UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS UNIPAC CURSO DE ENFERMAGEM AMÁBILE MIRELLE PACHECO SILVA CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS
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1 UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS UNIPAC CURSO DE ENFERMAGEM AMÁBILE MIRELLE PACHECO SILVA CLASSIFICAÇÃO DAS ÚLCERAS BOM DESPACHO 2010
2 ÚLCERA VENOSA Conceito Lesões provocadas pela insuficiência venosa crõnica devido a obstrução valvular,incompetência e/ou deficiência no músculo da panturrilha. Fisiopatologia A obstrução, incompetência valvular e/ou deficiência no músculo da panturrilha faz com que o sangue tenha dificuldades em retornar causando estase nos membros inferiores e resultando a formação de úlceras. Quando ocorre hipertensão venosa as paredes das veias se distendem, fazendo com que os folhetos das válvulas venosas fiquem estirados e não se fecham completamente, permitindo assim um refluxo do sangue nas veias. As úlceras são formadas em conseqüência da ruptura de pequenas veias cutâneas promovendo o extravasamento de sangue e deixando a pele escura, seca favorecendo a presença de úlceras. Manifestacões clínicas A insuficiência valvular se manifesta com dolorimento,câimbras e sensação de peso nos membros inferiores. O paciente pode se queixar de dermatite devido a estase. Os sintomas podem manifestar em maior intensidade pela manhã e em maior intensidade a noite. O pé e tornozelo podem edemaciar.apele pode apresentar veias varicosas Características A pele se torna espessa e tensa e sofre fissuração.as ulceras aparecem na região do maléolo medial ou lateral são superficiais, grandes, de formato irregular e altamente exudativas. Etiologia As úlceras são investigadas, observadas e identificas de acordo com suas manifestações. As úlceras venosas são complicações decorrentes da insuficiência venosa crônica, elas se localizam na região do maléolo medial e/ou lateral
3 Cuidados - Elevar os membros inferiores durante 15 a 30 minutos pelo menos quatro vezes ao dia, para facilitar o retorno venoso e diminuir o edema. - Utilizar méis de compressão elástica para evitar estase e favorecer o retorno venoso. - Proteger a pele contra traumas, não andar descalço e não utilizar calçados apertados. - Limpar e hidratar bem a pele, para evitar o ressecamento. - Realizar exercícios físicos moderados regularmente, pelo menos três vezes por semana. - Realizar uma dieta rica em proteínas e vitaminas e pobre em lipídeos,sódio e carboidratos. Tratamento Os tratamento constitui em reduzir o edema facilitando o retorno venoso e tratar as lesões. - Utilizar métodos de compressão que estimule o retorno venoso, podem ser utilizadas meias compressivas, ataduras ou se necessário a bota de Unna que é um método compressivo inelástico. - Estimular a deambulação. - Evitar roupas e meias apertadas. - Utilizar curativo adequado observando comprometimento, característica e evolução da ulcera. - A enfermagem deve orientar e acompanhar o paciente durante todo e período do tratamento.
4 ÚLCERA ARTERIAL Conceito A úlcera é uma lesão causada por uma isquemia na regiões distais, devido a insuficiência arterial. Fisiopatologia Na maioria dos casos a insuficiência arterial é causada por uma aterosclerose que afeta a camada intima das artérias. Forma- se uma placa com acumulo de lipídeos, cálcio, componentes sanguíneos,tecido fibroso e carboidratos que vão estreitar a luz das artérias e interromper o fluxo sanguíneo. A isquemia é conseqüência do fluxo sanguíneo deficiente onde as células não recebem nutrientes e oxigênio suficientes, ocasionado a morte celular( necrose). Manifestações clínicas. O paciente sente uma claudicação intermitente para uma dor aguda incessante e constante, os pulsos tornam diminuídos ou ausentes. As ulceras aparecem nos artelhos, espaços interdigitais e/ou locais de pressão constante. Características Devido a isquemia a perna de torna pálida,seca, fria,não há presença de pelos e as unhas ficar amareladas. As úlceras são e formato circular, profundas podendo envolver o espaço articular. Etiologia A causa das úlcera arterial é a isquemia provocada pela insuficiência arterial. As úlcera arterial é diagnosticada devido a obtenção da historia clinica, observação dos sinais e sintomas, incluído a verificação dos pulsos dos membros inferiores. Cuidados. - O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, sem elevar os membros. - Os fatores de risco devem ser eliminados sendo ele: hipertensão, diabetes melitus, tabagismo e dislipidemia. - Evitar trauma nos pés e membros inferiores.
5 - Hidratar bem a pele diariamente. Tratamento - Manter a ferida limpa e os membros hidratados. - Manter uma boa nutrição buscando promover a cura e evitar ruptura de tecidos. -Os fatores de risco devem ser reduzidos ao máximo. - O debridameto deve ser um método cirúrgico avaliados pelo medico, observando o aspecto do tecido necrosado. - Em alguns casos é necessário a amputação. PÉ DIABETICO. Conceito É o pé de um individuo diabético que apresenta infecção,ulceração causada por distúrbios neurológicos ou distúrbios vasculares. As úlceras diabéticas geralmente são ocasionadas por um trauma externo. Fisiopatologia A diabetes possui varias complicações, dentre elas as que contribuem para a infecção dos pés são as neuropatias. A neuropatia sensitiva resulta na perda da sensibilidade tátil, térmica e dolorosa, ocasionado a falta de percepção. A neuropatia motora resulta em atrofia e fraqueza da musculatura intrínseca do pé causando deformação dos dedos,favorecendo o aparecimento de calos. A neuropatia autônoma resulta em diminuição ou ausência da secreção de suor, levando a um ressecamento da pele e o aparecimento de fissuras. A doença vascular periférica contribui para a má circulação dos membros inferiores e favorece a má cicatrização e o desenvolvimento de gangrena. Manifestações Clínicas Drenagem, edema,rubor da pele e gangrena são os primeiros sinais do pé diabético. Deformidades, calos, ressecamento e falta de percepção pequenos traumas são indícios de possíveis complicações. Características
6 Pé quente e seco, calos duros e rigidos nas regiões dos metatarsos, artelhos levantados decorrentes do pé em garra e alterações no modo de andar.as úlceras neuropáticas são circulares, profundas, indolores,pode apresenta infecção odor acentuado e exudação. Etiologia O pé diabético ou úlcera diabética são causadas pelo mau controle da diabetes e má inspeção dos pés, alguns fatores também contribuem para as complicações nos paciente diabéticos como: diabete a mais de dez anos, idade acima de quarenta anos,tabagismo, sensibilidade diminuída,deformidades nos pés, e má higiene. Cuidados Os cuidados incluem a educação de pacientes quanto a inspeção e higiene diária dos pés. - Evitar exposição a altas temperaturas. - Evitar calçados apertados. - Hidratar bem os pés, exceto entre as regiões interdigitais. - Cortar a unha retas. - Não expor a produtos químicos e materiais cortantes. - Não usar soluções irritantes em calos. - Manter o controle glicêmico e o peso corporal. - Usar meia limpas de algodão ou lã e cuidar para não formar dobras. - Procurar o medico caso apareça de calos, rachaduras ou úlceras. Tratamento - Controlar os fatores de risco. - Procurar o médico buscando o melhor tratamento das lesões. - Usar coberturas interativas, conforme as características das lesões. - Manter uma boa alimentação, rica em vitaminas e proteínas. - Manter o controle glicêmico. - A amputação é indicado para evitar a disseminação da infecção, quando esta não é controlada. ÚLCERA DE PRESSÃO Conceito
7 Áreas de necrose resultante de uma pressão de tecidos moles sobre proeminências ósseas ou superfície externa por um longo tempo. Fisiopatologia As ulceras são causadas por pressão, fricção, atrito e cisalhamento sobre um capilar, entre proeminência óssea e uma superfície ocasionado uma necrose celular. A pressão causa deformação e danificação na estrutura celular, o tempo de duração interfere na formação da lesão, quanto mais tempo o tecido é submetido a pressão mais a lesão evolui. A umidade altera a resistência da epiderme as forças externas. O cisalhamento resulta em uma grande variação de forças compressivas,produzindo uma sobrecarga mecânica intensa nas partes mole. Manifestações Clínicas As úlceras apresentam vários estágios de acordo com o comprometimento tecidual. - Estágio I, a pele ainda intacta, que deve ser comparada com outra área adjacente ou oposta podendo apresentar alterações de temperatura (quente ou fria), tecido mole a palpação, dor e/ou prurido e pele avermelhada. -Estágio II, perda parcial da pele, comprometendo a epiderme ou derme. Úlcera superficial com presença de bolha ou cratera raso. -Estágio III, perda total da espessura da pele, envolvendo necrose ou danos em tecidos subcutâneos e apresenta clinicamente um cratera profundo. - Estágio IV, a perda total da espessura da pele, danos ou necrose de músculos, ossos ou estrutura de suporte como tendões e articulações. Características - Estágio I: tecido mole, pele avermelhada, azulada ou aparentemente arroxeadas -Estágio II: Úlcera superficial com presença de bolha ou cratera rasa. - Estágio III: Ulcera profunda, com o sem solapamento de tecidos adjacentes. - Estágio IV: tecido necrosado, tecido totalmente perdido. Etiologia A pressão é principal fator etiológico da ulcera por pressão.
8 Cuidados - Minimizar fricção e cisalhamento; - Transferir o paciente com auxilio de lençóis ou outros dispositivos auxiliares; - Aplicar creme hidratantes e óleos sobre a pele. - Usar papel filme ou filme poliuretano para diminuir o contato e pressão. - Mudar e reposicionar a cada duas horas. - Usar dispositivos que minimizem a pressão como: almofadas, colchonetes, colchões de ar ou gel, colchão tipo caixa de ovo. - Promover a hidratação sempre que houver incontinência. - Retirar vestígios alimentares de cadeiras e colchões. Tratamento As ulceras devem ser avaliadas, a pressão, a fricção e o cisalhamento devem ser reduzidos.o tecido necrótico deve ser retirado. A contaminação bacteriana deve ser controlada. Indivíduos desnutridos devem ser encorajados a se hidratar bem e manter uma boa alimentação. Referências Bibliograficas SMELTEZER, Suzanne C e BARE, Brenda G.TRATADO DE ENFERMAGEM MÈDICO CIRÚRGICA. 9 Edição. Volume 2. Editora:Guanabara Koogan BORGES,Eline Lima, et al. FERIDAS COMO TRATAR. 2 edição.editora Coopmed.
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