DESAFIOS DA POLÍTICA DA HABITAÇÃO EM ESPANHA
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- Ana Santana Azenha
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1 DESAFIOS DA POLÍTICA DA HABITAÇÃO EM ESPANHA Manuel Fortea Luna, Arquitecto José Luis Azkarate, Arquitecto LKS
2 Alguns aspectos e desafios da política de habitação em Espanha, observados à margem do paradigma do crescimento.
3 1 A transformação da Espanha Rural
4 1 - A transformação da Espanha Rural Guerra Civil Espanhola
5 1 - A transformação da Espanha Rural Transformação da Espanha Rural em Urbana Muitas cidades duplicaram e triplicaram o seu tamanho numa década. Esta transformação, cinquenta anos depois, representa um desafio de renovação urbana em muitos bairros dessas cidades, representa também um desafio de sobrevivencia para os territorios de onde partiram esses emigrantes.
6 1 - A transformação da Espanha Rural 1975 Morte de Franco, início do período democrático, e das comunidades autónomas Descentralização das competências estatais na habitação e no urbanismo. Protagonismo das Câmaras Municipais na nova etapa.
7 2 A política de habitação protegida, ou de protecção oficial
8 2 - A política de protecção oficial Uma política à medida da migração dos territorios de tradição rural às cidades. o período autárquico. Promoção de habitação directa do Estado a través do INV (Instituto de Nacional de Habitação). Prima pela quantidade. Com opções de aluguer e renda reduzida. o A partir de 1955 incorpora-se a iniciativa privada na promoção. Orientação radical em direcção à propriedade. 1963: Habitação de protecção oficial, ou VPO. Preços bonificados. o Permanência até hoje dos conceitos de habitação protegida, nas diferentes políticas de habitação.
9 2 - A política de protecção oficial Conceitos actuais da Habitação Protegida: Regime Especial Regime Geral Regime Concertado < de rendimentos familiares < de rendimentos familiares < de rendimentos familiares Comparativo aproximado de preços de habitação: 1 habitação livre = 2 concertadas = 3 especiais. Duração do regime de protecção do preço: 30 anos se promoção privada, e permanentes, se o solo está destinado no plano urbanístico a habitação protegida.
10 2 - A política de protecção oficial o Regulação legal actual da Habitação Protegida em Espanha: A través do RDL 2/2008 TR Lei do solo, como mínimo, o plano urbanístico deve cualificar para nabitação protegida 30% dos novos solos. o As comunidades autónomas podem legislar maiores percentagens de qualificação, por ejemplo: Madrid: 50 % Murcia 10 % (*) Catalunha: 30 % País Valenciá 30 % País Basco: 75 % Andalucía 30 % Extremadura: 25 % (*) Navarra: 50 % o A % de qualificação do solo para habitação protegida, incide muito no preço final do solo.
11 3 ESPECULAÇÃO DO SOLO, BOOM DO TIJOLO E CRISE
12 3 Especulação do solo BOOM do tijolo e crise Período : o o 5,5 milhões de novas habitações construídas em Espanha. 173 % de incremento do preço médio, y 30% de incremento medio de sálarios. (Julio Rodríguez, ex presidente do Banco Hipotecario e analista) Desde el 2007: o o Rebentamento brusco da bolha. Afectação generalizada da banca. Espanha experimentou os efeitos de um mercado imobiliário totalmente liberalizado, com a combinação, muitas vezes nefasta, de todo o solo é urbanizável e a do Agente Urbanizador.
13 4 SINGULARIDADES DO CASO ESPANHOL
14 4 Singularidades do caso Espanhol o Espanha é um país de proprietários. A Habitação em propriedade representa uma forma de poupança e investimento das familias. o Não existem alternativas significativas para o arrendamento, um dos problemas crónicos da política de habitação espanhola. o Conjuntura do sector imobiliário em queda livre, sem lugar para o optimismo: Queda de preços e vendas na nova habitação. Queda de preços, e descida mais acentuada de vendas, na habitação em segunda mão. Dificuldade para obtenção de crédito, até para a habitação oficial protegida (VPO). Famílias sobre-endividadas. Empresas imobiliárias falidas. Empresas bancárias convertidas, por via dos acontecimentos, em empresas imobiliárias. o Cerca de 2 milhões de habitações construídas ou em construção, sem perspectiva de venda e a pesar de tudo isso, os planos de habitação das administrações, continuam no sentido de se construir mais habitação, protegidas, mas mais habitação
15 5 O PARADIGMA DO CRESCIMENTO INDEFINIDO
16 O problema da habitação se resolve com a promoção massiva da habitação nova O problema do tráfago, com mais estradas e mais automóveis (re) Habitar LISBOA Provavelmente, todas as habitações que necesitamos em Espanha, já estão construídas. 5 O paradigma do crescimento indefinido. Impactos do crescimento das cidades no território (O impacto da NO política), e nas próprias cidades (nos bairros fragéis).
17 As visões à margem do paradigma, são muito difíceis de perceber: É o caso da urgente necessidade de recuperação do parque habitacional dos anos em Espanha: aproximadamente 6 milhões muito menos evidente, mas estaremos perante outra bolha? (re) Habitar LISBOA 5 O paradigma do crescimento indefinido.
18 6 DESAFIOS PARA UMA POLÍTICA URBANA E DE HABITAÇÃO EM ESPANHA
19 6 Desafios para uma política urbana e de habitação Algumas perguntas prévias: o Como substituimos os bairros residenciais dos anos nas nossas cidades? o Substituição, ou melhor recuperação? o Durarão mais estes edificios do que as hipotecas? o Qual é o seu ciclo de vida? Podemos multiplicar por dois ou por três esse ciclo? o Serão possíveis as políticas de poupança de energia nos tecidos residenciais consolidados? Em que valores? Podemos cegar a 50% de poupança? o Como incentivamos e financiamos estas políticas de recuperação sistemática? o Como as gerimos? Não sabemos bem (Nós os urbanistas só sabemos crescer). Representa toda uma fronteira disciplinar.
20 6 Desafios para uma política urbana e de habitação O novo Plano Estatal promulgado pelo Ministério Espanhol, se titula de Habitação,e pela primeira vez, de Recuperação. As políticas de recuperação foram desenhadas para um princípio de conservação do património edificado com interesse cultural. Posteriormente, estas políticas orientaram-se também para a recuperação social dos centros históricos e para alguns bairros fragéis das cidades. Hoje em dia, é imprescindivel multiplicar e extender o saber fazer da gestão da recuperação, para a atenção sistemática dos bairros residenciais com mais de 30 anos de antiguidade: 6 milhões de habitações em Espanha. A de recuperação, é para além disso, uma política de habitação coerente tanto no meio rural, como no meio urbano.
21 (Re) Habitar LISBOA Superemos o paradigma do crescimento das políticas de habitação. Contemplemos os problemas reais, derivados do envelhecimento dos edificios residenciais, que afectam muitos bairros e millares de habitantes de povoações e cidades. Imaginemos soluções de recuperação, em todas as escalas. Imaginemos uma nova gestão mais sustentable das políticas urbanas e de habitação. Tão creativa como resulte necessária.
22 GRATOS PELA SUA ATENÇÃO Manuel Fortea Luna, Arquitecto José Luis Azkarate, Arquitecto LKS
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