ESTUDO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS NO CÓRREGO SERRADINHO
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- Daniel Edson Figueiredo Viveiros
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1 ESTUDO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS NO CÓRREGO SERRADINHO Juliane Gonçalves da Silva 1 *&Antonio Kaique Canatto 2 &Ingrid Sayegh Martins 3 &Priscila Sabioni Cavalheri 4 Resumo O trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade das águas do córrego Serradinho através do IQACETESB e sua influência sob o córrego Imbirussu, além de comparar os resultados das análises com os limites estabelecidos na Resolução CONAMA nº. 357/05 e Deliberação CECA nº. 036/12. Assim, foram estabelecidos cinco pontos de análises, sendo quatro pontos localizados no Córrego Serradinho e um ponto no Córrego Imbirussu, onde foram repetidas duas coletas em cada ponto entre os meses de Março a Setembro de Os resultados obtidos para cada um dos parâmetros do IQACETESB mostraram-se variáveis no atendimento a Resolução CONAMA nº. 357/05 e a Deliberação CECA nº. 036/12, assim como a qualidade das águas do Córrego Serradinho. Tal variação pode ser atribuída as diferentes épocas de coleta e as modificações ocorridas nas áreas próximas aos pontos, resultantes principalmente do processo de urbanização. Verificou-se, pela caracterização da área de estudo, que nos locais de amostragem onde há predominância de áreas mais permeáveis e as margens são mais preservadas a qualidade da água é melhor em relação às áreas impermeabilizadas. Palavras-Chave Qualidade da água, IQA CETESB, legislação. STUDY OF WATER QUALITY IN THE STREAM SERRADINHO Abstract - The study aimed to evaluate the water quality of stream Serradinho by IQAcetesb and their influence on stream Imbirussu, also to compare the results of analysis with the limits established by CONAMA Resolution No. 357/05 and CECA deliberation No. 36/12. So, were established five points of analysis, in which four points located in stream Serradinho and one point on stream Imbirussu, where were repeated two samples at each point between the months 2014 March to September. The results got for each one of IQAcetesb parameters showed variables on the service to CONAMA Resolution No. 357/05 and CECA Deliberation No. 36/12, as well as to waters quality of stream Serradinho. Such variation can be attributed to the differents seasons of samples and the modifications occured in the areas close to the points, mainly resulting from urbanization process. It was checked, through the characterization of study area, which on the sampling sites there a predominance of permeable areas and margins are more preserved, water quality is better than compared on the impermeable areas. Keywords Water quality, IQAcetesb, Law. 1 Engenheira Sanitarista e Ambiental pela Universidade Católica Dom Bosco, juliane.esa@gmail.com. 2 Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Católica Dom Bosco, kaike_canatto@hotmail.com. 3 Acadêmica de Engenharia Sanitária e Ambiental pela Universidade Católica Dom Bosco, ingrid-ism1@hotmail.com. 4 Professora pela Universidade Católica Dom Bosco, priscilasabioni@hotmail.com. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 1
2 INTRODUÇÃO O crescimento populacional urbano verificado nas últimas décadas aliado a poluição dos corpos d água, à falta de conscientização da população e à insuficiente infra-estrutura desenvolveu um problema real e potencialmente generalizado: a escassez da água em quantidade e principalmente em qualidade (PMCG, 2013). Os estudiosos da área são unânimes em afirmar que o maior problema da qualidade da água no país é em decorrência da falta ou inadequado tratamento do esgoto doméstico e as melhoras identificadas são resultado, principalmente, de investimentos em coletas e tratamento de esgoto nas regiões metropolitanas, segundo Renata Bley, especialista em recursos hídricos da Agência Nacional de Águas - ANA (REVISTA TERRA, 2014). A questão é mundial e com Campo Grande não poderia ser diferente, pois as águas de seus córregos representam um recurso dotado de grande valor para seus habitantes, mas que, nos últimos anos, tem apresentado declínio em sua qualidade (PMCG, 2013). O município é um divisor de águas, cujos córregos alimentam duas importantes bacias hidrográficas do país: a bacia do Rio Paraná, onde se encontra a maior parte do território campograndense, e a bacia do Rio Paraguai, onde há apenas uma pequena porção Noroeste do seu território (SEMADUR, 2013). De acordo também com dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (SEMADUR) e do Instituto Municipal de Planejamento Urbano e de Meio Ambiente (PLANURB), a cidade possui cerca de 33 córregos identificados e agrupados em 10 microbacias, onde os córregos Serradinho e Imbirussu se encontram na microbacia do Córrego Imbirussu. A qualidade das águas superficiais pode ser determinada através dos chamados Índices de Qualidade, que reúne uma série de parâmetros que revelam o estado das principais características físicas, químicas e biológicas da água. (DIAS, 2005) Entre os índices de qualidade, foi utilizado o IQACetesb, elaborado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e que leva em consideração 9 parâmetros relevantes para a determinação da qualidade da água, variáveis essas que segundo estudiosos da área refletem melhor a contaminação dos recursos hídricos principalmente por compostos orgânicos. Os parâmetros considerados no IQAcetesb são: ph, oxigênio dissolvido, temperatura, demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20), coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total, sólido total e turbidez (CETESB, 2013). Como instrumento legal para auxiliar na análise e entendimento da qualidade da água, bem como promover a gestão integrada dos recursos hídricos, a Lei nº de 8 de Janeiro de 1997, prevê o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo seus usos preponderantes. O enquadramento dos corpos hídricos, possibilita a gestão sistemática, sem dissociação dos aspectos de qualidade e quantidade, já que a concentração de poluente está diretamente relacionada a vazão do corpo, estreitando também a relação entre o enquadramento e a outorga de direito ao uso da água para captação e o lançamento de efluentes (RODRIGUES, 2005). Partindo de suas competências o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), criou a Resolução nº. 357de 17 de março de 2005, que trata da classificação das águas em águas doces, salobras e salinas, definindo os padrões de qualidade de cada umas dessas classes, segundo seus usos preponderantes, em âmbito nacional. Em âmbito estadual, o enquadramento é previsto por meio da Deliberação CECA/MS nº. 036/12. De acordo com a CECA nº. 036/12, o córrego Imbirussu e seus afluentes, desde a confluência com o córrego Serrradinho até sua foz no rio Anhanduí pertence à Classe 3, que corresponde águas que podem ser destinadas: abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 2
3 avançado; à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; à pesca; à recreação de contato secundário e à dessedentarão de animais. Diante da problemática relacionada a qualidade da água o presente estudo tem por objetivo avaliar o estado de qualidade das águas superficiais do Córrego Serradinho localizado no município de Campo Grande/MS, fundamentalmente importante nos dias de hoje, tendo em vista o avanço dos grandes centros urbanos, maiores responsáveis pela degradação ambiental dos recursos naturais, como a água. METODOLOGIA Caracterização da área de estudo Foram realizadas visitas em 5 pontos pré-estabelecidos para a realização das coletas. A escolha destes pontos teve como critérios fatores determinantes na qualidade das águas, pois abrangem áreas críticas onde foi notado despejo de esgoto, disposição inadequada de lixo doméstico e de entulhos da construção civil e o uso e ocupação do solo de forma inadequada, ações que representam um potencial risco para a qualidade das águas, sendo esses locais estratégicos e de possível acesso. As coordenadas geográficas dos pontos estão apresentadas na Tabela 1. Tabela 1 - Coordenadas geográficas dos locais de amostragem. PONTOS LATITUDE LONGITUDE 1 20º S 54º W 2 20º S 54º W 3 20º S 54º W 4 20º S 54º W 5 20º S 54º W Com as coordenadas geográficas foi possível demarcar os pontos em mapa, geoferrenciado-os através do programa ArcGIS. O mapa com a localização dos pontos está presente na Figura 1. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 3
4 Figura 1 - Mapa de localização dos pontos de amostragem. O P1 é o mais próximo da nascente do Córrego Serradinho. Já P2 têm-se constante enchente e processos erosivos, também se encontra nas redondezas do Aeroporto Internacional de Campo Grande. No P3 foi observado o lançamento de esgoto doméstico e a disposição inadequada de resíduos sólidos e de entulho nas ruas e ás margens do Córrego Serradinho. Com relação ao P4 este se situa a poucos metros antes da zona de confluência entre os córregos Serradinho e Imbirussu. Por fim, o P5 se encontra próximo ao Parque Linear CEA Imbirussu e contempla a área já pertencente ao Córrego Imbirussu após a confluência dos Córregos Serradinho e Imbirussu. Coletas e análises dos parâmetros As coletas das amostras foram realizadas durante os meses de Março a Setembro de 2014, sendo repetidas duas vezes para cada ponto de coleta. As amostras de água foram coletadas na superfície do corpo hídrico, o que corresponde a uma amostragem simples. Os frascos utilizados foram de polietileno com capacidade de 1L, material plástico muito resistente, quimicamente inerte permitindo perfeita vedação, exceto para o parâmetro oxigênio dissolvido, onde foi utilizado frascos de vidro borosilicato com tampa esmerilhada e estreita (frasco winckler). XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 4
5 A amostragem, preservação e análise das amostras se deram conforme estabelecido pelo Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA, 2012). Para cada bateria de ensaios foram analisados os seguintes parâmetros: oxigênio dissolvido (OD), ph (potencial hidrogeniônico), temperatura da amostra, demanda biológica de oxigênio (DBO), turbidez, nitrogênio total, fosforo total, sólidos totais e coliformes termotolerantes. Para determinar a qualidade das águas foram utilizadas as metodologias de cálculo do IQACETESB, desenvolvidas através da ferramenta Microsoft Office Excel. RESULTADOS E DISCUSSÕES Análise dos parâmetros do IQACETESB A primeira coleta ocorreu no primeiro semestre de 2014 (março a maio) e segunda coleta no segundo semestre de 2014 (julho a setembro). Os resultados analíticos encontram-se nas Tabelas 2 e 3. Tabela 2 - Resultados analíticos das coletas realizadas na primeira amostragem 1º Coleta Pontos P01 P02 P03 P04 P05 Limite CECA Data 22/03/14 07/04/14 22/04/14 09/05/14 25/05/14 nº. 36/12 (Classe III) ph 6,5 7 6,9 7,01 7,13 6>pH<9 OD 1,65 1,85 1,4 4 4 > 4 Nitrogênio 0,252 1,23 2,1 0,78 2,02 < 13,3 Fósforo 0,4035 0,4058 0,917 0,931 0,821 < 0,075 Sólidos Totais < 500 Coliformes 4,7x10 4 1,7x10 4 4,7x10 4 1,8x10 4 1,8x10 4 < 10 3 Termotolerantes Turbidez 0,08 2,73 0,02 1,4 1,49 <100 DBO5, ,75 0,96 2,99 <10 Tabela 3 - Resultados analíticos das coletas realizadas na segunda amostragem 2º Coleta Pontos P01 P02 P03 P04 P05 Limite CECA Data 24/07/14 10/08/14 28/08/14 13/09/14 27/09/14 nº. 36/12 (Classe III) ph 6,8 7,18 7,07 7,15 7,2 6>pH<9 OD 2,4 4,3 3,6 4 4 > 4 Nitrogênio 0,81 0,73 1,14 2,11 4,3 < 13,3 Fósforo 0,872 0,894 0,907 0,917 0,837 < 0,075 Sólidos Totais < 500 Coliformes 2,4X10 4 2,4X10 4 2,2X10 4 2,0X10 4 3,4X10 4 < 10 3 Termotolerantes Turbidez 0,5 0,85 0,13 0,59 0,54 <100 DBO5,20 0,7364 0,5665 5,438 0,833 3,29 <10 XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 5
6 Oxigênio Dissolvido (OD) Analisando a Tabela 2, os resultados obtidos mostraram que as concentrações de oxigênio dissolvidos nos pontos P1, P2 e P3 estão em abaixo do limite (4mg/L). Já para os pontos P4 e P5 os valores coincidem exatamente com o limite preconizado. Para a Tabela 3 somente os pontos P1 e P3 apresentaram valores abaixo do limite. Nos pontos onde a OD apresentou-se inferior ao limite estabelecido Deliberação CECA nº 036/2012 verificou-se a presença de substâncias biodegradáveis, em destaque o esgoto e os resíduos sólidos de origem doméstica em quantidades excessivas, ocasionando a baixa concentração para este parâmetro. Coliformes Termotolerantes (CT) O número de CT presentes nas amostras foram da ordem de 10 4, como mostra as Tabelas 2 e 3. Esses valores estão acima do previsto na Deliberação CECA nº 036/2012, Classe 3 que preconiza limite máximo deve ser ordem de 10³ a cada 100ml de amostra. DBO(5,20) Como observado na Tabela 2, os resultados obtidos para os três primeiros pontos de coleta P1, P2 e P3 extrapolaram o limite previsto para Classe 3 (máximo 10 mg/l), enquanto que os pontos P4 e P5 tiveram seus valores abaixo do previsto em lei. O pontos P1, P2 e P3 apresentam valores mais elevados para DBO(5,20) em virtude do excesso de matéria carbonácea proveniente principalmente do esgoto doméstico e dos resíduos orgânicos presente no lixo. Já os resultados referentes à segunda coleta, Tabela 3, mostrou que todos os pontos de coleta apresentaram valores abaixo do limite (10 mg/l). ph Segundo a Deliberação CECA nº 036/2012, os corpos d água pertencentes à Classe 3 devem apresentar valores de ph entre 6 a 9. Conforme Tabelas 2 e 3 o, os valores encontrados para cada um dos pontos de coleta estão dentro dessa faixa recomendada, o que representa proteção da qualidade de vida para espécies aquáticas. Nitrogênio total O limite máximo para o nitrogênio total varia conforme as faixas de ph. Como não ultrapassaram ph de 7,5, o limite máximo considerado para todos os pontos de coleta foi de 13,3 mg/l, previsto na Deliberação CECA nº036/12. Para a primeira e segunda coleta, todos os pontos encontram-se em conformidade com o previsto em lei. Fósforo total Em relação ao fósforo total, considerando o ambiente intermediário com tempo de residência entre 2 e 40 dias e tributários diretos de ambiente lêntico, o limite máximo previsto na Deliberação CECA nº 036/2012 é de 0,075 mg/l. No que diz respeito às duas campanhas de coleta, os resultados para todos os pontos de amostragem não atenderam o limite máximo previsto. Turbidez Em relação à turbidez, para a primeira coleta, todos os pontos apresentaram valores inferiores ao limite preconizado na Deliberação CECA nº 036/2012. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 6
7 Avaliação do IQACETESB e 3. Os resultados do IQACETESB para a primeira e segunda coleta estão apresentados nas Figuras 2 Figura 2 - Qualidade da água do Córrego Serradinho segundo IQAcetesb para 1ª coleta. Figura 3 - Qualidade da água do Córrego Serradinho segundo IQAcetesb para 2ª coleta Como mostra a Figura 2, os pontos P1, P2 e P3 apresentaram qualidade da água c RUIM (19 < IQA 36), enquanto que para os pontos P4 e P5 a qualidade foi considerada REGULAR (36 < IQA 51). Os valores obtidos referente à segunda coleta, Figura 3, apontam a qualidade da água REGULAR (36 < IQA 51) para todos os pontos de amostragem. Comparando os valores do IQACETESB nas duas campanhas, observa-se que somente os pontos P1, P2 e P3 apresentaram uma melhora na qualidade de suas águas da primeira para a segunda coleta, em relação à P4 e P5 estes mantiveram suas qualidades constantes. CONCLUSÃO A utilização do IQACETESB se revelou como uma ferramenta prática na determinação da qualidade das águas do Córrego Serradinho. Os resultados obtidos para cada um dos parâmetros do IQACETESB mostraram-se variáveis no atendimento a Resolução CONAMA nº. 357/05 e a Deliberação CECA nº. 36/12, em função da localização dos pontos de coleta e das épocas em que ocorreram as coletas. Os valores do IQACETESB para os pontos de coleta pertencentes ao Córrego Serradinho foram variáveis: P1, P2 e P3 tiveram suas águas classificadas como RUIM e P4 considerada REGULAR na primeira coleta, e posteriormente, na segunda coleta os mesmos apresentaram a mesma qualidade, considerada REGULAR. Essas variações podem ser atribuídas aos diferentes regimes de precipitações ocorridas entre épocas do ano e às características e modificações sofridas nas áreas de influências dos pontos de coleta. XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 7
8 REFERÊNCIAS CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Índices de Qualidade da Água. Disponível em: < %C3%ADndices-de-qualidade-das-%C3%A1guas>. Acesso em: 23 de mar. de PMCG Prefeitura Municipal de Campo Grande. Meio Ambiente. Rede Hidrográfica de Campo Grande. Disponível em: < Acesso em: 03 de mar. de PMGC Prefeitura Municipal de Campo Grande. Córrego limpo, cidade viva. Disponível em: < Acesso em: 01 de nov RODRIGUES, Roberta Baptista. SSD RB Sistema de suporte a decisão proposto para a gestão quali-quantitativa dos processos de outorga e cobrança pelo uso da água. São Paulo, p. Tese (Doutorado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária. TERRA. Ciência: As principais ameaças a qualidade da água no Brasil. Disponível em: < Acesso em: 23 de abr XXI Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos 8
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