DIREITO PENAL. Os Crimes Praticados por Funcionário Público Contra a Administração

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1 DIREITO PENAL 21 Os Crimes Contra a Administração Pública Os Crimes Praticados por Funcionário Público Contra a Administração Introdução Administração Pública: É toda a atividade dos órgãos públicos, quer seja no Legislativo, Executivo ou Judiciário. Crimes Funcionais: Praticados por quem exerce função pública. Outros crimes praticados por funcionários públicos: a) arts. 300 e 301 do CP; b) crimes descritos pela Lei 8.666/93. Crimes Funcionais Próprios e Impróprios: a) próprios (típicos): quando possuem a qualidade elementar do tipo, se não for cometido por funcionário público ocorre a atipicidade absoluta, ou seja, o fato deixa de ser considerado como crime (ex.: prevaricação); b) impróprios: na falta da qualidade elementar do tipo ocorre a atipicidade relativa, onde o fato não deixa de ser considerado crime (ex.: peculato, se não for cometido por funcionário público o que se verifica é o crime de apropriação indébita). Defesa Preliminar: No processo penal, segundo o art. 514 do CPP notifica-se o funcionário público para que apresente a defesa preliminar, se o juiz entender que há crime, então oferece a denúncia. pág. 1

2 Peculato Art Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Protege-se a moralidade e probidade administrativa. E secundariamente o interesse patrimonial público e privado. Funcionário público. O Estado e o particular. 1) A conduta típica do peculato próprio envolve duas formas: a) a apropriação - peculato apropriação ; b) o desvio - peculato desvio : desvio é dar outra destinação (ex.: funcionário empresta dinheiro recolhido de da arrecadação de impostos a outra pessoa).!! Se houver desvio dentro da própria administração ocorre o descrito no art. 315 (emprego irregular de verbas ou rendas públicas). O peculato de uso pelo entendimento jurisprudencial não é punido. No peculato apropriação é preciso que haja o ânimo da posse definitiva. Todavia, no peculato desvio não importa o ânimo (entendimento da doutrina, a jurisprudência diverge). 2) O objeto material do crime é dinheiro, valor, bem público ou particular (na mão de obra e serviços não se observa a tipificação). Para que ocorra o peculato é necessário que o funcionário público tenha a posse e a tenha em razão do seu cargo. Quando se tratar de bem particular é necessário que ele esteje sob a guarda da administração. O dolo é o ânimo de apoderamento definitivo. Consuma-se o crime quando o funcionário passa a se comportar como se dono fosse. Admite-se a tentativa. Peculato Furto: Existe quando: a) é funcionário público; b) não tem a posse; c) subtrai ou concorre na subtração praticada por outrem. pág. 2

3 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato Culposo: Pune-se aqui o funcionário que por negligência, imprudência ou imperícia, concorre para a prática de crime de outrem, seja também funcionário ou particular, desde que tenha a posse ou a detenção do objeto material. 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Peculato Mediante Erro de Outrem Art Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Noções Iniciais: Este crime tem correspondência com o art É também chamado de peculato-estelionato. Protege-se: a) a administração pública - moralidade, probidade e integridade; b) o interesse patrimonial. Só pode ser o funcionário público. O particular pode figurar como partícipe. É o Estado e o particular lesado. A conduta típica é apropriar-se do bem material, em razão do cargo e que esta apropriação tenha origem no erro de alguém. O dolo é a vontade de apoderar-se do objeto material, sabendo-se tratar de erro de outrem. O crime consuma-se quando o sujeito age como se dono fosse. Quanto à tentativa, a doutrina não é pacífica. pág. 3

4 Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações Art 313-A Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: Pena reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. Modificação ou Alteração Não Autorizada de Sistema de Informações Art. 313-B - Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programas de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: Pena detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 1º - É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 2º - É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: I (Vetado); II o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 3º - Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. 4º - O valor a que se refere o parágrafo anterior será ajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. Extravio, Sonegação ou Inutilização de Livro ou Documento Art Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, se o fato não constitui crime mais grave. Preservar a regularidade da atividade administrativa. É o funcionário público que tem a guarda (pode haver concorrência). É o Estado e o particular lesado. pág. 4

5 A conduta típica é extraviar, sonegar, inutilizar. O objeto material é o livro oficial ou qualquer documento, público ou particular.! Se o funcionário público exercer função fiscal, aplica-se o art. 3º, I, da Lei 8.137/90. O dolo é a vontade livre e consciente de realizar as condutas descritas no tipo. Consuma-se o crime com a realização das condutas. A tentativa é admissível nas modalidades de extravio e inutilização. Na sonegação, contudo, não é possível. Desvio de Verbas Art Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Protege-se a regularidade da atividade administrativa no que diz respeito à aplicação de verbas e rendas públicas. É o funcionário público que tem o poder de administrar os recursos.! A Lei 1079/70 trata dos crimes de Responsabilidade do Presidente da República. É o Estado. Há duas modalidades de conduta: a) emprego irregular de verbas públicas (quantia destinada à determinada aplicação); b) emprego irregular de rendas públicas (dinheiro percebido pela Fazenda Pública) O dolo é vontade de aplicar as rendas ou verbas públicas indevidamente. Consuma-se o crime com a aplicação efetiva das rendas ou verbas públicas. Admite-se a tentativa. pág. 5

6 Concussão Art Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. Protege-se a administração pública e o patrimônio do Estado. É o funcionário público (o ex-funcionário e o funcionário afastado também o são).! A lei 8137/90 definiu no art. 3 um crime de concussão especialmente praticados por funcionários públicos que lançam impostos. A conduta típica é exigir (impor, ordenar, intimar) a vantagem indevida. O dolo é a vontade de exigir para si ou para outrem a vantagem indevida. Consuma-se o crime no momento em que o sujeito passivo toma conhecimento da exigência. Excesso de Exação: Pune-se aqui duas modalidades distintas: a) exigir indevidamente tributo ou contribuição social; b) empregar na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. Desvio: 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. pág. 6

7 Corrupção Passiva Art Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. Noções Iniciais: É o chamado de comércio da função pública. Protege-se: a) a administração pública; b) o interesse patrimonial (quando não é autor de corrupção ativa). É o funcionário público nos limites das suas atribuições. É o Estado. A conduta típica é solicitar vantagem, receber ou aceitar promessa. O dolo é a vontade de solicitar ou receber para si ou para outrem a vantagem indevida. O crime consuma-se no momento em que a solicitação chega ao conhecimento do terceiro, ou em que o funcionário recebe a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega. Há entendimento que só é possível a tentativa no caso de haver um solicitação por carta e esta ser interceptada. Forma Qualificada: 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. Forma Privilegiada: Cedendo a pedido (não há dinheiro). 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.! Vide Lei 8.137/90 - art. 3., inciso II. pág. 7

8 Facilitação de Contrabando ou Descaminho Art Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. Noções Iniciais: Contrabando é o comércio de mercadoria proibida e descaminho é a fraude no pagamento de impostos. Protege-se a Administração Pública. É o funcionário público que tem o dever de fiscalizar o contrabando ou de cobrar os impostos alfandegários. É o Estado. A conduta típica é facilitar (tornar viável, auxiliar) o descaminho ou contrabando. A conduta pode ser uma ação ou uma omissão. Tipo Normativo: Elemento normativo do tipo é: com infração de dever funcional. O dolo é a vontade de facilitar o contrabando ou o descaminho com a consciência de violar dever funcional. Consuma-se o crime com a realização da conduta, comissiva ou omissiva, de facilitação. A tentativa é admitida somente na forma comissiva. Prevaricação Art Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Protege-se a Administração Pública. É o funcionário público. pág. 8

9 É o Estado e o particular que vier a sofrer prejuízo. 1) A conduta típica é retardar, deixar de praticar, omitir. Porém a certos casos em que não há o crime: a) se por acaso o funcionário deixa de adotar ato de ofício contra si mesmo, não está prevaricando - ninguém está obrigado a fazer prova contra si mesmo ; b) se houver por parte do agente erro de interpretação da norma, não há crime; c) se houver uma certa discricionariedade, também não há crime. 2) O objeto material é ato de ofício (atribuição). O dolo é a vontade livre e consciente de retardar, deixar de praticar ou praticá-lo contra disposição expressa de lei. É necessário que o agente saiba que está agindo indevidamente e com a finalidade de satisfazer interesse ou sentimento pessoal. O crime consuma-se com a omissão, retardamento ou a realização do ato. A tentativa é admitida somente na forma comissiva. Condescendência Criminosa Art Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa. Noções Iniciais: É uma modalidade especial de prevaricação. Protege-se a Administração Pública. É o funcionário público. É o Estado. A conduta típica é: a) deixar de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo; b) não levar o fato cometido pelo subordinado, quando a iniciativa da apuração de sua responsabilidade não é de sua competência, a conhecimento da autoridade competente. pág. 9

10 O dolo é a vontade livre e consciente dirigida às condutas omissivas. O crime consuma-se com a simples conduta negativa. Não é admitida a tentativa. Advocacia Administrativa Art Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da multa. Protege-se a administração pública (moralidade, bom andamento dos serviços). É o funcionário público. É o Estado. A conduta típica é patrocinar interesse privado, podendo ser: a) formal e explícito ou dissimulado; b) direto (quando ele mesmo o faz) e indireto (quando existe uma terceira pessoa).! Vide Lei 8.137/90, art. 3., inciso III: específico na ordem tributária (a pena é maior). Vide Lei específico na área de licitação. O dolo é a vontade livre e consciente de patrocinar interesse privado junto à Administração Pública. Consuma-se o crime com a realização do primeiro ato de patrocínio, independentemente do funcionário obter algum resultado pretendido. Admite-se a tentativa. pág. 10

11 Violência Arbitrária Art Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da pena correspondente à violência. Noções Iniciais: Lei 4.898/65 - Lei de Abuso de Autoridade: O STF e o TJ/SP entendem que não foi revogado este artigo. O Tacrim/SP (também Damásio, Mirabete e Fragoso) entende que foi revogado. Protege-se: a) o Estado; b) a incolumidade física. É o funcionário público. É o Estado e a pessoa sujeita ao abuso do funcionário. A conduta típica é praticar violência, no exercício da função ou a pretexto de exercê-la. O dolo é a vontade livre e consciente de praticar o ato violento com a consciência da ilegitimidade da conduta. Consuma-se o delito com a prática da violência (vias de fato, lesão corporal ou homicídio). Admitese a forma tentada. Abandono de Função Art Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa. Protege-se a administração pública (continuidade e regularidade). É o funcionário público em exercício de cargo público. É o Estado. pág. 11

12 A conduta típica é abandonar (retirar-se, afastar-se) totalmente, só configurando o crime se houver prejuízo para a administração. O prazo para configuração é o prazo em que aflora o dano para a administração. Tipo Normativo: Encontra-se na expressão: fora dos casos permitidos em lei. O dolo é a vontade livre e consciente de abandonar o efetivo exercício do cargo público, abrangendo o conhecimento da irregularidade da conduta e da probabilidade do dano à Administração Pública. Consuma-se o crime com o afastamento do exercício do cargo público por tempo juridicamente relevante. Não admite tentativa (forma omissiva). Formas Qualificadas: 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Exercício Funcional Ilegalmente Antecipado ou Prolongado Art Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa. Protege-se a administração pública (moralidade e regularidade). É o funcionário público. É o Estado. A conduta típica é entrar no exercício de função antes de satisfeitas as exigências (nomeação) ou continuar na função pública depois de saber oficialmente estar exonerado, substituído, suspenso ou removido. O dolo é a vontade livre e consciente de antecipar o início da atividade funcional ou prosseguir no exercício da função pública. pág. 12

13 O crime consuma-se com a realização do primeiro ato de ofício indevido. Admite-se a tentativa. Violação de Sigilo Funcional Art Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. 1º - Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: I permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; II se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. 2º - Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: Pena reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. Noções Iniciais: A Lei 7.160/83 (Lei de Segurança Nacional), em seus arts. 13, 14 e 21 é tratado da quebra de segredo que ofende a segurança nacional. A Lei 6.453/77 trata da quebra de sigilo no âmbito de energia nuclear. Protege-se o sigilo dos atos administrativos. É o funcionário público em razão do cargo.! Se um funcionário escuta por acaso o fato, não configura crime, por este não saber em razão do cargo. Se o funcionário sabe em razão do cargo e depois de exonerado fala configura o crime do art. 154 e não este (o mesmo não acontece com o aposentado e o colocado em disponibilidade que praticam este crime). 1) A conduta é revelar (contar para alguém), ou facilitar a revelação. 2) O objeto material é fato que deva permanecer em segredo: aquilo que tem relativo interesse público, que se revelado causa dano à administração. Consuma-se o crime com o ato da revelação do segredo ou de sua facilitação. Só há tentativa se houver a interceptação da transmissão do segredo por escrito de pessoa que já tenha conhecimento do mesmo. pág. 13

14 Violação do Sigilo de Proposta de Concorrência Art Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: Pena - Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. Noções Iniciais: Este crime está atualmente regulado pela Lei 8.666/93 em seu art. 94. Conceito de Funcionário Público Funcionário Público: Art Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. Exemplos de funcionários públicos para o Direito Penal: a) serventuário de cartório não oficial; b) guarda noturno; c) Presidente da República; d) inspetor de quarteirão; e) jurado (art. 438 do CPP).! Curadores, tutores, síndicos de falência, inventariantes e concessionários de serviços públicos não são considerados como funcionários públicos, pois há envolvido um interesse privado e não público. 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. Entidade Paraestatal: A doutrina tradicional adota uma interpretação restritiva (somente funcionários de autarquias são tidos como funcionários públicos). As decisões recentes do STF vem caminhando a equiparar os funcionários de empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. pág. 14

15 Os Crimes Praticados por Particular Contra a Administração em Geral Usurpação de Função Pública Art Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Protege-se a administração Pública no que toca à normalidade e ao funcionamento. Pode ser qualquer pessoa, até o funcionário desde que pratique função alheia ao seu cargo. É o Estado e o particular. A conduta típica é usurpar, ocupar indevidamente. Quatro situações que podem elidir o crime: a) autorização legal para proceder ato de ofício - ex.: prisão em flagrante por particular; b) colaborando com o funcionário competente para o ato; c) a função pública não existe; d) discussão quanto à legitimidade da investidura no cargo.! Se o agente apenas se apresenta como funcionário público, sem praticar ato de ofício, é contravenção penal (art. 45). O dolo é a vontade de usurpar a função pública. Porém, afasta o dolo se não há o animus de usurpar ou se ocorre erro de tipo. O crime consuma-se com a realização do ato de ofício. Admite-se a tentativa. Parágrafo Único e Estelionato: Diferem-se estas duas modalidades, aplicando-se: a) o parágrafo único quando o agente se identifica e pratica um ato de ofício; b) o estelionato quando o agente se identifica, mas não pratica um ato de ofício (acresça-se o art. 45 da LCP). pág. 15

16 Resistência Art Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos. Protege-se a Administração Pública (prestígio, autoridade). Pode ser qualquer pessoa. É o funcionário público e terceiro se estiver colaborando com este. A conduta típica é opor-se mediante violência ou ameaça. A violência pode ser: a) vias de fato; b) lesão corporal; c) tentativa de homicídio; d) homicídio. O dolo é a finalidade de obstar-se. Resistência Passiva: É aquela que mesmo tendente a evitar a execução do ato legal, não se reveste de violência ou ameaça a pessoa (não configura o crime de resistência, mas outro). Ex.: recusa em entrar no carro da polícia, deitar no chão ou se agarrar em um poste para não ser preso.! Aquele que foge, ou tenta fugir, sem violência ou ameaça, pratica o crime de desobediência. É um crime formal, se consuma com a mera violência ou ameaça empregada. A tentativa é admissível. Forma Qualificada: 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Concurso de Crimes: Parágrafo segundo (regra) - concurso material e não formal. 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. pág. 16

17 Quando se está no meio de crime de roubo há entendimento que o crime é o do art ! Vide art. 4o da Lei 1.579/52 (impedir ou tentar impedir mediante violência ou grave ameaça regular funcionamento de CPI ou membro desta), a pena será a mesma do art. 329 do CP. Vide também o art. 326 do ECA. Desobediência Art Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa. Protege-se a Administração Pública (prestígio e dignidade). Pode ser qualquer pessoa. Porém no caso de funcionário público há três entendimentos: a) não pode nunca; b) pode sempre; c) só poderá ser se estiver fora do exercício da função. É o Estado e o próprio funcionário público. 1) A conduta típica é a ação é desobedecer à ordem legal de funcionário público. 2) O objeto material é a ordem: a) a ordem deve ser individualizada, expressa e dirigida a quem tenha de cumpri-la; b) o ordenamento deve exigir o seu cumprimento; c) quanto à ordem que tem por fundo não uma lei, mas uma portaria, regulamento, aviso ou edital, o entendimento dominante é de que não há crime; d) se a norma extra-penal determinar sanção administrativa ou civil, o sujeito só poderá ser processado por desobediência se a norma extra penal ressalvar esta possibilidade (ex.: art. 219 do CPP). O dolo é a vontade livre e consciente de desobedecer à ordem do funcionário público, abrangendo o conhecimento de sua legalidade. Existem duas formas: a) por omissão: se consuma quando escoar o prazo, não há tentativa (quando não houver prazo para o cumprimento, entende-se o tempo razoável e juridicamente relevante); b) por ação: há possibilidade de tentativa. pág. 17

18 Desacato Art Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa. Protege-se a Administração Pública (prestígio, dignidade e presunção de autoridade). Pode ser qualquer pessoa, porém a jurisprudência adota, no caso de funcionário público, quatro correntes: a) não comete desacato nunca; b) quando o funcionário está despido da qualidade ou fora do exercício funcional comete o crime; c) há desacato somente na ofensa de inferior contra superior hierárquico; d) comete o crime em qualquer hipótese. A doutrina adota duas correntes: a) Nelson Hungria diz que há desacato somente na ofensa de inferior contra superior hierárquico e caso aconteça o contrário (superior hierárquico ofende o inferior), constitui o crime de abuso de função; b) a doutrina mais recente (Mirabete, Fragoso, Damásio) adota a tese em que o funcionário público comete o crime em qualquer hipótese.! Advogado na defesa de causa em juízo: não responde este por crime de difamação e injúria, mas responde por crime de desacato, embora haja a Lei 8.906/94, art. 7 o, 2 o, que acrescenta a imunidade, esta se encontra suspensa pela ADIN 1.127/8. É o Estado e o funcionário público. 1) A conduta típica é ofender, desacatar, humilhar; e seja relacionada à atividade funcional. Pode ser uma violência moral ou física.! Se o desacato for praticado por: vias de fato, lesão corporal, injúria, difamação ou ameaça; tudo fica absorvido pelo crime de desacato. Não se absorve, porém, a lesão corporal grave (acumula) e a calúnia (tratamento diferenciado). Mesmo se a ofensa for dirigida a vários funcionários públicos, há um só crime de desacato. Se a ofensa é dirigida à instituição e não funcionário público, o fato não configura o crime de desacato. 2) O objeto material do crime é o funcionário público. Só há o crime de desacato se for na presença do funcionário público, se este não estiver presente há o crime de injúria e não desacato. O dolo é específico. Afasta-se o dolo em razão de: pág. 18

19 a) estado anímico do agente: só há dolo se for ânimo calmo e refletido, quando em estado de cólera, não há dolo; b) reação justificada em face da situação do fato: quando o ato do funcionário público for ilegal ou injusto, quando o funcionário público der causa a reação ou quando o ato funcional for irregular; c) embriaguez: quanto a esta, há três correntes, a primeira diz que não há dolo, a segunda diz que não afasta o dolo, mas a culpabilidade (art. 28 do CP) e a terceira diz que só a embriaguez voluntária ou culposa que tire completamente a capacidade volitiva do agente. O crime consuma-se no momento em que o sujeito realiza o ato ofensivo. Não há tentativa (mesmo que a agressão seja só tentada, o crime se consuma). Tráfico de Influência Art Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Protege-se a Administração Pública. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado. A conduta típica é exigir, cobrar, solicitar ou obter vantagem ou promessa a pretexto de influir em funcionário público. O dolo é a vontade livre e consciente dirigida à conduta ou ao engano da vítima, fazendo crer a ela que irá influenciar na atitude do funcionário, abrangendo a pretensão de obtenção de vantagem ou a promessa de sua obtenção. Nos verbos solicitar, exigir e cobrar o crime é formal, atingindo a consumação com a simples ação do sujeito. No verbo obter, crime material,o crime consuma-se no momento em que o sujeito obtém a vantagem ou sua promessa. Causa de Aumento de Pena: Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. pág. 19

20 Tráfico de Influência e Estelionato: Difere o tráfico de influência (específico) de estelionato (genérico). Corrupção Ativa Art Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 8 (oito) anos, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. Protege-se a moralidade da Administração Pública. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado. 1) A conduta típica é oferecer ou prometer vantagem a funcionário público, com o fim de determinálo a realizar, omitir ou deixar de praticar ato de ofício. 2) O objeto material é a vantagem de qualquer natureza (material ou moral) que se destina ao funcionário público.! Só há o crime de corrupção ativa se o feito for no futuro, se a vantagem é dada após o fato é corrupção passiva subseqüente. Se há entrega de dinheiro para a não realização de ato ilegal, só o sujeito passivo é que responde pela corrupção passiva. Só há crime de corrupção ativa se a pessoa entregou o dinheiro espontaneamente, ou no máximo atendendo a pedido ou sugestão do funcionário (são incompossíveis os arts. 316 e 333 do Código Penal). Tipo Normativo: Encontra-se na qualidade da vantagem: deve ser indevida. O dolo é a vontade livre e consciente de oferecer ou prometer a vantagem, com conhecimento de que é indevida e se endereça a funcionário público. O crime consuma-se no momento em que o funcionário toma conhecimento da oferta ou da promessa. Admite-se a tentativa na forma por escrito. pág. 20

21 Contrabando ou Descaminho Art Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Noções Iniciais: Há no tipo duas modalidades distintas: a) contrabando: exportação ou importação de mercadoria proibida; b) descaminho: exportação ou importação de mercadoria permitida, porém fraudando-se o pagamento do tributo devido. Protege-se o erário público e secundariamente a indústria brasileira. Pode ser qualquer pessoa. O funcionário público que participa do fato, facilitando-o com infração de dever de ofício, comete o delito do art. 318 do CP. É o Estado. 1) Há duas condutas incriminadas: a) contrabando; b) descaminho. 2) O objeto material é mercadoria, coisa móvel de qualquer natureza. O dolo é a vontade livre e consciente de praticar o contrabando ou descaminho. Há duas hipóteses distintas do momento consumativo: a) alfândega: no momento em que a mercadoria é liberada; b) outro local: no momento em que a mercadoria entra ou sai de nosso território. Contrabando ou Descaminho por Assimilação: 1º - Incorre na mesma pena quem: a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho; c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; pág. 21

22 d) adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. 2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em residências. Transporte Aéreo: Aumenta-se a pena nesta hipótese em razão da maior dificuldade de fiscalização. 3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo. Impedimento, Perturbação ou Fraude de Concorrência Art Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, além da pena correspondente à violência. Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida. Noções Gerais: Os tipos penais do art. 335 do CP estão hoje definidos nos arts. 93 e 95 da Lei de que lhes deram nova redação. Inutilização de Edital ou de Sinal Art Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto: Pena - detenção, de 1 (um) mês a 1 (um) ano, ou multa. Regular funcionamento da administração pública e prestígio do ato oficial. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado e o terceiro interessado. pág. 22

23 A conduta típica é rasgar, inutilizar (destruir), conspurcar (sujar ou emporcalhar) edital. Violar (abrir, romper) ou inutilizar selo ou sinal. O crime só ocorrerá dentro do prazo de validade do selo, sinal ou edital. O dolo é a vontade livre e consciente de importar ou exportar a mercadoria absoluta ou relativamente proibida ou dirigida à fraude no pagamento de direitos e impostos. O crime consuma-se com a ação. Admite-se a tentativa. Subtração ou Inutilização de Livro ou Documento Art Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave. Protege-se o regular funcionamento da administração pública. Pode ser qualquer pessoa, menos o funcionário público com função de guarda (art. 314 do Código Penal) e o advogado ou procurador (art. 356 do Código Penal). Se há intenção de lucro, o crime é o do art É o Estado e todos os terceiros interessados no documento. 1) A conduta típica é subtrair ou inutilizar. 2) O objeto material é livro oficial, processo ou documento público ou particular. O dolo é a vontade livre e consciente de realizar a conduta de subtrair ou inutilizar os objetos materiais, nas condições descritas no tipo. Não há a necessidade de finalidade especial. Se consuma o delito no momento em que o objeto material sai da esfera de vigilância do funcionário público ou particular, ingressando na disponibilidade do sujeito. Na modalidade de inutilização, com a sua efetivação, total ou parcial. Admite-se a forma tentada. pág. 23

24 Os Crimes Contra a Administração da Justiça Reingresso de Estrangeiro Expulso Art Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele foi expulso: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, sem prejuízo de nova expulsão após o cumprimento da pena. Protege-se o prestígio, a autoridade e a eficácia do ato de expulsão. É o estrangeiro, admitindo-se a participação de terceiro nacional, ainda que não expulso. É o Estado. A conduta típica é reingressar, voltar, entrar de novo no território nacional, após a expulsão. O dolo é a vontade livre e consciente de penetrar em nosso território sabendo estar expulso. Se consuma no instante em que o estrangeiro expulso penetra no território. Admite-se a tentativa. Denunciação Caluniosa Art Dar causa a instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. Protege-se a administração da justiça. Pode ser qualquer pessoa (advogado investido em mandato não responde). É o Estado e a vítima. pág. 24

25 A conduta típica é a imputação certa e determinada (dados que permitam a identificação do autor do fato). A conduta não precisa de formalidade, podendo ser feita oralmente. A conduta pode ser direta ou indireta: a) direta: por ofício ou oralmente; b) indireta: através da mídia, denúncia anônima, terceiro de boa fé ou maquinação astuciosa (fraude: cria uma situação falsa de crime para que a pessoa seje presa, por exemplo, A coloca um pacotinho de cocaína no paletó de B e chama a polícia).! Se o réu mente acusando outrem no interrogatório, não pratica o crime, pois se encontra em estado de necessidade. Se for testemunha responde pelo crime de falso testemunho. Configura o crime: a) quando o fato for falso; b) quando o fato for verdadeiro, mas a autoria é falsa; c) quando se imputa um crime mais grave do que o agente praticou (se for apenas qualificadora, não pratica); d) quando for fato típico e antijurídico. Não configura o crime: a) fato atípico, excludente da antijuridicidade ou causa de extinção da punibilidade; b) quando dá origem a sindicância, inquérito administrativo ou representação da corregedoria; c) requerimento para a instauração de inquérito por estelionato de cheque sem fundo prédatado. O dolo é a vontade livre e consciente de denunciar caluniosamente a vítima, sabendo ser inocente. Consuma-se o delito com a instauração da investigação policial ou o processo penal. Admite-se a tentativa.! Não se exige o arquivamento do inquérito policial, pode no mesmo inquérito da acusação falsa haver a apuração do crime de denunciação caluniosa. A retratação não elide o crime assim como o dolo superveniente (ex.: o agente fica sabendo depois que fulano é inocente e fica calado). Forma Qualificada: 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. Forma Privilegiada: 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção. pág. 25

26 Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção Art Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Protege-se a administração da justiça. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado. A conduta é comunicar a ocorrência de crime ou de contravenção. A comunicação pode ser verbal, ou por escrito, anônima ou com nome imaginário e deve ser falsa (não deve ter ocorrido).! Se aconteceu um roubo e o sujeito aponta um furto, não há crime, porém há se o fato apontado é essencialmente diferente (ex.: estupro e furto). O dolo é a vontade livre e consciente de provocar a iniciativa da autoridade pública pela comunicação da prática de um crime ou contravenção, sabendo ser inexistente. Consuma-se o delito com a ação da autoridade. Admite-se a tentativa. Auto Acusação Falsa Art Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, ou multa. Protege-se a administração da justiça. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado. pág. 26

27 A conduta típica é atribuir-se a prática de um crime inexistente ou que foi cometido por terceiro perante a autoridade (por qualquer meio). O dolo é a vontade livre e consciente de acusar-se da prática de crime que não existiu ou foi cometido por terceiro. Se consuma com a tomada de conhecimento da autoridade. Admite-se a tentativa só por escrito. Falso Testemunho ou Falsa Perícia Art Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. 1º - As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade de administração pública direta ou indireta. 2º - O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.. Protege-se a administração da justiça. Podem ser testemunhas, peritos, contadores, intérpretes ou tradutores. Não existe concurso de pessoas. As testemunhas podem ser: a) não compromissadas ou informantes (art. 206 e 208 do Código de Processo Penal); b) compromissadas (art. 207 do Código de Processo Penal); É o Estado. 1) A conduta consiste em: a) fazer afirmação falsa; b) negar a verdade; c) calar a verdade. 2) O objeto material é o fato e deve ter relevância jurídica no processo que pode ser: a) judicial (criminal, civil, trabalhista); b) inquérito policial; c) administrativo; d) juízo arbitral; e) inquérito parlamentar. pág. 27

28 ! Inexiste o delito quando: a) o agente mente para não se incriminar; b) o processo for anulado; c) o processo for extinto por fato atípico; d) o inquérito policial for arquivado. Se a pessoa realiza vários falsos testemunhos no curso do mesmo processo há um só crime. O dolo é a vontade livre e consciente de falsear a verdade ou de negá-la. A consumação para a doutrina e a jurisprudência ocorre com o encerramento do depoimento com a assinatura do agente. A falsa perícia consuma-se com a entrega do laudo. Admite-se a tentativa somente quando da entrega do laudo. Retratação: Na retratação não basta dizer que mentiu, é preciso dizer que mentiu e relatar a verdade. Suborno de Testemunha, Perito, Tradutor ou Intérprete Art Dar, oferecer, ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia,cálculos, tradução ou interpretação. Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta. Protege-se a administração da Justiça. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado e a pessoa lesada. 1) A conduta típica é: a) dar: entregar; b) oferecer: colocar a disposição; c) prometer: comprometer-se; 2) O objeto material é o dinheiro ou qualquer outra vantagem material ou moral. pág. 28

29 O dolo é a vontade livre e consciente de realizar a conduta típica. Crime formal. Consuma-se no momento em que o sujeito dá, oferece ou promete o objeto material, independente de qualquer resultado. Admite-se a tentativa só por escrito. Coação no Curso do Processo Art Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência. Protege-se a Administração da justiça e a incolumidade psíquica. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado e a pessoa lesada. A conduta típica é usar violência ou grave ameaça contra autoridade, parte ou qualquer pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, administrativo ou Juízo arbitral (não se exclui o inquérito policial). O dolo é a vontade livre e consciente de exercer a violência física ou moral contra as pessoas mencionadas com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio. Consuma-se o crime com o emprego da violência física ou a grave ameaça. Exercício Arbitrário das Próprias Razões Art Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa, além da pena correspondente à violência. Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa. Protege-se a administração da Justiça. pág. 29

30 Pode ser qualquer pessoa. É o Estado e a pessoa diretamente lesada. A conduta típica é fazer o cumprimento da justiça pelas próprias mãos, realizando uma ação tendente a satisfazer uma pretensão. O dolo é a vontade livre e consciente de fazer justiça pelas próprias mãos. É necessário, porém, que o agente tenha consciência da legitimidade da sua pretensão, caso contrário, deve responder pelo crime correspondente à sua ação (furto, lesão corporal). Consuma-se o crime no momento da realização da conduta que visa a satisfação da pretensão. Admite-se a tentativa. Furto, Supressão, Destruição ou Dano de Coisa Própria em Poder de Terceiros Art Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. Protege-se a administração da Justiça. É o proprietário do objeto material. É o Estado e a pessoa prejudicada. A conduta típica é tirar (subtrair), suprimir (fazer desaparecer), destruir ou danificar. O objeto material pode ser móvel ou imóvel. O dolo é a vontade livre e consciente de subtrair, suprimir, destruir ou danificar o objeto material que se encontra em poder de terceiro por determinação judicial. Consuma-se o crime no momento em que o agente pratica uma das ações descritas. Admite-se a forma tentada. pág. 30

31 Fraude Processual Art Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro. Noções Iniciais: Chamado de estelionato processual, este crime diverge do estelionato na medida em que o fim colimado não é auferir vantagem ilícita. Protege-se a administração da Justiça. Pode ser qualquer pessoa. É o Estado. A conduta típica é inovar, de forma artificiosa (alterar, mudar de lugar, substituir objetos ou pessoas) na tramitação de processo judicial (civil ou criminal) ou administrativo, o estado de lugar, coisa ou pessoa. O dolo é a vontade livre e consciente de inovar, fraudulentamente, na pendência de processo judicial ou administrativo, o estado de lugar, coisa ou pessoa com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito. Consuma-se o crime com a efetiva inovação. Admite-se a tentativa. Favorecimento Pessoal Art Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa. 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, e multa. 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena. pág. 31

32 Protege-se a administração da Justiça. Pode ser qualquer pessoa, menos o co-autor ou partícipe do crime. É o Estado. A conduta típica é prestar auxílio a autor de crime com o fim de subtraí-lo à ação da autoridade da polícia. O dolo é a vontade livre e consciente de prestar auxílio ao criminoso, sabendo o sujeito de que o fará livrar-se da ação da autoridade pública. Consuma-se o crime no momento em que o beneficiado, em razão do auxílio, consegue subtrair-se, ainda que por breves instantes, da ação da autoridade pública. Admite-se a tentativa. Favorecimento Real Art Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa. Protege-se a administração da Justiça. Pode ser qualquer pessoa, com exceção do participante do delito antecedente. É o Estado. A conduta típica é prestar auxílio a criminoso com o fim de tornar seguro o proveito do crime. O auxílio pode ser direto, indireto, material ou moral. O dolo é a vontade livre e consciente de prestar colaboração a criminoso. É necessário que o sujeito tenha consciência de que, por intermédio do auxílio, tornará seguro o proveito do crime. Não há forma culposa. pág. 32

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