RESUMO DE PROCESSO PENAL. 23 a edição (2008) ENCARTE DE ATUALIZAÇÃO

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1 RESUMO DE PROCESSO PENAL COLEÇÃO RESUMOS N a edição (2008) ENCARTE DE ATUALIZAÇÃO 4.1 O Júri (p. 114) Alterações dadas pela Lei , de (em vigor 60 dias após publicada, em ) A Lei /2008 deu nova redação a todo o capítulo do processo dos crimes de competência do Tribunal do Júri (arts. 406 a 497). Entre as principais alterações, podem ser citadas as seguintes. Jurados. Os jurados sorteados para a reunião periódica serão em número de 25, e não 21, como constava no texto anterior. O Conselho de Sentença continua o mesmo, composto por 7 jurados, sorteados dentre os 25 (arts. 432 e 447). O alistamento geral de jurados passou a ser de 80 a pessoas, conforme o número de habitantes de cada comarca, ao invés de 80 a 500 pessoas, como constava. Desaforamento. Entre outras causas, o desaforamento pode também ser requerido no caso de efetivo excesso de serviço, não podendo o julgamento ser realizado no prazo de seis meses do trânsito em julgado da pronúncia (arts. 427 e 428). Por outro lado, havendo disponibilidade na pauta, o acusado poderá requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do julgamento (art. 428, 2 o ). (Ver, adiante, item próprio do desaforamento).

2 2 Instrução preliminar. Nova denominação do anterior sumário de culpa. Vai do recebimento da denúncia até a sentença de pronúncia (art. 406). Libelo e contrariedade ao libelo. Peças abolidas pela lei nova. Depois da pronúncia passam os autos, agora, diretamente para o juiz-presidente do Tribunal do Júri, sem o interregno do libelo, que era formulado pela acusação, e da contrariedade ao libelo, que era formulada pela defesa. Interrogatório do réu. Na instrução preliminar o interrogatório do réu passou para o fim da instrução, após a ouvida do ofendido, das testemunhas de acusação, das testemunhas de defesa e das demais diligências (art. 411). O mesmo ocorreu no julgamento em plenário (art. 474). Presença do réu diante do Tribunal do Júri. O julgamento não mais será adiado pelo não-comparecimento de acusado solto (art. 457). Tempo dado à acusação e à defesa no julgamento em plenário. Passou para uma hora e meia, ao invés de duas horas (art. 477). Protesto por novo Júri. Forma recursal abolida, com a revogação dos arts. 607 e 608 do CPP (art. 4 o da L /2008). Cabia, apenas por uma vez, no caso de sentença condenatória de reclusão igual ou superior a 20 anos. Debates, restrição dos. Durante os debates as partes agora não poderão mais fazer referência à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, ao uso de algemas ou ao silêncio do acusado, sob pena de nulidade (art. 478). O dispositivo surpreende e é de difícil compreensão, uma vez que a acusação terá de se ater exatamente ao que foi assentado na pronúncia. Como não se referir à pronúncia, se é ela que fixa o dispositivo legal em que o acusado estaria incurso?

3 3 Se, por exemplo, a denúncia se referir ao cometimento de dois crimes, como não se há de fazer referência à pronúncia se esta excluiu um dos delitos? Este novo texto, como está, não se coaduna com a Constituição Federal, em mais de um aspecto. A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem (CF, art. 5 o, LX). É assegurada a plenitude da defesa (CF, art. 5 o, XXXVIII, a ; art. 5 o, LV). Apartes. Durante os debates em plenário os apartes, agora, deverão ser requeridos ao juiz-presidente, que poderá conceder até três minutos para cada aparte requerido; tempo, esse, que será acrescido ao tempo de exposição oral da parte contrária (restituição de tempo art. 497, XII, na redação da L /2008). Sala secreta. Tem, agora, a denominação de sala especial Aspectos gerais do Júri O Tribunal do Júri é um órgão de primeira instância, ou primeiro grau, da Justiça Comum, podendo ser estadual ou federal. Compõe-se de um juiz de direito, que é o seu presidente, e de 25 jurados, sorteados entre os alistados. Em cada sessão, dentre os 25 jurados, sorteiam-se 7 para formar o Conselho de Sentença. Ao Júri compete o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. No caso do Júri federal, os crimes dolosos contra a vida nas circunstâncias descritas no art. 109 da CF, como a morte de funcionário da União, em razão de suas funções.

4 4 Crimes contra a vida são os assim titulados no Código Penal: homicídio; induzimento, instigação ou auxílio a suicídio; infanticídio; aborto (CP arts ). No caso de conexão entre crime doloso contra a vida e outra espécie de crime, prevalece a competência do Júri (CPP, art. 78, I). O Júri continua competente para julgar o crime conexo, mesmo tendo absolvido o réu da imputação principal (RT 649/251). No caso de desclassificação para infração de competência do juiz singular, caberá ao presidente do Tribunal do Júri proferir a sentença (CPP, art. 492, 1 o ). As decisões do Júri são soberanas, no sentido de não poderem ser modificadas no mérito, em grau de recurso, por juízos superiores. A estes cabe apenas a anulação por vício processual, ou, apenas por uma vez, determinar novo julgamento, no caso de decisão manifestamente contrária à prova dos autos Organização do Júri O Tribunal do Júri é formado pelo juiz-presidente e por 25 jurados. Todo ano o juiz-presidente deve elaborar uma lista de 80 a pessoas, conforme a comarca, para servirem como jurados, anotando-se os nomes dos alistados em cartões, depositados numa urna geral (arts. 425 e 426). Na época apropriada, havendo processo em pauta, são sorteados 25 jurados, tirados os nomes da urna geral, os quais são convocados para a reunião, mediante edital e intimações pessoais. O sorteio faz-se a portas abertas, cabendo ao juiz retirar da urna geral as cédulas com os nomes dos jurados. As 25 cédulas sorteadas são recolhidas em

5 5 outra urna menor, chamada urna de sorteio (art. 433). Forma-se assim o Tribunal do Júri, com o juiz-presidente e 25 jurados sorteados. O serviço do Júri é obrigatório. Os jurados são considerados juízes leigos, com as mesmas responsabilidades dos juízes de direito. A recusa injustificada ao serviço do Júri acarretará a multa prevista no art. 436, 2 o. O exercício efetivo da função de jurado constitui serviço público relevante, estabelecendo presunção de idoneidade moral, assegurando prisão provisória especial em caso de crime comum bem como preferência, em igualdade de condições, nas concorrências públicas, no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública e ainda nos casos de promoção funcional ou remoção voluntária (arts. 439 e 440) Funcionamento do Júri. Primeira fase. Instrução preliminar O procedimento do Júri divide-se em duas fases. A primeira fase é a da instrução preliminar, em que se verifica se o réu deve realmente ser julgado pelo plenário do Júri. Nesta fase ocorrem o oferecimento da denúncia e o seu recebimento, a citação do acusado e a resposta, seguindo-se a audiência de instrução e as diligências necessárias. A audiência de instrução segue o procedimento do art. 411, na redação da Lei /2008, com as declarações do ofendido, os depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa, oito testemunhas para cada parte, esclarecimentos de peritos, acareações ou reconhecimentos de pessoas e coisas, seguindo-se o interrogatório do réu e os debates orais. Encerrados os debates, o juiz proferirá sentença, no ato ou em 10 dias.

6 6 A sentença poderá ser de pronúncia, de impronúncia, de absolvição sumária ou de desclassificação. Na pronúncia o juiz manda o réu a Júri, para julgamento em plenário, por se convencer da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou participação, declarando o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado (art. 413). Na impronúncia o juiz deixa de mandar o réu a Júri, por julgar duvidosa a acusação quanto à materialidade do fato ou aos indícios de autoria (art. 414). Na absolvição sumária, além de não mandar o réu a Júri, o juiz o absolve desde logo, pela inexistência do fato, pela prova da não-autoria, pela inexistência de infração penal ou pela verificação de causa de isenção de pena ou de exclusão de crime (art. 415). Ocorre a desclassificação quando o juiz conclui que o crime não é da competência do Júri (art. 418). Neste caso a sentença decidirá sobre o fato. Se o juiz não for o competente, na espécie, remeterá os autos ao juiz que o seja (art. 419) Funcionamento do Júri. Segunda fase-a. Preparação para o plenário Lavrada a sentença de pronúncia, são os autos remetidos ao juiz-presidente do Tribunal do Júri, passando-se para a segunda fase do procedimento. Esta segunda fase pode ser dividida em duas etapas, uma referente à preparação do processo para o plenário (segunda fase-a) e outra abrangendo o julgamento em plenário (segunda fase-b). Na segunda fase-a, a acusação e a defesa podem indicar cinco testemunhas cada e juntar documentos. Realizam-se eventuais diligências para a

7 regularização do processo, seguindo-se um relatório sucinto do juiz e a final inclusão na pauta do Júri (arts. 422 e 423) Funcionamento do Júri. Segunda fase-b. Julgamento em plenário Aberta a reunião periódica do Júri, o juiz-presidente confere as 25 cédulas da urna de sorteio e manda que o escrivão faça a chamada dos nomes. Se comparecerem menos de 15 jurados, sorteiam-se suplentes, com a designação de nova data. Havendo 15 jurados presentes, o juiz-presidente declara instalados os trabalhos, anunciando o processo em julgamento. Até o momento da chamada podem os jurados apresentar escusas fundadas em motivo relevante (art. 443). Depois da chamada, e resolvidas as escusas, a urna é novamente conferida e fechada, desta vez apenas com os nomes dos jurados que irão funcionar. Feito isso, o juiz anuncia o processo em julgamento e manda que se apregoem as partes e as testemunhas (art. 463, 1 o ). Seguem-se o sorteio e o compromisso de sete jurados para comporem o Conselho de Sentença (arts. 466 a 472), podendo as partes primeiro a defesa e depois o Ministério Público recusar jurados sorteados, até três jurados cada, sem dar os motivos da recusa. Além das três recusas imotivadas, podem as partes argüir também eventuais impedimentos ou suspeições, sem limites. Formado o Conselho de Sentença com os sete jurados sorteados, o juiz fará a eles a exortação do art. 472, seguindo-se o compromisso nominal de cada jurado.

8 8 Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária, com a tomada de declarações do ofendido e a inquirição das testemunhas, de acusação e de defesa, nesta ordem. As perguntas ao ofendido e às testemunhas serão feitas primeiramente pelo juiz-presidente. Podem também formular perguntas, diretamente, o representante do Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor (art. 473). Os jurados formularão perguntas por intermédio do juiz-presidente. Terminadas as inquirições, será o réu interrogado, se estiver presente, podendo as partes e os jurados fazer também perguntas diretamente, na forma acima descrita. Encerrada a instrução, têm lugar os debates. Uma hora e meia para a acusação. Outro tanto para a defesa. Mais uma hora para réplica e uma hora para tréplica (art. 477). Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referência à pronúncia ou a circunstâncias referidas no art. 478, conforme já referido e comentado supra, nem proceder à leitura de documento ou exibir objeto não juntado aos autos três dias antes (art. 479 e ún.). Quanto aos apartes, durante os debates, deverão ser requeridos ao juizpresidente, que poderá conceder três minutos para cada aparte requerido; tempo, esse, que será acrescido ao tempo disponível da parte contrária para a exposição oral (restituição de tempo art. 497, XII, na redação da L /2008). A defesa em plenário deve ser efetiva. Se o juiz entender que o réu está indefeso, poderá dissolver o Conselho, nomeando outro defensor e marcando novo dia para julgamento (art. 497, V). Terminados os debates, o juiz indaga os jurados sobre eventuais dúvidas, esclarecendo-as (art. 480, 1 o ).

9 9 Em seguida o juiz fará a fixação dos quesitos, lendo-os aos presentes, indagando se as partes têm requerimento ou reclamação a fazer, explicando seu significado aos jurados. O art. 483 determina a ordem dos quesitos, especificamente sobre a materialidade do fato, a autoria ou participação, se o acusado deve ser absolvido e se existe causa de diminuição de pena. Passa-se depois para a sala especial, onde se procederá à votação dos quesitos, assegurado o sigilo do voto. Ficam na sala especial apenas o juiz-presidente, os jurados, o Ministério Público, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial de justiça. Na falta de sala especial, o público é convidado a se retirar, permanecendo somente as pessoas supramencionadas. Com isso transforma-se o recinto do plenário em sala especial. Os jurados, pela votação, decidem sobre a materialidade do fato, sobre a autoria ou participação, se o acusado deve ser absolvido e se existe causa de diminuição ou de aumento de pena. O juiz-presidente lavra a sentença, decidindo sobre a fixação da pena, se os jurados tiverem optado pela condenação. Havendo desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, o próprio juiz-presidente dará a sentença dentro da nova tipificação do delito ou, se for o caso, encaminhará o assunto ao Juizado Especial Criminal. No encerramento, a sentença será lida em plenário, a portas abertas Desaforamento A requerimento das partes ou por representação do juiz, o Tribunal poderá transferir o julgamento do Júri para outra comarca da mesma região.

10 10 Fundamentam a medida o interesse da ordem pública, dúvida sobre a imparcialidade do Júri, segurança do réu ou excesso de serviço, verificado este quando o julgamento não puder ser realizado no prazo de seis meses, contados do trânsito em julgado da pronúncia. (arts. 427 e 428). Por outro lado, havendo disponibilidade na pauta, pode o acusado requerer ao Tribunal que determine a imediata realização do julgamento (art. 428, 2 o ). ESQUEMA JÚRI-1 ALISTAMENTO DE 80 A PESSOAS art. 425 PUBLICAÇÃO DA LISTA GERAL DOS JURADOS art. 426 (até 10 de outubro de cada ano) URNA GERAL FIXAÇÃO DA DATA PARA O INÍCIO DA REUNIÃO PERIÓDICA SORTEIO DE 25 NOMES (10 a 15 dias antes da reunião periódica) art. 433 CONVOCAÇÃO

11 DOS JURADOS SORTEADOS art ESQUEMA JÚRI-2 FUNCIONAMENTO DO JÚRI 1 a FASE 2 a FASE-A 2 a FASE-B INSTRUÇÃO SESSÃO PRELIMINAR PLENÁRIA PREPARAÇÃO PARA O PLENÁRIO DENÚNCIA INDICAÇÃO DE INSTALAÇÃO DA RECEBIMENTO TESTEMUNHAS SESSÃO PLENÁRIA art. 463 CITAÇÃO arts DA ACUSAÇÃO art. 422 COM 15 JURADOS RESPOSTA E DA DEFESA NO MÍNIMO 5 CADA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO DILIGÊNCIAS art. 423 ANÚNCIO DO Declarações art. 463, do ofendido 1 o PROCESSO E PREGÃO Testemunhas de acusação RELATÓRIO SORTEIO

12 e da defesa art. 411 DO JUIZ art. 423 DE 7 JURADOS arts. 466 a Esclarecimentos 472 de peritos 12 Acareações OUVIDA DO INCLUSÃO NA Reconhecimento PAUTA art. 423, II OFENDIDO E art. 473 de pessoas e DO JÚRI DAS TESTEMUNHAS coisas Interrogatório INTERROGATÓRIO art. 474 Debates DEBATES art. 476 SENTENÇA art. 411, 9 o art. 476, RÉPLICA TRÉPLICA 4 o IMPRONÚNCIA PRONÚNCIA art. 413 CONSULTA AOS art. 414 JURADOS SOBRE art. 480, DÚVIDAS 1 o ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA FORMULAÇÃO E REMESSA

13 art. 415 EXPLICAÇÃO art. 482 AO 13 JUIZ-PRESIDENTE art. 421 DOS QUESITOS DESCLASSIFICAÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI art. 418 ESPECIAL art. 485 SALA NÃO HÁ JÚRI VOTAÇÃO art. 486 DOS QUESITOS art. 492 SENTENÇA PROCEDIMENTOS Lei , de , publicada em , em vigor 60 dias após a publicação. A Lei , de , deu nova configuração aos procedimentos do Código de Processo Penal. O procedimento comum divide-se em ordinário, sumário e sumariíssimo. Ordinário nos crimes apenados com pena privativa de liberdade igual ou superior a quatro anos (art. 394, 1 o, I). Sumário quando a pena cominada for privativa de liberdade inferior a quatro anos (art. 394, 1 o, II). Sumariíssimo nas infrações penais de menor potencial ofensivo (CPP, art. 394, 1 o, III; L 9.099/1995).

14 14 Procedimento Comum Ordinário O procedimento comum ordinário inicia-se com o recebimento da denúncia ou queixa. Recebida a denúncia ou queixa, procede-se à citação do acusado (art. 396). No caso de citação edital suspendem-se o processo e o prazo prescricional, podendo ser determinada a produção antecipada de prova urgente (art. 366). O acusado tem o prazo de 10 dias para resposta (art. 396). Após a manifestação do acusado poderá dar-se a absolvição sumária, no caso de verificar o juiz haver excludente de ilicitude ou de culpabilidade, inexistência de crime ou punibilidade já extinta (art. 397). Não sendo caso de absolvição sumária, o juiz designará a audiência. Nos termos do art. 399, a audiência pode ser designada já no recebimento da denúncia ou queixa O momento adequado, porém, é certamente após a resposta, onde já haverá citação e defensor constituído ou dativo para ser intimado (há quem entenda haver duplo recebimento da denúncia ou queixa, um estipulado no art. 396 e outro referido no art. 399, ambos na redação da L /2008). A audiência de instrução e julgamento é concentrada. No mesmo ato ocorrem a ouvida do ofendido e das testemunhas de acusação e de defesa (em número de oito para cada parte), o esclarecimento de peritos, acareações, reconhecimento de pessoas e de coisas, culminando com o interrogatório do réu (art. 400). Após o interrogatório o procedimento se bifurca.

15 15 Primeira hipótese. Se não houver diligência adicional a ser realizada, seguem-se as alegações finais orais, 20 minutos para cada parte (art. 403) ou por memoriais, em 5 dias, considerando-se a complexidade do caso ou o número de acusados (art. 403, 3 o ). Após as alegações finais segue-se a sentença (art. 403). Segunda hipótese. Quando depois do interrogatório restar diligência necessária, a audiência será encerrada sem as alegações finais. Aguardam-se as diligências faltantes. Realizadas estas, podem as partes oferecer memoriais com as alegações finais, no prazo de quatro dias, seguindo-se a sentença (art. 404, ún.). ESQUEMA PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA OU DA QUEIXA art. 396 CITAÇÃO NA CITAÇÃO EDITAL 1) suspensão do processo e do prazo prescricional (art. 366) partir do 2) prazo de defesa a

16 comparecimento RESPOSTA 16 (10 DIAS) (art. 396, ún.) ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA se houver: excludente de ilicitude ou de culpabilidade inexistência de crime punibilidade extinta AUDIÊNCIA declarações do ofendido arts. 400 a 402 testemunhas (8) de acusação testemunhas (8) de defesa esclarecimentos do perito acareações reconhecimentos interrogatório do acusado eventuais diligências adicionais NÃO HÁ DILIGÊNCIAS ADICIONAIS HÁ DILIGÊNCIAS ADICIONAIS CONTINUA A AUDIÊNCIA ENCERRA-SE A AUDIÊNCIA

17 SEM AS ALEGAÇÕES FINAIS art ALEGAÇÕES FINAIS REALIZAÇÃO DAS art. 403 e ORAIS (20 MINUTOS DILIGÊNCIAS 3 o CADA) OU MEMORIAIS (5 DIAS) ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS art. 404, ún. (5 DIAS) SENTENÇA Arts. 403 e 404, ún. Procedimento Sumário Em linhas gerais, o procedimento sumário segue os mesmos trâmites do procedimento ordinário. Com as seguintes diferenças: o número de testemunhas para cada parte é de cinco, e não oito (art. 532); alegações finais somente orais (art. 534); nenhum ato será adiado (art. 535). A audiência de instrução e julgamento é idêntica (arts. 400 e 531). Outras alterações introduzidas pelas Leis /2008 e /2008

18 18 Audiência, prazo para realização. No procedimento ordinário a audiência de instrução e julgamento deve ser realizada no prazo máximo de 60 dias (CPP, art. 400, na redação da L /2008). No procedimento sumário o prazo é de 30 dias (art. 531, na redação da L /2008). Citação com hora certa. De réu que se oculta. Adoção da mesma forma estabelecida nos arts. 227 a 229 do CPC (art. 362 do CPP, na redação da L /2008). Identidade física do juiz. Adotou-se no processo penal o princípio da identidade física do juiz (CPP, art. 399, 2 o, na redação da L /2008), que antes só existia no processo civil (CPC, art. 132). O juiz que presidir a instrução deve proferir a sentença. Ingressos e saídas do acusado da prisão. São comunicados ao ofendido (CPP, art. 201, 2 o, na redação da L /2008). Peritos. As perícias serão realizadas, agora, por um perito oficial, portador de diploma de curso superior. Na falta deste, por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior (CPP, art. 159, na redação da L /2008). Dispensado o diploma no caso de peritos já habilitados (L /2008, art. 2 o ). Prisão para apelar. Abolição. A Lei /2008, art. 3 o, revogou o art. 594 do CPP, que em determinados casos exigia fiança ou recolhimento à prisão. Reparação de danos. O juiz criminal, ao proferir sentença condenatória, fixará o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração (CPP, art. 387, IV, na redação da L /2008). Esse valor poderá ser objeto de execução, sem prejuízo da apuração do dano efetivo (CPP, art. 63, ún., na redação da L /2008).

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