PROJETO CULTURA COM INCLUSÃO E EDUCAÇÃO

Transcrição

1 PROJETO CULTURA COM INCLUSÃO E EDUCAÇÃO Dez 2013 à Fev 2014

2 APRESENTAÇÃO Este segundo relatório do convênio celebrado entre o Grupo Cultural AfroReggae e a Secretaria Municipal de Cultura do Município do Rio de Janeiro apresenta os resultados do Projeto Cultura com Inclusão e Educação no período de dezembro de 2013 a fevereiro de Vale destacar que o primeiro relatório entregue pelo Grupo AfroReggae, avaliado com total atenção pela equipe da Secretaria de Cultura, foi aprovado sem ressalvas e teve sua publicação no Diário Oficial do Município no dia 16 de janeiro de A equipe Gestora do AfroReggae tem trabalhado de forma colegiada para que todos os compromissos assumidos com a Secretaria de Cultura possam ser cumpridos e entregues dentro do cronograma. Não foi diferente o trabalho que desenvolvemos no trimestre que vamos relatar neste documento. Os cinco Movimentos de Gestão e Ativação do AfroReggae continuaram seu fortalecimento e articulação das práticas e dos fazeres da instituição. O AfroReggae seguiu trabalhando de forma integrada para que objetivos e metas fossem alcançadas e, consequentemente, ajudassem o público atendido pela instituição para uma melhora continuada no processo de desenvolvimento social, educacional e cultural. A nossa preocupação em multiplicar o conhecimento através da produtora de vídeos iniciou a construção de uma rede ativa de parceiros de ONGs e espaços governamentais. O Convênio com a Secretaria de Cultura imprimiu ao AfroReggae a urgência de uma leitura que de fato possa interpretar as contradições sociais da cidade para que respostas ativas e comprometidas sejam consolidadas. As estratégias culturais do AfroReggae integraram um forte processo de conversa com crianças, adolescentes, jovens, adultos e também com instituições fundamentais como a escola e profissionais, como os professores. O que ficou absolutamente claro para o AfroReggae é que não estivemos diante de um convênio compromissado com o tarefismo e sim um convênio que constrói, dia a dia, caminhos para melhorar o trabalho institucional e para ativar diálogos com a cidade e seus habitantes. 1

3 O último trimestre fortaleceu, em todos nós, o fato de que os desafios da pobreza e da exclusão social devem ser coletivos e, sobretudo, devem ter estratégias próprias e inteligentes. O AfroReggae sabe que o caminho não é e nem pode ser único para atingir as mudanças sociais que todos nós queremos. A parceria com a Secretaria de Cultura tem possibilitado construir respostas múltiplas para problemas plurais. Este relatório vai indicar movimentos importantes em relação ao que de fato queremos: utilizar a Cultura uma ferramenta de inclusão social sustentável. Durante o trimestre iniciamos um dialogo com o Governo do Estado sobre os Núcleos de Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão. A consolidação das atividades desenvolvidas em ambas as comunidades e todas as dificuldades enfrentadas pela equipe AfroReggae no último semestre, causadas pela violência e pelas ameaças constantes contra a equipe AfroReggae, nos levaram a construir um novo caminho para ambos os núcleos e que passa por um projeto da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos nas áreas da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Durante o trimestre e com a bagagem dos debates e das articulações, desenvolvemos um processo que vai levar os dois núcleos a um processo de estatização para que o AfroReggae possa caminhar em direção às novas áreas da cidade. O mais importante que precisamos narrar e afirmar é que tanto o Núcleo de Vila Cruzeiro quanto o Núcleo do Complexo do Alemão jamais foram fechados e seguiram como fortes símbolos de resistência social e comunitária a um processo continuado do crime organizado que deseja o abandono da população por parte do Estado. Tivemos todas as condições de resistir, mesmo com ameaças e com precariedades para que o processo final se desenvolvesse na articulação com o Governo Estadual. Resistir às ameaças e não se curvar ao medo garantiu que os dois espaços de cidadania, arte e cultura estivessem livres e prontos para ganhar um novo processo de gestão. Mas o AfroReggae foi em diante e desenvolveu em Parada de Lucas o projeto Mutirão AfroReggae que garantiu novos caminhos de inclusão social e cultural. O Mutirão AfroReggae, além de realizar uma profunda busca ativa e organizar o mapa de privações sociais, também desenvolveu oficinas culturais intinerantes. Em janeiro o 2

4 AfroReggae chegou à comunidade do Caju com o Mutirão e com a forte intenção de implantar um novo Nucleo da Instituição. A parceria AfroReggae com a Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro tem possibilitado a construção de novas e importantes leituras sobre inclusão social a partir da cultura. Não existe uma receita clássica que possamos seguir sem que tenhamos a responsabilidade técnica de permanentemente avaliar a situação a partir do problema e do contexto do processo da história que esta sendo construída. Quando o AfroReggae nega metodologias clássicas e opta em uma leitura dinâmica ele está assumindo compromisso com resultados reais e não resultados escritos. A realidade com todos os seus movimentos diários é um desafio que em nenhum momento foi negligenciada e é por isso que podemos apresentar este relatório que, muito mais do que letras, tem a tradução do que estamos fazendo e transformando a vida dos cariocas. Esta experiência é tão forte para nossa equipe e para nossas práticas que hoje muito do que fazemos no Rio de Janeiro está se espalhando de forma continuada e crescente no Brasil e em Cabo Verde, na África. Este relatório apresenta a realidade e a forma que estamos interferindo para que ela seja transformada. A instituição não abriu mão do compromisso com metas e entregas e de forma inovadora tem ido além com um conjunto de resultados importantes para serem conhecidos e divulgados. Outro dado importante que não podemos abrir mão de citar: estamos fazendo todo o trabalho dentro dos prazos e garantindo uma economicidade real nos gastos pois incorporamos movimentos de trabalho de gestão. Este segundo relatório, entregue nesta data pelo AfroReggae à Secretaria de Cultura, não é apenas um documento formal, mas um registro fundamental de uma nova forma de construir mudanças sociais. 3

5 OBJETIVO GERAL Em relação ao objetivo geral do projeto, é fundamental destacar que entre os nossos grupos artísticos, oficinas, ações, atividades de cultura, inclusão e educação bem como o Mutirão AfroReggae atendemos a 718 adolescentes e jovens com um sólido multiplicador de prevenção social e comunitária através das nossas mídias sociais e publicações. Em anexo (Anexo I), seguem as edições da coleção InfoReggae Rio elaboradas entre dezembro/13 e fevereiro/14, que mostram nosso campo de atuação: Edição Especial: Missão Humanitária do AfroReggae em Cabo Verde/África Edição 22: Produtora do AfroReggae Edição 24: Oficinas AfroReggae: Dança Edição 25: Oficinas AfroReggae: Percussão Edição 26: Oficinas AfroReggae: Expressão Corporal Edição 27: Oficinas AfroReggae: Artes Gráficas Edição 28: Oficinas AfroReggae: Música Edição 29:Oficinas AfroReggae: Teatro Edição 30: Bloco AfroReggae 4

6 OBJETIVO ESPECÍFICOS Foram disponibilizadas atividades de oficinas artísticas e culturais para 718 crianças nas comunidades atendidas pelo projeto e nas atividades do Mutirão AfroReggae. Os Núcleos Comunitários de Cultura do AfroReggae deram continuidade no processo de articulação e fortalecimento das diretrizes e dos princípios construídos no início do projeto. A Coordenação Setorial de Educação iniciou o processo de Avaliação das Oficinas e assim segue avançando em seu desenvolvimento e consolidação. Entre dezembro/13 e fevereiro/14 a produtora de vídeos produziu, de forma articulada, mais dois cursos do NA REALIDADE e dois vídeos educativos com foco na comunidade. O debate sobre inclusão social e combate à violência foi discutido com a comunidade. Nos meses de janeiro a fevereiro/12 foi realizado dois encontros com a comunidade onde foram discutidos temas como homofobia e novos arranjos familiares. 5

7 METAS Área de Comunicação e Produção de Mídias e Eventos Meta 1: Produzir 10 Vídeos de 1 minuto de Ação Comunitária que serão disponibilizados no site do AfroReggae do AfroReggae e no Youtube Entre janeiro/13 e fevereiro/14 a produtora de vídeos produziu mais dois vídeos educativos. A saber: A Dificuldade da Segunda Chance O AfroReggae tem grande experiência com a reinserção social de egressos do sistema prisional por meio no mercado de trabalho. Uma das principais dificuldades apontadas por cidadãos que acabaram de sair da prisão e desejam se reinserir socialmente é o preconceito que existe no momento da entrevista de emprego com o passado do candidato. A instituição lançou o 3º vídeo educativo com o objetivo de conscientizar a sociedade, principalmente à empresários e donos de estabelecimentos comerciais, sobre a importância em dar uma oportunidade para egressos. (Anexo II) Oficinas Culturais: Educação, Arte e Cidadania O quarto vídeo educativo apresenta a importância de oficinas culturais, como as que são oferecidas nos Núcleos de Comunitários do AfroReggae, para melhorar o desempenho dos alunos na educação formal. Os instrutores, bem como a Equipe Técnica Social (ETS), que acompanha o desempenho dos alunos, perceberam a importância das atividades extracurriculares para o aprendizado. Dessa forma, o quarto vídeo (Anexo III) traz depoimentos de alunos, pais e professores demonstrando os benefícios das oficinas para a vida escolar. Meta 2: Produzir Material Educativo para as Crianças e Adolescentes Entre os meses de dezembro de 2013 e fevereiro de 2014 foram lançados duas publicações muito importantes para se trabalhar com crianças e adolescente, com a proposta de estimular o questionamento de nossas próprias certezas e facilitar as conversas que precisamos fazer, mas ainda não tivemos coragem de puxar. 6

8 A quarta edição (Anexo IV) debate um tema muito duro que é o abuso sexual de crianças e a quinta edição (Anexo V) aborda o abandono escolar. Estou com medo, em quem posso confiar? Bruna tem 14 anos. Estuda no oitavo ano do ensino fundamental. Mora com seus pais e dois irmãos. Gosta de cinema, música e sair com suas amigas. Mas ultimamente Bruna anda muito triste. Faz dois anos que tem sido abusada sexualmente pelo seu pai. A escola tá um saco, posso largar os estudos? A 5ª edição da Coleção Conversas busca colocar a evasão escolar em perspectiva: antes de desistir dos estudos por falta de motivação é preciso avaliar o papel do próprio aluno dentro das instituições e o que pode ser feito para mudar a situação. Com publicações mensais, a Coleção Conversas é disponibilizada no Portal AfroReggae com livre acesso e encaminhadas por correio para públicos específicos. Os exemplares da Coleção Conversas são enviados para Secretarias de Estado de Assistência Social, Secretaria Municipais de Assistência Social das capitais, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS). 7

9 Meta 3: Formar Monitores em Comunicação e Mídias Uma grande demanda dentro dos Grupos Artísticos e dos Núcleos de atendimento do AfroReggae é a capacitação de trabalhadores para que saibam trabalhar com a publicidade e comunicação com os meios de mídia social. O projeto Curso de Capacitação em Comunicação e Mídia foi criado para capacitar colaboradores dos núcleos e otimizar a comunicação do AfroReggae. Na última semana de fevereiro, alunos e funcionários dos núcleos foram capacitados pela equipe de comunicação. Em anexo (Anexo VI) segue a lista de presença dos participantes. Primeiro grupo a concluir o curso de capacitação em comunicação e mídia, em 2014 Foto: Arquivo AfroReggae Meta 4: Produzir Cursos das Tecnologias Sociais e Culturais no modelo EAD (Ensino a Distância) para o portal do AfroReggae disponibilizando pra ONGs e Associações Comunitárias Dando continuidade a proposta do projeto de disponibilizar cursos que traduzam a realidade do trabalho social, a produtora de vídeos produziu mais dois cursos do NA REALIDADE. A saber: A Metodologia do Risco Social Familiar O segundo curso do NA REALIDADE debate sobre o Risco Social Familiar (Anexo VII), uma metodologia utilizada pelo AfroReggae, que busca solucionar as principais privações de cada família atendida, respeitando suas especificidades e urgências. 8

10 Mutirão AfroReggae O terceiro curso aborda uma metodologia utilizada pela instituição para ir de encontro das famílias da comunidade. O Mutirão AfroReggae tem um compromisso real em encontrar os problemas na comunidade e, articulado com a rede socioassistencial do entorno, solucionar as privações. (Anexo VIII) O Na Realidade é divulgado para cerca de 20 mil s, entre alunos dos cursos de serviço social, organizações não governamentais, Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) de todo o Brasil e para outros contatos do AfroReggae. Até o mês de fevereiro, 212 alunos já haviam participado do projeto. 9

11 ÁREA DE MODERNIZAÇÃO E GESTÃO Meta 1 - Ativar de forma permanente o processo de gestão descentralizada com foco na eficiência e economicidade O movimento de gestão continuou sua rota de descentralização e aperfeiçoamento. Este convênio tem possibilitado uma articulação e integração das equipes que atuam nas áreas de recursos humanos, financeira e de prestação de contas. O desejo é trabalhar de forma integrada e não setorial. Os resultados do projeto devem e estão sendo construídos e consolidados de forma coletiva. Meta 2 - Garantir total transparência de todas as compras, despesas e informações de Gestão através do site da instituição Assim como no trimestre anterior, todos os Processos de Compras tiveram total transparência no Portal AfroReggae e todas as informações relevantes deste projeto encontram-se publicadas no menu Transparência do site inclusive o relatório técnico social referente às atividades desenvolvidas entre agosto e novembro de Meta 3 Criar Conselhos de Participação e Gestão Social nos Núcleos de Cultura e Ação Comunitária do AfroReggae Conforme descrito no relatório anterior, a Equipe Técnica Social (ETS) iniciou um debate para criação dos Conselhos de Participação e Gestão Social com base nos Princípios e Diretrizes do trabalho. Dessa forma, a equipe entendeu que era necessário abrir espaço de debate com a comunidade para que se discuta, de forma articulada com os técnicos sociais da instituição, alguns aspectos da comunidade e do trabalho do AfroReggae. Para tal compreensão a equipe iniciou duas ações: Reunião de Famílias: onde a equipe se reúne com os pais e responsáveis; Avaliação das Oficinas: onde as Oficinas são avaliadas pelos alunos, pais e pela escola. Essas duas ações constituem a gênese dos Conselhos que serão instalados no próximo trimestre. 10

12 ÁREA DE AÇÃO COMUNITÁRIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA Meta 1: Oferecer atividades socioculturais nas comunidades socialmente vulneráveis da região metropolitana do Rio de Janeiro 610 participantes diretos incluídos em oficinas O AfroReggae é uma organização que luta pela transformação social promovendo a inclusão e a justiça para os que se encontram em vulnerabilidade, por meio da arte e da cultura. Por isso, uma das principais ferramentas de trabalho da instituição são as oficinas desenvolvidas em seus Núcleos Comunitários. Foram oferecidas atividades para um total de 718 crianças nas comunidades atendidas pela instituição, com destaque para as atividades do AfroCine, Colônia de Férias e as Oficinas de Capoeira. (Anexo IX) Meta 2: Realizar acompanhamento familiar: Utilizando o índice de pobreza multidimensional, e direcionando as famílias às políticas públicas a fim de sanar as privações classificadas no risco social familiar No mês de dezembro o Mutirão AfroReggae concluiu o trabalho de campo na comunidade de Parada de Lucas. A equipe aplicou formulários sobre Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). Em anexo, segue o Relatório Mutirão Parada de Lucas com o trabalho desenvolvido na comunidade. (Anexo X) A equipe do Mutirão AfroReggae iniciou o trabalho em uma nova comunidade do bairro Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. Entretanto, os trabalhos de acompanhamento das famílias de Parada de Lucas ainda continuam sendo realizados pelo Núcleo do AfroReggae na comunidade. Conheça um pouco sobre esse trabalho através do Relatório de Acompanhamento (Anexo XI). Meta 3: Organização e realização de quatro ações anuais integradas em todos os núcleos a fim de promover a participação das famílias, das comunidades e dos alunos de maneira a fortalecer a rede de cooperação do projeto Encerramento das atividades das Oficinas Aconteceu no Núcleo do AfroReggae em Parada de Lucas, uma confraternização de encerramento das oficinas de Estiveram presentes as crianças atendidas pelas oficinas, seus familiares e alunos da Escola Municipal Cruzada São Sebastião. 11

13 As crianças participantes das oficinas de capoeira e dança desenvolveram uma apresentação artística para mostrar aos pais o que aprenderam em suas atividades. Os jovens da oficina de 8 ao 80 também falaram um pouco sobre o projeto e a importância no desenvolvimento da tecnologia para o processo de aprendizado em sala de aula. Para o entretenimento das crianças, foram oferecidas diversas brincadeiras, entre elas a batalha do passinho, o que animou todos os presentes. O encerramento das atividades trouxe muito orgulho para os alunos, pais e instrutores e o sentimento de um trabalho bem feito. Apresentação dos alunos da oficina de dança em Parada de Lucas Foto: Arquivo AfroReggae Apresentação dos alunos das oficinas de Capoeira em Parada de Lucas Foto: Arquivo AfroReggae 12

14 Comemoração de Natal Mutirão AfroReggae A fim de um maior contato com a comunidade que está sendo atendida pelo AfroReggae, a equipe dos técnicos sociais do Mutirão realizaram a 3ª ação para a integração da comunidade por meio de uma festa em comemoração ao Natal, na principal quadra da comunidade. O evento foi amplamente divulgado entre os moradores por meio de anúncios nas escolas próximas e por meio das reuniões da Associação de Moradores de Vila dos Sonhos. Muitas crianças estiveram presentes e fizeram a festa com todas as atividades desenvolvidas: oficinas de circo, música, brincadeiras, apresentação dos Grupos Artísticos e distribuição de brindes. Festa de comemoração natalina Foto: Arquivo AfroReggae Meta 4: Ativar Metodologia de Acompanhamento Educacional e Aprendizagem a partir das Oficinas Culturais A partir de uma necessidade latente em monitorar e acompanhar a opinião dos alunos, pais, professores e instrutores sobre o andamento das oficinas culturais, a Equipe Técnica Social, em parceria com a Gerência de Informação e Monitoramento do Afroreggae, desenvolveu uma nova forma de avaliação das oficinas. 13

15 O objetivo é perguntar aos alunos, pais, instrutores e professores das escolas municipais sobre os impactos das aulas no AfroReggae em relação à diferentes aspectos, entre eles o desempenho escolar. Os questionários serão aplicados bimestralmente e os resultados acompanhados pela Equipe Técnica Social. A primeira fase da avaliação estará completa na primeira semana de março, quando todos os resultados estarão disponíveis em um relatório de monitoramento e avaliação das oficinas. Em anexo, seguem os formulários utilizados para a avaliação. (Anexo XII) Meta 5: Formar monitores para Grupos Artísticos e Oficinas Culturais Neste trimestre seguimos com os monitores atuando nas oficinas culturais do AfroReggae como apresentado na prestação de contas. Meta 6: Selecionar Bolsistas para Grupos Artísticos a partir das oficinas Culturais A seleção dos bolsistas já foi realizada e apresentada no relatório anterior. Segue, junto à prestação de contas, a lista com todos os nomes e respectivas assinaturas de recebimento das bolsas. 14

16 ÁREA DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL E RELACIONAMENTOS COM PARCEIROS Meta 1: Multiplicar o conhecimento na estruturação e captação para projetos inovadores e sustentáveis O trabalho de multiplicação do conhecimento realizado pelo AfroReggae com a Missão Humanitária em Cabo Verde, apresentado no relatório anterior, alcançou uma nova fase. Neste segundo momento, o objetivo dos instrutores e dos técnicos sociais do AfroReggae é de acompanhamento e avaliação do trabalho aprendido pela equipe de Cabo Verde. Dessa forma podemos garantir que o trabalho será multiplicado de forma correta e com a mesma qualidade desenvolvida nas atividades do Brasil. Diariamente, a equipe do AfroReggae em Cabo Verde envia um relatório com todas as atividades desenvolvidas por meio do Diário de Bordo disponibilizado no Portal AfroReggae. Veja um trecho deste diário que demonstra a importância do trabalho de capacitação dos instrutores cabo verdianos. Em Tira Chapeu a oficina de circo teve uma novidade hoje, os mestres Elon e Marven ficaram na primeira parte da aula apenas supervisionando o que os multiplicadores estavam ministrando na comunidade. Isso foi importante, pois os nossos Instrutores puderam observar a criatividade e o domínio de aula com os alunos. Já na segunda parte, os nossos instrutores passarem técnicas de Flik Flap, salto mortal e mortal de perna o que causou grande empolgação por parte dos alunos. Em Safende, a aula de percussão foi dedicada ao aprendizado de como fazer a manutenção dos instrumentos onde os alunos também aprenderam a confeccionar macetas com varas de alumínio. Diário de Bordo, Missão Humanitária em Cabo Verde. Oficinas de Percussão em Cabo Verde Foto: Arquivo AfroReggae 15

17 Meta 2: Gerir e monitorar os projetos institucionais de forma contínua, garantindo a qualidade dos serviços prestados e a plena execução com resultados para os parceiros A instituição deu continuidade ao Monitoramento do Plano de Metas para acompanhamento dos projetos e ações institucionais. Segue anexo com o Plano de Metas atualizado (Anexo XIII). Meta 3: Monitorar e Avaliar o impacto do Projeto na Vida Familiar e Comunitária O Risco Social Familiar é um importante instrumento de acompanhamento e monitoramento do trabalho social desenvolvido pelos núcleos da instituição. A partir da aplicação do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) com as famílias atendidas e identificação de suas privações, é possível classificar cada domicílio de acordo com o Risco em que se encontra. Risco 5+ Descrição Quando ocorre 3 problemas do Risco 5 concomitantemente Crianças em idade escolar ( 6 a 15 anos ) fora da escola 5 Gestantes sem pré natal Famílias sem renda Situação de violência (sexual e abuso infantil) 4 Crianças em idade escolar evadindo da escola Idosos e pessoas com deficiência sem cuidados e BPC Moradores com mais de 16 anos que não terminaram o ensino fundamental Jovens que abandoram o ensino médio 3 Adultos desempregados Situação de habitação precária Mulher chefe de família escolarizada mas desempregada 2 Jovens escolarizados mas sem emprego 1 Família com baixa renda e sem benefícios de transferência de renda 0 Famílias sem privações estabelecidos pelo IPM 16

18 Quando se repete a aplicação do IPM e se realiza o levantamento das privações das famílias em um momento subsequente, é possível identificar se houve ou não alteração do Risco Social Familiar dos domicílios. O trabalho de acompanhamento das famílias pela equipe técnica social dos núcleos ocorre de forma contínua, inclusive após a saída do domicílio de uma situação de Risco eminente. Entre os meses de novembro/13 e janeiro/14 é possível perceber que houve um aumento de 3,1 pontos percentuais no número de famílias sem risco eminente, ou seja, classificadas com Risco 0. O percentual de casas com a maior redução das privações ocorreu entre o Risco 3. É importante destacar que foram identificadas um número significativo de famílias com crianças fora da escola (Risco 5) o que demonstra a necessidade de intervenção dos técnicos sociais para a inclusão dessas crianças nas instituições de ensino. O AfroReggae já está atuando em conjunto com as famílias e instituições de ensino para resolver estas privações. 17

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