A Indústria de Fundos de Investimento no Brasil. Luiz Calado Gerente de Certificação da ANBID

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1 A Indústria de Fundos de Investimento no Brasil Luiz Calado Gerente de Certificação da ANBID

2 A ANBID A ANBID Associação Nacional dos Bancos de Investimentos Criada em 1967, é a maior representante das instituições financeiras do mercado de capitais brasileiro Áreas: Representação, Auto-regulação, Informações e Educação 125 associados: Bancos de investimento Bancos múltiplos com carteiras de investimento Gestoras de recursos Corretoras e distribuidoras de valores

3 ÁREAS DE ATUAÇÃO

4 ÁREAS DE ATUAÇÃO

5 ÁREAS DE ATUAÇÃO

6 ÁREAS DE ATUAÇÃO

7 Investir em Fundos x Direto no mercado Administração própria de investimentos implica em: Escolher os ativos, prazos de vencimento e mercados Controlar custos, títulos, rendimentos e proventos Executar e liquidar operações Recolher impostos Administrar o caixa (liquidez) Administrar vencimentos e efetuar renovações Um fundo de investimento faz isso para você. É prestação do serviço de gestão de recursos, em troca da taxa de administração

8 História dos fundos de investimento no Brasil Crescinco 1º Fundo brasileiro Primeiros Fundos de Investimento Fundos de Ações Dez/72: 88 Fundos / R$ 7,0 bilhões Criação dos Fundos de Renda Fixa CVM (Comissão de Valores Mobiliários) dá nova formatação aos Fundos de Ações Responsável desde 1987 Dez/94: 830 Fundos / R$ 140 bilhões Nova legislação de Fundos de Investimento Financeiro Inicia a transferência da regulação/supervisão dos Fundos de Investimento do BC para a CVM Instrução CVM 409 Unificação das regras de constituição, administração, funcionamento e divulgação de informações dos Fundos de Investimento Dez/2004: Fundos e R$ 630 bilhões Instrução CVM 450 e 456 Consolida as regras de constituição, administração, funcionamento e divulgação de informações dos Fundos de Investimento e possibilita investimentos no exterior pelos Fundos Maio/2007: Fundos e R$ 1 trilhão

9 O que é um Fundo? Fundo de Investimento = Condomínio uma Cota outra Cota Comunhão de recursos sob a forma de condomínio onde os cotistas tem o mesmo interesse e objetivos ao investir no mercado financeiro e de capitais

10 Estrutura dos Fundos Fundo de Investimento Fundo que compra ativos para compor sua carteira diretamente no mercado. Fundo de Investimento em Cotas Fundo que compra cotas de outro(s) Fundo(s) de Investimento. Devem ter no mínimo 95% de seu patrimônio investido em cotas de fundos de investimento Abertos e Fechados Abertos = os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo. Fechados = as cotas somente são resgatadas ao término do prazo de duração do fundo

11 Os prestadores de serviço Administrador Gestor Custodiante Responsável pelo funcionamento do fundo. Controla todos os prestadores de serviço, e defende os interesses dos cotistas Responsável pela compra e venda dos ativos do fundo (gestão) segundo política de investimento estabelecida em regulamento Responsável pela guarda dos ativos do fundo. Responde pelos dados e envio de informações dos fundos para os gestores e administradores

12 Os prestadores de serviço Distribuidor Auditor Independente Responsável pela venda das cotas do fundo. Pode ser o próprio administrador ou terceiros contratados por ele Contratado pelo Administrador com a responsabilidade de auditar anualmente as contas e documentos do Fundo Cotista Este é você! Aquele que aplica no fundo de investimento

13 Os documentos Regulamento Documento que estabelece as regras de funcionamento e operacionalização de um fundo de investimento, segundo legislação vigente estabelecida pela CVM. Obrigatório para todos os fundos e só podem ser alterados por decisão de uma Assembléia Geral de Cotistas. Prospecto Documento que contém as informações mais relevantes para o investidor relativas à política de investimento do fundo, Fundoosde riscos Investimento envolvidos eem regras Cotas de movimentações dos fundos abertos. Obrigatório para todo fundo aberto destinado aos investidores não qualificados. Termo de Adesão Ao investir em um Fundo de Investimento todo cotista assina um Termo confirmando que: Fundo Recebeu de Investimento o Regulamento em ecotas o Prospecto do fundo Tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento

14 Características dos Fundos Patrimônio Líquido Soma algébrica dos valores de mercado dos ativos da carteira do Fundo no encerramento do dia, mais os valores a receber, menos as taxas e despesas. Valor da Cota É um valor mobiliário expresso em Reais (R$) calculada dividindo-se o Patrimônio Líquido pela quantidade de cotas emitidas. Um único valor para cada dia útil.

15 Os custos Taxa de Administração Percentual do PL do Fundo pago pelos cotistas de um fundo à todos os prestadores de serviço. Divulgada como percentual ao ano e calculada por dia útil. Deduzida do valor da cota. Taxa de Performance Percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo supera a de um indicador de referência (benchmark). Nem todos os fundos cobram taxa de performance e sua cobrança deve ser no mínimo semestral.

16 Aplicação e Resgate Cota de Abertura Reflete os preços de mercado dos ativos da carteira no dia anterior atualizados por 1 dia. Dessa maneira, determinase o preço para início da negociação da cota. Fundo de Investimento em Cotas Cota de Fechamento O valor da cota em um dia é determinado apenas ao final das negociações com o mercado e após o fechamento do fundo para movimentações, refletindo portanto, os preços de mercado dos ativos da carteira no mesmo dia. Não se conhece o valor da cota determinado para negociação no início do dia. Data de Cotização e Data de Pagamento As regras de movimentação são previstas em regulamento e dependem dos ativos que compõem o fundo: Fundos DI tendem a aceitar movimentações em D+0 Fundos de Ações em geral cotizam em D+1 e liquidam em D+4 O pagamento dos resgates deve ser realizado em até 5 dias da data de cotização

17 O que é importante saber Marcação a Mercado A carteira de um fundo é composta por diversos ativos, comprados em datas diferentes, por preços diferentes. Esses ativos variam de preço diariamente de acordo com as condições de mercado e em função de seus riscos, prazos, etc. O valor de mercado de cada ativo que compõe a carteira do fundo tem que ser medido/estimado para cálculo da cota refletindo o preço que o mercado paga por cada um dos ativos da carteira do fundo no dia de cálculo da cota. Evita transferência de riqueza entre cotistas

18 Instrução CVM 409, 450 e 456 Nova regulamentação dos fundos de investimento que entrou em vigor em 2005 e foi complementada em 2007 Objetivos Privilegia a transparência e a clareza das informações ao investidor Maior responsabilidade e flexibilidade para Administradores e Gestores Principais Pontos Divisão dos fundos em 7 classes Padronização de divulgação das informações aos investidores Possibilidade de investir parte das carteiras no exterior Limites de concentração por emissor e por tipo de ativo financeiro

19 Classificação dos Fundos Curto Prazo Referenciado Renda Fixa Ações Cambial Dívida Externa Multimercados Investe em títulos públicos ou privados com baixo risco de crédito, pós fixados(cdi/selic) ou prefixados, com prazo a decorrer de até 375 dias e carteira com prazo médio inferior a 60 dias. Para entender melhor Os Fundos Referenciados DI são os mais conhecidos dos investidores. Seu desempenho acompanha os movimentos das taxas de juros do mercado interbancário R$ 40,321 Bilhões 3,51 % da indústria Fonte: ANBID 31/08/2008

20 Classificação dos Fundos Curto Prazo Referenciado Renda Fixa Ações Cambial Dívida Externa Multimercados Investe no mínimo 95% da carteira em títulos de renda fixa pós fixados indexados a variação de um índice de referência benchmark (normalmente CDI ou a taxa Selic). Mínimo 80% da carteira investida em títulos públicos ou privados de baixo risco de crédito. Para entender melhor Os Fundos Referenciados DI são os mais conhecidos dos investidores. Seu desempenho acompanha os movimentos das taxas de juros do mercado interbancário. DI: R$ 184,809 Bilhões 16,08% da indústria Fonte: ANBID 31/08/2008

21 Classificação dos Fundos Curto Prazo Referenciado Renda Fixa Ações Cambial Dívida Externa Multimercados Investe no mínimo 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos de renda fixa expostos à variação da taxa de juros doméstica ou a um índice de preços, ou ambos. Pode investir em títulos pós-fixados, a critério do gestor e fazer hedge (mecanismo de proteção). Para entender melhor Sua carteira pode ser composta por títulos que rendem uma taxa prefixada e, desta forma, se beneficiam em um cenário de queda de juros. Neste caso tem risco de taxa de juros e eventualmente risco de crédito Mas atenção: a rentabilidade do fundo não é fixa! R$ 354,830 Bilhões 30,87% da indústria Fonte: ANBID 31/08/2008

22 Classificação dos Fundos Curto Prazo Referenciado Renda Fixa Ações Cambial Dívida Externa Multimercados Investe no mínimo 67% do seu Patrimônio Líquido em ações negociadas no mercado à vista de bolsa de valores. Para entender melhor Estão sujeitos variação de preço das ações que compõem sua carteira. Por isso, são mais indicados para quem tem objetivos de investimento de longo prazo. R$ 150,950 Bilhões 13,13% da indústria Fonte: ANBID 31/08/2008

23 Classificação dos Fundos Curto Prazo Referenciado Renda Fixa Ações Cambial Dívida Externa Multimercados Investe no mínimo 80% de seu PL em ativos que busquem acompanhar a variação de preços de moedas estrangeiras ou a variação do cupom cambial. Para entender melhor Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação é feita em R$ (reais), e sua carteira é composta por papéis que buscam acompanhar a variação da moeda norte americana Mas atenção: ele não acompanha a cotação do dólar R$ 678,38 Milhões 0,06% da indústria Fonte: ANBID 31/08/2008

24 Classificação dos Fundos Curto Prazo Referenciado Renda Fixa Ações Cambial Dívida Externa Multimercados Investe no mínimo 80% do seu Patrimônio Líquido em títulos de emissão do Brasil negociados no mercado internacional. Para entender melhor Forma mais fácil de investir em papéis brasileiros negociados no mercado internacional R$ 520,32 Milhões 0,05% da indústria Fonte: ANBID 31/08/2008

25 Classificação dos Fundos Curto Prazo Referenciado Renda Fixa Ações Cambial Dívida Externa Multimercados Sua carteira pode investir em ativos de diferentes categorias e sua política de investimento deve refletir seus objetivos. Pode aplicar até 20% de sua carteira no exterior. Para entender melhor Combinam investimentos em ativos de diversos mercados: juros, câmbio, ações, derivativos etc. Assumem mais riscos com a utilização de derivativos para obter maiores rentabilidades. R$ 258,383 Bilhões 22,48% da indústria Fonte: ANBID 31/08/2008

26 Classes ANBID

27 Tributação Novas regras tributárias para investimentos estabelecidas pela Receita Federal que entraram em vigor em 2005 Objetivos Beneficiar investimentos de longo prazo Fomentar investimentos em Renda Variável Produtos na nova regra Fundos de Investimento Títulos de Renda Fixa Ações Previdência Privada Como Funciona? Alíquota incide sobre o ganho do investimento Tabela regressiva de IR conforme prazo de permanência no investimento Fundos divididos em 3 categorias: Curto Prazo, Longo Prazo e Ações

28 Tributação - Alíquotas Fundos de Curto Prazo Carteira com prazo médio inferior a 365 dias Prazo da aplicação Alíquota de IR Até 180 dias 22,50% Acima de 180 dias 20,0% Fundos de Longo Prazo Carteira com prazo médio superior a 365 dias Prazo da aplicação Alíquota de IR Até 180 dias 22,5% De 181 a 360 dias 20,0% De 361 a 720 dias 17,5% Acima de 720 dias 15,0% Fundos de Ações Prazo da aplicação Alíquota de IR Não há 15,0%

29 Tamanho da Indústria de Fundos 10ª maior indústria de fundos do mundo (dezembro/2007)* Patrimônio Próximo a R$1,179 trilhões (Junho/2008) Volume Corresponde a aproximadamente 45% do PIB Brasileiro (2007) *Fonte: ICI Fonte: ANBID 31/08/2008 **Divida externa, FIDC, Previdência, Participação, Imobiliário

30 A indústria A indústria de Fundos de Fundos no Brasil no Brasil Tipos Tipos de de Fundos % 100% 80% 60% 8,51 7,27 0,81 29,67 10,90 11,58 14,15 13,88 7,11 8,06 0,30 0,17 12,94 13,13 17,65 21,91 0,06 24,23 0,06 22,48 40% 31,30 40,52 36,19 30,83 30,87 20% 18,67 20,70 19,34 15,29 16,08 3,77 2,82 2,76 2,50 3,51 0% dez/04 dez/05 dez/06 dez/07 ago/08 Curto Prazo Referenciado DI Renda Fixa Multimercado Cambial Ações Outros Fonte: ANBID 31/08/2008 **Divida externa, FIDC, Previdência, Participação, Imobiliário

31 A indústria de Fundos no Brasil Tipos de Investidor % 5% 4% 43% 36% 12% Investidor Institucional Investidor PJ Investidor PF Estrangeiros Outros Fonte: ANBID 31/08/2008

32 A indústria de Fundos no Brasil Tipos de Ativos % 5% 22% 15% 58% Títulos Público Títulos Privados Ações Outros Fonte: ANBID 31/08/2008

33 ANBID Certificação Profissional Programa de Certificação Continuada da ANBID Os exames de certificação são destinados a elevar significativamente o nível de conhecimento e de qualidade do mercado de produtos de investimento.

34 DADOS DA CERTIFICAÇÃO A ANBID é a principal entidade certificadora dos profissionais do mercado financeiro brasileiro (+ de 200 mil profissionais inscritos) OBJETIVOS DO PCC Aumento da capacitação dos profissionais do mercado de capitais que têm contato com os investidores na comercialização de produtos de investimento A certificação profissional tem sido vista pelas empresas como diferencial na hora de contratar os funcionários e pelos profissionais como forma de progressão na carreira

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36 CPA-10 CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ANBID SÉRIE 10 QUEM PRECISA TER? Destina-se prioritariamente a certificar profissionais alocados em agências bancárias que têm contato direto com os clientes na comercialização dos produtos de investimento QUALQUER UM PODE PRESTAR? Não existe pré-requisito quanto à formação acadêmica

37 CPA-20 CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL ANBID SÉRIE 20 QUEM PRECISA TER? Tem como principal objetivo a contínua elevação técnica dos profissionais que têm contato direto com os Investidores Qualificados na comercialização de produtos de investimento QUALQUER UM PODE PRESTAR? Não existe pré-requisito quanto à formação acadêmica

38 EVOLUÇÃO DA CERTIFICAÇÃO ANBID Lançamento do CAR para a Certificação 1º Exame CPA-20 Apoio ao profissional sem vínculo: inscrição diretamente pelo site Incorporação das certificações ANDIMA 1º Exame online CPA º Exame CPA-10 Incorporação do IBCPF Exames Aplicados em mais de 20 cidades Exame CPA-10 online 1º Exame de Atualização CPA-20

39 O CFA Chartered Financial Analyst Não Obrigatório Certificado: CFA Chartered Financial Analyst Entidade Certificadora:AIMR Association onf Investment Management and Research EUA Objetivo: Referência internacional para profissionais da área financeira Candidatos: Analistas financeiros / gestores de portfolio

40 Certificação CFP : Planejamento Financeiro Pessoal Não Obrigatório: Certificação de distinção Profissionais que atuam em planejamento financeiro pessoal, segundo critérios internacionais da certificação CFP. Representada no Brasil pelo IBCPF Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.

41 CNPI Certificação Nacional do Profissional de Investimento Estudo de empresas cotadas em bolsa - emissão de recomendações O primeiro nível da certificação internacional CIIA - Certified International Investment Analyst, já reconhecida em 26 países. Certificadora: IBCPI

42 Certificação de Gestores Anbid Atividade de gestão remunerada de recursos de terceiros, possuindo poderes para tomar decisões de investimento. O Código de Auto-regulação de Certificação determinou o prazo até final de agosto de 2010 para que as instituições participantes possuam exclusivamente profissionais cadastrados no banco de dados da ANBID realizando atividade de gestão de recursos de terceiros.

43 Portal Como Investir

44 Obrigado!