Grupos Terapêuticos: uma abordagem interdisciplinar
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- Sebastião Godoi Mascarenhas
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1 Grupos Terapêuticos: uma abordagem interdisciplinar Apresentadoras: Ana Paula Corrêa Ana Julia Rizatto Profa Dra. Dagma V. M. Abramides Orientadora: Profa Dra. Dagma V. M. Abramides Data: 17/10/2013 Local: Anfiteatro da Biblioteca Horário: 13h
2 Grupo origem alemã: cacho, molho, pilha, saco sugere um conjunto de coisas ou de pessoas (Adair, 1988)!!?? Nascemos, Crescemos, Trabalhamos, Nos divertimos, Construimos, Destruimos EM GRUPO PSICOLOGIA SOCIAL Estudo dos grupos humanos: Dinâmica de Grupo (sec. XX)
3 Dinâmica de Grupo - Técnicas para desenvolver habilidades; - Instrumento de aperfeiçoamento do funcionamento dos indivíduos, dos grupos e da sociedade; - Campo de pesquisa: funcionamento (década de 30). Kurt Lewin (1951/1988): um grupo não se define pela simples proximidade ou soma dos seus membros, mas como um conjunto de pessoas interdependentes. É neste sentido que o grupo constitui um organismo e não um agregado ou uma coleção de indivíduos. Bowditch e Buono, 2002: consiste em duas ou mais pessoas que são psicologicamente conscientes umas das outras e que interagem para atingir uma meta comum.
4 Grupo Terapêutico Intercambio de experiências que levem a reflexões, sentidas, e não meramente intelectualizadas Con + vivência (Re)Conhecimento através do Outro Papéis Identidade Zimerman, 1980
5 Grupos Terapêuticos: Histórico Brasil- década de 80: iniciativas isoladas que tinham como palco os serviços públicos de saúde. Grande demanda de usuários, Necessidade de agilizar o atendimento, Diminuir as listas de espera! (CORREA,1997)
6 Histórico Os atendimentos fonoaudiológicos grupais naquela época: Não tinham apoio de referenciais teóricos específicos Eram estruturados a partir: Quantidade de sujeitos Tipo de patologias apresentadas Santos, 1993
7 Atualmente Fonoaudiologia e os Grupos Terapêuticos Terapia Grupal -> Grande desafio! Concepção de patologia da comunicação humana -> vinculada a uma visão médica, -> prioriza o atendimento individual voltado para a cura da doença Panhoca, 2007
8 Grupo Terapêutico Critérios : sem levar em conta a patologia, mas sim faixa etária, sexo e contexto profissional dos pacientes. Entender o grupo como uma possibilidade de ação terapêutica diferente da individual Estimular construção de relações entre seus membros Possibilidade de uma escuta significativa entre os membros
9 Grupo Terapêutico A construção de uma proposta comum, efetivada a partir de ações coletivas! GT deve viabilizar situações que flexibilizem papéis e posicionamentos entre os membros, permitindo novas possibilidades de estar nas relações.
10 Grupos Terapêuticos na Fonoaudiologia Local para reflexões, Respeitar as diferenças e apoiar-se nas experiências de outros Fazer (re) significações acerca da sua problemática.
11 Penteado, 2009 Grupos Terapêuticos na Fonoaudiologia A efetividade do grupo pode ocorrer não só na reabilitação, mas também na atuação preventiva Proposta Recente! Inovação! Visa a melhoria do acesso e qualidade no acolhimento e atendimento em saúde.
12 O que é específico no grupo fonoaudiológico? A especificidade do GT fonoaudiológico se dá pela vivência de experiências significativas e pela dinâmica que garante aos integrantes do grupo a autoria na realização dos projetos coletivos. O que diferencia é o que o sujeito busca nesse grupo, a queixa que o traz ao grupo.
13 Aspectos positivos da grupalidade no trabalho fonoaudiológico: Desenvolvimento de aspectos psíquicos fundamentais processos de identificação e diferenciação importantes para a construção da personalidade do sujeito Favorece também a ampliação do limiar de frustração e da aceitação das perdas A partir das discordâncias e da necessidade de busca de soluções
14 Aspectos positivos da grupalidade no trabalho fonoaudiológico: Altruísmo e solidariedade Inerentes ao funcionamento do grupo a construção coletiva e a importância de atitudes o mais harmônicas e solidárias possíveis. Desenvolvimento da socialização e da convivência social Estabelecimento de regras fundamentais ao bom andamento do grupo contribui efetivamente para a construção da cidadania. PANHOCA, 2005.
15 Aspectos positivos da grupalidade no trabalho fonoaudiológico: Possibilidades de trocas afetivas, sociais, linguísticas e cognitivas Conhecimentos, vivências e experiências partilhadas Exercício da observação, percepção, atenção, memória e linguagem acionadas nas atividades do grupo Construções conjuntas (materiais, linguísticas ou sociais)
16 Quem pode participar de Grupos Terapêuticos? Pacientes nas áreas da fonoaudiologia: linguagem, voz, motricidade orofacial, saúde coletiva, audiologia, disfagia, fonoaudiologia escolar Famílias : aconselhamento familiar -> um dos pontos principais de evolução terapêutica Leite, 2003
17 Papel do Fonoaudiólogo como Terapeuta no GT O terapeuta deve atuar como um interlocutor e um mediador, assumindo simultaneamente o papel de terapeuta e de membro do grupo, ou seja, atuar participando e coordenando.
18 Papel do Fonoaudiólogo como Terapeuta no GT A escuta terapêutica do fonoaudiólogo deve ser orientada por duas direções: Uma direção que objetiva a escuta para o sintoma E uma que objetiva uma escuta analítica, que permite ao terapeuta significar juntamente com o paciente suas experiências e seus conflitos. Passos (1995)
19 David, 2000 Papel do Fonoaudiólogo como Terapeuta no GT Possibilitar no grupo um espaço onde o sujeito possa se colocar enquanto autor de seu discurso Com ausência de julgamentos e de censuras -> acolhimento dos conflitos geradores dos sintomas apresentados pelo sujeito Para potencializar o fenômeno terapêutico -> necessário um espaço no qual o paciente possa falar, mas também um espaço no qual ele é constantemente solicitado a ouvir.
20 A Fonoaudiologia e o GT Existe um número reduzido de artigos publicados em periódicos sobre o assunto A fonoaudiologia vem inovando, propondo também grupos que visam a prevenção e promoção A terapêutica fonoaudiológica grupal vem sendo voltada para o sujeito, intercalando sessões de aconselhamento familiar no decorrer do processo
21 A Fonoaudiologia e o GT Dentre as áreas da Fonoaudiologia, verificouse que a de Linguagem tem o maior número de publicações em terapêutico grupal, seguida pelas áreas de Voz e Audiologia.
22 A Fonoaudiologia e o GT O grupo possibilita uma nova visão sobre o próprio sujeito e sobre o outro, devido à diversidade de experiência e conhecimentos compartilhados nas sessões, diminuindo o isolamento, o peso e ansiedade criada pela patologia em torno do sujeito e de sua família.
23 Relatos de Experiência de GT
24 Relato de Experiências de GT Fonoaudiologia - FOB/USP GT crianças com disfonia: Fono-Psico, 8 encontros (vivências, conscientização corporal, da voz, exercícios vocais lúdicos). Resultados: redução na frequência de problemas de comportamento, melhor autoimagem/autoestima, mas manutenção do padrão vocal. GT crianças com DA: Psico, 10 encontros (arteterapia). Resultados: diminuição de PC, maior expressividade corporal e autoestima. GT de pais de crianças com DLI: Serviço Social-Psico-Fono: Aconselhamento informativo e de ajuste pessoal. Resultados: incremento dos recursos de enfrentamento. GT Estimulação (CLI). GT Saúde Coletiva (Saúde Mental).
25 Referências Bibliográficas CORREA, M. B. Considerações sobre terapia de grupo na clínica fonoaudiológica. In: LIER DE VITTO, M. F. (org). Fonoaudiologia: no sentido da linguagem. 2 ªedição. São Paulo: Ed. Cortez, 1997, p SANTOS, V. R. Fonoaudiologia e grupo: construção de um processo terapêutico f. Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Penteado RZ, Stenico E, Ferrador FA, Anselmo NC, Silva PC, Peirera PFA et al. Vivência de voz com profissionais de um hospital: relato de experiência. Rev. CEFAC [online]. 2009; 11(3): Leite APD, Panhoca I. A constituição de sujeitos no grupo terapêutico fonoaudiológico: identidade e subjetividade no universo da clínica fonoaudiológica. PANHOCA, I.; CAMARGO, E. A. A.; FREITAS, A. P.; MONTEIRO, M. I. B. O grupo terapêuticofonoaudiológico e o processo de construção da identidade e da subjetividade. Fono Atual, v.31, n.8, p , ZIMERMAN,D.E. Fundamentos Teóricos. In: OSÓRIO, L.; ZIMERMAN, D.E. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997, p DAVID, R. H. F. A fusão das cores: o sentido terapêutico na clínica fonoaudiológica de grupo f. Dissertação ( Mestrado em Distúrbios da Comunicação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Panhoca I, Bagarollo MF. Sujeitos autistas em terapêutica fonoaudiológica grupal. In: Santana AP, Berberian AP, Massi G, Guarinello AC. Abordagens grupais em fonoaudiologia: contextos e aplicações. São Paulo: Plexus; p BOWDITCH, James L.; BUONO, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional. Tradução de José Henrique Lamendorf. São Paulo: Pioneira Thomson,2002.
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