FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Direito. Nara Olímpia Mendes Pereira

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Direito. Nara Olímpia Mendes Pereira"

Transcrição

1 FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Curso de Direito Nara Olímpia Mendes Pereira O CÔNJUGE SOBREVIVENTE E O DIREITO SUCESSÓRIO FACE AO ARTIGO 1830 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 Pará de Minas 2016

2 Nara Olímpia Mendes Pereira O CÔNJUGE SOBREVIVENTE E O DIREITO SUCESSÓRIO FACE AO ARTIGO 1830 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 Monografia apresentada à Coordenação de Direito da Faculdade de Pará de Minas como requisito parcial para conclusão do curso de Direito. Orientador: Evandro Alair Camargos Alves. Pará de Minas 2016

3 Nara Olímpia Mendes Pereira O CÔNJUGE SOBREVIVENTE E O DIREITO SUCESSÓRIO FACE AO ARTIGO 1830 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 Monografia apresentada à Coordenação de Direito da Faculdade de Pará de Minas como requisito parcial para conclusão do curso de Direito. Orientador: Evandro Alair Camargos Alves. Aprovada em / / (titulo e nome do professor orientador) (titulo e nome do professor examinador) (titulo e nome do professor examinador)

4 SUMÁRIO RESUMO...5 INTRODUÇÃO...6 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO SUCESSÓRIO ORIGEM CONCEITO ABERTURA DA SUCESSÃO VOCAÇÃO HEREDITÁRIA CAPÍTULO 2 DO CASAMENTO E DOS REGIMES DE BENS CONCEITO DOS REGIMES DE BENS REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS REGIME DE SEPARAÇÃO TOTAL CAPÍTULO 3 ANÁLISE DA SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE À LUZ DO ARTIGO DO CÓDIGO CIVIL CONCORRÊNCIA COM OS DESCENDENTES CONCORRÊNCIA COM OS ASCENDENTES DIREITO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE E ANÁLISE DO ARTIGO DO CÓDIGO CIVIL DE CONCLUSÃO...31 REFERÊNCIAS...33

5 RESUMO A presente pesquisa tem a finalidade de analisar o direito do cônjuge sobrevivente em face ao artigo do Código Civil de Antes da abordagem específica do assunto, será apresentada a sucessão geral e sua origem, em seguida serão apresentados os regimes de bens, pois o casamento exerce uma grande influência na sucessão do cônjuge sobrevivente. Verificou-se também a concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes e ascendentes. Por fim, verificou-se que, no caso de não haver descendentes e ascendentes, o cônjuge sobrevivente herdará a integralidade da herança, ficando o direito sucessório deste condicionado às hipóteses de que, no momento da morte do de cujus, os cônjuges não estejam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente, requisitos que foram analisados e sobre os quais apresentam os posicionamentos doutrinários favoráveis e desfavoráveis. Palavras- chave: Direito sucessório. Separação de fato. Cônjuge sobrevivente.

6 INTRODUÇÃO A presente monografia tem por objetivo analisar o direito do cônjuge sobrevivente por meio da analise do artigo do Código Civil de Ressalta-se que esta monografia vem colaborando muito para melhor conhecimento do tema, não podendo esquecer que a mesma é requisito imprescindível para a conclusão do curso de Direito na Faculdade de Pará de Minas FAPAM. A proposta para o estudo do tema é analisar a aplicação do artigo do Código Civil, sendo que tal análise será feita em três partes, abordando nelas as hipóteses diferentes previstas no mencionado artigo. Para adentrar no tema escolhido, primeiro, foi necessário fazer uma abordagem sobre as noções gerais do direito sucessório, desde a origem da sucessão, passando pela evolução histórica da mesma, o conceito de sucessão, abertura da sucessão e a vocação hereditária. Em segundo plano, foi feita a análise do casamento, passando a tratar do conceito do mesmo, analisando o que são regimes de bens e suas espécies. Por fim, adentra-se no tópico que trata do direito sucessório do cônjuge sobrevivente, analisando a concorrência do cônjuge com os descendentes e com os ascendentes, sendo tratado também neste tópico o direito do cônjuge e análise do artigo do Código Civil de Para o desenvolvimento da presente monografia foram formulados os seguintes questionamentos: a) Teria o cônjuge sobrevivente direito sucessório, caso esteja separado de fato? b) É necessário observar o prazo de 2 anos previsto no art.1830 do Código Civil de 2002? c) Após a Emenda Constitucional 66/2010, ainda é necessário analisar se houve culpa do de cujus? A pesquisa que ora se apresenta utilizou o método lógico-dedutivo baseandose na construção doutrinária e jurisprudencial, em que foi analisado os direitos do cônjuge sobrevivente no âmbito do artigo do Código Civil.

7 O método de procedimento específico do trabalho em questão será bibliográfico por meio de doutrinas, jurisprudências, artigos científicos, normas constitucionais e infraconstitucionais buscando melhor explorar o tema e trazer uma melhor compreensão e clareza sobre ele. Tal pesquisa foi encerrada com a apresentação dos pontos conclusivos da pesquisa e as reflexões sobre o direito sucessório do cônjuge sobrevivente. Com isso, espera-se alcançar o intuito de tal pesquisa, que é analisar os requisitos para o cônjuge sobrevivente suceder, previstos no artigo do Código Civil, apresentando doutrinas favoráveis e desfavoráveis a tais requisitos.

8 8 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO SUCESSÓRIO Este capítulo tem como finalidade apresentar as noções gerais sobre o Direito Sucessório, definindo e conceituando a palavra sucessão. Abordando-se desde a abertura da sucessão, tratando da transmissão da herança aos herdeiros até a vocação hereditária. 1.1 ORIGEM Uma das áreas do direito civil que mais passou por modificações foi o Direito das sucessões. Primeiramente, em Roma, o herdeiro teria de dar continuidade ao culto familiar alusivo à religião, uma vez que, continuava com a personalidade do falecido. A estrutura da família era bem rígida, e através de testamento, o pai escolhia o filho mais apto a exercer o comando da família, ficando este responsável pela administração do patrimônio deixado e pelo encargo de realizar as práticas religiosas domésticas. O pai escolhia sempre o filho homem, na maioria das vezes o primogênito. A filha raramente era escolhida sob a alegação de que esta após o casamento integraria à família do marido e consequentemente perderia os laços com a família de seu pai. Nesta época o direito das sucessões beneficiava mais os filhos homens, assim coloca Dias: [...]a sucessão sempre se operou na linha masculina, sob a justificativa de que a filha não daria seguimento ao culto familiar, pois ao casar adotaria a religião do marido. Também entre os filhos homens existiam injustos privilégios. Na Idade Média, para evitar a divisão dos feudos, a sucessão beneficiava somente o filho mais velho. Era o chamado direito primogenitura: o patrimônio transmitia-se ao primeiro filho homem, o mais velho, para garantir a integralidade do patrimônio familiar.[...](dias, 2014, p.29). No mesmo sentido Gonçalves, também esclarece esse costume de beneficiar apenas o filho homem: [...]a sucessão, a esse tempo e durante séculos, transmite-se apenas pela linha masculina, pois, como o filho é o sacerdote da religião doméstica, é ele, e não sua irmã, quem recebe o patrimônio da família. Aí, portanto, a explicação da regra segundo a qual a herança se transmite ao primogênito varão.

9 9 O afastamento da filha se justificava, também pelo fato de que esta iria se casar, e pelo casamento passaria a integrar a família do marido, perdendo qualquer espécie de laço com a família de seu pai, cultuando, inclusive, os deuses da nova família[...](gonçalves, 2010, p.21). Com a evolução do direito romano, então, passou-se a aceitar que a mulher fosse chamada à sucessão, assim como dispõe Venosa: No Direito Romano, não havia propriamente sucessão do cônjuge, já que a transmissão se efetuava pela linha masculina. Apenas na última fase do Direito Romano, já com Justiniano, é que se permitiu à mulher suceder nos bens do marido, estabelecendo-se uma possibilidade de usufruto, concorrendo com filhos.(venosa,2007, p.115). Com o advento do Código de Napoleão, caiu por terra à questão de se beneficiar, com a sucessão, apenas o filho homem, passando a ter igualdade entre herdeiros do mesmo grau, sendo essa uma forma de manter a unidade sucessória e manter o patrimônio mais próximo da origem familiar, consoante com a colocação de Gonçalves: Com a promulgação do Código Napoleão, mantêm-se a unidade sucessória e a igualdade de herdeiros do mesmo grau, estabelecendo-se, entretanto, uma distinção entre herdeiros (parentes do morto) e sucessíveis. Assim, na França, a linha de vocação hereditária inicia-se com os herdeiros (filhos e descendentes; ascendentes e colaterais privilegiados pai, mãe, irmãos, irmãs e os descendentes destes-, demais ascendestes e seus colaterais a princípio até o 12º grau, posteriormente até o 4º grau apenas), e, na falta destes, completa-se a vocação com os sucessíveis (filhos então tidos como naturais, o cônjuge sobrevivo e o Estado). (GONÇALVES, 2010, p.23). Sendo assim, pode-se concluir que antes a filha não tinha direito a sucessão, sendo beneficiado apenas o filho homem, primogênito, forma essa de manter o patrimônio dentro do ceio familiar e, manter também o culto religioso. Esse método era utilizado para manter o grupo familiar forte. 1.2 CONCEITO A expressão sucessão, está prevista em vários ramos do direito, por se tratar de uma transmissão de titularidade de direitos inter vivos e causa mortis. O vocábulo sucessão tem dois sentidos: em sentido amplo e em sentido restrito. Em sentido amplo, significa a substituição de uma pessoa por outra, ou seja, substituição da titularidade de determinado bem. Para Diniz, o vocábulo sucessão no sentido amplo é [...]todos os modos derivados de aquisição do domínio, de maneira que indicaria ao ato pelo qual alguém sucede a outrem, investindo-se, no todo ou em parte, nos direitos que lhe pertenciam. Trata-se da sucessão inter

10 10 vivos, pois o comprador sucede ao vendedor, o donatário ao doador, tomando uns o lugar dos outros em relação ao bem vendido ou doado.[...](diniz, p.25). Já em sentido restrito, a expressão sucessão está diretamente ligada à morte, sendo o sentido da palavra sucessão utilizado pelo Direito das sucessões, ou seja, é a transferência da herança, total ou parcial, aos herdeiros em virtude da morte. Nesse sentido Gonçalves traz o seguinte entendimento: [...]o vocábulo é empregado em sentido estrito, para designar tão somente a decorrente da morte de alguém, ou seja, a sucessão causa mortis. O referido ramo do direito disciplina a transmissão do patrimônio, ou seja, do ativo e do passivo do de cujus ou autor da herança a seus sucessores[...].(gonçalves, 2010, p.19/20). Para Maria Helena Diniz, direito das sucessões vem a ser: Conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém, depois da sua morte, ao herdeiro, em virtude de lei ou de testamento (CC, art, 1786). Consiste, portanto, no complexo de disposições jurídicas que regem a transmissão de bens ou valores e dívidas do falecido, ou seja a transmissão do ativo e do passivo do de cujus ao herdeiro. (DINIZ, 2013, p.17). Sendo assim direito das sucessões é o agrupamento de normas que tratam da transmissão dos bens e dívidas do falecido aos herdeiros, em razão de lei ou testamento. 1.3 ABERTURA DA SUCESSÃO A art do Código Civil de 2002 delibera que: Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Como já vimos, à sucessão para o direito das sucessões advém da morte, sendo assim a morte é o fato jurídico que determina a abertura da sucessão. Aberta a sucessão os ativos e passivos, ou seja, patrimônio e dívidas do de cujus, são transferidos aos herdeiros/sucessores. Sobre abertura da sucessão assim leciona Dias: Nada mais significa do que o momento da morte de alguém e o nascimento do direito dos herdeiros aos bens do falecido. A transmissão é automática. A titularidade do acervo patrimonial se transfere sem sofrer de continuidade. Isso porque a existência de pessoa natural termina com a morte. (DIAS, 2014, p. 103). No mesmo sentido coloca Diniz, sobre a abertura da sucessão: A morte natural é o cerne de todo o direito sucessório, pois só ela determina a abertura da sucessão, uma vez que não se compreende sucessão

11 11 hereditária sem o óbito de de cujus, dado que não há herança de pessoa viva (viventis nulla est hereditas). No momento do falecimento do de cujus abre-se a sucessão, transmitindo-se, sem resolução de continuidade, a propriedade e a posse dos bens do defunto aos herdeiros sucessíveis, legítimos ou testamentários, que estejam vivos naquela momento, independentemente de qualquer ato. Essa transmissão é, portanto, automática, operando-se ipso iure. A morte é o fato jurídico que transforma em direito aquilo que era, para o herdeiro, mera expectativa; deveras, não há direito adquirido a herança senão após o óbito de de cujus. Com o óbito do hereditando, seus herdeiros recebem por efeito direto da lei (son saisis de plein sroit) as suas obrigações, a sua propriedade de coisas móveis e imóveis e os seus direitos.(diniz, 2013, p.34/35). Mais precisamente, conforme o artigo do Código Civil de 2002, à sucessão abre no lugar do último domicílio do falecido. Assim, Diniz ensina a importância da abertura da sucessão no último domicílio do falecido: O Código Civil, no art. 1785, determina o lugar da abertura da sucessão recorrendo ao ultimo domicilio do falecido, porque presume que ai esteja a sede principal dos interesses e negócios do de cujus, embora o passado se tenha dado em local diverso ou os seus bens estejam situados em outro lugar. Isto é assim porque o domicílio é a sede jurídica da pessoa e do seu patrimônio. A abertura da sucessão no último domicílio do auctor successionis determina a competência do foro para os processos atinentes à herança (inventário, petição de herança) e para as ações dos coerdeiros, legatários e credores relacionadas com os bens da herança. É, no prazo de 30 dias, contado da abertura da sucessão, instaurar-séà inventário do patrimônio hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, quando for o caso, de partilha da herança (CC, art. 1796).( DINIZ, 2013, p.43/44). Assim conclui-se que a morte é a causa da abertura da sucessão, sendo transferido para os herdeiros do de cujus todos os seus bens, ativos e passivos, ou seja, os bens se transferem para os herdeiros automaticamente não é necessária a abertura do inventário para se passar os bens para os herdeiros. 1.4 VOCAÇÃO HEREDITÁRIA Falecendo alguém, seus bens, dívidas, obrigações e encargos, precisam ser transferidos para alguém, ou seja, precisa ser transferido para os sucessores do falecido. Para realizar a transferência dos bens do de cujus deve ser analisado, se o mesmo não deixou testamento, que conterá sua última declaração de vontade. Não havendo testamento a lei promoverá a partilha do patrimônio do falecido, o que é denominado ordem de vocação hereditária.

12 12 O artigo 1798 do Código Civil de 2002 traz a disposição genérica dos legítimos a suceder: Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. Nesse sentido corrobora Gonçalves: Tanto as pessoas naturais como as jurídicas, de direito público ou privado, podem ser beneficiadas. Só as pessoas vivas ou já concebidas ao tempo da abertura as sucessão podem ser herdeiras ou legatárias, Caducam as disposições testamentárias que beneficiarem pessoas já falecidas, pois a nomeação testamentária tem caráter pessoal (intuitu personae).o princípio geral, de que são capazes de herdar as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão, passa, assim, como sublinha Eduardo de Oliveira Leite, a reger toda a matéria sucessória, acompanhada, de perto, pelo segundo princípio(regra geral que admite exceção, como veremos, ou seja, que a condição para herdar é a existência do herdeiro ao tempo da morte do de cujus.(gonçalves, 2010, p.70). No mesmo sentido também dispõe Dias: A lei indica os legitimados para receber a herança: todos os parentes, bem como o cônjuge e o companheiro. Daí a expressão: herdeiros legítimos (CC 1.829). A preferência é pelos parentes em linha reta: descendentes e ascendentes (CC 1.591). Tanto eles como o cônjuge são considerados herdeiros necessários (CC 1.845). Fazem jus ao que se chama de legítima, que compreende a metade da herança. Cabe atentar a que a parte da herança chamada legítima não se destina aos herdeiros legítimos, mas aos herdeiros necessários. Todos os herdeiros necessários são herdeiros legítimos, mas a recíproca não é verdadeira. Aos herdeiros necessários é assegurada a legítima, isto é, a metade da herança. Os herdeiros legítimos têm mera expectativa de direito. Herdam se não existirem herdeiros necessários nem testamento destinando os bens a terceiros.(dias, 2014,p.137). Cabe esclarecer que o nascituro pode suceder sem nenhum problema, pois no momento da abertura da sucessão o mesmo já havia sido concebido, porém, sua condição de herdeiro fica condicionada ao seu nascimento. Sobre o nascituro Gonçalves dispõe o seguinte: Nascendo com vida, a existência do nascituro, no tocante aos seus interesses, retroage ao momento de sua concepção, como já proclamava o Digesto (Livro I, Tít. V, frag. 7): nasciturus pro iam nato habetur quotias de eius commodis agitur (o nascituro é tido como nascido no que se refere aos seus interesses) Os direitos que lhe são assegurados encontram-se em estado de potencial, sob condição suspensiva. Pra resguardá-los pode a mulher que o está gerando requerer ao magistrado competente a nomeação de um curador: o curator ventris (curador ao ventre). (GONÇALVES, 2010, p.71). A ordem dos herdeiros legitimados a suceder deve seguir à seguinte ordem, prevista no artigo do Código Civil de 2002: Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da

13 13 separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. Mas como toda regra tem sua exceção, assim dispõe Diniz sobre tais: Todavia, toda regra comporta exceção, pois há casos de sucessão anômala ou irregular, admitidos por lei, de variação da ordem de vocação hereditária, ou seja, em que não se aplica o principio de que a existência de herdeiro de uma classe exclui da sucessão os herdeiros da classe subseqüente, como dispõem: 1º) o art, 5º XXXI, da Constituição Federal, que repete com pequena alteração o art.10, 1º, da lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, com relação da lei n.9.047/95, que prescreve: A sucessão de bens estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. Assim, a ordem de vocação hereditária, estabelecida no art do Código Civil, pode ser alterada tratando-se de bens existentes no Brasil, pertencentes a estrangeiro falecido, casado com brasileira e com filhos brasileiros, se a lei nacional do de cujus for mais favorável àquelas pessoas de que o seria a brasileira. P.ex., se o autor da herança for mexicano e houver deixado cônjuge brasileiro que deve concorrer com ambos os ascendentes daquele, não se aplicará a lei brasileira, mas a mexicana, pois pelo Código Civil do México, no art. 1626, concorrendo à sucessão cônjuge supérstite e ascendentes de primeiro grau, dividir-se-á a herança ao meio, ficando uma metade com o consorte e outra metade com os ascendentes; se se fosse aplicar a ordem de vocação hereditária que vigora no Brasil (CC, arts.1.829,ii, e 1.837, 1ª parte), o c^njuge herdaria um teço do acervo hereditário e os ascendentes do de cujus, dois terços(rf,112:91; RT,148:237). 2º)O art do Código Civil, com o intuito de proteger o cônjuge sobrevivente, em casamento efetuado sob qualquer regime de bens, confere-lhe o direito real de habilitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único bem daquela natureza e inventariar. Beneficiam-se simultaneamente herdeiros de classes diversas, pois enquanto se transmite a nua propriedade (CC, art ) os sucessores legítimos da classe preferencial (descendentes ou ascendentes), ao consorte supérstite outorga-se um direito real limitado de habilitação. (...) (DINIZ, 2013, p.123/124 E 126/127). Assim pode se concluir que a lei dispõe a ordem hereditária, e para seguir tal ordem deve primeiro analisar se o de cujus não deixou declaração e última vontade. Se não tiver deixado testamento deve-se analisar a ordem hereditária previsto no artigo do Código Civil de 2002, mas sempre atento às exceções.

14 14 CAPÍTULO 2 DO CASAMENTO E DOS REGIMES DE BENS Este capítulo tem o propósito dar uma sequência coesa na presente pesquisa, tratando do casamento e dos regimes de bens, tendo-se em vista que o regime de bens é fundamental no momento da abertura da sucessão. 2.1 CONCEITO Um dos institutos mais discutido do direito privado é o casamento, que com a evolução dos povos, passou por diversas modificações resultantes da mudança do comportamento da sociedade. O casamento é uma instituição antiga e é definido de várias maneiras, devido ao fato de ter nascido dos costumes, e por ser um instituto que permiti reflexões históricas, políticas e sociológicas. Para Araújo Júnior casamento é: Sendo assim, diante da nossa nova realidade social, pode-se conceituar casamento como a união legal de um homem e de uma mulher, com propósito de estabelecer comunhão plena de vida, assumindo mutuamente os cônjuges a qualidade de consortes e companheiros, com base na igualdade de direitos e deveres.(araújo JÚNIOR, 2006, p.21) Bevilaqua aduz que casamento: (...) é a regulamentação social do instinto de reprodução, trabalhada de um modo lento, através de muitas e diversíssimas vicissitudes, até a acentuação de sua forma vigente entre os povos cultos. Mas parece fora de dúvida que, caracterizando-se o matrimônio pela duração mais ou menos prolongada da união, em que se acham homem e a mulher, sua formas rudimentares e grosseiras apareceram com os primeiros homens, que tiveram de viver em agrupamentos sociais, urgidos pelas necessidades, e que aliás, encontravam exemplos e seguir entre os animais, que, em torno deles, andavam aos pares, cuidando da prole enquanto o frágil e incapaz de subsistir entregue aos próprios esforços. (BEVILAQUA, 2001, p.45). Já Maria Helena Diniz, conceitua casamento como sendo o vínculo jurídico entre o homem e a mulher que visa ao auxílio mútuo material e espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de uma família. (DINIZ, 2007, P.35). Por fim, verifica-se que o casamento é uma manifestação de vontade dos contraentes, que devem obedecer às formalidades legais.

15 DOS REGIMES DE BENS Através do regime de bens que se disciplina os direitos e obrigações advindas do casamento, e é no mesmo que residem as variáveis que definem o direito sucessório no caso concreto. Gagliano e Pamplona Filho apontam que regime de bens, entenda-se o conjunto de normas que disciplina a relação jurídica-patrimonial entre os cônjuges, ou, simplesmente, o estatuto patrimonial do casamento. As quatro espécies distintas de regimes de bens estão previstas no Código Civil de 2002 e as mesmas são: da comunhão parcial de bens (arts a ); da comunhão universal de bens (arts a 1.671); da separação final dos aquestro (arts a 1.686) e o do separação total de bens (arts a 1.688). Sendo assim os nubentes tem a faculdade de escolher qual é o melhor regime de bens para regular a relação econômica durante a vigência da vida conjugal, salvo as hipóteses previstas no Código Civil de 2002 que determinada ser obrigatório o regime de separação de bens REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL Primeiramente cabe ressaltar que o regime de comunhão parcial de bens é o regime legal, por força do disposto no artigo do Código Civil de 2002: Art Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzirse-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas. Araújo Júnior ao mencionar o artigo supra, define o regime de comunhão parcial de bens como o regime legal, afirmando que : O regime de comunhão parcial é, como já se disse, o regime legal; isto é, aquele que dispensa a existência de pacto antenupcial, visto que sua escolha se dá mediante simples declaração no próprio requerimento de habilitação para o casamento. É também o regime a ser observado no caso de o pacto antenupcial vir a ser anulado. (ARAÚJO JÚNIOR, 2006, p.45). A definição de regime de comunhão parcial de bens está previsto no artigo do Código Civil de 2002, que dispõe o seguinte: No regime de comunhão

16 16 parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. Para conceituar o regime de comunhão parcial de bens Gagliano e Pamplona Filho colocam que: Araújo Júnior assevera que: Nesse diapasão, podemos definir o regime de comunhão parcial de bens como sendo aquele em que há, em regra, a comunicabilidade dos bens adquiridos a título oneroso na constância do matrimônio, por um ou ambos os cônjuges, preservando-se, assim, como patrimônio pessoal e exclusivo de cada um, os bens adquiridos por causa anterior ou recebidos a título gratuito a qualquer tempo. Genericamente, é como se houvesse uma separação do passado e uma comunhão do futuro em face daquilo que o casal, por seu esforço conjunto,ajudou a amealhar. (GAGLIANO e PAMPLONA FILHO, 2013,p.343). Neste regime, á idéia central é a de que pertencem ao casal os bens aquestros, ou seja, adquiridos, conjunta ou individualmente, por qualquer deles, onerosamente na constância do casamento (art , CC), salvo se a aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento (art , CC), como por exemplo, um contrato de compromisso de compra e venda. Neste caso, o bem não se comunica, mesmo que a escrituração ocorra durante o casamento, salvo eventuais direitos oriundos de ajuda financeira do cônjuge.(araújo JÚNIOR, 2006, p.46). Percebe-se que neste regime de casamento os bens adquiridos durante o período da união, de forma onerosa, comunicam-se de acordo com o artigo do Código Civil de 2002: Art Entram na comunhão: I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. Porém cabe mencionar que o artigo do Código civil de 2002 traz os bens incomunicáveis no presente regime: Art Excluem-se da comunhão:

17 17 I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III - as obrigações anteriores ao casamento; IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Desse modo percebe-se que na comunhão parcial de bens, comunicam-se apenas os bens adquiridos, de forma onerosa, durante a constância do casamento, sempre observando as exceções previstas em lei REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS O regime de comunhão universal de bens é aquele em que todas as dívidas, contraídas durante o casamento por qualquer dos cônjuges, e os bens do casal se comunicam, ou seja, aqueles bens adquiridos antes e durante o casamento, regime este que deve ser instituído por meio de pacto antenupcial. Conforme o artigo do Código Civil de 2002: O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. Maria Berenice Dias conceitua regime de comunhão universal de bens, como: Pretendo os noivos transformar o casamento em uma união não só de vidas mas também de bens, é necessário que formalizem pacto antenupcial, optando pelo regime da comunhão universal(cc a 1.671). Assim, ocorre uma fusão entre os acervos trazidos para o matrimônio por qualquer dos nubentes, formando uma única universalidade, à qual se agrega tudo o que for adquirido, na constância do enlace conjugal, por qualquer dos cônjuges, a título oneroso, por doação ou herança. Os patrimônios se fundem em um só. Comunicam-se todos os bens presentes e futuros, bem como as dívidas passivas contraídas por qualquer dos cônjuges durante o casamento. Instaura-se o que se chama de mancomunhão, ou seja, propriedade em mão comum. Cada consorte é titular da propriedade e posse da metade ideal de todo o patrimônio, constituindo-se um condomínio sobre cada um dos bens, dívidas e encargos. Cada cônjuge torna-se meeiro de todo o acervo patrimonial, ainda que nada tenha trazido e nada adquira na constância do casamento. (DIAS, 2007, p.222).

18 18 como: No mesmo sentido Maria Helena Diniz conceitua esse regime de casamento Por meio do pacto antenupcial os nubentes podem estipular que o regime matrimonial de bens será o da comunhão universal, pelo qual não só todos os seus bens presentes ou futuros, adquiridos antes ou depois do matrimônio, mas também as dívidas passivas tornam-se comuns, constituindo uma só massa. Instaura-se o estado de indivisão, passando a ter cada cônjuge o direito à metade ideal do patrimônio comum, logo, nem mesmo poderão formar, se quiserem contratar, sociedade entre si (CC, art. 977). Antes da dissolução e partilha não há meação, mas tão-somente metade ideal de bens e dívidas comuns (CC, art ). Há comunicação do ativo e do passivo, pois há na comunhão universal de bens uma espécie de sociedade (LEX, 62:237), disciplinada por normas próprias e peculiares. Logo, nenhum dos consortes tem a metade de cada bem, enquanto durar a sociedade conjugal, e muito menos a propriedade exclusiva de bens discriminados, avaliados na metade do acervo do casal. Esses bens compenetram-se de tal maneira que, com a dissolução da sociedade conjugal, não se reintegram ao patrimônio daquele que os trouxe ou os adquiriu. ( DINIZ, 2007, p.170). Como toda regra tem sua exceção, o artigo do Código Civil de 2002, traz hipótese, em que no regime de comunhão universal, não haverá a comunicação dos bens do casal. Art São excluídos da comunhão: I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art E como o próprio artigo do Código Civil de 2002 traz existem também hipóteses de incomunicabilidade de bens, neste regime, previsto no artigo 1.659, V e VII do Código Civil Art Excluem-se da comunhão: V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.

19 19 Ressalta-se que os frutos provenientes dos bens que não se comunicam entram regularmente na comunhão patrimonial, assim como dispõe Maria Berenice Dias: Ditas incomunicabilidades, no entanto não se estendem aos frutos desses bens, percebidos ou vencidos na constância do enlace conjugal(cc 1.669). (DIAS, 2007, p.223). Neste mesmo sentido manifesta, Maria Helena Diniz: Pelo art do Código Civil, a incomunicabilidade dos bens arrolados no art não se entende aos frutos (civis, naturais ou industriais), quando se percebem ou se vencem durante o matrimônio. P. ex., se um dos nubentes, antes de se casar, tinha direito a uma pensão, esse direito não se comunica pelo casamento. Porém, o dinheiro que receber, após as núpcias, se comunica, a partir de vencimento da prestação, isto é, recebida a pensão, o valor assim obtido entra no patrimônio de casal, bem como os bens adquiridos com ela. Faltando estipulação em contrário, comunicam-se esses frutos auferidos na constância do matrimônio, tendo cada cônjuge direito à metade ideal deles. (DINIZ, 2007, p. 174). Assim conclui-se que observando as exceções previstas no Código Civil de 2002, todas as dívidas, constituídas durante o casamento, e os bens, adquiridos antes e durante o matrimônio se comunicam REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS O regime de participação final dos aquestos, previsto nos artigos a 1686 do Código Civil de 2002, é aquele em que há uma mistura entre as regras do regime de separação total de bens e o regime de comunhão parcial de bens. O artigo do Código Civil de 2002 define o regime de participação final dos aquestos. Art No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento. Gediel Claudino de Araújo Júnior delibera o seguinte sobre esse regime: Em outros termos, durante o casamento cada cônjuge age como se tivesse sido adotado o regime da separação de bens, mantendo administração exclusiva sobre seus bens (adquiridos ou não durante o casamento), podendo, inclusive, aliená-los livremente se forem móveis (art , parágrafo único, CC), sendo que igual direito pode ser estendido aos bens imóveis por meio de cláusula expressa no pacto antenupcial (art , CC). Todavia, vindo eventualmente o casal a requer a dissolução da sociedade conjugal (separação ou divórcio judicial), deverá ser apurado o montante dos aquestos, isto é, o valor total dos bens onerosamente adquiridos pelos cônjuges durante o casamento, como se este observasse o regime da comunhão parcial, dividindo-se os bens apurados na proporção

20 20 de 50% (cinqüenta por cento) para cada um. (ARAÚJO JUNIOR, 2006, p. 47 e 48). Cristiano Chaves de Farias e Nelzon Rosenvald aduzem: A participação final dos aquestos (vale lembrar que os aquestos são os bens adquiridos onerosamente durante a convivência) prevê que, durante a convivência conjugal,o casamento fica submetido às regras da separação convencional dos bens, porém, no instante da dissolução matrimonial (seja por morte ou por divórcio), incidem as normas atinentes à comunhão parcial, comunicando-se os bens adquiridos onerosamente por cada um durante a constância das núpcias.(farias; ROSENVALD, 2013, p.402). Assim percebe-se que o regime de participação final dos aquestos é considerado híbrido, ou seja, enquanto durar o casamento, o mesmo será regido pelas regras do regime de separação de bens, entretanto quando ocorrer a dissolução da sociedade conjugal haverá uma prevalência as regras do regime de comunhão parcial de bens, salvo hipóteses previstas em lei REGIME DE SEPARAÇÃO TOTAL O regime de separação de bens, pode ser convencional ou obrigatório. A chamada separação convencional de bens, estipulado em pacto antenupcial, é aquele em que cada cônjuge fica na administração, posse e propriedade de seus bens. Existe neste regime uma distinção entre os bens/patrimônios de cada cônjuge, ou seja, os patrimônios deles não se misturam nem se confundem, conforme dispõe o artigo do Código Civil: Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. Cristiano Chaves de Farias E Nelson Rosenvald define a separação convencional de bens como: A separação convencional de bens é o regime de bens que promove uma absoluta diáspora patrimonial, obstando a comunhão de todo e qualquer bem adquirido por cada cônjuge, ates ou depois do casamento, seja a título oneroso ou gratuito. Outorga-se a cada esposo um independência absoluta quanto aos seus bens e obrigações, no presente e no futuro. Em fim, nos patrimônios celebrados pela separação convencional cada cônjuge mantém um patrimônio particular, inexistindo qualquer ponto de interseção de bens. (FARIAS; ROSENVALD, 2013, p.397). sendo: No mesmo sentido Maria Helena Diniz aponta a separação de bens como

21 21 O regime de separação de bens (CC, art ) vem a ser aquele em que cada consorte conserva, com exclusividade, o domínio, posse e administração de seus bens presentes e futuros e a responsabilidade pelos débitos anteriores e posteriores ao matrimônio. Portanto, existem dois patrimônios perfeitamente separados e distintos: o do marido e o da mulher. Há incomunicabilidade não só dos bens que cada qual possuía ao se casar, mas também dos que veio a adquirir na constância do casamento, havendo uma completa separação de patrimônio dos dois cônjuges. Assim, esse regimes em nada influi na esfera pecuniária dos consortes. Não há proibição de gravar de ônus real ou alienar bens, inclusive imóveis, sem assentimento do outro cônjuge. Qualquer dos consortes poderá, sem autorização do outro, pleitear, como autor ou réu, acerca de bens ou direitos imobiliários, prestar fiança ou aval e fazer doação, não sendo remuneratória (CC, art.1.647). Como o ativo, o passivo dos cônjuges também é separado, não se comunicando os débitos anteriores ou posteriores ao casamento, pelos quais responde o consorte que os contraiu, isoladamente, e, se créditos houver entre marido e mulher, regular-se-ão pelas normas atinentes às obrigações entre pessoas estranhas. (DINIZ, 2007, p. 183/184) Ressalta-se que ambos os cônjuges têm obrigação de contribuir para com as despesas do casal, de acordo com sua remuneração e seus bens, salvo se tiver estipulação em contrário no pacto antenupcial, conforme o artigo do Código Civil de 2002: Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial. Nesse sentido assim coloca Diniz: [...]ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, exceto se houver estipulação em contrário no pacto antenupcial, impondo, p.ex., ao marido o dever de assumir sozinho os encargos da família, pagando as despesas com seu patrimônio particular. (DINIZ, 2007, p.184) Salienta-se ainda que devem ser observadas as exceções previstas no artigo do Código Civil. Art É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II - da pessoa maior de sessenta anos; II - da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº , de 2010) III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. O artigo trata da separação obrigatória de bens que é a hipótese em que não é respeitada a vontade dos cônjuges, devendo ser adotado o regime de bens determinado na lei, ou seja, regime de separação obrigatória de bens.

22 22 Sobre as o regime de separação obrigatória de bens Maria Helena Diniz dispõe o seguinte: Trata-se de mera tentativa de limitar o desejo dos nubentes mediante verdadeira ameaça. A forma encontrada pelo legislador para evidenciar sai insatisfação frente à teimosia de quem desobedece ao conselho legal e insiste em realizar o sonho de casar é impor sanções patrimoniais. Os cônjuges casados sob o regime de separação obrigatória de bens não podem contratar sociedade entre si ou com terceiros (CC 977). Nem mesmo para a venda de bens de ascendentes a descendentes (CC 496, parágrafo único) se faz necessário o consentimento do cônjuge. Pelo jeito, os cônjuges podem sozinhos alienar, gravar de ônus real e agir em juízo sobre tais bens, assim como prestar fiança e aval. A lei fala em regime de separação absoluta, que talvez deva significar obrigatória (CC 1.647). Parece que a intenção do legislador é evitar qualquer possibilidade de entrelaçamento de patrimônios.( DIAS, 2007, p. 229) Assim conclui-se que o regime de separação total de bens pode ser convencional ou obrigatório. Se convencional trata-se de uma mera liberalidade das partes pela incomunicabilidade total dos bens, sendo que será obrigatório o regime de bens quando estiverem presentes as hipóteses do artigo do Código Civil, ou seja, a vontade dos nubentes não será respeitada.

23 23 CAPÍTULO 3 ANÁLISE DA SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE À LUZ DO ARTIGO DO CÓDIGO CIVIL Este capítulo tem como objetivo analisar a concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes e ascendentes, apresentar o posicionamento doutrinário e jurisprudencial acerca do direito do mesmo, bem como, analisar os requisitos do artigo do Código Civil. 3.1 CONCORRÊNCIA COM OS DESCENDENTES O artigo 1.829, I do Código Civil dispõe o seguinte sobre a concorrência do cônjuge com os descendentes: Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; Sobre o tema Maria Berenice Dias nos ensina o seguinte: O Código Civil instituiu concurso sucessório do cônjuge sobrevivente com os descendentes, mas há exceções. O modo para afastar o direito do cônjuge é a eleição do regime de bens. Depois de consagrar o instituto da concorrência, a lei identifica os regimes de bens que levam à exclusão do direito. A regra é a concorrência. A não concorrência é a exceção. De modo expresso, são apontados os regimes de bens em que o cônjuge sobrevivente não concorre. Como as hipóteses excluem direitos, é de se ter a nominata como taxativa. É o que se chama de numerus cleusus, a impedir interpretação extensiva. Assim, quando não expressamente excluído, prevalece o direito de concorrência. Como são referidos somente os regimes de comunhão universal de bens, separação obrigatória de bens e um modalidade de comunhão parcial de bens(a depender da existência ou não de bens particulares do de cujus), outra não pode ser a conclusão: nos demais regimes o cônjuge sobrevivente concorre com os herdeiros. Portanto, prevalece o direito do cônjuge: na separação convencional de bens, no regimes de participação final de aquestos e em uma modalidade do regimes de comunhão parcial. ( DIAS, 2014, p. 167). Zeno Veloso dispõe que a concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes (CC, art..829, I) vai depender do regime de bens do casamento, não acontecendo se o regime foi o da comunhão universal, ou o da separação obrigatória. ( VELOSO, 2010, p. 40). Ao entender de Carlos Roberto Gonçalves:

24 24 O cônjuge sobrevivente permanece em terceiro lugar na ordem de vocação hereditária, mas passa a concorrer em igualdade de condições com os descendentes do falecido, salvo quando já tenha direito à meação em face do regime der bens do casamento. (GONÇALVES, 2013, p. 168). O quadro baixo apresentar os regimes de casamento em que haverá ou não concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes. HÁ CONCORRÊNCIA NÃO HÁ CONCORRÊNCIA Regime de Separação Voluntária de Regime de Separação Obrigatória de Bens Bens Regime da Participação Final nos Regime da Comunhão Universal de Aquestos Bens Regime da Comunhão Parcial de Bens Regime de Comunhão Parcial de Bens existindo bens particulares não existindo bens particulares Assim percebe-se que o cônjuge sobrevivente concorre com os descendentes, salvos nas hipóteses em que o regime de casamento for o da comunhão universal de bens, separação obrigatória de bens e na modalidade de comunhão parcial de bens, neste se o falecido não tiver deixado bens particulares. 3.2 CONCORRÊNCIA COM OS ASCENDENTES A concorrência do cônjuge sobrevivente com os ascendentes está prevista no artigo 1.829, II do Código Civil de Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: [...] II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; Sendo tratada também nos artigos e do Código Civil de Art Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. 1º Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. 2º Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna. Art Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.

25 25 Neste tipo de concorrência o legislador não impõe nenhuma exceção, devendo-se respeitar os requisitos previstos no artigo do Código Civil. Art Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. Zeno Veloso pontua que: Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente (CC, art ). Na concorrência com os ascendentes, já não se apresentam aquelas restrições decorrentes do regime de bens do casamento (art , I). Qualquer que tenha sido esse regime comunhão universal, separação absoluta por exemplo-, darse-á a concorrência sucessória entre a viúva e os ascendente do de cujus. (VELOSO, p.80). Sobre o tema Maria Berenice Dias manifesta que: [...]Quando concorre com os ascendentes, desimporta o regime de bens. O direito do sobrevivente existe sempre, fazendo jus a parte do acervo sucessório do cônjuge falecido mesmo no regime da separação convencional ou obrigatória de bens, uma vez que o regime de bens afeta apenas o direito de meação do cônjuge e não seu direito sucessório. Esta era a orientação dominante até o STJ excluir o direito concorrente no regime da separação de bens, quer legal, quer convencional. Ao concorrer com ascendentes, é indiferente se o cônjuge tem ou não direito à meação. Tem sempre direito concorrente. Percebe, no mínimo, um terço da herança e, no máximo, a metade. A diferença está condicionada ao número dos ascendentes e ao grau de parentesco que os liga ao falecido. Se o cônjuge concorre com ambos os sogros, recebe um terço da herança. Quando os herdeiros foram um dos pais, os avós ou os bisavós do falecido, o viúvo tem assegurado sempre a metade, independentemente do número de ancestrais.(dias, 2014, p. 180). Com relação às proporções que cabem ao cônjuge sobrevivente em concorrência com os ascendentes, previsto no artigo do Código Civil de 2002, Carlos Roberto Gonçalves dispõe o seguinte: O viúvo, portanto, terá direito: a) a um terço, se concorrer com os pais do falecido; b) à metade, se concorrer com um dos pais (por falta ou exclusão do outro), e c)também à metade, se concorrer com avós ou ascendentes de maior grau. Assim, se o falecido deixou pai e mãe, além do cônjuge, a este caberá um terço da herança, se ao de cujus sobreviveu somente o pai, ou apenas a mãe, ou se possui ascendentes do segundo grau, ou de grau mais elevado, tocará ao cônjuge a metade da herança. (GONÇALVES, 2013, p. 180). Dessa maneira percebe que nessa modalidade de concorrência, o cônjuge sobrevivente terá direito a concorrer com os ascendentes, independentemente do regime de bens adotado.

26 DIREITO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE E ANALISE DO ARTIGO DO CÓDIGO CIVIL DE 2002 O artigo do Código Civil de 2002 coloca o cônjuge sobrevivente em terceiro lugar na vocação sucessória. Art A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art , parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. Assim havendo a inexistência de descendentes ou ascendentes o cônjuge sobrevivente herdará a totalidade da herança deixada pelo de cujus, conforme dispõe o artigo do Código Civil de 2002: Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente. Maria Berenice Dias esclarece sobre o assunto: O cônjuge participa da ordem de vocação hereditária em terceiro lugar (CC III). Como é herdeiro necessário, tem garantida a legítima (CC 1.845). Se inexistirem descendentes e ascendentes, recebe a herança por direito próprio. (DIAS, 2014, p.141). Verifica-se, portanto, que na hipótese em que não houver descendentes ou ascendentes, o cônjuge sobrevivente herdará a integralidade. Ressaltando-se que os requisitos do artigo do CC devem ser observados em todas as situações em que o cônjuge sobrevivente tiver direito a suceder, inclusive na hipótese de concorrência com os descendentes. Art Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. Nesse sentido Carlos Roberto Gonçalves diz: Na falta de ascendentes, a herança de pessoa que tenha falecido enquanto casada ou separada de fato há menos de dois anos será deferida, por inteiro, ao cônjuge sobrevivente, que ocupa sozinho a terceira classe da ordem da sucessão hereditária.(gonçalves, 2013, p.180).

Princípios Básicos ENTRE OS CÔJUGES. Princípios Básicos. Princípios Básicos

Princípios Básicos ENTRE OS CÔJUGES. Princípios Básicos. Princípios Básicos DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔJUGES 1. Irrevogabilidade ATENÇÃO -> A imutabilidade do regime de bens não é, porém, absoluta no novo Código Civil. O art. 1639, 2º., admite a sua alteração. 1. Irrevogabilidade

Leia mais

Assim, passaremos a relatar as principais características dessas cinco modalidades.

Assim, passaremos a relatar as principais características dessas cinco modalidades. É chegada a hora do SIM, mas apesar de toda a afinidade existente entre o casal, da presunção de amor que levam duas pessoas a se unirem, um fator muito importante deve ser observado pelos nubentes: o

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 02/10/2017. Variedade do regime de bens. Comunhão parcial de bens. Bens que não se comunicam na comunhão

Leia mais

SEPARAÇÃO E SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL. Aspectos Relevantes

SEPARAÇÃO E SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL. Aspectos Relevantes SEPARAÇÃO E SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL Aspectos Relevantes 1 2 Introdução O presente trabalho não tem o intuito de exaurir o tema, haja vista sua extensão e as particularidades de cada caso,

Leia mais

O casamento é a união plena entre duas pessoas, na qual ambos têm os MESMOS direitos e deveres.

O casamento é a união plena entre duas pessoas, na qual ambos têm os MESMOS direitos e deveres. Casamento O casamento é a união plena entre duas pessoas, na qual ambos têm os MESMOS direitos e deveres. PRAZO PARA DAR ENTRADA No mínimo 40 (quarenta) dias antes da data prevista para celebração do casamento.

Leia mais

DIREITO CIVIL VI AULA 1: Introdução ao Direito das Sucessões

DIREITO CIVIL VI AULA 1: Introdução ao Direito das Sucessões DIREITO CIVIL VI AULA 1: Introdução ao Direito das Sucessões Teoria do Direito das Sucessões Sucessão, do latim, succedere, significa vir no lugar de alguém. Ensina Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 19)

Leia mais

Direito Civil Prof. Conrado Paulino Rosa

Direito Civil Prof. Conrado Paulino Rosa DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 1. Direito de representação: Por direito próprio: o Herdeiros descendentes recebem de forma direta, sucedendo por cabeça ou por direito próprio, sem nenhuma representação entre

Leia mais

Direito Civil. Sucessão em Geral. Professora Alessandra Vieira.

Direito Civil. Sucessão em Geral. Professora Alessandra Vieira. Direito Civil Sucessão em Geral Professora Alessandra Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Aula Civil XX DO DIREITO SUCESSÓRIO Considerações Gerais: A abertura da sucessão se dá no exato instante

Leia mais

Regime de comunhão universal, cláusula de incomunicabilidade, fideicomisso

Regime de comunhão universal, cláusula de incomunicabilidade, fideicomisso Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE

Leia mais

Sucessão que segue as regras da lei quando: DIREITO DAS SUCESSÕES

Sucessão que segue as regras da lei quando: DIREITO DAS SUCESSÕES DIREITO DAS SUCESSÕES I. SUCESSÃO EM GERAL II. SUCESSÃO LEGÍTIMA III. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA IV. INVENTÁRIO E PARTILHA SUCESSÃO LEGÍTIMA 1. Conceito 2. Parentesco 3. Sucessão por direito próprio e por

Leia mais

Planejamento Patrimonial. Questionamento para mulheres de executivos

Planejamento Patrimonial. Questionamento para mulheres de executivos Planejamento Patrimonial Questionamento para mulheres de executivos Bueno, Mesquita e Advogados O Bueno, Mesquita e Advogados é um escritório de advocacia empresarial com foco em empresas familiares e

Leia mais

1 - Introdução: 1 - Introdução: SUCESSÃO LEGÍTIMA: ASPECTOS ESPECÍFICOS 20/10/2014

1 - Introdução: 1 - Introdução: SUCESSÃO LEGÍTIMA: ASPECTOS ESPECÍFICOS 20/10/2014 SUCESSÃO LEGÍTIMA: ASPECTOS ESPECÍFICOS Profa. Dra. Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 - Introdução: 2 formas de sucessão: lei ou vontade (art. 1.786 CC/02); Sucessão legítima ou ab intestato deferida por lei

Leia mais

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 09

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 09 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Casamento Efeitos Patrimoniais Conti.: a) Princípios: Variedade do regime de Bens: - Comunhão Parcial

Leia mais

Professora: Vera Linda Lemos Disciplina: Direito das Sucessões 7º Período

Professora: Vera Linda Lemos Disciplina: Direito das Sucessões 7º Período Professora: Vera Linda Lemos Disciplina: Direito das Sucessões 7º Período Toda a sucessão legítima observará uma ordem de vocação hereditária que, no Código Civil, está prevista no artigo 1.829. Art. 1.829.

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 25/02/2019. Ordem vocacional hereditária.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 25/02/2019. Ordem vocacional hereditária. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 25/02/2019. Ordem vocacional hereditária. Com o falecimento do autor da herança sem testamento ab intestado segue

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Ordem vocacional hereditária.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Ordem vocacional hereditária. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 12/03/2018. (Aula 05 de sucessão). Ordem vocacional hereditária. Descendentes; Ascendentes (pais, avós,

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 27/02/2019. Ordem vocacional hereditária.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 27/02/2019. Ordem vocacional hereditária. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 27/02/2019. Ordem vocacional hereditária. Quando o cônjuge ou convivente sobrevivente concorre com os descendentes

Leia mais

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31 Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31 DIREITO DE FAMÍLIA Conceito é o conjunto de normas jurídicas que disciplina a entidade familiar, ou seja, a comunidade formada por qualquer

Leia mais

SUCESSÃO DOS ASCENDENTES - REGRAS DE CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE

SUCESSÃO DOS ASCENDENTES - REGRAS DE CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE SUCESSÃO DOS ASCENDENTES - REGRAS DE CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE Christina Gouvêa Pereira MENDINA Elisangela Samila BATISTA Juliene Barbosa MENDES Rayana Camille LOURENÇO SUCESSÃO DOS ASCENDENTES - REGRAS

Leia mais

Direito Civil. Direito das Sucessões. Prof. Marcio Pereira

Direito Civil. Direito das Sucessões. Prof. Marcio Pereira Direito Civil Direito das Sucessões Prof. Marcio Pereira Sucessões (art. 1.784 do CC) É a transmissão de bens, direitos e obrigações de uma pessoa para outra que se dá em razão de sua morte. Aberta a successão,

Leia mais

DIREITO CIVIL. Direito das Sucessões. Sucessão Legítima Ordem de Vocação Hereditária Parte 1. Prof ª. Taíse Sossai

DIREITO CIVIL. Direito das Sucessões. Sucessão Legítima Ordem de Vocação Hereditária Parte 1. Prof ª. Taíse Sossai DIREITO CIVIL Direito das Sucessões Sucessão Legítima Ordem de Vocação Hereditária Parte 1 Prof ª. Taíse Sossai - Sucessão legítima: opera por força da lei (arts. 1.829 e 1.790) - Impositiva: Havendo herdeiros

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Ordem De Vocação Hereditária Gustavo Rene Nicolau[1] 1. INTRODUÇÃO A sucessão legítima foi um aspecto que realmente sofreu alterações com a entrada em vigor do Código Civil (CC)

Leia mais

Direito das Sucessões

Direito das Sucessões Direito das Sucessões OBJETIVO Conhecer o instituto da Sucessão legítima. ROTEIRO! Introdução! Ordem de vocação hereditária! Herdeiros necessários! Sucessão por cabeça e por estirpe! Direito de transmissão

Leia mais

juiz de paz ministro religiosa

juiz de paz ministro religiosa juiz de paz ministro confissão religiosa Impedimentos matrimoniais Causas de anulabilidade Causas suspensivas Art. 1.521, CC Casamento nulo (art. 1.548, CC) Art. 1.550, CC Casamento anulável Art. 1.523,

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DIREITO CIVIL FAMÍLIA QUADROS ESQUEMÁTICOS

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DIREITO CIVIL FAMÍLIA QUADROS ESQUEMÁTICOS UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DIREITO CIVIL FAMÍLIA QUADROS ESQUEMÁTICOS MARCOS ALVES DE ANDRADE BARBACENA JANEIRO DE 2007 DIREITO CIVIL FAMÍLIA

Leia mais

DIREITO CIVIL VI AULA 5: Petição de Herança e Ordem de Vocação

DIREITO CIVIL VI AULA 5: Petição de Herança e Ordem de Vocação DIREITO CIVIL VI 1. AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA É novidade no Código Civil/02 - arts. 1.824 a 1.828, CC Pode ser proposta pelo herdeiro preterido ou desconhecido É proposta após a finalização do inventário

Leia mais

Direito Civil VII. Direito das Sucessões

Direito Civil VII. Direito das Sucessões Direito Civil VII Direito das Sucessões ROTEIRO Introdução Sucessão Hereditária Princípio de Saizine Comoriência Espólio Inventariante Abertura da sucessão ROTEIRO Introdução Sucessão Hereditária Princípio

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 2ª aula de laboratório de sucessão ministrada dia 13/06/2018. Casamento.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 2ª aula de laboratório de sucessão ministrada dia 13/06/2018. Casamento. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 2ª aula de laboratório de sucessão ministrada dia 13/06/2018. Casamento. Feitos do casamento. Parentesco por afinidade. 1-

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Prática em Direito de Família e Sucessões: a) Ordem Vocacional: O cônjuge sobrevivente concorre

Leia mais

Aula 42 DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS

Aula 42 DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS Página1 Curso/Disciplina: Direito Civil Família e Sucessões Aula: Disposições Testamentárias Professor (a): Aurélio Bouret Monitor (a): Lívia Cardoso Leite Aula 42 DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS Tem de se

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Regime de bens entre os cônjuges José Carlos Vicente 1. INTRODUÇÃO O regime de bens no casamento faz parte do Título II do livro IV do Código Civil, destinando o direito patrimonial

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 3ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 18/06/2018. Sucessão.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 3ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 18/06/2018. Sucessão. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 3ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 18/06/2018. Sucessão. Espécies. Sucessão testamentária é a disposição de

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 08/10/2018. Casamento.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 08/10/2018. Casamento. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 08/10/2018. Casamento. Feitos do casamento. Pactos antenupciais. 3- Patrimoniais Mutabilidade do regime de bens.

Leia mais

AVALIAÇÃO 2 1 LEIA COM ATENÇÃO:

AVALIAÇÃO 2 1 LEIA COM ATENÇÃO: Universidade do Sul de Santa Catarina Campus Norte Curso: Direito Disciplina: Direito das Sucessões Professor: MSc. Patrícia Fontanella Acadêmico (a): AVALIAÇÃO 2 1 LEIA COM ATENÇÃO: 1. A PROVA É INDIVIDUAL

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte X Herança

Instituições de Direito Público e Privado. Parte X Herança Instituições de Direito Público e Privado Parte X Herança 1. Sucessão Conceito Sucessão A palavra suceder tem o sentido genérico de virem os fatos e fenômenos jurídicos uns depois dos outros (sub + cedere).

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 27/09/2017. Petição inicial de alteração de regime de bens. Em são Paulo tem foro central e regional, verificar

Leia mais

PROF. DRA. ISABELLA PARANAGUÁ

PROF. DRA. ISABELLA PARANAGUÁ PROF. DRA. ISABELLA PARANAGUÁ EMAIL: isabellaparanagua@uni9.pro.br MARIA HELENA DINIZ: O CONJUNTO DE NORMAS APLICÁVEIS ÀS RELAÇÕES E INTERESSES ECONÔMICOS RESULTANTES DO CASAMENTO, ENVOLVENDO QUESTÕES

Leia mais

Direito Civil. Do Regime de Bens. Professora Alessandra Vieira.

Direito Civil. Do Regime de Bens. Professora Alessandra Vieira. Direito Civil Do Regime de Bens Professora Alessandra Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Civil CÓDIGO CIVIL DE 2002 Do Regime de Bens entre os Cônjuges Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes

Leia mais

REGIME DE BENS.

REGIME DE BENS. REGIME DE BENS www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. DISPOSIÇÕES GERAIS... 4 2. PACTO ANTENUPCIAL...7 3. REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS...10 Como Funciona a Administração dos Bens?... 10 Como se dá a Administração

Leia mais

CASAMENTO E REGIMES DE BENS

CASAMENTO E REGIMES DE BENS CASAMENTO E REGIMES DE BENS Curso de Pós-Graduação Prof. Dr. Jorge Shiguemitsu Fujita 2017 CASAMENTO E REGIMES DE BENS 1 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS CC, arts. 1.639 a 1.688. 1.1. PACTO ANTENUPCIAL (CC, arts.

Leia mais

Continuando o estudo de sucessão legítima

Continuando o estudo de sucessão legítima Curso/Disciplina: Direito Civil (Família e Sucessões) Aula: 37 Professor(a): Aurélio Bouret Monitor(a): Vanessa Souza Aula nº. 37 Continuando o estudo de sucessão legítima Continuando o estudo de sucessão

Leia mais

Na comunhão parcial, cônjuge só tem direito aos bens adquiridos antes do casamento

Na comunhão parcial, cônjuge só tem direito aos bens adquiridos antes do casamento Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 8 DO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Prática de família e sucessões: A-) Casamento: a) Impedimentos matrimoniais: Previsto perante

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N o 4.121, DE 27 DE AGOSTO DE 1962. Dispõe sôbre a situação jurídica da mulher casada. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que

Leia mais

CARTILHA INFORMATIVA SOBRE:

CARTILHA INFORMATIVA SOBRE: CARTILHA INFORMATIVA SOBRE: As consequências patrimoniais dos principais regimes de bens quando da morte de um dos cônjuges. Material produzido por Felipe Pereira Maciel, advogado inscrito na OAB/RJ sob

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte VII Casamento

Instituições de Direito Público e Privado. Parte VII Casamento Instituições de Direito Público e Privado Parte VII Casamento 1. Casamento Conceito Casamento é Instituição Antiquíssima, Já Registrado no Antigo Egito e Babilônia Casamento é o vínculo jurídico entre

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Família e Sucessões.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Família e Sucessões. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Família e Sucessões. (Aula 08/03/2018) Ordem vocacional hereditária. Descendentes; Ascendentes

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS COLEGIADO DE DIREITO

FACULDADE PITÁGORAS COLEGIADO DE DIREITO FACULDADE PITÁGORAS COLEGIADO DE DIREITO DIREITO CIVIL TEIXEIRA DE FREITAS, 09 DE ABRIL DE 2012. 1 FACULDADE PITAGORAS COLEGIADO DE DIREITO ELAN FABIANA S. FREITAS NATALIA BRANDÃO PIRES THAIANE DAVID AMARAL

Leia mais

A SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL

A SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL A SUCESSÃO NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL Prof. Dr. Francisco José Cahali CASAMENTO: Convocação p/a Concorrência CC, art. 1829, I: CÔNJUGE HERDA concorrendo CÔNJUGE NÃO HERDA Comunhão parcial com bens

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima Aula 07/08/2017 Regime de bens. Regime de bens. Pactos antenupciais: contrato realizado antes do casamento,

Leia mais

9/26/17. Contratos. ! Conceito: Contrato. Fontes obrigacionais no direito civil brasileiro. - Direito obrigacional

9/26/17. Contratos. ! Conceito: Contrato. Fontes obrigacionais no direito civil brasileiro. - Direito obrigacional Fontes obrigacionais no direito civil brasileiro! Lei! *! Atos ilícitos e o abuso de direito! Atos unilaterais! Títulos de crédito! Conceito: Contrato - Direito obrigacional - Relação jurídica transitória:

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (13/08/2018)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (13/08/2018) CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (13/08/2018) Variedade de Regime de Bens. Comunhão Parcial de Bens. Comunhão parcial de bens a partir

Leia mais

I-Análise crítica e breves considerações

I-Análise crítica e breves considerações REFLEXÕES ACERCA DO REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS Luiz Felipe Cordeiro Cozzi Sumário: I-Análise crítica e breves considerações - II- As peculiaridades do regime - III- Considerações finais I-Análise crítica

Leia mais

DIREITO CIVIL VI AULA 2: Sucessão e Herança

DIREITO CIVIL VI AULA 2: Sucessão e Herança DIREITO CIVIL VI AULA 2: Sucessão e Herança Teoria do Direito das Sucessões O momento da abertura da herança e transferência abstrata do acervo, Imediata e automática transmissão das relações jurídicas

Leia mais

Gustavo Rene Nicolau

Gustavo Rene Nicolau Evolução histórica do cônjuge na legislação brasileira Ordenações Filipinas Código Beviláqua Código Reale Direito real de habitação Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de

Leia mais

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO PACTO ANTENUPCIAL

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO PACTO ANTENUPCIAL Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO PACTO ANTENUPCIAL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO

Leia mais

Noções Introdutórias Abertura da Sucessão. Transmissão da Herança. Aceitação e Renúncia da Herança. Cessão da Herança

Noções Introdutórias Abertura da Sucessão. Transmissão da Herança. Aceitação e Renúncia da Herança. Cessão da Herança Sumário 1. Noções Introdutórias 1.1 Sucessão. Compreensão do Vocábulo. O Direito das Sucessões 1.2 Direito das Sucessões no Direito Romano 1.3 Ideia Central do Direito das Sucessões 1.4 Noção de Herança

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Os direitos dos companheiros na união estável. Sandra Ressel * A União estável é um instituto que consiste na união respeitável, a convivência contínua, duradoura e pública, entre

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Nome.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Nome. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 05/03/2018. (Aula 03 de sucessão). Nome. Alteração do nome. Existem algumas hipóteses de alteração do nome,

Leia mais

CONCORRÊNCIA DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE COM OS DESCENDENTES (ARTIGO 1829, INCISO I DO CÓDIGO CIVIL)

CONCORRÊNCIA DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE COM OS DESCENDENTES (ARTIGO 1829, INCISO I DO CÓDIGO CIVIL) CONCORRÊNCIA DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE COM OS DESCENDENTES (ARTIGO 1829, INCISO I DO CÓDIGO CIVIL) Edemir de FRANÇA 1 Rômulo Salles LIPKA 2 Waldir aparecido de MORAIS 3 Christina Gouvêa Pereira MENDINA 4

Leia mais

1 Conceito de Sucessão:

1 Conceito de Sucessão: DIREITO DAS SUCESSÕES: INTRODUÇÃO Profa. Dra. Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 Conceito de Sucessão: Origem latim succedere = vir ao lugar de alguém Senso comum continuar, substituir Sucessão inter vivos

Leia mais

DIREITO DE FAMÍLIA ROTEIRO DE AULA Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos

DIREITO DE FAMÍLIA ROTEIRO DE AULA Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos DIREITO DE FAMÍLIA ROTEIRO DE AULA Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos Direito Matrimonial o Conceito: o Natureza jurídica do casamento: o Finalidades do casamento: o Princípios do casamento: o Esponsais

Leia mais

CASAMENTO. Vitor F. Kümpel PALESTRA CASAMENTO

CASAMENTO. Vitor F. Kümpel PALESTRA CASAMENTO PALESTRA CASAMENTO 1 1. VISÃO CONSTITUCIONAL - A Constituição Federal de 1988 inovou ao estabelecer novas formas constitutivas de família, além do casamento; - A família só era constituída pelo casamento;

Leia mais

AULA 02. Etimologicamente a palavra sucessão vem da expressão sub cedere, que descreve a situação onde alguém toma o lugar de outrem (substitui).

AULA 02. Etimologicamente a palavra sucessão vem da expressão sub cedere, que descreve a situação onde alguém toma o lugar de outrem (substitui). 01 Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV e 8DIN-1 (03/08/11) e 8º DIN-2 (04/08/11) AULA 02 I - NOÇÕES INICIAIS CONCEITO: conjunto de normas que disciplinam a transferência

Leia mais

A evolucao historica da uniao estavel e do casamento com reflexo na sucessao

A evolucao historica da uniao estavel e do casamento com reflexo na sucessao ISSN 1127-8579 Pubblicato dal 20/07/2016 All'indirizzo http://www.diritto.it/docs/38482-a-evolucao-historica-da-uniao-estavel-e-docasamento-com-reflexo-na-sucessao Autore: Lorrayne Cristhine Carrijo A

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Caso de usufruto que não se extingue por morte no direito brasileiro Sandro Alexander Ferreira* INTRODUÇÃO É assente, na doutrina e jurisprudência brasileira, que o usufruto é direito

Leia mais

CURSO CARREIRAS JURÍDICAS Nº 04

CURSO CARREIRAS JURÍDICAS Nº 04 CURSO CARREIRAS JURÍDICAS Nº 04 DATA 04/08/16 DISCIPLINA DIREITO CIVIL Familia (MANHÃ) PROFESSORA REYVANI JABOUR MONITORA JAMILA SALOMÃO AULA 02/05 Ementa: Na aula de hoje serão abordados os seguintes

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 4ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 20/06/2018.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 4ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 20/06/2018. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. 4ª aula de laboratório de sucessões ministrada dia 20/06/2018. Ordem vocacional hereditária. Sucessão pura do cônjuge sobrevivente.

Leia mais

3 Objeto do Direito: bens; divisão e espécie de bens. 4 Fatos jurídicos. 5 Negócios jurídicos. 6 Validade e defeitos. 7 Nulidade. 8 Atos jurídicos.

3 Objeto do Direito: bens; divisão e espécie de bens. 4 Fatos jurídicos. 5 Negócios jurídicos. 6 Validade e defeitos. 7 Nulidade. 8 Atos jurídicos. 3 Objeto do Direito: bens; divisão e espécie de bens. 4 Fatos jurídicos. 5 Negócios jurídicos. 6 Validade e defeitos. 7 Nulidade. 8 Atos jurídicos. 9 Atos ilícitos, exclusão da ilicitude, abuso do direito.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Previsão encontra-se art do C.C.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Previsão encontra-se art do C.C. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Prática de família e sucessões: B-) Parentesco: Previsão encontra-se art. 1.591 do C.C. Art.

Leia mais

Sumário 1. Introdução; 2. Falecimento de sócio; 3. Casamento; 4. União Estável; 5. Credores de Sócio; 6. Conclusão.

Sumário 1. Introdução; 2. Falecimento de sócio; 3. Casamento; 4. União Estável; 5. Credores de Sócio; 6. Conclusão. A INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NAS SOCIEDADES LIMITADAS José Gabriel Assis de Almeida Sumário 1. Introdução; 2. Falecimento de sócio; 3. Casamento; 4. União Estável; 5. Credores de Sócio; 6. Conclusão. 1.

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 20/02/2019. Sucessão.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 20/02/2019. Sucessão. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 20/02/2019. Sucessão. Introdução. Conceito. Conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Disposições testamentárias.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Disposições testamentárias. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 09/04/2018. Disposições testamentárias. Formas de instituição de herdeiros ou legatários. Observe os artigos

Leia mais

RESUMO DE DIREITO CIVIL

RESUMO DE DIREITO CIVIL RESUMO DE DIREITO CIVIL Descrição: Direito Civil 7 Período de Direito Direito de família Por Bianca Lilian da Silva Resumo de Direito Civil Oi pessoal! Segue abaixo um resuminho bem simples da matéria,

Leia mais

Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV e 8º DIN DATA: 08/02/09 (8º DIN) e 12/02/09 (8º DIV)

Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV e 8º DIN DATA: 08/02/09 (8º DIN) e 12/02/09 (8º DIV) 1/13 Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV e 8º DIN DATA: 08/02/09 (8º DIN) e 12/02/09 (8º DIV) PLANO DE AULA AULA 03 SUCESSÃO EM GERAL (Cont...) 6. Transmissão da Herança

Leia mais

Registro: DECISÃO MONOCRÁTICA. Agravo de Instrumento Processo nº Relator(a): Fábio Podestá

Registro: DECISÃO MONOCRÁTICA. Agravo de Instrumento Processo nº Relator(a): Fábio Podestá fls. 93 Registro: 2016.0000116063 DECISÃO MONOCRÁTICA Agravo de Instrumento Processo nº 2027718-79.2016.8.26.0000 Relator(a): Fábio Podestá Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito Privado VOTO NÚMERO: 12060

Leia mais

Como citar este material:

Como citar este material: Como citar este material: MARTINS, Alan. Direito e Legislação: Direito de Família e das Sucessões. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Olá! Após vigorar por mais de oitenta anos

Leia mais

PESSOAS NO CÓDIGO CIVIL

PESSOAS NO CÓDIGO CIVIL PESSOAS NO CÓDIGO CIVIL www.trilhante.com.br ÍNDICE 1. PERSONALIDADE JURÍDICA, CAPACIDADE E LEGITIMAÇÃO...5 Sujeitos da Relação Jurídica...6 2. COMEÇO DA PERSONALIDADE NATURAL E PERSONALIDADE JURÍDICA

Leia mais

REGIME DE BENS. 1 Conceito: 2 Princípios aplicados aos regimes de bens: 31/08/2014. Conjutno de regras patrimoniais. Normas de cogentes

REGIME DE BENS. 1 Conceito: 2 Princípios aplicados aos regimes de bens: 31/08/2014. Conjutno de regras patrimoniais. Normas de cogentes REGIME DE BENS Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 Conceito: Conjutno de regras patrimoniais Normas de cogentes X Normas dispositivas 2 Princípios aplicados aos regimes de bens: 2.1 Princípio da autonomia

Leia mais

DIREITO DAS SUCESSÕES

DIREITO DAS SUCESSÕES 1) (OAB/PR 28/08/2004) Assinale a alternativa correta, tomando em consideração as afirmativas a seguir: I Na sucessão dos conviventes (união estável), o companheiro sobrevivente que concorrer na herança

Leia mais

DIREITO DAS SUCESSÕES DIREITO DAS SUCESSÕES. Prof. EDUARDO DOMINGUES

DIREITO DAS SUCESSÕES DIREITO DAS SUCESSÕES. Prof. EDUARDO DOMINGUES DIREITO DAS SUCESSÕES Prof. EDUARDO DOMINGUES eduardo.adv@domingues.fm Advogado Professor Universitário (UNIRIO, FACHA) Mestre e Doutor em Direito da Cidade - UERJ DIREITO DAS SUCESSÕES I. SUCESSÃO EM

Leia mais

Direito Civil Aula 14 Profª Patrícia Strauss

Direito Civil Aula 14 Profª Patrícia Strauss Analista Área Processual Direito Civil Aula 14 Profª Patrícia Strauss Direito Civil DIREITO DAS SUCESSÕES CONSIDERAÇÕES GERAIS: Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros

Leia mais

Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima, (14/08/2017) Continuação de execução de alimentos, e ordem hereditária.

Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima, (14/08/2017) Continuação de execução de alimentos, e ordem hereditária. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima, (14/08/2017) Continuação de execução de alimentos, e ordem hereditária. Execução alimentos Artigo 523 do CPC

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Sucessão.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Sucessão. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 07/03/2018. (Aula 04 de sucessão). Sucessão. Transmissão da herança. Representante no inventário. A massa

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DE FAMÍLIA Temas recorrentes FAMÍLIA casamento; regime de bens partilha Alteração SUCESSÕES vocação

Leia mais

OAB XXI EXAME DE ORDEM 1ª FASE Direito Civil Aula 05 Luciano Figueiredo Sucessões Teoria Geral

OAB XXI EXAME DE ORDEM 1ª FASE Direito Civil Aula 05 Luciano Figueiredo Sucessões Teoria Geral Sucessões Teoria Geral Material para o Curso de Primeira Fase da OAB. Elaboração: Luciano L. Figueiredo 1. 1. Conceitos de Sucessão e Conceitos Importantes - Sucessor x Herdeiro x Legatário 2. Sistema

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º, DE 2007

PROJETO DE LEI N.º, DE 2007 PROJETO DE LEI N.º, DE 2007 Regulamenta o artigo 226 3º da Constituição Federal, união estável, institui o divórcio de fato. O Congresso Nacional decreta: DA UNIÃO ESTAVEL Art. 1º- É reconhecida como entidade

Leia mais

ALGUNS ASPECTOS QUE DIFERENCIAM A UNIÃO ESTÁVEL DO CASAMENTO

ALGUNS ASPECTOS QUE DIFERENCIAM A UNIÃO ESTÁVEL DO CASAMENTO ALGUNS ASPECTOS QUE DIFERENCIAM A UNIÃO ESTÁVEL DO CASAMENTO José Ricardo Afonso Mota: Titular do Ofício do Registro Civil e Tabelionato de Notas da cidade de Bom Jesus do Amparo (MG) A união estável,

Leia mais

Sexta da Família: planejamento sucessório

Sexta da Família: planejamento sucessório Sexta da Família: planejamento sucessório LUIZ KIGNEL Advogado militante; Especialista em Direito Privado pela USP; Membro do IBDFam e do IBGC. Planejamento Sucessório Luiz Kignel kignel@plkc.com.br www.plkc.com.br

Leia mais

Continuação do Direito de Família

Continuação do Direito de Família Continuação do Direito de Família 8. Invalidade do casamento: b. Casamento anulável (art.1550, CC/02): somente os interessados poderão ajuizar ação anulatória. Nesse caso, o Ministério Público não pode

Leia mais

Direito das Sucessões

Direito das Sucessões Direito das Sucessões OBJETIVO Conhecer o instituto da herança e da vocação hereditária. ROTEIRO! Da herança! Ordem de vocação hereditária! Quem pode suceder! Quem não pode suceder! Da aceitação e renúncia

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (20/08/2018) Execução de alimentos.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (20/08/2018) Execução de alimentos. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (20/08/2018) Execução de alimentos. A pessoa que tem patrimônio, tem emprego fixo, tem dinheiro, não

Leia mais

Requisitos da União Estável

Requisitos da União Estável Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 6 DA UNIÃO ESTÁVEL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO

Leia mais

UNIVERSIDADE DE MACAU FACULDADE DE DIREITO

UNIVERSIDADE DE MACAU FACULDADE DE DIREITO UNIVERSIDADE DE MACAU FACULDADE DE DIREITO DIREITO PATRIMONIAL DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DISCIPLINA DO 4 ANO DA LICENCIATURA EM DIREITO EM LÍNGUA PORTUGUESA PLANO DE CURSO ANO LECTIVO DE 2017/2018 Professor:

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Previsão encontra-se no art do C.C. Reta (ascendente e descendente)

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Previsão encontra-se no art do C.C. Reta (ascendente e descendente) CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Parentesco: Previsão encontra-se no art. 1.591 do C.C. Art. 1.591. São parentes em linha reta

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Joseval Martins Viana (Aula 26/10/2017). Contrato de Doação. Doação. Fundamentação legal: Artigos 538 a 554 do Código Civil. Conceito:

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Do Regime de Bens entre os Cônjuges e na União Estável *Alessandra Elias Conversando com pessoas leigas ao direito, em relação aos meus artigos, muitas delas sugeriram como tema,

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO ACÓRDÃO Registro: 2017.0000233097 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2215443-17.2016.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que são agravantes BLUTERKOWSKY MARCÍLIO

Leia mais

DIREITO DAS FAMÍLIAS. Direito Civil. Biológica ou socioafetiva

DIREITO DAS FAMÍLIAS. Direito Civil. Biológica ou socioafetiva DIREITO DAS FAMÍLIAS Família no CC/16 Matrimonializada Patriarcal Hierarquizada Heteroparental Biológica Unidade de produção e reprodução Caráter institucional Família na CF/88 e no CC/02 Pluralizada Democrática

Leia mais