DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU OUTORGA CONJUGAL PARA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEL EXCLUSIVO DE UM DOS CÔNJUGES QUANDO OBRIGATÓRIO O REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS Alessandro Antonio Amadio ORIENTADOR: Prof. JEAN ALVES DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL Rio de Janeiro 2016

2 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU OUTORGA CONJUGAL PARA A ALIENAÇÃO DE IMÓVEL EXCLUSIVO DE UM DOS CÔNJUGES QUANDO OBRIGATÓRIO O REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito Privado e Civil. Por: Alessandro Antonio Amadio Rio de Janeiro 2016

3 2 AGRADECIMENTOS Aos meus pais pela educação, confiança e pelas inúmeras noites em que velaram meu sono. A minha família Verônica e Brunno pela compreensão nos momentos de ausência, em que este trabalho foi priorizado.

4 3 RESUMO O presente estudo teve por finalidade verificar a necessidade da outorga conjugal para a alienação de imóvel exclusivo de um dos cônjuges quando obrigatório o regime de separação de bens. Foi feita uma breve recordação dos regimes de bens do ordenamento jurídico Pátrio, no Código Civil de 1916 e Indispensável era enfrentar as polêmicas sobre a súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal, que para a doutrina majoritária, teria sido cancelada tacitamente com a entrada em vigor do CC 2002, uma vez que este não reproduziu a norma que serviu de fundamento para a elaboração da referida súmula. A luz de algumas das legislações estaduais que regulam a atividade notarial e registral, mais especificamente dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, pudemos verificar que, assim como na doutrina, também não há unanimidade da participação do cônjuge em atos de alienação e oneração de bens imóveis, bem como da incidência, ou não, da súmula nº 377 do Supremo tribunal Federal. Ao verificarmos a jurisprudência dos estados selecionados concluímos que aquilo que prevalece na doutrina, não tem prevalecido na jurisprudência. A súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal vem sendo aplicada aos casos de casamento e união estável sob o regime de separação de bens, mesmos que estes tenham se iniciado após a vigência do CC Jurisprudências orientadas pelas decisões do Superior Tribunal de Justiça. Dessa forma não resta outra conclusão, pautada inclusive pelo Princípio da Cautelaridade aplicado ao Direito Notarial e Registral, de que deve se exigir a outorga conjugal para a alienação de imóvel exclusivo de um dos cônjuges, mesmo que casados sob o regime da separação obrigatória de bens, dispensada a outorga conjugal apenas nos casos de separação convencional de bens.

5 4 METODOLOGIA A metodologia utilizada no presente estudo contou com uma revisão bibliográfica, aliada a uma pesquisa de jurisprudência do Tribunal de Justiça de cinco estados a saber: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Foram utilizadas como fonte de pesquisa o Código Civil de 1916 e 2002, além de livros de doutrina, revistas, artigos da internet, a Consolidação Normativa da Corregedoria Geral da Justiça destinada aos Serviços Extrajudiciais dos cinco estados selecionados. A leitura foi seletiva e crítica como forma de atender a delimitação do tema e o tipo de pesquisa.

6 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 06 CAPÍTULO I Regime de bens 08 CAPÍTULO II Enunciado nº 377 da súmula do Supremo Tribunal Federal 17 CAPÍTULO III Normas Das Serventias Extrajudiciais E Jurisprudência 26 CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA 40

7 6 INTRODUÇÃO A família é o primeiro grupo social que o indivíduo tem contato. Um dos conceitos contemporâneos de família está positivado no inciso II do Art 5º da Lei nº de 7 de agosto de 2006: Art. 5 o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; (grifo nosso). A constituição de uma família ocorre a partir do matrimônio, da descendência, ou da adoção. Sobre o matrimônio o professor Luiz Guilherme Loureiro assim o definiu: O matrimônio é um dos mais antigos costumes da humanidade e, ainda, é uma das formas mais comuns de constituição da família e um instituto conhecido pela maior parte das pessoas adultas. (LOUREIRO, 2014) Regime de bens é o conjunto de regras que disciplinam a administração dos bens do casal durante o casamento. O Código Civil de 2002, em seu art. 1639, estabelece que é lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver, traz o referido diploma expressamente quatro espécies de regime de bens: comunhão parcial; comunhão universal; participação final nos aquestos; e separação de bens. O regime da separação de bens tem por origem a convenção dos nubentes ou a imposição legal, neste último caso conforme prescreve o art CC:

8 7 Art É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração; II da pessoa maior de 70 (setenta) anos; III de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. estabelece: No que se diz respeito à alienação ou oneração de imóveis o art CC Art Ressalvado o disposto no art , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiança ou aval; IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. Restar saber se aquilo que o legislador chama de separação absoluta englobaria, ou não, os casos de separação consensual de bens e separação obrigatória (ou legal) de bens. Visa o presente estudo, sem a pretensão de esgotar o assunto, aumentar o cabedal de conhecimento no campo jurídico, especificamente, no que diz respeito à alienação de imóvel exclusivo pertencente a um dos cônjuges casado sob o regime da separação obrigatória de bens. As contribuições que se almejam com a presente pesquisa terão grande valia no campo prático, uma vez que a correta confecção do instrumento translativo do domínio imobiliário poupará ao adquirente, bem como ao alienante, futuros aborrecimentos por ocasião do assento junto ao Registro de Imóveis competente.

9 8 CAPÍTULO I REGIME DE BENS Segundo Loureiro (2014) regime de bens é o estatuto que regula as relações patrimoniais entre os cônjuges, e entre estes e terceiros. Denomina-se como regime legal aquele que no silêncio dos nubentes será estipulado pela lei como o regime de bens que irá vigorar enquanto durar a sociedade conjugal. O regime diverso do legal é o regime convencionado pelo casal através de um pacto antenupcial, cuja lei requer que seja observada uma forma solene, qual seja a escritura pública. Apresentaremos a seguir os regimes de bens contemplados nos Códigos Civis Brasileiros de 1916 e Regime da Comunhão Universal O regime da comunhão universal está expressamente previsto tanto no CC 1916 como no CC Este regime já foi considerado como o regime legal de bens, como consta do texto original do Art 258 do CC 1916: Art Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará, quanto aos bens, entre os cônjuges, o regime da comunhão universal. Em 26 de dezembro de 1977 a Lei nº em seu Art 50 item nº 7 alterou a parte final do Art 258 CC 1916, estabelecendo que o regime legal a vigorar a partir dessa data seria o regime da comunhão parcial. Conforme prevê o CC 2002 no regime da comunhão universal comunicam-se os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, porém estão excluídos da comunhão: os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de

10 9 profissão; os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; e as pensões, meiossoldos, montepios e outras rendas semelhantes. (...) o STJ já proferiu o entendimento de que a indenização ou pensão mensal decorrente de seguro por invalidez não pode integrar a comunhão universal de bens, porque entendimento em sentido contrário provocaria o comprometimento da subsistência do segurado, com diminuição da renda destinada ao seu sustento e, ao mesmo tempo, causaria o enriquecimento sem causa do outro cônjuge, porquanto seria um bem conseguido por ele apenas às custas do sofrimento e do prejuízo pessoal suportado pelo consorte. (LOUREIRO, 2014, p 118) Cabe ressaltar que o CC 1916 estabeleceu: Art Embora o regime não seja o da comunhão de bens, prevalecerão, no silêncio do contrato, os princípios dela, quanto à comunicação dos adquiridos na constância do casamento. Dessa forma se no pacto antenupcial não se regulasse de forma expressa qual seria o tratamento dado aos bens adquiridos na constância do casamento eles pertenceriam a ambos os cônjuges Regime da Comunhão Parcial O regime da comunhão parcial também consta de forma expressa em ambos os códigos civis (1916 e 2002). É considerado o regime legal desde 26 de dezembro de 1977 quando a Lei nº alterou o CC Segundo Loureiro (2014) no regime da comunhão parcial comunicam-se os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento, os denominados aquestos, e ficam excluídos da comunhão os bens que cada cônjuge tinha ao casar; os adquiridos, por um dos cônjuges, a título gratuito durante o casamento, tais como os recebidos por doação e sucessão, seja esta legítima ou testamentária, bem como os sub-rogados em seu lugar; os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares ou próprios. Também estão excluídas da comunhão as obrigações anteriores ao casamento; as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; os bens

11 10 de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; os proventos do trabalho pessoal de cada um dos cônjuges; as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes; e os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento. O artigo do novo código prevê o seguinte: Art Entram na comunhão: I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. Ainda segundo Loureiro (2014) nesse tipo de regime encontramos duas categorias de bens: os bens comuns ou aquestos; e os bens particulares ou próprios Regime de Participação Final nos Aquestos O regime de participação final nos aquestos foi uma inovação trazida pelo CC 2002, pois não foi contemplado no código civil anterior. Trata-se de uma novidade do Código Civil de 2002, inspirada no direito alemão e pouco praticada nos países que já o conhecem, como é o caso da França. Durante a constância do casamento (ou da união estável), ele funciona como se os cônjuges estivessem unidos sob o regime da separação total de bens, passando, após a sua dissolução, a ser aplicadas as regras da comunhão parcial. No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, cabendo-lhe à época da dissolução do casamento (ou da união estável) direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, durante a vigência da relação (art , CC). O patrimônio próprio é composto pelos bens que cada cônjuge possuía ao casar e por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento, sendo a sua administração exclusiva de cada um, que os poderá livremente alienar, se forem móveis. Na hipótese de bens imóveis, a alienação exige prévia convenção em pacto antenupcial. (LOUREIRO, 2014, p 119)

12 11 Este regime é pouco utilizado no Brasil, pois apresenta uma estrutura complexa em comparação aos outros regimes de bens presentes no CC 2002, uma vez que estes já vêm de longa data sendo experimentados no país Regime Dotal O regime dotal previsto no CC 1916 não foi contemplado pelo CC Neste regime os nubentes podem descrever e estimar, cada um de per si, na escritura antenupcial, os bens, que constituem o dote, com expressa declaração de que a este regime ficam sujeitos. O dote é o conjunto de bens individualizados que podem ser constituídos pela própria nubente, por qualquer dos seus antecedentes, ou por outrem, e serão administrados pelo marido que perceberá os seus frutos e poderá usar das ações judiciais a que derem lugar. O art. 283 do CC 1916 previa a possibilidade de se estipular na escritura antenupcial a reversão do dote ao dotador, quando dissolvida a sociedade conjugal. Sobre o regime dotal a professora Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka: (...) regime dotal, regulado pelo Código Bevilaqua, mas que não teve, de modo algum, qualquer repercussão que houvesse sido significativa, verdadeira letra morta, efetivamente, a qual, já não sem tempo, é excluída da regulamentação pátria. (HIRONAKA, 2003) 1.5. Regime da Separação de Bens O regime da separação de bens está presente no CC 1916 e no CC 2002 em suas duas modalidades, ou seja, a separação convencional de bens e a separação obrigatória (ou legal) de bens. O atual código prevê que na separação de bens estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada cônjuge que poderá livremente aliená-los ou gravá-los de ônus reais (art CC). Cabe estabelecer uma grande diferença com o dispositivo correspondente no CC 1916:

13 12 Art Quando os contraentes casarem, estipulando separação de bens, permanecerão os de cada cônjuge sob a administração exclusiva dele, que os poderá livremente alienar, se forem móveis (arts. 235, I, 242, II, e 310). (grifo nosso) Enquanto o CC 2002 não faz qualquer ressalva sobre que espécies de bens (móveis ou imóveis) poderão ser alienados ou gravados de ônus real o código anterior deixa claro que a livre disposição apenas recai sobre os bens móveis pertencentes exclusivamente a um dos cônjuges. Dessa forma o CC 1916 não deixa dúvidas em requerer a vênia conjugal para alienar, hipotecar ou gravar de ônus real os bens imóveis, ou direitos reais sobre imóveis alheios, e pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens e direitos (art. 235 e 242 CC 1916) Regime de Separação Convencional de Bens Os nubentes no processo de habilitação podem optar pelo regime de separação de bens através de pacto antenupcial, lavrado por escritura pública, que será levado a registro em livro especial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges. Por ser regime de bens diverso do legal é obrigatório o pacto antenupcial. A lei estabeleceu a forma solene, ou seja a escritura pública, sob pena de nulidade. Art É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento. Será o pacto antenupcial ineficaz, se após sua lavratura no tabelionato de notas e seu assento em livro especial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges, por qualquer motivo, o casamento não venha a se realizar. Como bem nos ensina o professor Luiz Guilherme Loureiro ao afirmar que: Caso o matrimônio não se realize, seja por qual motivo for, o pacto antenupcial não produzirá qualquer efeito, por se tratar de negócio jurídico condicional. (LOUREIRO, 2014, p 115) Por se tratar de negócio jurídico condicional enquanto não implementada a condição não produzirá efeitos.

14 Regime de Separação Obrigatória de Bens Previsto no texto original do CC 1916 foi mantido, com pequenas alterações, no CC No código anterior a imposição do regime de separação de bens estava prevista no parágrafo único do art. 258: Art Não havendo convenção, ou sendo nula, vigorará, quanto aos bens, entre os cônjuges, o regime da comunhão universal. Parágrafo único. É, porém, obrigatório o da separação de bens no casamento: I - Das pessoas que o celebrarem com infração do estatuído no art. 183, XI a XVI (art. 216); II - do maior de 60 (sessenta) e da maior de 50 (cinqüenta) anos; III - do órfão de pai e mãe, embora case, no termos do art. 183, XI, com o consentimento do tutor ou curador; IV - de todos os que dependerem, para casar, de autorização judicial (arts. 183, XI, 384, III, 426, I, e 453). Os incisos XI a XVI do art. 183 CC 1916 trazem as seguintes previsões: Art Não podem casar: (...) XI - os sujeitos ao pátrio poder, tutela, ou curatela, enquanto não obtiverem, ou lhes não for suprido o consentimento do pai, tutor, ou curador (art. 211); XII - as mulheres menores de 16 (dezesseis) anos e os homens menores de 18 (dezoito); XIII - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal (art. 226). XIV - a mulher viúva ou separada do marido por nulidade ou anulação do casamento, até 10 (dez) meses depois do começo da viuvez ou da separação judicial dos corpos, salvo se, antes de terminado o referido prazo, der à luz algum filho; XV - o tutor ou curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas, salvo permissão paterna ou materna manifestada em escrito autêntico ou em testamento; XVI - o juiz, ou escrivão e seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com órfão ou viúva, da circunscrição territorial onde um ou outro tiver exercício, salvo licença especial da autoridade judiciária superior.

15 14 O inciso XI trata do casamento realizado por incapaz sem o consentimento de seu responsável, visa preservar os direitos patrimoniais do incapaz. O inciso XII trata do casamento realizado pela pessoa que não atingiu a idade núbil (lembrando que no CC 1916 cessa a menoridade com 21 anos completos art. 9º), pretende preservar os direitos patrimoniais do incapaz. Inciso XIII visa a preservação dos direitos patrimoniais dos filhos do cônjuge falecido. Inciso XIV destinado a assegurar a paternidade biológica e, consequentemente, o estado de família de possíveis descendentes. O inciso XV pretende preservar os direitos patrimoniais das pessoas tuteladas ou curateladas. O inciso XVI está relacionado a imparcialidade e moralidade admnistrativa exigida dos agentes públicos. Ao homem com mais de 60 (sessenta) anos e a mulher com mais de 50 (cinqüenta) anos a lei (CC 1916) também impôs o regime da separação de bens, provavelmente para preservar o patrimônio aqueles que estariam mais vulneráveis ao casamento motivado por interesse apenas financeiro do outro consorte, o vulgarmente conhecido como golpe do baú. Preservando o patrimônio daqueles com idade mais avançada, também se preserva o de seus descendentes já existentes antes das novas núpcias. Embora autorizado pelo tutor ou curador ao órfão de pai e mãe também deve ser observado o regime de separação de bens, neste caso também visando a preservação do patrimônio do incapaz. A separação de bens também era obrigatória a todos que para se casar dependessem de autorização judicial. No CC 2002 a imposição do regime de separação de bens está prevista no art. 1641: Art É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II - da pessoa maior de 70 (setenta) anos; III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. As causas suspensivas do casamento estão previstas no art :

16 15 Art Não devem casar: I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo. A novidade trazida pelo CC 2002 é a possibilidade dos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas provando a inexistência de prejuízos a ex-cônjuge, a herdeiro, ou a pessoa tutelada ou curatelada, e a prova de nascimento de filho ou inexistência de gravidez. Em seu texto original o inciso II do art CC já contemplava o princípio constitucional de igualdade de direitos e deveres entre homem e mulher, para ambos fixou a idade inferior a 60 (sessenta) anos para que não fosse imposto o regime de separação de bens. A Lei nº de 9 de dezembro de 2010 alterou o CC 2002 para aumentar para 70 (setenta) anos a idade a partir da qual se torna obrigatório o regime da separação de bens no casamento. No inciso III do art CC foi mantida a imposição de separação de bens àqueles que para se casar necessitassem de suprimento judicial. Não são poucas as críticas a manutenção do regime de separação obrigatória de bens como podemos verificar em artigo da professora Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka citando Rolf Madaleno: Expressa o autor sua opinião, à face da mantença de um tal dispositivo legal, da seguinte maneira: manter a punição da adoção obrigatória de um regime sem comunicação de bens, porque pessoas se casaram sem observar as causas suspensivas da celebração do casamento (art.1.641, inciso I, do NCC) ou porque contavam com mais sessenta anos de idade

17 16 (art , inciso II do NCC), ou ainda porque casaram olvidando-se do necessário suprimento judicial (art , inciso III do NCC), é ignorar princípios elementares de Direito Constitucional, respeitantes à igualdade das pessoas, que não podem ser discriminadas em função do seu sexo ou da sua idade, como se fossem causas naturais de incapacidade civil. Sobretudo ele prossegue porque atinge direito cravado na porta de entrada da Carta Política de 1988, cuja nova tábua de valores coloca em linha de prioridade o princípio da dignidade humana, cujos valores já vinham sendo preconizados pela Súmula 377 do STF, ao ordenar a comunicação dos bens adquiridos na constância do casamento, como se estivesse tratando da comunhão parcial de bens. (HIRONAKA, 2003) É fácil entender o porquê, basta imaginar um ministro do Supremo Tribunal Federal que logo depois de se aposentar, aos 70 (setenta) anos de idade, resolva casar-se. Em um dia estaria solucionando demandas de alta complexibilidade e repercussão nacional, e no outro não poderia optar pelo regime de bens do seu próprio casamento. No mínimo isso é desproporcional. O CC 1916 mostrou-se mais rígido na imposição do regime de separação de bens limitando, inclusive, as doações antenupciais. Art Salvo o caso de separação obrigatória de bens (art. 258, parágrafo único), é livre aos contraentes estipular, na escritura antenupcial, doações recíprocas, ou de um ao outro, contanto que não excedam à metade dos bens do doador (arts. 263, VIII, e 232, II). No CC 2002 não há previsão expressa nesse sentido, logo serão válidas as doações entre os cônjuges mesmo sendo eles casados pelo regime de separação obrigatória de bens, conforme defende a doutrina majoritária.

18 17 CAPÍTULO II ENUNCIADO Nº 377 DA SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Como foi visto no capítulo anterior o CC 1916, em seu texto original, previa como regime legal de bens o da comunhão universal. Quem porventura pretendesse se casar sob a égide de outro regime de bens necessitaria de um pacto antenupcial, este realizado por escritura pública e devidamente registrado no registro de imóveis do domicílio dos nubentes. O antigo código civil estabeleceu, ainda, em seu Art. 258 que no silêncio do contrato, ou sendo nula a cláusula estabelecida, vigoraria entre os cônjuges o regime da comunhão universal Antecedentes da súmula nº 377 do STF O primeiro precedente que foi referenciado para a edição de súmula nº 377 do STF, trata-se do Recurso Extraordinário nº Ceará. Tratava a demanda original de controvérsia estabelecida em processo de inventário dos bens deixados por Hercules Gomes da Silva, este se casara em segunda núpcias com D. Laurentina Gomes da Silva, recaindo sobre tal matrimônio a norma do inciso XIII do Art 183 do CC 1916: Art Não podem casar: XIII - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal (art. 226). Contraindo as núpcias com infração de um impedimento impediente, obrigatoriamente estava estabelecido o regime da separação de bens, por força do inciso I do parágrafo único do Art. 258 do CC O relator do caso foi o senhor ministro Philadelpho Azevedo que assim o descreveu: Contra a recusa do encargo de inventariante dos bens deixados por seu marido Hercules Gomes da Silva, agravou-se de instrumento o Tribunal do Ceará Laurentina Gomes da Silva, alegando que: a) casara-se com o finado, em 2as. núpcias, a 8 de outubro de 1924;

19 b) a esse tempo Hercules já tinha aberto inventario dos bens de seu primeiro casal com Maria Rodrigues da Silva, apurando-se bens no valor de Cr $ ,00, dos quais a metade a ele caberiam e a outra a seus doze filhos do primeiro leito; c) antes do 2º matrimonio os herdeiros concordaram com as declarações finais e o juiz proferiu o despacho de deliberação da partilha, sem que houvesse recurso; d) apenas o lançamento dessa partilha se operou dois dias depois do casamento e o julgamento deferido para fevereiro de 1925, por vacância da comarca; e) os herdeiros entraram na posse de seus quinhões e a Recorrente e seu marido iniciaram nova vida de labores e empreendimentos, adquirindo outros bens, afinal avaliados, por baixo, em quinhentos mil cruzeiros, e que, em verdade, valem um milhão; f) por apego à letra da lei pretendiam seus enteados espoliá-la de tudo, afastando-a por mero e declaratório julgamento da partilha, de qualquer comunhão; g) no entanto, julgados de todo o país, como da Suprema Côrte, tem assegurado até a estrangeiros, a existência de sociedade de fato, quando um pecúlio é grangeado pelo esforço combinado e construtivo de ambos os cônjuges ou companheiros; Alguns dos enteados sustentaram, em contraminuta, o despacho do juiz de Fortaleza, que cassara a do municipal de Soure, nomeando a agravante como inventariante. Na peça, acentuaram o acerto do despacho proferido de acordo com o Cod. Civil, que propositadamente fora além do disposto no decreto n. 181 de 1890, segundo a lição de todos os comentadores, a partir do egrégio autor daquele, e a copiosa jurisprudência que invocaram. Quanto aos precedentes sobre a sociedade de fato, deveriam ser excluídas por se tratar de brasileiros e ante a prova de que os bens provieram, direta ou indiretamente, da liquidação do primeiro casal. Em longo acórdão, o Tribunal desprezou o recurso, não sem salientar que antigo aresto por ele pronunciado em sentido oposto, em hipótese análoga, acabava de ser cassado unanimemente, pela 2a. turma do Supremo Tribunal Federal (rec. extr. n. 4344) Daí o recurso extraordinário interposto com fundamento nas letras a e d do n. III do art. 101 da Constituição Federal, por ofensa dos arts. 183, n. XIII, 258, 262, 1376 do Código Civil e divorcio com o decidido no recurso extraordinário n a propósito de interesses entre cônjuges italianos e ainda em outro, mais recente do Tribunal do Distrito Federal, considerando que a aplicação da pena civil de separação depende de prévio e contencioso processo, como se vê in Rev. JURISP. Brasileira vol. 34, pga Admitindo o recurso, foi arrazoado no mesmo teor por ambas as partes que juntaram documentos: a Recorrente para provar que os enteados sempre tiveram a partilha como boa, vendendo e comprando entre si imóveis, e os Recorridos certidões de aquisições feitas em nome de sua madrasta, assim demonstrando a ciência do regime de separação de bens, e documentos comprobatórios do teor de julgados desta Côrte. Os autos subiram oportunamente. (STF, RE EI, p 134, Rel. Min. Philadelpho Azevedo, julgado em 12/07/1943) 18

20 19 Prevaleceu o voto do relator resultando no acórdão com a seguinte ementa: I Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de negar a comunhão de bens em casamento realizado antes do julgamento da partilha dos bens do primeiro casal, embora feito o processo e até já delineada a divisão, afinal homologada. II A determinação do regime de separação no casamento realizado com a infração ao art. 183, n. XIII do Código Civil não envolve sanção dependente de prévio processo para ser aplicada. III Jurisprudência no sentido do reconhecimento de comunhão acerca de bens adquiridos por esforço comum dos cônjuges, sujeitos a regime matrimonial diverso do comum. IV Confirmação dessa tendência pela lei de proteção à família e sua natural extensão independente da nacionalidade do cônjuge e da validade, ou até, da existência de casamento. V Comunhão dos aquestos, não só na omissão do pacto ante-nupcial, como nos casos de imposição legal, si preenchidas as condições de fato procuradas pela inteligência pretoriana já aludida, podendo ainda resultar em caso contrário prejuízo ao cônjuge, a quem a lei pretendeu beneficiar. VI Discriminada nitidamente a origem dos bens, o inventário pode, sem dependência de ação ordinária, abranger a separação dos aquestos entre os condôminos e a partilha exclusiva entre os filhos do primeiro leito dos bens que o marido tinha ao contrair segundo casamento e dos neles subrogados. VII Inclusão no monte dos bens também adquiridos em nome exclusivo da mulher, para apuração exata do arremedo de sociedade de fato, ora reconhecido. VIII Entrega do encargo da inventariança ao cônjuge supérstite, ainda no caso de regime de comunhão parcial ou dos aquestos, admitido na espécie. (STF, RE EI, p 136, 1ª Turma, Rel. Min. Philadelpho Azevedo, julgado em 12/07/1943, DJ 26/08/1943) Da decisão o espólio e os herdeiros de Hercules interpuseram Embargos de Declaração. Os ministros do Supremo Tribunal Federal ao julgarem os embargos de declaração, em 27 de dezembro de 1944, concluíram que entre os aquestos, sujeitos à comunhão, não se compreendem os bens adquiridos em substituição aos provenientes do primeiro matrimônio. Para ilustrar o quão controversa é a matéria, bem como, os fortes argumentos a favor e contra a comunhão dos aquestos no regime de separação legal de bens, vejamos parte dos votos dos ministros Philadelpho Azevedo e Orozimbo Nonato.

21 20 A favor da comunhão dos aquestos, em seu voto, o ministro Philadelpho Azevedo expressa o seu entendimento sobre a regra trazida pelo art. 259 CC 1916: Este princípio está na parte geral dos regimes de bens, abrangendo todos os que não forem de comunhão, assim, o dotal e o da separação. Conclui-se portanto que o nosso sistema de separação, em princípio, é o de separação dos existentes e de comunhão dos bens adquiridos, sendo preciso cláusula expressa no pacto ante-nupcial, para que a separação se estenda aos aquestos. De modo que, quando o legislador manda aplicar o regime de separação, em certos casos, qual será esse o regime? O da separação dos bens presentes e futuros, ou, apenas, o da separação dos bens presentes? Entendo que é apenas o de separação dos bens presentes, por ser normal, de modo que o art. 259, se aplicará a todos os casos, inclusive aos de separação legal. Nem razão existiria para que se concluísse de maneira diferente, quando se quis apenas evitar, no momento do casamento, a confusão, a mistura dos patrimônios; nada se oporia, entretanto, a que de futuro, pelo esforço conjunto dos cônjuges, o patrimônio se alargasse e abrangesse todos os bens adquiridos. De modo que, aceitando a opinião de vários autores de nota, a começar pela abalizada lição de V. Excia, Sr. Presidente, admito que o art. 259 se aplica aos aquestos, mesmo nos casos de separação legal, que não é senão o regime de separação comum convencional e não outro diferente. Apenas se poderia, por excesso de cautela, como fiz questão de aplicar, na espécie admitir duas restrições, que caracterizam o regime da comunhão parcial: separar os bens adquiridos por doação ou herança e os bens subrogados. Essa a solução que resolvi em meu voto, entendo que os bens recebidos do primeiro leito, ou quando subrogados em outros não acompanhariam a solução tomada para os aquestos a título oneroso. (STF, RE EI, p 148, Rel. Min. Waldemar Falcão, julgado em 27/12/1944, DJ 12/06/1945) Em sentido contrário a comunhão dos aquestos o voto do ministro Orozimbo Nonato, no mesmo RE EI: O Código Civil, solvendo a velha divergência - e como declarou seu eminente Autor, Clovis Bevilaqua exigiu também a partilha julgada pelo juiz. E para punir o ato de quem infringiu o texto da lei, tornou obrigatório, no caso, o regime da separação. Trata-se de uma punição do legislador, em matéria ius cogens, que assim, há de ser entendida nos rigorosos termos em que foi feita: não anula o casamento a infração, mas leva ao regime da absoluta separação de bens. De maneira que, não existindo, como no caso não existe, homologação da partilha anterior ao feito, a conclusão a que me vejo forçado, é a de

22 21 aplicar a lei, para entender que, no caso, é de separação legal o regime, o que leva também à separação dos aquestos. O texto do art. 259 não rende ensejo, data vênia, a outra interpretação. Ele visa apenas, e declaradamente, a separação contratual e não a separação obrigatória, por força de lei primitiva. No caso dos autos não há contrato, o que há é um mandamento de direito público, que exige terminantemente, o regime da separação. De resto, não seria possível a lei que pune a infração, exigindo o regime da separação legal, viesse a permitir que, através dos aquestos, se formasse a comunhão que, como pena, se proíbe às declaradas. (STF, RE EI, p 153, Rel. Min. Waldemar Falcão, julgado em 27/12/1944, DJ 12/06/1945) Segundo o ministro Orozimbo Nonato, prosseguindo em seu voto, a alegação de esforço comum dos cônjuges vai de encontro ao direito positivo, pelo trabalho do cônjuge o mais que se poderia dar é um direito pessoal de crédito, através do seu esforço na aquisição do outro cônjuge. O segundo precedente elencado pelo Supremo Tribunal Federal como fundamento para a edição da súmula nº 377, trata-se do RE nº RJ, com a seguinte ementa: Recurso Extraordinário Casamento, cônjuge maior de 60 anos, regime de bens, comunhão dos aquestos. - mesmo nos casos de separação ex-vis-legis, entram na comunhão do casal os bens adquiridos na constância do casamento. (STF, RE , p 113, Rel. Min. Annibal Freire, julgado em 07/10/1946, DJ 09/04/1948) Este Recurso Extraordinário foi reconhecido e provido por maioria de votos, em 7 de outubro de 1946, para declarar que mesmo no regime de separação legal ocorre a comunhão dos aquestos. No terceiro precedente, julgado em 23 de maio de 1947, a 2ª Turma Julgadora do Supremo Tribunal Federal, no Recurso Extraordinário nº MG, Relator Ministro Edgard Costa, em caso análogo ao RE nº SP, negou provimento ao recurso interposto pela cônjuge supérstite, declarando que na separação legal de bens não se comunicam os adquiridos na constância do casamento. O quarto precedente apontado pelo Supremo Tribunal Federal se trata do Recurso Extraordinário nº DF, Relator Ministro Hahnemann Guimarâes, a

23 22 demanda é uma Ação de Desquite em que se discute a partilha dos bens do casal. Carlos da Silva Borda, antes de ter homologada a partilha de seu primeiro casamento, contraí matrimônio, em 2ª núpcias, com Eudoxia Elena Rolim Coelho. Pela infração ao inciso XIII do art. 183 CC 1916 fica estabelecido o regime de separação de bens. O caso se assemelha ao RE nº EI CE, e não teve solução diferente deste, o Supremo Tribunal Federal, em 8 de novembro de 1948, por maioria de votos, confirmou a tese de que no regime de separação legal de bens se comunicam os aquestos. Dos quatros precedentes apresentados, três deles acompanham a tese de comunhão dos aquestos no regime de separação legal de bens, porém nenhum deles é unânime. Passou-se mais de 15 anos do julgamento do RE nº DF, até que em Sessão Plenária de 03 de abri de 1964, o Supremo Tribunal Federal aprovou a súmula nº 377. No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento Aplicabilidade da súmula nº 377 STF ao Código Civil de 2002 Em 10 de janeiro de 2003 entrava em vigor o Código Civil Brasileiro de 2002, mas antes mesmo da vigência já se iniciaram calorosos debates sobre as inovações trazidas por este novo diploma legal. Entre essas questões a da eficácia da sumula nº 377 do Supremo Tribunal Federal. Como não houve uma revogação expressa da súmula nº 377 STF, a doutrina se dividiu entre aqueles que defendem a eficácia e outros que entendem estar revogada tacitamente tal súmula. Essas controvérsias já tinham sido previstas por Rolf Madaleno (apud Hironaka, 2003). Cabe lembrar que a Lei nº 6.515/77 alterou o CC 1916 estabelecendo como regime legal a comunhão parcial de bens, quando alterou o art.258 CC 1916, porém, nesta ocasião, não foi alterado o art. 259 CC Sendo assim a redação desses dois dispositivos não ficou harmônica, como se pode observar: Art Não havendo convenção, ou sendo nela, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime de comunhão parcial.

24 23 Parágrafo único. É, porém, obrigatório o da separação de bens no casamento: I - Das pessoas que o celebrarem com infração do estatuído no art. 183, XI a XVI (art. 216); II - do maior de 60 (sessenta) e da maior de 50 (cinqüenta) anos; III - do órfão de pai e mãe, embora case, no termos do art. 183, XI, com o consentimento do tutor ou curador; IV - de todos os que dependerem, para casar, de autorização judicial (arts. 183, XI, 384, III, 426, I, e 453). Art.259. Embora o regime não seja o da comunhão de bens, prevalecerão, no silêncio do contrato, os princípios dela, quanto à comunicação dos adquiridos na constância do casamento. (grifo nosso) O professor Flávio Tartuce, em artigo publicado em seu blog versando sobre a outorga conjugal: A outorga conjugal é necessária para os atos elencados nos regimes da comunhão parcial de bens, da comunhão universal de bens e da participação final nos aquestos (em regra, salvo a exceção do art do CC). A norma dispensa a outorga no regime da separação absoluta, o que causa perplexidade, uma vez que a separação de bens pode ser legal (art do CC) ou convencional (arts e do CC). Então, qual regime seria esse, o da separação absoluta? Respondendo, não há controvérsia a respeito do regime da separação convencional de bens, uma vez que o art é claro no tocante à livre disposição dos bens. A polêmica está na separação legal ou obrigatória, girando em torno da incidência ou não da antiga Súmula 377 do STF, pela qual são comunicáveis no regime da separação legal os bens adquiridos durante o casamento, e pelo esforço comum. Para os que entendem que a súmula ainda tem aplicação, como é o nosso caso, somente haverá separação absoluta na separação convencional, uma vez que na separação legal comunicam-se bens que foram havidos durante o casamento. Para os que concluem pela não incidência da ementa, haverá separação absoluta tanto na separação convencional quanto na legal. Destaque-se que a questão é altamente controvertida, havendo divergência em relação ao posicionamento do co-autor José Fernando Simão, que entende pela não aplicação da súmula (TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito Civil. Volume 5. Direito de Família. São Paulo: GEN/Método). (TARTUCE, 2016, p 1) O CC 2002 não reproduziu a norma constante do art.259 CC 1916, com isso, aparentemente, deixou de possuir lastro no novo diploma legal a súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal, pois o citado artigo serviu de fundamento legal para todos os precedentes da referida súmula.

25 24 É possível verificar a ineficácia da súmula em primeira mão, pelo simples fato de ser baseada em dispositivo legal revogado! E em segundo plano pela desnecessidade de comprovação do esforço comum para a aquisição de bens na constância do casamento, por força da redação ambígua da súmula. (COELHO, 2015) Porém há autores que defendem a recepção da súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal pelo novo Código Civil. Como é o caso de Maria Helena Diniz, citada por Rodrigo Biasi de Moraes: A razão está com os que admitem a comunicabilidade dos bens futuros, no regime de separação obrigatória, para evitar enriquecimento indevido, desde que sejam fruto do esforço comum do trabalho e da economia de ambos, ante o princípio de que entre os consortes se constitui uma sociedade de fato por haver comunhão de interesses. Todavia, não há necessidade de se comprovar o concurso de esforços dos cônjuges para a aquisição daqueles bens. Deveras, o STF, na referida súmula 377, decidiu: No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento, desde que tal aquisição seja onerosa e resulte de esforço comum, como reconhecimento de uma verdadeira sociedade de fato (RSTJ, 39:413; RT, 691:194; JTJ, 238:525-8). (MORAES, 2015, p 110) Dessa forma podemos identificar uma divisão doutrinária com pelos menos três linhas de pensamento. A primeira linha de pensamento está composta pelos autores que defendem a ineficácia da súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal após a entrada em vigor do Código Civil de Sendo assim, aos matrimônios que se realizaram após 10 de janeiro de 2003 e que por previsão legal foi imposto o regime de separação de bens não se aplicaria a súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal. A segunda linha de pensamento é composta pelos autores que defendem a recepção da súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal pelo Código Civil de 2002, sendo imprescindível a comprovação do esforço comum dos cônjuges. Dessa forma se comunicariam os bens adquiridos a título oneroso na constância do casamento desde que fique provado serem tais bens provenientes do esforço comum dos cônjuges. A terceira linha de pensamento entende ser plenamente eficaz a súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal, não exigindo a prova do esforço comum, uma vez que este é presumido.

26 25 Apesar da grande polêmica e do equilíbrio entre as linhas de pensamento, com bons argumentos para todos os lados, prevalece na doutrina a primeira linha de pensamento. Com a entrada em vigor do Novo Código Civil em 10 de janeiro de 2003 este diploma legal cancelou tacitamente a súmula nº 377 do Supremo Tribunal Federal. Em consequência se pode concluir que o instituto da separação absoluta, previsto no art CC 2002 nada mais é do que o regime da separação de bens, sendo irrelevante se foi estabelecido, de comum acordo pelos nubentes, através de pacto antenupcial, por escritura pública, ou se restou de imposição legal prevista no art CC Sendo assim a pessoa casada pelo regime da separação de bens pode, sem a necessária vênia do outro cônjuge: alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; prestar fiança ou aval; e fazer doações nupciais aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.

27 26 CAPÍTULO III NORMAS DAS SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS E JURISPRUDÊNCIA A venda e compra de imóveis cujo valor ultrapasse 30 (trinta) vezes o maior salário mínimo vigente no País requer certa solenidade sendo a escritura pública essencial para a validade do negócio jurídico, conforme prescreve o art.108 CC: Art Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. A escritura pública é lavrada pelo Tabelião de Notas ou Notário. A Lei nº de 18 de novembro de 1994 (Lei dos Notários e Registradores), regulamenta o art. 236 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) e define quem são os notários e registradores a quem são delegadas as funções públicas da atividade notarial e de registro: Art. 3º Notário, ou tabelião, e oficial de registro, ou registrador, são profissionais do direito, dotados de fé pública, a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de registro. As atribuições e competências dos notários estão estabelecidas nos art. 6º e 7º da Lei nº 8.935/94: Art. 6º Aos notários compete: I - formalizar juridicamente a vontade das partes; II - intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade, autorizando a redação ou redigindo os instrumentos adequados, conservando os originais e expedindo cópias fidedignas de seu conteúdo; III - autenticar fatos. Art. 7º Aos tabeliães de notas compete com exclusividade: I - lavrar escrituras e procurações, públicas; II - lavrar testamentos públicos e aprovar os cerrados; III - lavrar atas notariais; IV - reconhecer firmas; V - autenticar cópias.

28 27 Parágrafo único. É facultado aos tabeliães de notas realizar todas as gestões e diligências necessárias ou convenientes ao preparo dos atos notariais, requerendo o que couber, sem ônus maiores que os emolumentos devidos pelo ato. São precisas as lições do professor Luiz Guilherme Loureiro: Os notários e registradores são agentes públicos, mas não são considerados funcionários públicos em sentido estrito. São particulares em colaboração com a Administração, pessoas alheias ao aparelho estatal, mas que compõem uma terceira categoria de agentes públicos, ao lado dos agentes políticos e dos funcionários públicos. (LOUREIRO, 2014, p 1) que: Tratando sobre a independência dos notários e registradores Loureiro aduz O notário e registrador são profissionais independentes, devendo obediência apenas à lei e aos regulamentos editados pelo Poder Judiciário. Assim, por exemplo, o registrador pode e deve exercer a qualificação registral de um mandado judicial e de títulos do Poder Público, devendo recusar o seu registro se não estiver presente alguma formalidade ou requisito extrínseco previsto em lei. Vale dizer, este profissional do direito é dotado de liberdade decisória, sem nenhum tipo de condicionamento, seja de ordem política, econômica ou administrativa. O único limite é a ordem jurídica, que disciplina, entre outras matérias, o exercício da atividade, os limites de suas atribuições e os deveres a observar. Destarte, ele não é subordinado ao Poder Judiciário. Este poder tem apenas a atribuição constitucional de fiscalizar a atividade notarial e de registro. O poder de fiscalização do Judiciário abrange o poder normativo, vale dizer, de editar normas reguladoras da atividade notarial e de registro, visando sua harmonização e aprimoramento técnico. Tais normas, que são de observância obrigatória pelos notários e registradores, geralmente vêm estabelecidas pelas corregedorias gerais de justiça dos respectivos Estados. (LOUREIRO, 2014, p 3) Passaremos agora a verificar o que está previsto em algumas das normas editadas por seus respectivos estados. Foram selecionados como amostra os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. Estes são os estados que, no julgamento do autor do presente estudo, apresentam as características necessárias tanto no que diz respeito ao número de habitantes, como no campo econômico.

29 Normas das Serventias Extrajudiciais Inicialmente cabe esclarecer que cada estado da Federação regulamenta a atividade notarial e de registro segundo um conjunto de normas que tem como fontes a CRFB/88, a Lei, as súmulas dos Tribunais, a jurisprudência, os usos e costumes e os princípios gerais do Direito. Cada estado intitula o seu conjunto de normas conforme seu livre arbítrio, assim podemos encontrar diversos nomes tais como: Consolidação Normativa Notarial e Registral; Código de Normas dos Serviços Notariais e de Registros; Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça, Consolidação das Normas Gerais da Corregedoria-Geral da Justiça e etc. O Poder Judiciário do Estado do São Paulo por seu Corregedor Geral da Justiça regula as atividades notariais e de registro através das Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça (NSCGJ), destinadas aos cartórios extrajudiciais. Ao tratar da lavratura de escrituras públicas, em geral, as NSCGJ-SP estabelecem no item 44, b): 44. A escritura pública, salvo quando exigidos por lei outros requisitos, deve conter: a) dia, mês, ano e local em que lavrada, lida e assinada; b) nome, nacionalidade, estado civil, profissão, número do registro de identidade com menção ao órgão público expedidor ou do documento equivalente, número de inscrição no CPF ou CNPJ, domicílio e residência das partes e dos demais comparecentes, com a indicação, quando necessário, do regime de bens do casamento, nome do outro cônjuge e filiação, e expressa referência à eventual representação por procurador; Quando a escritura pública versar sobre bens imóveis, além das previsões constantes dos itens 44 e seguintes, também deverão ser observadas outras regras dentre as quais está a do item 59, letra l : 59. As escrituras relativas a bens imóveis e direitos reais a eles relativos devem conter, ainda: l) a alusão ao pacto antenupcial e aos seus correspondentes ajustes, ao número de seu registro no Registro de Imóveis, quando o ato disser respeito a objeto de convenção antenupcial, e, caso o pacto antenupcial

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