Palavras-chave: Sarbanes-Oxley, Fraudes contábeis, Credibilidade.

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1 1 A Lei Sarbanes-Oxley: uma tentativa de recuperar a credibilidade do mercado de capitais norte-americano LUCIANA DE ALMEIDA ARAÚJO SANTOS FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA SIRLEI LEMES UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Resumo No final da década de 90 o cenário econômico dos Estados Unidos apresentava-se em crise em conseqüência do mercado de capitais norte-americano, que se encontrava abalado em decorrência dos graves escândalos contábeis envolvendo empresas como a Enron e a WordCom. A crise de credibilidade presente nesse mercado de capitais e a desconfiança dos investidores cresciam de tal forma que as autoridades norte-americanas foram unânimes em aprovar a implementação de uma nova legislação: a Lei Sarbanes-Oxley. O principal objetivo da Sarbanes-Oxley é recuperar a credibilidade do mercado de capitais, evitando a incidência de novos erros, como os que contribuíram para a quebra de grandes empresas. Para isto, ela criou um novo ambiente de governança corporativa e gerou um conjunto de novas responsabilidades e sanções aos administradores para evitar fraudes. Este estudo trata de uma pesquisa exploratória, com o propósito de apresentar esta nova legislação, assunto ainda pouco discutido no Brasil, embora todas as empresas brasileiras com ações negociadas na bolsa norte-americanas já iniciaram o processo de adequação a esta lei. Esta Lei é considerada uma das mais rigorosas regulamentações ao se tratar de controles internos, elaboração de relatórios financeiros e divulgação, já aplicada pelas companhias abertas norte-americanas, expandindo-se ainda a todas as empresas estrangeiras com ações negociadas no mercado norte-americano. Palavras-chave: Sarbanes-Oxley, Fraudes contábeis, Credibilidade. 1- Introdução Diante das várias crises de credibilidade enfrentadas pelo Mercado de Capitais Norte- Americano e os vários escândalos contábeis envolvendo empresas bem conceituadas mundialmente como a Enron, WordCom, Tyco e outras, destacados nas manchetes do mundo todo, tornou-se necessária a ação das autoridades americanas para evitar maiores prejuízos e a recuperação da credibilidade do mercado, fator fundamental para assegurar que a maior economia capitalista se mantivesse como tal. Neste cenário, foi praticamente unânime a decisão do congresso americano ao aprovar a implementação de uma nova legislação: a Lei Sarbanes- Oxley. Como toda lei é promulgada com o objetivo de proteger os direitos da maioria, constituindo-se de normas e regras a serem seguidas por todos e ainda de penalidades para aqueles que não se adaptam àquelas, a Sarbanes-Oxley não é uma exceção.

2 O objetivo deste estudo é analisar esta nova legislação, assunto ainda pouco divulgado no Brasil, embora todas as empresas brasileiras com ações negociadas nas bolsas norte-americanas já iniciaram o processo de adequação a esta Lei. Além disso, pretende-se estabelecer um paralelo entre as novas normas desta Legislação e o que a CVM e as normas brasileiras determinam para o Brasil. Como metodologia foi utilizado o método científico da pesquisa exploratória que segundo GIL (1999) apud BEUREN (2003) a pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato. Assim, foi realizada uma revisão da literatura disponível sobre o assunto, principalmente em material encontrado na internet. Para obter dos objetivos da pesquisa o estudo foi segmentado em alguns tópicos. Inicialmente apresentou-se um breve histórico dos principais escândalos contábeis ocorridos nos EUA, os quais foram responsáveis pela agilidade no processo de implantação da lei, em seguida foi realizada uma análise sobre as algumas seções da Sarbanes-Oxley e o que as mesmas estão exigindo das empresas. Para concluir foi realizada uma comparação entre as exigências da nova lei para as companhias e o que a CVM exige das empresas brasileiras. A Lei Sarbanes-Oxley foi assinada nos EUA no dia 30 de julho de 2002 pelo presidente do congresso daquele país, George Arbusto, oriundas dos projetos de lei elaborados pelo senador americano Paul Sarbanes e pelo deputado federal Michael Oxley, sendo oficialmente intitulada: Sarbanes-Oxley Act 2002, também conhecida por Sarbox ou Sox e considerada por muitos a maior reforma da legislação societária dos EUA desde os anos 30. A Sarbanes-Oxley criou um novo ambiente de governança corporativa e dessa forma gerou um conjunto de novas responsabilidades e sanções aos administradores para coibir as práticas lesivas que expõe as sociedades anônimas a elevados níveis de risco. Verifica-se então, que o principal objetivo da lei foi recuperar a credibilidade do mercado de capitais, evitando a incidência de novos erros, semelhantes aos identificados na quebra de grandes empresas. Segundo MACHADO, S. L. a Lei Sarbanes-Oxley é um pacote de reformas dedicado a ampliar a responsabilidade dos executivos, aumentar a transparência, assegurar mais independência ao trabalho dos auditores, introduzir novas regras aos trabalhos desses profissionais e reduzir os conflitos de interesses que envolvem analistas de investimentos. Esta lei amplia também substancialmente as penalidades associadas às fraudes e crimes de colarinho branco. A referida lei apresenta um elevado grau de abrangência que envolve desde o presidente e a diretoria da empresa, até as firmas de auditoria e os advogados contratados. Além disso, ela estabelece severas exigências quanto a análise e divulgação das informações financeiras das companhias de capital aberto. Além das empresas americanas, a nova regulamentação aplica-se às empresas com ações negociadas no Mercado de Capital dos EUA, e ainda às subsidiárias de multinacionais registradas nas bolsas americanas, mas que estão operando em outros países. As exigências da nova lei atingem tanto empresas de grande porte como as de pequeno, diferenciando-se, entre elas, o prazo para adaptação à lei. A empresa de auditoria KPMG destaca como principais tópicos da lei os seguintes: a promoção da boa governança corporativa e práticas de negócio; o aumento na independência do auditor externo, a obrigação de ter um Comitê de Auditoria Independente; a definição do papel de crítica de controle interno através de certificações e declarações; 2

3 3 a transparência nos relatórios e nas informações aos acionistas e restrição de trabalhos nonaudit pelo auditor externo. 2- A Queda de Grandes Empresas O mercado de capitais sempre foi a base fundamental da economia norte-americana, conhecido por uma rígida estrutura regulatória que por muito tempo foi admirada, servindo de inspiração para o restante do mundo. No entanto, vários escândalos envolvendo grandes empresas como a ImClone Systems, a Tyco, a WorldCom e a Enron provocaram uma verdadeira crise de credibilidade no mercado dos EUA, demonstrando que a qualidade das leis e a eficiência do órgão regulador desempenhada pelo FASB (Financial Accounting Standards Board Conselho de Normas de Contabilidade Financeira) e pela SEC (Securities and Exchange Commission órgão similar a CVM brasileira), não eram suficientes. Segundo GOLDEN (2002), especialista em prevenção de fraudes da PriceWaterhouse Coopers Toda fraude começa pequena. O funcionário vai testando os controles aos poucos, até sentir-se seguro para vôos maiores. Neste ambiente econômico-financeiro é fácil encontrarmos pessoas movidas por uma forte ganância com capacidade de cometer fraudes financeiras que além de prejudicar o próprio país, provocam graves conseqüências nos mercados mundiais. A falência das grandes empresas americanas, algumas já citadas anteriormente comprovam a ganância e a imprudência de seus administradores que maquiaram os balanços contábeis, para levar vantagens sobre os investidores até mesmo em momentos que estas empresas enfrentavam problemas financeiros. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) enumerou todos os fatos que podem ser considerados responsáveis pela falência dessas empresas. De acordo como o IBGC a falência da Tyco ocorreu devido ao abuso de poder, comprovado quando verificou-se que alguns executivos utilizaram recursos da empresa para comprar imóveis e obras de arte. O executivo Dennis Kozlowski foi indicado por sonegação de US$ 1 milhão em impostos sobre a compra de obras de arte no valor de US$ 13 milhões, quando simulava a transferência das obras para outro estado americano para não pagar impostos. No caso da Imclone Systems ocorreu um conflito de interesses e o uso de informações privilegiadas. De acordo com o IBGC, as ações da empresa estavam em alta em função do desenvolvimento de remédio contra o câncer. No entanto, o FDA (Federal Drugs Administration) não havia concedido autorização para comercialização do medicamento amplamente divulgado. Porém, os familiares do presidente vendeu suas ações um dia antes do anúncio oficial. A fraude da WorldCom ocorreu com a manipulação de resultados. Neste caso, a empresa contabilizou como investimentos US$ 3,8 bilhões que na realidade eram despesas, e dessa forma transformou prejuízos que tivera no período em lucro. A falência da Enron também foi destaque no cenário mundial e foi considerada como um dos acontecimentos mais relevantes nos últimos anos na área financeira. A Enron foi fundada em 1930 e antes de sua falência era considerada uma das maiores empresas de gás natural e eletricidade dos Estados Unidos. De acordo com o ranking da Global Fortune 500 ela ocupava a 16ª posição de maior empresa do mundo e a 7ª dos EUA, sendo a primeira no setor de energia. A

4 4 empresa pediu concordata em dezembro de 2001, depois de ser denunciada por fraudes contábeis e fiscais, apresentando uma dívida de 13 bilhões de dólares. O IBGC destacou como causas da falência a falta de transparência, a criação de várias subsidiárias de propósito específico (não controladas diretamente pela holding), além da empresa abrigar passivos que não eram refletidos nas demonstrações financeiras da Enron. Também foram superestimados os lucros em US$ 600 milhões e dívidas de US$ 650 milhões foram desaparecidas. A empresa Arthur Andersen era a responsável pela auditoria da Enron e juntamente com ela, comprovou-se posteriormente, que foi responsável pelas fraudes. Os escândalos contábeis não afetam somente o mercado norte-americano. Recentemente foi divulgado nas manchetes dos jornais a crise da empresa italiana Parmalat, sendo considerada pela imprensa como o caso Enron Europeu. No final de 2003 começaram a surgir dúvidas sobre a saúde financeira da empresa e na virada do ano seu fundador, Calisto Tanzi, foi preso sob a suspeita de atuar como membro principal em um complexo esquema de fraude na contabilidade, e ainda, acusado de apropriação de dinheiro da empresa, de manipulação de mercado, de maquiagem de balanços entre outras fraudes. Neste mercado marcado por incertezas a Lei Sarbanes-Oxley busca atuar justamente na tentativa de evitar mais fraudes empresariais, uma vez que ela responsabiliza os presidentes das empresas criminalmente e civilmente por tudo o que acontece na mesma. 3- Conhecendo alguns pontos da Lei Sarbanes-Oxley A Lei Sarbanes-Oxley de 2002 é extensa e detalhada apresentando diversas regras que devem ser implementadas. No entanto, seu principal objetivo é transformar os princípios de uma boa governança corporativa em leis evitando assim o surgimento de novas fraudes nas empresas. Quando uma fraude é descoberta a principal alegação do Presidente e seus diretores é sempre a mesma: não tínhamos conhecimento sobre estes fatos, sendo assim destacamos as seções de números 302 e 404 referentes às certificações e divulgações respectivamente, por controle interno da mesma. Essas determinam que o Presidente e Diretores estejam conscientes do controle interno, o que e está estruturada em 11 títulos e 69 seções, sendo que cada um desses títulos é composto em média por 6 seções que abordam temas específicos. A seguir serão apresentados alguns títulos da Lei Sox com destaque para algumas seções que são relevantes para as empresas brasileiras. TítuloI: Public Company Accounting Oversight Board Constitui-se de 9 seções que relatam sobre a formação do Comitê de Auditoria; seus deveres; o exame da qualidade; o controle e a independência dos padrões e das regras; o registro obrigatório com o conselho e as empresas de auditoria estrangeiras. A Lei determina que deverá ser constituído um Comitê de Auditoria ou órgão semelhante como o Conselho Fiscal (no caso brasileiro), para fiscalizar a auditoria das companhias abertas, que estão submetidas às leis de segurança, protegendo dessa forma os interesses dos investidores e a precisão na preparação das informações contábeis das empresas. O comitê de auditoria deve ser um corpo corporativo, constituído de 5 membros apontados entre indivíduos proeminentes de integridade e reputação, o qual representará o interesse dos investidores e do público. Dos cinco integrantes apenas dois membros precisa possuir o certified public accountants (semelhante ao registro no Conselho Federal de Contabilidade no caso do Brasil), e se um desses dois for o presidente, este não pode ter prestado

5 5 serviço de contabilidade por 5 anos antes de entrar no comitê. Cada um dos membros deve dedicar-se exclusivamente ao comitê, e não poderão ter nenhuma outra atividade profissional e nem receber pagamentos de uma firma de contabilidade. O mandato dos membros do comitê é de cinco anos. É considerado ilegal a qualquer pessoa que não seja registrada em uma empresa de auditoria preparar e emitir qualquer relatório de auditoria. O comitê deve, através de regras estabelecidas, adotar os padrões propostos por um ou mais grupos de profissionais de contabilidade. Além disso, ele deve conduzir a continuidade do programa de inspeção e avaliar o grau de complacência de cada empresa de auditoria e das pessoas associadas a cada uma dessas empresas de acordo com a Lei Sarbanes-Oxley, com as regras do comitê, da SEC ou os padrões profissionais, juntamente com a performace das auditorias e a emissão de relatórios auditados. Ainda no título I, existe a seção responsável pelas investigações e procedimentos disciplinares, na qual o comitê deve estabelecer através de regras sujeitas à exigência dessa seção, procedimentos de mercado para a investigação e disciplina do registro das empresas de auditoria e das pessoas associadas a estas firmas. Com relação às empresas de auditoria estrangeiras, qualquer uma delas que prepara ou fornece um relatório auditado com respeito a qualquer conjunto de demonstração também está sujeito ao cumprimento da Lei Sarbanes-Oxley, às regras do comitê e também as regras estabelecidas para as firmas de auditoria dos EUA. A SEC deve ter uma visão geral e executar a autoridade sobre o comitê como estabelecido neste ato. Nenhuma regra do comitê deve ser efetiva sem antes ser aprovada pela SEC de acordo com a seção 107 da Lei Sox. A Comissão deve aprovar regras propostas se estas forem consistentes com os requerimentos da Lei Sox e de acordo com as leis de segurança, com o interesse público e ainda com a proteção aos investidores. Título II Auditor Independence Reúne 9 seções que determinam o comportamento do auditor. Neste título a SEC institui regras que proíbem alguns serviços considerados fora do âmbito de prática dos auditores, denominados serviços de non-auditoria, como por exemplo os serviços atuariais, as funções de administração ou recursos humanos, serviços relativos aos registros contábeis ou demonstrações financeiras. No primeiro semestre de 2003 a SEC adotou novas regras para aprimorar a Lei Sarbanes- Oxley e em 29 de janeiro do ano citado publicou uma regra final relacionada com a independência do auditor, estabelecendo quais são os papéis e as responsabilidades dos auditores e também do Comitê de Auditoria. Esta regra revisa os regulamentos relacionados aos serviços de impostos que podem ser prestados para um cliente de auditoria, obriga o rodízio periódico dos sócios da empresa de auditoria, exige uma comunicação periódica entre o auditor e o Comitê. Além disso, proíbe que os sócios de auditoria sejam recompensados por vender serviços que não são de auditoria e determina que os comitês pré-aprovem todos os serviços prestados pela firma de auditoria. Com relação ao Comitê de Auditoria a SEC também implementou novas regras no primeiro semestre de 2003, determinando que este órgão será responsável pela contratação da empresa de auditoria e ainda a independência de cada um dos seus membros. Título III - Corporate Responsability É composto de 8 seções, a seção 301 determina a criação do comitê de auditoria composto por membros independentes que deverão supervisionar os processo de elaboração, divulgação e

6 6 auditoria das demonstrações financeiras. No caso do Brasil este órgão pode ser substituído pelo Conselho Administrativo. A seção 303 deste título aborda sobre a influência imprópria na conduta dos auditores ou qualquer outra pessoa sob sua direção, de influenciar fraudulentamente, manipular ou enganar os auditores das demonstrações financeiras. Ainda neste título encontra-se a seção 304, a qual determina que o Presidente e o Diretor Financeiro devem devolver à companhia valores recebidos como bônus, compensações, e ganho com a venda de valores mobiliários durante o período de 12 meses após a publicação dos relatórios financeiros, caso estes tenham que ser revistos devido a alguma conduta imprópria. Existe uma preocupação com a responsabilidade dos advogados em situações de fraudes ou irregularidades, tema que é abordado na seção 307. Neste caso, a Lei determina que os advogados internos ou externos da companhia que venham a descobrir qualquer irregularidade ou violação da Lei por parte da empresa, deverão relatar o fato ao Diretor Jurídico da companhia e se necessário ao comitê de auditoria ou Conselho de Administração. Título IV- Enhanced Financial Disclosures O título IV compreende 8 seções que destacam principalmente a evidenciação contábil e o controle interno. A seção 401 determina que cada relatório financeiro deve ser preparado de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos e devem ser revisados de acordo com as normas da SEC. Ainda nesta seção fica estabelecido que a SEC deve avaliar cada relatório anual e trimestral identificando transações inaceitáveis. A seção 402 proíbe os empréstimos pessoais para os executivos, tanto presidentes como diretores. Este título estabelece um código de ética para administradores encarregados financeiros e determina que o comitê de auditoria apresente um especialista financeiro como membro. Título VII- Corporate and Criminal Fraud Accountability Composto por 7 seções este título discute principalmente sobre as fraudes contábeis, a destruição, falsificação, alteração de documentos e as penalidades para combater estes crimes. Desse modo, qualquer pessoa que altera conscientemente, destrói, esconde, falsifica, ou realiza uma falsa entrada em qualquer registro contábil, será multado ou pode pegar até 20 anos de prisão ou até mesmo as duas penalidades. Título VIII- Corporate and Criminal Fraud Accountability Esse título divide-se em 7 seções e a seção de destaque é a 802, a qual determina que todo auditor ao realizar uma auditoria deverá preservar todos os documentos utilizados por um período de 5 anos após o fim do período fiscal em que a auditoria foi concluída. Título IX White-Collar Crime Penalty Enhancements Divide-se em 6 seções. A seção 902 desse título determina que qualquer pessoa que tente ou conspire para cometer alguma irregularidade estará sujeito a penalidades. A seção 906 denominada responsabilidade corporativa pelos relatórios financeiros, determina que os diretores executivos e os diretores financeiros assinem e certifiquem o relatório periódico o qual apresenta as demonstrações financeiras. Título IX Corporate Tax Returns

7 7 Este título X apresenta uma única seção, a qual determina que de acordo com o Senado a declaração do imposto de renda federal deve ser assinado pelo chefe executivo da corporação. 4- Seções que Merecem Destaque A Lei Sabanes-Oxley é extensa e detalhada, apresentando diversas regras que devem ser implementadas, no entanto, seu principal objetivo é transformar os princípios de uma boa gorvenança corporativa em leis evitando assim o surgimento de novas fraudes nas empresas. Quando uma fraude é descoberta a principal alegação do Presidente e diretores é sempre a mesma: não tínhamos conhecimento sobre estes fatos, sendo assim destacamos as seções de números 302 e 404 referentes às certificações e divulgações respectivamente, por apresentar exigências que estão diretamente relacionadas com a contabilidade da empresa e o controle interno da mesma. Essas determinam que o Presidente e Diretores estejam conscientes do controle interno, o que conseqüentemente aumenta a responsabilidade dos mesmos pela situação financeira e patrimonial divulgada pela empresa, evitando assim que estes afirmem o desconhecimento de algum fato. A seção 302 intitulada Corporate Responsibility for Financial Reports, também conhecida por Certificações, estabelece que o presidente e o diretor financeiro devem assumir pessoalmente a responsabilidade pela autenticidade das demonstrações financeiras. Além disso, são responsáveis pelo estabelecimento e manutenção do controle interno da empresa. O controle interno é um dos itens exigidos com bastante rigor pela legislação Sarbanes-Oxley. De acordo com a KPMG o controle interno é um processo efetuado pela diretoria, gerentes e por outras pessoas da empresa desenhada para fornecer segurança razoável com relação ao cumprimento de objetivos nas seguintes categorias: fidelidade dos relatórios financeiros; eficácia e eficiência das operações; e compliance com as leis e normas aplicáveis. Algumas das crises envolvendo as companhias americanas ocorreram, principalmente, devido à falta de um controle interno eficaz, o que possibilitou que os relatórios contábeis fossem manipulados apresentando uma situação irreal, com falsos resultados, o que comprometeu a clara evidência da situação da empresa pelos usuários das informações. Dessa forma, a Sarbanes-Oxley passou a determinar que as empresas adotem um controle interno mais rígido com o objetivo de garantir exatidão, confiabilidade e transparência na divulgação das informações financeiras e dos atos da administração. Além de ser uma exigência da lei o controle interno, proporciona benefícios para a empresa, destacando entre eles a permissão para que esta obtenha informações mais pontuais e tome melhores decisões operacionais; conquiste a confiança dos investidores, evite a perda de recursos, obtenha vantagens competitivas através de operações dinâmicas. Exercendo seu poder de enforcement, as empresas que não implantam um controle interno estão sujeitas às penalidades impostas pela SEC, e ainda, à ações judiciais realizadas pelos acionistas. Quando os executivos foram questionados sobre as falsas demonstrações contábeis emitidas pelas empresas muitos têm alegado a falta de conhecimento acerca das práticas contábeis adotadas pelas companhias. Baseando-se neste cenário a seção 302 invalida a justificativa até então utilizada pelos mesmos, responsabilizando o presidente (CEO- Chief Executive Officer executivo principal) e o diretor financeiro (CFO Chief Financial Officer-

8 8 executivo financeiro) na certificação das demonstrações financeiras. Por isso, estes executivos deverão emitir certificações trimestrais atestando o seguinte: a)- realmente são responsáveis pelo estabelecimento e a manutenção dos controles internos; b)- que projetaram esses controles (ou supervisionaram seu projeto para assegurar que as informações materiais cheguem ao conhecimento de todos; c)- que avaliaram a eficácia desses controles a cada trimestre, apresentaram em relatório as conclusões acerca da eficácia dos controles internos; d)- que divulgaram tanto ao Comitê de Auditoria quanto aos auditores independentes todas as deficiências relevantes identificadas no controle, e ainda qualquer fraude envolvendo funcionários da administração ou qualquer outro que atua significativamente nos controles internos da companhia, e ainda, que revelaram nos documentos destinados à SEC todas as alterações realizadas no controle interno para suprir as deficiências identificadas. A seção 404 intitulada: Management Assessment of Internal Controls também conhecida por divulgação exige que o presidente e os diretores financeiros da companhia divulguem um relatório sobre a efetividade dos controles internos e a elaboração das demonstrações financeiras, juntamente com os relatórios anuais. Este relatório deverá confirmar a responsabilidade dos executivos pelo estabelecimento e manutenção de controles e procedimentos internos para emissão dos relatórios financeiros e avaliar a eficácia dos controles então estabelecidos. Esta seção determina ainda, que o auditor externo da companhia deve emitir um relatório individual confirmando a avaliação da administração sobre a eficácia dos controles e procedimentos internos para a emissão de relatórios financeiros. 5- Empresas Brasileiras e o Processo de Adaptação à Sarbanes-Oxley As empresas brasileiras com ações negociadas no mercado de capitais americano, como a Aracruz, Ambev, Net, Petrobrás e outras já iniciaram o processo de adequação às novas regras estabelecidas pela Lei Sarbanes-Oxley. Algumas empresas como a Aracruz e o Pão-de-Açúcar já criaram o Comitê de Auditoria, embora no Brasil a nova legislação permitiu que as empresas brasileiras substituam este comitê pelo Conselho fiscal, como já foi mencionado anteriormente. A Petrobrás foi uma das empresas que se adequou à Lei Sarbanes-Oxley. De acordo com COSTA (2003) em um trabalho realizado pelo mesmo a Petrobrás, para apresentar uma boa governança corporativa já havia realizado algumas modificações como exemplo: Código de Ética, restrições das atividades dos auditores externos e outros pontos. Dessa forma, para se adequar à regulamentação Sox a empresa realizou apenas algumas mudanças como a implantação do comitê de auditoria e para isto seguiu as seguintes regras: os auditores externos devem se reportar diretamente ao comitê de auditoria; o comitê deve ser constituído por Conselheiros da Administração independentes; o comitê deve estabelecer procedimentos para recepção, retenção e tratamento de reclamações confidenciais ou anônimas recebidas de empregados da companhia, relativas a aspectos contábeis de auditoria; o comitê deve ter autoridade para prover assessoramento externo onde necessário. Ainda de acordo com o trabalho de COSTA (2003) a empresa Net também realizou as mudanças necessárias para adequação à Lei Sox. Essas mudanças ocorreram em algumas etapas. Na primeira etapa ocorreu a preparação do projeto, a definição de controle interno e a preparação das equipes de trabalho. Na segunda etapa ocorreu a preparação, documentação e avaliação dos controles. Já na terceira etapa foram realizados os testes e monitoramento dos controles, juntamente com a preparação e validação dos relatórios pelo Presidente e Diretores Financeiros.

9 9 O objetivo dessa etapa foi identificar os pontos fracos e montar uma estrutura de monitoramento contínuo dos controles implementados. Devido ao processo de adaptação a nova lei, as empresas de auditoria e consultoria ampliaram seu mercado de atuação e desenvolveram um novo serviço, que foi denominado de gap analysis. Tal serviço é desenvolvido por uma equipe especializada em identificar se existem significativas diferenças entre o sistema de controle da empresa e o que está sendo exigido na lei. A empresa de auditoria Deloitte Touche Tohmatsu foi contratada pela empresa brasileira Aracruz para exercer essa função. 6- Lei Sarbanes-Oxley X Legislação do Brasil Lei Sarbanes-Oxley O auditor independente não pode prestar serviço de consultoria à empresa que ele está auditando. (Seção 101) Proíbe direta ou indiretamente, inclusive por intermédio de subsidiárias, a oferta, manutenção, ampliação ou renovação de empréstimos entre a empresa e quaisquer conselheiros ou diretores. (Seção 402) Exige padrões de conduta e maior responsabilidade dos advogados. Qualquer irregularidade legal cometida pelos clientes o advogado deverá comunicar tal irregularidade ao Comitê de Auditoria. (Seção 307) Os diretores executivos e os diretores financeiros devem emitir relatórios trimestrais contendo a certificação de que eles executaram a avaliação da eficácia dos controles. (Seção 302) Caso a empresa apresente erros nas demontrativos contábeis e tenham que republicá-los gerando prejuízos para a empresa, o Diretor Financeiro e o Presidente terão que devolver qualquer bônus e até mesmo participação nos lucros que eles tenham recebido. (Seção 304). Brasil As empresas de auditoria não podem prestar serviço de consultoria ou outros serviços que possam caracterizar a perda de sua objetividade e independência. (I.N. CVM 308/99) Não existe a proibição de empréstimos. Não existe obrigatoriedade deste relato. Trimestralmente, em conjunto com as demonstrações financeiras a companhia deve divulgar relatório preparado pela administração com a discussão e análise dos fatores que influenciaram preponderantemente o resultado, indicando os principais fatores de risco a que está sujeita a companhia, internos e externos. (Cartilha Governança Corporativa CVM). Não existe obrigatoriedade deste fato.

10 10 O presidente e os diretores financeiros da companhia devem divulgar um relatório sobre a efetividade dos controles internos e a elaboração das demonstrações financeiras, juntamente com os relatórios anuais. (seção 404) A pena para os presidentes e diretores financeiros que omitirem informações ou apresentar informações falsas pode variar de 10 a 20 anos de prisão ou altas multas. (Seção 802) Não existe obrigatoriedade deste fato. Os administradores respondem civilmente pelos prejuízos que causar à companhia quando ultrapassarem os atos regulares de gestão ou quando procederem, dentro de suas atribuições e poderes, com culpa ou dolo. Exige que papéis e s dos principais documentos relacionados à auditoria dos resultados sejam mantidos por 5 anos e determina pena de 10 anos por destruir tais documentos. (Seção 802). Determina a criação do comitê de auditoria composto por membros independentes que deverão supervisionar os processo de elaboração, divulgação e auditoria das demonstrações financeiras.(seção 301). Na composição do Comitê de Auditoria é exigido que pelo menos um dos membros seja um especialista financeiro.(seção 407) O controle interno é um dos itens exigidos com bastante rigor pela Lei Sarbanes-Oxley. Esta determina que o presidente e o diretor financeiro devem estabelecer e manter o controle interno da empresa. (Seção 302) O auditor para fins de fiscalização do exercício profissional, deve conservar em boa guarda toda a correspondência, relatórios, pareceres e demais documentos relacionados com a auditoria pelo prazo de 5 anos, a contar da data de emissão do parecer. (NBC P1 resolução 821/97). Não é obrigatório a criação do comitê de auditoria, a SEC permitiu que as empresas brasileiras podem substituí-lo pelo Conselho Fiscal ou Conselho de Administração O Conselho de Administração (que substitui o Comitê de Auditoria) deve ter pelo menos dois membros com experiência em finanças. (Cartilha Governança Corporativa CVM) O sistema contábil e de controles internos é de responsabilidade da administração da entidade, porém o auditor deve efetuar sugestões objetivas para o seu aprimoramento, decorrentes de constatações feitas no decorrer do seu trabalho. (NBC T 11- resolução 820/97) As empresas devem fazer um rodízio das empresas de auditoria a cada 5 anos. Obriga o rodízio periódico dos sócios da empresa de auditoria. (Seção 203) Proíbe o auditor de prestar serviços Não existe obrigatoriedade deste fato. considerados fora do âmbito de prática do auditor como: serviços atuariais, funções de administração ou recursos humanos, serviços relativos aos registros

11 11 contábeis ou demonstrações financeiras. (seção 201) Deverá adotar um código de ética para administradores financeiros seniores. (seção 406) Não existe obrigatoriedade deste fato. 7- CONCLUSÃO A reação do governo americano diante de várias fraudes contábeis ocorridas no cenário mundial foi a implantação da Lei Sarbanes-Oxley considerada a mais profunda e abrangente legislação para o mercado de capitais dos Estados Unidos desde a reforma realizada após a quebra da Bolsa em O objetivo desse trabalho foi analisar esta nova legislação e estabelecer um paralelo entre a mesma e o que a CVM e as normas brasileiras determinam para o Brasil. Embora todas as empresas que possuem ações negociadas na bolsa de valores norte-americana já tenham iniciado o processo de adaptação à mesma, a Lei Sox é um assunto ainda novo no cenário mundial, o que dificultou bastante a busca de material. Dessa forma a principal fonte de pesquisa foi a Internet. Quando o tema foi proposto pensava-se que o resultando final da comparação entre a nova regulamentação e as normas brasileiras apresentaria diferenças significantes. No entanto, verificou-se que o resultado obtido foi justamente o contrário do esperado. Grande parte das companhias brasileiras de capital aberto estão se adequando a boas práticas de governança corporativa determinadas pela CVM e assim estão utilizando padrões de conduta superiores aos exigidos pela lei. Por isso, muitas das exigências da Lei Sox já estão em vigor no Brasil, o que conduz a conclusão que serão poucas as mudanças a fazer para adequar a nova Lei ao cenário brasileiro. Uma das principais diferenças encontradas é o Comitê de Auditoria, uma nova estrutura que deve ser criada de acordo com a seção 301 da Sox. No Brasil esta estrutura não é obrigatória e pode ser substituída pelo conselho fiscal, no entanto algumas empresas já estão optando pela implantação do comitê. Outro item relevante e exigido com bastante rigor pela lei é o controle interno. A lei exige com bastante rigor que a empresa aplique um controle interno eficaz, com o objetivo de garantir exatidão, confiabilidade e transparência na divulgação das informações financeiras e dos atos da administração. Em função das freqüentes revisões das legislações emitidas pela CVM e das discussões em torno do projeto de lei n de 2000, de revisão da Lei 6.404/76, projeta-se que atualizações da comparação aqui realizada serão necessárias em curto espaço de tempo. Por outro lado demanda-se acompanhamento das empresas que, independente da exigência no território nacional, estão sendo obrigadas a atender a Lei Sox no mercado internacional. 8- BIBLIOGRAFIA CONSULTADA A Governança Corporativa e a Lei Sarbanes-Oxley. Disponível em: < Acesso em 19 Jan A Lei Sarbanes-Oxley. Disponível em:< Acesso em 06 fev

12 SILVA. C.A.T.; CUPERTINO,C.M.; OGLIARI, P.R., Avaliando a queda de uma gigante: o caso Enron. Disponível em: < Acesso em 18 fev BEUREN, I. M. Como elaborar trabalhos monográficos em Contabilidade. Teoria e Prática São Paulo. Ed. Atlas. Pag. 80. CHIQUETTO, C. Cresce a preocupação das empresas com rigor contábil. Disponível em:< Acesso em 18 fev COSTA, A.A. O Efeito da Lei Sarbanes Oxley nas Empresas Brasileiras, f. Monografia (Graduação)- Universidade de São Paulo. CAMBA, D.; NIERO, N. Brasileiras Preparam-se para as Novas Regras Disponível em:< Ibdsnet.com.br> Acesso em 19 Jan GOLDEN, T.W. Dossiê Fraudes Corporativas: Conseqüência e Desdobramentos. Disponível em: Acesso em 14 Jan Empresas brasileiras iniciam adaptação à Sarbanes-Oxley. Disponível em: < Acesso em 19 Jan Governança Corporativa - Sarbanes-Oxley. Disponível em: <http// Acesso em 18 fev JANSZKY, A. A Sarbanes-Oxley e as Empresas Brasileiras, Disponível em: < Acesso em 06 Jan KATZ, D. M. O que você não sabe sobre Sarbanes-Oxley. Disponível em:< Acesso em 14 Jan Lei das S.A. 8ª edição. São Paulo: Editora Atlas, p. Lei Sarbanes-Oxley - Guia para melhorar a governança corporativa através de eficazes controles internos. Disponível em:< Acesso em 18 fev Lei Sarbanes-Oxley. Disponível em: < Acesso em 18 fev MACHADO, S.L. Apreendendo com os Erros Alheios. Disponível em: < Acesso em 19 jan Os Efeitos do Sarbanes-Oxley Act. Disponível em: < Acesso em 06 fev Recomendações da CVM sobre Governança Corporativa, jun Disponível em: < Acesso em 18 fev Sarbanes Oxley. Disponível em:< internews.jor.br> Acesso em 19 jan Sarbanes-Oxley, uma Lei em Questão. Disponível em: < Acesso em 19 Jan Segurança e Sarbanes-Oxley. Disponível em: < Acesso em 14 Jan Sinopse Contábil Disponível em: < Acesso em 18 fev Uma coisa engraçada aconteceu na maneira compliance. Disponível em:< Acesso em 14/01/04. US Gaap- Princípios Contábeis Norte-Americanos. KPMG. Seminário de Us Gaap. Dezembro de São Paulo. Brasil. VALIM, C.E. No meio do caminho tinha uma pedra. Disponível em:< Acesso em 06 fev

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