FACULDADES INTEGRADAS VIANNA JÚNIOR 1

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Moisés Canto Lemos
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1 1 NOVOS PARADIGMAS DO TRABALHO Glauciane Corrêa Tavares 1 RESUMO Este artigo visa ilustrar as formas de trabalho desde o início da industrialização até a atualidade através de teses dos principais precursores a esse desenvolvimento. De início falaremos sobre a organização do trabalho de Taylor, em seguida discutiremos a forma de controle de Henry Ford e por fim nova sociedade intelectual de Domenico De Mais. PALAVRAS-CHAVE: trabalho, organização, controle, criatividade, motivação e capital intelectual. INTRODUÇÃO O novo modelo do mercado de trabalho chama a atenção à recriação de conceitos, teses, opiniões e paradigmas. Torna-se de relevante importância o estudo das formas de trabalho industrial desde a sua origem até os dias de hoje para que se possa rever essas teorias. 1 Glauciane Corrêa Tavares Glau.tavares@yahoo.com.br Acadêmica do 4º ano de Economia das Faculdades Integradas Vianna Júnior.

2 2 A organização industrial foi de suma importância para que o desenvolvimento entrasse nas formas de trabalho. Esse desenvolvimento industrial proporcionou um grande salto para a tecnologia, o controle, a produção em massa e o aumento dos lucros. Novas teses foram surgindo, a tecnologia forçou os trabalhadores a se especializarem, os mercados foram mudando e hoje o grande diferencial é representado pelo capital intelectual que falaremos a seguir. 1. A SOCIEDADE INDUSTRIAL DE TAYLOR Originada no iluminismo a sociedade industrial é a favor da racionalidade e contra a emotividade. Para a indústria tudo que é bom é racional. Porém, defende que tudo que é racional é masculino, diz respeito à produção e é realizado na fábrica. Tudo que é emotivo é feminino, diz respeito à reprodução e é realizado em casa. A organização da indústria surgiu com o engenheiro Taylor (Filadélfia, 1856). Ao observar o trabalho industrial ele percebe o desperdício de tempo e organiza o trabalho de forma que sobre tempo para o trabalhador. Seu objetivo não era mais trabalho e sim, mais lazer. Queria livrar o homem do esforço passando esse trabalho para as máquinas. O Taylorismo não foi feito para acelerar o ritmo do homem, mas pra livrálo do trabalho. (DE MASI) 2. O CONTROLE INTERNO DE FORD

3 3 Em 1913 Henry Ford inventa o máximo do controle em sua fábrica de automóveis. Cada operário controla o operário que vem antes dele e o ritmo é dado pela velocidade da linha de montagem. Isso faz com que os trabalhadores se tornem controladores de si mesmos. Com isso o empresário obtém cada vez maiores lucros e economias extraordinárias. A diferença entre Ford e o operário de hoje que ocupa o chão de fábrica é a sua capacidade de influir, melhorar e inovar. Conseqüência da quebra da hierarquia, da democratização da informação e do conhecimento, da formação e capacitação de funcionários, treinamento para realização de múltiplas tarefas, liderar e organizar. 3. FORDISMO E TAYLORISMO As empresas industriais eram orientadas para o produto. O empresário impunha ao consumidor, através do marketing, o produto que desejava que fosse consumido. A indústria dobra a jornada de trabalho jornada que não ultrapassava de seis horas nem na época da escravidão visando dobrar a produção, as vendas e o lucro. São méritos da indústria a grande riqueza gerada no período e o grande impulso tecnológico gerado para a criação da sociedade pós-industrial. 4. A SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL DE DOMÊNICO DE MASI A polêmica é um ponto forte nas teses do autor que defende o ócio como grande estimulador da criatividade. E acredita que as mulheres são mais rápidas e inteligentes que o homem e abertas a mudanças.

4 4 A nova sociedade pós-industrial não se desfará dos produtos industrializados mais teremos menos operários, técnicos, gerentes e dirigentes. Os novos trabalhadores serão intelectuais inclusive os gerentes e dirigentes. A nova sociedade se caracteriza pelo progresso urbano, a globalização, os meios de comunicação em massa, a escolarização em massa. Grande parte do trabalho físico, repetitivo, prejudicial, pesado, brutal e intelectual repetitivo podem ser feitos por máquinas. Há uma grande dificuldade de adaptação cultural para a nova sociedade. Tentamos administrar a sociedade pós-industrial com regras tayloristas. Por isso convivemos a rejeição do teletrabalho por parte das empresas ou a polêmica da jornada de trabalho que para o trabalho intelectual não quer dizer nada. O operário desempenha as suas funções somente enquanto está dentro da fábrica. O intelectual leva o cérebro consigo e muitas vezes encontra soluções que procuram durante um passeio, uma conversa informal ou mesmo dormindo. As novas empresas devem ser orientadas para o marketing, deve conhecer os seus clientes e captar seus desejos e necessidades. Criaram novos valores como a intelectualização, a desespecialização, a ética, a estética, a emotividade, a subjetividade, a feminilização, a desestruturação do tempo e do espaço e a maior importância dada a qualidade do produto e a qualidade de vida. A nova geração tem que revolucionar a organização empresarial. Será preciso eliminar horários, espaços, introduzir o teletrabalho e substituir o controle pela motivação. O poder de decisão da nova sociedade deriva da propriedade dos meios de idealização. As novas empresas não buscam produzir, buscam idealizar, patentear e vender. Na produção há muitos concorrentes ao contrário da idealização, pesquisa e

5 5 desenvolvimento. Alguns países monopolizam a criação de patentes, outros à produção e outros estão condenados ao consumo, como o Brasil, por exemplo. A expectativa de vida humana dobrou e a necessidade de trabalho diminuiu, originando assim o desemprego. O terceiro modelo tem que surgir nos países emergentes e pode ser concretizado, principalmente, através das mulheres. 5. FÁBRICAS DO FUTURO Máquinas, equipamentos, painéis eletrônicos, silêncio, luminosidade, transparência, ambiente agradável: essa é a fábrica do futuro. Não é utopia. As novas fábricas totalmente automatizadas concentram-se no processo intelectual. Enquanto a fábrica funciona de forma perfeita sob a supervisão de, cada vez menos, operários especialmente treinados para desenvolver processos e se preocupar com a qualidade dos produtos, os trabalhadores intelectuais se ocupam com tecnologia, informação, foco, qualidade, relacionamento e desenvolvimento sustentável. A fábrica do futuro deve combinar tecnologia e talento, gestão e disseminação do conhecimento, resposta rápida às demandas de um mercado de gosto cada vez mais individualizado, flexibilidade, velocidade, desenvolvimento sustentável. A combinação de pessoas, tarefas e lugares é o segredo do sucesso. A tecnologia passa a ser o foco das indústrias em pesquisa, desenvolvimento e serviços. Serão necessários profissionais que usem menos as mãos e mais a cabeça, eles precisam ser desafiados. O desenvolvimento deve ser contínuo. Precisam ter paixão, criatividade e compromisso. Os funcionários não serão mais encarados como

6 6 meio de produção e sim como membros da comunidade, com valores, objetivos e rituais em comum. CONCLUSÃO Conclui-se que, através da tecnologia o operário, dirigente e gerente ganharam tempo para se dedicar a outras fases da produção e setores da empresa além do serviço chamado como braçal ou pesado. Enquanto as máquinas fazem esse trabalho o empregado pode se dedicar a organização, controle, melhorias, estudos, pesquisa, qualidade de produtos e serviços. Para De Masi o trabalho é tido como um lazer e é realidade com prazer. O novo ambiente deve proporcionar motivação e satisfação para os funcionários que serão revertidos em mais eficiência e melhor resultado. Paradigmas são quebrados com novos modelos como o teletrabalho e a destruição da carga horário onde o trabalhador pode adequar a profissão ao seu estilo de vida e colher retornos financeiramente rentáveis para ambos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VASSALO, C. O futuro mora aqui. Exame, ed. 734, p.36-54, 21 fev DE MASI, D. O Trabalho segundo Domenico De Masi. Palestra na Coope.

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