CARTILHA PORTO ALEGRE ACESSÍVEL PARA TODOS. Acessibilidade, responsabilidade de todos. Conquista consciente, com responsabilidade
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- Irene Barbosa Leal
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1 CARTILHA PORTO ALEGRE ACESSÍVEL PARA TODOS Acessibilidade, responsabilidade de todos Conquista consciente, com responsabilidade
2 O QUE É ACESSIBILIDADE? Acessibilidade, responsabilidade de todos Todos temos direito à utilização dos espaços da cidade, ao transporte, às edificações e à comunicação, livres de qualquer obstáculo que limite nosso acesso e circulação com segurança e autonomia. A Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social (SEACIS), desenvolve e distribui esta cartilha para orientar e possibilitar à comunidade um melhor conhecimento desta realidade, suas implicações e aplicabilidades. A busca com responsabilidade pela acessibilidade universal, garantirá conscientemente a inclusão social das pessoas com deficiência.
3 A CIDADE Ao andarmos pelas ruas e avenidas dos diferentes bairros, encontramos obstáculos que impedem a livre circulação das pessoas, nas calçadas, passeios ou cruzamentos. São eles: postes, degraus, orelhões, árvores, lixeiras, raízes de árvores afloradas, contêineres, bancas de revistas, entre outros. Uma Porto Alegre acessível vai além do querer e da consciência dos agentes do poder público, também deve fazer parte inseparável do cotidiano e da consciência de toda a população. Todos devemos saber que acessibilidade não se restringe às pessoas com deficiência, usuários de cadeiras de rodas, pessoas com perda de visão ou audição parciais ou totais, mas também às pessoas idosas, obesas, gestantes, com estatura baixa acentuada ou com mobilidade momentaneamente reduzida. Devemos estar preparados. A população de Porto Alegre, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do ano de 2000, já se destacava como a segunda maior entre as capitais com número expressivo de idosos, atingindo 11,8% da nossa população total. O acesso às edificações particulares ou de uso público, bem como a circulação em parques e praças também sofrem impedimentos por degraus, elevadores inadequados, corredores e escadas mal dimensionadas, tipos de pavimentação de calçadas com uso inadequado, etc.
4 A CALÇADA ACESSÍVEL O espaço livre necessário para que uma pessoa em cadeira de rodas e um pedestre possam circular simultânea e tranqüilamente deve ter largura entre 1m20cm e 1m50cm. Vasos, caixas de correio, bancas de revistas, poste de luz ou qualquer outro obstáculo não poderão ser utilizados neste espaço. Objetos suspensos, como orelhões, lixeiras fixas, placas de sinalização, trazem muito perigo aos deficientes visuais, principalmente à cabeça, devendo ser bem identificados, para não causarem dano à pessoa. Faixa de percurso Faixa de serviço Ao redor destes objetos, na sua base, deverá ser colocado um piso tátil de alerta que mantenha um afastamento mínimo de 60 cm entre às pessoas e o objeto. O piso deve ser antiderrapante, regular e contínuo, sem degrau e ter inclinação em direção ao meio fio, não superior a 2%. RAMPAS PARA REBAIXAMENTO DE CALÇADAS As Rampas para Rebaixamento de Calçadas devem ter inclinação máxima de 8,33%. Piso tátil de alerta Não deve haver desnível entre o término do rebaixamento de calçada e a pista para veículos. Junto às esquinas, nos meios de quadra e nos canteiros divisores de pista, é onde os rebaixos de calçadas devem estar localizados. Eles facilitam a travessia, devem ter 1m20cm de largura e inclinação da rampa que o compõe não superior a 8,33%. Devem possuir abas laterais. Uma faixa sinalizada com cor e textura diferentes medindo entre 25cm e 60cm de largura chamada sinalização tátil de alerta, auxilia e dá segurança aos deficientes visuais. Você pode ajudar a melhorar a acessibilidade executando a calçada em frente a sua casa, incentivando seu vizinho a fazer o mesmo e alertando a Prefeitura para que remova obstáculos existentes, evitando quedas. Inclinação: 8,33% Meio-fio Passeio
5 GARANTIA DE ACESSIBILIDADE NO TRANSPORTE É garantido por lei no nosso município, às pessoas com deficiência, usuárias de cadeiras de rodas e cegos, o direito de embarcar e desembarcar dos ônibus fora dos pontos de parada. PÚBLICO Uma cidade acessível deve oferecer a todos os seus usuários, nos terminais e pontos de embarque de ônibus e estações de trens, acessos adequados às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. PRÉDIOS PÚBLICOS E LOGRADOUROS As escadas devem estar localizadas de preferência próximas às rampas ou plataformas elevatórias, atendendo assim às pessoas com diferentes necessidades e deficiências. Quando a largura da mesma for igual ou maior do que 2m40cm, se faz necessária a existência de corrimão central. Todos os prédios e logradouros públicos escolas, supermercados, shopping, bancos, parques e praças, hotéis, clubes, rodoviária, bares e restaurantes, inclusive seu entorno, entre outros - deverão permitir livre acesso e circulação às pessoas desde a rua e quiserem entrar neles, garantida a opção por escadas, rampas ou plataformas elevatórias. A largura recomendada para as Rampas é de 1m50cm, sendo o mínimo admissível 1m20cm. As rampas internas ou de acesso aos prédios devem ter piso antiderrapante, com inclinação admissível em cada trecho que varia entre 5% e 12,5 %. A reserva de assentos para pessoas idosas, gestantes, pessoas com criança ao colo ou com deficiência é obrigatória e também está protegida por lei. Elas devem sempre existir, independente do uso de rampas e plataformas elevatórias. A cada 3m20cm de altura a vencer, deve ser instalado patamar com no mínimo 1m20cm de extensão.
6 As Plataformas Elevatórias podem ser do tipo percurso inclinado ou percurso vertical e podem vencer, quando do tipo vertical, alturas até 2m em prédio público ou de uso coletivo, e até 4m em prédio de uso particular (o trecho a percorrer deve ser aberto). Os Bebedouros devem garantir a aproximação frontal, permitindo-se avanço sobre o mesmo de no máximo 50cm. A bica deve estar localizada na frente ou na lateral, e ficar a uma altura de 90cm. O local para retirada de copos descartáveis deve estar a altura de no máximo 1m20cm do piso. Plataforma Externa Nas Escolas, as classes de aula e as mesas para computadores deverão ser adequadas para pessoas em cadeira de rodas, deficientes auditivos e visuais, em pelo menos uma em cada duas salas. Nos bancos quando no acesso existir área de bloqueio (porta giratória), outra entrada vinculada deve ser prevista para pessoas com deficiência motora. Plataforma Interna Em aeroportos, rodoviárias, estádios,centros de convenções,centros comerciais entre outros, deve ser instalado pelo menos um Telefone com Texto (TDD) por pavimento para transmitir mensagens.
7 A cidade oferece estacionamentos reservados para veículos conduzidos ou que conduzam pessoas com deficiência. Os mesmos devem estar identificados com a Credencial para Estacionamento em área azul fornecida pela SEACIS e EPTC na parte interna do pára-brisa, visível aos agentes fiscalizadores de trânsito, juntamente com o selo internacional de acessibilidade. As Vagas para Estacionamento de Veículos, em teatros, shoppings, universidades, supermercados, praças e parques, estádios de futebol e edifíciosgaragem, que conduzam ou sejam conduzidos por pessoa com deficiência, devem ter sinalização no piso, sinalização vertical para vagas em via pública e estar próximas a elevadores e rotas acessíveis. Devem conter uma faixa adicional de 1m20cm para passagem de cadeira de rodas. Um Sanitário com acessibilidade deve ter porta de acesso com 80cm de largura útil no mínimo. A bacia incluindo assento, com altura máxima de 46 cm do piso, barras de apoio medindo de 3cm a 4cm de diâmetro a uma altura do piso de no máximo 77cm. Nos cinemas, teatros, salas de conferências e casas de espetáculos deve existir assentos para pessoas obesas e com deficiência visual em pontos compatíveis com a necessidade delas. Os usuários de cadeira de rodas devem poder assistir a espetáculos na própria cadeira deles. Todos os locais de ocupação diferenciada devem ser identificados como tal com as marcas universais. = 1m50cm O espaço mínimo para que uma pessoa em cadeira de rodas possa manobrar no interior do sanitário deve ser de 1m50cm. Os acessórios devem estar afixados em local de fácil alcance.
8 AJUDAS TÉCNICAS Tecnologias de Apoio No Elevador, é obrigatório que a botoeira tenha inscrições em braile para orientar pessoas com deficiência visual. A cabine deve medir no mínimo 1m10cm x 1m40cm tendo a porta 80cm de largura livre. Externamente deve haver sinalização tátil e visual. Em reformas, quando as dimensões dos poços dos elevadores tornar a adaptação impraticável, a cabine do elevador pode ter as dimensões mínimas, porém utilizando-se espelho na face oposta à porta (painel de fundo), a partir da altura do corrimão São materiais, equipamentos,sistemas que auxiliam as limitações das pessoas com deficiência, permitindo a elas o exercício das atividades do dia a dia e da participação na vida escolar, profissional, cultural e social. O símbolo de acessibilidade universal deve estar afixado logo acima da porta automática. Exemplos: cadeiras de rodas, andarilhos, almofadas anti-escaras, colchões ortopédicos, barras de apoio em banheiros, telefones, plataformas elevatórias, elevadores de transferência, próteses, adaptações para comando em carros, entre outros...
9 ...o Decreto Federal 5.296/ 04, a ABNT NBR 9050/ 04 e a Lei Municipal 8.317/ 99 são alguns dos dispositivos que garantem a promoção da acessibilidade às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida... a Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social SEACIS foi criada pela Lei nº. 9782/05 e é o órgão central do planejamento, da coordenação e do controle das políticas públicas voltadas para a inclusão social das pessoas com deficiência em Porto Alegre... existe um Guia de Direitos e Serviços para a Pessoa com Deficiência, amparado por Lei Municipal... nos casos de prédios históricos tombados ou de interesse sócio cultural, as adequações à acessibilidade deverão ser submetidas a exame e aprovação da Ephac/ SMC bem como do Compahc...é obrigatória a apresentação de cardápios escritos em braile em todos os restaurantes, bares, lancherias, hotéis e motéis...os restaurantes, bares, lancherias e similares com área igual ou superior a 100,00 m² são obrigados a adaptar ou construir no mínimo um sanitário masculino e um feminino para o uso de pessoas com deficiência As ajudas técnicas destinam-se às pessoas com deficiência e, também, a idosos ou pessoas com mobilidade reduzida temporária. São utilizadas para que as pessoas se tornem mais independentes e autônomas....os estabelecimentos bancários devem ter caixa exclusivo para uso de deficientes, idosos e gestantes também no andar térreo, e, também, naqueles que têm atendimento apenas nos andares superiores? Que a obrigação é dispensada para pessoas com deficiência quando existirem elevadores...o módulo de referência representa a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas...os Centros de habilitação de condutores CHCs sediados no Município são obrigados a adaptar dois veículos para o aprendizado de pessoas com deficiência física... é assegurado o direito à prioridade de atendimento, em hospitais e postos de saúde, às pessoas com deficiência física idosas e gestantes, exceto emergências...desníveis superiores a 15mm devem ser considerados como degraus e que tapetes e capachos devem ser embutidos no piso, de maneira que eventual desnível resultante não exceda 5mm...o Desenho Universal deve ser aplicado em todo o meio urbano e social das cidades, desde às edificações e mobiliário urbano, aos meios de transporte e comunicação, visando atender a maior gama de variações possíveis das características antropométricas e sensoriais da população
10 LEGISLAÇÃO Lei nº / 05 Cria a Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social SEACIS. Lei nº 9.380/ 04 Obriga instalação de caixas para deficientes no andar térreo dos bancos. Lei nº 8.548/ 00 Assegura o direito à prioridade de atendimento em hospitais e postos de saúde. Lei nº 8.573/ 00 Institui o Guia Municipal de Direitos e Serviços para a Pessoa com Deficiência. Lei nº 8.632/ 00 Obriga a apresentação de cardápios no sistema braile. Lei nº 8.286/ 99 Centros de Condutores. Veículos para aprendizado de pessoas com deficiência. Lei nº 8.317/ 99 Barreiras arquitetônicas. Edificações e logradouros de uso público. Lei nº 8.082/ 97 Sanitários em estabelecimento comercial com área superior a 100m². Decreto nº 5.296/ 04 Regulamenta as leis / 00 e / 00 e estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência. PORTO ALEGRE ACESSÍVEL PARA TODOS Conquista consciente, com responsabilidade NORMAS BRASILEIRAS NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição NBR Edição Transporte aquaviário. Transporte rodoviário Comunicação na Televisão. Caixa de Auto-Atendimento Bancário. Transporte coletivo urbano de passageiros. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos. Veículos Automotores - Requisitos de Dirigibilidade. Veículos Automotores (Parte 2: Avaliação clínica do condutor). Veículos Automotores (Avaliação da dirigibilidade do condutor). Saídas de emergência em edifícios - Procedimento. Elevadores de Passageiros para pessoa com deficiência. Sistema de iluminação de emergência. Acessibilidade no transporte aéreo comercial. Acessibilidade à pessoa com deficiência em ônibus e trolebus Acessibilidade no Trem Metropolitano. Acessibilidade à pessoa com deficiência no trem de longo percurso. Tintas Determinação da aderência Método de ensaio. Revestimentos eletrolíticos de metais e plásticos sanitários Equipamento Urbano - Classificação. Prefeitura Municipal de Porto Alegre Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social SEACIS Área de Acessibilidade / Coordenação Executiva Assessoria de Comunicação Social 2007
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