Capacitação Continuada em Contabilidade Pública. Programação Financeira e Tesouraria

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1 Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí - AMMVI Rua Alberto Stein, 466 Blumenau/SC CURSO: Capacitação Continuada em Contabilidade Pública DISCIPLINA: Programação Financeira e Tesouraria Blumenau, 08 e 09 de junho de Prof. Wanderlei Pereira das Neves, MsC

2 Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí - AMMVI Rua Alberto Stein, 466 Blumenau/SC DISCIPLINA: Programação Financeira e Tesouraria CARGA HORÁRIA: 20 h.a. PROFESSOR(A): Wanderlei Pereira das Neves 1. OBJETIVO: PLANO DE ENSINO Geral: Formar profissionais com domínio amplo dos assuntos que envolvem a gestão financeira governamental voltada para a eficiência no gasto público, com conhecimentos específicos quanto ao processo de gestão fiscal (processo tributário, orçamentário, financeiro e contábil), bem como acerca dos principais conceitos e regras impostas à programação orçamentária e financeira e à gestão de tesouraria. Específicos: Contribuir para que o aluno consiga: Desenvolver uma visão geral sobre as finanças públicas, suas fontes de financiamento e regras impostas no processo de captação e alocação dos recursos públicos; Desempenhar as atividades profissionais nos órgãos e entidades da Administração Pública; Desenvolver habilidades de análise e interpretação dos demonstrativos fiscais e balanços públicos; Desenvolver habilidades que possam contribuir como o controle social dos recursos públicos; Desenvolver habilidades de pesquisa; Desenvolver habilidades de leitura e interpretação de artigos e textos científicos; Ter uma conduta profissional adequada ao bom desempenho profissional. 2

3 2. EMENTA: Receita e Despesa Orçamentária e Extra-Orçamentária: classificação orçamentária, estágios da receita e da despesa orçamentária; Receita e Despesa sob a ótica patrimonial: créditos a receber e provisão para devedores duvidosos; Restos a Pagar: regras para o equilíbrio orçamentário e financeiro dos entes da Federação; Captação de Recursos onerosos e não onerosos; aspectos gerais sobre a programação e execução orçamentária e financeira; movimentação de recursos financeiros intra-orçamentários e intergovernamental; Princípio da Unidade de Tesouraria: sistema financeiro de conta única; sistema de fluxo de caixa; registro contábil da programação orçamentária e financeira. 3. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Unidade I: 1.1 Classificações e estágios da Receita e da Despesa Orçamentária; 1.2 Disponibilidade por Fonte de Recursos: ordem cronológica dos pagamentos; 1.3 Regime de caixa e regime de competência: Créditos a receber e obrigações a pagar; 2.1 Regras para o equilíbrio orçamentário e financeiro dos entes públicos; 2.2 Programação anual de desembolso mensal: Movimentação orçamentária e extra-orçamentária; 1.4 Programação orçamentária e financeira: eventos e registros contábeis. Unidade II: 2.3 Programação Orçamentária e Financeira VERSUS Gestão de Fluxo de Caixa; 2.4 Elaboração do Fluxo de Caixa Governamental - movimentação de recursos vinculados e não vinculados; pagamentos centralizados e descentralizados; 2.5 Unidade de Tesouraria: Sistema financeiro de conta única implementação e regulamentação; 2.6 Captação de recursos onerosos e não onerosos; 3

4 4. METODOLOGIA: Exposição e debate, leitura de textos específicos, vídeos, oficinas e trabalhos individuais e em grupo. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBREFERÊNCIAS a. Obras ALBUQUERQUE, Claudiano. MEDEIROS, Márcio. FEIJÓ, Paulo Henrique. Gestão de Finanças Públicas: Fundamentos e Práticas de Planejamento, Orçamento e Administração Financeira com Responsabilidade Fiscal. Ed. Paulo Henrique Feijó da Silva, Brasília: NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Princípios de Finanças Públicas: Teoria e Questões. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, b. Legislação. Lei Complementar n.º 101, de 04 de maio de Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em < Acesso em: 05 set Portaria Conjunta STN/SOF nº 4, de 30 de novembro de Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 3ª. Edição (Válido para 2011) c. Artigos e Periódicos NEVES, Wanderlei Pereira das. Gestão Financeira: um sistema de fluxo de caixa para a administração pública. Florianópolis: Gestão - Revista de Administração e Gerência, v. 1 n. 1. UDESC, Disponível em &Itemid=26, Acesso em: 09 mai NEVES, Wanderlei Pereira das. Normas para o Equilíbrio Orçamentário e Financeiro dos Entes da Federação Disponível em &Itemid=26, Acesso em: 09 mai

5 NORMAS PARA O EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO DOS ENTES DA FEDERAÇÃO Wanderlei Pereira das Neves 1 Setembro de INTRODUÇÃO A motivação para produzir este trabalho derivou dos debates acerca das normas de direito financeiro aplicáveis ao último ano de mandado dos chefes de Poderes e órgãos, realizados na reunião do Grupo de Gestores das Finanças Estaduais GEFIN, órgão vinculado ao CONFAZ, ocorrida nos dias 05 e 06 de julho de 2006, na cidade de Cuiabá-MT. Em que pese a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) ter sido aprovada em maio de 2000, percebeu-se que ainda persistem muitas dúvidas em relação ao alcance de alguns dos seus dispositivos, bem como quanto aos procedimentos administrativos a serem implementados pelos entes da federação para assegurar uma gestão fiscal equilibrada. Como contribuição aos debates, busca-se nesse trabalho apresentar uma síntese das normas de Direito Financeiro a serem observadas pelos gestores públicos, bem como apresentar algumas recomendações e procedimentos aplicáveis aos Estados e Municípios para assegurar o equilíbrio na execução orçamentária e financeira. PALAVRAS CHAVES: Finanças públicas, LRF, equilíbrio orçamentário e financeiro, Restos a Pagar, art. 42 da LRF, princípios orçamentários, Fluxo de Caixa. 1 Wanderlei Pereira das Neves é Contador, Especialista em Auditoria Governamental (UFSC, 1989) e em Contabilidade Prática Avançada a Distância (ESAF/2003), Mestre em Administração (UDESC, 2000), Auditor Interno do Poder Executivo do Estado de Santa Catarina, atualmente respondendo pelo cargo de Diretor de Contabilidade Geral, Professor de cursos de pós-graduação e de extensão e membro da Academia Catarinense de Ciências Contábeis. 5

6 DESENVOLVIMENTO A regra inserida no art. 42 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a denominada LRF, é uma das mais temidas entre os gestores públicos. Dita o referido dispositivo: Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. Além da regra contida no artigo citado, foram incorporados ao texto da LRF outros dispositivos visando assegurar o alcance do seu objetivo principal, qual seja, o equilíbrio na gestão orçamentária e financeira dos entes da federação, de forma auto-sustentável. No artigo 59 da LRF, ficou estabelecido que a fiscalização por parte do controle externo, a cargo do Poder Legislativo, diretamente ou por intermédio dos Tribunais de Contas, e pelo sistema de controle interno de cada Poder e órgão, deverá dar ênfase às disponibilidades do caixa e aos valores a serem inscritos em Restos a Pagar segundo o princípio orçamentário da Anualidade. Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:... II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar; (grifo nosso) 6

7 O acompanhamento desses limites deverá ser realizado bimestral e quadrimestralmente, com a publicação dos Relatórios Resumido da Execução Orçamentária e de Gestão Fiscal, respectivamente. Conforme estabelece o inciso V do art. 53 da LRF, acompanharão o Relatório Resumido da Execução Orçamentária demonstrativos relativos a: V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar. (grifo nosso) O controle das disponibilidades financeiras e dos valores inscritos em restos a pagar deve ser realizado a cada exercício financeiro e não somente no último ano de mandato, conforme muitos gestores acreditam. Assim, para que se chegue a término do mandato em condições de dar cumprimento ao art. 42 da LRF, o controle deve ser rígido em todos os exercícios financeiros. Estabelece a LRF, em seu art. 55, inciso III, que o Relatório de Gestão Fiscal relativo ao último quadrimestre do exercício deverá conter demonstrativos: a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas: 1) liquidadas; 2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso II do art. 41; 3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de caixa; 4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados; (grifos nossos) O não cumprimento das regras relativas ao limite e condições para a inscrição de despesas em restos a pagar impede a realização de transferência voluntária (entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação) ao ente infrator, conforme as regras contidas no art. 25 da LRF, 1º, inciso IV, alínea c, a seguir: 7

8 Art o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:... IV - comprovação, por parte do beneficiário, de:... c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal. (grifo nosso) Alertamos que deixar de empenhar despesas já liquidadas ou determinar o cancelamento de empenhos para não inscrever restos a pagar processados além da disponibilidade financeira não encontra amparo na LRF. A norma contida na LRF, em seu art. 55, inciso III, letra b, item 4, deve ser analisada em conjunto com a regra estabelecida no art. 50, inciso II, que determina a observância do Regime de Competência para as despesas públicas. Não empenhar ou cancelar empenho cuja despesa já se processou, mas que exceda o limite da disponibilidade financeira, caracteriza omissão de registro contábil com propósito de ocultar obrigação legalmente contratada e direito líquido e certo de terceiros de boa fé. Além das penalidades fiscais impostas aos entes da federação que não cumprirem o art. 42 da LRF, a Lei federal nº , de 19 de outubro de 2000, estabelece sanções penais, conforme segue: "Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa:" (AC) "Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos." (AC) 8

9 Portanto, o descumprimento do artigo 42 da LRF pode ensejar aborrecimentos tanto para o ente da federação como para os titulares de Poder ou Órgão. Para evitar esses transtornos, os titulares de Poder ou Órgão deverão tomar providências preventivas e em cada exercício financeiro do seu mandato. Feitas as considerações iniciais e para facilitar o entendimento da tese a que este artigo se propõe, faz-se necessário esclarecer algumas expressões contidas no art. 42 da LRF. Primeiramente, o que se entende por titular de Poder ou órgão? À luz da LRF, entende-se por titular de Poder ou órgão o dirigente máximo dos Poderes e suas casas. No âmbito do Poder Executivo, essa autoridade é o governador, no Judiciário e no Ministério Público, os seus presidentes, no Legislativo, tomando como exemplo o Estado de Santa Catarina, cada um dos presidentes das suas casas, ou seja, o Presidente da Assembléia Legislativa e o Presidente do Tribunal de Contas do Estado. Esse raciocínio aplica-se a todas as esferas de governo. Outra definição importante é o conceito de contrair obrigação de despesa, ou seja, faz-se necessário definir claramente em que momento a despesa é tida como contraída. Para esse fim, necessário se faz discorrer sobre os estágios que a despesa pública percorre e a finalidade específica de cada um deles. Primeiramente, para que uma despesa pública se revista de legalidade, ela tem que ser inserida na proposta orçamentária e aprovada pelo Poder Legislativo. Somente as despesas aprovadas na Lei Orçamentária Anual - LOA, ou em Créditos Adicionais poderão ser realizadas. Os Créditos Adicionais são acréscimos à LOA, tanto para o reforço de despesas insuficientemente dotadas como para despesas que não haviam sido computadas originalmente. Os Créditos Adicionais podem ser de três espécies: os Suplementares, quando destinados ao reforço de despesas insuficientemente dotadas; os Especiais, para despesas novas, ou seja, para despesas que não haviam sido previstas pela equipe de planejamento e, portanto, não foram inseridas na LOA; 9

10 e os Extraordinários, quando destinados a situações de emergência e de relevante interesse público. Esse estágio denomina-se Fixação da Despesa. Já no estágio da fixação da despesa surge a primeira providência preventiva com vistas ao equilíbrio orçamentário e financeiro. Na fixação da despesa (LOA), deve ser inserida uma dotação orçamentária denominada Reserva de Contingência, a ser utilizada na ocorrência de despesas decorrentes de passivos contingentes ou de eventos fiscais imprevisíveis. Para assegurar que essa reserva orçamentária e financeira produza resultados efetivos, recomenda-se destinar a Reserva de Contingência somente para os eventos fiscais imprevisíveis, em que pese a LRF permitir que a mesma seja destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, conforme transcrevemos. Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:... III - conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao: a) (VETADO) b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. (grifamos) O segundo procedimento administrativo para assegurar uma gestão fiscal equilibrada deve ser implementado em até 30 dias depois de publicada a Lei Orçamentária Anual. Partindo do pressuposto de que as dotações inseridas na LOA passaram por análises técnicas e que seus montantes são compatíveis com as necessidades das Unidades Orçamentárias, o que nem sempre é verdadeiro, resta programar a execução dessas despesas. 10

11 O estágio da Programação da Despesa está previsto na LRF, em seu art. 8º, que estabelece: Art. 8º. Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados à finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Esse estágio tem por finalidade evitar que a despesa seja realizada em montante superior aos valores das receitas arrecadadas. O dispositivo legal deve ser analisado em conjunto com os art s. 13 e 9º da LRF. O art. 13 versa sobre o desdobramento, pelo Poder Executivo, das receitas em metas bimestrais de arrecadação e sobre medidas de combate à evasão e à sonegação fiscal, conforme segue: Art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa. Já o art. 9º estabelece regras voltadas a assegurar o equilíbrio orçamentário e financeiro, a ser obtido mediante a limitação de empenho e da movimentação financeira ao montante da receita arrecadada. Não cabe essa limitação para as despesas compulsórias, tais como os pagamentos da dívida pública e dos gastos com pessoal. Art. 9º. Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. 11

12 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas. 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. O Acompanhamento das metas bimestrais de arrecadação e da necessidade de limitação de empenho deve ser realizado por Fonte de Recursos ou Destinação de Recursos, conforme denominação mais recente. A destinação de receitas é o processo pelo qual os recursos públicos são vinculados a uma despesa específica ou a qualquer que seja a aplicação de recursos desde a previsão da receita (LOA) até o efetivo pagamento das despesas constantes dos programas e ações governamentais. O registro contábil das disponibilidades financeiras por Destinação de Recursos deve ser realizado contabilmente nas Contas de Compensação. Propõe-se, para esse acompanhamento, a elaboração de um demonstrativo contábil que contenha as metas mensais e bimestrais de arrecadação, bem como o acompanhamento permanente do comportamento de cada uma das fontes de recursos. Para a elaboração do referido demonstrativo, recomenda-se que se tome como referência a média mensal de arrecadação da fonte nos últimos três anos (pode ser adotada uma série histórica maior), e que se leve em consideração outros fatores que podem modificar o fluxo de ingresso dos recursos dessa fonte (alteração na legislação tributária, crescimento econômico etc). Com base nessa tendência de ingresso mensal e no valor total estimado para o exercício, calculam-se as metas mensais e bimestrais de arrecadação. Mensalmente, com base nos valores arrecadados, obtém-se o desempenho da fonte, ou seja, o efetivo excesso de arrecadação ou a necessidade de contingenciamento orçamentário, mediante a limitação de empenho. 12

13 Apresenta-se na seqüência um modelo de demonstrativo contábil para o acompanhamento das metas de arrecadação de cada uma das fontes de recursos e seu desempenho. DEMONSTRATIVO DAS METAS BIMESTRAIS DE ARRECADAÇÃO Ente da Federação: Estado/Município de... Órgão: Secretaria da Fazenda/Finanças Fonte de Recursos: 0100 Recursos do Tesouro Recursos Ordinários Meses 1 = Média % 2 = Metas 3 = Arrecadação 4 = Diferença no 5 = Excesso de Arrecadação do Triênio Bimestrais Bimestre ou Necessidade de Limitação de Empenho Janeiro 8,00% R$ 160,00 R$ 150,00 (R$ 10,00) (R$ 10,00) Fevereiro 11,00% R$ 220,00 R$ 203,00 (R$ 17,00) (R$ 27,00) SUB TOTAL 19,00% R$ 380,00 R$ 353,00 (R$ 27,00) (R$ 27,00) Março 7,00% R$ 140,00 R$ 155,00 R$ 15,00 (R$ 12,00) Abril 9,00% R$ 180,00 R$ 190,00 R$ 10,00 (R$ 2,00) SUB TOTAL 16,00% R$ 320,00 R$ 345,00 R$ 25,00 (R$ 2,00) Maio 7,00% R$ 140,00 R$ 150,00 R$ 10,00 R$ 8,00 Junho 6,00% R$ 120,00 R$ 125,00 R$ 5,00 R$ 13,00 SUB TOTAL 13,00% R$ 260,00 R$ 275,00 R$ 15,00 R$ 13,00 Julho 9,00% R$ 180,00 R$ 150,00 (R$ 30,00) (R$ 17,00) Agosto 8,00% R$ 160,00 R$ 144,00 (R$ 16,00) (R$ 33,00) SUB TOTAL 17,00% R$ 340,00 R$ 294,00 (R$ 46,00) (R$ 33,00) Setembro 7,50% R$ 150,00 R$ 145,00 (R$ 5,00) (R$ 38,00) Outubro 8,00% R$ 160,00 R$ 150,00 (R$ 10,00) (R$ 48,00) SUB TOTAL 15,50% R$ 310,00 R$ 295,00 (R$ 15,00) (R$ 48,00) Novembro 9,50% R$ 190,00 R$ 182,00 (R$ 8,00) (R$ 56,00) Dezembro 10,00% R$ 200,00 R$ 185,00 (R$ 15,00) (R$ 71,00) SUB TOTAL 19,50% R$ 390,00 R$ 367,00 (R$ 23,00) (R$ 71,00) TOTAL 100,00% R$ 2.000,00 R$ 1.929,00 (R$ 71,00) Recomenda-se cautela na avaliação de eventual tendência de Excesso de Arrecadação, que é um dos recursos hábeis para a abertura de Créditos Adicionais, pois se esta tendência for utilizada para novas despesas e posteriormente não se concretizar poderá haver desequilíbrio orçamentário e financeiro na fonte de recursos. Verifica-se no demonstrativo anterior, que até o 13

14 mês de junho havia um excesso de arrecadação de R$ 13,00. Contudo, o comportamento da arrecadação nos meses subseqüentes não foi o esperado e ao término do exercício a fonte de recursos evidenciava uma necessidade de limitação de empenho de R$ 71,00. Para evitar essas situações, recomenda-se um contingenciamento no início do exercício em torno de 10% do total autorizado na lei orçamentária anual, com liberação nos últimos meses do exercício se o desempenho da arrecadação evidenciar que haverá o cumprimento da meta. Graficamente, o processo de limitação de empenho pode ser visualizado da seguinte maneira: Realizada a programação financeira e nos seus limites, cada unidade orçamentária estará autorizada a realizar a despesa, iniciando pelo processo de seleção do fornecedor, ou seja, pelo estágio da Licitação da Despesa. Determina a Constituição Federal, em seu art. 37, inciso XXI, que ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 14

15 contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Esse estágio destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos (art. 3º da Lei Federal 8.666/93). Uma vez conhecido o fornecedor do bem a ser adquirido ou do serviço a ser contratado, faz-se necessário deduzir o valor total, conhecido ou estimado, da dotação orçamentária aprovada. Esse registro contábil é realizado por intermédio da Nota de Empenho da Despesa, que materializa o estágio do Empenho da Despesa. O simples fato de emitir a Nota de Empenho não significa necessariamente que a despesa já foi contraída, pois para isso ainda se faz necessário o implemento das condições pactuadas no contrato, ou seja, que o produto ou o serviço seja entregue ou prestado nas condições acordadas e aceito. Somente depois de realizada a verificação do direito adquirido pelo credor é que a despesa empenhada se torna uma obrigação de pagamento. Esse estágio denomina-se Liquidação da Despesa. Conforme já exposto e em cumprimento ao princípio orçamentário da Anualidade, a realização da despesa deve se limitar ao valor arrecadado para cada uma das Fontes de Recursos. Além disso, a despesa deve observar o Regime de Competência, conforme determina o art. 50, inciso II, da LRF, a seguir: 15

16 Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada; II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa; Esse dispositivo deve ser bem divulgado junto aos ordenadores de despesa, para evitar a velha prática de se dar um tratamento orçamentário dissociado da execução física, ou seja, da competência do gasto, para aproveitar saldo de dotações orçamentárias autorizadas para o ano, mas que terão a execução da despesa em exercício subseqüente. Essa cultura foi empregada durante muitos anos por vários entes da federação, principalmente pela carência de planejamento que viabilizasse a inclusão desses valores na proposta orçamentária do ano seguinte. Alguns gestores ainda insistem em utilizar essa velha prática, principalmente para a realização de convênios firmados e não executados no ano e para contratos com duração plurianual, sem a preocupação com as disponibilidades financeiras para suportar as despesas no ano subseqüente. Esse procedimento é altamente pernicioso para as finanças públicas, pois haverá a arrecadação do ano e dois orçamentos a serem financiados com essas receitas, o do ano corrente e os saldos de restos não processados de anos anteriores. Há que se ter um acompanhamento minucioso nos contratos com vigência plurianual, de forma a comprometer no orçamento corrente somente as parcelas a serem efetivamente realizadas no exercício. As etapas de contratos com cronograma físico previsto para o ano subseqüente devem ser controladas contabilmente nas contas de Compensação Diversas (1.9.9), com inclusão do valor das parcelas no orçamento do exercício cuja execução será realizada. Somente deverão ser inscritas em Restos a Pagar as despesas de competência do exercício financeiro, considerando-se como despesa liquidada 16

17 aquela em que o serviço ou material contratado tenha sido prestado ou entregue e aceito pelo contratante, e não liquidada, mas de competência do exercício, aquela em que o serviço ou material contratado tenha sido prestado ou entregue e que se encontre, em 31 de dezembro, em fase de verificação do direito adquirido pelo credor. São exemplos de restos a pagar não-processados as faturas de energia elétrica e das despesas com comunicação fixa e móvel relativas ao mês de dezembro que, geralmente, somente se processam no mês subseqüente. Outra recomendação para evitar que se inscrevam restos a pagar indevidamente, ou seja, oriundos de despesas que não sejam da competência do exercício financeiro, é a constituição de uma comissão em que participem profissionais do órgão central de controle interno, que deverá ser responsável por autorizar as respectivas inscrições em restos a pagar. Não se trata de medida simpática, contudo, necessária, pois sempre tem alguns gestores que, por desconhecimento ou má-fé, tentam inscrever em restos a pagar despesas que não são da competência do exercício. Outra medida importante para a redução do passivo financeiro é o estabelecimento de um prazo fatal para que as despesas inscritas em restos a pagar não processados tenham o seu processamento informado. Recomenda-se que até o término do mês de janeiro do exercício subseqüente, todas as despesas inscritas em restos a pagar não processados tenham o seu processamento, sob pena de cancelamento de ofício, por parte do órgão central de controle interno. No Estado de Santa Catarina, com fundamento no art. 129, 4º, da Lei complementar nº 284, de 28 de fevereiro de 2005, compete à Diretoria de Auditoria Geral da Secretaria de Estado da Fazenda determinar, de ofício, a anulação das despesas inscritas em Restos a Pagar não Processados que não tenham a liquidação da despesa informada até o dia 31 de janeiro do ano subseqüente ao da inscrição, bem como definir eventuais exceções. Recomenda-se que os recursos excedentes aos valores inscritos em restos a pagar em 31 de dezembro, por Fonte de Recursos, sejam transferidos, 17

18 na reabertura do exercício financeiro subseqüente, para contas contábeis apropriadas a título de superávit financeiro, com a substituição do código identificador do Grupo de Destinação de Recursos 2 1 Recursos de Tesouro Exercício Corrente pelo 3 Recursos do Tesouro Exercícios Anteriores, e 2 - Recursos de Outras Fontes - Exercício Corrente pelo 6 Recursos de Outras Fontes Exercícios Anteriores. Esses recursos somente deverão ser utilizados mediante a abertura de Créditos Orçamentários por conta de superávit financeiro, ou seja, segregados dos recursos do exercício corrente. Para fins de verificação do cumprimento do art. 42 da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, as disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, desdobradas por Fonte de Recursos, deverão ser apresentadas no Balanço Anual do exercício confrontadas com as respectivas obrigações por fonte, conforme demonstrativo a seguir: DISPONIBILIDADE POR FONTE RECURSO - POSIÇÃO EM 31/12/2006 Valores em R$ 1,00 CÓDIGO FONTE DE RECURSOS ESPECIFICAÇÃO 1 = SALDO em 31/12 2 = PROCESSADOS 2 - RESTOS A PAGAR 3 = NÃO PROCESSADOS 4 = TOTAL 6 = SUFICIÊNCIA OU INSUFICIÊNCIA FINANCEIRA (1-4) Recursos do Tesouro - recursos ordinários Recursos do Tesouro - Recursos do FUNDEF Recursos de Outras Fontes Serviços Industriais NNNN NNNNNNNNNNNNNNN NNNN NNNNNNNNNNNNNNNN SUB TOTAL DISPONIBILIDADE EXTRA- ORÇAMENTÁRIA 1 = SALDO EM 31/ OBRIGAÇÕES 3 = SUFICIÊNCIA OU INSUFICIÊNCIA (1-2) Cauções Depósitos de Diversas Origens Consignações Outros Passivos Financeiros SUB TOTAL TOTAL GERAL 2 Brasil. Portaria MF/STN n.º 340, de 26 de abril de Aprova a 3ª edição do Manual de Procedimentos da Receita Pública. Disponível em < Acesso em: 05 set

19 O Demonstrativo deverá integrar o Balanço Geral, devidamente assinado pelo Ordenador de Despesa e pelo Contador responsável pelos serviços contábeis da Unidade Orçamentária. Para evitar que se chegue ao término do exercício com desequilíbrio em determinadas fontes de recursos, recomenda-se o acompanhamento mensal das disponibilidades mediante a elaboração do demonstrativo contábil a seguir: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - POR FONTE DE RECURSOS - PERÍODO DE / / A / / - CONSOLIDADO GERAL Código da Fonte 1 = Saldo do ano anterior 2 = Arrecadação do ano 3 - Empenhado EXECUÇÃO DA DESPESA 4 - Liquidado 5 - % liquidado (4/3) 6 - Valor Pago 7 = % Pago (6/3) 8 = Arrecadado menos empenhado (2-3) 9 = Suficiência ou insuficiência financeira (1 ou o 2 menos o 4) ,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 XXXX 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 XXXX 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 XXXX 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999, ,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999, ,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 XXX 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 TOTAL GERAL REC. TESOURO REC. DE OUTRAS FONTES PROG. DE AJUSTE FISCAL 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 999,99 No demonstrativo anterior consideram-se Recursos do Tesouro todas as fontes (Destinações de Recursos) que tenham no segundo campo do código do Grupo de Destinação de Recursos os números 1 e 3. Os Recursos de Outras Fontes são identificados pelos códigos 2 e 6. Já para fins de acompanhamento do Programa de Ajuste Fiscal PAF, devem ser consideradas as fontes de recursos incluídas no Termo de Entendimento Técnico firmado entre o ente da Federação e a Secretaria do Tesouro Nacional - STN. Outra recomendação importante, e talvez a mais importante delas, para que se assegure uma gestão fiscal equilibrada é a utilização de um sistema de fluxo de caixa. Cabe lembrar que o parágrafo único do art. 42 da LRF 19

20 estabelece que na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. Assim, cada ente da federação deve possuir um Sistema de Administração do Fluxo de Caixa que assegure a previsão diária de todas as receitas a serem arrecadadas, bem como a programação diária das despesas a serem realizadas, sejam elas de caráter compulsório (energia elétrica, pessoal, dívida), de origem legal (encargos sociais, parcelamento de dívida etc.) ou desembolsos discricionários (investimentos, convênios, subvenções sociais etc.). Dessa forma, podem-se estabelecer cenários do comportamento do caixa, por fonte de recursos, até o término do mandato, ou até mesmo para anos subseqüentes. Na seqüência, apresenta-se uma cópia da tela de um modelo de sistema de fluxo de caixa passível de utilização pelos Estados e Municípios. 20

21 Mais informações sobre a utilização de um sistema de fluxo de caixa na administração pública podem ser obtidas no artigo de Neves 3, disponível no sítio da Knabben & Damian Contabilidade e Consultoria, bem como no sítio da Associação do Servidores do Controle Interno do Estado de Santa Catarina ASCISC,. CONCLUSÃO Neste trabalho apresentamos uma síntese das normas voltadas para o equilíbrio orçamentário e financeiro, bem como sugestões práticas para viabilizar a redução dos déficits orçamentários, que em última análise resulta no desequilíbrio financeiro do ente da federação. O Brasil já vem tentando estabelecer normas e procedimentos voltados para uma gestão fiscal mais eficiente, equilibrada e auto-sustentável há vários anos. Em 1993 tivemos o Programa de Estabilização Econômica, que deu origem ao Plano Real. Posteriormente, em 1995, com o Voto CMN nº 162, teve início o Programa de Apoio a Reestruturação e ao Ajuste Fiscal dos Estados. Nessa busca pela redução do endividamento e do déficit público, o Congresso Nacional aprovou a Lei Federal nº 9.496, de 11 de setembro de 1997, autorizando a União, no âmbito do Programa de Apoio à Reestruturação e ao Ajuste Fiscal dos Estados, a promover a consolidação, a assunção e o refinanciamento da dívida pública mobiliária e outras, de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal. A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, trouxe várias inovações nessa luta contra a má gestão dos recursos públicos. No entanto, a LRF não pode ser considerada somente mais uma norma voltada a buscar o 3 NEVES, Wanderlei Pereira das. Gestão Financeira: um sistema de fluxo de caixa para a administração pública. Florianópolis: Gestão - Revista de Administração e Gerência, v. 1 n. 1. UDESC,

22 equilíbrio orçamentário e financeiro. Trata-se de verdadeiro marco histórico em termos de finanças públicas. O ajuste que a LRF busca é amplo em termos de gestão fiscal dos entes da federação. Trata-se de um ajuste auto-sustentável, alicerçado em resultados primários que viabilizem a manutenção da máquina pública e os investimentos necessários ao crescimento econômico, sem a necessidade de recorrer a recursos de operações de crédito e a geração de restos a pagar para o seu financiamento. As novas regras contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal estão exigindo uma maior profissionalização das equipes técnicas dos entes da federação, principalmente dos Estados e Municípios. Compete a essas equipes estabelecer procedimentos, rotinas e mecanismos que contribuam para a redução dos desperdícios, do custo da folha de pagamento e do grau de endividamento de curto e de longo prazos. Por fim, entendemos que a situação financeira dos entes da federação só não está melhor por falta de uma maior valorização dos trabalhos dos servidores que atuam no controle interno. Sem um eficiente Sistema de Controle Interno, que seja capaz de transportar para o dia-a-dia rotinas e procedimentos que visem a dar cumprimento ao emaranhado de normas de Direito Financeiro existentes nesse País, dificilmente chegaremos ao equilíbrio da gestão fiscal. Os equívocos, os erros, os desperdícios, os desvios e a má gestão dos recursos devem que ser combatidos, diariamente, pelos Analistas de Finanças, Contadores Públicos, Auditores Internos e outros, em cada uma das Unidades Orçamentárias com autorização para a realização do gasto público, de forma rigorosa, apolítica e transparente. 22

23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em < Acesso em: 15 set Lei Federal n 4.320, de 17 de março de Estatui normas gerais de Direito Financeiro para a elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em < Acesso em: 15 set Lei Complementar n.º 101, de 04 de maio de Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em < Acesso em: 15 set Portaria MF/STN n.º 340, de 26 de abril de Aprova a 3ª edição do Manual de Procedimentos da Receita Pública. Disponível em < Acesso em: 05 set NEVES, Wanderlei Pereira das. Gestão Financeira: um sistema de fluxo de caixa para a administração pública. Florianópolis: Gestão - Revista de Administração e Gerência, v. 1 n. 1. UDESC,

24 Visão Geral da Programação Financeira no Governo Federal FONTE: Manual do Curso de Formação para Analistas de Finanças e Controle. Coordenação Geral de Contabilidade/CCONT/STN 24

25 CURSO DE FORMAÇÃO PARA ANALISTAS DE FINANÇAS E CONTROLE COORDENAÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE CCONT/STN 70.1.ZZZ (UG recebedora) C Interferência Ativa Repasse Recebido ( ) D Cota Financeira a Receber ( ) C Cota Financeira Recebida ( ) D Cota de Repasse a Receber ( ) C Cota de Repasse Recebida ( ) OBSERVAÇÃO D Disponibilidades P/ Fonte de Recursos ( ) C Disponibilidades Financeiras ( ) Repare que os lançamentos no sistema de compensação são diferentes na descentralização da programação financeira externa e interna. Enquanto que na interna, são cotas de sub-repasse, na externa, são cotas de repasse. Na descentralização interna de créditos orçamentários, há lançamentos correspondentes de programação financeira na própria NC, mas na descentralização externa, é necessário que se faça, além da NC, uma PF (Nota de Programação Financeira) para transferir os saldos das contas de repasse. P s.: As PF podem ser utilizadas separadamente na descentralização interna também, quando há a necessidade de transferir os saldos de programação financeira em momento posterior ao da ocorrência da descentralização orçamentária interna Proposta de Programação Financeira (PPF) A programação financeira começa com a proposta de programação financeira (PPF) que é realizada pelas Unidades Gestoras (UG). Estas propostas são encaminhadas para as Setoriais Financeiras dos Órgãos (OSPF) que realizam cortes ou remanejamentos nestas propostas e, após a consolidação de todas as propostas de todas as UG sob sua responsabilidade, fazem uma nova Proposta (PPF) e encaminham ao Órgão Central de Programação Financeira (STN) - Coordenação-Geral de Programação Financeira (COFIN/STN/MF) que também realiza cortes e remanejamentos e aprova ou não a PPF solicitada pelas OSPF. Em seguida, a COFIN/STN/MF envia às OSPF, as propostas de programação financeira aprovadas (PFA). E as OSPF, por sua vez, consignam as PFA para cada uma de UG subordinadas. Veja os seguintes esquemas: 25

26 CURSO DE FORMAÇÃO PARA ANALISTAS DE FINANÇAS E CONTROLE COORDENAÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE CCONT/STN Unidades Gestoras (UG) Fase 1. Elaboram a PPF e enviam às OSPF. Setoriais Financeiras dos Órgãos/Entidades (OSPF*) Fase 2. Após cortes e remanejamentos, a OSPF de cada Órgão/Entidade envia a sua PPF consolidada para a STN (Órgão Central). Órgão Central de Programação Financeira (STN/MF) Fase 3. A STN/MF consolida todas as PPF e realiza ajustes nas mesmas através de estudos técnicos e de acordo com o Orçamento. Fase 6. Encerrando o processo de programação financeira as UG recebem as suas respectivas PFA. E, somente à partir deste estágio, poderá realizar a descentralização da programação financeira. Fase 5. As OSPF recebem a sua respectiva PFA e distribui entre as suas UG subordinadas, emitindo a PFA a nível de Órgão Setorial. Fase 4. Após os ajustes, envia a cada OSPF a sua respectiva PFA. * OSPF Órgão Central de Programação Financeira do Órgão da Administração Direta ou Entidade da Administração Indireta. FINANCEIRO UG COF COFIN FITA SOF PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA (PPF) GERA COTA DE DESP/REP. A PROG. GERA COTA DE DESP/REP. A PROG. PR OGRAMAÇÃO FINANCEIRA (PPF) PROGRMAÇÃO FINANCEIRA APROVADA (PFA) PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA APR OVADA PR OGRAMAÇÃO FINANCEIRA APROVADA (PFA) LIBERAÇÃO DE RECURSOS (OB) LIBERAÇÃO DE RECURSOS (OB) INTERNA SUB-REPASSE EXTERNA REPASSE EMPENHA NE RECURSOS FINANCEIROS LIQUIDA E PAGA OB,DARF, GRPS 26

27 CURSO DE FORMAÇÃO PARA ANALISTAS DE FINANÇAS E CONTROLE COORDENAÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE CCONT/STN É necessário notar que, enquanto as propostas orçamentárias não transitam pelo SIAFI (somente a execução do orçamento aprovado), as propostas de programação financeira são contabilizadas no SIAFI, até mesmo no CPR, através da sistemática daquele subsistema. Vejamos, primeiramente, do fluxo de ida das propostas, antes da sua aprovação pela Unidade responsável, ou seja, do fluxo das PPF. A programação financeira é tratada em 4 níveis: Órgão Central (COFIN/STN), OSPF de Órgão Superior (Adm. Direta), OSPF de Órgão Subordinado (Adm. Indireta) e Unidades Gestoras Subordinadas à OSPF do Órgão Superior (Adm. Direta). FASE 1 As UG da Adm. Direta e as OSPF da Adm. Indireta formalizam a PPF à OSPF do Órgão Superior a que estão subordinadas. DOCUMENTO(S) PF (podendo ser também por documento hábil do CPR) CONTABILIZAÇÕES NOS SISTEMAS DE CONTAS EVENTO(S) 54.Y.ZZZ (UG subordinada) 54.Y.ZZZ (OSPF de Órgão Superior) 54.Y.ZZZ (OSPF de Órgão Subordinado da Administração Indireta) 54.Y.ZZZ (OSPF de Órgão Superior) OBSERVAÇÃO ORÇAM. FINANC. PATRIM. COMPENSAÇÃO D (*) Diversas Cotas Financeiras ( ) C Cota Financeira Solicitada ( ) D Cota de Sub-Repasse a Programar ( ) C Cota de Sub-Repasse a Aprovar ( ) D Cota Financeira Solicitada ( ) C (*) Diversas Cotas Financeiras ( ) D Cota de Sub-Repasse a Aprovar ( ) C Cota de Sub-Repasse a Programar ( ) D (*) Diversas Cotas Financeiras ( ) C Cota Financeira Solicitada ( ) D Cota de Repasse a Programar ( ) C Cota de Repasse a Aprovar ( ) D Cota Financeira Solicitada ( ) C (*) Diversas Cotas Financeiras ( ) D Cota de Repasse a Aprovar ( ) C Cota de Repasse a Programar ( ) Repare que, segundo o Plano de Contas atual, o que definirá se é um repasse ou um sub-repasse nesta primeira fase será o nível de item da conta. As X ZZ representa Repasses, enquanto que as X ZZ representam os Sub-Repasses. Os lançamentos sombreados referem-se à PPF das UG da Adm. Direta enviadas à OSPF do Órgão Superior e os que estão em branco referem-se à PPF das OSPF da Adm. Indireta enviadas ao Órgão Superior a que estão subordinadas. 27

28 CURSO DE FORMAÇÃO PARA ANALISTAS DE FINANÇAS E CONTROLE COORDENAÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE CCONT/STN FASE 2 As OSPF dos Órgãos Superiores da Adm. Direta consolidam e formalizam as PPF ao Órgão Central de Programação Financeira (COFIN/STN). DOCUMENTO(S) PF (podendo ser também por documento hábil do CPR) CONTABILIZAÇÕES NOS SISTEMAS DE CONTAS EVENTO(S) 54.Y.ZZZ (OSPF de Órgão Superior) 54.Y.ZZZ (COFIN/STN) OBSERVAÇÃO ORÇAM. FINANC. PATRIM. COMPENSAÇÃO D (*) Diversas Cotas Financeiras ( ) C Cota Financeira Solicitada ( ) D Cota de Despesa a Programar ( ) C Cota de Despesa a Aprovar ( ) D Cota Financeira Solicitada ( ) C (*) Diversas Cotas Financeiras ( ) D Cota de Despesa a Aprovar ( ) C Cota de Despesa a Programar ( ) Repare que, segundo o Plano de Contas atual, o que definiu se era um repasse ou um sub-repasse na primeira fase foi o nível de item da conta. As X ZZ representam Repasses, enquanto que as X ZZ representam os Sub-Repasses. Na segunda fase, o item da Cota de Despesa é 01. Com isto, termina a fase das PPF, dando lugar à PFA após cortes e remanejamentos efetuados pelo Órgão competente. Ressalte-se que as contas do ativo e passivo compensado são potencialidades e não fatos contábeis propriamente ditos (não há recursos a serem pagos ou recebidos por enquanto). Trata-se apenas de uma programação Aprovação da Proposta de Programação Financeira (PFA) Será tratado agora, do fluxo de volta das propostas, após o seu estudo, ajustes e sua devida aprovação pela Unidade responsável, ou seja, do fluxo das PFA. Após o registro da PFA, as Unidades já poderão proceder à descentralização da programação financeira (previsão de cotas, repasses e sub-repasses) acompanhando a execução orçamentária como foi visto nos lançamentos anteriores. Ver quadro demonstrativo no item anterior. 28

29 CURSO DE FORMAÇÃO PARA ANALISTAS DE FINANÇAS E CONTROLE COORDENAÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE CCONT/STN FASE 3 A STN/MF consolida todas as PPF e realiza ajustes nas mesmas através de estudos técnicos e de acordo com o Orçamento aprovado e a arrecadação das receitas. FASE 4 Após os ajustes, envia a cada OSPF de Órgão Superior a sua respectiva PFA. Esta fase é contabilizada conforme a seguir: DOCUMENTO(S) PF (podendo ser também por documento hábil do CPR) CONTABILIZAÇÕES NOS SISTEMAS DE CONTAS EVENTO(S) ORÇAM. FINANC. PATRIM. COMPENSAÇÃO D Cota Financeira a Liberar ( ) C Cota Financeira Solicitada 54.Y.ZZZ ( ) (STN/COFIN) D Cota de Despesa a Liberar ( ) C Cota de Despesa a Aprovar ( ) 54.Y.ZZZ (OSPF de Órgão Superior) OBSERVAÇÃO D Cota Financeira Solicitada ( ) C Cota Financeira a Receber ( ) D Cota de Despesa a Aprovar ( ) C Cota de Despesa a Receber ( ) Repare que, o item da Cota de Despesa é 01, seguindo o mesmo raciocínio das PPF. Então, com isso, as 4 contas com saldos remanescentes e que farão parte da seqüência do processo de programação financeira serão a Cota Financeira a Liberar (COFIN/STN), Cota Financeira a Receber (OSPF Órgão Superior da Adm. Direta), Cota de Despesa a Liberar (COFIN/STN) e a Cota de Despesa a Receber (OSPF- Órgão Superior da Adm. Direta). FASE 5 As OSPF do Órgão Superior da Administração Direta, de acordo com a PFA recebida do Órgão Central, realiza ajustes, cortes e remanejamentos na programação orçamentária e aprova a PPF das OSPF da Adm. Indireta subordinadas. FASE 6 As OSPF do Órgão Superior da Administração Direta, de acordo com a PFA recebida do Órgão Central, realiza ajustes, cortes e remanejamentos na programação orçamentária e aprova a PPF das UG da Adm. Direta subordinadas. DOCUMENTO(S) PF (podendo ser também por documento hábil do CPR) CONTABILIZAÇÕES NOS SISTEMAS DE CONTAS EVENTO(S) ORÇAM. FINANC. PATRIM. COMPENSAÇÃO D Cota Financeira a Liberar ( ) 54.Y.ZZZ C Cota Financeira Solicitada (OSPF de Órgão ( ) Superior) D Cota de Repasse a Liberar ( ) C Cota de Repasse a Aprovar ( ) 29

30 CURSO DE FORMAÇÃO PARA ANALISTAS DE FINANÇAS E CONTROLE COORDENAÇÃO GERAL DE CONTABILIDADE CCONT/STN 54.Y.ZZZ (OSPF de Órgão Subordinado da Administração Indireta) 54.Y.ZZZ (OSPF de Órgão Superior) 54.Y.ZZZ (UG Subordinada) OBSERVAÇÃO D Cota Financeira Solicitada ( ) C Cota Financeira a Receber ( ) D Cota de Repasse a Aprovar ( ) C Cota de Repasse a Receber ( ) D Cota Financeira a Liberar ( ) C Cota Financeira Solicitada ( ) D Cota de Sub-Repasse a Liberar ( ) C Cota de Sub-Repasse a Aprovar ( ) D Cota Financeira Solicitada ( ) C Cota Financeira a Receber ( ) D Cota de Sub-Repasse a Aprovar ( ) C Cota de Sub-Repasse a Receber ( ) Após o fim do processo de programação financeira, as contas com saldos remanescentes e que farão parte da seqüência do processo de programação financeira serão a Cota Financeira a Liberar (OSPF Órgão Superior da Adm. Direta), Cota Financeira a Receber (OSPF Órgão Subordinado da Adm. Indireta e UG Subordinada), Cota de Repasse a Liberar (OSPF Órgão Superior da Adm. Direta), Cota de Repasse a Receber (OSPF Órgão Subordinado da Adm. Indireta). E, ainda, Cota de Sub-Repasse a Liberar (OSPF Órgão Superior da Adm. Direta), Cota de Sub-Repasse a Receber (UG Subordinada) Liberação das Cotas de Despesa Aprovadas (Execução da PFA) Tratou-se, até aqui, somente das potencialidades, ou seja, o trâmite do orçamento aprovado e o trâmite da programação financeira. À partir deste momento em diante, serão tratados os fatos contábeis propriamente ditos, entendidos como aqueles fatos que alteram as contas patrimoniais através de fatos permutativos ou modificativos (aumentativos ou diminutivos). Mas não significa que a execução orçamentária e da programação financeira não sofram mais registros, mas, pelo contrário, elas irão acompanhar todos os estágios, concomitantemente, até o final do exercício financeiro. Após o processo de programação financeira e a efetiva arrecadação das receitas, a STN/MF e as OSPF de Órgãos Superiores da Administração Direta realizam a descentralização financeira propriamente dita para as OSPF de Entidades da Administração Indireta e para as Unidades Gestoras Subordinadas, que consiste na efetiva transferência dos recursos programados (programação financeira) na etapa anterior. As OSPF de Entidades da Administração Indireta e as Unidades Gestoras Subordinadas, 30

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