Finaliza pedindo que seja revogada a decisão recorrida e ordenada a elaboração do registo peticionado a favor da recorrente em termos definitivos.

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1 Proc.º n.º R. P. 72/2010 SJC-CT Património das fundações. Afectação de bens de uma das instituidoras. Registo de aquisição de um imóvel a favor da Fundação Título bastante. Prova da ratificação da gestão de negócios. PARECER 1 Em de de..., a coberto da ap., deu entrada na Conservatória do Registo Predial de um pedido de registo de aquisição referente ao prédio descrito sob o n.º, da freguesia da, concelho de, a favor d, ora recorrente. Para instruir o pedido foi apresentada, inter alia, fotocópia certificada da escritura pública da instituição da dita da qual consta que a instituidora lhe afecta o referido imóvel e a construção nele existente, que se encontra inscrito a seu favor pela insc. G O pedido de registo foi qualificado como provisório por dúvidas (artigo 70.º do CRP) e por natureza nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 92.º do citado Código. Quanto à provisoriedade por natureza, a Senhora Conservadora salienta, no respectivo despacho de qualificação, que não se encontra comprovada documentalmente a ratificação da gestão de negócios exercida por em nome de A motivação subjacente às dúvidas radica na equivocidade das declarações ínsitas no título subjacente ao pedido de registo. Com efeito, a declaração prestada pelos fundadores no sentido de que o património da fundação é constituído pela afectação inicial do prédio objecto do registo e da construção nele existente levanta a dúvida não só quanto ao alcance de tal expressão tratar-se-á da transmissão do direito de propriedade sobre o imóvel em causa da para a citada fundação ou apenas da sua afectação para constituir a sede da fundação como também quanto à própria declaração que é proferida por todos os fundadores sendo que apenas a, como titular inscrita do imóvel em causa (ap./ ), pode dispor do bem em causa. 3 Como não viu satisfeita a sua pretensão e não se conformando com o entendimento expendido pela Senhora Conservadora, a requerente vem agora deduzir o presente recurso hierárquico com os fundamentos que aqui damos por integralmente reproduzidos, e dos quais destacamos, em síntese, os seguintes: 1

2 3.1 Na verdade, o que resulta do texto da escritura é que «o património da é constituído pela afectação inicial do imóvel a seguir identificado, bem como da própria construção ainda em fase de licenciamento, feita pela, para seu edifício sede ( )». 3.2 Concedendo embora que a terminologia adoptada possa suscitar algumas dúvidas interpretativas, decorre sem dúvida daquele título que se efectivou a transmissão do bem da, visto que o termo «afectação» é utilizado como sinónimo de transmissão, sendo mesmo empregue, em diversas situações, no próprio regime legal das fundações designadamente no disposto no artigo 188.º, n.º 2, do Código Civil. 3.3 O único bem integrante desse património fundacional é o prédio objecto do presente pedido de registo, que se encontrava inscrito em nome da, pelo que a declaração ínsita na escritura tem de ser interpretada não sentido da transmissão do mesmo da sua titular para a 3.4 As demais personalidades ligadas à instituição da não dispuseram de qualquer bem a favor da instituída, sendo que, neste tocante, a escritura enferma efectivamente de alguma imprecisão mas não de molde a interferir com a validade da disposição do bem. 3.5 Acresce ainda que, se assim não fosse, o Ministério da Administração Interna não podia considerar que a em causa se encontrava dotada de um património inicial suficiente e, como tal, não podia proceder ao seu reconhecimento vd. Portaria n.º A recorrente não contesta a exigência atinente à prova documental da ratificação da gestão de negócios exercida pela referida... em nome de, requerendo permissão para proceder à junção do aludido documento comprovativo (que já foi formalizado no Cartório Notarial de ) em momento posterior 1. Finaliza pedindo que seja revogada a decisão recorrida e ordenada a elaboração do registo peticionado a favor da recorrente em termos definitivos. 4 A Senhora Conservadora proferiu despacho de sustentação da decisão de qualificação proferida a qual radica na fundamentação que aqui se dá por integralmente reproduzida, e da qual extraímos, resumidamente, os seguintes argumentos: 1 Adiantamos já, a propósito, que a junção de documentos efectuada em momento posterior ao da prolação da decisão que se impugna, com vista à requalificação do pedido, não pode ser tida em conta na decisão tomada em sede de recurso hierárquico. Cfr., neste sentido, os pareceres do Conselho Técnico constantes dos proc.ºs n.ºs R.P.120/2000DSJ-CT e R.P. 74/2002 DSJ-CT, in BRNs n.ºs 11/2000, e 3/2003, II, págs. 20 e 9, respectivamente. 2

3 4.1 Relativamente à ratificação da gestão de negócios salienta que a apresentação do documento comprovativo da mesma não pode ser efectuada com a petição de recurso (ou depois desta), visto que este, segundo a doutrina firmada nos nossos Serviços, é apreciado tendo em conta os elementos disponíveis no momento da qualificação do pedido de registo cuja decisão se impugna. 4.2 No que respeita às dúvidas, que se prendem com o alcance jurídico da expressão contida na escritura pública de constituição da Fundação de que o património da referida... é constituído pela afectação inicial do imóvel objecto do pedido de registo ora impugnado e com o facto de a referida declaração ter sido proferida por todos os fundadores apesar de a propriedade estar inscrita apenas em nome da, entende que não foi aduzido qualquer fundamento passível de conduzir à alteração da sua decisão inicial pelo que a mantém nos seus precisos termos. 5 Relatada a matéria de facto pertinente bem como as posições em confronto e revelando-se apropriado o meio processual utilizado, a legitimidade das partes, a tempestividade do recurso e a inexistência de outras questões prévias ou prejudiciais que obstem ao conhecimento do mérito, passamos à sua apreciação. II Fundamentação 1 As fundações de direito privado encontram-se previstas e reguladas nos artigos 185.º a 194.º do Código Civil, sendo-lhe ainda aplicáveis os preceitos gerais sobre pessoas colectivas, isto é, o disposto nos artigos 157.º a 166.º constantes do mesmo Código 2. A sua instituição, quer seja por acto entre vivos quer mortis causa, corresponde a um negócio jurídico, formal, unilateral e gratuito 3. 2 No domínio do Código de Seabra chegaram a levantar-se dúvidas relativas à possibilidade de se dispor de bens para a constituição de uma fundação quer por acto entre vivos quer mortis causa. Na vigência do actual Código Civil não existem quaisquer dúvidas quanto à possibilidade de as fundações poderem ser instituídas por um acto unilateral do seu fundador que procede à afectação de uma massa de bens a um dado escopo de interesse social, adquirindo personalidade jurídica pelo reconhecimento concedido pela autoridade administrativa competente. Vd. MOTA PINTO, in Teoria Geral do Direito Civil, 4.ª edição por ANTÓNIO PINTO MONTEIRO e PAULO MOTA PINTO, pág Cfr., para mais desenvolvimentos, CARVALHO FERNANDES, in Teoria Geral de Direito Civil, Vol. I, 3.ª edição, pág

4 Como se sabe, a fundação compreende sempre dois elementos essenciais: o substrato, isto é, a «materialidade anterior à personalização» e o reconhecimento mediante o qual se lhe imprime, «de fora», a personalidade jurídica. O substrato é integrado pelo elemento patrimonial, o elemento teleológico, o elemento intencional e o elemento organizatório. Na economia do parecer interessa apenas determos a nossa atenção no elemento patrimonial por ser ele que, efectivamente, constitui o eixo nuclear do thema decidendum no presente recurso. Conceptualmente, o elemento patrimonial integrador do substrato das fundações mais não é do que a massa ou conjunto de bens afectados pelo fundador (ou fundadores, visto que a fundação pode ser instituída colectivamente) à consecução do fim fundacional, a denominada dotação 4. Na verdade, a dotação assume um papel de tal modo importante que é considerada como condição de indispensabilidade para que as fundações se venham a constituir e a ser reconhecidas como tal, o que bem se compreende se tivermos em conta que ao interesse público não convém que se personalize uma fundação quando lhe faltem os meios indispensáveis para surgir e manter-se como viável 5. Consequentemente, o instituidor, por força do prescrito no n.º 1 do artigo 186.º do Código Civil, deve no acto de instituição, além de indicar o fim da fundação, especificar os bens que lhe são destinados. Esta especificação deve ser efectuada de modo claro e preciso, pois só assim a autoridade administrativa competente fica habilitada a apreciar a suficiência dos bens para prossecução do escopo fundacional visado e a conceder (ou não) o respectivo reconhecimento. Por conseguinte, o reconhecimento está estritamente relacionado com os bens afectados à fundação pelo que sempre que se mostrem insuficientes para a prossecução do fim visado e não haja fundadas expectativas de suprimento das insuficiências o seu 4 Tradicionalmente fazia-se uma distinção entre o acto de fundação e o acto de dotação: pelo primeiro constituía-se a fundação, pelo segundo, oferecia-se-lhe um património. Esta construção, segundo ensina MENEZES CORDEIRO, in Tratado de Direito Civil Português, Tomo III, 2004, págs. 714 e segs., não corresponde ao regime hoje vigente que aproxima a dotação e o surgimento da nova pessoa colectiva, com um alcance unitário. A dotação é, no dizer de CARVALHO FERNANDES, in ob. e pág. cit., o acto de atribuição do património constitutivo do substrato da futura pessoa colectiva fundacional. 5 Veja-se, neste sentido, FERRER CORREIA e ALMENO SÁ, Algumas Notas sobre as Fundações, in RDE, Ano XV, págs. 331 e

5 reconhecimento deve ser negado em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 188.º do citado Código. Na competência da autoridade administrativa para conceder personalidade às fundações coabitam poderes vinculados à lei (vd., por exemplo, o artigo 280.º do Código Civil no que concerne à licitude do objecto) e poderes discricionários, sendo que os poderes de verificação da suficiência do património afectado à fundação se integram nestes últimos 6. Podemos, assim, constatar que as fundações instituídas por acto entre vivos ou mortis causa adquirem personalidade jurídica pelo reconhecimento, que é um acto administrativo, individual e da competência da autoridade administrativa, com uma função constitutiva, que está abrangido pela regra da imediatividade dos seus efeitos jurídicos consagrada no artigo 127º, nº 1, do Código do Procedimento Administrativo Como via de regra, as fundações são instituídas individualmente, mas nada obsta à existência de fundações colectivas, ou seja, segundo outra terminologia, à instituição colectiva (por acto entre vivos). Com efeito, mesmo de jure constituto, nada se opõe à existência de fundações de instituição colectiva (v.g., as resultantes de afectação de fundos obtidos por subscrição pública ou as instituídas por um pluralidade de pessoas, contribuindo cada uma delas com uma quota para realização do fim que todas se propõem assegurar, outorgando simultaneamente no acto da instituição) 8. No caso dos autos, verificamos que a Fundação foi instituída por uma pluralidade de pessoas, vale por dizer, foi instituída colectivamente, mas destas apenas a associação dotou o património da referida Fundação com um bem imóvel. 2 Este breve excurso visou facilitar não só a apreensão da materialidade factual controvertida nos autos como também o seu enquadramento jurídico. O prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de... sob o n.º, da freguesia da, encontra-se inscrito desde de de a favor da por doação da Câmara Municipal de, com a cláusula de reversão para o Município se até ao dia... de de a «Fundação» não for constituída. 6 Cfr., novamente, MOTA PINTO, in ob. cit., pág Cfr., sobre o ponto, o parecer da Procuradoria-Geral da República publicado no DR n.º 174, de 8 de Setembro de Veja-se, neste sentido, MOTA PINTO, in ob. cit., pág

6 No dia de de foi outorgada uma escritura pública mediante a qual foi instituída a referida Fundação Interveio neste acto, para além de um conjunto de personalidades de diversos quadrantes da sociedade portuguesa, a associação 9 representada pela presidente da direcção, devidamente mandatada para o efeito, que actuou ainda em nome próprio, como procuradora de alguns dos fundadores e como gestora de negócios de um deles. Enquanto representante da associação afecta ao património da Fundação o imóvel registado a favor daquela associação sendo com base na certidão da mencionada escritura que é peticionado o registo cuja qualificação registal ora se impugna. Como é sabido, o reconhecimento da fundação vale como aceitação dos bens que lhe foram destinados cfr. o que dispõe o n.º 1 do artigo 185.º do Código Civil. Ora, a referida Fundação veio a ser reconhecida em de de e declarada pessoa colectiva de utilidade pública 10 em de de (Declaração n.º /2008, publicada no DR n.º, 2.ª Série, de ), não estando agora em tabela a emissão de qualquer juízo valorativo acerca da sua instituição Afigura-se-nos possível, em face do exposto, adiantar já que não assistirá qualquer razão à recorrida visto que a escritura pública em apreço titula a transmissão do imóvel sobre o qual recai o pedido de registo duvidado isto é, do prédio descrito sob o n.º na Conservatória do Registo Predial de 12. No exercício da sua função qualificadora, o conservador deve, sempre que a isso não se oponham regras de carácter formal, proceder à interpretação da declaração negocial. 9 O registo da extinção desta associação foi efectuado em de de, no Livro n.º das Associações de Solidariedade Social, e o extracto do mesmo publicado do DR n.º..., II Série, de de de, nos termos legais. 10 A legislação base para a atribuição de utilidade pública às fundações, encontra-se prevista no Decreto- Lei n.º 460/77, de 7 de Novembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 40/2007, de 28 de Abril, e pelo Decreto-Lei n.º 391/2007, de 13 de Dezembro. 11 O registo da Fundação... foi efectuado no Livro n.º das Fundações de Solidariedade Social em de de 12 Veja-se o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça publicado na CJ/STJ, Tomo III, 1996, pág. 76, no sentido de que é nula a disposição estatutária que dispõe que «o fundador reserva para si o direito de dispor por morte ou acto entre vivos, dos bens que afectar à Fundação». 6

7 Havendo dúvidas atinentes à interpretação da declaração negocial deve, para o efeito, seguir o prescrito nos artigos 236.º e segs. do Código Civil, que acolhe a doutrina da impressão do destinatário 13. O artigo 236.º, n.º 1, do Código Civil prescreve que «a declaração vale com o sentido que um declaratário normal, colocado na posição do real declaratário, possa deduzir do comportamento do declarante». Nos negócios formais, contudo, esta declaração não pode valer com um sentido que não tenha o mínimo de correspondência no texto, ainda que imperfeitamente expresso n.º 1 do artigo 238.º do citado Código. Na interpretação releva o sentido que seria considerado por uma pessoa normalmente diligente, sagaz e experiente, em face dos termos da declaração e de todas as circunstâncias situadas no horizonte concreto do destinatário 14. A propósito das circunstâncias atendíveis para a interpretação, Manuel de Andrade 15 salientava que se deve atentar nos interesses que estão em jogo no negócio (e a consideração de qual seja o tratamento mais razoável), a finalidade prosseguida pelo declarante (sublinhado nosso) e os usos da prática em matéria terminológica. Ao lado destas circunstâncias, é importante assinalar ainda outras, especialmente, os modos de conduta por que, posteriormente, se prestou observância ao negócio concluído 16. As regras aplicáveis à interpretação dos negócios jurídicos aplicam-se, segundo Menezes Cordeiro 17, não só às declarações recipiendas como também, com as necessárias adaptações, às manifestações de vontade normativa que não tenham um destinatário. Em conformidade com o que precede, e tendo ainda em conta as boas regras da hermenêutica e a harmonia do sistema jurídico, parece-nos que a expressão «afectação» utilizada na referida escritura pública, atento também o seu contexto, só pode ser 13 Cfr. ANTUNES VARELA e PIRES DE LIMA, in Código Civil Anotado, Vol. I, págs. 207 e segs. 14 Cfr. MOTA PINTO, in ob. cit., págs. 444 e segs. 15 In Teoria Geral da Relação Jurídica, II Volume, 4.ª reimpressão, 1974, págs. 306 e segs. 16 Veja-se também, em conformidade, o acórdão do STJ de 11 de Outubro de 2001, publicado na CJ/STJ, 2001, Tomo III, pág. 81, do qual extraímos, por sugestiva, a II conclusão: «Entre os elementos a tomar em conta destacam-se os termos do negócio, ou seja, as cláusulas do contrato e a conduta posterior adoptada por cada uma das partes quanto à sua execução» (sublinhado nosso). 17 In Tratado de Direito Civil Português, I Parte, Tomo I, 2000, pág

8 interpretada no sentido da transmissão do aludido imóvel da titularidade da associação... para o património da Fundação 3.1 Também a questão atinente à alegada falta de comprovação documental da ratificação da gestão de negócios não merece acolhimento. Como decorre do preceituado no artigo 464.º do Código Civil, verifica-se a gestão de negócios quando uma pessoa assume a direcção de negócio alheio, no interesse e por conta do dono do negócio sem autorização 18. A aprovação da gestão, que ocorre nas relações internas, envolve um juízo global do dominus em relação à actuação do gestor significando que este a considera conforme com os seus interesses e vontade. No entanto, quando a gestão de negócios é representativa e envolve a prática de actos jurídicos, como no caso vertente, a actuação do gestor deve ser ratificada, nos termos previstos no n.º 2 do artigo 268.º do Código Civil, para que produza os seus efeitos nas relações com terceiros. Acontece que a prova da ratificação da gestão de negócios só seria exigível se o gestido estivesse a dispor do bem sobre que versa o registo, o que não é claramente a situação configurada nos autos, daí que se nos afigure ilegítima a qualificação minguante que nela pretenda assentar n.º 1 do artigo 43.º do CRP. Efectivamente, a alegada falta de ratificação da gestão de negócios em causa apenas poderá revestir alguma pertinência no que concerne ao negócio fundacional. 4 Por conseguinte, nada mais será necessário acrescentar para se concluir que inexistem motivos para as aduzidas dúvidas, bem como para a provisoriedade por natureza, pelo que o entendimento deste Conselho vai no sentido de que o presente recurso hierárquico merece provimento devendo, consequentemente, o registo peticionado ser efectuado em termos definitivos. Nos termos do que precede, firmamos as seguintes Conclusões 1 As fundações podem ser instituídas mortis causa, por testamento, ou por acto entre vivos, mediante a celebração de escritura pública, devendo, em 18 Sobre o ponto, cfr. MENEZES LEITÃO, in Direito das Obrigações, Vol. I, 3.ª edição, págs. 487 e segs. 8

9 qualquer dos casos, constar do título o fim e a especificação dos bens que lhes são destinados artigos 185.º, n.ºs 1 e 3, e 186.º, n.º 1, ambos do Código Civil, e artigo 80.º, n.º 1, alínea g), do Código do Notariado. 2 O reconhecimento poderá negado em determinadas circunstâncias, designadamente, quando os bens afectados à fundação não se mostrem suficientes para a prossecução do fim por ela visado e não haja fundadas expectativas do seu suprimento, por força do que prescreve o n.º 2 do artigo 188.º do citado Código Civil. 3 A Fundação foi reconhecida pela autoridade administrativa competente, isto é, pelo Ministério da Administração Interna, em de de, pelo que, além da idoneidade do objecto, o património foi considerado suficiente. 4 A expressão «afectação» de bens à fundação deverá ser interpretada no sentido de transmissão, pelo que respeitando a imóveis devem os mesmos ser submetidos a registo predial em face do que se encontra preceituado nos artigos 2.º, n.º 1, alínea a), e 8.º-A, do Código do Registo Predial. 5 Nestes termos, constando do texto da escritura pública em apreço nos autos que o prédio descrito sob o n.º é afectado pela instituidora, titular inscrita, ao património da Fundação..., deve tal declaração negocial ser interpretada no sentido de que o prédio foi transmitido para a titularidade da referida Fundação cfr. o disposto nos artigos 236.º e 238.º do Código Civil. 6 A necessidade de comprovação da ratificação dos poderes de gestão não reveste pertinência para a qualificação do peticionado registo de aquisição quando o gestido não disponha do imóvel sobre o qual versa o aludido pedido de registo. Lisboa, 27 de Maio de Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 27 de Maio de

10 Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, relatora, António Manuel Fernandes Lopes, João Guimarães Gomes Bastos, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Luís Manuel Nunes Martins, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

11 FICHA Proc.º n.º R.P.72/2010 SJC-CT Súmula das questões abordadas As fundações podem ser instituídas mortis causa, por testamento, ou por acto entre vivos, mediante a celebração de escritura pública, devendo constar do título o fim da fundação e a especificação dos bens que lhe são destinados cfr. o que dispõem os artigos 185.º, n.ºs 1 e 3, e 186.º, n.º 1, ambos do Código Civil, e artigo 80.º, n.º 1, alínea g), do Código do Notariado. Quando os bens afectados à fundação não se mostrem suficientes para a prossecução do fim por ela visado e não haja fundadas expectativas do seu suprimento o reconhecimento deverá negado artigo 188.º, n.ºs 2 e 3, primeira parte, do citado Código. A Fundação foi reconhecida pela autoridade administrativa competente, isto é, pelo Ministério da Administração Interna, em de de, pelo que, além da idoneidade do objecto, o património foi considerado suficiente. A expressão «afectação» dos bens deve ser interpretada no sentido de transmissão desses mesmos bens, pelo que respeitando a imóveis devem ser submetidos a registo predial artigos 2.º, n.º 1, alínea a), e 8.º-A, do CRP. Quando no texto da escritura pública em apreço nos autos se refere que o prédio n.º é afectado pela instituidora, titular inscrita, à Fundação deve tal declaração ser interpretada no sentido de que o direito de propriedade foi transmitido para a titularidade da referida Fundação cfr. o disposto nos artigos 236.º e segs. do Código Civil. A necessidade de comprovação da ratificação dos poderes de gestão não reveste pertinência para a qualificação do peticionado registo de aquisição quando o gestido não dispõe do imóvel sobre o qual versa o registo em causa n.º do artigo 43.º do CRP. ***** 11

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