Índice I - Nota Introdutória... 3 II - Interpretação e Análise dos Inquéritos... 4 Encarregados de Educação º Ciclo... 4 Secundário...

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1 Escola Secundária de Felgueiras Comissão de Avaliação Interna

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3 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ Índice I - Nota Introdutória... 3 II - Interpretação e Análise dos Inquéritos... 4 Encarregados de Educação º Ciclo... 4 Secundário... 6 Assistentes Operacionais... 8 Assistentes Administrativos Alunos Organização e Gestão Funcionamento da Direcção Funcionamento dos Conselhos de Turma Trabalho do Director de Turma Ensino e Aprendizagem Utilização de Material na Sala de aula Modalidades de Trabalho Técnicas e Instrumentos de Avaliação Relação Pedagógica Cultura da Escola Funcionamento dos Serviços da Escola Problemas e aspectos positivos da Escola Aspectos positivos e negativos referidos pelos alunos (Resposta Aberta) Professores Organização e Gestão Funcionamento do Departamento Curricular/Grupo Disciplinar Funcionamento dos Conselhos de Turma Funcionamento do Conselho Pedagógico Funcionamento do Conselho Geral Exercício da liderança pela Direcção Ensino e Aprendizagem Utilização de Material na Sala de aula Organização do trabalho... 24

4 2 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ Tipologia do trabalho Técnicas e instrumentos de avaliação Relação Pedagógica Cultura da Escola Problemas e Aspectos Positivos da Escola III Quadros Síntese IV - Anexos... 33

5 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ I - Nota Introdutória No período entre Novembro e Junho do ano lectivo de 2009/2010, a Comissão de Avaliação Interna dedicou-se à elaboração de inquéritos por questionário, considerando variáveis, categorias e o processo de operacionalização do mesmo. A partir do objectivo geral condizente com a criação da Comissão - proceder à avaliação interna da Escola -, definiram-se os seguintes objectivos específicos: aferir o grau de satisfação de professores, alunos, encarregados de educação, assistentes operacionais e assistentes administrativos relativamente à sua relação com a Direcção, demais órgãos deliberativos, consultivos e estruturas intermédias; conhecer o seu grau de satisfação face à organização, funcionamento e desempenho da Escola; deduzir acerca dos aspectos considerados fortes e aspectos a melhorar na instituição; aferir acerca de contextos metodológicos e culturas de trabalho instaladas, técnicas de avaliação, relação pedagógica; identificar elementos pedagógico-didácticos que, após reflexão em nível particular, mereçam avaliação/ supervisão. O grupo de trabalho procurou sempre privilegiar o grau de comunicabilidade dos instrumentos e a emergência de obtenção de informação, por isso, o trabalho agora apresentado surge num contexto de pilotagem de instrumentos que continuarão o seu processo de construção tendo como base pressupostos metodológicos concretos e que terão nova aplicação após um ciclo temporal adequado.

6 4 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 II - Interpretação e Análise dos Inquéritos Encarregados de Educação O presente questionário de inquérito apresenta como principal objectivo conhecer a opinião dos Encarregados de Educação do 3.º ciclo e ensino secundário acerca da sua relação com a Escola, ambiente educativo, serviços administrativos, relação com a equipa pedagógica, processos de ensino/ aprendizagem e actividades desenvolvidos. Responderam ao total de 34 questões/ afirmações 149 Encarregadas de Educação: 56 do 3º Ciclo, numa percentagem de representatividade total de 38%, e 93 do ensino secundário, perfazendo uma percentagem representativa de 62% Relativamente ao primeiro grupo de afirmações, os inquiridos foram questionados acerca do seu " grau de satisfação " em relação a aspectos como ambiente de estudo, maneira de ensinar, preparação dos educandos, classificações atribuídos, contacto com os professores, vertentes que configuram as práticas de ensino e aprendizagem e de avaliação realizadas na Escola em função das variáveis satisfação nada satisfeito", "pouco satisfeito", mais ou menos satisfeito" bastante satisfeitos e "não sabe". 3º Ciclo Os encarregados de educação dos alunos de 3º ciclo evidenciam, em relação aos aspectos em causa, um grau de satisfação incontroverso, pois a percentagem conjunta entre aqueles que se dizem mais ou menos satisfeitos e os que se declaram bastantes satisfeitos varia entre 84% e 95%. Uma vez confrontados com a opinião relativamente ao seu grau de satisfação face à actuação do Director de Turma, da Direcção, participação dos encarregados de educação na Escola, actividades extracurriculares, horário escolar do educando, actuação dos serviços administrativos e auxiliares de acção educativa, deparamo-nos com percentagens que evidenciam claro grau de satisfação com realce para a actuação do Director de Turma que obtém uma percentagem conjunta entre aqueles que se dizem mais ou menos satisfeitos e os que se declaram bastantes satisfeitos de 95%. As áreas relativas à actuação da Direcção, neste conjunto, atinge 63% de satisfação, tendo 29% dos encarregados de educação optado pela resposta não sabe, tal como o item relativo à sua própria participação na vida da Escola e à actuação dos Serviços Administrativos onde se assinalaram graus de satisfação de 70% e 64% respectivamente e, neste último, uma percentagem de 23,2% para a resposta não sabe. Dos dados se infere que os encarregados de educação do terceiro ciclo evidenciam um grande apreço pela actuação e trabalho do corpo docente e auxiliares de acção educativa. Torna-se, ainda, evidente que o director de Turma é o principal referencial da Escola na família e a porta de entrada desta na instituição.

7 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ Os dados revelam também que, à medida que os agentes/ intervenientes no processo educativo se afastam do aluno em termos de acção directa, estes tendem a ser menos valorizados. Por outro lado, os dados relativos à participação dos encarregados de educação na Escola, sendo satisfatórios, poderão tornar-se representativos de outras dimensões numa próxima amostra se a instituição escolar for mais explicita relativamente ao que pretende da sua participação. Na segunda parte do inquérito, os encarregados de educação foram questionados acerca de um conjunto vasto de itens para aferir o seu grau de concordância ou discordância relativa a aspectos de natureza educativa - como a veiculação de informação relevante sobre faltas, regras de disciplina, gestão de conflitos e o valor de justiça instituído -, de ensino e aprendizagem como a forma de ensinar pelos professores e representação do que é ensinado -, avaliação opinião acerca da preparação dos alunos, responsabilidade e autonomia, infra-estruturas e segurança da Escola e representatividade da acção da Associação de Pais. Os dados recolhidos permitem aferir que os encarregados de educação se assumem de acordo ou muito de acordo com o contributo educativo da Escola, em percentagens de 57,2% a 95%, situando-se o valor médio de concordância acima de 70%. Neste domínio, ressalva-se como valor mais baixo a percentagem de satisfação de 57,2% para a aplicação de critérios de justiça pela Escola na resolução de conflitos e o valor mais elevado, 94,5%, volta a recair sobre as funções inerentes ao cargo de Director de Turma como comunicar com prontidão com a família. No que diz respeito aos processos de ensino e aprendizagem os encarregados de educação revelam uma concordância significativa situada na ordem dos 70%, considerando mesmo em 82% de acordo ou muito de acordo com a forma como os professores ensinam, mas avaliam insatisfatoriamente a abundância das actividades extra-curriculares realizadas, pois apenas 48,2% diz estar de acordo ou muito de acordo com a afirmação. Relativamente à avaliação que os encarregados de educação fazem das aprendizagens realizadas e competências adquiridas, estes situam o seu grau de concordância entre os 71% e os 82,2%, recaindo este último valor percentual sobre a competência de autonomia. Relativamente à infra-estrutura cantina, inquiridos revelam estar em acordo com o seu funcionamento em 66%, mas, neste item, há uma percentagem de indiferença de 21,4%. Já no que diz respeito ao ponto relativo à segurança da Escola, 76% dos encarregados de educação concordam com a ideia de que a Escola é segura Todavia, quando confrontados com o seu grau de concordância face à colaboração da Associação de Pais com a Escola, os encarregados de educação revelam um índice de concordância de 35,7%, ressalvando-se, neste aspecto, a percentagem de 51,8% para a variável indiferente. Este aspecto deve, pois, merecer a reflexão de todos, pois constitui-se como um factor negativo e potencialmente desequilibrador.

8 6 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Secundário Os encarregados de educação dos alunos do Ensino Secundário evidenciam, em relação aos aspectos em causa, satisfação, pois a percentagem conjunta entre aqueles que se dizem mais ou menos satisfeitos e os que se declaram bastantes satisfeitos varia entre 84% e 95%, com maior incidência percentual, no entanto, na variável mais ou menos satisfeito. Uma vez confrontados com a opinião relativamente ao seu grau de satisfação face à actuação do Director de Turma, da Direcção, participação dos encarregados de educação na Escola, actividades extracurriculares, horário escolar do educando, actuação dos serviços administrativos e auxiliares de acção educativa, deparamo-nos com percentagens que evidenciam ainda claro grau de satisfação com realce para a actuação do Director de Turma que obtém uma percentagem conjunta entre aqueles que se dizem mais ou menos satisfeitos e os que se declaram bastantes satisfeitos de 95%. No entanto, as áreas relativas ao horário escolar, neste conjunto, atinge 69% de satisfação, tendo 30,1% dos Encarregados de Educação optado pela resposta nada satisfeito e pouco satisfeito ; também no item relativo às actividades extracurriculares, 19, 3% optou pelas respostas nada satisfeito e pouco satisfeito e 10,8% não sabe. Nas áreas Actuação da Direcção, dos Serviços Administrativos e dos Auxiliares de Acção Educativa o grau de satisfação situa-se entre os 60% e os 70%. Quanto à participação dos pais na vida da Escola, cerca de 77% manifestaram bastante satisfeito, 15% nada satisfeito e pouco satisfeito e 8,6% não sabe. A merecer reflexão, pois, parecem configurar aspectos a melhorar, encontramse o horário escolar e as actividades extracurriculares. Na questão dos horários, entendemos que, no curto prazo, a Escola terá dificuldades em intervir, dado que se encontra sobrelotada e com a previsão das obras para o início do próximo ano lectivo menos margem terá para actuar. Quanto à opinião expressa sobre as actividades curriculares, é nosso entendimento que, sendo estas actividades importantes para o processo educativo de formação integral, importa envolver mais os Encarregados de Educação, dando a conhecer com clareza os objectivos e programas de cada actividade. Para tal, seria de considerar a criação de uma estrutura coordenadora/executiva do PAA. Na segunda parte do inquérito, os encarregados de educação foram questionados acerca de um conjunto vasto de itens para aferir o seu grau de concordância ou discordância relativo a aspectos de natureza educativa - como a veiculação de informação relevante sobre faltas, regras de disciplina, gestão de conflitos e o valor de justiça instituído -, de ensino e aprendizagem como a forma de ensinar pelos professores e representação do que é ensinado -; avaliação opinião acerca da preparação dos alunos, responsabilidade e autonomia ; infra-estruturas e segurança da Escola e representatividade da acção da Associação de Pais. Os dados recolhidos permitem aferir que os encarregados de educação se assumem de acordo ou muito de acordo com o contributo educativo da Escola em percentagens de 25,9% a 95%, situando-se o valor médio de concordância acima de 70%. Neste domínio, ressalva-se como valor mais baixo a percentagem de satisfação de 25,9% para a abundância de actividades extracurriculares e o valor mais elevado,

9 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ ,5%, volta a recair sobre as funções inerentes ao cargo de Director de Turma, como comunicar com prontidão com a família. No que diz respeito aos processos de ensino e aprendizagem os encarregados de educação revelam uma concordância significativa situada na ordem dos 70%, considerando em 77,5% de acordo ou muito de acordo com a forma como os professores ensinam, mas avaliam menos satisfatoriamente os serviços educativos complementares proporcionados pela escola, pois apenas 52,7% diz estar de acordo ou muito de acordo com a afirmação, contra 32,2% que diz estar muito em desacordo ou em desacordo. Relativamente à avaliação que os encarregados de educação fazem das aprendizagens realizadas e competências adquiridas, estes situam o seu grau de concordância entre os 59,1% e os 80,6%, recaindo este último valor percentual sobre a competência de autonomia. Relativamente à infra-estrutura cantina, os inquiridos revelam estar de acordo com o seu funcionamento em 45,1%, mas, neste item, há uma percentagem de indiferença de 25,8% e de 29,1% para muito em desacordo e em desacordo. Já no que diz respeito ao ponto relativo à segurança da Escola, 69,9% dos encarregados de educação concordam com a ideia de que a Escola é segura. Todavia, quando confrontados com o seu grau de concordância face à colaboração da Associação de pais com a Escola, os encarregados de educação revelam um índice de concordância de 29% ressalvando-se, neste aspecto, a percentagem de 58,1% para a variável indiferente. Este aspecto deve, pois merecer a reflexão de todos. Numa análise comparativa do levantamento de dados do Inquérito dos Encarregados de Educação do 3º ciclo e do ensino secundário, podemos afirmar que o leque percentual é mais alargado nas respostas dos E.E. do Ensino Secundário. Estes também tendem a valorizar os aspectos relacionados com o processo de ensinoaprendizagem, nomeadamente com grande preocupação em relação aos horários escolares e ainda com os serviços educativos complementares proporcionados pela escola.

10 8 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Assistentes Operacionais Nesta secção, procedeu-se uma breve análise descritiva aos inquéritos realizados aos Assistentes Operacionais, num total de 32 inquiridos que trabalham na Escola em regime de contrato sem termo, contrato a termo e POC, diurno e nocturno. No item Caracterização da(o) inquirida(o), verificou-se que há uma discrepância de género, com incidência no feminino, o que, no contexto social do Concelho de Felgueiras, pode significar desequilíbrio na execução de tarefas tidas pelas Assistentes como exclusivamente masculinas, um ponto a merecer reflexão, portanto. Verificou-se, ainda neste item, que 87% dos inquiridos têm 6 e mais anos de serviço na Escola, o que, além de conferir maior fiabilidade ao Inquérito, constitui um ponto forte porque permite aos Assistentes Operacionais um melhor conhecimento das tarefas que executam, do funcionamento da Escola e da Comunidade/Meio e possibilita, ainda, à Direcção um conhecimento mais profundo do perfil e potencialidades daqueles para uma melhor gestão do pessoal não docente. Por outro lado, a faixa etária revela-se um aspecto menos positivo, na medida em que está directamente ligada a outro indicador a baixa escolarização e carência de formação inicial destes Assistentes. No primeiro item Grau de satisfação/ insatisfação na relação, actuação e participação na comunidade educativa, entre outros, foi indicada pelos Assistentes Operacionais como muito boa a relação com a Direcção, os professores e o Coordenador. O horário de trabalho e a participação na vida da escola foram também considerados muito bons. Já a actuação da Direcção, do Coordenador e Serviços Administrativos foi considerada boa, bem como outros indicadores, tais como: motivação/ satisfação com o trabalho diário e o ambiente de trabalho entre pares. Apenas satisfatório foi indicado o reconhecimento do desempenho pela Direcção, a oferta de formação e as condições de trabalho (ao nível dos espaços físicos). Estas áreas referidas por último configuram prioridade de intervenção. No segundo item, Grau de acordo/ desacordo em relação aos aspectos gerais do funcionamento da Escola, estes foram indicados como muito bons, nomeadamente, na forma de educar e no contributo dado pelos Assistente Operacionais para a formação integral dos alunos e ainda na manutenção da ordem e disciplina e na relação de respeito por parte dos professores e alunos. Também consideradas muito boas pelos inquiridos foram as capacidades de trabalho em equipa, de adaptação e a autonomia no desempenho das suas funções. Resulta, no entanto, numa aparente contradição a afirmação por parte dos inquiridos de que a formação para o desempenho das funções é muito boa mas a adequação do perfil para o cargo que o Assistente desempenha é considerado bom. Considerado bom foi também o funcionamento da Cantina, embora o indicador revele pouca adesão dos Assistentes.

11 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ Como apenas satisfatórios foram referidos os indicadores relativos à informação sobre assuntos de interesse próprio e o grau de conhecimento do Regulamento Interno da Escola. Estes aspectos configuram área de intervenção prioritária, nomeadamente ao nível do aprofundamento das relações entre o elemento representante dos Assistentes Operacionais no Conselho Pedagógico, o Coordenador e a Direcção, por exemplo, através da realização de reuniões mensais. Globalmente, a Escola foi considerada como tendo um bom funcionamento, com segurança e boa gestão de conflitos, sendo considerada muito bem vista pela Comunidade.

12 10 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Assistentes Administrativos Nesta secção são analisados os resultados do inquérito realizado a sete assistentes administrativos, num total de dez, preencheram um inquérito anónimo. Na caracterização dos inquiridos, verifica-se, por um lado, que existe uma enorme discrepância de género e, por outro, uma elevada experiência, o que permite o conhecimento das tarefas administrativas que executam. Aos administrativos foram, inicialmente, colocadas treze questões para, assim, registarem o seu grau de satisfação em relação ao funcionamento da Escola., numa escala que vai de nada satisfeito, pouco satisfeito, mais ou menos satisfeito, bastante satisfeito e não sabe. Quanto à relação e à actuação dos que trabalham directa e diariamente com estes serviços, a análise dos resultados mostra-nos que a relação é, segundo a opinião dos assistentes administrativos, satisfatória com a Direcção, boa com os professores e muito boa com o Coordenador Técnico; a actuação da Direcção é considerada satisfatória enquanto a do Coordenador Técnico e a dos assistentes operacionais é vista como sendo boa. Todos os inquiridos avaliam o seu horário de trabalho como excelente, consideram o ambiente de trabalho entre colegas como muito bom e, na generalidade, sentem-se motivados e satisfeitos no trabalho diário, apesar de acharem que as condições de trabalho poderiam ser melhores. A análise dos resultados desta primeira parte do inquérito comprova a existência de áreas que merecem reflexão e actuação. Em primeiro lugar, verifica-se que, quanto à participação na vida da Escola, os inquiridos revelam pouca satisfação, o que indicia a necessidade de práticas para um maior envolvimento em actividades; em segundo, consideram que a oferta de formação é quase nula e, naturalmente, estão muito insatisfeitos; em terceiro, o reconhecimento do desempenho pela Direcção é considerado pouco satisfatório. Na segunda parte do inquérito, os inquiridos responderam a dezanove questões numa escala de muito em desacordo, em desacordo, indiferente, de acordo e muito de acordo. A análise dos resultados da segunda parte mostra-nos que os inquiridos, na generalidade: concordam com as ideias da Escola sobre a forma de educar (de acordo); consideram que a Escola toma medidas necessárias para que não haja incidentes com os alunos (de acordo); acham que na Escola existe ordem e disciplina (de acordo), que é um lugar seguro (de acordo), que funciona bem (de acordo) e que é bem vista na comunidade (de acordo). Por outro lado, e estranhamente, tendo em conta as respostas anteriores, os inquiridos consideram, na maioria, que quando há conflitos, na Escola, os mesmos não são resolvidos com justiça e imparcialidade, aspecto que pode reflectir o período de transição que se está a viver no processo de avaliação de desempenho. Saliente-se, ainda, o facto de quase todos os inquiridos responderem Indiferente à questão sobre se as regras de disciplina da Escola são ou não

13 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ adequadas, mostrando um certo alheamento em relação a determinados assuntos da comunidade educativa. A análise dos resultados mostra que 100% dos inquiridos considera ser respeitado pelos professores e alunos. Todos os inquiridos gostam de trabalhar em equipa, consideram-se todos autónomos e activos no desempenho das suas funções, adaptam-se todos facilmente às mudanças e às novas formas de realizar as tarefas e são da opinião que o seu perfil é o adequado para o cargo que desempenham, mas 43% (3 em 7) acha que os perfis não são tidos em conta na distribuição de cargos. A maioria dos inquiridos, 72%, considera ter formação suficiente para o desempenho das suas funções, mas afirma, como se viu anteriormente, que necessita de ainda mais, enquanto 57% acha que tem informação suficiente sobre os assuntos da Escola que lhe interessam. Finalmente, 50% dos inquiridos afirma que desconhece o Regulamento Interno da Escola, sendo, sem dúvida, uma área que exige uma reflexão/actuação.

14 12 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Alunos Nesta secção procedeu-se à análise descritiva dos inquéritos realizados aos alunos da escola, num total de 292 inquiridos. O inquérito incidiu sobre seis áreas fundamentais da organização, funcionamento e desempenho da Escola. Ainda em relação à caracterização da amostra de alunos que responderam ao inquérito, é importante salientar o peso significativo dos alunos do ensino secundário (70%) em relação ao ensino básico (30%). 1. Organização e Gestão O relatório que se segue tem como objectivo analisar a opinião dos alunos sobre a Organização e Gestão da Escola no âmbito de: 1.1. Funcionamento da Direcção Aos alunos foram colocadas doze questões, para aferir o seu grau de concordância relativamente a determinadas afirmações, com o intuito de avaliar o exercício de liderança por parte da Direcção, numa escala que vai de discordo totalmente, discordo, concordo e concordo totalmente ou não sabe. Uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que, de uma forma geral, uma percentagem significativa (73%) de alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente com as afirmações que se colocaram em estudo, em relação ao funcionamento da Direcção. Assim, aproximadamente 83% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que a Direcção apresenta, no início do ano, os seus objectivos para o ano lectivo e cuida bem dos equipamentos/instalações escolares. Mostra ainda que aproximadamente 77% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que a Direcção se mostra disponível, que divulga os assuntos de interesse para os alunos, que se preocupa com a indisciplina na escola, é favorável à implementação das novas tecnologias, proporciona actividades extracurriculares e fomenta a participação dos pais na vida da escola. No entanto, mostra também que apenas 54% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que a Direcção, em situação de queixa ou denúncia, age com rapidez, que é imparcial na apreciação das queixas dos alunos e que integra contributos dos alunos nas tomadas de decisão. Este último resultado poderá mostrar que a mensagem de fundamentação das decisões, que muitas vezes a Direcção tem de tomar para resolver os diversos problemas que vão surgindo, não está a ser bem transmitida aos alunos e, por outro lado, mostrar, ainda, a disponibilidade para acolher os contributos que os alunos apresentam para algumas tomadas de decisão da Direcção, uma vez que é fundamental que os alunos sejam comprometidos com as decisões que a Escola toma.

15 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ Funcionamento dos Conselhos de Turma Aos alunos foram colocadas onze questões, para aferir o seu grau de concordância relativamente a determinadas afirmações relacionadas com o funcionamento dos conselhos de turma, como principal órgão de coordenação das actividades e da aprendizagem e muito importante para o sucesso dos alunos, numa escala que vai de discordo totalmente, discordo, concordo e concordo totalmente ou não sabe. Uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que, de uma forma geral, uma percentagem significativa (75%) de alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente com as afirmações que se colocaram em estudo, em relação ao funcionamento dos conselhos de turma. Assim, aproximadamente 85% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que no conselho de turma analisa o comportamento da turma, define os critérios de avaliação para a turma e avalia os alunos em conformidade com os critérios. Verifica-se ainda que aproximadamente 80% dos alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente que os conselhos de turma analisam bem o aproveitamento, os problemas disciplinares e a assiduidade dos alunos da turma. Mostram também que aproximadamente 66% dos alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente que os conselhos de turma planeiam as actividades extracurriculares, elaboram os planos de apoio para os alunos com dificuldades, definem estratégias comuns para lidar com problemas de indisciplina e que avaliam bem os problemas dos alunos. No entanto, mostram também que apenas 56% dos alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente que o conselho de turma articula bem com os serviços de apoio educativo/psicologia sempre que é necessário. Este resultado exigirá alguma reflexão por parte dos serviços de apoio educativo/psicologia para sejam definidas estratégias de melhor articulação com os conselhos de turma, nomeadamente aqueles que têm alunos mais problemáticos Trabalho do Director de Turma Aos alunos foram colocadas dez questões, com o objectivo de avaliar o seu grau de concordância relativamente a determinadas afirmações, sobre o trabalho do director de turma, numa escala que vai de discordo totalmente, discordo, concordo e concordo totalmente ou não sabe. Uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que de uma forma geral, uma percentagem muito significativa (85%) de alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente com as afirmações que se colocaram em estudo, em relação ao trabalho do director de turma. Assim, aproximadamente 90% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que o director de turma apresenta, no início do ano, os seus objectivos para o ano lectivo e as informações sobre as normas previstas no Regulamento Interno, mostra-se

16 14 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 sempre disponível, apoia as actividades propostas pelos alunos, divulga os assuntos de interesse para os alunos e que se empenha na resolução dos problemas da turma. Verifica-se ainda que aproximadamente 83% dos alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente que o director de turma integra os contributos dos alunos nas tomadas de decisão, em situações de queixa ou denúncia, age com rapidez e contacta regularmente com os pais. Mostram também que aproximadamente 74% dos alunos inquiridos concorda ou concorda totalmente que o director de turma é imparcial na apreciação das queixas e que se envolve na promoção de actividades extracurriculares. 2. Ensino e Aprendizagem Este relatório tem ainda como objectivo analisar a opinião dos alunos sobre o Ensino e Aprendizagem na Escola no âmbito de: 2.1. Utilização de Material na Sala de aula Aos alunos foram colocadas oito questões, para aferir com que frequência os professores utilizam determinados materiais e equipamentos na sala de aula, numa escala que vai de nunca, algumas vezes, muitas vezes e sempre ou não sabe. Uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que aproximadamente 79% dos inquiridos considera que, nas aulas, os professores utilizam muitas vezes ou sempre o manual adoptado e suportes escritos tais como fichas de trabalho, fichas informativas e outros. Verifica-se ainda que aproximadamente 75% dos inquiridos considera que, nas aulas, os professores utilizam muitas vezes ou sempre outros livros, além dos manuais escolares e utilizam suportes visuais tais como fotografias, diapositivos e outros. Mostram também que aproximadamente 89% dos inquiridos considera que, nas aulas, os professores utilizam algumas vezes ou muitas vezes suportes audiovisuais tais como vídeos, filmes DVD, CD e outros, assim como a Internet e o computador. No entanto, mostram também que um número significativo dos alunos inquiridos, 60%, afirma que nas aulas os professores nunca utilizaram o recurso quadro interactivo para apoio às actividades lectivas. Estes dados mostram que há ainda um longo caminho a percorrer para que os professores se sintam confortáveis na utilização desta importante tecnologia no apoio às actividades lectivas que está a ser colocada nas escolas, no âmbito do projecto PTE.

17 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ Modalidades de Trabalho Aos alunos foram colocadas vinte questões, para aferir com que frequência os professores utilizam determinados modalidades de trabalho na sala de aula, numa escala que vai de nunca, algumas vezes, muitas vezes e sempre ou não sabe. Uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que, de uma forma geral, uma percentagem muito significativa (89%) de alunos inquiridos afirma que algumas vezes, muitas vezes ou sempre os professores adoptam a modalidade de trabalho que lhe é apresentada. Verifica-se ainda que aproximadamente 94% dos inquiridos considera que, nas aulas, os professores algumas vezes, muitas vezes ou sempre utilizam a modalidade de trabalho de grupo, trabalho de pares, trabalho individual, solicitam apresentação na aula de pesquisas feitas, abrem espaço para o aluno fazer apresentações orais aos colegas, desenvolvem actividades de pesquisa na internet, apresentam sugestões, fazem apresentação dos assuntos que serão abordados na aula, fazem a discussão dos trabalhos realizados pelos alunos e fazem os registos escritos sobre os tópicos da matéria dada. Mostram ainda que aproximadamente 80% dos inquiridos considera que, nas aulas, os professores algumas vezes, muitas vezes ou sempre fazem a exposição oral do programa, fazem sínteses orais dos assuntos, desenvolvem actividades de pesquisa em suporte escrito (enciclopédias, livros ou outros), promovem a discussão de relatórios de trabalhos experimentais e fazem a devolução comentada dos trabalhos dos alunos. No entanto, mostram também que um número significativo dos alunos inquiridos 32% afirma que nas aulas os professores nunca desenvolveram actividades específicas para os alunos com dificuldades. Este resultado mostra que não é fácil o trabalho dos professores em turmas com um número elevado de alunos e pressionados pelo cumprimento dos programas obrigatórios, dar a devida atenção aos alunos com mais dificuldades. Os resultados mostram ainda que, na nossa escola, os professores utilizam na sala de aula uma grande diversidade de modalidades de trabalho na sua prática lectiva, adaptando-as aos objectivos de cada disciplina Técnicas e Instrumentos de Avaliação Aos inquiridos, foram colocadas onze questões para aferir com que frequência se utilizam determinadas técnicas e instrumentos de avaliação, numa escala que vai de nunca até muitas vezes. No que diz respeito aos testes, 69% dos alunos inquiridos afirma que algumas ou muitas vezes faz testes de resposta aberta; 72% responde que algumas ou muitas vezes os testes são de resposta fechada; e 59% diz que muitas vezes ou sempre faz testes mistos.

18 16 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Quanto aos relatórios, a análise dos resultados mostra-nos que os mais utilizados são os relatórios de trabalhos individuais (76%) e os de trabalhos em grupo (75%). Os relatórios de visitas de estudo (65%) e os de trabalhos experimentais (62%) são também utilizados com alguma frequência, o que nos leva a concluir que os professores recorrem muito a este instrumento de avaliação. Finalmente, verifica-se que as sínteses orais (73%) e as fichas de leitura (78%) são técnicas e/ou instrumentos de avaliação utilizados com muita frequência, enquanto o portefólio é pouco utilizado, como indicam os 39% de respostas nunca Relação Pedagógica Neste item, os alunos responderam, ainda numa escala que vai de nunca até muitas vezes, a doze questões subordinadas ao tema da relação pedagógica. A análise dos resultados mostra-nos que, perante as diversas questões, existem matérias em que os inquiridos revelam um grau de satisfação que se pode considerar próximo do elevado. Os inquiridos são da opinião que muitas vezes ou sempre os professores: ouvem as sugestões dos alunos (68%); esclarecem dúvidas sobre os assuntos abordados nas aulas (80%); esclarecem o processo de avaliação (68%); motivam a turma para trabalhar e estudar (71%); e estimulam a participação dos alunos (63%). Uma leitura atenta dos resultados permite concluir que, em algumas áreas, o grau de satisfação dos inquiridos, na relação pedagógica com os seus professores, é, na nossa opinião, insuficiente e merecem reflexão e mesmo actuação. Assim, os inquiridos consideram que nunca ou somente algumas vezes os professores: integram saberes dos alunos no trabalho realizado na aula (46%); modificam o seu comportamento face às críticas pertinentes dos alunos (53%); elogiam o trabalho realizado pelos alunos (43%); resolvem, com eficácia, os problemas disciplinares na sala de aula (45%); e mostram disponibilidade para ouvir problemas pessoais dos alunos (43%). Verifica-se, ainda, que 60% dos inquiridos considera que muitas vezes ou sempre os professores comentam com os alunos os seus progressos e dificuldades, percentagem que nos parece insuficiente. Finalmente, os alunos acham que 56% dos professores procura muitas vezes ou sempre soluções para os problemas. 3. Cultura da Escola Nesta área, os alunos responderam a dezasseis questões com o objectivo de aferir o seu grau de satisfação em relação à cultura da escola, numa escala que vai de discorda totalmente até concorda totalmente. De uma forma geral, a opinião dos inquiridos relativamente à nossa escola é bastante positiva, como mostra o facto de terem respondido concorda ou concorda totalmente, com percentagens significativas, às seguintes matérias: os alunos são encorajados a trabalhar com empenho (72%); os alunos são reconhecidos quando

19 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ desenvolvem bom trabalho (73%); os alunos são estimulados a participar em actividades de desenvolvimento (69%); os alunos são informados oportunamente dos assuntos relevantes (68%); existe organização na Escola (70%); a Escola é um lugar disciplinado (70%); a Escola é um lugar seguro (66%); a Escola é um lugar agradável de estar (69%); os professores são motivados para trabalhar (67%); os professores são exigentes na atribuição das classificações (83%); os professores são justos na atribuição de classificações (65%); e as normas e o regulamento da Escola são aplicados (63%). A análise dos resultados indica-nos que 50% dos inquiridos discorda totalmente ou discorda que os pais sejam estimulados a participar nas actividades da Escola, percentagem elevada e que nos leva a concluir que é necessário uma reflexão cuidada nesta matéria para que, no futuro, os pais sejam uma presença assídua na nossa Escola. Verifica-se ainda que 56% dos inquiridos consideram que a oferta cultural da Escola é diversificada e somente 47% são da opinião que os funcionários estão motivados para trabalhar. Finalmente, à questão, que tem sido muito debatida nos órgãos competentes, na avaliação, a Escola valoriza em demasia os Outros Critérios em relação ao conhecimento/conteúdos, 49% dos inquiridos respondeu concorda ou concorda totalmente enquanto 43% discorda totalmente ou discorda. 4. Funcionamento dos Serviços da Escola Nesta área, os inquiridos responderam a doze questões com o intuito de aferir o seu grau de satisfação relativamente ao funcionamento dos serviços da nossa Escola, numa escala que vai novamente de discorda totalmente até concorda totalmente. Os inquiridos, perante as questões colocadas, consideram que quase todos os serviços da nossa Escola funcionam devidamente e correspondem às suas necessidades e expectativas. Assim, os inquiridos responderam concorda ou concorda totalmente às seguintes questões: a Papelaria tem os materiais que necessitam (86%) e está organizada (82%); a Reprografia responde às suas necessidades (85%); a Biblioteca Escolar está bem organizada (81%) e tem recursos de que necessita para o seu estudo/trabalho (70%); os Serviços Administrativos (67%) e a Acção Social Escolar (67%) prestam um serviço adequado; os alimentos disponíveis no Bar permitem uma boa alimentação (62%); e a Cantina funciona bem (57%). De referir que uma percentagem razoável dos inquiridos respondeu não sabe às questões relacionadas com o funcionamento da Cantina, do ASE e dos Serviços Administrativos. No que diz respeito ao Serviço de Psicologia e Orientação Escolar, uma percentagem significativa (30% e 33%) respondeu que não sabe como funciona este serviço. No entanto, a opinião é positiva, visto que 51% considera que o SPOE contribui para uma escola do curso adequado ao seu perfil enquanto 48% acha que este serviço apresenta a melhor disponibilidade para atender os alunos.

20 18 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Em relação ao Bar de Alunos, verifica-se 51% considera que o mesmo não se encontra organizado. Parece-nos que esta opinião, por parte dos inquiridos, se deve ao excesso de alunos que provoca filas enormes em intervalos reduzidos e dez minutos. 5. Problemas e aspectos positivos da Escola Relativamente aos problemas e aspectos positivos da Escola, os inquiridos responderam a vinte e três, de acordo com a seguinte escala: não é problema, problema pequeno, problema moderado e problema grave. A análise dos resultados mostra-nos que há aspectos na nossa Escola que os alunos consideram positivos, afirmando que não é problema ou é simplesmente um problema pequeno ou moderado, a saber: a música nos intervalos promove um bom ambiente (88%); o desconhecimento do Regulamento Interno (72%) e do Projecto Educativo (71%); o absentismo dos professores (79%); a falta de cooperação entre professores (67%); a desmotivação dos professores (65%); a falta de preparação científica ou pedagógica dos professores (63%); a desmotivação e o absentismo dos funcionários (65%); a falta de preparação dos funcionários para as funções que desempenham (64%); a falta de interacção da Escola com a comunidade (74%); a falta de liderança da Direcção da Escola (64%); o ruído no meio envolvente à sala de aula (65%); a oferta de formação insuficientes (62%), e a Associação de Estudantes representa bem os alunos da Escola (62%). Em relação aos alunos, os inquiridos consideram como problema grave a desmotivação (47%), o abandono (54%), a indisciplina (56%) e o absentismo (38%), matérias que exigem uma reflexão muito cuidada e uma actuação, como mostram estas percentagens significativas e até preocupantes. No que diz respeito à má preparação prévia dos alunos, 56% dos inquiridos consideram que não estamos perante um problema preocupante, mas aproximadamente 38% acha que é um problema grave. Relativamente ao envolvimento dos pais na vida da Escola, os inquiridos consideram que estamos perante uma realidade positiva. Assim, defendem que o fraco envolvimento dos pais nas actividades da Escola (73%) e o fraco envolvimento dos pais no acompanhamento dos trabalhos dos filhos (68%) não passa de um problema moderado.

21 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ Aspectos positivos e negativos referidos pelos alunos (Resposta Aberta) Aspectos Positivos Nº de vezes referido Aspectos Negativos Nº de vezes referido Música nos Intervalos (Rádio Escola) Condições/Atendimento/Organização no Bar de 35 Alunos 50 Bom Ambiente Escolar 35 Falta de Condições da Escola 43 Conviver/Estar com os Amigos e Colegas Falta de Condições da Sala de alunos 25 (dimensão, limpeza) 20 Organização/Condições na Biblioteca 18 Excesso de Alunos 19 Boas Condições/Instalações da Escola 14 Poucos Funcionários 17 Bom corpo docente 11 Falta de Cobertos para os dias de Chuva 11 Funcionamento/Disponibilidade/Simpatia da Falta de Espaços Comuns 11 Direcção da Escola 9 Funcionamento/Disponibilidade/Simpatia dos Condições/Atendimento na Cantina 11 Funcionários 8 Funcionamento/Disponibilidade/Simpatia dos Funcionários pouco Simpáticos 11 Professores 7 Várias Actividades Extracurriculares 10 Falta de Competência de alguns Funcionários 7 Aprendizagem/Preparação para o Futuro Falta de Condições do Pavilhão de Educação 8 Física (Espaço, Degradação) 7 Vigilância/Segurança na Escola 7 Número insuficiente de Salas de Aula 6 Material Informático/Internet Falta de Condições das Salas de Aula (Espaço, 6 Degradação) 6 Funcionamento dos Serviços da Escola 6 Indisciplina dos Alunos 6 Realização de Torneios Desportivos Espaço Insuficiente e Falta de condições para 6 realizar actividades 6 Construção da Nova Escola 6 Poucas Máquinas de Carregamento 6 Utilização de Cartões Magnéticos 5 Falta de Condições dos Balneários (Espaço) 5 Organização/Condições na Papelaria Falta de Condições nas aulas de Ed. Física em 4 dias de Chuva 5 Boa comida no Bar Muito frio e chuva nos intervalos devido aos 3 alunos estarem fora dos Blocos 5 Variedade na oferta de Cursos 3 Horário Escolar 5 Refeições na Cantina 3 Aulas de Substituição 4 Dinamismo da Escola 2 Más Refeições na Cantina 4 Existência de dia aberto 1 Pouca Variedade de alimentos no Bar de Alunos 3 Preocupação com a Indisciplina na Escola 1 Desmotivação dos professores 3 Realização de Actividades de Intercâmbio 1 Maus professores 3 Poucas Salas de Estudo 3 Desmotivação dos Funcionários 3 Espaço Insuficiente na Biblioteca para a realização de trabalhos 2 Desmotivação dos Alunos 2 Pouca Utilização dos Quadros Interactivos 2 Bullying 2

22 20 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Professores Nesta secção procedeu-se à análise descritiva dos inquéritos realizados aos professores da Escola, num total de 148 inquiridos. Em relação à caracterização dos professores que responderam ao inquérito, é importante salientar o peso significativo do sexo feminino (69%) em relação ao sexo masculino (31%). Por outro lado, dado que o ano lectivo 2009/2010 foi ano de concurso nacional de colocação de professores, verifica-se que um número significativo de professores (37%) estão colocados na escola há menos de 1 (um) ano, pelo que é natural que ainda não estejam totalmente integrados na escola e provavelmente não têm, ainda, um completo conhecimento dos regulamentos internos, do projecto educativo, do projecto curricular, da metodologia de trabalho da escola e dos seus órgãos de gestão intermédios. 1. Organização e Gestão O relatório que se segue tem como objectivo analisar a opinião dos professores sobre a Organização e Gestão da Escola no âmbito de: 1.1. Funcionamento do Departamento Curricular/Grupo Disciplinar Aos professores, foram colocadas vinte e seis questões, sendo quinze para aferir com que frequência determinados assuntos são abordados nas reuniões de departamento/grupo disciplinar e onze para aferir com que frequência são abordados nas reuniões dos grupos de trabalho (ou secção) de ano/nível, criados no seio do departamento ou grupo disciplinar, numa escala que vai de nunca, algumas vezes, muitas vezes e sempre ou não sabe. Nas questões relativas ao funcionamento das reuniões de departamento/grupo disciplinar, uma análise mais cuidada dos resultados mostra-nos que, de uma forma geral, uma percentagem significativa de professores considera que nas reuniões são tratados, muitas vezes ou sempre, todos os itens que se colocaram em estudo. Assim, 70% dos inquiridos considera que nas reuniões são muitas vezes ou sempre definidos os critérios de avaliação, é feito o planeamento das actividades interdisciplinares, são analisados os resultados escolares dos alunos. Verifica-se ainda que aproximadamente 75% dos inquiridos considera que nas reuniões algumas vezes ou muitas vezes são discutidas estratégias de diferenciação pedagógica, é feita a análise e reflexão sobre práticas educativas, é feita a avaliação da eficácia das estratégias de ensino utilizadas, é feita a avaliação dos efeitos de decisões anteriores, é feita a análise das necessidades de formação dos professores, é feita a organização de actividades de complemento curricular e a articulação de actividades com outras áreas disciplinares. Dado que a problemática da indisciplina na escola tem causado alguma preocupação aos professores e dado que 52% dos professores afirma que nunca ou

23 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/ algumas vezes esta problemática é tratada nas reuniões, parece ser importante a definição de uma estratégia para estruturar o trabalho dos departamentos/grupos disciplinares na temática da indisciplina na sala de aula. Verifica-se ainda que 68% dos professores inquiridos considera que nunca (27%) ou algumas vezes (41%) nas reuniões de departamento/grupo disciplinar são definidas estratégias de apoio aos professores menos experientes. Estes dados são preocupantes e exigem reflexão, mostrando a necessidade de serem criados grupos de trabalho por ano/disciplina com o objectivo de se articular, planificar e partilhar material pedagógico entre os pares, assim como promover a colaboração e codocência na sala de aula com reflexão - acção com professores mais experientes. Nas questões colocadas para se aferir com que frequência são abordados determinados assuntos nas reuniões dos grupos de trabalho (ou secção) de ano/nível, criados no seio do departamento ou grupo disciplinar, uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que, de uma forma geral, uma percentagem significativa de professores considera que nas reuniões são tratados algumas vezes ou muitas vezes todos os itens que se colocaram em estudo. Assim, aproximadamente 63% dos inquiridos considera que nessas reuniões são muitas vezes ou sempre distribuídos os tópicos dos programas por períodos/número de aulas, elaboradas as planificações das unidades lectivas e definidos os objectivos gerais da disciplina. Por outro lado, aproximadamente 72% dos inquiridos considera que algumas vezes ou muitas vezes, nestas reuniões é feita selecção e elaboração de materiais pedagógicos, a discussão de estratégias de diferenciação pedagógica, elaboração de testes e/ou outros documentos de avaliação, reflexão sobre as práticas educativas, avaliação das estratégias de ensino utilizadas, a avaliação de efeitos de decisões anteriores, a articulação com a Biblioteca e Clubes e o uso do manual escolar Funcionamento dos Conselhos de Turma Aos professores foram colocadas quinze questões, para aferir com que frequência determinados assuntos são abordados nas reuniões de conselho de turma de que é membro, numa escala que vai de nunca, algumas vezes, muitas vezes e sempre ou não sabe. Nas questões colocadas, uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que, de uma forma geral, uma percentagem muito significativa de professores considera que nas reuniões são tratados, muitas vezes ou sempre, todos os itens que se colocaram em estudo. Assim, aproximadamente 85% dos inquiridos considera que estas reuniões são muitas vezes ou sempre utilizadas para: atribuir as classificações; planear as actividades curriculares interdisciplinares, elaborar o plano e definir as estratégias comuns de apoio aos alunos, definir os critérios de avaliação para as turmas e para fazer a avaliação da eficácia das medidas de apoio implementadas.

24 22 Análise de Resultados dos Inquéritos 2009/2010 Verifica-se ainda que aproximadamente 68% dos professores inquiridos considera que estas reuniões são muitas vezes ou sempre para planear as actividades extra-curriculares, articular com os serviços de apoio educativo/psicologia e para definição de estratégias para envolver os encarregados de educação no acompanhamento dos seus educandos. Dada a importância que se deverá dar aos problemas pessoais dos alunos, aos problemas disciplinares e comportamentais da turma, assim como a articulação das estratégias para resolver os problemas, e dado que os resultados mostram que 20% dos professores consideram que estes assuntos são tratados apenas algumas vezes, parece-nos importante que tais assuntos deveriam ser tratados em todas as reuniões de Conselho de Turma, pelo que se deverá propor a inclusão na ordem de trabalhos de todas as reuniões de conselho de turma o tratamento destes assuntos Funcionamento do Conselho Pedagógico Aos professores foram colocadas treze questões a propósito do funcionamento do Conselho Pedagógico, para aferir o seu grau de concordância relativamente a determinadas afirmações, numa escala que vai de discordo totalmente, discordo, concordo e concordo totalmente ou não sabe. Uma análise cuidada dos resultados mostra-nos que, de uma forma geral, uma percentagem muito significativa (90%) de professores concorda ou concorda totalmente com as afirmações que se colocaram em estudo, em relação ao funcionamento do Conselho Pedagógico. Assim, aproximadamente 85% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que o conselho pedagógico acompanha o Projecto Educativo da Escola, elabora e aprova o Projecto Curricular de Escola, acompanha o desenvolvimento dos projectos desenvolvidos na escola, define a política de avaliações das aprendizagens, aprova os critérios de avaliação da escola, acompanha o plano de formação da escola e acompanha os problemas de indisciplina e comportamento na escola. Mostra ainda que aproximadamente 74% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que o Conselho Pedagógico define os princípios gerais de articulação disciplinar, avalia a eficácia das medidas de apoio educativo implementadas, define as prioridades da escola relativamente ao estabelecimento de parcerias e intercâmbios. Mostra também que apenas 62% dos inquiridos concorda ou concorda totalmente que o Conselho Pedagógico recomenda critérios de formação de turmas, que recomenda critérios de atribuição de turmas e horários de professores e que define estratégias comuns para apoio a alunos com dificuldades de aprendizagem. Os resultados mostram-nos ainda que aproximadamente 14% dos inquiridos não sabe a forma de funcionar do Conselho Pedagógico, nem os assuntos que são tratados nas reuniões. Este resultado é preocupante, exigindo a definição de uma estratégia de divulgação da ordem de trabalhos das reuniões do Conselho Pedagógico, das suas funções, assim como das decisões que são tomadas nas reuniões.