3. Mudanças no campo religioso na contemporaneidade brasileira

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1 3. Mudanças no campo religioso na contemporaneidade brasileira Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais (...). E quando isto acontecer, (...) nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho hino negro: Livre afinal, agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal. Martin Luther king Religião como um sistema simbólico e sócio-cultural Dentro do que se compreende como religião pode-se encontrar muitas crenças e filosofias diferentes. Porém ainda assim é possível estabelecer uma característica em comum entre elas. A religião possui um sistema de crenças no sobrenatural, geralmente envolvendo divindades, deuses ou um Deus. As religiões possuem relatos sobre a origem do Universo, da Terra e do Homem, e o que acontece após a Morte. Iniciamos por definir religião segundo o antropólogo Da Matta (1986) 55, a palavra é de origem latina e, no seu sentido original remete à idéia de laço, aliança, pacto, contrato e relação que deve nortear os elos de ligação entre deuses e homens e, conseqüentemente, dos homens entre si. Além desses aspectos, a religião é um modo de ordenar o mundo, facultando a compreensão de coisas muito complexas, como as idéias de tempo, de eterno e os conceitos de perda e desaparecimento, que encerram os mistérios da existência humana. A religião é o ponto de convergência entre o natural e o sobrenatural, o material e o imaterial, entre o divino e o humano, categorias tão próximas na essência, mas tão distantes em uma análise conceitual. Na crença e no cotidiano religioso, o ethos 56 de um grupo redefine sua visão de mundo. Essa visão de mundo torna-se emocionalmente convincente por expor uma 55 DA MATTA, R. Os caminhos para Deus. In O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, Ethos, em grego - donde vem a palavra ética, é a morada humana. Quer dizer, aquele pedaço do mundo que escolhemos cuidadosamente, organizamos e nele construímos nossa habitação permanente. In GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora, Ver também BOFF, L.

2 52 imagem de um estado de coisas, como resposta á necessidade de perceber o real de forma idealizada. Segundo o antropólogo Geertz (1989) 57, uma religião é: Um sistema de símbolos que atua para estabelecer poderosas, penetrantes e duradouras disposições e motivações nos homens através da formulação de conceitos de uma ordem de existência geral e vestindo essas concepções com tal aura de fatualidade que as disposições e motivações parecem singularmente realistas (1973: p.67). Também afirma que: a religião é uma forma de arte humana. Nas várias concepções de religião, torna-se inevitável à aproximação com a cultura de um determinado grupo, é possível afirmar que a religião se constitui como uma manifestação cultural seguida de seus ritmos, símbolos, música, rituais e costumes, determinando diretamente seu modo de vida em sociedade. Malinoswski (1989) 58 afirma que a religião ajuda as pessoas a suportarem situações de pressão emocional permitindo que tais situações e tais impasses sejam minimizados ou simplesmente ignorados, e que outras perspectivas se abram e propiciem uma outra visão do fato, isto se torna possível através da fé e da crença de que o seu deus tem o controle de todas as coisas. A religião apresenta-se como a possibilidade de conceber-se a realidade através de mecanismos simbólicos para a formulação de idéias e conceitos sobre a própria existência humana, em sua eterna busca por respostas às suas aspirações e questionamentos. Reveste-se com um arcabouço autoritário de forma a desvendar a totalidade da realidade. Ela se caracteriza, pelo uso de poderosos recursos simbólicos, capazes de expressar emoções, sentimentos, paixões, afeições, sensações, inerentes ao seu vasto e difuso aparato de sinais, símbolos e significados. Os símbolos religiosos atribuem uma chancela sobrenatural não apenas para sua capacidade de interpretar o mundo e a realidade, mas também para que, compreendendo-os, garanta precisão a seu Identidade e Complexidade. Obtido em Acesso em 05/05/ GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC Editora, MALINOWSKI apud GEERTZ, In A interpretação das culturas Rio de Janeiro: LTC Editora, 1989.

3 53 sentimento, uma definição às suas emoções que lhes permita suporta-los, resilientemente 59 ou alegremente, implacável ou amigavelmente (Geertz, 1989). A religião é intrinsecamente simbólica, sem, no entanto deixar de corresponder a aspectos inteiramente ligados ao cotidiano de seus adeptos ou seguidores, fazendo parte de suas vidas, influenciando seus atos, atitudes e comportamento. Ao se converter a uma determinada religião, o indivíduo vislumbra a possibilidade de nascer de novo, iniciando uma nova etapa de sua vida. Segundo Paul Ricoeur (1968), o ato de decidir-se pela conversão, neste sentido como mudança de rumo, garante-lhe o direito de uma redenção por imaginação que a partir de uma nova visão de mundo, redefine sua vivência por uma completa mudança de vida e atitudes, o que se processa por meio de uma verdadeira revolução, pois ao mudar sua imaginação muda o homem sua existência (1968, p.130). A crença em um sentido que é real, porém imanente e oculto produz no indivíduo uma relação ambígua, que se caracteriza pela dualidade entre sentido e mistério. O primeiro faz parte de uma trama, de um plano superior onde se processam as relações humanas e ainda seu contato com o divino, o segundo torna-se o elemento capaz de prover aos homens a possibilidade, de uma vez, que este sentido não é revelado, viverem de modo a interagir com ele escrevendo sua história como parte fundamental deste (Ricoeur, 1968, p.94). O sentido e o mistério estão ligados pela necessidade do homem de construir o seu futuro em consonância com uma vontade divina e soberana, no entanto o ambiente desconhecido e, portanto intacto da história que se escreve, possibilita o advento da esperança como elemento que contrasta com a própria história. A esperança age no nível dos indivíduos determinando suas ações, revelando um sentido para a existência humana. É a fé no Senhorio de Deus Que, para o cristão, domina toda sua visão da história; Se Deus é o Senhor das vidas individuais, é também o da história: essa história incerta, grandiosa e culposa, Deus a volta para Si. Mais precisamente, creio que esse Senhorio constitui um sentido e não uma farsa suprema, uma monstruosa fantasia, um derradeiro absurdo, porque os grandes acontecimentos que creio 59 O termo resiliência com sua origem na Física significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada num corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo. Nas Ciências Humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. Ver em COSTA, Antonio Carlos Gomes. Resiliência: Pedagogia da presença. São Paulo: Modus Faciend,1995.

4 54 constituírem a Revelação; têm uma trama formam uma figura global, não se apresentam como um descontinuo puro; existe uma maneira da Revelação; uma maneira que para nós não é absurda, de vez que nela podemos por exemplo discernir certo designo pedagógico da Antiga e da Nova Aliança, pois os grandes eventos cristãos morte e ressurreição formam um ritmo acessível aquilo que São Paulo denomina a inteligência da fé (Ricoeur: 1968, p.94-95). E este sentido baseia-se na soberania e no Senhorio de Deus, não um Deus alheio ao cotidiano, que escreve a história a seu bel prazer, mas um Deus de cada indivíduo, este sim que constroe as teias que engendram a história e dá a ela um sentido global. A esperança é o elemento que impulsiona a ação. E a fé é a convicção de que a ação do homem em consonância com a vontade de Deus, produzirá a mudança que se acredita possível. Com base nessa fé, adiantemo-nos ao encontro da vida! Creio que sempre haverá algo a fazer, que sempre haverá tarefas a desempenhar, e, portanto oportunidades a aproveitar! (Ricouer: 1968, p. 96). O que completa o caráter ambíguo do sentido da história é a idéia de progresso, o progresso como uma sucessão de tentativas, experiências e vivências, de todos os homens em todos os tempos, que construíram o conhecimento que temos hoje, que nos permite alçar vôos maiores e mais altos. Podemos ir mesmo mais longe: existe não apenas uma aventura do conhecimento, mas uma aventura de consciência que se insere na vasta categoria do instrumento (Ricouer: 1968, p.84). A esperança que conduz à ação e a ação promovendo o progresso são os vetores que produzem a mudança. Mudança de vida e mudança de rumo que são a base da pregação cristã, pois o que é a conversão senão o início de uma nova vida? Foi com o advento do capitalismo, associado à teologia cristã protestante, que os mecanismos de ascensão social, tais como o acúmulo de bens e status, foram definitivamente aprovados pela teologia como conseqüência natural do trabalho. Em contraste a vida contemplativa e ociosa da nobreza e do clero durante a maior parte da idade média, a burguesia que emerge no alvorecer do capitalismo, vê no comércio e na manufatura as bases para o enriquecimento licito. Embora de modo geral as religiões tenham encontrado uma forma de conciliação com as forças econômicas uma igreja institucionalizada se torna inevitavelmente uma força desse gênero só, entretanto, a ética puritana logrou dominar de maneira conseqüente as contradições, renunciando à universalidade do

5 55 princípio do amor, para fazer do próprio trabalho um serviço de Deus ( Freund 60, 1970, p. 138). Max Weber (1989), um dos grandes nomes da sociologia clássica, em sua principal obra A ética protestante e o espírito do capitalismo, aborda a relação entre uma inovadora ética religiosa, trazida pela teologia cristã protestante e a afirmação do que foi considerado por ele como o espírito do capitalismo na Europa e nos Estados Unidos nos anos e séculos posteriores a reforma Protestante. Weber rompe com a visão que confere ao capitalismo o status de acontecimento último na longa cadeia histórica do desenvolvimento de civilizações, culturas e povos. Analisa o evento econômico como um momento histórico que se caracteriza por uma ética própria. A fusão deste novo etos com a noção positiva de acumulação do capital e a valorização do trabalho ele denominou de o espírito do capitalismo. A ética protestante confere aos indivíduos a possibilidade de adoção de uma conduta moderada, distante do luxo e da ostentação das classes superiores, que durante a idade média sempre se mostraram alheias ao sofrimento das classes subalternas e pauperizadas. O dinheiro não compra a salvação. Não se poderia, pois, se comprar a própria salvação com boas obras ou sacramentos, mas adquire-se a certeza dela graças à eficácia da fé comprovada pelo êxito social nessas condições só fez reforçar o rigor da conduta pessoal e transformar o ascetismo no método capaz de assegurar o estatuto da graça. Não é renunciando ao mundo à maneira do contemplativo, mas sim exercendo um ofício no século, que se prova a própria fé (Freund, 1970, p. 156,157). Segundo Weber, o desenvolvimento desta nova ética, promovida pela Reforma Protestante do século XVI, revolucionou a abordagem e interpretação dada ao dinheiro, libertando o fiel da culpa quanto ao acumulo de riqueza. O que antes era associado ao pecado da ambição e afastava os homens de Deus, passa a ser considerado como uma consequência natural do trabalho que conduz à prosperidade de seus praticantes. Outro aspecto relevante quanto à posse de bens e riqueza é o uso que se faz dela, a maneira como os homens se comportam, por exemplo, como usam o seu tempo. Longos períodos de ócio podem conduzi-los à preguiça, altamente condenada pela teologia cristã em todos os seus desdobramentos. 60 FREUND, Julien. Sociologia de Max Weber. Tradução de Luis Cláudio de Castro e Costa. Rio de Janeiro: Forense, 1970.

6 56 O que é condenável não é a aquisição da riqueza, mas sim o repouso na posse e no gozo dos bens com suas conseqüências, como a ociosidade, as tentações da carne, etc. Não se deve, pois, desperdiçar o tempo, já que o trabalho concorre para a glorificação de Deus, e por outro lado só tirar do adquirido aquilo que é absolutamente necessário para a subsistência pessoal, para uma vida sóbria e de respeito à lei divina. Assim, a produtividade maior no trabalho e a recusa do luxo deram origem a um estilo de vida que influenciou diretamente o espírito do capitalismo, criando um clima propicio a seu desenvolvimento (Freund, 1970, p. 157). Esta nova interpretação para análise do acumulo de riquezas, realidade advinda da fase inicial do capitalismo comercial, trouxe para a burguesia emergente uma possibilidade de mudança de nível ou status social sem culpas ou traumas, isto explica o porque, desta nova classe social ter se adaptado tão bem à pregação protestante. Especialmente neste aspecto, que envolve a acumulação de riqueza, e a superação de uma condição econômica por outra, o protestantismo anuncia a possibilidade real de uma completa mudança de vida, o que confere a esta nova proposta teológica esta característica singular. Mais ainda, os fatos históricos são efeitos do conjunto de relações sociais que se processam cotidianamente, nas relações econômicas, nas disputas políticas, nas convenções religiosas e todos estes fatores estão correlacionados e compõem o movimento da humanidade em direção ao futuro. Os eventos próprios de cada uma das atividades humanas estão diretamente relacionados à outras atividades, num movimento constante de causas e conseqüências, condições prévias e resultados obtidos. A possibilidade de reescrever sua própria história é o que determina o papel dos homens enquanto agentes históricos e sociais. Não se escreve a história da humanidade sem que se observe a história de cada indivíduo. Este constante movimento dos homens em direção ao futuro, tendo como referência o passado, revela-se como desafiador e imprevisível, no entanto as mudanças e continuidades são responsáveis pela formação de nossa história num processo irreversível, onde o que se viveu ontem não se repetirá, as experiências vividas e compartilhadas podem ser totalmente distintas das que virão pela frente. Esta expectativa pela mudança e pelo que é inédito, conduz os homens a novas e fascinantes descobertas. A religiosidade que se origina da relação dos homens com o sagrado, também sofre e produz mudanças ao longo da história, estas mudanças se estabelecem á medida

7 57 que se alteram as demais relações sociais. A religião está diretamente relacionada aos processos históricos e sociais, sendo determinante para a construção da história dos indivíduos e para a história da humanidade (Ricoeur, 1968). Ao longo dos séculos, esta relação do homem com o divino passou por mudanças intensas. No próximo item, daremos enfoque diferenciado para as questões que envolvem as mudanças ocorridas na religião na contemporaneidade brasileira Breve resgate histórico do surgimento e crescimento dos evangélicos No Brasil, historicamente, o Catolicismo Romano foi à religião predominante, desde o descobrimento. A Igreja Católica está presente em todos os principais acontecimentos da história de nosso país. No entanto, a partir da segunda metade do século XX, sobretudo nas últimas décadas tem havido um processo de crescimento de outras religiões medido pelo aumento considerável do número de fiéis, como é o caso do Protestantismo, Espiritismo e das religiões Afro-Brasileiras (Novaes 61 : 1998). Neste estudo ganha maior ênfase o crescimento do Protestantismo manifesto pelas chamadas Igrejas Evangélicas e Pentecostais. O campo religioso no Brasil passou por vários processos de reconfiguração e de transformações nas últimas décadas com o crescimento massivo de igrejas pentecostais. Segundo pesquisa de mobilidade religiosa feita pelo Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (CERIS) 62, a Igreja Católica brasileira perdeu nada menos do que 15 milhões de fiéis. Esta pesquisa abrangeu cinqüenta municípios brasileiros, sendo 23 capitais, e foi realizada entre agosto e novembro de De acordo com o estudo, o primeiro motivo pelo qual o católico vem abandonando a igreja é a discordância em relação aos seus princípios doutrinários, muitas vezes problematizados frente à realidade atual. O segundo é a sensação de não ser acolhido pela igreja e o terceiro é o fato de não ter encontrado nela apoio para os momentos difíceis. Os resultados da pesquisa do CERIS (2004) embutem um desconcertante resultado: de que, de cada dez ex-católicos, sete se tornaram evangélicos. Outra pesquisa que merece destaque é a realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenada pelo economista Marcelo 61 NOVAES, Regina. In apresentação do livro: Novo Nascimento: Os evangélicos em casa, na igreja e na política. Rio de Janeiro: Mauad, Esta pesquisa foi coordenada pela socióloga Sílvia Regina Fernandes, 2004.

8 58 Néri (2005) 63, onde afirma que do ano de 2000, (ano do último censo), a 2003, o número de evangélicos brasileiros passou de 15% para quase 18% da população, Em valores absolutos, isso significa que é possível prever, dentro destes três anos, aproximadamente seis (6) milhões de brasileiros aderiram ao protestantismo, que continua crescendo amparado nesta evolução vertiginosa. Cada vez mais existem aspectos significativos que diferenciam profundamente as mais variadas correntes doutrinárias dentro do segmento evangélico, neste aspecto uma distinção se faz de forma inequívoca, de um lado cristãos históricos como batistas, luteranos, anglicanos e de outro os cristãos pentecostais (Mafra 64 : 2001; Novaes:2001). Os protestantes históricos surgiram na Europa entre a Reforma do século XVI e o final do século XX. Os pentecostais protestantes surgiram nos Estados Unidos no início do século XX. A partir daí, aconteceram múltiplas aproximações culturais entre os integrantes destes movimentos avivalistas 65, desencadeadas por trabalhadores migrantes europeus, e a religiosidade negra norte-americana (Novaes, 2001) 66. Existem determinadas ênfases doutrinárias que diferenciam evangélicos históricos e pentecostais. Entre as próprias denominações consideradas pentecostais há diferenças nas práticas, nos cultos e no comportamento em geral, são elas que mais enfatizam a crença, de uma segunda vinda triunfal de Cristo, que segundo a Bíblia Sagrada virá resgatar os fiéis para viverem eternamente com Ele. Os cristãos pentecostais diferenciam-se dos chamados históricos ou tradicionais na interpretação teológica a respeito da contemporaneidade dos dons espirituais. Acreditam ter acesso, no cotidiano, aos dons do Espírito Santo, descritos na Bíblia 63 NERI, Marcelo. Ética pentecostal e o declínio católico. In Retrato das religiões no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, MAFRA, Clara. Os evangélicos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., O avivamento bíblico está presente em vários versículos ao longo do texto sagrado, se refere ao advento de uma era onde haveriam sinais e prodígios sobrenaturais. Ao longo da história, o avivamento esteve associado ao celebre dia de pentecostes narrado em Atos 2 e representa um momento em que a pregação do evangelho se faz notória e muitos ouvintes se convertem a fé cristã. Por outro lado refere-se a distinção entre os cristãos evangélicos tradicionais e os renovados, os últimos são chamados de avivalistas ou pentecostais e se distinguem dos primeiros pelo caráter carismático, que se caracteriza pela glossolalia e a efusão espiritual de suas práticas de culto. 66 NOVAIS, Regina Reyes. Pentecostalismo, política, mídia e favela. In Religião e cultura popular. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

9 59 como dons sobrenaturais 67, tais como o dom de profecia, de operação de milagres e maravilhas, dentre outros. As igrejas históricas, como por exemplo, os batistas, metodistas, presbiterianos e luteranos chegaram ao Brasil através de seus fiéis que migraram para cá. O Brasil foi desde o inicio, o destino de grandes contingentes de evangélicos. Neste processo, os pentecostais também migraram para o Brasil a fim de propagarem sua mensagem e seus princípios doutrinários (Novaes: 2001). O crescimento pentecostal no Brasil, segundo o sociólogo Paul Freston (1994) 68, pode ser pensado através de três etapas. Uma primeira etapa compreende os anos , época em que 80% da população brasileira vivia no campo. Nestes anos, a expansão se fez, sobretudo, a partir da região Norte através da denominação Assembléia de Deus e Nordeste através da Congregação Cristã do Brasil. Na segunda, que compreende os anos , o pólo irradiador foi São Paulo e coincide com a urbanização e a formação de uma sociedade de massas, neste período as denominações Igreja Quadrangular, Brasil para Cristo e Deus é Amor, foram as que conseguiram maior destaque. A última etapa de crescimento pentecostal começou por volta da década de 70 e tem origem na cidade do Rio de Janeiro, coincidindo com a modernização autoritária do país e a derrocada do milagre econômico. A partir dos anos 80 com a abertura política, o progresso e a democratização da área das comunicações, as igrejas puderam ter acesso aos meios de comunicação de massa, principalmente o rádio e a televisão, ao longo deste período foram fundadas as denominações Casa da Benção e o fenômeno da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Esse panorama considera três grandes correntes evangélicas presentes hoje no Brasil. Elas tem histórias e exigências particulares, como pode-se visualizar no quadro a seguir: 67 Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las (I Corintios, cap. 12, vers. 8-10). 68 FRESTON, P. é Prof. Dr. da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e pesquisador do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo (Idesp). In Uma breve história do Pentecostalismo Brasileiro: A Assembléia de Deus. Religião e Sociedade 16/3, 1994.

10 60 Correntes Evangélicas no Brasil Correntes evangélicas Históricas Pentecostais Neopentecostais O que representam Ramo original do protestantismo, nascido da Reforma promovida por Martinho Lutero no século XVI. Chega ao Brasil no século XIX com missionários americanos e ingleses. Sendo que em 1824 no Rio Grande do Sul chegou o luteranismo vindo via imigrantes alemães. Tem origem nos Estados Unidos, no início do século XX. Diferem dos históricos pela ênfase que dão aos poderes do Espírito Santo. É hoje o maior grupo no Brasil. Surgem em 1970, a partir de uma divisão dos pentecostais. Setor que mais cresce, aposta na mídia eletrônica para atrair os fiéis brasileiros. Principais Igrejas Luterana, Presbiteriana, Metodista Batista. Assembléia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e Deus é amor. Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo, Internacional da Graça de Deus e Sara Nossa Terra. Número de fiéis 7 milhões 11 milhões 8 milhões Formação exigida a Curso superior de teologia Curso de teologia Cursos práticos que, seus líderes mais estágio de um ano na (não necessariamente de ministrados na própria igreja, sob supervisão de nível superior). igreja tem como temas; um ministro. oratória, etiqueta e gerencia financeira de templos. Tempo de formação Cinco anos Três a quatro anos De seis meses a dois anos Fonte: Adaptação da Revista Veja on-line, acesso em 10/11/08 realizada pela autora da dissertação, 2009.

11 61 Segundo o pesquisador Rogério Rodrigues da Silva 69, há atualmente uma nova geração de pastores e líderes evangélicos, identificados como representantes de um novo perfil, que se caracteriza pela linguagem acessível e prática, sendo de fácil assimilação por diversos grupos e segmentos sociais 70. A qualificação desses novos pastores não contribuiu apenas para que eles modernizassem seus discursos, mas, em alguns casos, para que aprimorassem técnicas de gerenciamento de suas atividades e de suas igrejas também. Mudanças que tem levado as igrejas a experimentarem um importante crescimento no número de membros. Segundo pesquisa realizada pelo Núcleo de Pesquisa do ISER 71 em 1992, na área metropolitana do Rio de Janeiro, foi constatada a existência de 4000 instituições evangélicas. O estado que mais se destaca no Brasil é o Rio de Janeiro, como o que mais concentra denominações evangélicas. Tavares (2006) afirma, que o crescimento dos evangélicos se efetiva, principalmente, pela expansão pentecostal na maioria das cidades brasileiras. No entanto, é na cidade do Rio de Janeiro que essa presença se coloca como o grande vetor da diversidade de adesão (2006, p. 82). Percebe-se que os evangélicos estão organizados no que se convencionou chamar de denominações, tanto os históricos quanto os pentecostais. No Brasil, o elevado número de denominações evangélicas existentes demonstra a constante fragmentação, confirmando a tendência da própria Reforma Protestante. Indiscutivelmente, os números e as características das igrejas evangélicas brasileiras, indicam que não é mais possível pensar esta alternativa religiosa como exógena, estranha à cultura brasileira, e assim passa a ser entendida como um elemento cultural influente na dinâmica da vida nacional. Uma análise acadêmica sobre os evangélicos no Rio de Janeiro é uma possibilidade que certamente levantará muitas discussões e descobertas. 69 SILVA, Rogério Rodrigues da. Profissão Pastor: prazer e sofrimento. Uma análise psicodinâmica do trabalho dos líderes religiosos neopentecostais e tradicionais. Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, Cinco pastores desta nova geração, no que diz respeito á formação acadêmica, se enquadram em um nível de escolaridade superior. Pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, é teólogo e psicólogo; Rinaldo de Seixas Pereira, da Bola de Neve Church, é formado em propaganda e marketing, com pós-graduação em marketing; Silmar Coelho, da Igreja Metodista Wesleyana, é teólogo, com doutorado em teologia e liderança; e Robson Rodovalho, da Sara Nossa Terra, é físico, com especialização em ressonância magnética nuclear (SILVA, 2004). 71 ISER - Instituto de Estudos da Religião. Esta pesquisa foi coordenada por Rubem César Fernandes. In Novo Nascimento: os evangélicos em casa, na igreja, e na política. Rio de janeiro: ISER, 1998.

12 62 A pesquisa "Retratos das religiões no Brasil", divulgado no ano de 2005 pela FGV, revelou que, enquanto o percentual de evangélicos em todo o país, em 2000, era de 15%, na periferia das regiões metropolitanas ele chegava a 20%. Na comparação com fiéis de outras religiões, a situação socioeconômica dos evangélicos é desfavorável. Em média, eles ganham 7% a menos do que os trabalhadores católicos, destaca a mesma pesquisa. Alguns detalhes e indícios, no entanto, apontam para o fato de que as igrejas evangélicas começam a penetrar de forma mais intensa nas classes econômicas mais altas. A partir dos dados apresentados por esta pesquisa realizada pela FGV, podemos compreender que os evangélicos são hoje o grupo religioso que mais cresce no Brasil, essa tendência de crescimento é uma constante. Neste processo, a televisão e a internet são importantes instrumentos para expansão da igreja evangélica no Brasil. O impacto do crescimento dos evangélicos pode ser mensurado se levarmos em conta o número de pastores e padres em relação ao quantitativo de adeptos de cada religião. Atualmente, o número de pastores evangélicos por fiel é dezoito vezes maior que a proporção de padres por católico. A base doutrinária, a facilidade de comunicação com os fiéis e a eficiência na gestão das igrejas permitem prever um futuro com templos evangélicos cada vez mais cheios. Segundo projeção feita pelo economista Marcelo Néri (2007) que indica que em 2015 mais de 20% da população brasileira será evangélica Visibilidade evangélica: Expansão na mídia Os evangélicos têm uma visibilidade muito grande, tanto no que se refere ao local onde se constroem ou se instalam seus templos, como também na propagação da mensagem em praças, ruas e espaços públicos ou privados. Preferem situar os templos em locais de destaque, falam do evangelho e de Jesus com propriedade, em geral possuem vasto conhecimento acerca da mensagem e conseguem transmiti-la a próximos e estranhos, ricos e pobres, jovens ou idosos. Evangelizam, pregam a palavra de Deus nos templos, nas casas, em grandes eventos em ginásios e estádios. Nos últimos anos têm investido maciçamente na mídia. À visibilidade é dado um sentido religioso, mais que isso, para êles trata-se de um mandamento bíblico, do próprio Jesus Cristo: E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Evangelho de Marcos capítulo 16.vers 15). Nota-se aí a base do proselitismo religioso. 72 NERI, M. C. Religião e Economia. Jornal Valor Econômico, São Paulo, p. A15 - A15, 22 maio 2007.

13 63 Um exemplo real do investimento na mídia 73, é o do pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus, que está há 24 anos no ar e pelo tempo em exposição poderia ser considerado um pregador da antiga geração. No entanto, quando começa a pregar fica claro que seu discurso, cheio de ilustrações e jargões populares, o caracteriza como um pregador da nova geração de pastores. O Pastor Malafaia tornou-se o campeão brasileiro de venda de DVDs e CDs de pregação (1 milhão de unidades comercializadas por ano) com o discurso evangélico atual, aquele que defende que, na busca pela felicidade e sucesso pessoal, recorrer ao bom senso e ao esforço individual pode ser mais eficaz do que ficar esperando a providência divina. Seu grande ensinamento é: "Deus move o céu inteiro naquilo que o ser humano é incapaz de fazer. Mas não move uma palha naquilo que a capacidade humana pode resolver". Malafaia em seus programas televisivos, conferências e cruzadas por todo o Brasil, baseia seu discurso na busca de realização pessoal, emocional, profissional, financeira e espiritual, através da efetivação cotidiana de valores que prometem uma vida vitoriosa e bem sucedida. Essa é a nova lógica religiosa: pragmatismo, ideário mais próximo do capitalismo, ocupação no espaço midiático e no poder público. Outro aspecto relevante que mostra essa mudança no perfil dos evangélicos e das lideranças deste segmento é a sua presença cada vez maior na vida pública, a participação que tem extrapolado os limites dos templos e das igrejas. Estão presentes na criação de hábitos culturais e tem ocupado cada vez mais espaços na política e no poder público. Exemplo disto é a participação de líderes e pastores no cenário político, tendo vários representantes legislativos nas esferas municipal, estadual e federal, além de contarem com o apóio de prefeitos e governadores 74. Os testemunhos de vidas que se converteram ao evangelho através da programação de 24 horas da Rede Gospel de Televisão (canal de Tv por assinatura), da Rede Gospel de Rádio, do Portal igospel, ou jornal Gospel News, além de outros programas em canais de Tv aberta, repercutem a mensagem evangélica. 73 Fonte Revista Veja on-line, obtido em: Acesso em: 10/12/ Um exemplo desta intensa exposição é a Igreja Renascer em Cristo de São Paulo. Utilizando os mais variados meios de comunicação, como televisão, rádio e Internet, a igreja Renascer há vinte anos vem crescendo com seus líderes Apóstolo Estevam Hernandes e sua esposa, Bispa Sônia Hernandes. Obtido em Acesso em 10/12/08.

14 64 Criado junto com a igreja Renascer em Cristo, o Renascer Praise, seu braço musical, já lançou 13 CD s e 7 DVD s, com destaque especial para o álbum gravado em Israel, onde se tornou no primeiro grupo musical a fazer um espetáculo em uma arena a céu aberto em Jerusalém. Nas últimas edições gravadas ao vivo no estádio municipal do Pacaembu em São Paulo, a platéia superou as 60 mil pessoas, e contou com uma mega estrutura de som, palco e luz e um imenso coral de 12 mil vozes 75. Além disso apoiaram ao longo destas duas décadas a formação de diversas bandas e grupos musicais de destaque no cenário musical como Kadisbarnea, Resgate, Oficina G3, o rapper Dj Alpiste e o pagodeiro Salgadinho. Essa igreja também é organizadora do SOS da vida gospel festival, tradicional evento de música que há mais de 15 anos movimenta milhares de pessoas até São Paulo para 2 dias de shows com atrações da música cristã nacional e internacional. Nos últimos anos o evento passou a integrar a grade de eventos da virada cultural" de São Paulo, como representante do segmento gospel. Finalmente, não há como mencionar a história da igreja sem citar sua decisiva participação na organização e realização do que consideram o maior evento gospel do universo, a Marcha pra Jesus, que reune nas ruas de São Paulo, mais de 2 milhões de pessoas. Trata-se de um evento ao ar livre, com a participação de diversas igrejas e denominações, sob a liderança da Igreja Renascer. O evento acontece simultaneamente em outros estados brasileiros e também em algumas cidades ao redor do mundo. Percebe-se, neste contexto, um impacto transformador no campo religioso, os evangélicos propagam a mensagem de conversão, ou seja, mudança de curso, caminho e trajetória, que implica profundas rupturas na prática de vida, no conteúdo da fé e no comportamento social. Segundo Novaes (2001): As conversões misturam sentimento religioso e senso de oportunidade de quem conhece o mundo ao seu redor. Com a conversão, através da Graça de Deus se renasce. Começar uma nova vida é esquecer de tudo o que se fez e, principalmente, tudo o que o convertido viu os outros fazerem (2001, p. 70). E esta mudança de vida também inclui a mudança de status e níveis econômicos e sociais a partir de uma vida vitoriosa com Cristo Obtido em Acesso em 10/12/ A expressão é constantemente usada como tema dos sermões, pregações, mensagens, eventos, conferências e cruzadas evangelísticas promovidas pelo Pastor Silas Malafaia já citado no texto.

15 65 Apesar do surgimento de novos líderes evangélicos, as antigas lideranças mantiveram seus espaços e os ampliaram, os maiores expoentes são o Bispo Edir Macedo da IURD e o Missionário R.R Soares, fundador e líder da Igreja da Graça. O primeiro ocupa boa parte da grade televisiva de sua emissora de TV, na Rede Record de Televisão. Os programas relacionados à Igreja Universal falam sobre relacionamento conjugal, familiar e vida financeira, temas que fazem parte do cotidiano das pessoas e tratam de suas necessidades e problemas. O Missionário R.R Soares e sua igreja, além de controlar um canal de TV por assinatura, há alguns anos está à frente do Show da Fé, transmitido pela Rede Bandeirantes, é um fenômeno de audiência em pleno horário nobre. No programa o Missionário canta músicas antigas re-gravadas por ele mesmo, prega a palavra e ora pela cura de enfermidades, além do quadro novela da vida real, onde são contadas estórias de pessoas reais, principalmente membros da igreja que tiveram suas vidas transformadas após a conversão 77. Outro exemplo vivo deste crescimento e expansão dos evangélicos que podemos destacar é o da cantora Ana Paula Valadão, pastora da Igreja Batista da Lagoinha, de Belo Horizonte,vocalista e líder da grupo musical Diante do Trono, ela se tornou um dos maiores expoentes da música gospel. Dos oito CDs lançados pela banda, sete já superaram a marca de cópias vendidas. Em 2004, em uma apresentação em Salvador, o Diante do Trono reuniu 1 milhão de pessoas. Nos shows, por todo Brasil e exterior, as músicas (quase todas compostas por ela) são cantadas em coro pelo público, que comparece. Toda esta repercussão define o caráter atual da expansão do evangelho pela exposição e visibilidade, nos meios musicais, que assumiu o segmento gospel 78. Os ritmos que caracterizam o grupo Diante do Trono, sob a liderança da vocalista Ana Paula, podem ser desde baladas românticas a animadas canções pop. As letras, em sua maioria compostas pelo próprio grupo, falam de um Deus bom, que ama a todos e nos oferece sua graça e proteção. Nenhuma referência ao demônio ou ao mau-olhado, comuns nos sermões e mensagens dos primeiros pregadores pentecostais. Filha do pastor Márcio Valadão, que preside a Igreja da Lagoinha há 35 anos, Ana 77 Informações colhidas através do próprio programa de Tv Show da Fé, em que fui telespectadora por alguns dias para entender esse universo para assim descrevê-lo. 78 Fonte Revista Veja on-line, obtido em: Acesso em 10/12/08.

16 66 Paula começou a cantar em hospitais, festas familiares e no coral da igreja. Hoje, também faz sucesso na TV. Seu programa, que tem o mesmo nome da banda, é um dos mais vistos da Rede Super, canal de Tv fechada de sua igreja. A Pastora, no entanto, faz questão de ressaltar que o sucesso não passa de uma conseqüência menor de sua missão. Assim como afirma: "Nós não fazemos entretenimento. Queremos que as pessoas se divirtam, mas louvando ao Senhor, e não a nós 79. Atualmente é muito comum a presença de evangélicos na mídia, podemos citar o Programa Raul Gil, da TV Bandeirantes, em que homenageia artistas importantes do meio musical, já foram convidadas a participar três cantoras de música gospel de muito prestígio no meio evangélico, Ana Paula Valadão, Fernanda Brum e Aline Barros. As três também têm ministério pastoral em suas igrejas. As cantoras foram homenageadas, cantaram e testemunharam sobre a presença de Deus em suas vidas e ainda tiveram a oportunidade de fazer um apelo para a salvação dos telespectadores que estavam assistindo ao programa. Exemplos como esse, demonstram o quanto a mídia se rende ao crescimento dos evangélicos no Brasil, proporcionado a este segmento ainda mais espaço e visibilidade para a propagação de sua mensagem. Outro fator importante é a penetração dos evangélicos nas classes pauperizadas e nos bairros tidos como perigosos. A religião pode muitas vezes se constituir como única alternativa de buscar identidade positiva para a sociedade, permitindo assim a distinção dos bandidos e a construção de referencias positivas para colaborarem com a superação de processos discriminatórios (Tavares, 2006, p. 85). Mafra (1999), afirma que: No contexto da cultura cristã ocidental, o campo religioso é um campo privilegiado para a formulação de respostas às questões relativas às injustiças e desigualdades sociais. Esse arcabouço comum reflete-se, por exemplo, na relutância dos participantes das mais variadas associações em negar solidariedade às pessoas envolvidas no tráfico, em situações especiais, mesmo que se partilhe a rejeição do contato institucional (1999, p. 293). Segundo Mafra, os evangélicos são mais pontuais em suas ações, formam redes de solidariedade entre eles, estão presentes na comunidade, no corpo a corpo e caracterizam-se por uma ação individualizada. 79 Fonte Revista Veja on-line, obtido em: Acesso em 10/12/08.

17 67 Na perspectiva de Novaes (2001), Várias pesquisas já demonstraram que são os evangélicos os que mais chegam às margens da sociedade. Chegam a lugares de onde nenhuma outra instituição civil ou religiosa ousa se aproximar. Estudos demonstraram também que são apenas eles que ao fazer nascer novas e independentes denominações provocam dinâmicas agregadoras locais sem contar com nenhum recurso material e simbólico externo (2001, p. 69). De fato os evangélicos, assumem como uma missão a necessidade de propagação da mensagem. Pois, segundo a Bíblia e nas palavras do próprio Jesus Cristo, a maior expressão do amor é a de se sacrificar em função do próximo. Como cristãos, ou seguidores de Cristo, reproduzem o comportamento de seu mestre narrado nos evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João 80, onde o Cristo se reúne e transmite sua mensagem a cobradores de impostos, prostitutas, mendigos, aleijados e leprosos, grupos de pessoas totalmente marginalizadas e desprezadas pela sociedade de então. Os evangélicos não necessitam de estruturas complexas de organização, apenas reúnem- se em grupos sob a liderança de um pastor e multiplicam suas igrejas e denominações as mais diversas com um único propósito declarado, como dizem: ganhar almas para Cristo 81, não importam onde estejam ou como estejam, todos precisam de Cristo. Há 23 anos, um artigo publicado por Zaluar (1985), sobre a carreira dos bandidos na comunidade Cidade de Deus, afirmava: As poucas histórias de regeneração que ouvi contar passavam por sessões de cura em igrejas pentecostais ou uma conversão radical e dramática à igreja dos crentes o que implicava o abandono das coisas do diabo (as festas, a bebida, o samba, a umbanda, os amigos assaltantes, a arma de fogo etc...). A imprensa divulga casos de conversão ao evangelho de chefes de áreas do tráfico. A revista Veja de julho de 1998, por exemplo, destacou em sua capa a seguinte matéria: José Gregório, o Gordo: hoje crente da Igreja Presbiteriana. 80 Bíblia Sagrada, Novo Testamento. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Sociedade Bíblica do Brasil: São Paulo, Expressão utilizada nos apelos á conversão, nas reuniões e cultos das igrejas visitadas durante a pesquisa.

18 68 Aleluia, irmão. Que a paz do Senhor te acompanhe. Quem escuta a saudação do porteiro José Carlos Gregório, um homem corpulento de modos gentis, em um edifício da Igreja Presbiteriana de Niterói, não imagina que ele já freqüentou as manchetes de jornais como bandido de grosso calibre. Nos anos 70 e 80, "Gordo", como Gregório era chamado, foi um dos mais temidos líderes do Comando Vermelho, a organização criminosa que domina o narcotráfico nas cadeias e nos morros cariocas. Outro exemplo: O caso de Cesinha da Cidade de Deus é um dos que mais chama atenção do diretor do presídio Muniz Sodré, Gilson Nogueira, que também é praticante da religião evangélica. - O homem que chefiava o tráfico de drogas na Cidade de Deus, hoje está transformado, é outra pessoa, graças a Deus 82. Os líderes evangélicos são chamados nas penitenciárias para pregar a palavra de Deus aos encarcerados e quando das rebeliões em alguns casos específicos são chamados para intervir nas negociações. No próximo item estaremos descrevendo brevemente a possibilidade de uma nova construção identitária a partir do contato e envolvimento com a religião e a fé Construção identitária a partir do envolvimento com a religião A questão da identidade não pode deixar de ser complexa, pois a sua própria definição, ou melhor, composição, é também ela diversificada (Hall, 2005, p.8). Neste sentido, a identidade de cada um se compõe de elementos múltiplos que não se resumem só aos que estão enumerados nos documentos oficiais, registrados ao longo de nossa existência. Cada um de nós está intimamente ligado a um sentimento de pertença e a uma tradição, a um grupo e a uma nacionalidade, e têm várias pertenças que se entrelaçam, ou seja, estão ligadas simultaneamente umas as outras. Por exemplo, um mesmo indivíduo pode se identificar com um time de futebol, um partido político, uma 82 Matéria publicada em setembro de 2008 pelo Pastor Julio Fagner intitulada: Evangelização retira chefe do tráfico da criminalidade. Obtido em Acesso em: 15/12/08.

19 69 denominação religiosa entre outros. Esse sentimento de pertença também é por si só, algo complexo porque é mutável, muda ao longo da trajetória de vida e pode também se transformar a partir das mudanças históricas a que somos submetidos. As identidades estão sujeitas a uma historicização radical, estando constantemente em processo de mudança e transformação (Hall, 2005). Além disso, cada pertença leva a estabelecer ligações com diferentes grupos de pessoas e, como a identidade é múltipla, ela é assim vivida e defendida de muitas maneiras diferentes. O conceito de identidade dentro da linha dos estudos culturais deve partir do pressuposto de que a identidade só existe em relação com o Outro, o diferente. Por essa leitura, a identidade e a diferença são marcadas uma pela outra, são interdependentes e produzidas em um mesmo processo, sem que uma venha primeiro que a outra, mas concomitantes. Ambas, por sua vez, são representadas por meio da linguagem, ou de uma maneira geral, pelos sistemas simbólicos. Leslie White, antropólogo norte americano contemporâneo afirma que todo comportamento humano consiste no uso de símbolos ou depende disto (Leslie White, 1991, p.190). A representação atua simbolicamente classificando o mundo e suas relações sociais, bem como determinando as práticas que posicionam os sujeitos. Dessa forma, a representação, enquanto processo cultural vai estabelecendo identidades tanto subjetivas, quanto coletivas. Os sentidos assumidos pela identidade e pela diferença através da representação não são fixos, são construções, elaboradas ao longo do tempo e reelaborados sempre que necessário. No lugar de ver a identidade como um fato consumado e representado pelas práticas culturais, Hall propõe pensá-la como uma produção que nunca se completa, que está sempre sendo formada e é sempre constituída interna e não externamente à representação (Hall, 2005, p.38). O que põe em cheque as noções de autoridade e autenticidade tão comuns, diria mesmo que naturais, quando se discute identidade cultural. Por exemplo, é comum a associação forçada por um determinado grupo, de que uma cultura ou identidade é superior a outra, ou representa melhor o país que a outra, quando falamos em música popular brasileira, em geral excluímos vários segmentos musicais, como o funk, o sertanejo, o rap, que também representam a cultura e a música popular do país. Nas considerações de Castells (1999) 83, há três formas e origens de construção de identidades; a primeira delas é a identidade legitimadora, formada por instituições 83 CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. 3 Vols. O Poder da Identidade. Vol II. Prefácio de Ruth Correa Leite Cardoso. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

20 70 e pela sociedade, a chamada identidade nacional ; a segunda delas é a identidade de resistência, criada por agentes sociais em condições de descriminalização, e para superação destes estigmas constroem possibilidades de resistência, os chamados movimentos sociais; e a terceira construção de identidade segundo o autor é a identidade de projeto em que os atores sociais se apropriam de um material cultural que tenham acesso para construir novas identidades, um projeto de vida diferente e redefinir seu lugar na sociedade (Castells, 1999, p. 4-5). Para Castells (1999) assim como para Fonseca (2003, p.15) as identidades são múltiplas e construídas com o decorrer do tempo e toda construção de identidade implica em relações de poder. A partir do momento em que o ator social consegue dar um novo significado à sua história, criar uma nova identidade e conquistar um espaço em sociedade, logo, terá possibilidades de negociação de poder com o outro. Nas considerações de Goffman (1988), as identidades são variáveis, flutuantes e situacionais. Para Hall (2005), assim como para Goffman, a identidade é um conceito crucial, porque funciona como articulador entre os discursos individuais, e também constroem-se como pessoas que podem falar, atuar e ser falados. As identidades precisam de um habitat, um lócus, um espaço para se desenvolverem e se legitimarem, seja na casa, na escola, no trabalho, na rua, na cidade, na igreja e esses espaços físicos estão ligados a circunstancias temporais que sobrepostos são responsáveis pela construção de nossas identidades. Hall, citando Said (1990) diz: todas as identidades estão localizadas no espaço e no tempo simbólico. Said chama o espaço de geografias imaginárias e a sua localização de tempo nas tradições inventadas, ligando o passado e o presente, em mitos de origem projetando o presente de volta ao passado (Hall, 2005, p ). Esses espaços sociais multiplicam os encontros de indivíduos que trazem consigo seus pertencimentos étnicos, suas origens regionais ou suas redes de relações familiares ou extra familiares. Na cidade, mais que em outra parte, desenvolvem-se, na prática, os relacionamentos entre identidades. Por sua vez, esses relacionamentos "trabalham", alterando ou modificando, as referências pessoais originais (étnicas, regionais, religiosas,...). Essa interação com outros indivíduos pode atingir e modificar os códigos de ética pessoal, as regras da vida social, os valores morais, até mesmo as línguas, a educação e outras formas culturais que orientam a existência de cada um em sociedade.

21 71 Dito de outra forma, o processo de construção de identidade, enquanto dependente da relação com os outros (sob a forma de encontros, conflitos, alianças, e demais relações), é o que torna problemática a cultura e, no final de contas, a transforma. Toda identidade, tanto individual quanto coletiva, é então múltipla, inacabada, instável. Sendo assim a formação da identidade confere ao indivíduo a capacidade de saber se reconhecer enquanto sujeito histórico e social. E para esta construção identitária são fundamentais os elementos formadores como as tradições, os costumes, as culturas e a história. As tradições culturais, inventadas ou não, dos antepassados, se agregam à realidade cotidiana que recria novos elementos formadores de uma identidade individual ou coletiva. Essas tradições ou costumes sejam eles, de uma nação, povo ou grupo social determinam talvez, o mais significativo traço de identidade. Os sentimentos de pertença são frutos das experiências vividas ou imaginadas e que reconstituem o cotidiano real ou idealizado. Para a formação de uma identidade cultural, são muito mais significativos os rituais e símbolos do que os documentos formais e institucionais. O registro civil é um documento representativo e determina a naturalidade de um indivíduo, mas em termos da crença são muito mais representativos os batismos ou ritos de iniciação religiosa que conferem ao ato toda uma gama de significados e vivências dificilmente apagados ou esquecidos. Portanto, a identidade cultural é constituída de símbolos, sentimentos e vivências que ao longo da história individual ou coletiva passam a ser compartilhados interpretando a realidade e dando sentido à vida dos indivíduos em sociedade. Como dizia o filósofo grego Heráclito de Éfeso, nada é, tudo está, isto se aplica a inúmeras situações e também aos conceitos de identidade, não é possível falar de uma identidade, ou de uma única cultura nacional, por exemplo, pois além de múltiplas, como já dissemos, elas também são mutáveis, se constroem e se (re) constroem, se inventam ou se (re) inventam, são vividas e compartilhadas, mas também são rejeitadas e esquecidas. Este processo constante de construção de identidades torna rica a existência humana e nos distingue dos outros seres pela capacidade de produzirmos culturas. As identidades se formam a partir de nossas experiências, de nossas relações, escolhas e decisões, mas também de estruturas sociais e lugares de classe. O casamento é uma decisão que em dado momento da vida assumimos e passamos a nos identificar

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