UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MERCADO FINANCEIRO E SEUS PRINCIPAIS TÍTULOS Por: Carolina do Nascimento Ferreira Orientador Prof. Luiz Cláudio Lopes Alves Rio de Janeiro 2009

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MERCADO FINANCEIRO E SEUS PRINCIPAIS TÍTULOS Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa. Por: Carolina do Nascimento Ferreira

3 3 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus que me deu forças para chegar até aqui, à minha família e amigos pelo apoio e à equipe da pós-graduação que me deu base para o fim de mais uma etapa acadêmica.

4 4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho ao meu pai (in memorian), à minha mãe que sempre esteve ao meu lado e ao meu irmão pelo apoio.

5 5 RESUMO O mercado financeiro é onde as pessoas negociam o dinheiro. O mercado financeiro faz a ligação entre as pessoas ou empresas que têm dinheiro e as pessoas ou empresas que precisam de dinheiro. Para que isto ocorra é preciso um intermediário - os bancos. O mercado financeiro leva o dinheiro de quem tem para quem não tem, cobrando uma taxa que chamamos juros. Neste mercado as pessoas também vão buscar serviços como seguro de vida, planos de previdência, cobrança bancária, etc. Todos esses processos são fiscalizados e controlados por entidades como o Banco Central, a BM&FBovespa (Bolsa de valores de São Paulo), CMV (Comissão de Valores Mobiliários) entre outras, sendo que todas estas estão subordinadas ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que é presidido pelo Ministro da Fazenda.

6 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada para a conclusão desse trabalho se deu através de diversas pesquisas em livros, revistas e jornais especializados no assunto, assim como leitura de textos e artigos disponibilizados nos sites de diversas instituições financeiras. Além disso, artigos sobre o mercado financeiro retirados da Internet também foram utilizados para o enriquecimento do trabalho.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 10 CAPÍTULO II - Títulos Públicos Negociados no Mercado Financeiro 25 CAPÍTULO III - Principais Papéis Privados Negociados no Mercado Financeiro 31 CONCLUSÃO 45 BIBLIOGRAFIA 46 ÍNDICE 47

8 8 INTRODUÇÃO Dentro do mercado financeiro existe um grande número de investimentos e agentes importantes para a sinergia deste mercado. O trabalho tem por objetivo explicar a importância de cada agente financeiro e os investimentos que os compõem. Uma conceituação bastante abrangente de Sistema Financeiro poderia ser a de um conjunto de instituições que se dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. O Mercado Financeiro permite que um agente econômico qualquer, seja um indivíduo ou uma empresa, sem perspectivas de aplicação, em algum empreendimento próprio, da poupança que é capaz de gerar, seja colocado em contato com outro, cujas perspectivas de investimento superam as respectivas disponibilidades de poupança. Portanto, o Mercado Financeiro pode ser considerado como elemento dinâmico do processo de crescimento econômico, uma vez que permite a elevação das taxas de poupança e investimento. Nos Mercados Financeiros o que se comercializa são "pedaços de papel" que não ajudam fisicamente ninguém a produzir nada como no Mercado de Capitais. Esses pedaços de papel são chamados Ativos Financeiros e funcionam como dividendos futuros ou pagamentos de juros futuros ao seu proprietário. Assim, o valor de um Ativo Financeiro é calculado da mesma maneira que qualquer outro ativo, ou seja, o método de avaliação de preços é uma conexão entre Mercados de Capitais e Mercados para Ativos Financeiros. Para obter dinheiro para as compras de capital, as empresas emitem papéis de reconhecimento de dívida de longa duração e os trocam pelo dinheiro necessário. Isso deixa a empresa com capital e uma obrigação de longa duração

9 9 para pagar futuramente. Logicamente, quanto maior for a expansão do capital da empresa maior o valor dos papéis emitidos e, portanto, maior sua dívida futura. Logo, a empresa teria que optar por ser compradora no Mercado de Capitais e fornecedora no Mercado Financeiro.

10 10 CAPÍTULO I ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL O sistema financeiro brasileiro pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que tem o objetivo de transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas e governo) superavitários para os deficitários, ou seja, propiciar condições que satisfazem a manutenção de um fluxo de recursos entre poupadores e investidores. É em função do processo de distribuição de recursos no mercado que se evidencia a função econômica e social do sistema financeiro. O mercado financeiro pode ser considerado como elemento dinâmico no processo de crescimento econômico, pois permite a elevação das taxas de poupança e investimento. Uma característica presente na estrutura do sistema financeiro nacional são os conglomerados financeiros, criados em função da política de concentração bancária desenvolvida nas últimas décadas por intermédio principalmente de fusões e aquisições. Esses conglomerados financeiros, por meio das diversas instituições que estão sob seu controle, costumam atuar nos diversos segmentos financeiros do mercado, limitando bastante a atuação de instituições independentes no mercado. (ASSAF NETO, 1999, p.57). No Brasil, esse sistema foi estruturado e regulado pela Lei de Reforma Bancária (1964), Lei do Mercado de Capitais (1965) e, por último, a Lei de Criação dos Bancos Múltiplos (1988). Sendo constituído por todas as instituições financeiras, públicas ou privadas, existentes no país. Sua estrutura básica é composta pelos subsistemas Normativos e de Intermediação.

11 Subsistema Normativo Esse subsistema controla e exerce a fiscalização das instituições de intermediação, disciplinando todas as modalidades e operações de crédito, como também a emissão e distribuição de valores mobiliários. As normas e disciplina operacional são impostas ao sistema por meio de resoluções, circulares, instruções e atos Conselho Monetário Nacional (CMN) O Conselho Monetário Nacional é um órgão eminentemente normativo não desempenhando nenhuma atividade executiva, além de ser uma entidade superior do sistema financeiro no país. Foi criado pela Lei 4595, de 31 de dezembro de É esse conselho que processa todo o controle do sistema financeiro, harmonizando suas decisões de política monetária, creditícia e cambial com todo o complexo das políticas de investimento, de capital estrangeiro e de comércio exterior do país, além de assumir funções de legislativo das instituições financeiras públicas e privadas. Esse conselho é responsável pela fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do país. Assaf Neto defende que: O Conselho Monetário está revestido de amplas atribuições, que podem ser identificadas na finalidade principal de sua criação: formulação de toda a política de moeda e do crédito, objetivando atender aos interesses econômicos e sociais do país (p. 61). É o Conselho Monetário Nacional que: Adapta o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional; Regula o valor interno da moeda, prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários; Regula o valor externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamento;

12 12 Regulamenta as taxas de juros, comissões e outras remunerações das instituições financeiras do país; Regula a constituição e funcionamento das instituições financeiras, bem como zelar por sua liquidez; Estabelece diretriz para instituições financeiras por meio de determinação de índices de encaixe, de capital mínimo, de normas de contabilização etc.; Disciplina todos os tipos de créditos como também orienta as instituições financeiras no que se refere a aplicação dos recursos, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado da economia brasileira; e Regula as operações de redescontos e as operações no âmbito do mercado aberto. Sua composição é formada pelo Ministro de Estado da Fazendo, Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central. Os integrantes do Conselho são nomeados diretamente pela função que exercem, ou seja, o presidente do CMN sempre será o Ministro de Estado da Fazenda se, por algum motivo, este for destituído da função, logo deixa de ser o presidente do Conselho Banco Central do Brasil (BACEN) Criado em 1964 com a promulgação da Lei 4595, o Banco Central do Brasil atua como órgão executivo central do sistema financeiro do país, ou seja, age como um banco fiscalizador e disciplinador do mercado financeiro, definindo regras, limites, condutas e penalidades às instituições. É considerado também o gestor do sistema financeiro e executor da política monetária, pois lhe cabe a responsabilidade de cumprir e fazer as disposições que regulam o funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN.

13 13 Assim como agem os outros bancos centrais do mundo, o brasileiro é a autoridade monetária principal do país, tendo recebido esta competência de três instituições diferentes: a Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil (BB) e o Tesouro Nacional. Esta instituição está vinculada ao Ministério da Fazenda do Brasil. São da privativa competência do BACEN as seguintes atribuições: Emitir papel-moeda e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional; Executar os serviços do meio circulante; Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; Exercer o controle do crédito sob suas mais diversas formas; Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; Exercer a função de "banco dos bancos", à medida que recebe com exclusividade os depósitos compulsórios dos bancos comerciais e fornece empréstimos de liquidez e redescontos; e Atuar como banqueiro do governo, financiando o Tesouro Nacional, mediante a colocação de títulos públicos e administrando a dívida pública interna e externa. A instituição do Banco Central desempenha atualmente um papel crucial na política econômica do país guardando relevante valor na organização financeira brasileira com o intuito de melhor aplicabilidade das normas e funções econômicas. Segundo Assaf Neto: É também considerado um executor da política monetária, ao exercer o controle dos meios de pagamento e executar o orçamento monetário e um banco do governo, na gestão da dívida pública interna e externa (p. 62).

14 Comissão de Valores Mobiliários (CVM) A CVM foi instituída pela Lei 6385 de 7 de dezembro de 1976, porém veio sofrendo diversas alterações ao longo dos anos até que, pela Lei nº 10411, de 26 de fevereiro de 2002, juntamente com a Lei das Sociedades por Ações (6404/76) disciplinam o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas. A Comissão de Valores Mobiliários tem autonomia para disciplinar, normalizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado brasileiro. Seu poder de normalizar atinge todos os assuntos referentes ao mercado de valores mobiliários. É voltado especificamente para o desenvolvimento, a disciplina e a fiscalização do mercado de valores mobiliários não emitidos pelo sistema financeiro e pelo tesouro nacional basicamente de ações e debêntures. São funções básicas da Comissão de Valores Mobiliários, entre outras, promover medidas incentivadoras à canalização das poupanças ao mercado acionário; estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado acionário, em bases eficientes e regulares; assegurar a lisura nas operações de compra e venda de valores mobiliários e promover a expansão de seus negócios. Dar proteção aos investidores de mercado. (ASSAF NETO, 1999, p.63). Essa Comissão tem como objetivos fundamentais: Estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; Assegurar o funcionamento eficiente e regular das Bolsas de Valores e de outras instituições auxiliares que operam neste mercado; Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e outros tipos de atos ilegais; Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;

15 15 Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; Assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários; e Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas. É uma entidade auxiliar, autárquica, autônoma e descentralizada, mas vinculada ao governo, tendo sua atuação da Comissão de Valores Mobiliários abrange três importantes segmentos do mercado: instituições financeiras, companhias de capital aberto e investidores Banco do Brasil (BB) O Banco do Brasil é uma instituição financeira brasileira de sociedade anônima de capital misto, cujo controle acionário é exercido pela União com 70% de suas ações no mercado. Até 1986, o BB era considerado uma autoridade monetária, atuando na emissão de moeda brasileira através de acesso direto à conta movimento do tesouro nacional. Porém, decidido pelo Conselho Monetário Nacional, o privilégio da instituição foi revogado, mantendo sua função de principal agente financeiro do Governo Federal. Atualmente a instituição é um banco financeiro que atua como um banco múltiplo tradicional embora ainda opere, em muitos casos, como agente financeiro do governo federal e o principal executor da política de crédito rural. Conserva, ainda, algumas funções que não são próprias de um banco comercial comum, mas típicas de parceiro principal do governo federal na prestação de serviços bancários.

16 16 No desenvolvimento de suas atividades, o Banco do Brasil assume três funções distintas: Agente Financeiro do Governo Federal: na execução de sua política creditícia e financeira, recebendo os tributos e as rendas federais, realizando os pagamentos necessários e constantes do orçamento da União, recebendo depósitos compulsórios e voluntários das instituições financeiras, efetuando redescontos bancários e executando a política de preços mínimos dos produtos agropecuários. Executa ainda a política de comércio exterior do governo, adquirindo ou financiando bens de exportação e atua como agente pagador e recebedor no exterior; Banco Comercial: Exerce as atividades próprias dessas instituições. Mantém contas correntes de pessoas físicas e jurídicas, opera com caderneta de poupança, concede créditos de curto prazo aos vários segmentos e agentes da economia, executa operações de descontos, além de outras funções típicas de bancos comerciais; e Banco de Investimento e Desenvolvimento: opera em algumas modalidades com créditos a médio e longo prazo. Financia atividades rurais, comerciais, industriais e de serviços (Banco de Investimento) e fomenta a economia de diferentes regiões ao atender suas necessidades creditícias (Banco de Desenvolvimento). Além de fortalecer o setor empresarial brasileiro por meio do apoio a setores estratégicos e às pequenas e médias empresas do país Bancos de Desenvolvimento Econômico e Social A criação dos Bancos de Desenvolvimento no Brasil se deu antes das reformas institucionais de 1965 e Na década de 50, foi criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDE) que passou a denominar-se em seguida de Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

17 17 O BNDES foi criado pela Lei 1628 de 20 de junho de 1952 sendo enquadrada como uma empresa pública federal mas com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio graças a Lei 5662 de 21 de junho de Esse órgão é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país ocasionando a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da população. O objetivo principal do BNDES é o de reequipar e fomentar, por meio de várias linhas de crédito voltadas para os setores industrial e social, as empresas consideradas de interesse ao desenvolvimento do país. (ASSAF NETO, 1999, p.65). É a principal instituição especializada de fomento que opera no Brasil, orientado para os seguintes objetivos: Impulsionar o desenvolvimento econômico, visando estimular a expansão da economia nacional e do crescimento continuado do PIB; Fortalecer o setor empresarial nacional, apoiando as atividades das pequenas, médias e grandes empresas em todo o país; Atenuar os desequilíbrios regionais, estimulando a formação de novos pólos de produção; Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de serviços, buscando a compatibilização das iniciativas destes segmentos; e Apoiar o crescimento e diversificação das exportações; O BNDES conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo, respectivamente, de financiar a comercialização de máquinas e equipamentos e de possibilitar a subscrição de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. Além disso, a BNDESPAR atua como garantia oferecida no lançamento público de novas ações, e financiamento para que os acionistas venham a subscrever o aumento de capital da empresa. As três

18 18 empresas, juntas, compreendem o chamado "Sistema BNDES". Para a consecução das suas atividades, o sistema conta com recursos do PIS/PASEP, dotações orçamentárias da união, recursos captados no interior e recursos provenientes do retorno das aplicações efetuadas Caixa Econômica Federal (CEF) A Caixa Econômica Federal constitui-se no principal agente do Sistema Financeiro Habitacional, atuando no financiamento da casa própria, com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), caderneta de poupança e de fundos próprios dos agentes financeiros. É classificada como órgão auxiliar do Governo Federal na execução de sua política creditícia, além de ser uma empresa pública com caráter excepcional com serviços bancários autorizados pelo Conselho Monetário Nacional. Assaf Neto defende que a instituição pode ser classificada como órgão auxiliar do Governo Federal na execução de sua política creditícia. É a instituição financeira responsável pela operação das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico, caracterizando-se cada vez mais como o banco do apoio ao trabalhador de baixa renda. Atuando nas áreas de atividade relativas a bancos comerciais, sociedade de crédito imobiliária de saneamento e infra-estrutura urbana, além de prestação de serviço de natureza social, delegada pelo Governo Federal. São alguns dos objetivos da Caixa Econômica Federal: Administrar, com exclusividade, os serviços das loterias federais; Centralizar as operações como o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), PIS (Programa de Integração Social) e Habitação Popular (PAR - Programa de Arrendamento Residencial, Carta de Crédito, FGTS, entre outros);

19 19 É agente pagador do Bolsa-Família, programa de complementação de renda do Governo Federal e do Seguro-Desemprego; Ter o monopólio das operações de penhor Subsistema de Intermediação Também denominado de operativo, esse subsistema é composto pelas instituições (bancárias e não bancárias) que atuam em operações de intermediação financeira Instituições Financeiras Bancárias econômicas. Nesse grupo englobam os bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas Os bancos comerciais são instituições financeiras constituídas obrigatoriamente sob a forma de sociedades anônimas (S/A). A grande característica desses bancos é a sua capacidade de criação de moeda, na qual é estabelecida com base nos depósitos à vista captados no mercado. São intermediários financeiros que transferem recursos dos agentes superavitários para os deficitários, mecanismo esse que acaba por criar moeda através de efeito multiplicador. Esses bancos oferecem prestação de serviços como uma das principais atividades, podendo realizar pagamentos de cheques, transferências de fundos, ordens de pagamento, cobranças diversas, recebimentos de impostos e tarifas públicas, aluguel de cofres e custódia de valores, serviços de câmbio entre outras atividades. Suas principais operações ativas desenvolvidas concentram-se na concessão de créditos por meio de descontos de títulos, crédito rural, pessoal, adiantamento sob caução de títulos comerciais, cheques especiais, etc.

20 20 A grande característica doa bancos comerciais é a sua capacidade de criação de moeda (moeda escritural), a qual é estabelecida com base nos depósitos a vista captados no mercado. (ASSAF NETO, 1999, p.67). Os bancos múltiplos surgiram como reflexo da própria evolução dos bancos comerciais e crescimento do mercado. A tendência de se formarem conglomerados financeiros no mercado é também conseqüência do interesse dos bancos em promover sinergia em suas operações, permitindo que uma instituição complete sua atividade de intermediação. Inicialmente, o mercado adotou de forma espontânea o conjunto de operações financeiras, reunindo-as em torno de uma única unidade decisória. Mais tarde as autoridades monetárias reconheceram essa estrutura, regulamentando o funcionamento dos bancos múltiplos. O projeto prevê sua formação com base nas atividades de quatro instituições: banco comercial, banco de investimento e de desenvolvimento, sociedade de crédito, financiamento e investimento e sociedade de crédito imobiliário. Para que uma instituição seja configurada como um banco múltiplo, ela deve operar pelo menos duas carteiras apresentadas, cada uma delas necessariamente de banco comercial ou de banco de investimento Instituições Financeiras Não Bancárias As instituições financeiras não bancárias ou não monetárias, são aquelas que não são capacitadas para emitir moeda ou meios de pagamento, como os bancos comerciais. Ou seja, captam recursos através de emissão de títulos para emprestar e, portanto, intermediam a moeda. Os bancos de investimento são grandes municiadores de créditos de médio e longo prazo no mercado, suprindo os agentes carentes de recursos para investimento em capital de giro e capital fixo. Como agente financiador, esses bancos efetuam principalmente operações de maior escala, como repasses de

21 21 recursos oficiais de crédito, repasses de recursos captados no exterior, operações de subscrição pública de valores mobiliários, lease-back e financiamentos de bens de produção a profissionais autônomos. Eles podem também, dedicar-se à prestação de vários tipos de serviços, tais como: avais, fianças, custódias, administração de carteiras de títulos e valores mobiliários por exemplo. Esses bancos operam em grande parte, com recursos de terceiros provenientes principalmente da colocação de certificados de depósitos bancários (CDB), vendas de cotas de fundos de investimento, empréstimos contratados no país e no exterior e de captação e repasse de recursos e etc. Essas entidades não podem destinar recursos a empreendimentos mobiliários e tem limites para investimentos no setor estatal. Os bancos de desenvolvimento são instituições públicas de âmbito estadual, que visam promover o desenvolvimento econômico e social da região. Desta forma eles apóiam formalmente o setor privado da economia, por meio de operações de empréstimos e financiamentos, arrendamentos mercantis entre outras operações. Esses bancos são regidos pelas normas legais vigentes a todas as demais instituições do Sistema Financeiro Nacional. Destacam-se outros bancos regionais de desenvolvimento como, por exemplo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), o Banco da Amazônia, dentre outros. As sociedades de crédito, financiamento e investimento, mais conhecidas por financeiras, dedicam-se basicamente ao financiamento de bens duráveis às pessoas físicas por meio do mecanismo denominado crédito direto ao consumidor (CDC). Além dos recursos próprios gerados em suas operações, a principal fonte de recursos dessas instituições consiste no aceite e na colocação de letras de câmbio no mercado. Outra forma de atuação dessas sociedades é o crédito de interveniência. Nessa modalidade, a instituição adquire os créditos comerciais de uma loja. Por ser credor do contrato de crédito firmado, a empresa comercial emite as letras de cambio correspondentes e a financeira as aceita. Tratando-se de uma

22 22 atividade de alto risco, seu passivo é limitado a doze vezes seu capital mais reservas. Sociedades de arrendamento mercantil predominam pela realização de operações de arrendamento mercantil (leasing) de bens nacionais, adquiridos de terceiros e destinados ao uso de empresas arrendatárias. O recursos utilizados nesta operação são levados principalmente por meio de emissões de debêntures e empréstimos no país e no exterior. As sociedades financeiras podem ser classificadas como: Independentes, quando atuam sem nenhuma vinculação com outras instituições do mercado financeiro; Ligadas a conglomerados financeiros; Ligadas a grandes estabelecimentos comerciais; e Ligadas a grandes grupos industriais, como montadoras de veículos por exemplo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) Com o fim do Banco Nacional de Habitação, o sistema financeiro habitacional brasileiro passou a ser constituído por instituições integrantes ao SBPE, ou seja: Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo de bancos múltiplos. Ao contrario das Caixas Econômicas, as sociedades de crédito imobiliário são voltadas ao público de maior renda. A captação ocorre através de letras Imobiliárias, depósitos de poupança e repasse de Caixa Econômica Federal. Esses recursos são destinados, principalmente, ao financiamento imobiliário direto ou indireto.

23 Instituições Auxiliares As bolsas de valores são associações civis sem fins lucrativos, onde seus patrimônios são constituídos por títulos patrimoniais adquiridos por seus membros, as sociedades corretoras. As bolsas mantêm um local onde são negociados os títulos e valores mobiliários de pessoas jurídicas públicas e privadas. Essas instituições atuam com diversos tipos de mercado. No mercado a vista, são realizadas operações com liquidação financeira imediata ou, no máximo, num prazo bastante curto. Nos mercados a termo, opções e futuros, cada um possui características próprias de funcionamento. Mas a bolsa de valores deve dotar seu local de funcionamento de todas as condições para que os negócios se efetuem num mercado livre e aberto. O denominado "mercado de balcão" resume as operações realizadas com diferentes tipos de papéis, não necessitando estar registrados em bolsa, como, os títulos patrimoniais de associações diversas, ações de empresas não registradas em bolsas de valores, e outras espécies de títulos. As sociedades corretoras são instituições que efetuam, com exclusividade, a intermediação financeira nos pregões das bolsas de valores, das quais são associadas mediante a aquisição de um título patrimonial. Alguns direitos que competem às sociedades corretoras: Promover ou participar de lançamentos públicos de ações; Administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários; Organizar e administrar fundos e clubes de investimentos; Efetuar operações de intermediações de títulos e valores mobiliários, por conta própria e de terceiros; Efetuar operações de compra e venda de metais preciosos, por conta própria e de terceiros;

24 24 Operar em bolsas de mercadorias e futuros, por conta própria e de terceiros; Operar, como intermediadora, na compra e venda de moedas estrangeiras, por conta e ordem de terceiros (operações de câmbio); e Prestar serviços de assessoria técnica em operações inerentes ao mercado financeiro. As sociedades distribuidoras instituições intermediadoras de títulos e valores mobiliários têm como objetivos básicos uma grande semelhança com as corretoras. Os agentes autônomos de investimentos são pessoas físicas credenciadas pelas instituições financeiras intermediárias para atuarem na colocação de títulos e valores mobiliários e outros serviços financeiros Instituições Não Financeiras As sociedades de fomento comercial (factoring) são empresas comerciais (não financeiras) que operam por meio de aquisição de duplicatas ou cheques, por exemplo, na forma de uma operação de desconto bancário. Sendo que a empresa é responsável pelos riscos que poderão ocorrer, para isso, cobram juros, repassando ao cliente os resultados dos líquidos no ato das operações. Essas empresas têm como fonte de recursos principal os fundos próprios e empréstimos bancários. O factoring não é considerado uma operação financeira de crédito, e sim uma transferência (cessão) plena dos créditos da empresas produtora para o factor, isto é, uma aquisição definitiva dos valores recebíveis, inclusive do risco inerente ao pagamento desses valores. (ASSAF NETO, 1999, p.74). As companhias seguradoras estão consideradas no sistema financeiro por terem de aplicar parte de suas reservas técnicas no mercado capital.

25 25 CAPÍTULO II TÍTULOS PÚBLICOS NEGOCIADOS NO MERCADO FINANCEIRO No Brasil, os títulos públicos podem ser emitidos pelo Poder Federal, Estadual e Municipal. Eles são identificados no mercado financeiro com diferentes condições de prazo e formas de remuneração. Resumidamente, estes títulos têm por objetivo: ceder a consecução da política monetária, regulando os fluxo dos meios de pagamento à economia; e financiar o déficit orçamentário e de caixa do Governo. Os títulos públicos dos Governos Estaduais e Municipais são criados para atender as mesmas finalidades com exceção da gestão da política monetária Definição de Título Público O Tesouro Nacional utiliza a emissão de títulos públicos como uma das formas de captação de recursos para financiar atividades do Governo Federal, como por exemplo, educação, saúde e infra-estrutura do país e são vendidos a instituições financeiras num leilão primário. Estes títulos são uma opção de investimento para a sociedade e representam a dívida mobiliária da União. Eles são resgatados em data predeterminada por um valor específico, atualizado ou não por indicadores de mercado (índices de preços). No leilão primário são negociados os títulos diretamente com o Tesouro Nacional. Apenas instituições financeiras podem participar desse leilão, encaminhando propostas para os dealers, que são os representantes do Tesouro. Uma vez efetuada a compra, o título pode ser negociado ou servir como lastro

26 26 para troca de reservas entre diferentes instituições financeiras. Para esse tipo de negociação, existe um mercado secundário, chamado open market, onde a venda de títulos é realizada com o compromisso de recompra futura. Esse mercado garante às instituições financeiras caixa proveniente da transferência de reservas lastreadas em títulos públicos. Quando essa venda tem garantia de recompra por um dia é classificada como overnight, que forma uma taxa de juros controlada e movimentada pela selic para a formação da taxa selic. Além dos títulos federais, há títulos emitidos por governos estaduais e municipais. Esse mercado, porém, tem pouca liquidez no Brasil. Pessoas físicas, antigamente, compravam títulos públicos apenas indiretamente, através da aquisição de cotas de fundos de investimento. Os recursos provenientes das aplicações em fundos de investimento são utilizados pelas Instituições Financeiras para adquirir títulos públicos no mercado primário (leilões tradicionais do Tesouro Nacional) ou no mercado secundário (negociações com outros agentes). A partir da implantação do Tesouro Direto, os poupadores ganham uma forma alternativa de aplicação dos seus recursos com rentabilidade e segurança, sem a necessidade de intermediação financeira nas negociações. Além disso, os investidores se beneficiam de poder administrar diretamente seus próprios recursos adequando os prazos e indexadores dos títulos aos seus interesses. Para comprar estes títulos basta ser residente no Brasil, possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF) e estar cadastrado em alguma das Instituições Financeiras habilitadas a operar no Tesouro Direto. O Agente de Custódia da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) é quem faz o cadastro desse comprador. Os Agentes de Custódia são instituições participantes da CBLC que prestam o serviço de guarda dos títulos de seus clientes. São elegíveis como Agentes de Custódia as seguintes instituições financeiras: Corretoras de Valores,

27 27 Bancos Comerciais, Múltiplos ou de Investimento e Distribuidoras de Valores. A compra de títulos no Tesouro Direto por meio de uma instituição financeira é possível através da compra de títulos por meio deste agente que é formalmente autorizado a efetuar compras e vendas em nome do investidor no Tesouro Direto. Uma vez autorizado, somente o agente poderá realizar compras e vendas e o investidor poderá efetuar consultas de saldos e extratos de títulos. O denominado Certificado de Privatização foi emitido pelo Tesouro Nacional com a expectativa de promover a aquisição de ações de empresas estatais em seu processo de privatização. As autoridades colocaram compulsoriamente esses títulos nas instituições financeiras privadas, companhias de seguros e de assistência privada. Esse certificado é escritural, sendo negociado no mercado (pode também participar dos pregões das bolsas de valores) geralmente com deságio. (ASSAF NETO, 1999, p.75). Estão disponíveis para compra os seguintes títulos: Letras Financeiras do Tesouro (LFT), Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Notas do Tesouro Nacional, série C (NTN-C). A rentabilidade varia de acordo com o tipo de título e o preço de aquisição, podendo ser prefixada (LTN), indexada à taxa SELIC (LFT) ou indexada ao IGPM (NTN-C). A rentabilidade passada dos títulos não é garantia de rentabilidade futura Letras do Tesouro Nacional (LTN) São títulos de responsabilidade do Tesouro Nacional Brasileiro, emitido com a finalidade de cobrir o déficit orçamentário do país, como também para realização de operações de crédito por antecipação da receita. Sua emissão se deve, exclusivamente, sob a forma escritural, mediante registros dos respectivos direitos creditórios no SELIC, por intermédio do qual são também creditados os resgates do principal e dos juros. Tem um prazo mínimo de 28 dias e são negociados com

28 28 deságio, além de ser um título de rentabilidade prefixada, por intermédio de instituições autorizadas a operar nos mercados financeiros e de capitais Notas do Tesouro Nacional (NTN) É um título de rentabilidade pós-fixada (exceto NTN-F) atrelado a um indexador, que possui diversas séries, cada uma com um índice de atualização próprio (IGP-M, dólar, TR, etc.). São nominativos e têm isenção de impostos nos juros pagos periodicamente. Também é emitido pelo Tesouro Nacional, emitido sob a forma escritural e opera para cobrir o déficit orçamentário, respeitando a autorização concedida e os limites fixados pela Lei Orçamentária do país. A custódia e liquidação financeira desses títulos são efetuadas através do SELIC com a interveniência de instituições financeiras e do sistema distribuidor de títulos e valores mobiliários Notas do Banco Central (NBC) São títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil, emitido com o objetivo de servir como instrumento de política monetária. É negociado no mercado de balcão (mercado aberto) das instituições financeiras e das instituições do mercado distribuidor na forma exclusivamente escritural, cuja custódia e liquidação financeira é efetuada somente através da SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia. É título de rentabilidade pós-fixada, possuindo diversas séries. Geralmente têm prazos de 90 e 180 dias.

29 Letras Financeiras do Tesouro (LFT) São títulos criados pelos Estados e Municípios brasileiros destinados a substituir as antigas Obrigações dos Tesouros Estaduais e Municipais (OTE s e OTM s), bem como ao atendimento das operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, ao giro da dívida pública e ao financiamento de planos, programas e obras prioritárias, necessárias ao desenvolvimento econômico-social do Estado ou Município. Tem sua remuneração atrelada ao mercado overnight (SELIC), tem sua rentabilidade pós-fixada e possui alta liquidez Letras do Banco Central (LBC) É um título de responsabilidade do Banco Central do Brasil, emitido com o objetivo de servir como instrumento de política monetária. É negociado no mercado de balcão das instituições financeiras e das instituições do mercado distribuidor na forma exclusivamente escritural, cuja custódia e liquidação financeira é efetuada somente através do SELIC. Possui sua rentabilidade pósfixada, definida pela taca selic, que é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no SELIC para títulos públicos federais. São semelhantes às LFT Bônus do Banco Central (BBC) São títulos públicos de curto prazo, de rentabilidade prefixada ou pós-fixada e negociados com deságio. Também é de responsabilidade do Banco Central do Brasil e emitido com o mesmo objetivo da LBC. Sua rentabilidade é sob a forma de desconto, representado pela diferença, em moeda corrente, entre o preço de

30 30 colocação pelo Banco Central (em leilões de oferta pública) e o valor nominal de resgate.

31 31 CAPÍTULO III PRINCIPAIS PAPÉIS PRIVADOS NEGOCIADOS NO MERCADO FINANCEIRO 3.1. Bolsa de Valores Segundo Mellagi, a origem da bolsa de valores remonta à época grecoromana. Até o século XVII, as operações resumiram-se na compra e venda de moedas, letras de câmbio e metais preciosos. Os negócios nessa época ainda tinham pouco monvimento, devido à escassez de capital e a falta de crédito neste mercado. A primeira bolsa de valores foi implantada em 1141, a Bourse de Paris. As Bolsas de Valores são associações civis sem fins lucrativos e cujas funções são de interesse público. Nela se negociam ações de empresas de capital aberto (públicas ou privadas) e outros instrumentos financeiros como opções e debêntures. A sua função é oferecer um mercado organizado para a cotação dos títulos que nelas estão registrados, além de orientar e fiscalizar os serviços prestados por seus membros. São constituídas pelas corretoras de valores para fornecer a infra-estrutura do mercado de ações, são elas que dão liquidez às aplicações de curto e longo prazo, através de um mercado contínuo, que é realizado em seus pregões diários. Usualmente as Bolsas de Valores atuem como S/A s visando lucro através de seus serviços prestados. No caso das associações civis, seu patrimônio é representado por títulos pertencentes às sociedades corretoras que a compõem; no caso das S/A s este patrimônio é composto por ações.

32 32 O pregão é o local onde se reúnem os operadores da bolsa para executar as ordens de compra e venda dos títulos dados pelos investidores às suas corretoras. Porém existem entidades que só operam com pregão eletrônico como a norte-americana Nasdaq, por exemplo. Hoje em dia o mercado acionário brasileiro se concentra na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), já que com a fusão dela com a BVRJ (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro), as outras bolsas de valores do país transferiram para ela os negócios com ações. No Rio de Janeiro ficaram apenas as negociações com os títulos públicos. Em maio de 2008, a Bolsa de Valores de São Paulo e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) também se fundiram dando origem a uma nova instituição denominada BM&FBovespa, tendo como indicador de referência o Ibovespa. Todas essas operações são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). São funções da Bolsa de Valores: Prestar informações aos acionistas e às corretoras sobre as operações realizadas através de boletins diários, resumos mensais, informes técnicos para auxiliar as pessoas a tomarem decisões de compra e venda de ações a partir destes dados; Fiscalizar e supervisionar os negócios feitos no pregão, tanto no sistema viva-voz quanto no sistema eletrônico; e Divulgar em tempo real os seus três índices principais de acompanhamento do mercado. Os principais índices de ações da Bolsa de Valores são: Ibovespa: É o principal índice de comportamento do mercado acionário brasileiro. Reflete o comportamento de uma carteira teórica, integrada pelas ações com maior liquidez e presença no mercado. É válida por quatro meses, sempre levando em conta o período anterior de 12 meses e representa cerca de 80% do volume financeiro negociado diariamente;

33 33 IBrX: Índice Brasil/Bovespa, é o que mede o retorno de uma carteira teórica, composta por ações de 100 empresas, selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBovespa, em número de negócios e volume financeiro. As ações que compõem o índice são ponderadas pelo respectivo número de ações que estão disponíveis para negociação no mercado. O Índice Brasil é considerado um índice que avalia o retorno total das ações componentes de sua carteira; IEE: Índice setorial de energia elétrica, que acompanha o desempenho das ações das principais empresas de energia elétrica do país; ITEL: Este índice mede o comportamento do setor de telecomunicações. O índice inclui tanto ações de empresas de telefonia fixa quanto de empresas de telefonia celular listadas na BM&FBovespa; IGC: Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada tem por objetivo medir o desempenho das empresas negociadas no Novo Mercado ou aquelas classificadas nos Níveis 1 ou 2 da BM&FBovespa. Estas empresas são reconhecidas pela sua excelente política de transparência com seus acionistas; ISE: Índice de Sustentabilidade Empresarial tem como objetivo criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável da sociedade contemporânea e estimular a responsabilidade ética das corporações através de boas práticas empresariais; é uma iniciativa pioneira na América Latina; ITAG: Índice de Ações com Tag Along Diferenciado mede o desempenho de uma carteira composta por empresas que promovem a extensão do prêmio de controle aos acionistas minoritários, no caso de alienação do controle; IVBX-2: é um índice desenvolvido pela BM&FBovespa e pelo jornal Valor Econômico reunindo 50 empresas, consideradas de segunda linha, mas que apresentam um excelente conceito junto aos investidores, tanto em termos de valor de mercado como de liquidez de suas ações.

34 34 No primeiro pregão anual, em 2 de janeiro de 2009, iniciou-se a divulgação e cálculo de dois novos índices: o ICON Índice Consumo, que mede o desempenho das principais empresas dos setores de consumo cíclicos e não-cíclicos e o IMOB Índice Imobiliário, que tem como principal objetivo demonstrar o desempenho das principais empresas que atuam no setor imobiliário, desde construtoras até corretoras Ações Ação é um título de renda variável que representa a menor fração do capital de uma empresa, também é conhecido como papéis. Somente sociedades anônimas (S/A) emitem ações. Ou seja, pode-se dizer que uma ação representa um pequeno pedaço da companhia adquirida ao entrar no mercado. É o resultado da divisão do capital social em partes iguais, sendo o capital social o investimentos dos donos da empresa. Quando as ações são emitidas por companhias abertas ou assemelhadas, essas são negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão. Ações são títulos que representam frações do capital de uma empresa. Esse tipo de empresa á denominado Sociedade Anônima, existe não apenas um dono, mas vários. No caso brasileiro, não há empresas em que a figura de um dono foi diluída, porque o desenvolvimento do capitalismo é muito recente e concentrado em grupos familiares ou econômicos. (MELLAGI, 1995, p.87). A empresa emite ações como forma de levantar recursos para investimentos ou obter mais capital de giro para uso da companhia. Neste caso, os compradores tornam-se sócios dela, assumindo tanto os rendimentos, caso ela venha a ter lucros e a ação se valorize, quanto os riscos, se a ação sofrer desvalorização no mercado. Como a negociação dessas ações é diária, o seu preço flutua: se há muitos compradores, o preço tende a subir; do contrário,

35 35 quando há muitos investidores vendendo essas ações, o preço cai, é a lei da oferta e da procura. Segundo Assaf Neto (1999): As ações podem ser emitidas com e sem valor nominal, de acordo com o regido no estatuto da companhia. Na hipótese de emissão com valor nominal, todas as ações terão idêntico valor, não podendo ainda ser emitida novas ações com valor diferente (p. 75). A companhia que emite a ação também é conhecida como Sociedade Anônima de Capital Aberto, já que, para participar do mercado acionário, ela precisa estar devidamente registrada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e abrir o seu capital. Como empresa de capital aberto, ela estará obrigada a divulgar informações sociais, econômicas e financeiras para que seus acionistas possam acompanhar o desempenho de suas ações. É o que se chama, no mercado acionário, de política de disclosure. Basicamente, as ações podem ser classificadas como ordinárias e preferenciais. Ambas são nominativas, ou seja, os seus donos são registrados pelo nome: Ações Ordinárias: As Ordinárias Nominativas (ON) são aquelas em que o acionista tem direito a voto nas assembléias gerais de acionistas e pode ter o controle sobre as decisões a respeito da empresa. Nessas assembléias são aprovadas as peças contábeis, bem como o destino do resultado do exercício, além de eleger os membros da Diretoria da empresa. Elas também não dão direito preferencial a dividendos; e Ações Preferenciais: As Preferenciais Nominativas (PN) são aquelas que não dão direito de voto. Ela oferece a seu detentor prioridades no recebimento de dividendos ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso de capital. Pode existir em uma mesma empresa mais de um tipo de ações PN, normalmente denominadas PNA e PNB. Também existem outros tipos de classificação para as ações. Quando uma ação é mais líquida, ou seja, quanto mais ela é negociada tendo um grande

36 36 número de vendedores e compradores, esta passa a ser considerada uma ação de primeira linha. Nesse caso, elas ficam conhecidas no mercado como Blue Chips. Ações da Petrobrás são um exemplo de Blue Chip. Já as ações de segunda linha são aquelas menos negociadas. O mercado acionário, que tem sua dinâmica diretamente ligada às bolsas de valores, pode ser considerado um dos pontos mais importantes na economia de uma nação. Em geral, as bolsas servem como um termômetro para medir a economia, já que o valor das ações nelas negociadas reagem a todos os acontecimentos que ocorrem no país e no exterior. Além disso, é o mercado acionário que financia o desenvolvimento das empresas e, conseqüentemente, da própria economia. Através deste mercado, é possível negociar ações de empresas abertas através de uma corretora ou investindo coletivamente em um fundo de ações, onde os administradores trabalham para obter os melhores resultados. As ações são investimentos de renda variável porque tanto os rendimentos e proventos distribuídos ao acionista dividendos e bonificações quanto seu próprio valor não está previamente fixado. A lucratividade de uma ação em um determinado período de tempo é composta pela variação do preço mais os rendimentos e o exercício de direitos. Vale ressaltar que os dois últimos também são considerados proventos. O valor da ação, ou seja, seu preço de compra e de venda será determinado no dia-a-dia do mercado. Ele vai variar principalmente em função do desempenho financeiro verificado ou previsto para a companhia e baseado na conjuntura econômica nacional e internacional. Em um investimento temporário ou de risco, a liquidez de cada ação dependerá da lei de oferta e procura, que no mercado acionário está intimamente ligada ao momento presente da companhia e do cenário global. As principais influências nos preços são: aquisições, vendas e fusões de companhias, sendo, no entanto, comum a oscilação de preço devido a, até mesmo, fenômenos climáticos ou geopolíticos, especialmente em empresas petrolíferas e mineradoras.

37 37 O investimento em ações também tem custos. Além do preço da ação, há o pagamento para a intermediação da operação através da corretora e a operacionalização dela com a Bolsa de Valores, além dos tributos como o Imposto de Renda. Os custos mais relevantes são: Taxa de Corretagem é a comissão que você paga à corretora para a intermediação na compra ou venda de ações. Geralmente, as corretoras estabelecem um padrão semelhante de cobrança, de acordo com o perfil do investidor. Segundo a BM&FBovespa, a taxa de corretagem chega até 4% sobre a operação, de acordo com a prática do mercado. Operações especiais como Day Trade (comprar e vender ações em um mesmo dia) e opções com ações têm um custo de corretagem diferente; Taxa de Emolumentos é uma porcentagem do volume negociado em bolsa que vai para um fundo de garantia. Ele será usado para proteger o investidor que for lesado por falhas na operação de compra ou venda de uma ação; Taxa de Custódia é a taxa que a instituição financeira cobra para guardar as ações do investidor na Bolsa de Valores e administrar seu investimento, operacionalizando o pagamento dos dividendos, bonificação, subscrição e etc. A instituição responsável por guardar estas ações cobra este serviço das corretoras, que repassam os custos ao investidor; e Tributos é o ganho líquido obtido pelo investidor no mercado à vista como ganho de renda variável, que é calculado da seguinte forma: preço de venda menos preço de compra menos custo da transação American Depositary Receipts (ADR) As ADR s são certificados de ações, emitidos por bancos americanos, com lastro em papéis de empresas brasileiras, tem por finalidade a captação de recursos no mercado internacional, por empresas brasileiras. A mesma empresa

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