INTENÇÃO DE COMPRAS PARA O DIA DAS CRIANÇAS 2017 OUTUBRO 2017

Transcrição

1 INTENÇÃO DE COMPRAS PARA O DIA DAS CRIANÇAS 2017 OUTUBRO 2017

2 DIA DAS CRIANÇAS 75% 73% Pretendem comprar presentes, com potencial de movimentar 9,7 bilhões de reais no comércio Pretendem comprar até dois presentes Tíquete médio pretendido com os presentes R$ % Pretendem pagar à vista PRINCIPAIS PRESENTEADOS: PRESENTES MAIS PROCURADOS: 48% 25% 19% 31% 22% 9% Filho(a) Netos(as) Sobrinhos(as) Bonecas/ bonecos Roupas/ calçados Avião/ carrinho LOCAIS DE COMPRA PREFERIDOS: 26% 23% 12% Lojas de rua/ bairro Shopping centers Lojas de departamento Pretendem 37% comemorar em casa 77% Vão fazer pesquisa de preço antes das compras 55% Consideram que os preços dos presentes estão mais caros que % Pretendem gastar menos ou mesmo valor que no ano passado com presentes Dos que vão presentear, 25% Dos que pretendem comprar 27% presentes estão atualmente têm contas em com seu nome negativado atraso atualmente 13% Costumam gastar mais do que podem com as compras 8% Irão de deixar de pagar alguma das suas contas para poder comprar o(s) presente(s) 2

3 MAIORIA DOS CONSUMIDORES DEVE PRESENTEAR NO DIA DAS CRIANÇAS Com o intuito de antecipar as intenções de compra do consumidor brasileiro e verificar o otimismo dos varejistas frente às datas comemorativas mais importantes para o comércio, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizam sondagens nacionais que funcionam como termômetros de vendas e revelam a intenção dos brasileiros em presentear nessas datas. Comemorado tradicionalmente no dia 12 de outubro, o Dia das Crianças é uma data de extrema relevância para o varejo brasileiro e que, somente neste ano, deve movimentar aproximadamente R$ 9,7 bilhões em toda economia. Além disso, representa a última festa do comércio comemorada antes do Natal e, por isso, dá ao mercado as primeiras impressões de como será o desempenho das vendas no final do ano. Como as crianças estão cada vez mais antenadas e exigentes, a pesquisa mostra que a data não se restringe apenas ao mercado de brinquedos, movimentando também setores como os de vestuário, eletrônicos (tablets, celulares, vídeo games), artigos esportivos e alimentação (doces, balas e chocolates). Como será visto a seguir, a maioria dos consumidores deve presentear na data, levando algum otimismo para o setor varejista e refletindo a expectativa de uma recuperação econômica lenta e gradual. De modo geral, o brasileiro vai presentear, porém manterá cautela frente aos gastos: a maioria vai pagar à vista e deve manter ou diminuir o gasto com o presente em relação ao ano passado. 3

4 MAIS DE 7 EM CADA 10 ENTREVISTADOS DEVEM IR ÀS COMPRAS NO DIA DAS CRIANÇAS Se depender dos consumidores, o saldo de vendas do Dia das Crianças 2017 será positivo: 75,3% dos entrevistados independentemente de terem filhos ou não pretendem presentear na data, especialmente os entrevistados das classes A e B (88,8%). Perguntados sobre o motivo para presentear, 33,0% justificam o ato por ter costume de presentear quem gosta, 29,1% por acreditar que a criança merece e 23,6% por considerar um gesto importante. Já os que não vão presentear (21,8%) alegam principalmente que não possuem dinheiro (26,2%), que não há nenhuma criança de seu convívio que queiram presentear (22,9%) e a necessidade de priorizar o pagamento de dívidas (17,2%) Considerando apenas esses entrevistados, 8,8% ficaram com o nome sujo por conta das compras, sendo que a maioria (88,0%) afirma que nunca esteve nessa situação por conta da data do último ano. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados sugerem que as famílias se preparam e se organizam financeiramente para presentear na data. É comum que as crianças queiram muitos presentes, que muitas vezes extrapolam o orçamento dos pais. Nessas horas, é importante que a família saiba conciliar suas possibilidades financeiras com as vontades do filho. Dessa forma, a criança aprende desde cedo a participar do orçamento da casa e recebe as primeira noções de Educação Financeira, orienta. A pesquisa revela que 70,3% dos entrevistados compraram algum presente no Dia das Crianças em 4

5 GASTO MÉDIO COM PRESENTES SERÁ DE R$ 194. A DATA TEM POTENCIAL DE INJETAR QUASE 10 BILHÕES NA ECONOMIA Se por um lado a intenção de presentear anima o mercado varejista, por outro, a intenção de gasto do consumidor deve ficar ligeiramente contida: 31,6% dos entrevistados pretendem gastar o mesmo valor que no ano passado, 26,6% pretendem gastar menos e a menor parcela de entrevistados afirma que vai gastar mais (17,3%) principalmente consumidores das classes A e B (27,4%). Quem vai gastar menos alega motivos financeiros: para economizar (33,7%), situação financeira ruim (32,1%) e aumento da inflação/economia instável (20,6%). O educador financeiro do Portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, enxerga nos dados um comportamento mais consciente do consumidor brasileiro. A pesquisa mostra justamente um consumidor que vai presentear, mas vai buscar equalizar o preço do presente com o limite do orçamento da casa. Dessa forma, muitos consumidores vão manter ou diminuir os gastos, uma atitude coerente com a realidade financeira de quem presenteia e que dificilmente resultará em inadimplência, explica o especialista. Já quem deve gastar mais alega o desejo de comprar um presente melhor (38,1%), o encarecimento dos produtos (33,2%) e a vontade de comprar uma quantidade maior de presentes (21,0%). 5

6 Entre os que já sabem o quanto pretendem gastar, o valor médio desembolsado com os presentes será de R$ 194,46 caindo para R$ 161,64 entre consumidores de 18 a 34 anos. 55,3% dos consumidores ainda não decidiram quanto irão gastar com o presente, principalmente as mulheres (59,6%). A partir da sondagem, o SPC e a CNDL estimam que, neste ano, a data deve injetar R$ 9,7 bilhões de reais na economia brasileira. Perguntados sobre quantos presentes iriam comprar, a maior parte dos entrevistados (43,8%) disse que iria comprar um único presente para o Dia das Crianças, sobretudo os entrevistados mais jovens, entre 18 e 34 anos (52,7%). De modo geral, a média declarada é de 1,9 presentes por entrevistado número que cai para 1,7 entre consumidores de 18 a 34 anos. O educador financeiro José Vignoli explica que os dados são coerentes com o momento vivido pelos consumidores mais jovens, entre 18 e 34 anos. Usualmente casais têm o primeiro filho nesta faixa etária. Além disso, este é justamente o momento em que o orçamento familiar está comprometido com os primeiros compromissos da vida adulta como as parcelas da casa, do carro e, dessa forma, a jovem família precisa equilibrar os gastos para não entrar no vermelho, explica. 6

7 FILHOS E NETOS SERÃO OS MAIS PRESENTEADOS. PRESENTE ESTE ANO ESTÁ MAIS CARO PARA A MAIORIA Perguntados sobre quem seria a pessoa presenteada, os entrevistados mencionam os filhos (48,3%) com menor frequência entre consumidores com mais de 55 anos (12,0%), os netos (25,3%, percentual que aumenta entre os entrevistados mais velhos), os sobrinhos (19,1%) e os afilhados (10,2%). A maior parte dos entrevistados afirma que vai pagar o presente sozinho (73,9%), ou seja, sem dividir o custo com outra pessoa/parente, resposta ainda mais frequente entre consumidores do sexo masculino (81,1%). Entre os 18,7% que vão dividir os gastos, o cônjuge (12,8%) foi o mais citado, principalmente entre o público feminino (16,8%). A principal justificativa para dividir o valor do presente é a redução de gastos (32,1%), poder dar um presente mais caro (22,7%) ou justificam o ato dizendo que o valor dos presentes está muito caro (16,5%). PESSOAS QUE PRETENDE PRESENTEAR Filho(a) 49% Neto (a) Sobrinho(a) 19% 25% Afilhado(a) Irmão(ã) Primo(a) Crianças de instituições de caridade, abrigos e/ou orfanatos Enteado(a) Outros Não decidi ainda 10% 4% 2% 2% 2% 0% 1% O estudo também buscou detectar a percepção dos consumidores frente à alta dos preços: a maioria dos consumidores (54,6%) acredita que os preços dos presentes estão mais caros em relação ao ano passado, principalmente por conta da crise econômica (70,9%). Outros 27,4% avaliam que os preços estão na mesma faixa de preço e somente 5,0% julgam estar mais baratos. 7

8 BONECOS(AS) E ITENS DE VESTUÁRIO SERÃO OS PRESENTES MAIS PROCURADOS. MAIORIA PAGARÁ O PRESENTE À VISTA Na hora de agradar a criançada, os produtos mais procurados serão as bonecas/bonecos (31,3%), as roupas/calçados (22,3%), aviões/carrinhos (9,2%), os jogos de tabuleiro e educativos (8,4%), bicicleta/skate/ patinetes (5,4%, principalmente os compradores do sexo masculino), bolas (4,9%) e doces/chocolates (3,3%). Presentes mais caros como os vídeo games receberam apenas 2,5% das citações, no entanto este percentual aumenta para 6,3% entre os respondentes das classes A e B. Perguntados sobre os fatores que os entrevistados levam em consideração na hora de escolher os presentes, 20,5% mencionaram o preço (especialmente as mulheres e pessoas das classes C/D/E), a qualidade do presente (19,3%) e o desejo do presenteado (17,0%). PRODUTOS QUE PRETENDE COMPRAR Bonecas/bonecos (Barbie/Suzy, Maxstell, robôs, Super Heróis, pelúcias, etc) 31% Roupas, calçados 22% Avião/Carrinho de brinquedo Jogos de tabuleiro/educativos (brinquedos de montar e desmontar, jogos de memória, quebra-cabeças, cubos, etc) Bicicletas, Skate, patinete, patins, hoverboard Bola Chocolate/doces diversos Dinheiro Vídeo game (Xbox 360,Playstation, Nintendo, etc) Livros/gibis Celular/smartphone Tablet Outros 9% 8% 5% 5% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 7% Não sei/não decidi ainda 27% 8

9 A maioria dos entrevistados (60,9%) pagará pelo presente à vista, principalmente em dinheiro (54,2%) ou no cartão de débito (6,7%). Seguido pelo parcelamento no cartão de crédito (16,1%), sobretudo consumidores das classes A e B (22,9%), e do cartão de crédito em uma única parcela (5,3%). Entre os que pretendem parcelar as compras seja no cartão de crédito, no cartão de loja, no cheque ou no crediário a média será de 4 prestações. 25,8% pretendem comprar presentes em lojas de rua/ bairro especialmente as classes C, D e E (27,7%), 22,9% em shopping centers sobretudo os homens (28,7%) e as classes A e B (40,8%) e 11,9% em lojas de departamento. Os shoppings populares foram mencionados por 8,1% dos entrevistados, principalmente pelo público feminino). Outros 17,9% ainda não decidiram, principalmente respondentes das classes C, D e E. Segundo os entrevistados, os fatores que mais influenciam a escolha do local de compra são o preço (61,3%), a qualidade dos produtos (36,0%) e a diversidade/mix de produtos (29,4%), principalmente entre as classes A e B (38,1%). 26% PRETENDEM COMPRAR PRESENTES EM LOJAS DE RUA/BAIRRO FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DO LOCAL DE COMPRA DOS PRESENTES Preço 61% Qualidade dos produtos Diversidade de produtos Promoções e descontos Localização Marca Disponibilidade imediata do produto Facilidade de pagamento 36% 29% 28% 27% 19% 18% 15% Propaganda Frete grátis 3% 8% 9

10 Embora o Dia das Crianças seja comemorado na segunda semana de outubro, quase a metade dos entrevistados (48,2%) admite que vai comprar o presente na primeira semana do mês e 23,4% deixarão para comprar o presente na véspera. Somente 3,2% já compraram o presente e 15,4% ainda não decidiram quando irão às compras. Data tradicionalmente associada à alegria, o Dia das Crianças costuma reunir entes queridos em um momento especial para valorizar os laços familiares e entregar presentes. Desta forma, a maior parte dos respondentes (36,6%) pretendem comemorar em casa, 11,3% na casa de outros parentes, 6,6% na casa dos avós e, em menor percentual, no shopping (5,7%). 10

11 PUBLICIDADE E AMIGOS EXERCEM FORTE INFLUÊNCIA NA ESCOLHA DO PRESENTE DO DIA DAS CRIANÇAS A escolha do presente para o Dia das Crianças certamente recebe influência da mídia, dos amigos, dos parentes e dos pais da criança. Desta forma, a pesquisa buscou aprofundar estas premissas e constatou que nove em cada dez entrevistados (89,2%) acreditam no poder da publicidade infantil em influenciar as crianças a pedir presentes. Perguntados se outras crianças como colegas de escola, vizinhos e parentes também são capazes de influenciar na escolha do presente, 87,0% também responderam que sim. No entanto, o estudo mostra que, apesar das influências, são os adultos que tomam as rédeas na hora de escolher o que a criança vai ganhar: 43,0% dos adultos escolhem sozinhos o presente que vão dar às crianças sobretudo as mulheres (51,9%) e os consumidores das classes C, D e E (45,5%) seguida pela escolha conjunta, ou seja, o adulto e a criança (26,6%) principalmente os entrevistados homens (31,4%) e os das classes A e B (38,2%) e, em menor percentual, o próprio filho sozinho (15,4%). O estudo também revela que em 24,4% do casos, a criança acompanha as compras, principalmente entre os entrevistados de 35 a 54 anos (32,7%). No entanto, na maior parte dos casos (59,4%), os adultos vão às compras sozinhos. 43% DOS ADULTOS ESCOLHEM SOZINHOS O PRESENTE QUE VÃO DAR ÀS CRIANÇAS 11

12 77% PRETENDEM FAZER PESQUISA DE PREÇO A pesquisa também buscou analisar a situação financeira e os padrões de compra do consumidor para o Dia das Crianças. Quase um terço dos entrevistados (26,6%) que pretendem comprar presentes possuem ao menos uma conta em atraso, 25,4% estão com o nome sujo. Por outro lado, a maioria dos entrevistados (77,5%) pretende fazer pesquisa de preço seja diretamente nas lojas (65,9%) ou pela internet (11,6%) e 83,5% não costumam extrapolar o orçamento na hora de presentear no Dia das Crianças, com maior frequência entre consumidores das classes C, D e E (85,4%) e menor frequência entre respondentes entre 18 e 34 anos. Este hábito de fazer pesquisa de preço é recomendável, já que um em cada dez consumidores (13,0%) admite que acaba gastando mais do que pode com as compras do Dia das Crianças. Perguntados se deixará de pagar alguma conta para presentear, a maioria (88,6%) disse que não. Na contramão, 8,0% disseram que sim, sobretudo as pessoas das classes A/B (13,1%). Para estes casos, o SPC Brasil e a CNDL alertam que mesmo em datas comemorativas, os consumidores só devem ir às compras se o orçamento permitir e se o consumidor não possuir contas em atraso. Para quem está inadimplente, mesmo que os valores dos presentes possam parecer inofensivos, todo esforço deve ser direcionado ao pagamento das dívidas. Já para quem está com as contas em dia, a palavra de ordem é planejar os gastos, pesquisar preços e pagar à vista, orienta Vignoli. 13% ADMITEM QUE ACABAM GASTANDO MAIS DO QUE PODEM COM AS COMPRAS DO DIA DAS CRIANÇAS 12

13 CONCLUSÕES Mesmo diante de um cenário de incertezas, a pesquisa reforça a tendência de recuperação da economia brasileira calcada na reação do mercado de trabalho, na manutenção das taxas de juros em níveis baixos e no aumento do consumo das famílias, que subiu 1,4% no segundo trimestre deste ano, após nove trimestres de retração 1. Dessa forma, se depender da intenção dos consumidores, a maioria dos brasileiros (75,3%) deve ir às compras para presentear no Dia das Crianças, o que segundo o SPC e a CNDL, deve movimentar aproximadamente R$ 9,7 bilhões na economia brasileira. No entanto a retomada ainda é precedida de ponderação: o brasileiro vai presentear com um tíquete médio de R$ 194, sendo que a maioria pagará à vista (60,9%) e fará pesquisa de preço (77,5%) o que revela um movimento de cautela no consumo. Para a CNDL e o SPC Brasil, a tomada de hábitos de consumo consciente são essenciais frente à data, recheada de elementos emocionais e influências externas na escolha dos produtos: 89,2% dos adultos acreditam no poder da publicidade infantil e 87,0% acreditam na capacidade de influência de terceiros (colegas de escola, vizinhos e parentes) na escolha do presente da criança. Além disso, a adoção desses comportamentos responsáveis minimizam o risco da inadimplência, prejudicial tanto para consumidores, quanto para lojistas. Dessa forma, os especialistas financeiros reforçam que o consumidor presenteie, porém saiba conciliar as possibilidade financeiras com as vontades da criançada. 1 Segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativo ao Consumo das Famílias, divulgado em setembro de

14 METODOLOGIA PÚBLICO-ALVO MÉTODO DE COLETA TAMANHO AMOSTRAL DA PESQUISA DATA DE COLETA DOS DADOS Consumidores das 27 Pesquisa realizada via 798 casos em um primeiro 5 a 18 capitais brasileiras, coleta pessoal e pós- levantamento para identificar de setembro homens e mulheres, ponderada por sexo, o percentual de pessoas de com idade igual ou idade, estado, renda com intenção de comprar maior a 18 anos, e escolaridade. presentes no Dia das Crianças. de todas as classes Em seguida, continuaram a econômicas (excluindo responder o questionário 600 analfabetos) e que casos, apenas os que tinham a pretendem comprar intenção de comprar presente. presentes no Dia Resultando, respectivamente, das Crianças. uma margem de erro no geral de 3,5 p.p e 4,0 p.p para um intervalo de confiança a 95%. 14

15