estudei na American University (AU), em Washington, D.C.. A universidade é privada e é

Transcrição

1 CCCI Relatório de Viagem Carolina Prado Martins Universidade: American University Período: dois semestres ( e ) Dois períodos letivos. Nove meses. Cerca de 304 dias. Esse foi o tempo o qual eu estudei na American University (AU), em Washington, D.C.. A universidade é privada e é localizada bem na divisa entre Maryland, Virginia e D.C., em uma cidade chamada Tenleytown (D.C. é composta de várias cidades pequenas que, no Brasil, seriam o equivalente aos nossos bairros). A AU possui cerca de 848 professores que trabalham lá em tempo integral e um pouco mais de sete mil estudantes de graduação. Esses estudantes são de diversas partes dos Estados Unidos e do mundo, o que faz com que o campus da faculdade seja bem diverso. Além de estudantes de intercâmbio como eu, eles possuem estudantes de outras nacionalidades que escolheram fazer a graduação deles lá. Por ser a única universidade com campus em D.C., muitos estudantes acabam morando em um dos dez dormitórios fornecidos pela faculdade. Eles são: Anderson Hall (onde a maioria dos calouros residem), Cassell Hall, Centennial Hall (o que eu morei), Clark Hall, Hughes Hall, Leonard Hall, Letts Hall, McDowell Hall, Nebraska Hall e Roper Hall. Todos esses dormitórios foram renovados recentemente e proporcionam uma excelente maneira de interação entre os estudantes. Ajuda também a faculdade proporcionar um ônibus que faz viagens internas e externas (até a estação de metro mais próxima, que fica há uns 15 minutos andando do campus). Para aqueles que não querem morar no campus, existem condomínios por perto que

2 alugam apartamentos de até três ou mais quartos para os alunos da AU. Os mais populares entre os estudantes são o Greenbriar, o Berkshire (carinhosamente chamado de Berks) e o Avalon. Na foto ao lado, dá pra ter uma noção da praça onde ficavam os dormitórios Centennial, Hughes e Anderson. Muita gente considera esses apartamentos mais baratos do que os quartos da faculdade (até porque a comida não esta inclusa); entretanto, as pessoas não tem a mesma interação com os outros estudantes que aqueles que moram no campus tem. Eu, por exemplo, convivia com os meus amigos diretamente porque morávamos no mesmo prédio ou então há dois minutos de distância um do outro, enquanto eu quase não via aqueles que moravam fora isso sem contar que até mesmo quando eu saía cinco minutos atrasada do meu quarto, eu acabava adiantada para a minha aula porque eu estava no mesmo local dela. Se eu morasse fora, provavelmente chegaria atrasada. No meu primeiro semestre, dividi o quarto com uma outra intercambista. Ela era coreana e seu nome ocidental era Jen. No Centennial, todos os quartos possuíam uma suíte conjugada ou seja, você dividia o banheiro com as pessoas do quarto ao lado. Eu dei sorte e peguei o quarto ao lado da minha Resident Assitant (R.A., uma espécie de monitora

3 do andar), então acabamos dividindo o banheiro apenas entre três. No segundo semestre, a minha colega de quarto foi uma estudante da universidade com quem fiz amizade, a Gabriella. Infelizmente, não fiz amizade com a primeira menina. Culpo a diferença cultural entre nós. Ela era na dela e só andava com os outros coreanos do programa. Já a Gabriella foi uma fofa desde o primeiro momento que a conheci. Víamos séries e filmes juntas, saíamos... enfim, fazíamos tudo que amigas fazem. Dividir quarto com uma pessoa desconhecida tem dessas: as vezes pode dar muito certo, e as vezes não. É questão de sorte mesmo. Foto: meu quarto. Durante o semestre, as coordenadoras do programa de intercâmbio da AU fazem vários programas com os estudantes, como um passeio a lá caça ao tesouro chamado Snapshot D.C., assistir a uma partida de baseball (no outono) ou basquete (na primavera),

4 patinação no gelo, entre outros. Muitos desses eventos são pagos a parte, mas elas sempre conseguem desconto para os intercambistas. Elas também fazem pequenos encontros nos escritórios delas no meio do semestre para podermos conversar sobre o que estamos achando das aulas, nossas maiores dificuldades e como está sendo a experiência. A todo momento, elas querem fazer com que você se sinta confortável na faculdade e aproveite cada segundo do intercâmbio. Qualquer problema, é só falar com elas. Foto: um grupo de amigos e eu celebrando a primavera Como muita gente está sem a família por perto, em vez de viajar de volta para a casa durante as férias, muitos estudantes aproveitam para viajar pelos Estados Unidos. Conheço pessoas que fizeram uma espécie de mochilão da costa leste à oeste, passando por vários estados como Florida, Nova Orleans, Nevada e California. Durante o meu tempo nos EUA, eu viajei para Miami (durante o Spring Break), Nova York, Nova Orleans, Boston e Dallas. Para aqueles que gostam de viajar, o intercâmbio é a oportunidade perfeita para isso.

5 O intercâmbio na AU foi uma das melhores coisas que eu já fiz na minha vida. Graças a essa experiência, abri os meus horizontes e conheci pessoas incríveis, de diversas partes do mundo. Como os intercambistas começam o programa uma semana antes dos estudantes normais, acabamos ficando muito próximos uns dos outros. Hoje, eu posso dizer que tenho amigos do mundo todo, desde França, Guatemala, Nigéria, Egito, Montenegro até Mongólia e Coréia do Sul. A única coisa ruim dessa experiência é que infelizmente o departamento de comunicação da faculdade limita o número de aulas que os intercambistas podem pegar. A boa notícia é que isso pode te dar mais tempo para aprender sobre algo novo, como eu que comecei a fazer espanhol e peguei uma aula sobre séries de TV e política. Recomendo a American University como opção de intercâmbio acadêmico da PUC para todas as pessoas que querem abrir a mente e viver uma das melhores experiências da vida delas. Não tem como se arrepender.