PRÁTICAS DA PSICOLOGIA EM SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS NO CREAS
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- Luiz Felipe Castelo Aldeia
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1 PRÁTICAS DA PSICOLOGIA EM SITUAÇÕES DE VIOLAÇÃO DE DIREITOS NO CREAS Marcelo Gomes Pereira Júnior Mestrando em Psicologia pela Puc-Minas Psicólogo do CREAS de Nova Lima Psicólogo Clínico 23/04/13
2 Objetivos da apresentação De forma clara, objetiva e útil, através de conceitos, exemplos e diagramas: Apresentar brevemente o SUAS e o CREAS Discutir estratégias de intervenção Problematizar o campo em seus impasses e desafios Apontar possibilidades Práticas políticas X técnicas
3 Sistema Único de Assistência Social 99,5% dos municípios já aderiram ao sistema 7,6 mil Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), 2,1 mil Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) (até 2011) Ritmo de crescimento: primeiros seis meses de 2011 foram implantados CRAS e 927 CREAS.
4 Sistema Único de Assistência Social 220 mil profissionais da Psicologia Cerca de psicólogos atualmente O maior campo em expansão para psicólogos: investimento governamental, linhas de créditos, demanda reprimida da população, demanda por concursos públicos, obrigatoriedade de composição nas equipes ( SUS)
5 Conceitos fundamentais Objetivos: Proteção Social; Vigilância Socioassistencial; Defesa Social e Institucional. Conceitos fundamentais: proteção social, risco, vulnerabilidade, empoderamento. Proteção Social: formas institucionalizadas que as sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto de seus membros de situações de riscos e minimizar vulnerabilidades.
6 Conceitos fundamentais Riscos: situações que potencialmente podem afetar o bem estar e a saúde de indivíduos, famílias, grupos e comunidades. Podem ser: naturais (como terremotos e demais cataclismas), de saúde (doenças, acidentes, epidemias, deficiências), ligados ao ciclo de vida (nascimento, maternidade, velhice, morte, ruptura familiar), sociais (crime, violência doméstica, terrorismo, gangues, exclusão social), econômicos (choques de mercado, riscos financeiros), ambientais (poluição, desmatamento, desastre nuclear), políticos (discriminação, golpes de estado, revoltas). (CARNEIRO, 2005) Riscos são universais. Ex Japão
7 Conceitos fundamentais Vulnerabilidade: alta exposição ao risco e baixa capacidade de resposta, material e/ou simbólica, que indivíduos, famílias, grupos e comunidades conseguem fornecer para fazer frente à materialização do risco. (CARNEIRO, 2005) Empoderamento: ampliação de recursos e materialização de potencialidades, aumento da capacidade de resposta aos riscos, em indivíduos, famílias e comunidades
8 Proteção Social Mapeamento e redução de riscos: políticas públicas
9 Centro de Referência Especializado de Assistência Social CREAS Equipamento de Média Complexidade do SUAS Objetivo: acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados (violência física, psicológica e sexual, exploração sexual, trabalho infantil, negligência e abandono, situação de rua, prática de ato infracional), e os vínculos familiares não estão rompidos.
10 Estratégias de Proteção Social no Objetivos: SUAS Foco na família Protagonismo Promoção da autonomia Fortalecimento de vínculos Acesso a direitos e à rede de proteção Cidadania Trabalho em rede Intervenção Psicossocial Atendimento multiprofissonal Interdisciplinaridade
11 Atuação do Psicólogo no SUAS Objetivos: Pouca produção acadêmica Pesquisas sobre a atuação no CRAS e CREAS Cartilhas e orientações técnicas Questionamento do papel do psicólogo e crise de identidade Ideia de clínica ampliada ou social, intervenção psicossocial Mas, afinal, qual é nosso papel na sociedade? Falta de projeto e dispersão interna O papel tradicional do psicólogo
12 Atuação do Psicólogo no SUAS Objetivos: SUAS: crítica ao modelo assistencialista e à vigilância familiar Psicologismo e culpabilização Subjetividade encapsulada X processos de subjetivação Porém, em qual lugar somos colocados? Rede e agenda oculta Convergência de pesquisas O lugar da demanda: demanda de tutela, demanda de culpabilização, demanda de vigilância, demanda de apuração, demanda de resolução mágica, demanda antiética Reação individual X reação coletiva ( corporativa)
13 Atuação do Psicólogo no SUAS Objetivos: Nosso histórico de despolitização Falta de formação em Políticas Públicas e SUAS Meu histórico de despolitização Nossa contribuição possível A demanda das famílias e sua construção pelo vínculo Escuta X moralismo Abertura para o diálogo: riscos A prioridade do meu saber no diálogo Preconceitos: como escapar? Abertura para a alteridade Para que serve meu trabalho?
14 Atuação do Psicólogo no SUAS Objetivos: a política, ela nunca vai se consolidar sem o trabalhador, porque o trabalhador que tá na ponta, concorda? Só que a política não valoriza esse trabalhador, boicota muitas vezes o trabalhador, né? Então, às vezes eu penso isso assim, que essa política ainda tem muito que caminhar pra ela se consolidar, e talvez não vai ser mesmo sem o nosso empenho e o nosso gó gó aí, né, reclamando e tal. Porque a gente que vai consolidar isso, da melhor maneira. Definitivamente não são os políticos, não são os gerentes que tão lá pensando só os fluxos, é quem tá na ponta entendeu? Eu acho mesmo que quem vai consolidar é quem tá na ponta, quem vai fazer dessa política uma política bonita e boa é quem tá na ponta
15 Obrigado! Objetivos:
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