UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA PÓLO PENEDO CURSO: ENGENHARIA DE PESCA PROF a : TALITA ESPÓSITO

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA PÓLO PENEDO CURSO: ENGENHARIA DE PESCA PROF a : TALITA ESPÓSITO"

Elza Carneiro Sintra
6 Há anos
Visualizações:

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS ARAPIRACA PÓLO PENEDO CURSO: ENGENHARIA DE PESCA PROF a : TALITA ESPÓSITO DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA GERAL E DO PESCADO FUNGOS

2 FUNGOS EUCARIOTOS UNICELULARES OU PLURICELULARES SUAS CÉLULAS POSSUEM VIDA INDEPENDENTE E NÃO SE REÚNEM PARA FORMAR TECIDOS VERDADEIROS. MICRO OU MACROSCÓPICOS DURANTE MUITO TEMPO, OS FUNGOS FORAM CONSIDERADOS COMO VEGETAIS E, SOMENTE A PARTIR DE 1969, PASSARAM A SER CLASSIFICADOS EM UM REINO À PARTE HETEROTRÓFICOS PAREDE CELULAR DE QUITINA ARMAZENAM GLICOGÊNIO

3 FUNGOS SOLO, NA ÁGUA, NOS VEGETAIS, EM ANIMAIS, NO HOMEM E EM DETRITOS, EM GERAL. O VENTO AGE COMO IMPORTANTE VEICULO DE DISPERSÃO DE SEUS PROPÁGULOS E FRAGMENTOS DE HIFA.

4 NUTRIÇÃO - FUNGOS AS ENZIMAS DIGEREM O ALIMENTO FORA DAS HIFAS, AS QUAIS ABSORVEM O PRODUTO DA DIGESTÃO SAPRÓFITOS/DECOMPOSITORES: RECICLAM MATERIA ORGÂNICA PARASITAS: PROVOCAM MICOSES MUTUALISMO: LIQUENS E MICORRIZAS

5 BENEFÍCIOS ATIVIDADE DECOMPOSITORA - IMPORTÂNCIA VITAL PARA ECOSSISTEMAS COMO O SOLO, DEVIDO AO APORTE DE NUTRIENTES, AOS PROCESSOS DE CICLAGEM, HUMIFICAÇÃO E FERTILIZAÇÃO. BIOTRANSFORMAÇÕES, COMO A FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA E A PRODUÇÃO DE ESTERÓIDES; PRODUÇÃO DE METABÓLITOS, COMO ANTIBIÓTICOS E PROMOTORES DE CRESCIMENTO DAS PLANTAS; PRODUÇÃO DE DIVERSOS TIPOS DE ENZIMAS PARA USO NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS, TAIS COMO AMILASES, CELULASES, PECTINASES E GLICOSE-OXIDADE; PRODUÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS PARA INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS, DE TINTAS, DE RESINAS, DE CORANTES E DE INSETICIDAS; USO DOS PRÓPRIOS FUNGOS PARA CONTROLE BIOLÓGICO DE INSETOS E NEMATÓIDES E USO DOS FUNGOS COMO PRODUTORES DE BIOMASSA E MICOPROTEÍNAS

6 ASPECTOS PREJUDICIAIS PRODUÇÃO DE MICOTOXINAS, PROCESSOS ALÉRGICOS, MICOSES SUPERFICIAIS OU PROFUNDAS E PARASITAS DE ANIMAIS E MUITAS PLANTAS CULTIVADAS.

7 MORFOLOGIA A MAIORIA EXISTE EM UMA DE 2 FORMAS MORFOLÓGICAS BÁSICAS: FUNGOS FILAMENTOSOS LEVEDURAS UNICELULARES ALGUNS FUNGOS SÃO DIMÓRFICOS

8 FUNGOS FILAMENTOSOS: SEMELHANTES A BOLORES FUNGOS COM ESTRUTURA FILAMENTOSA CONJUNTO DE FILAMENTOS (HIFAS) FORMA O MICÉLIO. HIFAS - CÉLULAS TUBULARES

10 LEVEDURAS FUNGOS UNICELULARES FORMA ESFÉRICA, OVÓIDE, CILINDRICA OU TRIANGULAR NÃO CONECTADAS 10x MAIOR QUE UMA CÉLULA BACTERIANA TIPICA REPRODUZEM-SE POR BROTAMENTO Saccharomyces cerevisiae

11 ESPORULAÇÃO É O PRINCIPAL MEIO PELO QUAL OS FUNGOS SE REPRODUZEM E SE DISSEMINAM NO AMBIENTE. SÃO CÉLULAS PROTEGIDAS, METABOLICAMENTE LATENTES, LIBERADAS PELO MICÉLIO EM GRANDES NÚMEROS PODEM SER GERADOS SEXUADA E ASSEXUADAMENTE

(UNICELULAR, FILAMENTOSO PSEUDOMICÉLIO) PROPÁGULOS

12 DIFERENTES TIPOS DE MICÉLIOS E DE PROPÁGULOS DE ACORDO COM O MODO DE REPRODUÇÃO DOS FUNGOS MICÉLIO VEGETATIVO (UNICELULAR, FILAMENTOSO PSEUDOMICÉLIO) PROPÁGULOS ASSEXUADOS BLASTOCONÍIDOS ARTROCONIDIOS CLAMIDOCONIDIO ESCLEROTOS

13 REPRODUÇÃO ASSEXUADA OCORRE ATRAVÉS DE FENÔMENOS MITÓTICOS DE FRAGMENTAÇÃO DO MICÉLIO: GEMIPARIDADE - FUNGOS UNICELULARES (COMO AS LEVEDURAS) OU ESPORULAÇÃO - O MÉTODO MAIS USUAL EM FUNGOS MULTICELULARES. A ESPORULAÇÃO IMPLICA A EXISTÊNCIA DE ESTRUTURAS ESPECIALIZADAS NA PRODUÇÃO DE ESPOROS, FORMADAS POR HIFAS VERTICAIS, MAIS OU MENOS COMPACTADAS E SEPARADAS POR SEPTOS DO RESTANTE MICÉLIO ESPORANGIÓFOROS OU CONIDIÓFOROS. ESPOROS IMÓVEIS - CÉLULAS DE PAREDE ESPESSA ESPECIALIZADAS NA DISPERSÃO, SÃO PRODUZIDOS AOS MILHÕES E TRANSPORTADOS PELO VENTO, ATÉ ATINGIREM UM SUBSTRATO FAVORÁVEL, ONDE SE DESENVOLVEM NUM NOVO MICÉLIO. ESPOROS - GERALMENTE LIBERTADOS EXPLOSIVAMENTE E PODEM PERMANECER VIÁVEIS DURANTE LONGOS PERÍODOS DE TEMPO. EXISTEM, IGUALMENTE, ESPOROS MUCILAGINOSOS, DE PAREDE FINA E ENVOLTOS POR UMA SUBSTÂNCIA PEGAJOSA QUE LHES PERMITE ADERIR AO CORPO DE OUTROS ORGANISMOS, QUE OS ESPALHAM MEIO

14 PROPÁGULOS ASSEXUADOS OS BLASTOCONÍDIOS, TAMBÉM DENOMINADOS GÊMULAS, SÃO COMUNS NAS LEVEDURAS E SE DERIVAM POR BROTAMENTO DA CÉLULA-MÃE. AS VEZES, OS BLASTOCONÍDIOS PERMANECEM LIGADOS À CÉLULA-MÃE, FORMANDO CADEIAS, AS PSEUDO-HIFAS, CUJO CONJUNTO É O PSEUDOMICÉLIO. OS ARTROCONÍDIOS SÃO FORMADOS POR FRAGMENTAÇÃO DAS HIFAS EM SEGMENTOS RETANGULARES. SÃO ENCONTRATOS NOS FUNGOS DO GÊNERO Geotrichum, EM Coccidioides immitis E EM DERMATÓFITOS. OS CLAMIDOCONÍDIOS TÊM FUNÇÃO DE RESISTÊNCIA, SEMELHANTE A DOS ESPOROS BACTERIANOS. SÃO CÉLULAS, GERALMENTE ARREDONDADAS, DE VOLUME AUMENTADO, COM PAREDES DUPLAS E ESPESSAS, NAS QUAIS SE CONCENTRA O CITOPLASMA. SUA LOCALIZAÇÃO NO MICÉLIO PODE SER APICAL OU INTERCALAR. FORMAM-SE EM CONDIÇÕES AMBIENTAIS ADVERSAS, COMO ESCASSEZ DE NUTRIENTES, DE ÁGUA E TEMPERATURAS NÃO FAVORÁVEIS AO DESENVOLVIMENTO FÚNGICO. OS ESCLERÓCIOS OU ESCLEROTOS (FORMAS DE RESISTÊNCIA), QUE SÃO CORPÚSCULOS DUROS E PARENQUIMATOSOS, FORMADOS PELO CONJUNTO DE HIFAS E QUE PERMANECEM EM ESTADO DE DORMÊNCIA, ATÉ O APARECIMENTO DE CONDIÇÕES ADEQUADAS PARA SUA GERMINAÇÃO. SÃO ENCONTRADOS EM ESPÉCIES DE FUNGOS DAS DIVISÕES ASCOMYCOTA, BASIDIOMYCOTA E DEUTEROMYCOTA.

15 BLASTOCONÍDIOS

16 DIFERENTES TIPOS DE MICÉLIOS E DE PROPÁGULOS DE ACORDO COM O MODO DE REPRODUÇÃO DOS FUNGOS MICÉLIO REPRODUTIVO PROPÁGULOS ASSEXUADOS PROPÁGULOS SEXUADOS EXTERNOS INTERNOS EXTERNOS INTERNOS CONÍDIOS ESPORANGIÓSFORO BASIDIÓSPORO ASCÓSPORO

17 REPRODUÇÃO SEXUADA OCORRE EM CONDIÇÕES DESFAVORÁVEIS, APENAS QUANDO SE PRETENDE AUMENTAR A VARIABILIDADE ATRAVÉS DA MEIOSE. NOS FUNGOS PREDOMINA A HAPLOFASE, APENAS EXISTINDO NÚCLEOS DIPLÓIDES EM ETAPAS DA REPRODUÇÃO SEXUADA. A REPRODUÇÃO SEXUADA DESIGNA-SE CONJUGAÇÃO, E OCORRE ENTRE DOIS MICÉLIOS DIFERENTES, ESTIRPE + E ESTIRPE -. DUAS HIFAS CRESCEM EM DIREÇÃO UMA A OUTRA, TRANSPORTANDO UM NÚCLEO NA SUA EXTREMIDADE. QUANDO ESTAS SE TOCAM, AS PAREDES SÃO DISSOLVIDAS POR ENZIMAS E FORMAM-SE SEPTOS, QUE ISOLAM OS NÚCLEOS NAS EXTREMIDADES, ORIGINANDO GAMETÂNGIOS. A FUSÃO DOS NÚCLEOS GAMETAS ORIGINA UMA CÉLULA DIPLÓIDE ZIGOTO -, QUE IRÁ DESENVOLVER UMA ESPESSA PAREDE DE PROTECÃO ZIGÓSPORO. EM CONDIÇÕES FAVORÁVEIS, ESTE ESPORO SEXUADO SOFRE MEIOSE E ORIGINA UM NOVO MICÉLIO HAPLÓIDE. DESTE MODO, OS FUNGOS APRESENTAM UM CICLO DE VIDA HAPLONTE, COM MEIOSE PÓS- ZIGÓTICA.

19 FUNGOS IMPORTANTES NA DETERIORAÇÃO DE ALIMENTOS

20 LEVEDURAS E BOLORES AERÓBIOS NA SUPERFÍCIE DO ALIMENTO ALGUMAS LEVEDURAS ANAERÓBIAS FACULTATIVAS ph 2,0-9,0 TEMPERATURA: 5 C a 35 C IMPORTANTES NO PESCADO SALGADO Aw: 0,80 (BOLORES) e 0,88 (LEVEDURAS) PODEM OCORRER ALTERAÇÕES NO ph DO PRODUTO, PARA A FAIXA DE ph (4,0 e 6,5) MAIS FAVORÁVEL AO SEU CRESCIMENTO, PODENDO OCORRER O DESENVOLVIMENTO DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS.

21 MICOTOXINAS RAÇÕES O DESENVOLVIMENTO DE FUNGOS TOXIGÊNICOS E A PRODUÇÃO DE MICOTOXINAS SÃO DEPENDENTES DE DIVERSOS FATORES: TEMPERATURA UMIDADE TIPO DE SUBSTRATO PRINCIPAIS ESPÉCIES PRODUTORES DE TOXINA: Aspergillus, Penicillium, Fusarium, Claviceps, Phoma e Alternaria.

22 Aspergillum sp.

23 Penicillium

24 FUNGOS PARASITAS DE ORGANISMOS AQUÁTICOS

REINO STRAMENOPILA (CROMISTAS) FILO OOMYCOTA OS CHAMADOS FUNGOS AQUÁTICOS, NA MAIORIA SAPRÓFITOS. SÃO FILAMENTOSOS, COM HIFAS MULTINUCLEADAS. APRESENTAM CELULOSE NA PAREDE CELULAR, NÃO QUITINA.

25 REINO STRAMENOPILA (CROMISTAS) FILO OOMYCOTA OS CHAMADOS FUNGOS AQUÁTICOS, NA MAIORIA SAPRÓFITOS. SÃO FILAMENTOSOS, COM HIFAS MULTINUCLEADAS. APRESENTAM CELULOSE NA PAREDE CELULAR, NÃO QUITINA. REPRODUÇÃO: DIFERE BASTANTE DA DOS RESTANTES GRUPOS, APROXIMANDO-OS MAIS DOS RESTANTES EUCARIONTES (PRINCIPALMENTE ALGAS - QUESTIONAMENTO DA SUA RELAÇÃO FILOGENÉTICA COM OS RESTANTES GRUPOS DO REINO ALGUNS AUTORES - DEVERIAM SER INCLUÍDOS NO REINO PROTISTA). PRODUZEM ESPOROS ASSEXUADOS BIFLAGELADOS, QUE OS VERDADEIROS FUNGOS NUNCA PRODUZEM. REPRODUÇÃO SEXUADA INCLUI A PRODUÇÃO DE OOGÔNIOS COM OOSFERAS E ANTERÍDEOS COM NÚCLEOS MASCULINOS. DA FECUNDAÇÃO RESULTA O OÓSPORO, UM ESPORO DE PAREDE RESISTENTE, QUE DÁ NOME AO TAXON. FUNGOS QUE CAUSADORES DE DOENÇAS EM PEIXES E NOS SEUS OVOS

26 REPRODUÇÃO FILO OOMYCOTA ASSEXUADA SEXUADA

OS PEIXES, DE TODAS AS IDADES, QUANDO ACOMETIDOS POR MICOSES DÉRMICAS APRESENTAM ALTERAÇÕES NO SEU COMPORTAMENTO NATATÓRIO, ASSUMINDO POSIÇÕES NÃO COMPATÍVEIS COM SUA NATUREZA.

27 SAPROLEGNIOSE (MICOSES DERMICAS) COMUMENTE CAUSADA PELOS FUNGOS Saprolegnia, Achlya, Aphanomyces e Dictyuchus, CHAMADOS DE MOFOS AQUÁTICOS. APRESENTAM ZOÓSPOROS QUE, POR SEREM BIFLAGELADOS, NADAM À PROCURA DO HOSPEDEIRO. OS PEIXES, DE TODAS AS IDADES, QUANDO ACOMETIDOS POR MICOSES DÉRMICAS APRESENTAM ALTERAÇÕES NO SEU COMPORTAMENTO NATATÓRIO, ASSUMINDO POSIÇÕES NÃO COMPATÍVEIS COM SUA NATUREZA. PODEM COMPROMETER TODO O CORPO DO ANIMAL, ENVOLVENDO-O COM SEU TALO VEGETATIVO MICELIANO, CARACTERIZADO COMO ALGODÃO, INICIALMENTE BRANCO QUE, POSTERIORMENTE, PELA SUJIDADE, PASSA A TER COLORAÇÃO MARROM. ESSES FUNGOS AFETAM PRINCIPALMENTE ANIMAIS DEBILITADOS OU FERIDOS E PODEM TAMBÉM COMPROMETER ANIMAIS SADIOS QUANDO A TEMPERATURA ESTÁ ABAIXO DO LIMITE TÉRMICO DE CONFORTO DA ESPÉCIE, QUANDO A ÁGUA APRESENTA QUALIDADE MUITO BAIXA OU COM EXCESSO DE MATÉRIA ORGÂNICA, OU AINDA QUANDO OCORRE ALTA DENSIDADE DE PEIXES, COMPROMETENDO TODA A POPULAÇÃO, ALÉM DA MORTALIDADE DOS OVOS. A MICOSE DÉRMICA É UMA DAS MAIS PERIGOSAS DOENÇAS SECUNDÁRIAS NA CRIAÇÃO DE PEIXES

Documentos relacionados

NUTRIÇÃO E METABOLISMO FÚNGICO. CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO

Fernanda Villar Corrêa Microbiologia Geral NUTRIÇÃO E METABOLISMO FÚNGICO. CRESCIMENTO E REPRODUÇÃO ESTRUTURA - Os fungos podem se desenvolver em meios de cultivo especiais formando colônias de dois tipos: