentavam.
13 Bibliografia # GONÇALVES Salomé; AMARAL Carla (2000); A Vida ao Microscópio; Técnicas Laboratoriais de Biologia, Bloco II, Portugal, Porto Editora. # MARINHO Maria Fátima; CARVALHO Olga; (1999); Tecnicamente falando em Biologia; Técnicas Laboratoriais de Bilogia, Bloco II; Portugal, Lua Viajante. # QUINTAS Célia, BRAZ Nídia Rebelo (1998), No Laboratório, Técnicas La=boratoriais de Biologia, Bloco II, Portugal, Porto Editores. # SOARES Rosa, ALMEIDA Carla, SERRA Lídia (2000),Técnicas Laboratoriais de Biologia, Bloco II, Portugal, Porto Editores Observações:
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