A LOGÍSTICA REVERSA: FATOR ESTRATÉGICO NA REDUÇÃO DE RESÍDUOS NO BIOMA PAMPA
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- Gabriela Festas Pinto
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1 A LOGÍSTICA REVERSA: FATOR ESTRATÉGICO NA REDUÇÃO DE RESÍDUOS NO BIOMA PAMPA Tais Couto de Jesus¹, Ana Cláudia Caldeira Couto², Christian Guimarães Severo³ RESUMO A crescente importância da preservação ambiental e a incessante busca por vantagens competitivas pelas empresas mostra a relevância da avaliação da logística reversa como fator de redução de resíduos e consequentemente preservação do Bioma Pampa. O presente trabalho, busca verificar se a logística reversa pode ser considerada um fator estratégico para a redução de danos ambientais gerados por resíduos no Bioma Pampa. O objetivo geral consiste em analisar como o processo de logística reversa pode contribuir para a qualidade ambiental do Bioma para além de ser considerada vantagem competitiva para as empresas. Os objetivos específicos são compreender a evolução da logística até chegar ao conceito de logística reversa, analisando sua importância para a estratégia das empresas e o impacto no meio ambiente. Com relação aos meios de investigação, esta pesquisa é bibliográfica, partindo de uma leitura exploratória. A coleta dos dados para subsidiar esse estudo ocorreu através de referências publicadas, livros e artigos científicos. A análise dos dados é qualitativa. Verifica-se que tanto o objetivo geral quanto os objetivos específicos da pesquisa foram alcançados ao verificar os principais motivos da crescente preocupação com a logística reversa e os fatores estratégicos de influência para sua utilização, nos aspectos empresarial e ambiental. Conclui-se que diante da intensa variedade de produtos, da redução do ciclo de vida desses produtos, do aumento de legislações ambientais, da necessidade das empresas se diferenciarem e a satisfação de vários interesses justificam a maior preocupação empresarial em organizar a logística de retorno de mercadorias não consumidas ou já consumidas, recuperando valor de alguma natureza e reduzindo impactos ambientais que seriam causados ao Bioma. Dessa forma, compreende-se que sim, a logística reversa pode ser considerada um fator estratégico para a redução de danos ambientais gerados por resíduos no Bioma Pampa. Palavras-chave: Bioma Pampa; Logística Reversa; Estratégia 1 INTRODUÇÃO A crescente importância da preservação ambiental e a incessante busca por vantagens competitivas pelas empresas mostra a relevância da avaliação da logística reversa como fator de redução de resíduos e consequentemente preservação do Bioma. Medidas de gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos por empresas de qualquer tipologia ou porte é fundamental para a minimização e/ou eliminação dos impactos gerados sobre o meio ambiente. Nesse sentido, a Logística 1
2 Reversa, que permite o retorno do material ao produtor após seu fim de vida, se mostra como uma atividade eficaz para a gestão de resíduos. Esse debate ganha relevância quando estamos falando no Bioma Pampa, área com predomínio de produção agrícola e pecuária, onde ambas as atividades utilizam insumos que quando descartados da forma errada causam danos severos ao meio ambiente. Inclusive, em agosto de 2010, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, fica determinado que fabricantes e distribuidores de diversos produtos industrializados, como: agrotóxicos, pilhas, baterias, óleos lubrificantes, entre outros, implantem um projeto de logística reversa, sendo esses, produtos amplamente utilizados na cadeia produtiva do nosso Bioma. O presente trabalho, busca verificar se a logística reversa pode ser considerada um fator estratégico para a redução de danos ambientais gerados por resíduos no Bioma Pampa. O objetivo geral é analisar como o processo de logística reversa pode contribuir para a qualidade ambiental do Bioma para além de ser considerada vantagem competitiva para as empresas. Os objetivos específicos são compreender a evolução da logística até chegar ao conceito de logística reversa, analisando sua importância para a estratégia das empresas e o impacto no meio ambiente. Segundo Ballou (2006), o conceito logístico teve sua origem em organizações militares, pois, devido ao distanciamento das lutas, essas tiveram necessidades de estudar e planejar o abastecimento das tropas como armamentos, alimentos, água, medicamentos e alojamento. O primeiro homem a implementar estratégias logísticas foi Alexandre o Grande, ele utilizava equipes que tinham função de destruir as resistências das cidades inimigas, organizar e armazenar alimentos, equipamentos, transportes das tropas, e desenvolver novas armas de combate. (BALLOU, 2006). Com o passar do tempo a logística tornou-se cada vez mais reconhecida do ponto de vista acadêmico, passando a ser estudada como ferramenta estratégica e introduzida nas organizações. As empresas passaram a adotar o planejamento logístico enfatizando a satisfação do cliente. Logística, de acordo com a Associação Brasileira de Logística (ASLOG) é definida como o processo de planejamento, implementação e 2
3 controle do fluxo de armazenagem eficientes e de baixo custos de matérias primas, estoques em processos, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do cliente. De acordo com a Councilof Logistics Management: 2 METODOLOGIA Logística é definida como parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, como o propósito de atender as exigências dos clientes. (GONÇALVES; MARINS, 2005, p. 2). Este estudo visa ampliar o debate acadêmico acerca da logística reversa e seu impacto na preservação do Bioma Pampa, com relação aos meios de investigação, esta pesquisa é bibliográfica, trata-se, conforme Gil (2010), de uma revisão bibliográfica sobre o tema, partindo de uma leitura exploratória. A coleta dos dados para subsidiar esse estudo ocorreu através de referências publicadas, livros e artigos científicos. A análise dos dados é qualitativa, buscando analisar e interpretar os dados obtidos observando a relevância do material para a produção do estudo e sua contribuição para que a questão de pesquisa seja respondida. A presente pesquisa foi desenvolvida na Universidade da Região da Campanha URCAMP, por acadêmicos dos cursos de Administração e Ciências Biológicas. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Atualmente a logística está inserida em um mundo mais globalizado, como ferramenta competitiva dentro das organizações, através de planejamento, implementação e controle de fluxo de armazenagem dos produtos, desde o ponto de origem ao ponto de consumo, buscando o aperfeiçoamento contínuo. A logística segue dividida em duas atividades as primárias (transporte, manutenção de estoque e processamento de pedido) e secundárias 3
4 (armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, obtenção/ compras, programação de produtos e sistema de informação) e, nesse contexto, a logística reversa vem adquirindo crescente interesse acadêmico e empresarial. Torna-se cada vez mais difícil ignorar o fluxo de produtos não consumidos ou com pouco uso que retornam ao longo das cadeias de suprimentos, assim como o de produtos já consumidos, que retornam por meio de cadeias reversas especializadas. Até algumas décadas poderia ser pouco usual esta afirmação, mas, nos dias atuais, diversas são as justificativas para não ignorá-la. A crescente variedade de modelos de cada produto fluindo para o mercado, com ciclos de vida cada vez menores, as legislações ambientais mais exigentes, os riscos à imagem corporativa gradativamente perceptíveis, o relacionamento entre clientes e fornecedores intensificado, entre outros motivos têm justificado o equacionamento logístico destes fluxos reversos como uma das mais recentes preocupações empresariais em todas as partes do globo (LANGMAN, 2001; DAUGHERTY et al., 2001; ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 2001; LEITE, 2003; BRITO et al., 2006). As empresas modernas estão utilizando a logística reversa, própria ou contratada de empresas especializadas, como forma de aumento de sua competitividade no mercado. Pesquisa realizada nos EUA com empresas de vários setores apontam diversos motivos estratégicos para a adoção de atividades de logística reversa nas empresas, conforme mostrado no quadro abaixo: 4
5 Fonte: Leite (2003) É possível observar que o aumento da competitividade é o principal motivo estratégico, pois o mercado está diante de consumidores mais conscientes e exigentes e empresas mais voltadas à sustentabilidade. 4 CONCLUSÃO Este estudo, dentro das suas limitações, propõe uma discussão acadêmica acerca da temática logística reversa e preservação do Bioma Pampa, com a possibilidade de ter continuidade de pesquisa, inclusive, por outros pesquisadores. Conclui-se que diante da intensa variedade de produtos, da redução do ciclo de vida dos produtos, do aumento de legislações ambientais, da necessidade das empresas se diferenciarem e a satisfação de vários interesses justificam a maior preocupação empresarial em organizar a logística de retorno de mercadorias não consumidas ou já consumidas, recuperando valor de alguma natureza e reduzindo impactos ambientais que seriam causados ao Bioma. Dessa forma, compreende-se que sim, a logística reversa pode ser considerada um fator estratégico para a redução de danos ambientais gerados por resíduos no Bioma Pampa. Verifica-se que tanto o objetivo geral quanto os objetivos específicos da pesquisa foram alcançados ao verificar os principais motivos da crescente preocupação com a logística reversa e os fatores estratégicos de influência para sua utilização, nos aspectos empresarial e ambiental. Observa-se que a sociedade moderna vive hoje uma preocupação crescente com o equilíbrio ecológico. O aquecimento global, a poluição do meio ambiente, em muitas áreas descontrolada, são apenas dois exemplos de motivos 5
6 da sensibilidade ecológica que está se formando na consciência das pessoas, de governos e, mais recentemente, entre empresas ao redor do mundo. O crescimento econômico com o mínimo de impacto ambiental, chamado de desenvolvimento sustentado, é um conceito aceito e utilizado hoje universalmente e baseia-se na ideia de atendimento às necessidades da atual sociedade sem comprometer gerações futuras. REFERÊNCIAS BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: Logística Empresarial: Bookman, BRITO, P. Zamith Eliane et al. O Papel Dos Ganhos Econômicos E De Imagem Corporativa Na Estruturação Dos Reversos. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, número 12, v.4, n.4, set/dez DAUGHERTY, Patricia J.; AUTRY, Chad W.; ELLINGER, Alexander E. Reverse Logistics: the relationship between resource commitment and program performance. Journal of Business, Oak Brook, GIL, Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, GONÇALVES, Marcus E.; MARINS, Fernando A. S. Logística Reversa numa Empresa de Laminação de Vidros: um estudo de caso. Revista Gestão & Produção. v. 13. n. 3. p , set-dez, LANGMAN, Leslie. There are ways to turn a return into a positive experience for you as well as the customer Material Handling Management; ROGERS, Dale S.; TIBBEN-LEMBKE, Ronald S. Going Backwards: Reverse Logistics Trends and Practices. Reno: University of Nevada, LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Prentice Hall, ROGERS, Dale S., TIBBEN-LEMBKE, Ronald S., logistics trends and practices, Going Backwards: reverse Management, University of Center of Logistics Nevada, Reno,
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