Administração Colonial

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1 HISTÓRIA B Capitanias Hereditárias Em 1534, O Estado português lançou o primeiro projeto de colonização do Brasil: as Capitanias Hereditárias. Capitania era o termo utilizado para designar um imenso lote de terra doado pelo Estado português. Capitão donatário, portanto, era o homem que recebia do Rei ou herdava de sua família a capitania hereditária. O estado português precisava colonizar as terras, mas estava mergulhado em uma profunda crise. A alternativa escolhida pelo rei foi repassar os custos da colonização para particulares. Desta forma, os capitães donatários seriam os responsáveis pelo controle e pela posse das terras recebidas, e, para não perdê-las, deveriam investir em sua colonização. Portanto, as capitanias foram doadas somente àqueles que, donos de excelente situação financeira, pudessem custear a empresa da colonização. É importante saber que os capitães donatários além de direitos sobre suas terras, também tinham deveres a cumprir para com Rei de Portugal. Portanto, além de arcar sozinhos com os gastos da colonização, os capitães tinham ainda que dividir os lucros com o Estado. Entre os donatários não figurava nenhum nome da alta nobreza ou do grande comércio de Portugal, o que mostrava que a empresa não tinha suficiente atrativo econômico. Somente a pequena nobreza, cuja fortuna se devia ao Oriente, aqui aportou, arriscando seus recursos. Traziam nas mãos dois documentos reais: a carta de doação e os forais. No primeiro o rei declarava a doação e tudo o que ela implicava. O segundo era uma espécie de código tributário que estabelecia os impostos. Nesses dois documentos o rei praticamente abria mão de sua soberania e conferia aos donatários poderes amplíssimos. E tinha de ser assim, pois aos donatários cabia a responsabilidade de povoar e desenvolver a terra à própria custa. O regime de capitanias hereditárias desse modo transferia para a iniciativa privada a tarefa de colonizar o Brasil. Entretanto, devido ao tamanho da obrigação e à falta de recursos, a maioria fracassou. Sem contar aqueles que preferiram não arriscar a sua fortuna e jamais chegaram a tomar posse de sua capitania. No final, das catorze capitanias, apenas Pernambuco teve êxito, além do sucesso temporário de São Vicente. Quanto às demais capitanias, malograram e alguns dos donatários não só perderam seus bens como também a própria vida. Estava claro que o povoamento e colonização através da iniciativa particular eram inviáveis. Não só devido à hostilidade dos índios, mas também pela distância em relação à metrópole, e, sobretudo, pelo elevado investimento requerido. Desde a instalação das capitanias hereditárias, os donatários estavam obrigados a distribuir terras para promover o povoamento e iniciar a valorização econômica da colônia. Dava-se o nome de sesmarias às terras assim distribuídas. Ao sesmeiro (quem recebia a sesmaria) cabia a propriedade plena da terra, sem nenhum vínculo de dependência pessoal. Era dever do sesmeiro ocupar efetivamente a terra e fazê-la produzir no prazo máximo de cinco anos. O não-cumprimento dessa cláusula implicaria uma multa e, em caso extremo, na perda da sesmaria. Por isso, a sesmaria era concedida apenas àqueles que comprovassem dispor de recursos suficientes para tornar a terra produtiva. Uma sesmaria tinha em média uma a quatro léguas (entre 6 e 24 quilômetros) e através dela a Coroa esperava atrair pessoas de posse e povoadores. E, de fato, os sesmeiros transformaram-se na camada dominante colonial dos homens bons. As Câmaras Municipais O historiador Caio Prado Jr. Afirma: (...) na ordem política, um poder de fato (...) ofusca a própria soberania teórica da Coroa. Até meados do século XVIII, pode-se afirmar que a autoridade desta somente se exerce efetivamente dentro dos estreitos limites da sede do governo-geral. Mantinha ela na colônia apenas uma administração rudimentar, o estritamente necessário para não perder com ela todo contato (...). O poder político de fato era exercido pelas Câmaras Municipais ou Câmaras dos Homens Bons. A instalação de uma Câmara Municipal era restrita às vilas. A organização e atribuições foram transplantadas de Portugal para o Brasil. As Câmaras eram formadas por dois juízes, servindo um de cada vez e três vereadores. Havia ainda outros funcionários com funções específicas, como o procurador, o tesoureiro e o escrivão. 1

2 As Câmaras eram encarregadas dos assuntos de ordem local, de natureza administrativa, policial ou judiciária. Os membros da Câmara eram eleitos pela comunidade local. Mas só podia votar e ser votado o cidadão que não exercesse atividades manuais. Isso, naturalmente, restringia esses direitos aos grandes proprietários rurais. Os comerciantes só passaram a tomar parte nessas Câmaras em meados do século XVII, quando elas perderam muito do seu poder. Nessa mesma época a Coroa começa uma reação contra o poder excessivo dos grandes proprietários rurais e das Câmaras Municipais. A Coroa já tinha maior presença militar e administrativa no Brasil e poderia exercer o papel que vinha sendo desempenhado pelos grandes proprietários rurais. Data também dessa época o monopólio exclusivo da metrópole sobre a colônia. Agora, os interesses dos colonos e da Coroa já não coincidiam. Era necessário conter e punir a excessiva autonomia dos súditos para evitar revoltas contra os interesses da metrópole. Era preciso submeter os potentados rurais à autoridade real. O Sistema de Governo-Geral Em 1548, diante do fracasso das capitanias, a Coroa portuguesa decidiu tomar medidas concretas para viabilizar a colonização. Naquele ano foi criado o governo-geral, com base num instrumento jurídico denominado Regimento de O objetivo da criação do governo-geral era o de centralizar política e administrativamente a Colônia, mas sem abolir o regime das capitanias. No regimento, o rei declarava que o governo-geral tinha como função coordenar a colonização fortalecendo as capitanias contra as condições adversas, destacando-se particularmente a luta contra os tupinambás. A compra da capitania da Bahia pelo rei, transformando-a numa capitania real e sede do governo-geral, foi o primeiro passo para a transformação sucessiva das demais capitanias hereditárias em capitanias reais. Por fim, no século XVIII, durante o reinado de D. José I e do seu ministro Marquês de Pombal, as capitanias hereditárias foram extintas. Com a criação do governo-geral, estabeleceram também cargos de assessoria: ouvidor-mor (justiça), provedor-mor (fazenda) e capitão-mor (defesa). Cada um desses cargos possuía, ademais, um regimento próprio e, no campo restrito de sua competência, era a autoridade máxima da colônia. Assim, com a criação do governogeral, desfazia-se juridicamente a supremacia do donatário. Em 1549, Tomé de Sousa e seus mais de mil acompanhantes, entre eles os primeiros jesuítas, chegaram ao local escolhido, onde edificaram a cidade que seria a capital da colônia: Salvador. Criava-se na sede do governo o primeiro bispado sendo o primeiro bispo D. Pero Fernandes Sardinha. A introdução da pecuária, dos primeiros coqueiros, do cultivo da cana nas proximidades de Salvador, à vinda de colonos e de mulheres de toda qualidade, Tomé de Sousa 2 até meretrizes, porque há aqui várias qualidades de homens, segundo o padre Manuel da Nóbrega contribuíram para que o novo núcleo se fortalecesse. A ação do governo-geral não deveria se restringir à criação da cidade. Era necessário também estender sua atuação sobre as demais capitanias. Porém, o donatário de Pernambuco, cioso de sua independência e de seus direitos, era contrário ao governogeral, e Tomé de Souza não conseguiu estender sua autoridade até ele. Por isso, visitou apenas as capitanias localizadas ao sul de Salvador. Com o segundo governador, Duarte da Costa, desembarcaram no Brasil novos jesuítas, inclusive o noviço José de Anchieta. Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o colégio de São Paulo de Piratininga, origem do povoado que se transformaria na cidade de São Paulo. Durante o seu governo, os franceses invadiram a região onde hoje se localiza o Rio de Janeiro, com o objetivo de fundar uma colônia, a França Antártica. Desentendeu-se com o bispo Sardinha e teve de enfrentar os primeiros conflitos entre colonos e jesuítas acerca da escravidão indígena. Mem de Sá foi o substituto de Duarte da Costa no governogeral. Pelas suas habilidades no desempenho da função, acabou permanecendo 15 anos na colônia americana. Entre as suas prioridades encontrava-se a expulsão de outros invasores do sul da colônia. No dia 1 o de março de 1565, Estácio de Sá, sobrinho do governador fundou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1567, após numerosas lutas, os franceses foram derrotados e expulsos da Baía de Guanabara. Ele venceu as últimas resistências autonomistas dos capitães-donatários, encontrou a solução do problema da mão-de-obra para a agricultura, recorrendo a importação de escravos africanos. Depois de anos na América, Mem de Sá pediu autorização ao rei para regressar a Portugal. Em 1570 seu substituto, D. Luis de Vasconcelos, não chegou a desembarcar na América. Foi morto em alto mar por corsários franceses. Sem substituto, Mem de Sá governou mais dois anos morrendo em Salvador. Para melhor fiscalizar o processo de povoamento produtivo que desde 1570 lhe propiciava grandes lucros, derivados do monopólio comercial do açúcar na Europa, a coroa, após o governo de Mem de Sá, dividiu o governo-geral em dois: um sediado em Salvador e outro, no Rio de Janeiro. Contudo, essa divisão foi nominal, não chegando a representar a realidade, pelo menos até a segunda década do século XVII, quando se instalou o Estado do Maranhão (1621). A Base Econômica da Colonização Ao contrário dos espanhóis, os portugueses não tiveram a sorte de topar, logo de início, com minas de metais preciosos. Por isso, a fim de não perderem a posse da terra, foram forçados a optar pela colonização de base agrícola. Os portugueses não eram propriamente inexperientes na cultura açucareira, pois já a praticavam nas ilhas do Atlântico (Açores e Cabo Verde). A grande revolução no mercado açucareiro ocorreu com a produção das ilhas do Atlântico, cuja distribuição na Europa foi dada à Holanda, que, assim, quebrou o monopólio veneziano. É nesse contexto que irá se dar à produção brasileira.

3 O Engenho Como Unidade Produtora O engenho não era apenas o local de fabrico do açúcar. Por esse termo entendia-se a grande Lavoura, que era uma unidade produtora típica da colônia, em que se produzia não apenas o açúcar, mas tudo mais de que se necessitava. De acordo com Antonil - jesuíta do início do século XVIII -, havia dois tipos de engenho: os engenhos reais, movidos á água, e os trapiches, que utilizavam tração animal (cavalos e bois). O engenho era composto por casa-grande, senzala, casa do engenho e capela. A casa-grande era a residência do senhor de engenho. A senzala era a habitação dos escravos. Um engenho de porte médio contava com cinqüenta escravos; nos grandes, a cifra subia para algumas centenas. Muitos engenhos possuíam destilarias: local de produção de aguardente usada no escambo de escravos na África. Alguns existiam exclusivamente para esse fim: as engenhocas ou molinetes, de proporções menores e menos dispendiosas. As terras do engenho eram formadas por canaviais, pastagens e áreas dedicadas ao cultivo de alimentos. A parte destinada ao cultivo da cana era dividida em partidos, explorados ou não pelo proprietário. No segundo caso, as terras eram cedidas aos lavradores, que eram obrigados a moer sua produção no engenho do proprietário. Eram as chamadas fazendas obrigadas, nas quais o lavrador recebia apenas a metade da sua produção em açúcar e ainda pagava o aluguel pela utilização da terra. Existiam também os lavradores livres, proprietários de suas próprias terras, que moíam a sua cana em qualquer engenho, mas ao preço de deixar nas mãos do senhor de engenho a metade do açúcar produzido. Os lavradores livres e de fazendas obrigadas não eram camponeses, mas senhores de terras e escravos e, como tais, pertenciam à camada dominante da sociedade. A Monocultura Canavieira A agricultura canavieira tinha um caráter extensivo: o seu crescimento se dava pela incorporação de novas terras de cultivo e não pela melhoria técnica. A economia colonial, especializada na produção açucareira, era dependente dos estímulos externos, que faziam contrair ou expandir as áreas de cultivo. Nos períodos em que o mercado europeu mostrava-se particularmente favorável, a totalidade da área de cultivo era ocupada pelo canavial e toda energia voltavase para o trabalho do setor principal, abandonando-se muitas vezes a cultura de subsistência. Esse fenômeno possibilitou o surgimento de uma agricultura que passou a fornecer, nessas circunstâncias, os produtos alimentares aos moradores dos engenhos. A base desse setor de subsistência era a mandioca. Ao mesmo tempo, desenvolvia-se a pecuária, cuja origem remontava ao governo de Tomé de Sousa, que trouxe algumas cabeças de gado e continuou a importá-las de Cabo Verde. Primitivamente o gado era utilizado como força de tração e transporte. Tração nos engenhos trapiches e transporte de lenha para os fornos e das caixas de açúcar até os locais de embarque. Com o gradual aumento do rebanho, o gado começou a ser utilizado também como fonte de alimentação. De inicío, o gado criado no próprio engenho. Com a multiplicação do rebanho, o senhor de engenho foi obrigado a separar o gado do canavial e, na etapa seguinte, a pecuária tornouse uma atividade independente do engenho. O Escravismo Colonial No século XVI, quando teve início o povoamento do Brasil, a sociedade portuguesa era ainda estamental. Assim, na época em que se iniciava a colonização, os 3

4 povoadores tinham como valores à fé, a honra e o interesse, nessa ordem. A fé era representada pela Igreja e pelo clero. A honra, pela nobreza. E o interesse, pelos comerciantes. A busca do interesse próprio, ou lucro, não deveria estar acima da fé e da honra. Exemplo: se um povoador escravizasse os índios buscando explorá-los sem se preocupar em cristianizá-los, e através da riqueza assim obtida procurasse igualar-se à nobreza, esse povoador seria considerado um homem cobiçoso. O interesse convertia-se, em tal circunstância, em cobiça que era tida como um vício muito grave. Os jesuítas não eram contrários à escravização do índio, mas se opunham à sua escravização indiscriminada, como pretendiam os colonos. Para os jesuítas, a escravidão deveria ter um objetivo religioso e não econômico. Escravizar para cristianizar e não para obter apenas lucro. E, como os colonos pretendiam escravizar os índios tendo em vista exclusivamente o próprio interesse, tal atitude foi interpretada pelos jesuítas como expressão da cobiça que eles condenavam. O rei de Portugal colocou-se, em princípio, a favor dos jesuítas, pois a escravização indiscriminada dos índios pelos colonos era muito arriscada: a ameaça constante de revolta dos índios aconselhava prudência. Oficialmente, o povoamento do Brasil não foi encarado como um empreendimento comercial. D. João III ( ) disse, claramente, que a principal coisa que me moveu a mandar povoar as ditas terras do Brasil foi para [que a] gente dela se convertesse à nossa santa fé. Manuel da Nóbrega, numa carta a Tomé de Sousa, escreveu que a intenção de D. João III não foi povoar tanto por esperar da terra ouro nem prata que não os tem, nem tanto pelo interesse de povoar e fazer engenhos, nem por onde agasalhar os portugueses que lá em Portugal sobejam e não cabem, quanto por exaltação da fé católica e salvação das Almas. Essas seguidas declarações não foram palavras vazias, Os jesuítas colocaram-nas em prática. Manter tanto quanto possível não só os índios, mas também os povoadores em paz e ordem, a fim de que os indígenas fossem enquadrados no processo de colonização, ou seja, se convertessem à fé católica, vinha a ser o objetivo último e declarado do Estado português. Como os jesuítas, o rei não era contrário a escravidão, Concordou que a escravização se limitasse aos índios hostis e inimigos aprisionados em guerra justa. E chamava-se guerra justa a que fosse feita com a sua autorização. Os índios aliados foram declarados livres e os cristianizados não podiam ser escravizados. Todavia, em reconhecimento à necessidade de braços para a lavoura, a legislação foi várias vezes alterada, mas permaneceu o fato de que o Estado estabelecia, de um modo ou de outro, restrições a livre escravização dos índios. Os colonos sempre encontraram meios para burlar a legislação e escravizar ou manter no cativeiro os índios protegidos por lei. Os Jesuítas Os jesuítas levaram a sério o caráter missionário que o rei de Portugal quis imprimir ao povoamento do Brasil. Com isso, muito cedo os jesuítas chocaram-se com os povoadores na questão da escravização do indígena. 4

5 Mas a verdade é que a atuação enérgica dos jesuítas e as restrições legais continuaram como obstáculo perturbador aos objetivos dos colonos. Apesar de tudo, o trabalho indígena foi amplamente utilizado no processo de montagem da economia açucareira. À medida que essa economia começou a se expandir, ampliou-se constantemente a necessidade de mão-de-obra, cujo fornecimento requeria alguma regularidade. Tudo isso acabou pesando na decisão de substituir o índio pelo africano. Por outro lado, o próprio escravo era adquirido através do comércio entre senhores de engenho e traficantes que pertenciam à burguesia metropolitana. O Tráfico Negreiro Estabelecer regras claras e restritivas de acesso à mão-deobra indígena tinha o sentido de refrear a cobiça dos povoadores, entendendo-se por isso o estabelecimento de limites para a ação econômica, a fim de que o amor a Deus não fosse substituído pelo amor à riqueza. A solução para esse problema, que obstruía os interesses dos colonos, mas também da burguesia comercial metropolitana, foi o tráfico negreiro, que articulou os interesses de ambos. Mais ainda: o tráfico negreiro solucionou o problema em todas as frentes. Trazendo da África os trabalhadores necessários para o engenho, retirou-se dos jesuítas o principal de seus argumentos contra a escravização. O Estado português, por sua vez, abandonou a sua política indigenista em favor de uma política colonial. De início, o tráfico negreiro era feito sob direta administração da Coroa ou mediante venda de licenças a particulares, cobrada segundo uma taxa estipulada por peça de escravos, ou, ainda, pelo arrendamento de áreas definidas. Porém, a Coroa não se empenhou com seriedade, em tomar a si o encargo de traficar diretamente, de maneira que esse comércio sempre esteve sob a iniciativa de particulares. Na África, as áreas de procedência dos negros os subdividiam em dois grandes grupos étnicos: os bantos, capturados na África equatorial e tropical, na Guiné, no Congo e em Angola, e os sudaneses, da África oriental, do Sudão, do norte da Guiné e de Moçambique. Entre os anos 1580 e 1590 existiam perto de 10 mil escravos africanos em Pernambuco e 4 mil na Bahia. Entre 1500 e 1600, o número total de africanos no Brasil não ultrapassava 50 mil. No século XVII, o número elevou-se para 560 mil e no século seguinte já eram escravos africanos. Entre 1811 e 1870 a cifra caiu para , totalizando escravos africanos trazidos ao longo de todo o período colonial. Até 1640, os portugueses eram virtualmente os donos absolutos do tráfico, quando então holandeses, ingleses e franceses entraram no negócio. A substituição do escravo índio pelo africano ganhou impulso no final do governo de Mem de Sá, por volta de 1570, e já em 1630 tinha se tomado um processo irreversível. À medida que o tráfico negreiro se intensificou e se transformou num elemento estrutural da colonização, a escravidão foi se convertendo em escravismo, portanto num sistema. O escravismo colonial, diferentemente do escravismo antigo, greco-romano, foi estruturalmente mercantil, porque a produção açucareira estava voltada ao mercado, almejando o lucro. Os escravos eram produtores de mercadorias a serem vendidas pelos senhores de engenho. Portanto, o escravismo colonial estruturou-se como sistema integrando três camadas sociais: o escravo, o senhor de engenho e a burguesia metropolitana, na qual se inclui o traficante de escravos. Como o próprio nome indica, o escravismo colonial é um sistema que se baseia numa dupla exploração: a escravista e a colonial. E, conforme se observa no esquema: A exploração escravista refere-se à exploração dos senhores de engenho sobre os escravos. Teoricamente, os grandes beneficiários seriam os senhores de engenho. Ocorre, entretanto, que, tendo a exploração um caráter colonial, a maior parte da riqueza acabava se transferindo para as mãos da burguesia mercantil e, também, para o Estado metropolitano. 5

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