MURCHO, Desidério - Essencialismo naturalizado. Coimbra: Angelus Novus, Ltd., 2002, 100 p.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MURCHO, Desidério - Essencialismo naturalizado. Coimbra: Angelus Novus, Ltd., 2002, 100 p."

Transcrição

1 MURCHO, Desidério - Essencialismo naturalizado. Coimbra: Angelus Novus, Ltd., 2002, 100 p. I Desidério Murcho não é desconhecido no Brasil. Foi tema de comunicação apresentada no Congresso de Filosofia realizado em João Pessoa (Brasil), em Resumidamente, registre-se que obteve seu mestrado em Lisboa e prepara o doutoramento em Londres. Destaca-se como um dos Diretores da Sociedade Portuguesa de Filosofia e como fundador e diretor de Crítica, portal de maior abrangência, na área de Filosofia, ( em nossa língua. Note-se que também em 2002 publicou A natureza da filosofia e seu ensino. === Este comentário em torno do mais recente livro de Murcho se prenuncia longo, pois várias observações complementares se fazem quase obrigatórias. Começo com o termo naturalizado que surge no título. Até onde chegam meus conhecimentos, parece que Van Orman Quine cunhou o termo, no artigo Epstemology naturalized, publicado em 1971, cujo propósito era estudar epistemologia em linhas naturalistas. Nossos dicionários registram naturalizar como conceder (ou adquirir) cidadania a estrangeiro. A idéia seria conceder cidadania (em terras

2 42 HEGENBERG, Leonidas: Resenhas científicas) a certas idéias estrangeiras. Em 71, houve quem apoiasse Quine, elaborando planos de naturalização de toda a filosofia, e houve quem o criticasse, optando por um retorno à metafísica tradicional. Noto, ainda, nestas preliminares, que Aristóteles havia distinguido propriedades essenciais e acidentais. A distinção, combatida nos séculos XVII e XVIII, voltou a ser foco de atenção no final do século XX. Desidério apóia-se em trabalhos de A. Plantinga (1974), H. Putnam (1975) e S. Kripke (1980), para falar do essencialismo naturalizado. Completo estas observações iniciais, registrando que Murcho, em troca de mensagens, correio eletrônico (Setembro, 2003), declarou haver abandonado idéias quineanas para defender o essencialismo. A defesa, creio eu, se não chega a ser veemente, é pelo menos calorosa. II Passemos ao livro. Breve Introdução (duas páginas), três capítulos (cada qual deles com cerca de 20 páginas) e Conclusão (duas paginas). A Introdução sublinha que O essencialismo naturalizado defende a existência de verdades necessárias a posteriori. O cap. 1 (Noções modais) contém informes consentâneos com o título. O cap. 2 (Inteligibilidade do essencialismo) focaliza o anti-essencialismo. O cap. 3 (O empírico e o necessário) examina verdades empíricas necessárias. Após a Conclusão há um

3 HEGENBERG, Leonidas: Resenhas 43 Apêndice (10 páginas), com noções de Lógica Modal. As 60 notas de pé de página foram reunidas no final, ao lado de bibliografia (32 títulos) e de breve, mas útil índice remissivo (nomes e temas). Ponto relevante, no cap. 1, está em notar (p. 24) que Kripke mostrou existirem verdades necessárias que só conhecemos mediante inferências (nas quais uma ou mais premissas são cognoscíveis a posteriori). O capítulo 2 destina-se a apresentar e refutar argumentos contrários ao essencialismo. Nas p. 38 e 39, Murcho compara O mestre de Platão bebeu a cicuta e O filósofo que bebeu a cicuta foi mestre de Platão. Na primeira frase, Sócrates é essencialmente mestre e apenas acidentalmente bebedor de veneno. Na segunda frase, as coisas se invertem. Para afastar dúvidas (relativas ao confronto essência vs. acidente), Murcho nota que é indiscutível, no essencialismo, a existência de necessidades irreduzíveis à linguagem. O exemplo claro estaria em frases do tipo Sócrates era necessariamente um ser humano. Na mesma p. 39, Murcho lembra que João pensa que: x (x roubou a carteira) é pensamento de dicto, ou seja, o objeto do pensamento de João é uma proposição. Todavia, x [João pensa que (x roubou a carteira)] é pensamento de re, ou seja, relativo a coisas (a pessoas, ao mundo real). Isso posto, lembra que a distinção de dicto e de re também se manifesta com os operadores modais

4 44 HEGENBERG, Leonidas: Resenhas (, necessidade;, possibilidade). É muito diferente afirmar que se uma pessoa é boa, é necessariamente boa, e afirmar que necessariamente, se uma pessoa é boa, é boa. A diferença se põe clara com símbolos: De re: Vx(Bx Bx) De dicto: x (Bx Bx). Consideremos as seguintes frases necessárias: = 4 Se Pedro é humano, é humano Todos os objetos azuis são coloridos. Para Murcho, anti-essencialistas aceitam a necessidade porque (de dicto) são analíticas as proposições que as frases exprimem. O essencialismo, porém, defende existirem necessidades de re, irreduzíveis à linguagem. Exemplo: Sócrates era necessariamente um ser humano. Esta frase exprime uma necessidade apesar de não ser nem analítica nem reduzível a uma verdade analítica. Nas páginas seguintes, Murcho considera três conhecidas maneiras usadas por Quine para recusar a necessidade de re e ressaltar que a necessidade tem caráter apenas lingüístico. O cap. 3 focaliza o essencialismo naturalizado. O Autor apresenta-nos o princípio K (de Kripke) e o modus ponens K. O princípio (p. 57) assevera que Se uma dada proposição só for primitivamente conhecível por meio de um argumento sólido a posteriori, essa proposição

5 HEGENBERG, Leonidas: Resenhas 45 será unicamente conhecível a posteriori. Quanto ao modus ponens de Kripke (MPK), tem a forma: p p; p; logo p onde está no lugar de necessariamente. O objetivo de Murcho se põe claro na p. 66: estabelecer a existência de condicionais essencialistas é tudo que nos resta para estabelecer o próprio essencialismo. Condicionais essencialistas [por ex., Se a água é H2O, então é necessariamente H2O ] são condicionais do tipo p p. Apoiando-se em idéias de Kripke, relativas a mundos possíveis, designadores rígidos e intuições modais, Murcho conclui sua defesa do essencialismo dizendo inaceitável a inflação da possibilidade provocada pela idéia de que é possível tudo que seja logicamente possível. Segundo o Autor, nada se ganha ao afirmar o logicamente possível é metafisicamente possível. Na Conclusão, Murcho volta a combater a idéia de que o logicamente possível é possível. Lembra que há itens logicamente possíveis, mas metafisicamente impossíveis. E dá como incoerentes quaisquer teorias que neguem existência de necessidades metafísicas. III Para encerrar, breve nota a respeito de nosso idioma. O leitor observará que Desidério escreve uma frase de quatro linhas e meia (final da p. 18) em que o

6 46 HEGENBERG, Leonidas: Resenhas vocábulo ser aparece dez vezes. Isso atesta que é difícil, às vezes, usar nosso querido Português para abordar questões filosóficas fato que muito autores se habituaram a acentuar, afirmando que filosofia só se faz em Inglês (alguns diriam em Alemão ). Pois minhas palavras finais registram um elogio ao prof. Murcho pelo que tem feito (como também eu mesmo) em prol da boa difusão de temas filosóficos no rico idioma de Eça e de Machado de Assis. Res. Dez Leônidas Hegenberg

MURCHO, Desidério A natureza da filosofia e o seu ensino. Lisboa: Plátano, 2002, (Coleção Aula Prática), 102 p.

MURCHO, Desidério A natureza da filosofia e o seu ensino. Lisboa: Plátano, 2002, (Coleção Aula Prática), 102 p. MURCHO, Desidério A natureza da filosofia e o seu ensino. Lisboa: Plátano, 2002, (Coleção Aula Prática), 102 p. O autor. Licenciou-se em filosofia pela Universidade de Lisboa. É um dos diretores da Sociedade

Leia mais

Nota sobre os Argumentos Modais. por João Branquinho

Nota sobre os Argumentos Modais. por João Branquinho Nota sobre os Argumentos Modais por João Branquinho Discutimos aqui diversos tipos de réplica aos chamados argumentos modais habitualmente aduzidos contra as teorias descritivistas do sentido e da referência

Leia mais

ALMEIDA, Aires (org.) Dicionário escolar de filosofia. Lisboa: Plátano Editora, 2003, 148 p.

ALMEIDA, Aires (org.) Dicionário escolar de filosofia. Lisboa: Plátano Editora, 2003, 148 p. ALMEIDA, Aires (org.) Dicionário escolar de filosofia. Lisboa: Plátano Editora, 2003, 148 p. Preliminarmente -- registrando que cada página do texto foi separada em duas colunas -- focalizo meia dúzia

Leia mais

SÃO SÓLIDOS OS ARGUMENTOS DE QUINE CONTRA A MODALIDADE DE RE? 1

SÃO SÓLIDOS OS ARGUMENTOS DE QUINE CONTRA A MODALIDADE DE RE? 1 SÃO SÓLIDOS OS ARGUMENTOS DE QUINE CONTRA A MODALIDADE DE RE? 1 ARE SOUND THE QUINE S ARGUMENTS AGAINST THE MODALITY DE RE? Domingos Faria 2 RESUMO: Quine é cético acerca da modalidade que as coisas têm

Leia mais

RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA DA FILOSOFIA E A DIMENSÃO DISCURSIVA DO TRABALHO FILOSÓFICO

RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA DA FILOSOFIA E A DIMENSÃO DISCURSIVA DO TRABALHO FILOSÓFICO RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA DA FILOSOFIA E A DIMENSÃO DISCURSIVA DO TRABALHO FILOSÓFICO Exercícios I. Documento elaborado no âmbito da definição das Aprendizagens Essenciais Aires Almeida, Luizete Dias

Leia mais

Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I

Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I 1.1 1.2 1.3 Conhecimento filosófico, religioso, científico e senso comum. Filosofia e lógica. Milagre Grego.

Leia mais

Afirmação verdadeira: frase, falada ou escrita, que declara um facto que é aceite no momento em que é ouvido ou lido.

Afirmação verdadeira: frase, falada ou escrita, que declara um facto que é aceite no momento em que é ouvido ou lido. Matemática Discreta ESTiG\IPB 2011.12 Cap1 Lógica pg 1 I- Lógica Informal Afirmação verdadeira: frase, falada ou escrita, que declara um facto que é aceite no momento em que é ouvido ou lido. Afirmação

Leia mais

A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 RESUMO

A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 RESUMO A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 SILVA, Kariane Marques da 1 Trabalho de Pesquisa FIPE-UFSM Curso de Bacharelado Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil E-mail:

Leia mais

A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO. Resumo

A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO. Resumo A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO Autor: Stanley Kreiter Bezerra Medeiros Departamento de Filosofia UFRN Resumo Em 1962, Jaako Hintikka publicou Knowledge and Belief:

Leia mais

Lógica informal. Desidério Murcho King's College London

Lógica informal. Desidério Murcho King's College London Lógica informal Desidério Murcho King's College London A lógica informal é o estudo dos aspectos lógicos da argumentação que não dependem exclusivamente da forma lógica, contrastando assim com a lógica

Leia mais

Resumo de Filosofia. Preposição frase declarativa com um certo valor de verdade

Resumo de Filosofia. Preposição frase declarativa com um certo valor de verdade Resumo de Filosofia Capítulo I Argumentação e Lógica Formal Validade e Verdade O que é um argumento? Um argumento é um conjunto de proposições em que se pretende justificar ou defender uma delas, a conclusão,

Leia mais

The necessary and the possible de Michael Loux

The necessary and the possible de Michael Loux Filosofia Unisinos 12(3):280-286, sep/dec 2011 2011 by Unisinos doi: 10.4013/fsu.2011.123.07 Resenha LOUX, M. 2006. The necessary and the possible. In: M. LOUX, Metaphysics: A contemporary introduction.

Leia mais

Exemplos de frases e expressões que não são proposições:

Exemplos de frases e expressões que não são proposições: Matemática Discreta ESTiG\IPB Lógica: Argumentos pg 1 Lógica: ramo da Filosofia que nos permite distinguir bons de maus argumentos, com o objectivo de produzirmos conclusões verdadeiras a partir de crenças

Leia mais

Lógica Proposicional. 1- O que é o Modus Ponens?

Lógica Proposicional. 1- O que é o Modus Ponens? 1- O que é o Modus Ponens? Lógica Proposicional R: é uma forma de inferência válida a partir de duas premissas, na qual se se afirma o antecedente do condicional da 1ª premissa, pode-se concluir o seu

Leia mais

INTRODUÇÃO A LÓGICA. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em:

INTRODUÇÃO A LÓGICA. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: INTRODUÇÃO A LÓGICA Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: http://www.oxnar.com.br/aulas 1 CIENCIA E LÓGICA RACIOCINIO LÓGICO NOTAÇÃO POSICIONAL PRINCIPIOS DA LÓGICA CONECTIVOS LÓGICOS REGRAS DE

Leia mais

Acção de formação. Lógica e Filosofia nos Programas de 10.º e 11.º Anos. Formador. Desidério Murcho ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA

Acção de formação. Lógica e Filosofia nos Programas de 10.º e 11.º Anos. Formador. Desidério Murcho ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA CENTRO DE FORMAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ESCOLAS BRAGA/SUL Acção de formação Lógica e Filosofia nos Programas de 10.º e 11.º Anos Formador Desidério Murcho ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA António Aníbal Padrão Braga,

Leia mais

PRESSUPOSIÇÕES METAFÍSICAS EM SEMÂNTICA MODAL

PRESSUPOSIÇÕES METAFÍSICAS EM SEMÂNTICA MODAL PRESSUPOSIÇÕES METAFÍSICAS EM SEMÂNTICA MODAL METAPHYSICAL PRESUPPOSITIONS IN MODAL SEMANTICS Diego Henrique Figueira de Melo 1 Resumo: Neste artigo avalio as posições metafísicas implicadas pela semântica

Leia mais

A linguagem dos mundos possíveis

A linguagem dos mundos possíveis A linguagem dos mundos possíveis Gabriel Arthur Lage Primo 1 Resumo: Neste artigo será apresentada, de forma clara e didática, a descrição da noção contemporânea da linguagem dos mundos possíveis. O objetivo

Leia mais

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt TEODORICO DE FREIBERG TRATADO SOBRE A ORIGEM DAS COISAS CATEGORIAIS LUÍS M. AUGUSTO * Introdução 1 3. Introdução Analítica às Diferentes Partes do Tratado 3.6. Capítulo 5 Após as longas digressões metafísicas

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA EDITAL PARA EXAME DE SELEÇÃO DE DOUTORADO 2013/1 O Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, no uso de suas atribuições, FAZ SABER que, de acordo com o Regimento do Programa e por determinação

Leia mais

Introdução à Computação: Álgebra Booleana

Introdução à Computação: Álgebra Booleana Introdução à Computação: Álgebra Booleana Beatriz F. M. Souza (bfmartins@inf.ufes.br) http://inf.ufes.br/~bfmartins/ Computer Science Department Federal University of Espírito Santo (Ufes), Vitória, ES

Leia mais

Construindo uma tese científica: pesquisa e argumentação

Construindo uma tese científica: pesquisa e argumentação 1 1. Artigo Tema: Ensino de argumentação filosófica Construindo uma tese científica: pesquisa e argumentação Gabriel Goldmeier Conhecimento: crença verdadeira corretamente justificada A Teoria do Conhecimento

Leia mais

PENSAMENTO CRÍTICO. Aulas 7 e 8. Profa. Dra. Patrícia Del Nero Velasco Universidade Federal do ABC

PENSAMENTO CRÍTICO. Aulas 7 e 8. Profa. Dra. Patrícia Del Nero Velasco Universidade Federal do ABC PENSAMENTO CRÍTICO Aulas 7 e 8 Profa. Dra. Patrícia Del Nero Velasco Universidade Federal do ABC 2016-2 Avaliação lógica de argumentos: há, entre as premissas e a conclusão, uma conexão apropriada? As

Leia mais

O que é o conhecimento?

O que é o conhecimento? Disciplina: Filosofia Ano: 11º Ano letivo: 2012/2013 O que é o conhecimento? Texto de Apoio 1. Tipos de Conhecimento No quotidiano falamos de conhecimento, de crenças que estão fortemente apoiadas por

Leia mais

Modus ponens, modus tollens, e respectivas falácias formais

Modus ponens, modus tollens, e respectivas falácias formais Modus ponens, modus tollens, e respectivas falácias formais Jerzy A. Brzozowski 28 de abril de 2011 O objetivo deste texto é apresentar duas formas válidas de argumentos o modus ponens e o modus tollens

Leia mais

Unidade 04. Prof.ª Fernanda Mendizabal Instituto de Educação Superior de Brasília

Unidade 04. Prof.ª Fernanda Mendizabal Instituto de Educação Superior de Brasília Unidade 04 Prof.ª Fernanda Mendizabal Instituto de Educação Superior de Brasília Apresentar o período moderno da filosofia que contribuiu como base pré-científica para o desenvolvimento da Psicologia.

Leia mais

ÍNDICE. Bibliografia CRES-FIL11 Ideias de Ler

ÍNDICE. Bibliografia CRES-FIL11 Ideias de Ler ÍNDICE 1. Introdução... 5 2. Competências essenciais do aluno... 6 3. Como ler um texto... 7 4. Como ler uma pergunta... 8 5. Como fazer um trabalho... 9 6. Conteúdos/Temas 11.º Ano... 11 III Racionalidade

Leia mais

FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS

FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO - 36 Esperava-se que o estudante estabelecesse a distinção entre verdade e validade e descrevesse suas respectivas aplicações. Item

Leia mais

Iniciação a Lógica Matemática

Iniciação a Lógica Matemática Iniciação a Lógica Matemática Faculdade Pitágoras Prof. Edwar Saliba Júnior Julho de 2012 1 O Nascimento da Lógica É lógico que eu vou!, Lógico que ela disse isso! são expressões que indicam alguma coisa

Leia mais

RESENHA. LOWE, E. J. A Survey of Metaphysics. Oxford: Oxford University Press, 2002, 416 pp.

RESENHA. LOWE, E. J. A Survey of Metaphysics. Oxford: Oxford University Press, 2002, 416 pp. RESENHA LOWE, E. J. A Survey of Metaphysics. Oxford: Oxford University Press, 2002, 416 pp. Pedro Merlussi 1 Eis aqui mais ou menos o que a academia brasileira parece pensar acerca da metafísica nos dias

Leia mais

Lógica e argumentação

Lógica e argumentação criticanarede.com ISSN 1749 8457 24 de Junho de 2009 Lógica e argumentação Lógica e argumentação Desidério Murcho King's College London "Uma das razões mais importantes para estudar filosofia é aprender

Leia mais

Material Extra Aula 6 Raciocínio Lógico Prof. Edgar Abreu

Material Extra Aula 6 Raciocínio Lógico Prof. Edgar Abreu Auditor Fiscal Material Extra Aula 6 Raciocínio Lógico Prof. Edgar Abreu Raciocínio Lógico SILOGISMO Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma conclusão distinta

Leia mais

FILOSOFIA. Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo

FILOSOFIA. Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo FILOSOFIA Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo Finalidade da vida política para Platão: Os seres humanos e a pólis têm a mesma estrutura: alma concupiscente ou desejante; alma irascível ou colérica;

Leia mais

Competências argumentativas indicadas nas AE de Filosofia (em articulação com o Perfil do Aluno)

Competências argumentativas indicadas nas AE de Filosofia (em articulação com o Perfil do Aluno) Competências argumentativas indicadas nas AE de Filosofia (em articulação com o Perfil do Aluno) Identificar, formular e avaliar argumentos filosóficos, aplicando instrumentos operatórios da lógica formal

Leia mais

Raciocínio lógico matemático

Raciocínio lógico matemático Raciocínio lógico matemático Unidade 3: Dedução Seção 3.3 - Contrapositiva 1 Lembrando Modus pones p q, p q Se Pedro guarda dinheiro, então ele não fica negativado. Pedro guardou dinheiro. Dessa forma

Leia mais

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV.

A REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. A REVOLUÇÃO CARTESIANA Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. Descartes (1596-1650) foi educado por jesuítas. Ele iniciou a filosofia moderna com um

Leia mais

Lógica proposicional

Lógica proposicional Lógica proposicional Sintaxe Proposição: afirmação que pode ser verdadeira ou falsa Proposições podem ser expressas como fórmulas Fórmulas são construídas a partir de símbolos: De verdade: true (verdadeiro),

Leia mais

Unidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes

Unidade 2: História da Filosofia. Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes Unidade 2: História da Filosofia Filosofia Serviço Social Igor Assaf Mendes Períodos Históricos da Filosofia Filosofia Grega ou Antiga (Séc. VI a.c. ao VI d.c.) Filosofia Patrística (Séc. I ao VII) Filosofia

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LÓGICA E METAFÍSICA Iago Bozza Francisco Será o paradoxo da conhecibilidade

Leia mais

A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS

A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS A METAFÍSICA E A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS O que é a metafísica? É a investigação das causas primeiras de todas as coisas existentes e estuda o ser enquanto ser. É a ciência que serve de fundamento para

Leia mais

Sobre este trecho do livro VII de A República, de Platão, é correto afirmar.

Sobre este trecho do livro VII de A República, de Platão, é correto afirmar. O que é o mito da caverna? O que levou Platão a se decepcionar com a política? 3) Mas quem fosse inteligente (...) lembrar-se-ia de que as perturbações visuais são duplas, e por dupla causa, da passagem

Leia mais

A Importância da Lógica para o Ensino da Matemática

A Importância da Lógica para o Ensino da Matemática Universidade do Estado do Rio Grande do Norte FANAT - Departamento de Informática Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi Curso de Sistemas de Informação A Importância da Lógica para o Ensino

Leia mais

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof. Vilson Heck Junior

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof. Vilson Heck Junior Lógica Formal Matemática Discreta Prof. Vilson Heck Junior vilson.junior@ifsc.edu.br Objetivos Utilizar símbolos da lógica proposicional; Encontrar o valor lógico de uma expressão em lógica proposicional;

Leia mais

FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES

FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES FORMULÁRIO PARA EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS / COMPONENTES 1 FIL001 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 8 h FIL063 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 68 h O que é Filosofia; problemas gerais: conhecimento, ciência, política, moral, estética, antropologia filosófica, lógica, correntes

Leia mais

Identidade Estrita. Princípios constitutivos

Identidade Estrita. Princípios constitutivos Identidade Estrita Princípios constitutivos O conceito de é um conceito tão básico que não é susceptível de ser definido Podemos caracterizar o conceito dizendo que a é aquela relação que cada objecto

Leia mais

NOTA EPISTEMOLOGIA DA MODALIDADE EM DAVID HUME

NOTA EPISTEMOLOGIA DA MODALIDADE EM DAVID HUME NOTA EPISTEMOLOGIA DA MODALIDADE EM DAVID HUME DESIDÉRIO MURCHO O estudo das modalidades aléticas, introduzido por Aristóteles e cultivado na Idade Média, foi praticamente esquecido na Idade Moderna. O

Leia mais

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo!

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercícios de raciocínio lógico-dedutivo a favor de Deus. Primeiramente devemos entender o conceito da dedução lógica, para então, realizarmos o seu exercício.

Leia mais

KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA. Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense

KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA. Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense KANT: A DISTINÇÃO ENTRE METAFÍSICA E CIÊNCIA Marcos Vinicio Guimarães Giusti Instituto Federal Fluminense marcos_giusti@uol.com.br Resumo: A crítica kantiana à metafísica, diferentemente do que exprimem

Leia mais

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM ARTIGO CIENTÍFICO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE UM ARTIGO CIENTÍFICO PRODUZIR ARTIGOS CIENTÍFICOS Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que

Leia mais

Documentos acadêmicos Bases de dados Levantamento bibliográfico

Documentos acadêmicos Bases de dados Levantamento bibliográfico Resumo Documentos acadêmicos Bases de dados Levantamento bibliográfico Lembre-se do público leitor!!! Outros pesquisadores da área vão ler o resumo? Meu resumo deve ser acessível a quais leitores? O que

Leia mais

José António Pereira Julho de 2004

José António Pereira Julho de 2004 CENTRO DE FORMAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ESCOLAS BRAGA/SUL Acção de formação Lógica e Filosofia nos Programas de 10.º e 11.º Anos Formador Desidério Murcho José António Pereira Julho de 2004 1 A LÓGICA FORMAL

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 2

Lógica Proposicional Parte 2 Lógica Proposicional Parte 2 Como vimos na aula passada, podemos usar os operadores lógicos para combinar afirmações criando, assim, novas afirmações. Com o que vimos, já podemos combinar afirmações conhecidas

Leia mais

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad

fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidad fragmentos dos diálogos categorias e obras da exortativas interpretação aristóteles introdução, tradução e notas ricardo santos tradução ( universidade e textos introdutórios de lisboa) antónio de castro

Leia mais

filosofia, 2, NORMORE, C. Some Aspects of Ockham s Logic, p. 34.

filosofia, 2, NORMORE, C. Some Aspects of Ockham s Logic, p. 34. Introdução Na Idade Média, a lógica foi concebida como a ciência da razão (scientia rationalis) ou como a ciência do discurso (scientia sermocinalis). Em geral, a primeira concepção distingue-se por identificar

Leia mais

Lógica: Quadrado lógico:

Lógica: Quadrado lógico: Lógica: 1. Silogismo aristotélico: Podemos encara um conceito de dois pontos de vista: Extensão a extensão é um conjunto de objectos que o conceito considerado pode designar ou aos quais ele se pode aplicar

Leia mais

Departamento de Engenharia Informática da Universidade de Coimbra

Departamento de Engenharia Informática da Universidade de Coimbra Departamento de Engenharia Informática da Universidade de Coimbra Estruturas Discretas 2013/14 Folha 1 - TP Lógica proposicional 1. Quais das seguintes frases são proposições? (a) Isto é verdade? (b) João

Leia mais

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos.

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho Prova Escrita de Filosofia 11.º Ano de Escolaridade Prova 714/1.ª Fase 8 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30

Leia mais

Apresentação Plano de ensino Curso Conceitos básicos de lógica Introdução aos algoritmos - resolução de problemas Conceitos de programação Conceitos

Apresentação Plano de ensino Curso Conceitos básicos de lógica Introdução aos algoritmos - resolução de problemas Conceitos de programação Conceitos Apresentação Plano de ensino Curso Conceitos básicos de lógica Introdução aos algoritmos - resolução de problemas Conceitos de programação Conceitos e Construção de algoritmos: estruturas de controle Introdução

Leia mais

CRITCHLEY, SIMON Continental philosophy. Oxford: University Press, 2001, 149. (vol. 39 da coleção Very shrort introductions).

CRITCHLEY, SIMON Continental philosophy. Oxford: University Press, 2001, 149. (vol. 39 da coleção Very shrort introductions). CRITCHLEY, SIMON Continental philosophy. Oxford: University Press, 2001, 149. (vol. 39 da coleção Very shrort introductions). Há muitos anos tem estado em tela o abismo que separa filósofos da Inglaterra

Leia mais

Preliminares, cap. 3 de Introdução à Lógica (Mortari 2001) Luiz Arthur Pagani

Preliminares, cap. 3 de Introdução à Lógica (Mortari 2001) Luiz Arthur Pagani Preliminares, cap. 3 de Introdução à Lógica (Mortari 2001) Luiz Arthur Pagani 1 1 Linguagens linguagem: sistema de símbolos que serve como meio de comunicação (p. 31) articial natural: isso não se restringe

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INTRODUÇÃO À FILOSOFIA 1º Semestre de 2018 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos do curso de Filosofia Código: FLF0113 Sem pré-requisito Prof. Dr. João Vergílio Gallerani Cuter Prof. Dr. Moacyr Novaes

Leia mais

EMENTÁRIO DO CURSO DE FILOSOFIA FAM

EMENTÁRIO DO CURSO DE FILOSOFIA FAM 1 FACULDADE ARQUIDIOCESANA DE MARIANA Rodovia dos Inconfidentes, km 108-35420-000 Mariana MG - Fone: 31 3558 1439 / 3557 1220 Credenciada pelo MEC pela Portaria nº 2.486, de 12 de setembro de 2003 EMENTÁRIO

Leia mais

INDUÇÃO ULTRAFORTE: EPISTEMOLOGIA DO SUBJETIVO

INDUÇÃO ULTRAFORTE: EPISTEMOLOGIA DO SUBJETIVO INDUÇÃO ULTRAFORTE: EPISTEMOLOGIA DO SUBJETIVO Felipe Sobreira Abrahão Doutorando, HCTE UFRJ E-mail: felipesabrahao@gmail.com 1. INTRODUÇÃO A problemática do raciocínio indutivo é abordada pelos pensadores

Leia mais

Indiscernibilidade de Idênticos. Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de idênticos

Indiscernibilidade de Idênticos. Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de idênticos Indiscernibilidade de Idênticos Atitudes Proposicionais e indiscernibilidade de Consideremos agora o caso das atitudes proposicionais, das construções epistémicas e psicológicas, e perguntemo-nos se é

Leia mais

Atividade externa Resenha. MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, p.

Atividade externa Resenha. MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, p. 1 Universidade de São Paulo ECA Depto. de Biblioteconomia e Documentação Disciplina: CBD0100 - Orientação à Pesquisa Bibliográfica Matutino Responsável: Profa. Dra. Brasilina Passarelli Aluna: Rita de

Leia mais

Vimos que a todo o argumento corresponde uma estrutura. Por exemplo ao argumento. Se a Lua é cúbica, então os humanos voam.

Vimos que a todo o argumento corresponde uma estrutura. Por exemplo ao argumento. Se a Lua é cúbica, então os humanos voam. Matemática Discreta ESTiG\IPB 2012/13 Cap1 Lógica pg 10 Lógica formal (continuação) Vamos a partir de agora falar de lógica formal, em particular da Lógica Proposicional e da Lógica de Predicados. Todos

Leia mais

PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS

PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS Prof. Dr. Alexandre Mantovani mantovani@eerp.usp.br EPISTEMOLOGIA Epistemologia: ramo da filosofia que se dedica ao estudo do conhecimento. Mais

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Lógica Computacional Modus Ponens e Raciocínio Hipotético Introdução e eliminação da Implicação e da Equivalência Completude e Coerência do Sistema de Dedução Natural 24 Outubro 2016 Lógica Computacional

Leia mais

Lógica e prova de resolução Marco Henrique Terra

Lógica e prova de resolução Marco Henrique Terra Lógica e prova de resolução Marco Henrique Terra Introdução à Inteligência Artificial Introdução n Este capítulo trata de lógica. l Inicialmente discute-se se a notação empregada em lógica. l Depois mostra-se

Leia mais

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019 Material Teórico - Módulo de INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA Expandindo o Vocabulário Tópicos Adicionais Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto 12 de junho de 2019

Leia mais

A sintaxe do cálculo de predicados (II), cap. 7 de Introdução à Lógica (Mortari 2001) Luiz Arthur Pagani

A sintaxe do cálculo de predicados (II), cap. 7 de Introdução à Lógica (Mortari 2001) Luiz Arthur Pagani A sintaxe do cálculo de predicados (II), cap. 7 de Introdução à Lógica (Mortari 2001) Luiz Arthur Pagani 1 1 Linguagens de primeira ordem (Onde se usa linguagem, vou preferir língua; porque o primeiro

Leia mais

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1 Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Hermenêutica jurídica Maria Luiza Quaresma Tonelli* Hermenêutica é um vocábulo derivado do grego hermeneuein, comumente tida como filosofia da interpretação. Muitos autores associam

Leia mais

FILOSOFIA. DISCIPLINA: História da Filosofia Antiga

FILOSOFIA. DISCIPLINA: História da Filosofia Antiga EMENTA FILOSOFIA DISCIPLINA: Iniciação filosófica EMENTA: Este curso pretende iniciar o aluno nos principais temas da filosofia, a partir da reflexão de seu núcleo histórico-sistemático, considerando seus

Leia mais

Nascido em Estagira - Macedônia ( a.c.). Principal representante do período sistemático.

Nascido em Estagira - Macedônia ( a.c.). Principal representante do período sistemático. Aristóteles Nascido em Estagira - Macedônia (384-322 a.c.). Principal representante do período sistemático. Filho de Nicômaco, médico, herdou o interesse pelas ciências naturais Ingressa na Academia de

Leia mais

TERIA O METRO-PADRÃO UM METRO?

TERIA O METRO-PADRÃO UM METRO? ISSN 1808-1711 doi: 10.5007/1808-1711.2015v19n3p465 TERIA O METRO-PADRÃO UM METRO? KHERIAN GRACHER Abstract. Saul Kripke (1972) argued for the existence of a priori propositions that are contingently true.

Leia mais

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2).

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova (Versão 1 ou Versão 2). EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 9/202, de de julho Prova Escrita de Filosofia.º Ano de Escolaridade Prova 74/2.ª Fase 8 Páginas Duração da Prova: 20 minutos. Tolerância: 0 minutos.

Leia mais

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Filosofia - 11º A

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Filosofia - 11º A Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias 2011-2012 Filosofia - 11º A Silogismo 12/10/11 Silogismo categórico Premissa maior Todo o gato é mamífero Premissa menor Os siameses são gatos Conclusão

Leia mais

Estrutura da Prova. Classificação Final

Estrutura da Prova. Classificação Final Estrutura da Prova 1. A Prova (P) é constituída por duas componentes: a) Cultura Geral e Expressão Escrita (CG) - esta parte (escrita) da prova é comum a todos os candidatos e vale 30% da classificação

Leia mais

A teoria do conhecimento

A teoria do conhecimento conhecimento 1 A filosofia se divide em três grandes campos de investigação. A teoria da ciência, a teoria dos valores e a concepção de universo. Esta última é na verdade a metafísica; a teoria dos valores

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 FILOSOFIA 11º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 FILOSOFIA 11º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 FILOSOFIA 11º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa da Disciplina ENSINO SECUNDÁRIO TEMAS/DOMÍNIOS CONTEÚDOS OBJETIVOS

Leia mais

Exercícios de lógica -sensibilização

Exercícios de lógica -sensibilização Exercícios de lógica -sensibilização 1. Lógica matemática: Qual a lógica da seqüência dos números e quem é x? 2,4,4,6,5,4,4,4,4,x? 2. Charadas: lógica filosófica. Um homem olhava uma foto, e alguém lhe

Leia mais

Lógica Proposicional. Respostas dos exercícios

Lógica Proposicional. Respostas dos exercícios Lógica Proposicional Respostas dos exercícios Exercício 5 Use a tabela-verdade para verificar a validade dos argumentos a seguir Se o time joga bem, então ganha o campeonato. Se o time não joga bem, então

Leia mais

OPERADORES MODAIS (NA INTERFACE LÓGICA E LINGUAGEM NATURAL)

OPERADORES MODAIS (NA INTERFACE LÓGICA E LINGUAGEM NATURAL) OPERDORES MODIS (N INTERFCE LÓGIC E LINGUGEM NTURL) Jorge Campos & na Ibaños Resumo: É muito comum que se fale em lógica em seu sentido trivial e no uso cotidiano da nossa linguagem. Mas, como se supõe

Leia mais

LÓGICA I. André Pontes

LÓGICA I. André Pontes LÓGICA I André Pontes 1. Conceitos fundamentais O que é a Lógica? A LÓGICA ENQUANTO DISCIPLINA Estudo das leis de preservação da verdade. [Frege; O Pensamento] Estudo das formas válidas de argumentos.

Leia mais

TEORIA DA LINGUAGEM O REALISMO - NORMAN GEISLER. vivendopelapalavra.com. Revisão e diagramação por: Helio Clemente

TEORIA DA LINGUAGEM O REALISMO - NORMAN GEISLER. vivendopelapalavra.com. Revisão e diagramação por: Helio Clemente TEORIA DA LINGUAGEM O REALISMO - NORMAN GEISLER vivendopelapalavra.com Revisão e diagramação por: Helio Clemente REALISMO: UMA ALTERNATIVA AO ESSENCIALISMO E AO CONVENCIONALISMO A visão convencionalista

Leia mais

Sumário 1 Lógica clássica 2 Lógicas do tempo 3 Lógicas polivalentes

Sumário 1 Lógica clássica 2 Lógicas do tempo 3 Lógicas polivalentes Lógica III Cezar Mortari Departamento de Filosofia UFSC 2011 Sumário 1 Lógica clássica 5 1.1 O que é uma lógica?............................ 5 1.2 Lógica clássica................................ 9 1.3

Leia mais

*** Isso posto, passemos ao livro em epígrafe. A professora Constança César, da Pontifícia

*** Isso posto, passemos ao livro em epígrafe. A professora Constança César, da Pontifícia CESAR, Constança Marcondes (organizadora) A hermenêutica francesa Paul Ricoeur. Porto Alegre: EDIPUCRS (Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), 2002, 152 p. Os leitores não ignoram

Leia mais

Informação PROVA de exame a nível de escola Filosofia 2019 Prova 225 Prova escrita 11º ano de escolaridade

Informação PROVA de exame a nível de escola Filosofia 2019 Prova 225 Prova escrita 11º ano de escolaridade Informação PROVA de exame a nível de escola Filosofia 2019 Prova 225 Prova escrita 11º ano de escolaridade (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho) O presente documento divulga informação relativa à prova

Leia mais

Fundamentos de Lógica Matemática

Fundamentos de Lógica Matemática Webconferência 6-29/03/2012 Introdução à Lógica de Predicados Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Introdução

Leia mais

DUTRA, Luiz Henrique de A. Epistemologia da Aprendizagem. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2000, 136pp. (Coleção o que você precisa aprender sobre...

DUTRA, Luiz Henrique de A. Epistemologia da Aprendizagem. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2000, 136pp. (Coleção o que você precisa aprender sobre... Resenhas 323 DUTRA, Luiz Henrique de A. Epistemologia da Aprendizagem. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2000, 136pp. (Coleção o que você precisa aprender sobre... ) Como reconhece o próprio autor, o livro

Leia mais

CURRÍCULO DO CURSO. Mínimo: 6 semestres. Profª Drª Claudia Pellegrini Drucker

CURRÍCULO DO CURSO. Mínimo: 6 semestres. Profª Drª Claudia Pellegrini Drucker Documentação: Objetivo: Titulação: Diplomado em: Curso reconhecido pelo Decreto Federal 46266, de 26/06/1959, publicado no Diário Oficial da União de 10/07/1959 Parecer Criacao n. 721 de 14.09.78 do Conselho

Leia mais

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta.

Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de março Prova Escrita de Filosofia 11.º Ano de Escolaridade Prova 714/1.ª Fase 8 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30

Leia mais

COLÉGIO SHALOM ENSINO MEDIO 1 ANO - filosofia. Profº: TONHÃO Disciplina: FILOSOFIA Aluno (a):. No.

COLÉGIO SHALOM ENSINO MEDIO 1 ANO - filosofia. Profº: TONHÃO Disciplina: FILOSOFIA Aluno (a):. No. COLÉGIO SHALOM ENSINO MEDIO 1 ANO - filosofia 65 Profº: TONHÃO Disciplina: FILOSOFIA Aluno (a):. No. ROTEIRO DE RECUERAÇÃO ANUAL 2016 Data: / / FILOSOFIA 1º Ano do Ensino Médio 1º. O recuperando deverá

Leia mais

ALGORITMOS E ESTRUTURA DE DADOS

ALGORITMOS E ESTRUTURA DE DADOS ALGORITMOS E ESTRUTURA DE DADOS Algoritmos Tipos de Dados Prof. André Peixoto - Todo o trabalho realizado por um computador é baseado na manipulação dos dados/informações contidas em sua memória. Podemos

Leia mais

Fundamentos de Lógica Matemática

Fundamentos de Lógica Matemática Webconferência 5-22/03/2012 Prova por resolução Prof. L. M. Levada http://www.dc.ufscar.br/ alexandre Departamento de Computação (DC) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) 2012/1 Introdução É possível

Leia mais

Lógica Proposicional (Consequência lógica / Dedução formal)

Lógica Proposicional (Consequência lógica / Dedução formal) Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Matemática Aplicada Prof. Edécio Fernando Iepsen Lógica Proposicional (Consequência lógica /

Leia mais

ARISTÓTELES ( )

ARISTÓTELES ( ) ARISTÓTELES (384 322) Nascido em Estagira; Juntamente com seu mestre Platão, é considerado um dos fundadores da filosofia ocidental; Professor de Alexandre O Grande. METAFÍSICA Uma das principais obras

Leia mais

Filosofia. Analisando textos

Filosofia. Analisando textos Filosofia Ficha 3 3 os anos Felipe fev/12 Nome: Nº: Turma: Analisando textos Os argumentos ou raciocínios aparecem em debates, conversas etc. No trabalho filosófico, a principal fonte para conhecer os

Leia mais