Cenários Econômicos. Apostila: Parte 02 Prof. Jonas Barbosa.
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- Lucas Anjos de Sousa
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1 Apostila: Parte 02 UMA PARCERIA Visite o Portal dos Concursos Públicos Visite a loja virtual MATERIAL DIDÁTICO EXCLUSIVO PARA ALUNOS DO CURSO APROVAÇÃO
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3 MERCADO DE DERIVATIVOS Os derivativos são instrumentos financeiros estabelecidos mediantes contratos, com a seguinte peculiaridade: seus preços são determinados e variam em função dos preços de outro ativo, que pode ser uma mercadoria, um título de renda fixa, uma ação, uma moeda estrangeira, etc. Os derivativos que incluem, principalmente, os contratos a termo, o contrato de opções, o contrato futuro, e os swaps. Esses instrumentos apresentam, como uma de suas principais utilidades, a administração de riscos, que cresceram, como uma de suas principais utilidades a administração de riscos, que crescem significativamente no mundo globalizado. Como os derivativos são operações onde se procura administrar resultados com eventos futuros incertos, o tratamento matemático necessário é de alta complexidade, exigindo profissionais de gabarito, como matemáticos e físicos, na elaboração de modelos para aplicação no mercado financeiro. As operações com derivativos podem ser realizadas tanto em bolsas como em balcão. As operações em bolsa são mais fiscalizadas, mais reguladas e com maior divulgação de informações. As operações em bolsas são públicas em relação aos preços e volumes negociados, mantendo em sigilo os nomes dos participantes. Na operação de balcão, os termos das operações são conhecidos apenas pelos participantes, estabelecendo livremente as cláusulas do contrato, podendo adaptá-lo às necessidades específicas de cada parte. São operações mais sigilosas, menos sujeitas à fiscalização e regulação, sem qualquer interferência do mercado. Glossário Hedger: detentor do contrato a termo/futuro. Procura se proteger contra oscilações de um preço, taxa, índice, etc. Abre mão de possíveis ganhos futuros para não incorrer em perdas futuras; Pode-se hedgear tanto na venda como na compra; Especulador pessoa ou empresa cuja atividade principal não está relacionada com o bem objeto do contrato derivativo e que assume posições no mercado para obter a exposição ao risco de oscilação de preços. Ele assume hoje o risco de perdas futuras na esperança de auferir ganhos futuros. Sem ele, o hedger não teria a quem repassar seu risco. MERCADO A TERMO No mercado a termo, o investidor se compromete a comprar ou vender uma certa quantidade de uma ação (chamada ação-objeto), por um preço fixado e dentro de um prazo pré-determinado. A maior parte das operações é realizada no prazo de 30 dias, podendo, entretanto, serem realizadas em 60, 90, 120 ou até 180 dias. As operações contratadas poderão ser liquidadas na data de seu vencimento ou em data antecipada solicitada pelo comprador - VC, pelo vendedor - VV, ou por acordo mútuo das partes - AM. Os contratos poderão ser realizados com modalidade de liquidação integral ou pró-rata. A garantia inicial corresponde, no mínimo, a 20% do valor do contrato e, no máximo, a 100% e depende da ação objeto, em funçaõ da volatilidade observada no comportamento de seu preço e de sua liquidez nos últimos seis meses. As operações a termo são formalizadas em contratos específicos, emitidos e registrados na bolsa em nome das corretoras participantes. O termo é uma operação de financiamento: o vendido no termo se assegura de uma renda sobre a compra que financiou, e o comprado no termo garante a lucratividade do vendido com o depósito da margem. MERCADO FUTURO É o mercado no qual se negociam lotes padrão de ações com datas de liquidação futura, escolhidas dentre aquelas fixadas periodicamente pela bolsa. O mercado futuro representa um aperfeiçoamento do mercado a termo, permitindo a ambos os participantes de uma transação reverter sua posição, antes da data de vencimento. Cada investidor se relaciona com a caixa de liquidação da bolsa e não com seu parceiro original. Isto permite que ambos tenham o direito de liquidar sua posição antecipadamente. Por sua vez, a reversão da posição só é viável se houver liquidez no mercado. A fim de propiciar geração de liquidez no mercado futuro, as datas de vencimento são padronizadas pela bolsa. As operações são fechadas para aqueles vencimentos que estão em aberto. Para assegurar o cumprimento dos compromissos, são depositadas margens pelos detentores de posições de Atualizada 01/12/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1
4 compra ou venda, as quais oscilam com a variação dos preços no mercado à vista. As estratégias de aplicação são semelhantes às do mercado a termo, com algumas particularidades. MERCADO DE OPÇÕES Mercado em que são negociados direitos de compra e venda de derivativos, com preços e prazos de exercício preestabelecidos. Por esses direitos, o titular da opção paga um prêmio, podendo exercê-los até a data de vencimento (no caso de opção de compra) ou na data de vencimento (no caso de opção de venda), ou revendê-los no mercado. Opção de compra ( call ) Uma opção de compra confere ao seu titular o direito de comprar o ativo-objeto, ao preço de exercício, obedecidas as condições estabelecidas pela bolsa. O lançador de uma opção de compra é uma pessoa que vende uma opção de compra, assumindo assim, perante a bolsa, a obrigação de vender o ativo-objeto a que se refere a opção. Opção de venda ( put ) Uma opção de venda dá ao seu titular o direito de, na data do vencimento, vender o ativo-objeto ao preço de exercício, obedecidas as condições estabelecidas pela bolsa. O lançador que vende uma opção de venda no pregão, assume perante a bolsa a obrigação de comprar o ativoobjeto, caso sua posição seja designada para o atendimento de uma operação de exercício. OPERAÇÕES DE SWAP A palavra SWAP significa troca ou permuta e designa uma operação cada vez mais procurada no mercado financeiro internacional, envolvendo inclusive várias empresas brasileiras. Com o swap, por exemplo, companhias com dívidas em dólar corrigidas por taxas flutuantes poderiam contratar uma operação que as transformasse numa dívida com taxas fixas e vice-versa. Evidentemente que, caracterizando-se como uma operação de troca de posições, a criatividade,, baseando-se em regras seguras e legalmente garantidas, permite que outros tipos de operações de swap ganhem vida. 2 MERCADO DE CAPITAIS Atualizada 01/12/2008 É um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e outras instituições financeiras. No mercado de capitais, os principais títulos negociados são os representativos do capital de empresas as ações ou de empréstimos tomados, via mercado, por empresas debêntures conversíveis em ações, bônus de subscrição e commercial papers que permitem a circulação de capital para custear o desenvolvimento econômico. O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos autorizados à negociação. Outra definição: Conjunto das operacões financeiras de médio, longo e prazo indefinido, sendo em geral realizadas entre poupadores e empresas ou através de intermediários financeiros não-bancários, em geral destinadas a financiamento de investimentos fixos. Tipos de operações: Financiamento de capital de giro: Commercial Paper título emitido por sociedade anônima, não financeira, de elevado conceito no mercado, sendo tipicamente uma nota promissória sem garantia. Arrendamento Mercantil: Contrato de arrendamento elaborado entre um cliente (arrendatário) que recebe e utiliza um bem de uma sociedade de arrendamento (arrendadora) para utilização por prazo determinado, mediante pagamento de uma contraprestação. Oferta Pública de Ações e Debêntures: Ações: lançamento efetuado por instituições credenciadas no mercado primário (subscrição ou underwriting), sendo dado preferência aos atuais acionistas. Debêntures: título de crédito privado de emissão exclusiva de sociedade anônima não financeira, colocada no mercado principalmente entre investidores institucionais para levantar recursos de médio e longo prazos. FUNDOS DE INVESTIMENTO Aplicação financeira em que o aplicador adquire cotas do patrimônio de um fundo administrado por uma instituição financeira (sociedades corretoras, distribuidoras, bancos múltiplos com carteira de investimentos e bancos de investimentos). No regulamento deve conter quais os ativos que poderão compor suas carteira de aplicação. É uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em ativos financeiros. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
5 Ativos financeiros mais conhecidos: Títulos da dívida pública, contratos de derivativos, ações, debêntures, cotas de fundos de investimentos, notas promissórias, ouro, quaisquer títulos/contratos e modalidades operacionais de obrigação de instituição financeira. Warrants, contratos mercantis ou outros créditos, títulos, contratos e modalidades operacionais desde que expressamente previstos no regulamento. O fundo aberto deve se adaptar aos requisitos de diversificação de carteira de acordo com o disposto no regulamento no prazo máximo de 60 dias, a contar da data da primeira integralização de cotas; O fundo fechado também deve se adaptar no prazo máximo de 180 dias da data de encerramento da distribuição. O valor da cota é recalculado diariamente e a remuneração varia de acordo com o prazo de aplicação e com os rendimentos dos ativos que compõe o fundo. O grau de risco varia conforme o índice de volatilidade. FACs FUNDO DE APLICAÇÃO EM COTAS (quotas) Fundos constituídos a partir de outros fundos. Compram cotas dos FIFs. TAXAS Remuneração do administrador pelos serviços que presta aos cotistas dos fundos. As Principais taxas são: Taxa de Administração: percentual incidente sobre o patrimônio do fundo, independentemente do sucesso do administrador na gestão dos recursos do fundo; Taxa de entrada: cobrada do cotista sempre que ele adquire novas cotas; Taxa de Saída: cobrada do cotista no momento em que ele solicita um resgate (parcial ou total) de sua cotas; taxa de performance: é um prêmio pago ao administrador sempre que a rentabilidade do fundo ultrapassar o benchmark do fundo. Tributação IOF: incide apenas sobre os fundos de renda-fixa, e é cobrado sobre os rendimentos brutos nos resgates efetuados até 30 dias após a data da aplicação, conforme tabela progressiva; Imposto de Renda: de acordo com o prazo médio dos seus papéis, e com o prazo de permanência dos recursos, conforme alíquotas definidas nas leis , de (MP 206), e , de (MP 209): O IR é cobrado nos meses de maio e novembro, exceto dos fundos de ações, cuja cobrança ocorre quando dos resgates. O fundo será constituído por um administrador que preencha os requisitos exigidos pela CVM. Podem ser administradores de fundo de investimento as pessoas jurídicas autorizadas pela CVM. Prestadores de serviços aos Fundos: ADMINISTRADOR: Responsável pelo funcionamento dos fundos. Controla os prestadores de serviços e defende os interesses dos cotistas; GESTOR: responsável pela compra e venda dos ativos (gestão) conforme disposto no regulamento; CUSTODIANTE: responsável pela guarda dos ativos; DISTRIBUIDOR: responsável pela venda das cotas dos fundos. Pode ser o próprio administrador ou terceiro contratado. AUDITOR: obrigatório. Credenciado pela CVM. Administração Ativa: quando o gestor adota esse tipo de estratégia isso significa que ao montar a carteira do fundo ele está buscando atingir uma rentabilidade superior a um determinado índice de referência. Administração Passiva: nesse caso, ao montar a sua carteira o gestor investe em ações buscando replicar a carteira de um índice previamente definido, de forma que o retorno do fundo fique próximo do índice escolhido. Da denominação do fundo constará a expressão Fundo de Investimento, acrescida da referência à classe de fundo, como segue: Quanto à composição de sua carteira, os fundos de investimento e os fundos de investimento em cotas, classificam-se em: Fundo de Curto Prazo; Fundo Referenciado; Fundo de Renda Fixa; Fundo de Ações; Fundo Cambial; Fundo da Dívida Externa; Fundo Multimercado. Somente poderão compor a carteira dos fundos, ativos financeiros admitidos à negociação em bolsa de valores, de mercadorias e futuros, ou registrados em sistema de registro, de custódia ou de liquidação financeira, devidamente autorizados pelo Bacen ou pela CVM. (As cotas de fundos de investimentos aberto não necessitam de registro). Dependendo da composição da carteira do fundo de investimento o órgão regulador pode ser a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou o Banco Central (Bacen). Os fundos de renda fixa são regulados pelo Bacen, enquanto a CVM é responsável pela regulamentação dos fundos de ações, isso porque para ser regulado pela CVM um fundo deve ter pelo menos 51% dos seus recursos aplicados em ações de empresas de capital aberto. Á denominação do fundo não poderão ser acrescidos termos ou expressões que induzam interpretação indevida quanto a seus objetivos, sua política de investimento, seu Atualizada 01/12/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3
6 público alvo ou o eventual tratamento tributário específico a que estejam sujeitos os fundos ou seus cotistas. O fundo pode ser constituído sob a forma de condomínio aberto, em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo, ou fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo. Admite-se a amortização de cotas, tanto no aberto quanto no fechado, mediante o pagamento uniforme a todos os cotistas de parcela do valor de suas cotas sem redução do número de cotas emitidas, efetuado em conformidade com o que a esse respeito dispuser o regulamento ou a assembléia geral de cotistas. Após 90 dias do início de atividades, o fundo aberto que mantiver, a qualquer tempo, patrimônio líquido médio diário inferior a R$ ,00 pelo período de 90 dias consecutivos deve ser imediatamente liquidado ou incorporado a outro fundo. Se a Assembléia Geral deliberar pela liquidação do fundo, o administrador deve promover a divisão de seu patrimônio entre os cotistas no prazo máximo de 30 dias, a contar da data da realização da Assembléia. As cotas correspondem a frações ideais de seu patrimônio, e serão escriturais e nominativas. O valor da cota do dia é resultante da divisão do valor do patrimônio líquido pelo número de cotas do fundo, apurados no encerramento do dia. A cota de fundo aberto não pode ser objeto de transferência ou cessão, salvo por decisão judicial, execução de garantia ou sucessão universal. A cota de fundo fechado pode ser transferida. Os cotistas responderão por eventual patrimônio líquido negativo do fundo, sem prejuízo da responsabilidade do administrador e do gestor, se houver, em caso de inobservância da política de investimento ou dos limites de concentração. Na emissão das cotas do fundo deve ser utilizado o valor da cota do dia ou do dia seguinte, segundo o disposto no regulamento. O pagamento do resgate deverá ser efetuado em cheque, crédito em conta-corrente ou ordem de pagamento, no prazo estabelecido no regulamento, não superior a cinco dias. Multa de 0,5% por dia de atraso. O administrador pode suspender, a qualquer momento, novas aplicações no fundo, desde que tal suspensão se aplique a novos investidores e cotistas atuais. Pode, ainda, reabrir para aplicações, mesmo que no posterior à suspensão. O fundo não pode deter mais de 20% de seu patrimônio líquido em títulos ou valores mobiliários de emissão de administrador, gestor ou de empresas a eles ligadas. Proibida a compra de ações de emissão do administrador. Riscos O risco está presente em qualquer operação do mercado financeiro, incluindo os fundos de investimento que podem estar expostos a ele em maior ou menor grau. Atualmente o mercado está sujeito a quatro grandes grupos de risco: - Risco de Mercado: Está relacionado às oscilações no valor diário dos ativos que compõem as carteiras dos fundos, causadas principalmente em virtude do comportamento das ações, do câmbio, dos juros e commodities. É também chamado de risco sistêmico. - Risco Operacional: Está relacionado a possíveis perdas como resultado de sistemas e/ou controles inadequados, falhas de gerenciamento e erros humanos. - Risco de Crédito: Está associado à capacidade do emissor do ativo em honrar seus compromissos financeiros, bem como a contraparte da operação de compra ou venda do ativo não cumprir a operação previamente realizada. - Risco Legal: Está relacionado a possíveis perdas quando um contrato não pode ser legalmente amparado. Podem ser incluídos riscos de perdas por documentação insuficiente, insolvência, ilegalidade, falta de representatividade e/ou autoridade por parte do negociador, entre outras. Rentabilidade A rentabilidade do fundo dependerá da variação dos ativos que compõe sua carteira, que deverá ser compatível com a política de investimento prevista em seu regulamento. Em fundos classificados dentro de uma mesma categoria, ou seja, que possuem políticas de investimento semelhantes, a rentabilidade irá depender da taxa de administração e da taxa de performance cobrada, que varia de acordo com cada fundo e gestor. Fundo de Curto Prazo 4 Atualizada 01/12/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
7 Seu objetivo é buscar rentabilidade que acompanhe as taxas do SELIC/CDI, através da aplicação em títulos com prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio da carteira inferior a 60 dias. Apresenta risco baixíssimo e é indicado a investidores que visam à rentabilidade que acompanhe as taxas de juros. Fundo de Renda Fixa Investem em títulos de Renda fixa públicos e/ou privados, prefixados ou pós-fixados. Têm gestão ativa em relação ao comportamento das taxas de juros. Apresentam risco baixo e são indicados a investidores que buscam maior rentabilidade com diversificação do risco. Fundo Multimercado Desenvolvido para atuar com flexibilidade em diversos mercados, tais como renda fixa (prefixados e pós-fixados), renda variável e derivativos, aproveitando as melhores oportunidades do momento. Apresenta risco médio e é indicado a investidores que conhecem o mercado financeiro, buscam retorno superior ao do renda fixa, no médio prazo, e estejam dispostos a assumir maior risco. Fundo de Ações Aplica seus recursos em ações de companhias abertas de alta liquidez que são negociadas no mercado à vista das bolsas de valores, buscando retorno superior à rentabilidade média do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo IBOVESPA. Apresenta alto risco e é indicado a investidores que conhecem o mercado financeiro e de capitais e que buscam uma maior rentabilidade no médio e longo prazo. Fundo Referenciado É o fundo regulamentado pelo Banco Central que deve ter no mínimo 80% de títulos públicos federais ou títulos privados de baixo risco de crédito e conter no mínimo 95% de ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de modo a acompanhar o benchmark escolhido (CDI, dólar, IRF-M, etc.). Derivativos só podem ser usados para hedge. Fundo Cambial Além de acompanhar a variação do dólar, o capital é rentabilizado com uma taxa de juros. É indicado para quem possui dívidas em dólar ou quem acredita na desvalorização da nossa moeda. Fundo de Dívida Externa: Tem no mínimo 80% do seu patrimônio em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da união, sendo também permitida a aplicação de até 20% em títulos de crédito diversos no mercado internacional; SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO É o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integradas que dão suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado, tanto em moeda local quanto estrangeira. Sua função básica é permitir a transferência de recursos, o processamento e a liquidação de pagamentos para pessoas físicas, empresas e governos. Assim, sempre qe emitimos um cheque, fazemos compras com o cartão de crédito ou enviamos uma Transferência Eletrônica Disponível TED, estamos acionando este Sistema. As instituições financeiras também se valem do mesmo Sistema para realizar as transferências diárias oriundas de suas próprias transações. Essas transferências ocorrem através da movimentação dos saldos das contas de reservas bancárias que as instituições mantêm junto ao Bacen. Cabe ao Bacen não só regulamentar a liquidação financeira de tais contas de reserva bancária, como estabelecer as regras de controle de riscos a serem seguidas no SPB. O objetivo do SPB é aumentar a segurança do mercado, oferecendo maior proteção contra possíveis rombos ou quebra em cadeia (efeito dominó) de instituições financeiras. Em 2002, o Sistema de Pagamentos Brasileiro passou por um processo de reestruturação destinado a aumentar a segurança contra os diversos riscos a que o mercado financeiro está exposto. Além do Bacen, integram o SPB: Instituições Financeiras; Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC) clearing de ativos de títulos de renda variável; Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Ativos BM&F clearing de ativos de títulos de renda fixa; Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Câmbio BM&F (clearing de câmbio; Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Derivativos BM&F clearing de derivativos; Cetip; Selic; Visanet e Redecard; Tecban (Tecnologia Bancária); Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). Atualizada 01/12/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5
8 As transferências de recursos financeiros no SPB são formalizadas através de mensagens eletrônicas transmitidas exclusivamente por intermédio da Rede do Sistema Financeiro Nacional RSFN. São padronizadas e observam procedimentos específicos de segurança (criptografia e certificação digital). A RFSN é a estrutura de comunicação de dados, implementada por meio de tecnologia de rede, criada com a finalidade de suportar o tráfego de mensagens entre as instituições financeiras titulares de conta de reservas bancárias, entre as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação, a Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central, no âmbito do Sistema de Pagamentos Brasileiro. As transferências pode ser feitas por meio de LBTR liquidação bruta em tempo real ou LDL liquidação diferida líquida, dependendo do tipo de transação. LBTR ocorre ao longo do dia, de forma simultânea, operação por operação, em todos os dias considerados úteis para fins de operações praticadas no mercado financeiro. Exemplos: TED, transferências de reservas bancárias. LDL liquidação em D+0 até D+3, dependendo do tipo de operação, é geralmente liquidada em compensação multilateral de obrigações entre as instituições participantes. Exemplos: cheque, DOC, cobrança. Sistema de Transferência de Recursos - STR Sistema de liquidação em tempo real, que funciona com base em ordens de transferência de crédito emitidas, exclusivamente, pelo titular da conta a ser debitada. Câmara Interbancária de Pagamentos CIP Trata-se de uma câmara de registro, compensação e liquidação eletrônica das transferências de recursos de clientes e de instituições financeiras. Controlada pelos maiores bancos brasileiros, a CIP contribui para a redução dos custos financeiros e operacionais das instituições envolvidas. Funciona com aporte de garantias no início de cada dia e liquida as operações, ao final do dia, por meio da compensação de seus valores líquidos (diferença entre os valores recebidos e os valores pagos). Transferência Eletrônica Disponível TED Mecanismo de transferência de recursos que permite maior agilidade e segurança às transações interbancárias. Desde 18/02/2004, a TED substituiu o DOC para realizar as transferências interbancárias de valores iguais ou superiores a R$ 5.000,00. A TED pode ser liquidada por intermédio do Sistema de Transferência de Recursos STR ou da Câmara Interbancária de Pagamentos CIP. Movimentação de Reservas Bancárias Quanto às contas de reservas bancárias, mantidas pelas instituições financeiras bancárias junto ao Bacen, para evitar que o Bacen tenha que assumir o risco de falta de liquidez dos bancos comerciais ou múltiplos, eles não podem em hipótese alguma e em nenhum momento do dia, terem saldo negativo nestas contas. Cria-se nos bancos a atividade do piloto de reservas, representado por profissional especializado com o objetivo de garantir a permanente disponibilidade de recursos na conta de reservas bancárias. Todas as contas de reservas bancárias serão monitoradas pelo Bacen através do Sistema de Transferência de Reservas ST, seja em tempo real, operação por operação, seja pela compensação líquida de saldos. As operações de movimentação nas contas de reservas bancárias não poderão ser canceladas, pois os lançamentos são finais, ou seja, irrevogáveis e irreversíveis. TIPOS DE RISCOS FINANCEIROS Risco de Crédito Qualquer sistema de pagamentos está sujeito a riscos. No antigo SPB, a principal fonte de insegurança residia no fato de não haver controle on-line, pelo Bacen, das contas de reservas dos bancos. Além dos riscos operacionais, havia a defasagem de tempo entre a contratação e a liquidação das operações, denominada lag de liquidação. Esse lag abria a possibilidade de o devedor tornar-se inadimplente antes da quitação do compromisso assumido. É o que se chama de risco de crédito. A reestruturação do SPB eliminou este risco ao viabilizar o controle on-line das contas de reservas dos bancos, pelo Bacen. Risco de Imagem O risco de imagem advém da mesma situação. Ocorre porque a instituição de origem da operação pode ter sua imagem desgastada perante seus clientes e o mercado. 6 Atualizada 01/12/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
9 Há ainda a possibilidade de um simples atraso no recebimento de valores causar transtornos à tesouraria de um banco e gerar, por conseqüência, turbulências no mercado. Isto porque a situação pode levar o banco a financiar no mercado o desequilíbrio do seu caixa, caracterizando-se, assim, o risco de liquidez. Risco Sistêmico Os riscos de liquidez e de crédito podem gerar o risco sistêmico. Ele ocorre quando as situações de instabilidade geram um efeito dominó, envolvendo várias ou todas as instituições financeiras vinculadas ao sistema de pagamentos. Isso significa que, mesmo aqueles bancos não vinculados diretamente ao problema podem sofrer os efeitos de uma reação em cadeia. Para o mercado, quando um banco deixa de honrar qualquer compromisso, ele rompe a cadeia de pagamentos e contribui para a instalação do risco sistêmico. Sem os mecanismos de gerenciamento de risco adotados no novo SPB, todo o mercado sofria as conseqüências de uma crise dessa natureza. Atualizada 01/12/2008 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7
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