CONSUMO DE COSMÉTICOS: COMPORTAMENTO E HÁBITOS DAS CLASSES C E D

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONSUMO DE COSMÉTICOS: COMPORTAMENTO E HÁBITOS DAS CLASSES C E D"

Transcrição

1 CONSUMO DE COSMÉTICOS: COMPORTAMENTO E HÁBITOS DAS CLASSES C E D Guilherme Juliani de Carvalho 1 RESUMO O presente artigo objetivo investigar e analisar o comportamento e hábitos de consumo de cosméticos das classes C e D. A revisão teórica faz uma leitura bibliográfica de diversos conceitos de comportamento do consumidor definidos por autores da área, com posterior discussão do papel das classes C e D na economia nacional e o consumo de cosméticos por parte destes brasileiros, que levou o Brasil à posição de terceiro maior mercado de produtos de beleza do mundo. Em seguida é apresentada uma pesquisa quantitativa, aplicada aos alunos de cursos profissionalizantes gratuitos. As considerações finais são embasadas nos resultados das pesquisas e esclarece alguns pontos que podem contribuir para melhor atuação das empresas. PALAVRAS-CHAVE: consumo, comportamento, hábitos, classes C e D, cosméticos 1 INTRODUÇÂO Vive-se, no século XXI, o culto ao corpo e à beleza de uma forma como nunca vista antes. Padrões de beleza são impostos por uma sociedade arbitraria que incentiva, ao consumo agressivo, de cosméticos e produtos de tratamento de beleza, é a chamada Sociedade da beleza. Segundo Kotler (2006) a influencia cultural e social é um ponto determinante no comportamento do consumidor. Ainda, segundo o autor, consome-se para ser aceito em grupos sociais, familiares e, para atender aos padrões exigidos pela sociedade. Uma criança brasileira cresce em meio ás cirurgias plásticas, ao culto ao corpo sarado, a pele vistosa e ao cabelo liso, entre outros. Assim, culturalmente, é influenciado a se inserir nestes requisitos cultural/social aceitos pelo grupo. Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde. 1 Bacharel em Comunicação Social habilitação Relações Públicas, especialista em Gestão Estratégica de Negócios e em Gestão Estratégica de Marketing. Professor das disciplinas Comunicação Empresarial e Gestão de Marketing e Vendas na Escola de Educação Profissional Newton Paiva.

2 Dentro deste contexto, o Brasil passou a ocupar o terceiro lugar no ranking mundial de consumo de cosméticos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, perfumaria e Cosméticos (Abihpec), no ano de 2009 o setor movimentou cerca de R$ 17 bilhões de reais na economia, um crescimento de 12,6% em relação ao ano de Outros fatores, associados aos conceitos da Sociedade da Beleza contribuíram para este crescimento. Dentro os quais podem ser citados a valorização do real, o acesso ao crédito e a ascensão de milhões de brasileiro á classe C. Os últimos anos viram a expansão da classe média no Brasil. No final de 2008, essa "fatia" já somava 53,8% da população, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), que, com um poder de compra maior, passaram a consumir mais e ajudaram o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro a registrar um crescimento acima de 3% nos últimos quatro anos. O desenvolvimento econômico fez com que classes sócias mais baixas, que não investiam muito em beleza, passassem a freqüentar salões, adquirir cosméticos e investirem nos tratamentos de beleza. E é o comportamento de consumo de cosméticos nestas classes que este artigo objetiva analisar. Blacwell, Miniard e Engel (2005) dizem que o comportamento de um consumidor é um estudo que foca nas atividades desenvolvidas pelos mesmos e todo o processo decorrente da ação de aquisição de algum produto ou serviço. Acrescenta-se nesta definição, que o comportamento do consumidor pode analisar quanto valor em dinheiro uma pessoa está disposta a pagar para satisfazer seu desejo. Ainda, os autores afirmam que é mais fácil desenvolver estratégias de marketing para influenciar o consumidor depois que se entende por que e como as pessoas compram certos produtos ou marcas (pág. 6).

3 Necessidades são gerais, a todos os consumidores. Porém as formas de se suprir estas necessidades, os desejos e as limitações financeiras influem diretamente nos hábitos de consumo da população. Segmentar o mercado propicia às organizações a vantagem de atuar mais incisivamente na parcela de mercado que pretende atender, resultando assim, em ações de marketing mais objetivas e de resultados mais imediatos. Paralelo á esta segmentação de mercado, que é um propósito do marketing atual, as classes C e D elevam seu poder econômico de consumo, facilitado, principalmente, pelo acesso ao crédito. Estas classes sociais formaram um novo mercado que já movimenta bilhões de reais auaís em consumo, e com tendências a crescimentos consideráveis, segundo os economistas. Analisar os hábitos deste público torna-se de extrema valorização ao profissional de marketing, que necessita estar atento e explorar estas tendências de mercado. Ainda, estudar as influências no consumo de cosméticos destas classes, na era dos altos padrões estéticos, faz-se de grande importância para os diversos públicos envolvidos neste segmento: os consumidores, os fabricantes e os revendedores. Para os primeiros é necessário analisar o grupo social em que estão inseridos e como se portam diante da pressão por beleza, e na conseqüente aquisição de cosméticos. Para os fabricantes e revendedores a importância se concentra na exigência e nos pontos de valorização por parte dos consumidores, propiciando assim a alteração no composto de marketing que atende a este segmento.

4 Pergunta-se, então, Como são os hábitos de consumo das classes C e D na aquisição de cosméticos? Quanto eles estão dispostos a investir? O que eles valorizam em um produto para atingir a beleza padrão social? Para responder a estas perguntas, este estudo irá Analisar como são os hábitos de compra e o que valorizam os consumidores, das classes C e D, na aquisição de cosméticos. Para atingir este objetivo serão estudados também quem são as pessoas da classe C e D, qual o processo comportamental que os envolve no momento da compra, quais os padrões da relação custo x beneficio eles valorizam. Para estreitar o objeto de estudo, este trabalho será desenvolvido com base na realização de pesquisa de campo e em pesquisas bibliográficas. O grupo a ser pesquisado serão os alunos de cursos profissionalizantes gratuitos. Com o plano real e os projetos de auxílio econômico do atual Governo, o trabalhador conseguiu estabilidade econômica. As taxas de desemprego diminuíram, criando condição de consumo à classe C. Isso muda o perfil do consumidor, que anteriormente comprava produtos populares e, hoje, deseja produtos mais refinados, buscando qualidade e não só, preço baixo. Com estabilidade financeira e melhores condições na aquisição de crédito, as classes C e D passam a consumir não apenas os produtos de necessidade. Mas consomem também, viagens, carros, cosméticos e produtos eletroeletrônicos deixam de ser apenas um desejo e tornam-se realidade. (SENNA, apud Sato Comunicação, 2010.) 2 2 Ricardo Senna apud Sato Comunicação: Crescimento do consumo das classes C e D fortalece setor supermercadista. Disponível em

5 2 QUEM É A CLASSE C E D DO BRASIL? Uma massa de mais de 130 milhões de brasileiros (ou 68% da população nacional) com renda familiar entre R$ 1.126,00 e R$ 4.824,00 3, compõe as classes sociais C e D do país. Classes Sociais são as divisões estabelecidas na sociedade, segundo critérios de renda, de acesso aos bens de consumo, moradia, educação e saúde (IBGE, 2010). A melhoria da renda do brasileiro aumentou o potencial de consumo das classes C e D, que já representam um mercado de R$ 834 bilhões, segundo levantamento feito pelo Instituto Data Popular (2010). A classe C, também conhecida como classe média, começa a aventurar-se na aquisição de bens de consumo até há pouco tempo restrito às classes A e B. enquanto a classe D, ou classe média baixa, passa a adquirir produtos, antes, consumidos pela classe C. Mas quem são estas pessoas das classes C e D? São trabalhadores, em sua maioria formais (CLT), que trabalham entre oito e quatorze horas por dia. Este público demora mais tempo para casar, e sua família, não é composta por mais de quatro pessoas (pai, mãe e dois filhos). Valorizam os momentos de lazer em família, bem como o consumo que proporcionem bem estar e comodidade. (FAGANELO, 2010). Quando este público se torna o centro das discussões de consumo e marketing é necessário saber que não se trata apenas de um conglomerado de pessoas que consome cada vez mais. É um público que revolucionou o sistema econômico nacional. As empresas precisaram se adaptar às exigências e particularidades destes consumidores, e, 3 Segundo critérios da Fundação Getúlio Vargas.

6 ainda, tiveram que aprender a trabalhar com crédito facilitado - financiamento de longo prazo - (AGOSTINI e MEYER (2010)). As classes C e D constituem uma camada da população que desprezam os produtos mais baratos, incluindo os 'piratas', porque duram pouco e os mais sofisticados e caros estão fora da lista de compras porque comprometem a renda desse consumidor, ou seja, as empresas tiveram que reinventar o seu mix de produtos. (FAGANELO, 2010) Segundo a Agostini e Meyer (2010) 99% das casas da população classes média e média baixa, têm televisão, 87% têm celular e 40% computador com acesso à internet. O principal meio de informação deste público, ainda é a televisão e as informações boca a boca. Grande parte de seus recursos financeiros são investidos em eletroeletrônicos (44%), seguidos por eletrodomésticos (36%) e em terceiro livros e revistas (24%). Este último dado mostra, também, a ascensão cultural, desta nova massa consumidora. Cartão de crédito, que há alguns anos atrás, resumia-se às classes A e B, é uma nova forma de pagamento utilizada por 68% das pessoas pertencentes às classes médias. Estes níveis sociais emergentes no país geraram, e ainda geram uma revolução no varejo, nas empresas e na economia nacional. Trabalham mais, ganham mais e fazem circular mais dinheiro no país. É um público que merece atenção por partes das estratégias de marketing e das empresas. 3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

7 Consumo é um processo cuja significação social está em proporcionar uma referência para a construção da identidade social dos indivíduos. O consumo não é um ato meramente individual e racional, mas também um processo essencialmente social, possibilitando o posicionamento do indivíduo em relação ao seu contexto social e cultural (TOFÁNI 2008 apud ABRANCHES, 2010). Para grande parte dos autores o consumidor se submete a vários estágios que antecedem o consumo, prevalecem durante a compra e influenciam após o uso. E, são estes estágios o chamado comportamento do consumidor. De acordo com Richers (1984) caracteriza-se o comportamento do consumidor pelas atividades mentais e emocionais realizadas na seleção, compra e uso de produtos - serviços para a satisfação de necessidades e desejos. Para Kotler (2006), uma vez que o propósito do marketing centra-se em atender e satisfazer as necessidades e aos desejos dos consumidores, torna-se fundamental conhecer o seu comportamento de compra. Conhecer este comportamento e um facilitador para as empresas desenvolver suas estratégias de marketing. Para Blackwell, Miniard e Engel (2008) o sucesso de um produto ou serviço, depende da habilidade e atitudes dos envolvidos no processo de aquisição e uso dos bens adquiridos. Para estes autores o comportamento do consumidor é a analise de porque, quando e onde compram e ainda, as atitudes que desempenham para poder adquirir um produto ou serviço. Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2008) existem sete estágios que envolvem o consumidor antes, durante e após a compra. Enquanto para Kotler existem apenas cinco. Os dois autores concordam que existe o reconhecimento do problema, a busca de

8 informações sobre o produto, a avaliação das alternativas disponíveis para consumo, a compra e o resultado pós - compra. Porém, para Blackwell, Miniard e Engel (2008) acrescenta-se neste processo o consumo e o descarte do que não foi consumido. Segundo Kotler (2006) o processo de consumo inicia-se no momento que o consumidor reconhece a necessidade de alguma coisa e a transforma em desejo. Para Blackwell, Miniard e Engel (2008) neste momento de reconhecimento da necessidade, o indivíduo percebe a diferença entre aquilo que julga ser ideal para viver e sua real situação. Para atrair a atenção do consumidor, as empresas devem mostrar que seus produtos apresentam uma solução maior do que o custo para obtê-lo. A busca por informações, por sua vez, pode ser interna ou externa de acordo com Blackwell, Miniard e Engel (2008). As internas são as experiências já vividas e a memória de cada um. As externas são as publicidades, mercados, grupos sociais. A velocidade com que esta busca é feita esta diretamente ligada ao interesse em obter o produto. Com este conhecimento o consumidor distingue uma marca da outra, os atributos de cada mercadoria e analisa os benefícios oferecidos. Em seguida surge a avaliação das alternativas disponíveis para compra. Para Kotler é nesta situação que o consumidor faz comparações entre os vários produtos existentes, enaltecendo os atributos que atendam ao interesse de compra da pessoa (interesse este, vinculado a necessidade do estágio um). O consumidor avalia nesta fase os benefícios que o produto pode gerar em comparação aos benefícios procurados pelo indivíduo.

9 Análise de alternativas feita e hora da compra. Neste momento o consumidor irá, segundo Blackwell, Miniard e Engel (2008), escolher um ponto de venda, um vendedor, a quantidade, a forma de pagamento e entrega do produto. Segundo Kotler (2006), compras freqüentes (produtos do dia a dia) envolvem menos decisões e deliberações. Um ponto importante a ser avaliado é o processo pós - compra ao qual o consumidor se submete após conhecimento e utilização do produto o consumidor irá demonstrar satisfação ou insatisfação em adquirir o produto - serviço. Nesta situação podem surgir questionamentos de arrependimento ( Eu comprei um bom produto? ) tanto quanto afirmações de felicidade ( Eu fiz a melhor escolha ). Satisfazer-se ou não com a aquisição relaciona-se, também, aos fatores sociais que influenciam neste processo, tais quais as opiniões de amigos, familiares, grupos sociais. Segundo Blackwell, Miniard e Engel (2008) entre a fase de compra e pós - compra existe um nível de consumo, que consiste na utilização do produto adquirido. Este consumo pode ser feito de forma imediata ou posterior, mas neste momento o produto devera surpreender o cliente para que ele seja um consumidor satisfeito. Caso contrário, o indivíduo poderá ficar insatisfeito, o que dar maiores chances de atuação da concorrência. Ainda, segundo Blackwell, Miniard e Engel (2008), após a fase de pós - consumo existe o estágio de descarte, que como o próprio nome diz, é a eliminação de partes do produto que não foram utilizadas. Esta eliminação pode se dar de três formas segundo Blackwell, Miniard e Engel (2008) Descarte completo, reutilização ou reciclagem. Neste momento, como lembra Kotler os consumidores devem ser convencidos de uma

10 utilização mais regular do produto, para que os empecilhos potenciais da utilização possam ser superados (2006, pag. 197). Kotler afirma que todo este processo de compra e influenciado tanto pelos fatores culturais, sociais e pessoais quanto pela urgência, motivação, desejo e envolvimento do consumidor na aquisição do bem ou serviço. Solomon (2002), Schiffman e Kanuk (2000), também, compreendem que o indivíduo como consumidor, sofre influências pessoais, sociais e culturais. Toda decisão de compra conta com a influência de fatores sociais, que segundo Kotler (2006), são grupos de referência como família, status, reputação, papel, posição e, grupos sociais em que o consumidor esta inserido. Estes grupos, aos quais o comprador pertence são responsáveis por definir um estilo de vida, por gerarem aceitação ou repúdio conforme os hábitos de consumo de uma pessoa. Com base em Blacwell, Miniard e Engel (2008) estas influências sociais se dão pela cultura em que vive o cliente, pela classe social, e pela situação social e econômica em que se encontra o consumidor. Para estes autores tais fatores contribuem para que a pessoa consuma visando, além dos benefícios reais do produto, uma integração social, ou seja, são fatores que estabelecem os padrões consumistas de determinados grupos sociais. Compras também são influenciadas por características pessoais que de acordo com Kotler (2006) são a idade, a condição financeira, estilo de vida, personalidade e valores de criação. Blackwell, Miniard e Engel (2008) complementam esta definição com a motivação para compra, o conhecimento do produto e as atitudes sobre uma determinada marca ou produto. Estes autores definem tais pontos como influências pessoais, por considerarem que são variáveis diretamente ligadas ao consumidor, que só

11 podem ser alteradas conforme interesse e empenho da pessoa, indiferente da relação que este estabelece em seus grupos de relacionamento. As influências pessoais, segundo Sheth, Banwari e Newman (2001) processam-se de forma integrada, ou seja, a associação de informações do produto às experiências já vividas. Estas variáveis pessoais incidem diretamente sobre o processo de motivação do consumidor, e é esta motivação que irá gerar as compras baseadas nas necessidades reais, no impulso e no desejo (quanto mais motivado, menor é a análise de riscos por parte do consumidor - Sheth, Banwari e Newman (2001)). Crenças próprias de um consumidor definem um comportamento padrão e aceitável para a pessoa (individualmente). Enquanto crenças e normas partilhadas por grupos de referência dos quais o indivíduo faz parte, definem uma forma de comportamento aceitável para um grupo, o que resulta em interferência social na decisão de compra. Cultura, sub-cultura e classe social são fatores particularmente importantes no comportamento de compra (Sheth, Banwari e Newman (2001, pág. 29). Segundo Kotler, esta cultura vem com a pessoa desde o seu nascimento e à medida que os anos vão passando novos valores, percepções e preferências vão sendo agregados a personalidade da pessoa. Esta influência externa é adquirida na família, na escola, com os amigos. Ainda, alguns fatores que influem neste comportamento estão ligados a cidade natal, aos pais, ao estilo de vida que pretendem seguir. Além destes, a religião, raça, opção sexual e visão de futuro incidem sobre os hábitos de compra. Um exemplo sobre esta interferência seria uma criança nascida na classe A e outra nascida na classe D. As opções de lazer destes grupos são completamente distintas. A cultura de uma pessoa que nasceu e cresceu com alto poder aquisitivo, esta ligada a shows clássicos, viagens culturais, desenvolvimento intelectual. Enquanto uma pessoa da classe media

12 baixa focaliza seu lazer em viagens menores (casa de parentes), shows de humor, televisão (FAGANELO, 2010). Outro exemplo de influência cultural a ser citada e o Mac Donald s, que tem vivido um grande momento de desenvolvimento, com abertura de novas lojas em todo o mundo. Por questões culturais, é necessário que ele adapte seu cardápio, como a retirada de carne bovina na Índia e a inserção de uma grande variedade de produtos saudáveis em países onde a obesidade virou problema social. 3.1 Consumo de cosméticos no Brasil Diante da mudança de comportamento de consumo e do aumento do poder aquisitivo das classes C e D, em 2007, o Brasil atingiu a posição de segundo maior consumidor mundial de desodorantes, produtos para cabelos, higiene bucal, perfumaria e cosméticos masculinos e infantis. O país já ocupou, desde 2006, a terceira posição entre os maiores mercados de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos, o maior mercado, e Japão. Com um faturamento de US$ 22,23 bilhões, essa indústria registrou um crescimento de 22,6% em 2007, segundo dados do Euromonitor, empresa de pesquisa de mercado. Só nos primeiros seis meses de 2008, essa indústria cresceu 7,73% em vendas em relação ao mesmo período do ano passado. 4 A pujança desse mercado já faz com que grandes empresas, como a Avon e Unilever, aumentem os investimentos para atender à crescente demanda. O Brasil já é o segundo maior em vendas para a multinacional Avon, que acaba de anunciar o investimento de US$ 150 milhões na construção de um novo centro de distribuição, na cidade de 4 Disponível em Acesso em 5 de dezembro de 2010.

13 Cabreúva, a 80 km de São Paulo - será o maior da empresa no mundo. Dentre os cem países onde a companhia está presente, o Brasil tem também a maior força de vendas: 1,2 milhão de revendedoras. Segundo a Abihpec, o setor quase dobrou o faturamento nos últimos cinco anos e, mesmo com a desvalorização cambial, as vendas para outros países aumentaram 20% em 2007 em relação a O setor que tem recebido mais investimentos, em cerca de 800% nos últimos 12 meses, é o de maquiagem, um tipo de produto que o consumidor só começa a utilizar depois de comprar outros itens como desodorante, sabonete e xampu. Segundo a associação o volume de vendas se divide em: 24,9% - cabelos; 14,8% - fragrâncias; 11,8% - descartáveis; 9,7% - banho; 9,6% - cuidados de pele; 9,3% - desodorantes; 9,0% - higiene oral; 6,7% - maquiagens; 3,4% - bronzeador e protetor solar e 0,7% - produtos de barbear. Os produtos mais comercializados no último ano foram os cremes anti-sinais, maquiagem e perfumes. (Jornal Diário de São Paulo, 2007). De acordo com o Pyxis 5, indicador de potencial de consumo do Ibope Inteligência, a classe B representa o maior consumidor de produtos de higiene e beleza com participação de 41,3% nas vendas. A classe C vem em segundo lugar com 31,5%, seguida da A com 18% e da D, com 8,8%. 3.2 Perfil de compra de cosméticos das Classes C e D Entre os jovens das classes A e B, 63% estão no mercado de trabalho. Nas classes D e E, o percentual cai para 57%, de acordo com o levantamento. Quando o assunto é 5 Disponível em Acesso em 5 de dezembro de 2010.

14 vaidade, 17% das jovens de classe C acham muito importante estar na moda, 28% assumem que são muito consumistas e 22% não estão nada satisfeitas com seu peso. O acesso ao crédito e melhores salários mostram um novo comportamento desta classe, que antes deste favorável cenário financeiro escolhia os produtos de uma gôndola baseado no preço. Atualmente, aspectos como qualidade e atendimento, são relevantes no ato da compra. Segundo Gouveia (2008) a localização das lojas se apresenta como um fator importante. No momento de escolher seu canal de compra, o consumidor de baixa renda considera dois fatores principais: proximidade do ponto-de-venda e preço. Ainda, segundo Gouveia (2008) as referências estéticas também são diferenciadas à medida que há uma maior identificação com a fartura de cores e opções. Nas classes A e B existe a lógica da exclusividade onde os consumidores querem se diferenciar dos seus pares. Nas classes C, D e E as pessoas compram para fazer parte. Para Roger (2010) algumas características são bem marcantes no comportamento do consumidor de baixa renda, tais como valores e conservadorismo e fidelidade a marcas; (resistência a mudança); Gosto pela fartura; Baixa auto-estima (criam uma fuga no consumo); preferência por lojas da vizinhança; flexibilidade no crédito; exclusivo versus inclusivo e contato face a face.

15 Entre as jovens brasileiras, as da classe C são vaidosas e mais independentes do que mulheres na mesma idade em outras classes sociais, de acordo com um estudo feito pela consultoria Data Popular 6. As mulheres da classe C tiveram participação expressiva no consumo de itens relacionados à aparência e no movimento dos salões de beleza. Nos últimos 15 dias, 25 milhões de mulheres passaram por um salão, segundo a pesquisa. Quase 15 milhões delas estão na classe média. Nos últimos 30 dias, 13,2 milhões de mulheres compraram bijuterias (7,4 milhões da classe C), 12,7 milhões compraram hidratantes ou creme para o corpo (7,1 milhões da classe C), 7,6 milhões comprou bolsas e acessórios (4,1 milhões da classe C) e 11,3 milhões compraram sapatos (6,4 milhões da classe C). "A classe C está entrando com uma enorme força nesse mercado. Não que esses consumidores estejam começando agora a usar produtos de higiene e beleza; eles já usavam, mas para ocasiões especiais. A novidade é que os estão incorporando ao dia-adia", diz João Carlos Basílio da Silva, presidente da Abihpec. 7 Segundo Jean-Paul Agon, CEO do grupo L Oreal, ao se referir do consumo de cosméticos nas classes C e D Estamos falando de um grupo para quem comprar bons cremes e xampus e um desejo muito, muito antigo. O que se vê hoje e a nova classe C descontando um longo período de privação com uma avidez típica de 6 Disponível em Acesso em 5 de dezembro de Disponível em Acesso em 5 de dezembro de 2010.

16 quem recém-ascendeu socialmente. São pessoas que experimentam de tudo, consomem com exagero. Pesquisas que fizemos na Índia, Brasil e Rússia, mostram que o primeiro item supérfluo que a maioria delas compra quando a prateleira sobe vem justamente da prateleira de beleza. (...) Por tudo isso, embora sejam novatas nesse mercado, rapidamente acumulam vivencia para discernir marcas e desconfiar de produtos que se vendem como milagrosos. (...) Ou seja, uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, aplica no seu negócio este conceito de ascensão e acesso da classe C e D à produtos, antes considerados supérfluos, como cosméticos. A fala do CEO da L Oreal mostra a necessidade de as empresas se adaptarem aos hábitos e costumes deste público. 4 MÉTODO Os procedimentos adotados para o desenvolvimento deste trabalho seguem os conceitos metodológicos científicos definidos por Gil (1991) e Marconi e Lakatos (2005). Com base em Gil (1991), por envolver verdades e dados de interesse coletivos este trabalho configura-se em uma pesquisa básica que objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. E segundo a definição Marconi e Lakatos (2005) esta pesquisa também pode ser classificada como método quantitativo. Um trabalho quantitativo-estatístico considera que tudo pode ser traduzido em números, para posterior classificação e análise dos dados e verificação das hipóteses levantadas para este estudo. (Gil, Marconi e Lakatos, 2005).

17 Visando atender aos objetivos propostos esta pesquisa, terá caráter descritiva, ou seja, se propõe a descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis (Marconi e Lakatos, 2005). Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento de dados. O instrumento de pesquisa escolhido para coletar a opinião do público estudado foi o questionário estruturado. O questionário tem por objetivo levantar dados que possibilitem estabelecer uma relação entre os hábitos de consumo dos entrevistados e suas condições financeiras, ainda, pretende levantar informações sobre marcas, preferências e costumes de compra de cosméticos. Assim, este trabalho caracteriza-se também por ser quantitativo. Para validar este estudo foram entrevistadas pessoas que são estudantes de cursos profissionalizantes gratuitos. As informações obtidas nos questionários serão utilizadas neste artigo em forma de gráficos e tabelas seguidos por explicação e conclusões. Acredita-se que a população mais carente invista muito em cosméticos, em um processo de elevação da auto-estima e ainda, são fundamentais que os produtos voltados para este público tenham cores chamativas, embalagens inovadoras e que contenham maior quantidade do produto. Os dados resultantes das análises dos questionários poderão confirmar a relação entre o consumidor das classes C e D e o comportamento de consumo no segmento de cosméticos, e responder às perguntas que nortearam este texto, dentro do grupo analisado. 8 Universo de 600 alunos com intervalo de confiança de 95%.

18 6 RESULTADOS A seguir serão apresentados os resultados da pesquisa, aos quais se buscou integrar o referencial teórico, para avaliar o consumo de cosméticos nas classes sociais C e D e identificar as variáveis que influenciam no comportamento de compra. Cosmético é todo produto destinado a melhorar a aparência das pessoas, corrigindo defeitos, sejam eles destinados à limpeza, conservação ou maquilagem. Criado com a função básica de preservar ou recuperar a juventude e a beleza, ele está disseminado entre as diferentes culturas e classes sociais. Segundo Palácios (2004, p.94. apud SCHARF, 2010), é uma substância ou preparado destinado a embelezar ou alterar a aparência do rosto de uma pessoa ou usado para limpar, colorir, amaciar ou proteger a pele, cabelo, unhas, lábios, olhos ou dentes. A classe C está entrando com uma enorme força nesse mercado. Não que esses consumidores estejam começando agora a usar produtos de higiene e beleza; eles já usavam, mas apenas para ocasiões especiais. A diferença é que agora os produtos estão sendo incorporados no dia-a-dia. (SCHARF, 2010) Foram entrevistados 236 alunos do Programa de Educação Profissional, ação do governo voltada para educação nas classes C e D. Deste total de entrevistados 40 são do sexo masculino e 196 do sexo feminino, sendo que a maior parte tem entre 16 e 30 anos. 79,4% das pessoas que responderam os questionários disseram ser solteiras e 18,1%

19 casadas, os demais são separados ou viúvos. A renda familiar dos entrevistados varia de R$ 1.000,00 à mais de R$ 3.000,00 conforme gráfico 2. Esta renda confirma a inclusão dos participantes nas classes econômicas C e D. Segundo a American Marketing Association (AMA), uma marca é um nome, termo, símbolo, desenho ou uma combinação desses elementos que deve identificar os bens ou serviços de um fornecedor ou grupo de fornecedores e diferenciá-los da concorrência. (KOTLER e KELLER, 2006, p. 6). Discute-se, porém, que marca seja mais do que isso. Para muitos, ela é capaz de gerar identificação com o seu público-alvo, criando níveis de envolvimento com os consumidores. (KOTLER e KELLER, 2006, p. 6). A marca possibilita, portanto, a identificação dos consumidores, que na maioria das vezes buscam informações que poderão facilitar as suas escolhas e minimizar os riscos de uma aquisição. Assim, eles estarão dispostos a pagar mais, caso avaliem os vários ofertantes em função de qualidade entregue em um determinado produto. (GRIFFIN, 2001, apud MEDI, 2008). A partir daí, vale ressaltar que o posicionamento significa a posição em que uma marca ocupa na mente de um consumidor. Para Simpson (2001, apud MEDI, 2008), uma estratégia de posicionamento possibilita o desenvolvimento adequado do composto de marketing.

20 Uma das práticas de Marketing pelas quais as organizações têm conseguido é a proposição de valor ao consumidor. Quando isto é conseguido, conecta a mensagem da empresa ao consumidor, traçando um relacionamento marca-comprador. Porém, como o valor proposto também pode se tornar indiferenciado entre as concorrentes, as organizações buscam formatos alternativos aos benefícios funcionais e emocionais para a construção da sua comunicação do valor. (LIMA, 2009) Diante desta conceituação de marca e valor, é possível detctar que a classe C e D valoriza outros atributos do produto no processo de compra. Apenas 34,5% dos entrevistados disseram que marca é um ponto muito importante no momento da decisão de cosnumo, contra 55,9% que disseram que a marca é uma valor pouco importante. Para os cunsumidores destas classes sociais o cheiro do cosmético (60,5%), a composição quimica (57,1%) e os beneficios gerados ( 83,6%) são os fatores de maior importância na aquisição de um produto de beleza. A embalagem ( 75,6%), status (68,9%) e o preço (92,5%) foram atributos que mereceram destaque na entrevista, uma vez que o percentual de entrevistados que consideram estes pontos importante ou muito importante foi consideravelmente alto. Tais dados confirmam o questionamento feito por Faganelo (2010), em que o autor afirma que embalagens coloridas, vistosas e práticas são fatores decisivos no consumo das classes sociais média e média baixa. Para ele, a embalagem é uma poderosa ferramenta de marketing que pode ajudar o produto a conquistar a preferência do consumidor e garantir seu lugar no mercado.

21 O preço vai ao encontro de pesquisas de consumo na classe C e D, que afirmam que o consumo aumentou, mas que a qualidade do consumo nem sempre é valorizada, visto que o preço vem antes, pois nestas classes existe a lógica de que comprnado mais barato, pode-se comprar mais. Um outro fator a ser analisado, que afetou muito a venda do xampu Seda Seramidas no Brasil é a consistência do produto. A Unilever, mantem a marca de xampu Seda no mercado voltada para as classes mais populares, porém, com melhores condições de vida, estas classes passaram a exigir mais, e não aceitavam mais o produto da multinacional como referencia do setor. Para a classe C, público-alvo do xampu, o produto era de "segunda linha" e "muito popular". Sua fórmula era líquida demais, aos olhos da nova classe C ela passou a ser identificada com produtos de pior qualidade. (BETTI, 2009) Com base nestas informações pode-se concluir que a consistência do produto é uma variável no comportamento do consumidor de cosméticos. 60,9% dos entrevistados marcaram esta característica como muito importante na pesquisa. Quando o assunto é gasto mensal em cosméticos a situação financeira tende a falar mais alto do que o modismo de consumo: entre os entrevistados, e 51,3% deles não estão dispostos a gastar mais do que R$ 50,00 por mês em cosméticos, enquanto 36,6% afirmam que têm disposição em gastar até R$ 100,00 mensais em produtos de beleza. Apenas 3,8% disseram que gastariam mais que R$ 150,00.

22 A disposição de gasto reflete bem nas marcas consumidas pelos participantes da pesquisa. 67,2% das pessoas disseram que os produtos mais utilizados são da Avon, marca assumidamente posicionada às classes populares. Em seguida as marcas mais utilizadas são Natura (65,1%), Seda Seramidas (26,5%), O Boticário (19,7%), Monage (17,2%) e Colorama (9,7%). Vale ressaltar como o posicionamento e preço interferem no consumo das marcas. A Água de Cheiro, por exemplo, é considerada uma marca acessível, porém atendendo um público mais segmentado. Por isso, marca quase não foi citada nas entrevistas. Por outro lado, marcas como Prada, Dior, Lâncome, Mac e Kerastase não foram nem citadas na pesquisa. Em termos de divulgação 52,5% dos entrevistados disseram que a publicidade interfere na aquisição de informações sobre o produto, mas não são fatores fundamentais na decisão de compra. Outros 16,4% disseram que comerciais e divulgação influencia muito pouco no processo de consumo, enquanto 31,1% disseram que a propaganda é um fator decisivo na compra de um cosmético. Segundo Elaine Lopes, aluna de um curso técnico e participante da pesquisa como vou acreditar em um produto se a mídia não fala bem?. Para este público, a confiança nos pontos de venda é uma das principais variáveis no comportamento de consumo. Por isso 63,9% dos entrevistados afirmaram que só consomem cosméticos de lojas especializadas, visto o conhecimento dos vendedores sobre os produtos. Seguindo esta linha 45,4% consomem cosméticos a partir de revendedores porta-a-porta, uma vez que estes revendedores, na maioria das vezes, são familiares ou amigos bem próximos. Salão de Beleza para este público é o pior lugar para se consumir cosméticos (5%), pois em espaços de beleza apenas produtos de marca

23 cara são comercializados, ainda segundo Elaine Lopes. Para a aluna ouvir os conselhos do profissional de beleza é fundamental, mas pode-se consumir os produtos em outros lugares mais acessíveis. Para enriquecer esta analise algumas perguntas foram relacionadas a outras, possibilitando melhor entendimento do comportamento de consumo do público analisado. Uma informação que merece destaque nesta fase é a relação entre o sexo dos entrevistados e a disposição para gasto em cosméticos. Das entrevistadas 58% não estão dispostas a gastar mais de R$ 50,00 por mês em produtos de beleza, enquanto dos homens 56% gastam mais de R$ 50,00 por mês. Ou seja, a classe masculina tem interesse em gastar mais dinheiro em cosméticos, o que mostra que a vaidade masculina não é uma exclusividade das classes mais nobres. Esta disposição a gastar com cosméticos está diretamente ligada a renda mensal familiar dos entrevistados. A maioria das pessoas que afirmaram ter renda de até R$ 1.000,00 (mil reais) não gastam mais de R$ 50,00 (cinqüenta reais) por mês, enquanto das que declararam ter renda superior a R$ 2.000,00 (dois mil reais), 66% estão disposta a gastar mais de R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) por mês. Ainda assim, de todos os entrevistados, grande parte considera que gastar até R$100,00 (cem reais) com cosméticos é o suficiente. Esta informação se torna real quando analisada as marcas consumidas: marcas mais acessíveis possibilitam um consumo com menor gasto financeiro. A aquisição dos produtos, como já analisada nesta pesquisa, acontece na maior parte em lojas especializadas, seguidas por revendedores porta-a-porta. Dos respondentes que

24 marcaram lojas especializadas como melhor ponto de venda (63,9%), 49,3% disseram que a propaganda influência na compra, mas não é o ponto primordial. Para eles a melhor alternativa para convencimento da venda é as informações que o vendedor sabe sobre o produto. E para as pessoas que consomem com as revendedores de catálogos (45,4%), a propaganda influência pouco. Importantes são as informações sobre o produto, as promoções e as condições de pagamento. Quando o cruzamento de informações atinge o ponto de atributos valorizados em produtos de beleza e valores que as pessoas se dispõem a gastar na aquisição dos mesmos os entrevistados se mostram bem coerentes em suas respostas. Das pessoas que disseram que consistência, embalagem, cheiro e benefícios gerados são muito importantes nos produtos, 38,2% também afirmaram está dispostos a gastar mais de cem reais mensais com cosméticos. Enquanto as que disseram que preço é o mais importante, 79% afirmaram que gastariam no máximo até R$100,00 por mês. Esta informação se mostra importante para este estudo pois as classes C e D estão conscientes que bons produtos, com qualidade superior têm um valor mais elevado. É a relação custo beneficio chegando ao conhecimento dos populares. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Se o culto ao corpo e a beleza estética é um dos modismos do século XXI e que tende a permanecer por outros vários séculos que estão por vir, as classes sociais C e D, recém descobridoras do universo do consumo não poderiam ficar de fora.

25 Cremes, cirurgias plásticas e reparadoras, perfumes, maquiagem, e ouros artefatos da beleza, antes pertencentes à ala nobre da sociedade, e utilizados pelos mais populares apenas em datas muito especiais, passam a ser acessórios diários dessas classes que por, incentivos governamentais e árduo trabalho, se integram ao paraíso das compras. O objetivo principal deste trabalho sustentou-se, exatamente, em investigar e analisar o comportamento de consumo de cosméticos por parte deste grupo social (classe C e D). Um questionário com dez questões foi aplicado a duzentos e trinta e cinco pessoas. Através das respostas foi possível definir algumas influencias no processo de compra e os atributos valorizados por este público no momento que vão adquirir algum produto de beleza. Analisar o processo e hábitos de compra destas classes faz-se necessário para que as empresas consigam atingir este público que injeta bilhões de reais, anualmente, na economia nacional. Ainda que o acesso ao crédito tenha levado os populares à compras, seus hábitos de consumo, parecem, permanecer inalterados se comprados com a fase anterior do poder econômico destas pessoas. Faganelo (2010) afirma que este público valoriza muito a interação face a face com o vendedor, seu maior ponto de referencia de um produto. Ainda, o autor diz que as pessoas tende a serem menos influenciadas pela propaganda e mais suscetíveis ao preço do produto. Faganelo (2010) enfatiza que embalagens coloridas que emitam idéia de fatura são chamativas para o consumo na classe C e D. Tais considerações do autor puderam ser confirmadas na pesquisa realizada neste artigo. Os resultados indicaram que o vendedor de produtos estéticos é a principal referência do

26 consumidor para obter informações sobre o cosmético que deseja comprar. Ainda, consideram que a embalagem é um fator muito importante na decisão de compra. Outro ponto a ser destacado no resultado da pesquisa é a relação renda mensal com o comportamento de consumo. Pessoas solteiras, com maior renda mensal, tendem a gastar mais, mensalmente, com cosméticos e investir em marcas conhecidas, como Avon, Natura e O Boticário. Porém, dentre o público das classes C e D, mesmo os com melhores condições financeiras, marcas internacionais como Prada, Chanel, Lâncome, são desconhecidas, isto é uma conseqüência dos atributos considerados muito importantes para este público: as pessoas com renda mais alta consideram que na compra de um cosmético os pontos mais importantes são preço, cheiro, marca e indicação de terceiros. Dentre os vários resultados obtidos, merece destaque o fator comunicação. Os entrevistados consideram comunicação importante, mas não o primordial. Isso indica que as empresas devem investir em comunicação, mas focalizar, principalmente no treinamento das equipes do ponto de venda. Para atender aos desejos deste público, o maior investimento deve ser feito em trade marketing, objetivando exaltar os diferencias do produto no ponto de venda. Este trabalho analisou a postura dos consumidores das classes média e media baixa no momento da aquisição de cosméticos e as variáveis que podem influenciar na escolha por certo produto. A pesquisa quantitativa contribuiu para a análise dos hábitos deste público, porém, se tratando de um segmento que, a cada ano que passa consome mais, gasta mais com produtos que antes eram apenas desejo de consumo, e que está

27 chegando, com força total ao mundo e consumo virtual, o estudo do comportamento de consumo destas classes merece outros estudos, mais aprofundados, que possibilitem maior riqueza de detalhes, proporcionando assim, melhor entendimento das necessidades destas pessoas e melhor atuação das empresas em satisfazer estas necessidades. REFERENCIAS ABRANCHES, C. Gerenciamento de Produtos e Marcas. Pontifícia Universidade católica de Minas Gerais. Trabalho de Conclusão de Curso. MBA em Gestão de Negócios no contexto Empreendedor. Belo Horizonte, AGOSTINI, Renata. MEYER, Carolina. A Classe C cai na rede. Revista Exame, São Paulo/SP, edição 978, ano 44, nº 19. P Outubro, BETTI, Renata. Só Sobrou a marca. Seção Negócios. Revista Veja. Abril. Ed de Outubro de Entrevista com Jean-Paul Agon. Seção Beleza. Revista Veja. Abril. Ed Ano 43. Nº de Novembro de BLACKWELL, Roger D.; MINIARD, Paul W.; ENGEL, James F. Comportamento do Consumidor. São Paulo: Cengage Learning, ª Ed. Traduzido por Eduardo Ayrosa e equipe. FAGANELO, Mauricio. Classes C, D e E: Como atender as necessidades e desenvolver produtos para o consumidor dos segmentos de baixa renda. Palestra. São Paulo. 02 de Fevereiro de Disponível em %20Mauricio%20Faganelo.pdf. Acesso em 22 de novembro de GANDOLPHO, Cibele. Brasil é o terceiro no mundo no consumo de cosméticos. Diário de São Paulo. Publicado em 10 de agosto de Disponível em acesso em 5 de dezembro de GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, GOUVEIA, Katiane. O comportamento do consumidor de baixa de renda. Semana da pequena empresa SEBRAE. 17 a 21 de Novembro. São Paulo SO IBGE. Classes Sociais no Brasil. Disponível em Acesso em 22 de novembro de KOTLER, Philip; KELLER, Kevin L. Administração de Marketing: a Bíblia do marketing. São Paulo: Pearson Prentice Hall, ª ed. Traduzido por monica Rosenberg, Claudia Freire e Brasil Ramos. LIMA, Renato de Oliveira. O Consumo feminino de cosméticos anti sinais. In: Encontro da Associação nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Administração EnANPAD Salvador. Disponível em Acesso em 10 de dezembro de 2010.

28 MARCONI, Marina de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, ªed. MEDI, Pâmela Pazzoti. Consumo de Cosmético na terceira idade. In: Congresso de Marketing e Vendas ADVBS/RS Porto Alegre. Disponivel em Acesso em 10 de dezembro de POPULAR, Instituto Data. Nova Clientela. Disponível em: Acesso em 21 de novembro de RICHERS, Raimer. O enigmático mais indispensável consumidor: teoria e prática. Revista da Administração, jul./set. de ROGER, C. Classe C apresenta novos hábitos de consumo. Disponível em Acesso em 5 de dezembro de SATO, Comunicação. Crescimento do consumo das classes C e D fortalece setor supermercadista. Disponível em Acesso em 26 de outubro de SCHARF, Edson Roberto. Melhores Práticas de Marketing: A Proposta de Valor e o Capital Humano. In: Encontro da Associação nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Administração EnANPAD Salvador. Disponível em Acesso em 10 de dezembro de SCHIFFMAN, Leon G.; KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do consumidor. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, SHETH, J. N., BANWARI M., NEWMAN, B.I. Comportamento do cliente. São Paulo: Atlas, SITE: acesso em 25 de novembro de SITE: acesso em 25 de novembro de SOLOMON, Michael R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, VARGAS, Fundação Getúlio. A Crise e as Classes Sociais. Disponível em Acesso em 22 de novembro de 2010.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

PESQUISA DIA DAS CRIANÇAS - NATAL

PESQUISA DIA DAS CRIANÇAS - NATAL PESQUISA DIA DAS CRIANÇAS - NATAL Natal, setembro de 2015 1 Sumário 1. Aspectos Metodológicos... 3 2. Descrição dos Resultados... 4 Itens de comemoração... 4 Gastos com presente... 4 Local e quando compra...

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

Planejamento de Marketing

Planejamento de Marketing PARTE II - Marketing Estratégico - Nessa fase é estudado o mercado, o ambiente em que o plano de marketing irá atuar. - É preciso descrever a segmentação de mercado, selecionar o mercado alvo adequado

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários ÍNDICE Introdução Os 7 Segredos Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão 3 4 6 11 12 INTRODUÇÃO IMPORTANTE Neste e-book você terá uma rápida introdução sobre as chaves que movem

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

CUIDADOS COM A BELEZA

CUIDADOS COM A BELEZA CUIDADOS COM A BELEZA Dihego Pansini Getúlio Cantão Quando observamos os padrões de beleza determinados pela sociedade no decorrer dos, podemos perceber que a mesma possui uma característica de transitoriedade,

Leia mais

Modelo para elaboração do Plano de Negócios

Modelo para elaboração do Plano de Negócios Modelo para elaboração do Plano de Negócios 1- SUMÁRIO EXECUTIVO -Apesar de este tópico aparecer em primeiro lugar no Plano de Negócio, deverá ser escrito por último, pois constitui um resumo geral do

Leia mais

Marketing Básico Capítulo II. O Composto de Marketing Os 4 P s

Marketing Básico Capítulo II. O Composto de Marketing Os 4 P s Marketing Básico Capítulo II O Composto de Marketing Os 4 P s O Produto Podemos definir produto como sendo o ator principal da relação de troca, onde o mesmo deve resultar como amplamente satisfatório

Leia mais

Satisfação dos consumidores: estudo de caso em um supermercado de Bambuí/MG

Satisfação dos consumidores: estudo de caso em um supermercado de Bambuí/MG Satisfação dos consumidores: estudo de caso em um supermercado de Bambuí/MG Ana Clara Rosado Silva (1) ; Daiane Oliveira Borges (2) ; Tatiana Morais Leite (3) ; Vanessa Oliveira Couto (4) ; Patrícia Carvalho

Leia mais

COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE

COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE PRIAD: COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM TEMPOS DE CRISE 1 Data de entrega até 16/09/2015 As questões objetivas só possuem uma alternativa correta: respostas a lápis ou rasuradas serão desconsideradas. Não use

Leia mais

O CONSUMO VIRTUAL NO BRASIL

O CONSUMO VIRTUAL NO BRASIL O CONSUMO VIRTUAL NO BRASIL Março 2015 1. PANORAMA DO CONSUMO VIRTUAL NO BRASIL Eletroeletrônicos, livros e calçados foram os itens mais comprados em 2014. Índice de satisfação do consumidor virtual brasileiro

Leia mais

INTENÇÃO DE COMPRA NATAL 2014

INTENÇÃO DE COMPRA NATAL 2014 1 INTENÇÃO DE COMPRA NATAL 2014 2 Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande Intenção de Compra para o Natal 2014 Rua Venâncio Borges do Nascimento, 377 Jardim Tv Morena Campo Grande - MS, 79050-700 Fone:

Leia mais

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011

Pesquisa IBOPE Ambiental. Setembro de 2011 Pesquisa IBOPE Ambiental Setembro de 2011 Com quem falamos? Metodologia & Amostra Pesquisa quantitativa, com aplicação de questionário estruturado através de entrevistas telefônicas. Objetivo geral Identificar

Leia mais

Metodologia. Entrevistas com amostra de usuárias brasileiras de internet via questionário online. Quantidade de entrevistas realizadas: 656

Metodologia. Entrevistas com amostra de usuárias brasileiras de internet via questionário online. Quantidade de entrevistas realizadas: 656 Compras - Natal Sophia Mind A Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado é a empresa do grupo de comunicação feminina Bolsa de Mulher voltada para pesquisa e inteligência de mercado. Cem por cento

Leia mais

Cuidados com o corpo

Cuidados com o corpo Cuidados com o corpo Sophia Mind A Sophia Mind Pesquisa e Inteligência de Mercado é a empresa do grupo de comunicação feminina Bolsa de Mulher voltada para pesquisa e inteligência de mercado. Cem por cento

Leia mais

E - Simulado 02 Questões de Tecnologia em Marketing

E - Simulado 02 Questões de Tecnologia em Marketing E - Simulado 02 Questões de Tecnologia em Marketing Questão 01: (ENADE 2009): Um fabricante de sapatos pode usar a mesma marca em duas ou mais linhas de produtos com o objetivo de reduzir os custos de

Leia mais

AS DECISÕES REFERENTES AOS CANAIS DE MARKETING ESTÃO ENTRE AS MAIS CRÍTICAS COM QUE AS GERÊNCIAS PRECISAM LIDAR

AS DECISÕES REFERENTES AOS CANAIS DE MARKETING ESTÃO ENTRE AS MAIS CRÍTICAS COM QUE AS GERÊNCIAS PRECISAM LIDAR KOTLER, 2006 AS DECISÕES REFERENTES AOS CANAIS DE MARKETING ESTÃO ENTRE AS MAIS CRÍTICAS COM QUE AS GERÊNCIAS PRECISAM LIDAR. OS CANAIS AFETAM TODAS AS OUTRAS DECISÕES DE MARKETING Desenhando a estratégia

Leia mais

Uma empresa é viável quando tem clientes em quantidade e com poder de compra suficiente para realizar vendas que cubram as despesas, gerando lucro.

Uma empresa é viável quando tem clientes em quantidade e com poder de compra suficiente para realizar vendas que cubram as despesas, gerando lucro. Página 1 de 9 2. Análise de Mercado 2.1 Estudo dos Clientes O que é e como fazer? Esta é uma das etapas mais importantes da elaboração do seu plano. Afinal, sem clientes não há negócios. Os clientes não

Leia mais

FUNDAMENTOS DE MARKETING

FUNDAMENTOS DE MARKETING FUNDAMENTOS DE MARKETING Há quatro ferramentas ou elementos primários no composto de marketing: produto, preço, (ponto de) distribuição e promoção. Esses elementos, chamados de 4Ps, devem ser combinados

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING

GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING PÓS-GRADUAÇÃO / FIB-2009 Prof. Paulo Neto O QUE É MARKETING? Marketing: palavra em inglês derivada de market que significa: mercado. Entende-se que a empresa que pratica

Leia mais

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS CONHECER A ELABORAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E FUNCIONALIDADES UM PLANO DE NEGÓCIOS.

Leia mais

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com 7 DICAS IMPERDÍVEIS QUE TODO COACH DEVE SABER PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com As 7 dicas imperdíveis 1 2 3 Identificando seu público Abordagem adequada

Leia mais

ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS UTILIZADAS PELAS OPERADORAS, TIM, CLARO E VIVO.

ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS UTILIZADAS PELAS OPERADORAS, TIM, CLARO E VIVO. 1 ESTRATÉGIAS MERCADOLÓGICAS UTILIZADAS PELAS OPERADORAS, TIM, CLARO E VIVO. Juliana da Silva RIBEIRO 1 RESUMO: O presente trabalho enfoca as estratégias das operadoras de telefonia móvel TIM,VIVO e CLARO

Leia mais

1 Introdução 1.1. Contextualização

1 Introdução 1.1. Contextualização 1 Introdução 1.1. Contextualização O mercado de cartões no Brasil ainda está em fase de amadurecimento. A maior estabilização da economia brasileira com o plano real após 1994 permitiu uma explosão da

Leia mais

DATA POPULAR SAÚDE NA NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA. RENATO MEIRELLES renato@datapopular.com.br

DATA POPULAR SAÚDE NA NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA. RENATO MEIRELLES renato@datapopular.com.br DATA POPULAR SAÚDE NA NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA RENATO MEIRELLES renato@datapopular.com.br NOS ÚLTIMOS ANOS O BRASIL PASSOU POR UMA DAS MAIS PROFUNDAS MUDANÇAS DE SUA HISTÓRIA AB DE % Essa é a classe

Leia mais

MAISMKT - Ações em Marketing e uma empresa voltada para avaliação do atendimento, relacionamento com cliente, e marketing promocional.

MAISMKT - Ações em Marketing e uma empresa voltada para avaliação do atendimento, relacionamento com cliente, e marketing promocional. Empresa MAISMKT - Ações em Marketing e uma empresa voltada para avaliação do atendimento, relacionamento com cliente, e marketing promocional. Nossa filosofia e oferecer ferramentas de gestão focadas na

Leia mais

Gerenciamento e planejamento de estoque em lojas de mini departamentos do município de Bambuí

Gerenciamento e planejamento de estoque em lojas de mini departamentos do município de Bambuí Gerenciamento e planejamento de estoque em lojas de mini departamentos do município de Bambuí Warlei Laurindo Martins¹; Andriele de Oliveira Bernades¹; Juliana de Souza Santos¹;Pedro H. Gomes Lima¹; Diego

Leia mais

Marketing. Aula 06. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Marketing. Aula 06. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Marketing Aula 06 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e

Leia mais

O Que Vem Mudando Nos Hábitos De Consumo Da Classe C

O Que Vem Mudando Nos Hábitos De Consumo Da Classe C VAREJO Agosto - 2012 O Que Vem Mudando Nos Hábitos De Consumo Da Classe C Desde a criação do Real e a estabilização da economia, o poder aquisitivo da população brasileira aumentou de forma significativa.

Leia mais

Conceito de Marketing Considerações Preliminares Atendimento

Conceito de Marketing Considerações Preliminares Atendimento Conceito de Marketing Considerações Preliminares Atendimento Metodologia de Ensino 1) Noções de Marketing 2) Marketing de Serviço 3) Marketing de Relacionamento 1 2 1) Noções de Marketing 3 4 5 6 www.lacconcursos.com.br

Leia mais

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil

Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil Pesquisa Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil 2014 Objetivo Metodologia Perfil da Empresa de Consultoria Características das Empresas Áreas de Atuação Honorários Perspectivas e Percepção de Mercado

Leia mais

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com:

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com: 1 Metodologia da Pesquisa Científica Aula 4: Tipos de pesquisa Podemos classificar os vários tipos de pesquisa em função das diferentes maneiras pelo qual interpretamos os resultados alcançados. Essa diversidade

Leia mais

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br. Marketing Ambiental Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. O que temos visto e ouvido falar das empresas ou associado a elas? Blog: www.tudibao.com.br E-mail: silvia@tudibao.com.br 2 3 Sílvia

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

Sustentabilidade x Desperdício

Sustentabilidade x Desperdício Sustentabilidade x Desperdício Alunos: Antônio Fernandes Margarida Késsia Daniele de Brito Nilmara Oliveira Introdução O tema consciência ambiental tem estado em alta no Brasil. A falta d água em vários

Leia mais

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor

Como participar pequenos negócios Os parceiros O consumidor Movimento incentiva a escolha pelos pequenos negócios na hora da compra A iniciativa visa conscientizar o consumidor que comprar dos pequenos é um ato de cidadania que contribui para gerar mais empregos,

Leia mais

INTENÇÃO DE COMPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014

INTENÇÃO DE COMPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 PE MPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 1 MPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 PE MPRA DIA DAS CRIANÇAS 2014 2 Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande Intenção de Compra para o Dia das Crianças 2014 Rua Venâncio Borges do

Leia mais

Os desafios para a inovação no Brasil. Maximiliano Selistre Carlomagno

Os desafios para a inovação no Brasil. Maximiliano Selistre Carlomagno Os desafios para a inovação no Brasil Maximiliano Selistre Carlomagno Sobre a Pesquisa A pesquisa foi realizada em parceria pelo IEL/RS e empresa Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação durante

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing Plano de Marketing Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing 1 Plano de Marketing É o resultado de um processo de planejamento. Define o quevai ser vendido, por quanto,

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

USO DE REDES SOCIAIS EM AMBIENTES CORPORATIVOS. www.gentispanel.com.br

USO DE REDES SOCIAIS EM AMBIENTES CORPORATIVOS. www.gentispanel.com.br USO DE REDES SOCIAIS EM AMBIENTES CORPORATIVOS www.gentispanel.com.br Só quem tem uma base de 6,5 milhões de pessoas pode resolver suas pesquisas de mercado em poucos dias. Pesquisas ad-hoc Consumidores

Leia mais

Pesquisa Profissionais de Ecommerce

Pesquisa Profissionais de Ecommerce Pesquisa Profissionais de Ecommerce Agosto de 2011 http://www.ecommerceschool.com.br Introdução O crescimento do comércio eletrônico brasileiro é feito com tecnologia e pessoas. Por trás desse crescimento

Leia mais

Pesquisa Mercadológica. Prof. Renato Resende Borges

Pesquisa Mercadológica. Prof. Renato Resende Borges Pesquisa Mercadológica Prof. Renato Resende Borges Definição de Pesquisa de Marketing É a identificação, coleta, análise e disseminação de informações de forma sistemática e objetiva e o uso de informações

Leia mais

QUEM SOMOS PARA TODAS

QUEM SOMOS PARA TODAS Mídia Kit QUEM SOMOS O site Beleza e Conteúdo é uma proposta inovadora para quem deseja aprender uma nova língua. Unindo aprendizado com qualidade de vida, o portal permite que o usuário possa aperfeiçoar

Leia mais

Palavras-chave: Comportamento, Ambiente Organizacional, Satisfação.

Palavras-chave: Comportamento, Ambiente Organizacional, Satisfação. a 9 de Dezembro Clima organizacional: uma análise comparativa entre a empresa x e a empresa y do setor varejista de eletrodomésticos e móveis, que disputam o mesmo nicho no município de Bambuí-MG Franciele

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento do consumidor

CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento do consumidor CENÁRIO BRASILEIRO DO MARKETING RELACIONADO A CAUSAS Atitudes e comportamento do consumidor 2º Seminário Internacional de Marketing Relacionado a Causas 27 de setembro de 2005 1 O que pensa consumidor

Leia mais

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010 Empregabilidade: uma análise das competências e habilidades pessoais e acadêmicas desenvolvidas pelos graduandos do IFMG - Campus Bambuí, necessárias ao ingresso no mercado de trabalho FRANCIELE CLÁUDIA

Leia mais

O papel do CRM no sucesso comercial

O papel do CRM no sucesso comercial O papel do CRM no sucesso comercial Escrito por Gustavo Paulillo Você sabia que o relacionamento com clientes pode ajudar sua empresa a ter mais sucesso nas vendas? Ter uma equipe de vendas eficaz é o

Leia mais

Fatores ambientais que influenciam o planejamento estratégico. Planejamento de Relações Públicas II Profª. Carolina Alves Borges

Fatores ambientais que influenciam o planejamento estratégico. Planejamento de Relações Públicas II Profª. Carolina Alves Borges Fatores ambientais que influenciam o planejamento estratégico Planejamento de Relações Públicas II Profª. Carolina Alves Borges Análise do Ambiente Externo processo de planejamento estratégico 1ª etapa

Leia mais

Moip Assinaturas. Gerencie mensalidades, assinaturas e cobranças recorrentes

Moip Assinaturas. Gerencie mensalidades, assinaturas e cobranças recorrentes Gerencie mensalidades, assinaturas e cobranças recorrentes outubro/2012 Índice O Mercado de Assinaturas... 03 O Moip Assinaturas... 04 Fluxo básico... 04 APIs... 05 Versão 1.0... 06 Participe do Beta...

Leia mais

TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1. Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3.

TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1. Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3. TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1 Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3. 1 Pesquisa realizada no curso de Administração da Unijuí 2 Aluna

Leia mais

Uma empresa só poderá vender seus bens/serviços aos consumidores se dois requisitos básicos forem preenchidos:

Uma empresa só poderá vender seus bens/serviços aos consumidores se dois requisitos básicos forem preenchidos: Módulo 4. O Mercado O profissional de marketing deverá pensar sempre em uma forma de atuar no mercado para alcançar os objetivos da empresa. Teoricamente parece uma tarefa relativamente fácil, mas na realidade

Leia mais

Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil

Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil Oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas, mostra estudo do SPC Brasil Mais de um terço dos brasileiros desconhecem o valor das contas que vencem no próximo mês. Falta

Leia mais

E-COMMERCE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR FRENTE ÀS TRANSAÇÕES ON-LINE 1. Tahinan Pattat 2, Luciano Zamberlan 3.

E-COMMERCE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR FRENTE ÀS TRANSAÇÕES ON-LINE 1. Tahinan Pattat 2, Luciano Zamberlan 3. E-COMMERCE COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR FRENTE ÀS TRANSAÇÕES ON-LINE 1 Tahinan Pattat 2, Luciano Zamberlan 3. 1 Trabalho de conclusão de curso de Administração da Unijuí 2 Aluno do Curso de Administração

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens.

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens. Brasil A pesquisa em 2015 Metodologia e Perfil 111.432 respostas na América Latina 44% homens 67.896 respostas no Brasil 0,5% Margem de erro 56% mulheres * A pesquisa no Uruguai ainda está em fase de coleta

Leia mais

Princípios e Conceitos de Marketing. Prof. Felipe A. Pires

Princípios e Conceitos de Marketing. Prof. Felipe A. Pires Princípios e Conceitos de Marketing Prof. Felipe A. Pires O que é Marketing? É a execução de um conjunto de atividades comerciais, tendo como objetivo final a troca de produtos ou serviços entre produtores

Leia mais

Uso do Crédito (consumidores) Setembro 2012

Uso do Crédito (consumidores) Setembro 2012 Uso do Crédito (consumidores) Setembro 2012 METODOLOGIA Plano amostral Público alvo: Consumidores de todas as Capitais do Brasil. Tamanho amostral da Pesquisa: 623 casos, gerando um erro máximo de 3,9%

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

HABILIDADE FINANCEIRA DOS BRASILEIROS. Fevereiro de 2016

HABILIDADE FINANCEIRA DOS BRASILEIROS. Fevereiro de 2016 HABILIDADE FINANCEIRA DOS BRASILEIROS Fevereiro de 2016 OBJETIVOS DO ESTUDO Compreender o grau de conhecimento e a habilidade dos brasileiros em lidar com o dinheiro e suas finanças. METODOLOGIA Público

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia.

Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Micro e Pequena Empresa: Conceito e Importância para a Economia. Luiz Felipe de Oliveira Pinheiro * RESUMO O presente mini-ensaio, apresenta os desvios que envolvem o conceito de micro e pequena empresa

Leia mais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO José Roberto Santana Alexandre Ripamonti Resumo: Com a globalização da economia, as empresas, enfrentam

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I

O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I O QUE É E COMO FUNCIONA O CREDIT SCORING PARTE I! A utilização de escores na avaliação de crédito! Como montar um plano de amostragem para o credit scoring?! Como escolher as variáveis no modelo de credit

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

MARKETING ESTRATÉGICO

MARKETING ESTRATÉGICO MARKETING ESTRATÉGICO O conceito de marketing é uma abordagem do negócio. HOOLEY; SAUNDERS, 1996 Esta afirmação lembra que todos na organização devem se ocupar do marketing. O conceito de marketing não

Leia mais

Gestão. Práticas. Editorial. Geovanne. Acesse online: 01. Indicador de motivo de não venda 02. DRE (demonstração dos resultados do exercício) 03 e 04

Gestão. Práticas. Editorial. Geovanne. Acesse online: 01. Indicador de motivo de não venda 02. DRE (demonstração dos resultados do exercício) 03 e 04 Práticas de Gestão Editorial Geovanne. 02 01. Indicador de motivo de não venda 02. DRE (demonstração dos resultados do exercício) Como faço isso? Acesse online: 03 e 04 www. No inicio da década de 90 os

Leia mais

Universidade de Brasília. Faculdade de Ciência da Informação. Disciplina: Projeto de Implementação de Sistemas Arquivísticos. Profa.

Universidade de Brasília. Faculdade de Ciência da Informação. Disciplina: Projeto de Implementação de Sistemas Arquivísticos. Profa. Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Disciplina: Projeto de Implementação de Sistemas Arquivísticos Profa. Lillian Alvares Produto É algo que pode ser oferecido para satisfazer um

Leia mais

Anuncie na Play! PROPOSTA COMERCIAL. Prezados,

Anuncie na Play! PROPOSTA COMERCIAL. Prezados, PROPOSTA COMERCIAL Prezados, Apresentamos a V.Sas. proposta de prestação de serviços de veiculação de anúncios publicitários na rádio Play FM, sintonizada na frequência 107,5 do dial FM dos rádios e acessada

Leia mais

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza EMPREENDEDORISMO Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza ORGANIZAÇÃO CONCEITO: A sociedade humana é feita de organizações que fornecem os meios para o atendimento de necessidades

Leia mais

COMPRE DO PEQUENO NEGÓCIO

COMPRE DO PEQUENO NEGÓCIO COMPRE DO PEQUENO NEGÓCIO ALAVANQUE SUA EMPRESA EM TEMPOS DE INCERTEZA 2015 tem se mostrado um ano de grandes desafios. Sua empresa está passando por este período com resultados inferiores aos planejados?

Leia mais

Introdução...3. O que é marca?...4. Marcas x produtos...4. Kotler apresenta cinco níveis para um produto:...5

Introdução...3. O que é marca?...4. Marcas x produtos...4. Kotler apresenta cinco níveis para um produto:...5 Marcas Marcas Introdução...3 O que é marca?...4 Marcas x produtos...4 Kotler apresenta cinco níveis para um produto:...5 Exemplo de diferentes níveis de produto...6 Desafios do branding...8 Conceito de

Leia mais

Matemática. Aula: 02/10. Prof. Pedro. www.conquistadeconcurso.com.br. Visite o Portal dos Concursos Públicos WWW.CURSOAPROVACAO.COM.

Matemática. Aula: 02/10. Prof. Pedro. www.conquistadeconcurso.com.br. Visite o Portal dos Concursos Públicos WWW.CURSOAPROVACAO.COM. Matemática Aula: 02/10 Prof. Pedro UMA PARCERIA Visite o Portal dos Concursos Públicos WWW.CURSOAPROVACAO.COM.BR Visite a loja virtual www.conquistadeconcurso.com.br MATERIAL DIDÁTICO EXCLUSIVO PARA ALUNOS

Leia mais

ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS

ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS MERCADO BRASILEIRO 2000 A 2011 2 Sumário 1 METODOLOGIA... 3 2 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EXEMPLARES DE 2000 A 2011... 4 3 RECEITAS ANUAIS POR PERIODICIDADE... 5 3.1 PREÇO

Leia mais

O consumo dos brasileiros atingirá R$ 3,7 trilhões, em 2015

O consumo dos brasileiros atingirá R$ 3,7 trilhões, em 2015 O consumo dos brasileiros atingirá R$ 3,7 trilhões, em 2015 A potencialidade de consumo dos brasileiros deve chegar a R$ 3,730 trilhões neste ano, ao mesmo tempo em que revela significativo aumento dos

Leia mais

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 5.1 Conclusão

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 5.1 Conclusão 97 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5.1 Conclusão Este estudo teve como objetivo final elaborar um modelo que explique a fidelidade de empresas aos seus fornecedores de serviços de consultoria em informática. A

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Apresentação ao Shopping

Apresentação ao Shopping Apresentação ao Shopping O GrupoM8 utiliza o formato Norte-americano na administração e comercialização de sua rede de franquias Você Sabia? Há trinta anos os Estados Unidos adotaram um modelo inovador

Leia mais

AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS NOS UNIVERSITÁRIOS DO CESUMAR ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DIRECIONADO

AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS NOS UNIVERSITÁRIOS DO CESUMAR ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DIRECIONADO ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE COSMÉTICOS NOS UNIVERSITÁRIOS DO CESUMAR ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO

Leia mais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Os desafios do Bradesco nas redes sociais Os desafios do Bradesco nas redes sociais Atual gerente de redes sociais do Bradesco, Marcelo Salgado, de 31 anos, começou sua carreira no banco como operador de telemarketing em 2000. Ele foi um dos responsáveis

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

Introdução Ao Marketing

Introdução Ao Marketing Introdução Ao Marketing O que é Marketing? Isso não é Marketing Muitas pessoas pensam em marketing apenas como vendas e propaganda e isso não causa nenhuma surpresa; Entretanto, vendas e propaganda constituem

Leia mais

Como fazer pesquisa de mercado? MARCO ANTONIO LIMA

Como fazer pesquisa de mercado? MARCO ANTONIO LIMA Como fazer pesquisa de mercado? Por quê fazer pesquisa de mercado? Qual é o meu negócio? Qual a finalidade do meu produto/serviço? Por quê fazer pesquisa de mercado? Eu sei o que estou vendendo, mas...

Leia mais

COACHING Executivo Equipe Liderança

COACHING Executivo Equipe Liderança COACHING Executivo Equipe Liderança O Coaching é uma nova forma de se pensar, sentir e agir que potencializa substancialmente os resultados nas vidas das pessoas. É uma jornada instigante para transformar

Leia mais

Veja dicas para se livrar das dívidas e usar bem o crédito

Veja dicas para se livrar das dívidas e usar bem o crédito Veja dicas para se livrar das dívidas e usar bem o crédito Especialistas dão dicas para sair do vermelho. É fundamental planejar gastos e usar bem o crédito. Por Anay Cury e Gabriela Gasparin Do G1, em

Leia mais

MATRIZ SWOT VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO NO COMÉRCIO VAREJISTA

MATRIZ SWOT VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO NO COMÉRCIO VAREJISTA MATRIZ SWOT VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO NO COMÉRCIO VAREJISTA Daniela Vaz Munhê 1 Jenifer Oliveira Custódio Camara 1 Luana Stefani 1 Murilo Henrique de Paula 1 Claudinei Novelli 2 Cátia Roberta Guillardi

Leia mais