Fonte: SIOPS; ANS (2008); Carvalho (2009) - estimativas
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1 IX ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA DA SAÚDE 7 a 9 de dezembro de 2009 Rio de Janeiro Rio de Janeiro Desafios para o financiamento da saúde Áquilas Mendes Professor Doutor de Economia da PUC-SP e da FAAP/SP; presidente da Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres); Prof.Dr.Áquilas Mendes 1
2 Gasto Nacional com Saúde no Brasil Fonte: SIOPS; ANS (2008); Carvalho (2009) - estimativas Prof.Dr.Áquilas Mendes 2
3 Gasto total público e privado em saúde Comparação internacional Gasto Nacional em Saúde - Percentual do PIB, per capita e participação público e privado em alguns países de sistemas universais: Estimativas para 2005 País % Per Capita (1) % % PIB Em Saúde Público Privado Alemanha 10, ,9 23,1 Austrália 8, ,0 33,0 Brasil 7, ,1 55,9 Canadá 9, ,3 29,7 Espanha 8, ,4 28,6 Reino Unido 8, ,1 12,9 Suécia 9, ,7 18,3 Fonte: World Health Statistics, (1) Em dólares internacionais, ou seja, valores padronizados segundo paridade de poder de compra (PPP). Prof.Dr.Áquilas Mendes 3
4 Países com sistemas universais tem gasto público superior a 6% do PIB Prof.Dr.Áquilas Mendes 4
5 GASTO DO SUS Gasto Público em 2008 (estimativa) Federal = R$ 48,7 bi (47%) - (1,7% PIB) Estadual = R$ 26,8 bi (26%) - (0,93% PIB) Municipal = R$ 27,8 bi (27%) (0,96% PIB) Total R$ 103,3 bi 3,6% do PIB FONTE: MS-SPO MS-SIOPS ANS IBGE-POF ESTUDOS GC Prof.Dr.Áquilas Mendes 5
6 Problematizando... Prof.Dr.Áquilas Mendes 6
7 OS TRÊS PRÓXIMOS PASSOS DA VOTAÇÃO DA REGULAMENTAÇÃO DA EC NA CÂMARA: EM VOTAÇÃO O SUBSTITUTIVO QUE MANTÉM A VARIAÇÃO NOMINAL DO PIB E CRIA A CSS 2. SENADO RATIFICA O SEU PROJETO (10% DA RECEITA CORRENTE BRUTA ESCALONADO -8,5-9-9,5-10%) Prof.Dr.Áquilas Mendes 7 GILSON CARVALHO 3. LULA AFIRMA QUE VETA DINHEIRO NOVO 7
8 HIPÓTESES 2010 RECURSOS MS R$ BI GANHA/ PERDE R$BI ATUAL PLOA (VNP) 57,2 0 CÂMARA (VNP) SEM CSS (PERDE: 6 BI FUNDEB) CÂMARA (VNP) COM CSS (GANHA 12,5; PERDE 2,5 BI DRU+ 6 BI FUNDEB;GANHO FINAL 4 BI) SENADO ORIGINAL (% RCB) (GANHA 15,3BI) SENADO (% RCB COM CSS) 51,2-6 61, ,5 + 15,3 (GANHA 15,3-RCB + 10 CSS (12,5 CCS - 2,5 DRU= 10bi) 82,5 + 25,3 Prof.Dr.Áquilas Mendes 8 Apud GILSON CARVALHO (2009) 8
9 REFORMA TRIBUTÁRIA 2009 prejudica a Saúde GILSON CARVALHO Prof.Dr.Áquilas Mendes 9 9
10 REFORMA TRIBUTÁRIA HOJE IR+CSLL IPI COFINS+ PIS+SEDU RT IR IPI IVA-F BASE AMPLA DE PARTILHA SEG.SOCIAL(PREVIDÊNCIA (+CEESF) +SAÚDE+AS.SOCIAL)=39,7% FAT-BNDES= 6,5% EDUCAÇÃO=2,3% INFRA-ESTRUTURA=2,3% MUNICÍPIOS (FPM)+ ESTADOS (FPE) = 23% FNDR = 3,1% SOBRA: FER -FUNDO DE EQUALIZAÇÃO DAS RECEITAS? = 23,1% Prof.Dr.Áquilas Mendes 10 10
11 PRIMEIRAS ESTIMATIVAS DE PERDA PARA A SEGURIDADE (SAÚDE-PREVIDÊNCIA- ASSISTÊNCIA SOCIAL) COM DADOS DE 2007 E APÓS DESCONTO DA DRU R$ 43,6 BI GILSON CARVALHO Prof.Dr.Áquilas Mendes 11 11
12 Desafios e Perspectivas Deveria buscar-se o novo Pacto Social novo Estado padrão de financiamento : Defender o Financiamento da Seguridade Social, não a reforma tributária e ter a certeza de que a defesa da CSS é apenas uma fonte imediatista; Ampliar o financiamento público a partir da tributação sobre o excedente adicional gerado por novas fontes de riqueza adoção do Imposto sobre as grandes fortunas e fim das isenções do IRPF/IRPJ numa perspectiva de dotar o Estado de maior poder que perdeu nos tempos da dominância financeira; Prof.Dr.Áquilas Mendes 12
13 Desafios e Perspectivas Deveria buscar-se o novo Pacto Social novo Estado padrão de financiamento : Estimular as políticas anti-cíclicas, lembrando que em termos sociais, na saúde, passam pelos Estados e municípios e para tanto, rever drasticamente a LRF, substituindo-a por uma LRSocial rever limites gasto pessoal, gasto endividamento; NÃO A DEFESA DA LEI DE QUALIDADE FISCAL! (atualmente no Senado) E SIM SOCIAL! Prof.Dr.Áquilas Mendes 13
14 Desafios e Perspectivas Aprofundar a oportunidade política que se abre com a crise do regime de dominância financeira e com os enfrentamentos. Não há nada pré-determinado, tudo depende das correlações de forças!! Não se trata apenas de defender a simples intervenção estatal, mas de alterá-la completamente, principalmente, em relação a seus período de dominância financeira e de ideologia neoliberal. Tudo depende da construção de forças políticas para acirrar o conflito. Por um novo Brasil... Prof.Dr.Áquilas Mendes 14
15 Desafios e Perspectivas A radicalização é indispensável para implementar os projetos dos movimentos sociais e dos partidos que lutam para resolver a crise com medidas populares, que asseguram a emancipação social; Se avançarmos por esse caminho, o Brasil, junto com alguns países da América Latina, podem converter sua batalha contra o neoliberalismo em grandes ações contra o capitalismo. Prof.Dr.Áquilas Mendes 15
16 Desafios e Perspectivas Esse salto seria decisivo, posto que a disjuntiva histórica que enfrentam nossas sociedades não é uma eleição entre modelos econômicos, mas uma opção frente a sistemas sociais. É uma definição a favor do capitalismo opressivo ou do socialismo libertador do século XXI. Prof.Dr.Áquilas Mendes 16
17 Desafios e Perspectivas Penso que é chegado o momento de pensar o futuro nesses termos. Entendo ser um grande acerto abordar os grandes temas e debater as grandes idéias, superando a estreiteza da economia convencional. Prof.Dr.Áquilas Mendes 17
18 Segundo reflexões de Borón: quem quiser hoje falar de desenvolvimento tem que estar disposto a falar de socialismo; e se não quer falar de socialismo deve calar ao momento que falar de desenvolvimento econômico. A experiência internacional é taxativa: países considerados a grande promessa, possuidores de um futuro brilhante no concerto capitalista mundial, se debatem em meio ao subdesenvolvimento, a pobreza e a dependência de um século depois daqueles prognósticos tão favoráveis (BORÓN, 2008, Socialismo siglo XXI. Hay vida después del neoliberalismo? Buenos Aires, Ediciones Luxembrug, p.10, tradução nossa). Prof.Dr.Áquilas Mendes 18
19 MUITO OBRIGADO! Prof.Dr.Áquilas Mendes 19
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