ANÁLISE DE RECÉM-NASCIDOS COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM.
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- Luiz Henrique Palha Palmeira
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1 ANÁLISE DE RECÉM-NASCIDOS COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O CUIDADO DE ENFERMAGEM. Karina Xavier de Carvalho (Apresentador) 1, Marieta Fernandes Santos (Orientador) 2 Rosane Meire Munhak da Silva (Orientador) 3 Curso de Enfermagem 1 (karinaxcarvalho@hotmail.com) Curso de Enfermagem 2 (marieta_fs@yahoo.com.br) Curso de Enfermagem 3 (zanem2010@hotmail.com) Palavras-chave: Insuficiência Renal Aguda; Recém Nascidos; Diálise Peritoneal; Enfermagem. Introdução O período neonatal compreende os primeiros vinte e oito dias de vida do recém-nascido, ou seja, as primeiras quatro semanas após o nascimento. O período neonatal precoce envolve os primeiros sete dias de vida, já o período neonatal tardio as três semanas subsequentes (JÁCOMO; JOAQUIM; LISBOA, 1999). Neste período os recém-nascidos encontram-se suscetíveis a doenças devido à imaturidade de seu organismo, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é um ambiente onde concentra uma equipe treinada e equipamentos sofisticados para trata-los com eficiência (EINLOFT et al.,1996). Entre as patologias que colocam recém-nascidos a risco de vida, pode-se citar a insuficiência renal, a qual é definida pela incapacidade dos rins para excretar subprodutos, levando ao aumento da concentração de urina e eletrólitos. Pode ocorrer como um súbito déficit da função renal em resposta a uma perfusão inadequada, doença renal ou obstrução do trato urinário, ocasionando um acúmulo de toxinas, denominado Insuficiência Renal Aguda (IRA) (WONG, 1999; EINLOFT et al., 1996). A IRA ocorre a partir da investigação de fatores sugestivos de que os rins estão incapazes de realizar a regulação do volume e a composição da urina em relação à ingestão dos alimentos e líquidos necessários ao organismo. Caracterizada pela oligúria, associada à azotemia que refere-se ao acúmulo de produtos nitrogenados no sangue, acidose metabólica e distúrbios eletrolíticos, como: alterações no metabolismo do potássio, hipernatremia, hipomagnesemia, hipofosfatemia, além de hematúria, proteinúria, uréia e creatinina sérica elevadas (WONG, 1999; JÁCOMO; JOAQUIM; LISBOA, 1999). Um percentual significativo de crianças que apresentam um quadro de IRA serão submetidas à métodos dialíticos. A diálise peritoneal trata-se porem da administração de solução de glicose e eletrólitos diretamente na cavidade peritoneal através de um cateter de silicone. A cavidade peritoneal possui uma membrana semipermeável que possibilita a troca de solutos através de osmose e difusão (EINLOFT et al., 1996).
2 Partindo da premissa que, a mortalidade entre neonatos que evoluem ao quadro de IRA é bastante elevada, é relevante pensar que a equipe de enfermagem prestadora dos cuidados deve estar preparada tecnicamente para assistir essas crianças, enfatizando sempre medidas humanísticas. Esta equipe encontra-se diariamente com questões relacionadas à morte e a doenças, estes profissionais utilizam mecanismos de defesa para que possam encarar os problemas, juntamente com cargas horárias prolongadas e problemas que acometem o ambiente de trabalho, podendo desencadear problemas psíquicos e prejudicar o serviço de enfermagem (OLIVEIRA et al.,2007). Em um contexto geral, torna-se necessário uma pesquisa que viabilize a análise de casos de IRA em recém-nascidos, contribuindo para com a apresentação de dados epidemiológicos para futuros investimentos e novas descobertas tecnológicas e humanitárias no processo de cuidar. As concepções da equipe de enfermagem como cuidadores destes neonatos em relação à assistência em diálise peritoneal poderá colaborar para o incentivo a capacitação profissional mediante as dificuldades descritas no âmbito de seu trabalho. Objetivos Analisar os prontuários de recém-nascidos que apresentaram Insuficiência Renal Aguda e estiveram internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, e descrever a evolução clínica dos mesmos e com isso contextualizar as dificuldades que os profissionais de enfermagem encontram ao assistir um recém-nascido com Insuficiência Renal Aguda. Materiais e métodos Propõe-se um estudo descritivo, retrospectivo, transversal com abordagem qualitativa e quantitativa. A coleta foi realizada em prontuários de pacientes que permaneceram internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do hospital Ministro Costa Cavalcanti, no período de janeiro a dezembro de 2007, que apresentaram IRA. Em seguida, propõe-se uma entrevista com profissionais de enfermagem que atuam na UTIN da mesma instituição. Conforme consta na legislação de pesquisa com seres humanos foi utilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), entregue individualmente, durante a aplicação do questionário. Além disso, conforme as normas da Resolução 196/96, o presente estudo foi submetido à análise do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Estatual do Oeste do Paraná/UNIOESTE, sendo aprovado sob número 1368/2011. Resultados e Discussão No período de ano de 2007 foram avaliados 243 prontuários de recém nascidos, os quais derem entrada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
3 Dos prontuários analisados foram encontrados 2 pacientes que apresentaram o quadro de Insuficiência Renal Aguda, portanto foi realizado o estudo dos casos com base nas anotações descritas nos prontuários. Nos dois casos o RN apresentou como diagnostico de internação uma gastrosquise que caracteriza-se por uma fenda que abrange toda a parede abdominal excluindo a envoltura ao cordão umbilical, de modo que o defeito invariavelmente localiza-se no lado direito do cordão. A maior parte do conteúdo abdominal pode transbordar através desta fenda sem apresentação de membrana peritoneal para recobrir o conteúdo (PATRONI et.al., 2000). No primeiro caso, RN de P.V.L., nasceu de parto normal, a mãe era primigesta com bolsa integra, o neonato era do sexo masculino e apresentou Apgar de 9 no primeiro minuto e de 15 no quinto minuto. Seu peso ao nascer era de 2,800gr, o mesmo apresentou a IRA no 13 dia de internação, foram administrados medicamentos para reverter o caso, o diurético de maior escolha era a furosemida que atua como diurético de alça. O neonato evoluiu a óbito devido à sepse. No segundo caso RN de V.L.C., nasceu de parto cesárea, a mãe era multigesta, o neonato era do sexo masculino e atingiu Apgar de 9 no primeiro minuto e de 10 no quinto minuto. O peso ao nascer era de 3,860gr, o mesmo apresentou IRA no 3 dia de internação, foram administrado medicamentos para reversão do caso, o medicamento de maior escolha também tratou-se da furosemida. O neonato evoluiu a óbito devido choque séptico, insuficiência respiratória e como consequência a IRA. A segunda parte da pesquisa esta em processo de coleta de dados, por isso não pode ser relatada neste trabalho. Conclusões ou Considerações Finais Acreditamos que esta pesquisa, além de fornecer números e informações importantes para posteriores estudos, instigue também o interesse de novas descobertas nessa área, para que haja o desenvolvimento de novos projetos para diminuir os índices de morbimortalidade. Espera-se também demonstrar as principais dificuldades que os profissionais de enfermagem encontram ao cuidar destes neonatos, instigando acadêmicos e profissionais da área de enfermagem a colocar em prática novos conceitos técnicos, mas principalmente humanísticos. Referências EINLOFT, L.; ZEN, J.; FUHRMEISTER, M.; DIAS, V. Manual de Enfermagem em UTI pediátrica. Porto Alegre-RS: Editora MEDSI, JÁCOMO, A. J.; JOAQUIM, M. C.; LISBOA, A. M. Assistência ao recémnascido Normas e Rotinas. 3ª ed. São Paulo: Editora Atheneu, 1999.
4 OLIVEIRA, B. R. G.; LOPES, T. A.; VEIRA, C. S.; COLLET, N.; O Processo de Trabalho da Equipe de Enfermagem na UTI Neonatal e o Cuidar Humanizado. Florianópolis, WONG, D. L.; Enfermagem Pediátrica Elementos Essenciais à Intervenção Efetiva. 5ª Edição, Rio de Janeiro-RJ: Editora Guanabara Koogan, PATRONI, L.; BRIZOT, M. L.; MUSTAFÁ. S. A.; CARVALHO, M. H. B.; SILVA, M. M.; MIYADAHIRA, S.; ZUGAIB, M.; Gatrosquise: Avaliação Pré- Natal dos Fatores Prognósticos para Sobrevida Pós Natal. Rer. Bras. Ginecol. Obstet. Vol.22, n 7, Rio de Janeiro. Agradecimentos Gostaria de registrar agradecimentos a orientadora Marieta Fernandes Santos e orientadora Rosane Meire Munhak da Silva pelo apoio e compreensão, bem como gostaria de agradecer a equipe do arquivo do hospital Ministro Costa Cavalcanti que contribuíram para que esta pesquisa se realiza-se.
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