OS GRANDES DESAFIOS NA ENCÍCLICA LAUDATO SÍ
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- Laura Fragoso Cerveira
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1 OS GRANDES DESAFIOS NA ENCÍCLICA LAUDATO SÍ
2 NOVIDADES DA ENCÍCLICA 1.Primeira na história da Igreja com este enfoque ecológico. 2.Convergência: Preocupações da ciência, da sociedade e da Igreja, como as questões socioambientais. 3.Visão integradora entre as questões sociais e ambientais Ecologia Integral.
3 OBJETIVOS DO DOCUMENTO >Atender a um apelo universal e planetário >unir a todos, crentes e não crentes, católicos e de outras religiões, para a missão de: REFLETIR, DIALOGAR E BUSCAR SOLUÇÕES PARA A CRISE ECOLÓGICA EM QUE VIVEMOS.
4 1.TOMAR CONSCIÊNCIA DO QUE ESTÁ ACONTECENDO EM NOSSA CASA COMUM
5 AQUECIMENTO GLOBAL A humanidade é chamada a tomar consciência da necessidade de mudanças de esblos de vida, de produção e de consumo, para combater este aquecimento global ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou acentuam. As mudanças climábcas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas, distribubvas e políbcas, consbtuindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade
6 IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Os impactos das mudanças climábcas mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares parbcularmente afetados por fenômenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços dos ecossistemas.
7 A CULTURA DO DESCARTE E DO DESPERDÍCIO Estes problemas estão inbmamente ligados à cultura do descarte, que afeta tanto os seres humanos excluídos, como as coisas que se convertem rapidamente em lixo. Nota- se que os progressos neste senbdo são ainda muito escassos (Reciclagem e reaproveitamento alimentos).
8 A QUESTÃO DA ÁGUA 1.Esgotamento alguns lugares e desperdício em outros: políbca, gestão, exploração, privabzação. 2.Qualidade da água: pobreza, doenças, contaminações. 3.Principais fontes de conflitos deste século.
9 PERDA DA BIODIVERSIDADE 1.Perda de florestas e ecossistemas 2.Exbnção: mublação na obra da Criação 3.Reserva de futuro: curas doenças, pesquisas 4.Valor ébco espécies: dar glória a Deus, valor próprio, independente do ser humano, comunicadoras de mensagens próprias.
10 DETERIORIZAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA HUMANA E DEGRADAÇÃO SOCIAL 1.Crescimento descontrolado das cidades 2.Contraste:periferias aglomeradas e os condomínios fechados. 3.Crescimento não significou qualidade de vida. 3.Contraste: comunicação internet e a crescente insabsfação relações interpessoais e isolamentos.
11 2. VER A CRIAÇÃO NA PERSPECTIVA DA FÉ:EVANGELHO DA CRIAÇÃO 1.Narrações da Criação (Gênesis), 3 relações: com Deus, com o próximo e com a terra. 2.Rupturas:teológicas,humanas e ecológicas. 3.Cuidado: com as pessoas e toda a criação. 4.Tradição manifestabva: Salmos, Profetas Paternidade comum, natureza > bem colebvo 6.O olhar de Jesus: plena harmonia com criação
12 Na tradição judaico- cristã, dizer criação é mais do que dizer natureza, porque tem a ver com um projeto do amor de Deus, onde cada criatura tem um valor e um significado. Se é verdade que nós, cristãos, algumas vezes interpretamos de forma incorreta as Escrituras, hoje devemos decidamente rejeitar que, do fato de ser criados à imagem de Deus e do mandato de dominar a terra, se deduza um domínio absoluto sobre todas as criaturas.é importante ler os textos bíblicos no seu contexto, com uma justa hermenêubca, e lembrar que nos convidam a culbvar e guardar o jardim do mundo. LEITURAS E HERMENÊUTICAS SOBRE A CRIAÇÃO
13 3.PERCEBER A RAIZ HUMANA DA CRISE ECOLÓGICA
14 ANTROPOCENTRISMO ENSIMESMADO A melhor maneira de colocar o ser humano no seu lugar, e acabar com a sua pretensão de ser dominador absoluto da terra, é voltar a propor a figura de um Pai Criador e único dono do mundo; caso contrário, o ser humano tenderá sempre a querer impor à realidade as suas próprias lei e interesses. Se o ser humano se declara autônomo da realidade, e se consbtui dominador absoluto, desmorona- se a própria base da existência, porque em vez de realizar o seu papel de colaborador de Deus na obra da criação, o homem subsbtui- se a Deus, e deste modo acaba por provocar a revolta da natureza.
15 CRÍTICA AO CONSUMISMO EXAGERADO O ritmo de consumo, desperdício e alteração do meio ambiente superou de tal maneira as possibilidades do planeta, que o esblo de vida atual por ser insustentável- só pode desembocar em catástrofes, como aliás, já está acontecendo periodicamente em várias regiões do mundo. A visão consumista do ser humano, incenbvada pelos mecanismos da economia globalizada atual, tende a homogenizar as culturas e a debilitar a imensa variedade cultural, que é um tesouro da humanidade. Sabemos que é insustentável o comportamento daqueles que consomem e destroem cada vez mais, enquanto outros ainda não podem viver de acordo com a sua dignidade humana. Chegou a hora de aceitar um certo decréscimo do consumo em algumas partes do mundo, fornecenedo recursos para que se possa crescer de forma saudável em outras partes.
16 CRÍTICA ÀS CONFERÊNCIAS MUNDIAIS SOBRE O MEIO AMBIENTE As cúpulas mundiais sobre o meio ambiente nos úlbmos anos, não corresponderam às expectabvas porque não avançaram, por falta de decisão políbca, acordos ambientais globais significabvos e eficazes. Os princípios enunciados conbnuam a requerer caminhos eficazes e ágeis de realização prábca. A Rio+20, realizada no Rio de Janeiro, emibu uma declaração final extensa, mas ineficaz.
17 4.VISÃO SISTÊMICA DE MUNDO: ECOLOGIA INTEGRAL
18 O documento insiste na visão sistêmica do mundo,onde tudo está inbmamente relacionado, como um caminho para não fechar a dimensão teleológica e pluriversa da vida. A ecologia integral supõe um olhar mais holísbco, superando as fragmentações de saberes e prábcas.integração: teológico, humano, natureza.
19 ECOLOGIA CULTURAL E OS PRINCIPIOS DO BEM COMUM
20 A IMPORTÂNCIA DA JUSTIÇA INTERGENERACIONAL A terra que recebemos pertence também àqueles que hão de vir. É um emprésbmo que cada geração recebe e deve transmibr à geração futura. Que bpo de mundo queremos deixar a quem vai suceder- nos, às crianças que estão crescendo? Temos que deixar um planeta habitável para a humanidade que nos vai suceder
21 LINHAS DE ORIENTAÇÃO E AÇÃO: POLÍTICA LOCAL A ação políbca local pode orientar- se para a alteração do consumo, o desenvolvimento de uma economia de resíduos e reciclagem, a proteção de determinadas espécies, e a programação de uma agricultura diversificada com a rotação de culturas. Podem- se facilitar formas de cooperação ou de organização comunitária que defendam os interesses dos pequenos produtores e salvaguardem a predação dos ecossistemas locais.
22 LINHAS DE ORIENTAÇÃO E AÇÃO São louváveis e, as vezes, admiráveis os esforços de cienbstas e técnicos que procuram dar solução aos problemas criados pelo ser humano. O movimento ecológico mundial já percorreu um longo caminho, enriquecido pelo esforço de muitas organizações da sociedade civil. Graças a tanta dedicação, as questões ambientais têm estado cada vez mais presentes na agenda pública e tornaram- se um convite permanente a pensar a longo prazo.
23 DIÁLOGO COM AS CIÊNCIAS É indispensável um diálogo entre as próprias ciências, porque cada uma costuma fechar- se nos limites da sua própria linguagem, e a especialização tende a converter- se em isolamento e absolubzação do próprio saber. Isto impede de enfrentar os probemas do meio ambiente. A gravidade da crise ecológica, obriga- nos a pensar no bem comum e a prosseguir pelo caminho do diálogo, que requer paciência, ascese e generosidade.
24 DIÁLOGO COM AS RELIGIÕES E MOVIMENTOS A maior parte dos habitantes do planeta declara- se crente, e isto deveria levar as religiões a estabelecerem diálogo entre si, visando o cuidado da natureza, a defesa dos pobres, a construção de uma trama de respeito e de fraternidade. Torna- se necessário também um diálogo aberto e respeitoso dos diferentes movimentos ecologistas, entre os quais não faltam as lutas ideológicas.
25 EDUCAÇÃO AMBIENTAL A educação na responsabilidade ambiental pode incenbvar vários comportamentos que têm incidência direta e importante no cuidado com o meio ambiente, tais como evitar o uso do plásbco e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, tratar com cuidado os outros seres vivos, servir- se dos transporte públicos ou comparblhar o mesmo veículo com outras pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias etc.
26 OUTROS PARADIGMAS É um regresso à simplicidade que nos permite parar para saborear as pequenas coisas, agradecer as possibilidades que a vida nos oferece sem nos apegarmos ao que temos nem entristecermos por aquilo que não possuimos. É possivel necessitar de pouco e viver muito, sobretudo quando somos capazes de dar espaço a outros prazeres nos encontros fraternos, na música e na arte, no contato com a natureza, na oração. A felicidades exige saber limitar algumas necessidades que nos entorpecem, permanecendo assim disponíveis para as múlbplas posssibilidades que a vida nos oferece.
27 A CONVERSÃO ECOLÓGICA A crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior, pessoal e comunitária. Esta conversão comporta várias abtudes: grabdão e gratuidade; consciência amorosa de não estar separado das outras criaturas, mas de formar com os outros seres do universo uma estupenda comunhão universal; ajuda a desenvolver a criabvidade e o entusiasmo para resolver os dramas do mundo. LAUDATO SÍ LOUVADO SEJAS MEU SENHOR.
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