elo Hospital Albert Einstein: autossuficiência energética com geradores Caterpillar
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- Laís Palma Anjos
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1 elo Nº 52 ANO 10 OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO 2009 UMA REVISTA DO GRUPO SOTREQ Hospital Albert Einstein: autossuficiência energética com geradores Caterpillar Entrevista: especialistas falam das perspectivas do setor fl orestal no Brasil A reintrodução dos martelos hidráulicos no mercado nacional GRUPO GERADOR 3516C DE UM DOS MAIORES HOSPITAIS DO BRASIL 99355_CapaV1_Rod.indd 1 12/3/09 2:07 PM
2 THE cat rental store. para cada necessidade, sempre uma grande escolha. A Sotreq possui um grande estoque de máquinas para locação, com modelos atuais de diversos tamanhos e utilidades. E tudo com a maior simplicidade e facilidade de alugar. Entrega rápida, manutenção preventiva e completa orientação técnica. Sumaré: (19) Rio de Janeiro: (21) /7799 São Paulo: (11) Contagem: (31) Goiânia (62) Belém: (91) Serra: (27) Manaus: (92) Ribeirão Preto: (16) /2809 Uberlândia: (34) São José do Rio Preto: (17) Araçatuba: (18) Cuiabá: (65) Caterpillar - Todos os direitos reservados CAT, Caterpillar, suas respectivas marcas e o padrão Amarelo Caterpillar, assim como sua identidade corporativa e de produto usadas aqui são marcas registradas Caterpillar e não podem ser usadas sem permissão. AdSotrec -escolha.indd 1 3/13/09 3:07:25 PM
3 SUMÁRIO Hospital com toda a energia Não dá para imaginar um hospital sem vida própria em termos de energia elétrica. Afinal, na eventualidade de uma interrupção de fornecimento, todos os equipamentos precisam continuar funcionando para atender os pacientes sem sobressaltos. Para evitar esse risco, o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, conta com grupos geradores Caterpillar capazes de proporcionar a autossuficiência de energia em suas instalações, conforme mostra a reportagem de capa desta edição. Modelos de geradores como 3516C, 3516B e C27 são capazes de fornecer 14,1 kva, bem acima da demanda atual do Albert Einstein, de 4 mil kva, e que subirá para 6 mil kva quando os três novos prédios do hospital estiverem concluídos, em Seria o bastante também para abastecer uma cidade de 20 mil habitantes. A Revista ELO entrevistou ainda dois especialistas do mercado florestal no país: Bernardo de Vasconcellos, presidente da Associação Mineira de Silvicultura, e Paulo Sadi Silochi, diretor operacional da ArcelorMittal Bioenergia. Eles revelam que, passado o momento mais agudo da crise, o setor está pronto para receber novos investimentos e retomar a curva do crescimento. elo ANO 10 - Nº 52 - OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO Revista de circulação trimestral editada pelo Grupo So treq S.A. (organização Caterpillar), dirigida aos usuá rios de equipamentos e de veículos de carga dos segmentos de construção pesada e civil, mine ra ção, in dustrial, florestal, petrolífero, agrope cuá rio, energia, movimentação de materiais, locação, navegação, manutenção e serviços públicos. Gerência Geral Paulo César Furtado Moura Gerente Corporativo de Inteligência de Mercado Coordenação Geral Claudia Silveira Vale Gerente de Marketing claudia.silveira@sotreq.com.br 4 CAPA Ao investir em grupos geradores Sotreq, o Hospital Albert Einstein ganha autossuficiência em energia elétrica 8 CONSTRUÇÃO Locação de equipamentos garante o crescimento da Terra Construções 10 MINERAÇÃO M&R Process reúne práticas mundiais de manutenção de máquinas que operam em minas 11 INSTITUCIONAL Sotreq marca presença na Exposibram 12 CONSTRUÇÃO Construtora Colorado participa de obra na BR-364, no Acre 14 SOMOV Empilhadeiras Hyster são as máquinas mais desejadas no mercado de seminovas 16 ENTREVISTA Bernardo de Vasconcellos, da Associação Mineira de Silvicultura, e Paulo Sadi Silochi, da ArcelorMittal Bioenergia, falam do mercado florestal no Brasil 19 CONSTRUÇÃO Com a aquisição da Construtora Mineira de Obras (CMO), a Sobel se dedica à logística industrial 20 CONSTRUÇÃO Buriti Imóveis comanda obras de um complexo residencial para 40 mil pessoas em Parauapebas/PA 22 PRODUTO Caterpillar e Sotreq reintroduzem martelos hidráulicos no Brasil ERRATAS No editorial da edição 51 ( O crescimento da Yamana ), onde se lê na sexta linha ampliar a movimentação de concentrados de 16 milhões para 32 milhões de toneladas, o correto é ampliar a movimentação de minérios. Na reportagem de capa ( Expansão de ouro da Yamana ), na página 7, o texto correto do quarto parágrafo é: O minério é transportado tendo como base a ferrovia. O concentrado de cobre sai da mina de Alto Horizonte por modal rodoviário, percorrendo uma distância de 320 quilômetros até o Porto Seco Centro-Oeste de Anápolis, onde o material é estocado em armazém de transbordo. Depois, percorre mais 1,38 mil quilômetros em ferrovia até o município de Cariacica/ES, onde é embarcado para o Porto de Vitória e/ou Capuaba, com destino à exportação.também existe a alternativa do percurso total, até Cariacica, de 1,7 mil quilômetros, por rodovia. Para o mercado interno, volume aproximado de 10% da produção, o material é transportado por rodovia. FOTO DE CAPA Leonardo Wen/Folha Imagem e Mario Castello 24 CONSTRUÇÃO Em Marabá/PA, a CMT Engenharia duplica trecho de 6 quilômetros da Transamazônica 26 AGRICULTURA Com a minicarregadeira Caterpillar 232B2, a Orgânicos Poços de Caldas atua no mercado de adubos 28 CONSTRUÇÃO Obras de pavimentação da Constil ajudam a melhorar o transporte de carga em Mato Grosso 30 CONSTRUÇÃO Com máquinas Caterpillar, a Sobrita Industrial quer aumentar a produção mensal 32 MOTORES Parceria entre Perkins e MDPower se prepara para a era dos motores eletrônicos 34 CONSTRUÇÃO Leão Engenharia opta por máquinas multifuncionais para suportar o rigor das obras 36 INSTITUCIONAL Água reutilizada na filial do Grupo Sotreq em Contagem/MG preserva recursos naturais 38 CONSTRUÇÃO Skava Minas reforça sua frota para focar a atuação nos segmentos de terraplenagem e de limpeza industrial 40 INSTITUCIONAL Em 55 anos de Brasil, a Caterpillar se transformou em umas das maiores exportadoras do país 42 MÁQUINAS USADAS Amazon já vislumbra as obras da Copa do Mundo Juliana P. Araújo Silva Vidal Analista de Comunicação juliana.silva@sotreq.com.br Jornalista Responsável Roberto Muylaert (MTb 2.967) Diretor Roberto Muylaert Diretora Marília Muylaert Publisher e Editor Roberto Muylaert Diretor de Redação Mário Sérgio Venditti Redação André Cid, João Guimarães, Maria da Penha D. B. de Moraes Revisão João Hélio de Moraes Colaboradores Braulio Betônico (Agência Be tônico), Décio Costa, Eduardo Lobo, Ernesto Klotzel, Flávio Almeida, Golby Pullig, João Ga briel Pinheiro Chagas Freitas, Nathália Valadares, Sergio Caldeira, Rodrigo Cabral (Eko Comunicação), Thiago Foresti, Thiago Inácio, Wagner Moraes (textos); Antonio Larghi, Ivan Carneiro, Leiziane Bedim, Marcelo de Deus, Mario Castello, Priscilla Torres, Renato Vicentini, Sergio Caldeira (fotos) Arte, Design e Publicidade Maria Giani Pinho de Souza, Paula da Silva Sperandio, Rodney Monti Departamento Comercial Marília Muylaert (Diretora Executiva) Coordenadora Maria Natália Dias Administração César Luiz Pereira (Diretor Administrativo) Daniela Cristina Sierra de Paula RMC EDITORA LTDA Rua Deputado Lacerda Franco, º andar São Paulo/SP Tel.: (11) Fax: (11) revistaelo@rmceditora.com.br Pré-impressão Vox Editora Duograf Tiragem exemplares A Sotreq S.A. é revendedora exclusiva dos produtos, serviços e sistemas Caterpillar em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Espírito Santo, Distrito Federal, Tocantins, Rondônia, Amapá, Roraima e Acre. Subsidiárias: Somov, MDPower e Soimpex outubro/novembro/dezembro _Sumario.indd 2 12/11/09 7:23 PM
4 ENERGIA HOSPITAL ALBERT EINSTEIN COM ENERGIA DE SOBRA Investimento em grupos geradores Caterpillar torna o complexo hospitalar de São Paulo autossufi ciente em eletricidade 4 elo Energia.indd 4 12/11/09 8:36 PM
5 Ocomplexo hospitalar da Sociedade Beneficente Israelita Brasilei ra Hospital Albert Einstein, instalado no bairro paulistano do Mo rumbi, vive um gigantesco plano de expansão. Até 2012, três novos prédios serão erguidos e o número de leitos praticamente dobrará, assim como a quantidade de salas cirúrgicas e consultórios. O aumento na demanda de energia será inevitável. Em se tratando de uma instituição que lida com vidas humanas e que faz uso de aparelhos ininterruptamente, a falta de energia elétrica é um risco inconcebível. Dessa forma, é vital ter autonomia no fornecimento de energia. Com a ampliação das instalações e para assegurar mais segurança nessa questão, o hospital tornou-se autossuficiente em eletricidade com a adoção de grupos geradores Caterpillar. A solução veio da Sotreq, cuja parceria com o Albert Einstein começou há mais de dez anos. A cada projeto de ampliação do hospital, a unidade de Sistemas de Energia da Sotreq era chamada para contribuir com tecnologia e suporte técnico. Desde o fim do 2008, três novos grupos geradores Caterpillar chegaram ao Albert Einstein: um modelo 3516C, com kva, e dois C27, com kva cada um. Estes se juntaram a outros seis modelos 3406, de 500 kva cada, e mais dois modelos 3516B, com 2,5 mil kva cada, fazendo do conjunto uma usina de geração de energia contínua em média tensão. O sistema é para alimentar o complexo inteiro e proporciona o máximo de segurança, revela Alexandre Arantes, coordenador de projetos do Albert Einstein. Embora esteja prevista a instalação de mais dois grupos geradores de kva cada, o hospital já possui 100% de backup de energia elétrica. Arantes conta que a atual demanda de energia é de 4 mil kva e que nos pró ximos anos, com a conclusão das obras, subirá para 6 mil kva. Ou seja, número abaixo dos kva que o Albert Einstein já tem capacidade de gerar. AUTONOMIA O complexo do Hospital Albert Einstein: demanda de energia atual de 4 mil kva, mas com capacidade de gerar kva 2009 outubro/novembro/dezembro Energia.indd 5 12/11/09 8:37 PM
6 energia energia contínua Acima, um dos dois grupos geradores 3516B pertencentes ao hospital, com capacidade de 2,5 mil kva cada um A economia proporcionada com os geradores pode compensar, em pouco tempo, o investimento de 5 milhões de reais do hospital. A usina termoelétrica é solicitada diariamente das 17h30 às 20h30, no chamado horário de ponta, em que a concessionária chega a cobrar até dez vezes mais pelo uso de energia. Durante esse período, de segunda a sexta-feira, os grupos geradores Caterpillar assumem a geração de energia no lugar da concessionária de energia elétrica local. Ser autossuficiente, operando no horário de ponta, representa uma redução de 30% a 35% nos custos com energia elétrica, afirma Marcelo Tadeu de Souza, gerente de Aplicações Especiais da unidade de Energia da Sotreq. Assim, Alexandre Arantes estima que a economia do hospital chegará a aproximadamente 1,1 milhão de reais por ano. Na execução do projeto, houve a participação da Eletel, empresa especializada em soluções e energia na área hospitalar. Além dos geradores de emergência, o hospital possui uma fonte alternativa de energia para alimentar 100% da sua estrutura, aumentando a confiabilidade de seus serviços, diz Alberto Coutinho, diretor executivo de Tecnologia e Projetos da Eletel. O sistema de geração de energia instalado no hospital trabalha em paralelo com a concessionária. A solução Energia para iluminar uma britagem Acima, estoque cidade de material de 20 após mil a pessoas Além primeira da usina fase de geração de de energia, composta por três processamento máquinas que somam do kva, todos os prédios minério do Albert retirado Einstein têm seu próprio grupo de emergência, da mina totalizando outros 5 mil kva. Para mais um edifício que será construído, duas máquinas com kva cada uma se juntarão ao sistema. Os motores são fabricados em Lafayette, no Estado de India na, nos Estados Unidos, e desembarcam no Brasil montados. Cada unidade que compõe a usina pesa 20 toneladas, enquanto as que atuam nas emergências ficam entre 5 e 6 toneladas. O conjunto tem capacidade para abastecer uma cidade com cerca de 20 mil habitantes, população de 75% dos municípios brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O projeto de ampliação do hospital prevê que a área construída atual passará dos 86 mil metros quadrados para 229 mil metros quadrados. Terá 231 novos leitos, totalizando 720; ganhará mais 12 salas de cirurgias, alcançando 40; a quantidade de consultórios saltará de cem para 250; e os leitos no setor de pronto atendimento somarão 59, contra os dez de hoje. técnica implantada pela Sotreq permite que a transferência de energia da concessionária para os grupos geradores e seu retorno ocorram de maneira imperceptível, sem qualquer queda. Isso garante segurança e continuidade no funcionamento dos equipamentos hospitalares, desde uma simples lâmpada aos sofisticados aparelhos das salas cirúrgicas e unidades de terapia intensiva. O conceito do projeto estabeleceu redundâncias, contando com grupos geradores menores distribuídos estrategica- 6 n elo Energia.indd 6 12/14/09 11:13 AM
7 mente para atender aos equipamentos que não podem parar e com a usina, que garante autossuficiência e economia nos horários de ponta, salienta Maurício Garcia, gerente de Suporte ao Produto e Engenharia de Sistemas de Energia da Sotreq. A usina supre as necessidades do complexo. Em caso de falta de energia elétrica, entram em ação os grupos de geradores de emergência. A região onde o hospital está localizado é suscetível à queda de energia, revela Antonio Carlos Cascão, diretor de Engenharia e Manutenção do Al bert Einstein. A eletricidade é restabelecida em sete se gundos, e a usina auxilia na alimentação. O hospital aponta vários motivos para justificar a parceria com a Sotreq e a preferência pelos equipamentos Caterpillar. Arantes diz que o fato de motores, geradores e componentes serem produtos de um único fabricante significa confiabilidade. Além disso, a atuação da Sotreq na implantação, manutenção e suporte resulta em segurança e custos operacionais menores. A Sotreq cuida desde o tratamento acústico das salas até o sistema de automação dos grupos geradores, salienta Arantes. Fazem parte dos serviços prestados pela Sotreq as revisões programadas pelo fabricante e o estoque de peças, que facilitam o acerto de eventuais problemas 5 milhões de reais foi o investimento do Albert Einstein em geradores Caterpillar De 30% a 35% de economia será proporcionada pela autossuficiência em energia O equivalente a uma cidade de 20 mil pessoas é a capacidade de abastecimento dos geradores do Albert Einstein com a rapidez desejada pelo cliente. O hospital é tratado como prioridade. As máquinas estão sempre em perfeito estado, mesmo aquelas que são menos exigidas, destaca Emerson Cabral, coordenador comercial de suporte ao produto da unidade de Energia da Sotreq. Fazemos um estudo dos componentes com maior índice de reposição e, assim, as peças são armazenadas com antecedência. n consumo Acima, um gráfico com a medição de energia, e Antonio Carlos Cascão e Alexandre Arantes ao lado do grupo gerador 3516C 2009 outubro/novembro/dezembro n Energia.indd 7 12/14/09 11:13 AM
8 construção A evolução da Terra Locação de equipamentos para construtoras em Tocantins garante crescimento da Terra Construções No início de 2000, os irmãos Edilson Antônio Alves e Wilson Alves Zeferino deixaram a pequena cidade de Colinas do Tocantins, com pouco mais de 30 mil habitantes, para investir na capital do Estado, que ainda era um canteiro de obras, com ruas sem asfalto, pouca infraestrutura e muito espaço para investimentos. Os dois descobriram um nicho de mercado no Estado criado em 1989: o de locação de máquinas. Além das usi nas e rodovias, Tocantins ainda passa pela complementação de sua plataforma multimodal de transporte: a Ferrovia Norte-Sul, em construção, e a hidrovia no Rio Tocantins, que vem ganhando forma com o planejamento de eclusas espécie de elevadores que permitem a passagem de embarcações carregadas de mercadorias em pontos onde há barragens ou usinas de geração de energia elétrica. Ao notar esse quadro de desenvolvi mento, eles criaram a Terra Construções, empresa de lo cação de máquinas e terraplenagem. Hoje, a Terra é líder na locação de máquinas para as construtoras da capital, e os irmãos comemoram a expansão dos negócios. Edílson, formado em administração, e Wilson, em eletrotécnica, começaram vendendo areia para construção e fazendo frete. Transportávamos areia nos caminhões dentro de Palmas. Sempre que precisávamos de uma máquina para fazer alguma limpeza e aterros, a opção era pelo aluguel. Até que decidimos comprar algumas máquinas, conta Edilson. Depois de uma pesquisa de mercado para identificar os equipamentos que melhor atenderiam a suas necessidades, eles decidiram adquirir equipamentos da Caterpillar. Hoje, a frota da Terra Construções é composta por uma pá carregadeira 924G, uma motoniveladora 120H e uma retroescavadeira 416E. A empresa oferece locação para empreiteiras, e o aumento da demanda, resultado das obras na capital e seu entorno, provaram que as escolhas foram acertadas. Os clientes que alugam máquinas pesadas exigem equipamentos que facilitem o trabalho no dia a dia e que não apresentem defeitos. Por isso, as máquinas da Terra 8 n elo 99498_Construcao8-9_Rod.indd 2 12/3/09 12:46 PM
9 passam por manutenção periódica. Máquina quebrada durante uma obra é sinônimo de dor de cabeça para o andamento dos trabalhos. É prejuízo para o nosso cliente e para a nossa empresa, diz Wilson. Com a Sotreq e a Caterpillar, não tem esse negócio de máquinas que quebram o tempo todo. É só fazer a manutenção seguindo os prazos corretamente. expansão EM 2010 Em seus primeiros anos de atividade, a Terra Construções locou máquinas para a terraplenagem de terrenos onde foram construídos os cinco maiores edifícios de Palmas. Wilson Zeferino orgulha-se de ter participado de obras que ajudaram no crescimento do Estado. Fizemos, por exemplo, o trabalho de limpeza e terraplenagem da área do Centro de Convenções em Palmas, diz. Apesar da opção atual pela locação de máquinas, os irmãos Alves planejam retomar os serviços de terraplenagem, que chegaram a fazer como subempreitados, em 2007, quando trabalhavam na pavimentação de uma cidade no interior do Tocantins. A intenção é trabalhar novamente em obras terceirizadas e reforçar a oferta de serviços. Para essa ampliação, os sócios investem na estruturação da empresa. Teremos uma sede própria e vamos comprar mais máquinas Caterpillar para expandir os negócios, completa Edilson. O atendimento pré e pós-venda da Sotreq também contribuiu para a preferência aos equipamentos da marca. A Sotreq está sempre disposta a ajudar, até nos fins de semana, conta Wilson. Com tamanha satisfação, eles vão logo avisando: em 2010, a frota de equipamentos Caterpillar da Terra Construções aumentará. n liderança Os irmãos Edilson Antonio Alves e Wilson Alves Zeferimo com a pá carregadeira 924G: a Terra é líder no mercado e locação de máquinas 99498_Construcao8-9_Rod.indd 3 12/9/09 12:08 PM
10 mineração M&R antecipa risco de falhas Sistema desenvolvido pela Caterpillar e adotado pela Sotreq em mina da Samarco reúne as melhores práticas mundiais de manutenção Um programa que permite antecipar a falha antes que ela aconteça, planejar e executar reparos ne cessários e corrigir possíveis deficiências, além de propiciar uma economia considerável de custos. É assim que funciona o M&R Process (Maintenance & Repair Process), modelo de gestão desenvolvido pela Caterpillar e implantado há dois anos pela Sotreq na mineradora Samarco, que opera na cidade de Maria na/mg. Esse novo modelo veio substituir a anterior gestão de manutenção com atualizações dos diversos processos existentes e desenvolvimento de outros novos. Com ele, é possível fazer, por exemplo, um controle apurado das reformas de componentes no Centro de Re manufatura de Componentes (CRC) da Sotreq e também nos serviços de terceiros. Só este ano, já alcan çamos uma importante eco nomia de 286 mil reais, estima Ale xandre Lobato, ge rente de Operações de Mineração do contrato com a Samarco. A implantação do M&R Process permitiu aumentar o índice de disponibilidade de equipamentos da Sotreq, condição fundamental para o sucesso de qualquer operação produtiva. Para se ter ideia, o índice das escavadeiras O&K RH90 subiu de 80,4%, em 2008, para 83,2% em O sistema garante que o desempenho das máquinas se mantenha elevado, explica Lobato. O modelo foi adotado na Samarco a partir da avalia ção dos processos de manutenção nos locais de ope ração, identificação das áreas de oportunidade, definição de planos de ação e acompanhamento dos resultados para melhorias e ajustes necessários. Ale xandre conta que a execução das tarefas propostas pe lo M&R Process ajuda a controlar as operações, além de garantir o funcionamento seguro e produtivo dos equi 10 n elo 99553_Mineracao_Rod.indd 2 12/9/09 4:08 PM
11 A hora de Sossego Em 2010, a Sotreq pretende implantar a metodologia do M&R Process nas operações de PBHT no contrato de Sossego, mina de cobre a céu aberto loca li zada em Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará. O objetivo é repetir os bons resultados alcançados em Mariana, ou seja, fazer com que os processos de manutenção sejam controlados e executados com eficácia, aumentando a disponibilidade dos equipamentos e baixando os custos na mesma proporção. Com processos mais incorporados à organização, as atividades ficam menos vulneráveis a fatores externos, afirma Alexandre Lobato. pamentos de mineração. O resultado aparece no caixa do cliente, que tende a operar com custos mais baixos. COMO FUNCIONA A Caterpillar criou o M&R Process depois de estudar as atividades de mineração, reunindo práticas consagradas debaixo do mesmo guarda-chuva. Até então, os processos aplicados no mundo todo não eram integrados. Existiam ideias interessantes, mas adotadas isoladamente, diz Alexandre Lobato. Agora, estamos alinhados às mais modernas práticas de gestão. A estrutura do M&R Process está baseada no gerenciamento permanente de dez macroprocessos: manutenção preventiva, monitoramento das condições, ge renciamento de backlogs (pendências), planejamento e programação, gerenciamento de peças, ge ren ciamento de componentes, gerenciamento de repa ros, trei namento/recursos Humanos, gerenciamento de de sempenho e melhoria contínua. Os resultados são analisados a cada três meses pelos especialistas da Caterpillar, que fazem visitas periódicas de acompanhamento e avaliação com a Sotreq. n monitoramento No centro de manutenção da Samarco, o sistema M&R Process permite acompanhamento constante e maior disponibilidade das máquinas Caterpillar Sotreq apresenta sistemas de tecnologia na Exposibram Nada melhor que aproveitar a maior feira de mine ração da América Latina para mostrar novos pro dutos e estreitar o contato com os clientes. Durante a Exposição Internacional de Mineração (Exposibram), entre 21 e 24 de setembro no Centro de Feiras e Convenções de Minas Gerais, a Sotreq exibiu o que há de mais moderno em sistemas de gestão de frotas de mineração. Foram apresentados os seguintes sistemas da Caterpillar: n Aquila sistema de orientação e gestão de perfuração para detonação n CAES sistema de orientação e produtividade de equipamentos de carregamento e terraplenagem assistidos por computador n MineStar Fleetcommander sistema de despa cho eletrônico e gerenciamento da operação de mi na Em seu estande, a Sotreq montou uma sala de controle para simular o monitoramento das máquinas em uma mina. Fizemos demonstrações de como os sistemas atuam, e muitos visitantes se surpreenderam com as funcionalidades desse gerenciamento, afirma Luís Alberto Ta va res Mascarenhas, gerente de Suporte Comercial Mine ra ção da Sotreq. Realizada a cada dois anos, a Exposibram é o evento mais aguardado da mineração. Como ele concentra players do setor, é uma ótima oportunidade de estabelecer uma aproximação que pode gerar bons negócios, diz Luís Alberto. Neste ano, 50 mil visitantes circularam pelos três pavilhões em busca de novas soluções aplicadas à mineração outubro/novembro/dezembro n _Mineracao_Rod.indd 3 12/9/09 4:08 PM
12 construção Colorado realiza integração com obra na BR-364 Empresa adquire equipamentos específicos para enfrentar terreno e clima habitualmente chuvoso da região amazônica No início, a BR-364 era uma precária estrada no meio da Floresta Ama zônica. Depois, tornou-se uma rodovia federal pavimentada, com a utilização de recursos tecnológicos pa ra enfren tar as características do terreno e o clima da região. Des sa forma, ela simboliza o sonho de integração entre o Acre e o restante do país. Ter os 620 quilôme tros entre a capital, Rio Branco, e a cidade mais a oeste do Es tado Cruzeiro do Sul trafegáveis no verão e no inverno amazônico é um projeto prestes a ser concluído. A previsão é que em um ano seja possível transitar na rodovia asfaltada, dando fim ao isolamento que du rante décadas fez parte do cotidiano da população local. A Construtora Colorado vem contribuindo para a concretização desse sonho e avança no trabalho de restauração de trecho da BR-364 entre os Rios Tejo e Liberdade, na região do Vale do Juruá. O proprietário da empresa, Orleir Cameli, traba lha para a materialização do projeto. São 27 anos de história na construção civil desde que fundou, em 1982, a Marmud Cameli, empresa que, em 1997, passou a se chamar Construtora Etan, negócio conduzido em socie da de com o irmão. A partir de 2000, ele desligouse da Etan e criou a Colorado, responsável não só pela restauração da rodovia mais importante do Acre, como também pela construção de 100 quilômetros da BR- 317, que liga o Estado ao município de Boca do Acre, 12 n elo 99409_Construcao_Rod.indd 2 11/30/09 11:08 AM
13 no Amazonas. Em parceria com a Etan, a Colorado está construindo outros 35,8 quilômetros da BR-364 entre os Rios Juritipari e Macapá. Para atender à demanda das obras contratadas em 2009, a empresa adquiriu 19 máquinas Caterpillar, entre as quais os rolos CP56, D6T e CS423, motoniveladoras 12H e escavadeiras 336DL. Os equipamentos juntam-se à frota de outras 70 máquinas. tecnologia Orleir tinha consciência de que não seria fácil assumir obras de grande porte. A escassez de pedras na re gião exige esforço redobrado para trazer parte do material de outros Estados. E essa solução encarece o custo das obras, explica. Orleir diz que, para os moradores de Cruzeiro do Sul, ver a finalização da BR-364 é um sonho. Desde os anos 80, não havia tráfego na rodovia, conta. Na época, a estrada tomada pela floresta era administrada pelo Exército e pelo Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), ho je Departamento Nacional de Infraestrutura de Trans portes (Dnit). Em meados dos anos 90, a BR-364 começou ser aberta aos poucos, e os primeiros carros passaram a rodar por ela durante um período do ano, lembra Orleir. Cliente da Caterpillar desde 1982, o empresário enfa tiza a importância da assistência técnica oferecida pe la Sotreq na região. A qualidade e a tecnologia A escassez de pedra na região exige um esforço maior para trazer material de outros Estados para as nossas obras, diz o proprietário dos equipamentos Caterpillar são reconhecidas, mas a manutenção precisa estar sempre em dia para cumprir o cronograma de obras, afirma o dono da Co lo rado, que tem atualmente em torno de 700 colaboradores, podendo chegar a mil no próximo ano. Chuva e cronograma apertado são apenas alguns obs táculos enfrentados pelas empresas que assumem o compromisso de construir estradas na região amazônica. Com um verão curto como o verificado este ano, o trabalho é acelerado nos dias de sol para não comprometer o andamento da obra. Na BR-317, a situação não é diferente. Contratada em fevereiro passado, a obra só começou em agosto por causa das tradicionais chuvas na região, que se estenderam por um tempo ainda maior que o habitual. A obra gera 250 empregos diretos, e o ritmo deverá aumentar em 2010 para que o prazo determinado seja obedecido, revela Orleir. n integração As máquinas Caterpillar da Construtora Colorado trabalham nas obras da BR-364, que liga a capital do Acre, Rio Branco, à cidade de Cruzeiro do Sul 2009 outubro/novembro/dezembro n _Construcao_Rod.indd 3 11/30/09 11:13 AM
14 SOMOV O aquecido mercado de seminovos A qualidade Hyster, combinada com manutenção e operação exemplares, faz das empilhadeiras que retornam à Somov as máquinas mais desejadas no mercado de seminovos boas condições O supervisor de Vendas de Máquinas Usadas, Sérgio Rocha, e uma empilhadeira sendo reformada na oficina da Somov: pronta para entrar em operação novamente No pátio da Somov, em São Paulo, há uma série de empilhadeiras Hyster prontas para entrar em operação. São máquinas que voltaram dos clientes depois de terminado o contrato de locação de 24 ou 36 meses e que, após uma revisão geral, entram para o rol de máquinas seminovas para venda. Com a renovação do contrato, o cliente recebe outra nova caso opte por uma extensão do acordo de locação. Na maioria das vezes, as empilhadeiras locadas retornam em condições muito boas, não exigindo grandes intervenções em nossa oficina, afirma Sérgio Rocha, supervisor de Vendas de Máquinas Usadas. O motivo é simples e estabelece o grande diferencial de venda das seminovas Somov: Desde o momento em que alugamos a máquina nova até seu retorno do campo com o vencimento do contrato inicial, somos o único proprietário, responsável pela gestão da frota e sua manutenção periódica, diz Rocha. A manutenção de campo é feita pela Somov a cada 250 horas, seguindo todos os padrões determinados pela fábrica salvo casos raros, que exigem uma intervenção específica. Dependendo da quantidade de equipamentos alugados em uma determinada operação, a Somov disponibiliza uma equipe fixa de técnicos em tempo integral para o atendimento necessário. Nas situações em que a frota trabalha em condições severas e agressivas ambientes abrasivos, por exemplo, é natural que a empilhadeira precise de reparos mais profundos. O mesmo se aplica quando as máquinas trabalham em três turnos diários. Não existe apenas uma maneira de preparar uma empilhadeira para vendêla como seminova, explica Sérgio. Podemos decidir que ela será vendida na mesma condição de como chegou do cliente, ou após alguns reparos. Há também a possibilidade de o comprador definir que tipo de reparo deseja fazer na máquina que pretende adquirir. Segundo o supervisor, o mercado está muito aquecido e adquirindo lotes de máquinas. Atualmente, os clientes que mais se interessam por esses equipamentos são usuários finais ou locadores. Os modelos de equipamentos mais comercializados são H50XM e H50FT para capacidades residuais de 2,5 toneladas, a H80XM para capacidade residual de 4 toneladas e a H155XL2 para capacidade residual de 7 toneladas. Custam de 30% a 45% menos que uma empilhadeira nova. n 14 n elo 14.indd 2 11/25/09 5:09 PM
15 Plataformas pantográficas tipo tesoura Lanças articuladas ou telescópicas autopropelidas Sotreq e Genie Brasil. Uma parceria de sucesso para o seu negócio. A Sotreq Rental Store do Rio de Janeiro é a única que, além de oferecer as melhores soluções e equipamentos para o seu negócio, possui uma assistência técnica autorizada pela Genie Brasil dentro de suas instalações. Tudo isso para garantir mais agilidade nos serviços de manutenção de plataformas e produtividade para a sua empresa. Conheça todos os nosso produtos e serviços. Av. Brasil, Bonsucesso Rio de Janeiro RJ CEP: Tel: (21) Fax: (21) AD SOTREQ GENIE.indd 1 09/12/09 11:55
16 ENTREVISTA Setor florestal prioriza crescimento sustentável Superada a crise, o mercado fl orestal brasileiro se prepara para novos investimentos a fi m de continuar ocupando posição de vanguarda Asilvicultura brasileira movimentou 52,8 bilhões de reais e gerou 4,7 milhões de empregos em 2008, segundo Bernardo de Vasconcellos, presidente da Associação Mineira de Silvicultura. É uma atividade de al tíssimo custo de implantação e longo prazo de maturação. Por isso, foi um dos primeiros investimentos cortados durante a crise econômica mundial, afirma. Passado o re vés, Vasconcellos, que dirige o braço florestal do Grupo Rima, de Minas Gerais, afirma que o setor de florestas plantadas está preparado para atrair novos investimentos. Já Paulo Sadi Silochi, diretor operacional da ArcelorMittal Bioenergia, a divisão da siderúrgica que desenvolve programas de sustentabilidade por meio de seu plano de manejo de florestas de eucaliptos e suprimento por carvão vegetal, afirma que o setor florestal de eucalipto destinado ao segmento siderúrgico soma 22% das florestas plantadas, ocupando apenas 2% do total de áreas brasileiras exploradas economicamente. O restante é dividido em 68% de áreas ocupadas pela ati vidade pecuária e 30% para a produção de grãos e cana-de-açúcar. A Revista ELO entrevistou as duas au to ridades no assunto, que falaram sobre o cenário do mercado florestal brasileiro. ELO: Quais os produtos e subprodutos que o mercado florestal englo ba? Paulo: O mercado florestal é abrangente. Vai desde a produção de celulose e papel até a produção de móveis, passando por painéis e compensados. No caso da side- rurgia, a madeira do eucalipto é essencial na fabricação do ferro-gusa, a matéria-prima para fabricação de aços para construção civil, aços inoxidáveis e materiais elétricos. E 85% do consumo de carvão vegetal se destina à produção de ferro-gusa, 8% para a produção de ferroliga, 1% vai para os produtores de tubos de ferro modular e os 6% restantes para outras utilizações. Bernardo: O carvão vegetal é fonte energética e redutor de minério para a siderurgia. Suas fibras se transformam em celulose e papel, sem falar das aplicações na construção civil e indústria moveleira. Pneus de avião levam um tipo especial de celulose em sua composição. ELO: Qual é o trabalho em prol da silvicultura feito pelo mercado florestal brasileiro? Bernardo: Geração de emprego, melhoramento genético e desenvolvimento do mercado brasileiro, que ocu pa uma posição de vanguarda. Além disso, a maior produtividade de florestas plantadas e o melhor retorno de capital investido são registrados no Brasil. Paulo: Se não bastasse tudo isso, há o compromisso do setor em reforçar ainda mais a produção siderúrgica à base de biocombustível sólido renovável. ELO: Que importância o carvão vegetal tem para aperfeiçoar a matriz energética brasileira? Bernardo: A discussão atual é desenvolver fontes limpas de energia que funcionem como alternativas às fós- 16 elo 99612_16-18_Rod.indd 2 12/15/09 10:04 AM
17 seis. O carvão vegetal é uma delas. O Brasil domina a tecnologia de produção siderúrgica com carvão vegetal. Uma mata nativa leva décadas para se recompor, enquanto na floresta de eucalipto um ciclo de produção se completa em sete anos. Com o despertar da consciência ambiental, chegou-se à conclusão de que o Brasil tem como ativo um biocombustível sólido produzido a partir de florestas plantadas e sem agredir o meio ambiente. ELO: Existe alguma legislação de proteção ambiental? Bernardo: Há uma variedade de legislação exagerada. Não por ser rigorosa, mas por ser con flitante em alguns casos. Fiscalização ainda não é suficiente, gera custos elevados e trabalha com prazos demorados para a aprovação de projetos. É preciso separar burocracia e proteção ambiental. Paulo: O mercado é exigente e seletivo. Aqueles que não se enquadrarem nos quesitos ambientais mínimos correrão o risco de não renovar contratos futuros. ELO: A atividade florestal é um indicador de desenvolvimento do país, assim como os minérios? Paulo: Sem dúvida, tanto que o índice de desenvolvimento humano (IDH) dos municípios com plantações de eucalipto foi acima da média no Estado de Minas Gerais. Nas cidades onde a ArcelorMittal tem áreas plantadas, como Minas Novas, Capelinha e Itamarandiba, o IDH cresceu em torno de 20%, ao passo que o aumento médio do Estado foi de 10,9%. ELO: Quanto esse mercado movimenta por ano? Paulo: Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf), o setor florestal voltado para a siderurgia obteve em 2008 um faturamento bruto de quase 1,6 bilhão de reais. Bernardo: A silvicultura brasileira, como um todo, movimentou 52,8 bilhões de reais em ELO: Como são tratados os recursos naturais? Paulo: Dentro de nossa política de sustentabilidade, todo recurso utilizado é reposto. Todo o carvão vegetal usado na ArcelorMittal vem de florestas próprias. Temos cerca de 280 mil hectares de terras, onde 60% são ocupados por florestas de eucaliptos, 30% por reservas legais e preservação permanente, e 10% são destinados a aceiros, estradas e infraestrutura. Bernardo: Empregamos ciência, tecnologia e inteligência em nossas atividades produtivas. O setor florestal responde pela preservação de 350 mil hectares de mata nativa, 35% de sua área produtiva. Para se ter ideia, a lei determina que esse índice seja de 20%. ELO: Como é feita a gestão desses recursos a fim de garanti-los no futuro? Bernardo de Vasconcellos Paulo Sadi Silochi O setor florestal responde pela preservação de 350 mil hectares de mata nativa, ou seja, 35% de sua área produtiva Paulo: Existem melhoramentos genéticos, preservação do solo, melhoria da produtividade, produção de espécies que consomem menos nutrientes e menor quanti dade de água. Isso para que possam produzir mais car bono por hectare plantado e suprir o aumento da de manda sem necessidade de expandir o patrimônio fun diário, dentro de uma política de sustentabilidade. ELO: Como funcionam as áreas de plantio de manejo? Quem pode manejar, o que é preciso perante a legislação? Paulo: Os plantios e as colheitas são feitos mediante autorizações federais e estaduais. O transporte é controlado por notas fiscais, e a comercialização é reali zada por meio de um documento chamado Declaração de Colheita e Comercialização (DCC), emitido eletronicamente pelo órgão ambiental do Estado. ELO: No Brasil, quantos hectares de floresta plantada estão destinados ao setor siderúrgico? Paulo: Há 1,35 milhão de hectares vinculados ao setor siderúrgico, dos quais 90% estão em Minas Gerais, 8% no Pará, 1% no Espírito Santo e 1% em Mato Grosso do Sul. Um dado interessante é que 60% do carvão vegetal produzido no Brasil é consumido em Minas Gerais. ELO: A madeira produzida no Brasil é consi de rada de boa qualidade? 2009 outubro/novembro/dezembro n _16-18_Rod.indd 3 12/15/09 10:04 AM
18 entrevista Paulo: Pesquisas e melhoramentos genéticos mostram que nossas florestas são de ótima qualidade, per mi tindo melhor rendimento nos altos-fornos. O Brasil é con si derado benchmarking mundial de florestas plantadas. Bernardo: O Brasil é um dos países mais competitivos graças ao clima tropical, ciclo de chuvas regular, ausência de invernos rigorosos e a tecnologia de produção mais avançada do mundo. Mesmo assim, vivemos um apagão florestal : falta madeira proveniente de floresta plantada. Estima-se que precisaríamos plantar anualmente e ao longo de sete anos cerca de 320 mil hectares de florestas para colheita de madeira. Em 2008, depois de um esforço do setor, plantamos 185 mil hectares. Há alguns obstáculos que dificultam o crescimento. Um deles é a falta de recursos para viabilizar a silvicultura, uma atividade de altíssimo custo de implantação e longo prazo de maturação. Linhas de financiamento precisam ser mais adequadas ao perfil do negócio. ELO: Qual a produção anual de produtos provenientes de carvão vegetal no Brasil? Paulo: A produção brasileira é de 34 milhões de toneladas de aço bruto, o que situa o país em nono lugar no ranking mundial. Já a produção de gusa da ArcelorMittal com carvão vegetal alcança 670 mil toneladas ao ano. Para suprir nossas necessidades, produzimos 2 milhões de metros cúbicos de carvão vegetal por ano e, em 2015, nossa meta é ampliar para 4,5 milhões de metros cúbicos. O Brasil conta com 6 milhões de hectares de florestas plantadas para várias finalidades. ELO: Como a crise afetou o setor florestal e quais são as perspectivas para os próximos anos? Paulo: O parque guseiro de Minas Gerais foi afetado dras ticamente, zerando a produção para exportação. Hoje, 30% dos altos-fornos independentes estão funcionando, deixando claro que a crise afetou o setor por pouco tempo. A demanda da construção civil já está nos níveis pré-crise, e certamente haverá aumento no consumo de aços, com reflexos no setor florestal. Bernardo: A crise foi de crédito, e o investimento no setor sofreu um corte. Mas esse abalo acabou valorizando o que efetivamente é sólido e sustentável. O setor florestal brasileiro tem demanda, clima, tecnologia consolidada, competência comprovada e apelo ambiental. Não há melhor forma de proteger a mata nativa do que plantar um similar. Cada hectare plantado de eucalipto poupa 10 hectares de mata nativa. n 99612_16-18_Rod.indd 4 12/15/09 10:04 AM
19 construção Sobel se reestrutura garantindo qualidade Após adquirir a Construtora Mineira de Obras (CMO), a empresa mineira passou a se dedicar à logística industrial com uma frota de 250 equipamentos Caterpillar ASobel Sociedade Brasileira de Equipamentos iniciou suas atividades em 1973 e logo alcançou a liderança como a maior locadora de rolos compactadores de Minas Gerais. Em seguida, ampliou seu leque de atuação, alugando motoniveladoras, tratores de esteiras e escavadeiras para obras maiores. Em 1996, a empresa incorporou a Construtora Mineira de Obras (CMO). A partir disso, direcionou sua atuação para o segmento de logística industrial, oferecendo soluções de movimentação de insumos, ajudando os clientes a dedicar atenção à gestão de seus negócios. Nessa nova fase, em 2009, a Sobel reformulou as instalações de sua sede em uma área de 12 mil metros quadrados em Belo Horizonte/MG. Fizemos questão de preservar os valores de eficiência e gestão de qualidade presentes na CMO, empresa especializada em soluções logísticas industriais, explica o diretor Túlio Barakat. Atualmente a Sobel Soluções Logísticas Indus triais atua no segmento de prestação de serviços, sendo espe cialista na movimentação de matérias-primas em áreas industriais, portuárias, cimenteiras, siderúrgicas e mi neradoras. O grupo Barakat dispõe de uma frota de mais de 250 equipamentos Caterpillar, composta, entre outras máquinas, por carregadeiras 950H, 938H e 924H, escavadeiras 330DL e 320DL, recicladoras RM300 e retroescavadeiras 416E, além de minicarre ga deiras 226B. O consultor da Sotreq Mário Godinho destaca o compromisso de maximizar os resultados por meio da parceria com a Sobel, oferecendo serviços de qualidade. Além disso, oferecemos os equipamentos mais sofisticados e produtivos do mercado, afirma. Segundo Túlio Barakat, o Grupo Barakat composto por Sobel e Terragama do Brasil, atualmente TGB tem 1,2 mil empregados diretos para atender aos 15 contratos em andamento. Nossa empresa sempre primou pela produtividade dos funcionários e pela segurança e ergonomia, oferecendo infraestrutura de boa qualidade, equipamentos modernos e treinamento para atua lização constante dos colaboradores, encerra. n Sucessão bem articulada Com atuação decisiva nas empresas do Grupo Barakat, o fundador da Sobel, Sami Barakat, vem preparando de forma natural a sucessão aos filhos Túlio e Cristina. Ela dirige a Terragama (TGB), e Túlio comanda a Sobel. Buscamos manter os mesmos princípios, garantindo a satisfação do cliente com a superação das metas firmadas nos contratos, diz Túlio. Ele reconhece a importância do conhecimento e da experiência repassados pelo pai, com o intuito de desenvolver uma gestão cada vez mais eficiente e qualificada. Meu pai continua participando dos negócios, atuando mais na área comercial e gestão de contratos, com a firmeza de sempre, revela Túlio. entrosamento A carregadeira 938H em ação e o fundador da Sobel, Sami, entre os filhos Cristina e Túlio: preparando a sucessão da empresa 2009 outubro/novembro/dezembro n _19_Rod.indd 1 12/10/09 12:20 PM
20 CONSTRUÇÃO Buriti constrói complexo imobiliário Em Parauapebas/PA, empresa realiza obras de um residencial para 40 mil pessoas OBRA COMPLEXA A retroescavadeira 416 E em ação nas obras da primeira etapa do complexo, que terá uma área total de 12 mil lotes ABuriti Imóveis, empresa que atua há seis anos no mercado, vem criando projetos para tentar tor nar possível o sonho de muita gente de ter uma casa própria. O nosso objetivo é levar oportunidade às pessoas de comprar o seu terreno e conquistar sua mo radia. Fazemos isso criando empreendimentos de qua lidade, com preço justo e pagamento acessível. Em al guns casos, com parcelas equivalentes a um terço do sa lário mínimo, afirma o diretor da Buriti Imóveis, Sidney Penna. Em Parauapebas, cidade localizada a 700 quilômetros de Belém, a Buriti Imóveis, em parceria com o Gru po Leolar, lançou no final de 2008 um dos maiores complexos imobiliários do Estado, com lotes residen ciais e comerciais: o Residencial Cidade Jardim, um bairro planejado para 40 mil habitantes. A primeira etapa do projeto conta com 5,4 mil lotes e deverá estar concluída no final de A previsão de término de todo o empreendimento é 2014, com um total de 12 mil lotes. O residencial tem área total de 5,9 milhões de metros quadrados e conta com toda a infraestrutura, como ruas asfaltadas, sistema de captação de águas pluviais, rede elétrica com iluminação pública e sistema de distribuição de água potável. A escolha de Parauapebas se deu pelo potencial econômico da região e pela demanda por terrenos de boa qualidade, com boa localização e infraestrutura completa, diz Sidney Penna. Percebemos na localidade a dificuldade de acesso à moradia em função do preço. A empresa está atenta às expectativas da região, explica Sidney. Em cada etapa do Residencial Cidade Jardim será realizada a terraplenagem do local, seguida da implantação do sistema de distribuição de água, rede elétrica e de drenagem de águas pluviais. Estamos buscando qualidade na realização dos serviços e na escolha dos produtos. Para isso, contamos com os equipamentos da Caterpillar utilizados no empreendimento, ressalta Sidney. As máquinas da Caterpillar têm a tecnologia e confiabilidade que um projeto desse porte exige. A Buriti está usando no trabalho de terraplenagem de ruas e acessos dois rolos compactadores CS423, dois rolos compactadores CP533E, duas escavadeiras hidrá u- li cas 315 DL, quatro retroescavadeiras 416 E e dois tratores D6K. A empresa conta com o suporte da Sotreq, que atua há mais de 20 anos na região sul-sudeste do Pará. Segundo Juracy Chaves, representante de máquinas da Sotreq, a Buriti aderiu ao plano de manutenção preventiva oferecido pela Sotreq, em que as máquinas são revisadas a cada 500 horas trabalhadas. Os equipamentos também estão assistidos pelo Laboratório SOS, que faz a análise de composição dos fluidos coletados com o intuito de detectar problemas antes mesmo que 20 elo w S C CA 99596_20-21.indd 2 12/14/09 9:15 AM
Sotreq em números. i s. e em. 7 1 an. A mai. C ar t. do B
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