Mensagem do SENAI. MARBEN LOURIERO Diretor Regional SENAI/AL

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3 Mensagem do SENAI A participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI Alagoas no Estudo Setorial da Indústria Metal Mecânica em Alagoas está justificada na própria missão da Entidade. Esta adequação também está presente em suas duas vertentes institucional - educação profissional e suporte tecnológico às empresas. No mundo em que o eixo fundamental de todas as organizações é o conhecimento, o presente Estudo é uma ferramenta essencial para assegurar o pleno domínio da oferta e da redefinição da atuação do SENAI. Seja provendo atualização profissional de qualidade, seja permitindo que as empresas impulsionem seus processos de inovação tecnológica. Com mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, monitorar o ambiente externo se torna um imperativo de gestão e pode se tornar um diferencial competitivo relevante. Assim sendo, o Estudo Setorial da Indústria Metal Mecânica em Alagoas permitirá otimizar a atuação do SENAI Alagoas, tendo como conseqüência o aumento do desempenho da Entidade e de sua visibilidade institucional. MARBEN LOURIERO Diretor Regional SENAI/AL

4 Mensagem do SINDIMEC Temos a satisfação de apresentar aos setores produtivos, órgãos e entidades ligadas à indústria, pesquisadores e a comunidade em geral, o Estudo Setorial da Indústria Metal Mecânica em Alagoas. A indústria metal-mecânica incorpora todos os procedimentos da transformação de metais, desde a produção de bens até serviços intermediários, incluindo máquinas, equipamentos, veículos e materiais de transporte. O setor metal mecânico detém grande importância no cenário industrial alagoano pela relação direta que estabelece com a agroindústria açucareira-alcooleira, pois suas oscilações estão em razão direta com o desempenho do referido setor. O estudo objetiva dar uma visão geral do segmento metal mecânico, suas características básicas, valores e necessidades, sua posição no mercado, oportunidades e perspectivas. Apresenta o panorama dessa indústria, de forma a fornecer aos agentes econômicos envolvidos, informações e análises que possam ser utilizadas como importante instrumento para o desenvolvimento setorial. Ao mesmo tempo, ao abordar pontos vulneráveis, encontra indicadores para direcionar políticas, estudos complementares e buscar o apoio necessário no âmbito técnico, mercadológico e financeiro, para que os empreendedores exerçam, com as condições necessárias, sua importante missão, pois a interconexão com a indústria açucareira-alcooleira, eleva a importância e o compromisso social da indústria metal mecânica no contexto da matriz de produção industrial alagoana. Naturalmente sendo um segmento com predominância de micro e pequenas empresas, que apresenta problemas e vantagens como qualquer outro, com os resultados deste diagnóstico será possível ajustar sua estrutura às necessidades, visando sua adaptação às mudanças do cenário globalizado, seu desenvolvimento e afirmação no mercado. As oportunidades estão em função direta do crescimento e desenvolvimento da economia alagoana, todavia temos procurado diversificar a linha de produção para atingir outros mercados na região, pois, as empresas alagoanas perdem em competitividade e enfrentam retração de demanda, decorrente da formação de preços aviltados pela componente tributária. A possibilidade de fornecer equipamentos para outros setores além do sucro-alcooleiro, a contribuição para a formação de um Pólo Metal Mecânico fortalecido em Alagoas, com a geração de projetos de subcontratação industrial, onde empresas de pequeno porte possam produzir peças para os produtos finais das grandes, são perspectivas que visualizamos para o fortalecimento da atividade metal mecânica. Esperamos que a partir deste trabalho problemas sejam solucionados, distorções corrigidas e novos horizontes possam ser traçados, auxiliando e facilitando as ações daqueles que desejam, de alguma forma, fomentar a atividade produtiva em Alagoas. JOSE CARLOS LYRA DE ANDRADE Presidente do SINDIMEC

5 Sumário Parte I Panorama Internacional, Nacional e Regional da Indústria Metal-Mecânica. 1. O SETOR METAL-MECÂNICO A ESTRUTURA DA INDÚSTRIA A ESTRUTURA DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA Indústria de Bens de Produção Indústria de Bens de Capital e Intermediários Bens de Capital Bens Intermediários Indústria de Bens de Consumo Parte II Panorama Estadual da Indústria Metal-Mecânica de Alagoas. 2. O SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS METALURGIA FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE METAL FABRICAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS VEÍCULOS AUTOMOTORES, REBOQUES E CARROCERIAS OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AMBIENTE EMPRESARIAL AMBIENTE GOVERNAMENTAL Bancos de Desenvolvimento Incentivos Governamentais PANORAMA SETORIAL CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS Classificação em Relação ao Porte Distribuição por Segmento Análise da Oferta e Demanda Fornecedores de Insumos Investimentos Tecnologia Mercado de Trabalho Caracterização da Mão-de-Obra Escolaridade da Mão-de-Obra Ocupações Principais Ocupações Dificuldades de Contratação Capacitação da Mão-de-Obra Terceirização no Setor Relação do Setor com Instituições de Ensino Instituições de Ensino Demanda de Cursos Benefícios Oferecidos Segurança do Trabalho Meio Ambiente Relação com a Sociedade Ambiente Empresarial... 77

6 Instituições de Classe Ambiente Governamental Novas Empresas Jaraguá Equipamentos PERSPECTIVAS Parte III Identificação das Necessidades da Indústria Metal-Mecânica de Alagoas. 1. ANÁLISE ESTRATÉGICA ANÁLISE SWOT Análise do Ambiente Interno Pontos Fortes Consumidor Interno (Sucroalcooleiro/Têxtil/ Químico e Plástico) Instituições de Ensino Custo de Produção Sinergia dos Agentes Envolvidos Pontos Fracos Períodos de Estagnação do Estado Dependência do Consumidor Diversificação da Oferta Capacidade Financeira Crédito Informalidade do Setor Sindicalização Tecnologia Inexistência de Acompanhamento do Setor (dados) Capacidade das Instituições de Ensino Qualificação da Mão-de-Obra Fornecedor Análise do Ambiente Externo Oportunidades Localização Infra-Estrutura Apoio Governamental Crescimento Industrial/Diversificação Disponibilidade de Mão-de-Obra Ameaças Infra-Estrutura de Transportes Terrestre Carga Tributária Acesso ao Crédito Fornecimento de Matéria-Prima Conjuntura Econômica Descontinuidade da Política de Desenvolvimento DIRECIONADORES ESTRATÉGICOS Mão-de-Obra Infra-Estrutura Privado - Empresas Estado - Governo Associativismo METAS Mão-de-Obra INFRA-ESTRUTURA Privado - Empresa

7 1.3.4 Estado - Governo Associativismo PROGRAMA ESTRATÉGICO DE AÇÕES Descrição das Ações Mão-de-Obra Qualificar a Mão-de-Obra Infra-Estrutura Recuperar, Ampliar e Manter a Malha Rodoviária Ampliar e Modernizar as Instalações do Porto de Maceió Acompanhar a Recuperação da Linha Ferroviária Investir em Novas Fontes de Energia Ampliar o Raio de Alcance do Sistema de Telecomunicação Reestruturar Distritos Industriais Criar o Pólo Metal-Mecânico Estado Governo Desenvolver a Cadeia Produtiva Discutir a Reforma Tributária Viabilizar o Acesso ao Crédito Incentivar a Diversificação Industrial Reformular o Prodesin Investir em P&D Privado - Empresa Implantar uma Gestão Sistêmica Modernizar o Parque Industrial Informatizar Processos Implantar Programa de Qualidade Associativismo Aumentar Representatividade IMPLANTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO PLANO DE AÇÃO

8 Gráficos GRÁFICO 1: DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS GRÁFICO 2: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE METALURGIA GRÁFICO 3: DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE PRODUTOS DE METAL GRÁFICO 4: DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DO SEGMENTO DE PRODUTOS DE METAL GRÁFICO 5: DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS GRÁFICO 6: DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DO SEGMENTO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS GRÁFICO 7: DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE VEÍCULOS, REBOQUES E CARROCERIAS. 44 GRÁFICO 8: DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE GRÁFICO 9: DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS GRÁFICO 10: DISTRIBUIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DO SEGMENTO DE MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS GRÁFICO 11: DISTRIBUIÇÃO POR SEGMENTO DAS PEQUENAS EMPRESAS GRÁFICO 12: DISTRIBUIÇÃO POR SEGMENTO DAS GRANDES EMPRESAS GRÁFICO 13: LOCALIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS CLIENTES DO SETOR METAL-MECÂNICO GRÁFICO 14: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PRINCIPAIS MOTIVOS DA AQUISIÇÃO FORA DO ESTADO GRÁFICO 15: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS GRÁFICO 16: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES DE FINANCIAMENTO GRÁFICO 17: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA PRETENSÃO DE INVESTIMENTOS GRÁFICO 18: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS EMPRESAS EM RELAÇÃO À GERAÇÃO DE EMPREGO GRÁFICO 19: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA FONTE DOS RECURSOS GRÁFICO 20: FATORES CONSIDERADOS NA DECISÃO DE INVESTIMENTO GRÁFICO 21: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS GRÁFICO 22: PRINCIPAIS MÁQUINAS SOLICITADAS NO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS. EM CITAÇÕES GRÁFICO 23: UTILIZAÇÃO DE SOFTWARE DE GERENCIAMENTO OPERACINAL GRÁFICO 24: UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES DE GERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO GRÁFICO 25: DIVISÃO DOS TRABALHADORES, POR ÁREA DE ATUAÇÃO, DO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS GRÁFICO 26: DIVISÃO DOS TRABALHADORES, POR PORTE DAS EMPRESAS, DO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS GRÁFICO 27: DIVISÃO DOS TRABALHADORES, POR ÁREA DE ATUAÇÃO, CONSIDERANDO O PORTE DA EMPRESA GRÁFICO 28: OCUPAÇÕES QUE APRESENTAM DIFICULDADE PARA CONTRATAÇÃO GRÁFICO 29: EMPRESAS QUE OFERECEM TREINAMENTOS LIGADOS À ÁREA DE PRODUÇÃO GRÁFICO 30: EMPRESAS QUE OFERECEM TREINAMENTO AOS EMPREGADOS LIGADOS À ÁREA ADMINISTRATIVA GRÁFICO 31: DISTRIBUIÇÃO DAS GRANDES EMPRESAS EM RELAÇÃO À OFERTA DE TREINAMENTOS LIGADOS A ÁREA DE PRODUÇÃO GRÁFICO 32: DISTRIBUIÇÃO DA OFERTA DE TREINAMENTOS LIGADOS À ÁREA ADMINISTRATIVA GRÁFICO 33: DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS QUE PATROCINARAM PROGRAMAS EDUCACIONAIS PARA OS EMPREGADOS EM GRÁFICO 34: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO GRÁFICO 35: FREQÜÊNCIA DA DEMANDA DE CURSOS... 73

9 GRÁFICO 36: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO HORÁRIO DE REALIZAÇÃO DOS CURSOS GRÁFICO 37: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO LOCAL DE REALIZAÇÃO DO CURSO GRÁFICO 38: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS NORMAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO GRÁFICO 39: DISTRIBUIÇÃO DA ADOÇÃO DE NORMAS DE PROTEÇÃO AO MEIO-AMBIENTE GRÁFICO 40: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS NORMAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL GRÁFICO 41: EMPRESAS QUE AJUDAM COMUNIDADES CARENTES GRÁFICO 42: BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB ( ) GRÁFICO 43: BRASIL: CRESCIMENTO PERCENTUAL DO CONSUMO DAS FAMÍLIAS ( ) GRÁFICO 44: BRASIL: FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO ( ) GRÁFICO 45: ALAGOAS PRODUÇÃO DE PETRÓLEO ( ) GRÁFICO 46: ALAGOAS PRODUÇÃO DE GÁS ( ).*

10 Tabelas TABELA 1: ESTRUTURA DO SETOR METAL-MECÂNICO TABELA 2: COMPOSIÇÃO DA INDÚSTRIA DE BENS DE PRODUÇÃO SETOR METAL-MECÂNICO TABELA 3: ESPECIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES DOS TIPOS DE METALURGIA TABELA 4: CLASSIFICAÇÃO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL.* FIGURA 4: ESTRUTURA DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA E SEUS PRODUTOS TABELA 5: ESTRUTURA DO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS TABELA 6: DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E MATÉRIAS-PRIMAS, DE ACORDO COM AS ATIVIDADES TABELA 7: DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E MATÉRIAS-PRIMAS, DE ACORDO COM AS ATIVIDADES TABELA 8: DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E MATÉRIAS-PRIMAS, DE ACORDO COM AS ATIVIDADES TABELA 9: DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E MATÉRIAS-PRIMAS, DE ACORDO COM AS ATIVIDADES TABELA 10: DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS E MATÉRIAS-PRIMAS, DE ACORDO COM AS ATIVIDADES TABELA 11: CARACTERÍSTICAS DAS EMPRESAS DO SEGMENTO DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO.. 47 TABELA 12: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS EMPRESAS SEGUNDO O FATURAMENTO TABELA 13: ESPECIFICAÇÃO DAS 19 MAIORES EMPRESAS, CONFORME SEGMENTO TABELA 14: DISTRIBUIÇÃO DA ORIGEM DOS INSUMOS E MATÉRIAS-PRIMAS TABELA 15: NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TRABALHADORES LIGADOS À PRODUÇÃO TABELA 16: NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TRABALHADORES LIGADOS À ÁREA ADMINISTRATIVA TABELA 17: NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TRABALHADORES DAS GRANDES EMPRESAS TABELA 18: NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TRABALHADORES DAS PEQUENAS EMPRESAS TABELA 19: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS PRINCIPAIS OCUPAÇÕES TABELA 20: TIPOS DE TREINAMENTO FORA DO POSTO DE TRABALHO. EM CITAÇÕES TABELA 21: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS ATIVIDADES DOS SERVIÇOS GERAIS TABELA 22: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS ATIVIDADES DA PRODUÇÃO TABELA 23: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS ATIVIDADES DE INFORMÁTICA TABELA 24: DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS ATIVIDADES DE PROJETOS E ENSAIOS TABELA 25: BENEFÍCIOS CONCEDIDOS AOS TRABALHADORES TABELA 26: ENTIDADES DE APOIO A COMUNIDADES CARENTES BENEFICIADAS TABELA 27: INSTITUIÇÕES DE CLASSE TABELA 28: INSTALAÇÃO DE NOVAS REFINARIAS, SEGUNDO PREVISÃO DE OPERAÇÃO TABELA 29: MATRIZ SWOT TABELA 30: ALAGOAS POTENCIAL ENERGÉTICO TABELA 31: ALAGOAS POTENCIAL EM TELECOMUNICAÇÕES TABELA 32: ALAGOAS SITUAÇÃO DO SANEAMENTO TABELA 33: ALAGOAS SISTEMA DE TRANSPORTE TABELA 34: ALAGOAS INVESTIMENTO EMPRESARIAL SEGUNDO LOCALIZAÇÃO E ATIVIDADE TABELA 35: MOVIMENTAÇÃO DE CARGA DOS PORTOS NORDESTINOS

11 Figuras FIGURA 1: ESTRUTURA DOS TIPOS DE INDÚSTRIAS FIGURA 2: CICLO DE INTERAÇÃO ENTRE OS TIPOS DE INDÚSTRIA FIGURA 3: ESTRUTURA DOS TIPOS DE INDÚSTRIAS SETOR METAL-MECÂNICO FIGURA 4: ESTRUTURA DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA E SEUS PRODUTOS FIGURA 5: ESTRUTURA DA INDÚSTRIA METAL MECÂNICA EM ALAGOAS POR GRUPO DE ATIVIDADE FIGURA 6: ESTRUTURA DA INDÚSTRIA METAL MECÂNICA EM ALAGOAS POR GRUPO DE ATIVIDADE E SUAS SUBDIVISÕES FIGURA 7: ALAGOAS LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA FIGURA 8: ALAGOAS MUNICÍPIOS FABRICANTES DE METALURGIA FIGURA 9: ALAGOAS MUNICÍPIOS FABRICANTES DE PRODUTOS DE METAL FIGURA 10: ALAGOAS MUNICÍPIOS FABRICANTES DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS FIGURA 11: ALAGOAS MUNICÍPIOS FABRICANTES DE OUTROS REBOQUES E CARROCERIAS FIGURA 12: ALAGOAS MUNICÍPIOS FABRICANTES DE OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE FIGURA 13: PRINCIPAIS DEMANDANTES DO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS FIGURA 14: PERSPECTIVAS PARA A INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA DE ALAGOAS FIGURA 15: ESTRUTURA DA ANÁLISE ESTRATÉGICA DO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS FIGURA 16: LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA DE ALAGOAS EM RELAÇÃO AOS DEMAIS ESTADOS NORDESTINOS FIGURA 17: DISTÂNCIA DAS CAPITAIS NORDESTINAS EM RELAÇÃO A MACEIÓ FIGURA 18: AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA QUALIFICAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA FIGURA 19: AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA INFRA-ESTRUTURA ALAGOANA FIGURA 20: LINHA FERROVIÁRIA ALAGOANA (RECUPERAÇÃO) FIGURA 21: ÁREAS EM POTENCIAL PARA IMPLANTAÇÃO DO PÓLO METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS. 138 FIGURA 22: AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O APOIO GOVERNAMENTAL AO SETOR FIGURA 23: AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA MODERNIZAR O SETOR PRIVADO FIGURA 24: AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA AUMENTAR A REPRESENTATIVIDADE DO ASSOCIATIVISMO.. 145

12 INTRODUÇÃO O Estudo Setorial da Indústria Metal-Mecânica, em Alagoas, tem como finalidade contribuir à consolidação do setor Metal-Mecânico no Estado de Alagoas. Apresenta-se o atual cenário, bem como os gargalos desse setor no Estado, de forma a fornecer, aos agentes econômicos envolvidos, informações e análises que podem ser utilizadas como importante instrumento ao desenvolvimento setorial. Através de uma avaliação sistêmica, o trabalho descreve as características do setor por meio do panorama internacional, nacional, regional e estadual dessa indústria, de forma a identificar as necessidades e ações estratégicas para o mesmo. O Estudo contou com a participação do Governo do Estado, da Federação das Indústrias de Alagoas, do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado de Alagoas, do SENAI/AL e de algumas empresas do setor. É apresentado num Box contendo três volumes: Volume 1, Volume 2 e Volume Executivo. O primeiro volume apresenta as características do setor Metal-Mecânico no mundo, Brasil e região Nordeste. O segundo analisa a atual situação do setor no Estado de Alagoas, suas necessidades e respectivas sugestões de ações mitigadoras. Para efetivar as estratégias, foram traçadas ações por metas estratégicas, classificadas conforme seus direcionadores e apresentadas no Plano de Ação Estratégico. Este Plano aponta as principais ações para solucionar os gargalos e seus respectivos executores, de forma a interagir com os agentes setoriais envolvidos e, conseqüentemente, atingir seu objetivo: desenvolver o setor Metal-Mecânico no Estado de Alagoas. As principais informações foram resumidas no volume executivo, que pretende servir como um guia prático aos participantes do setor, além de investidores interessados.

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14 14 1. O Setor Metal-Mecânico 1.1 A Estrutura da Indústria Como foi discutida anteriormente, a indústria foi responsável pelas grandes transformações urbanas, pela multiplicação de diversos ramos de serviços, que caracterizam a cidade moderna, e pelo desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação. Foi responsável, também, pela maior produtividade, e, conseqüentemente, pela elevação da produção agrícola e pelo êxodo rural. Além disso, introduziu novos hábitos de consumo, criou novas profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação desta com a natureza. Desde o seu surgimento no século XVIII, denomina-se, como indústria, toda atividade que, através do trabalho e do capital, transforma matéria-prima em outros produtos, que, em seguida, podem ser comercializados, sejam destinados à produção ou ao consumo final. As indústrias, de acordo com suas atividades, podem ser de transformação ou de extração mineral. A indústria de extração mineral retira a matéria-prima da natureza para ser utilizada por outras indústrias; nesse segmento estão incorporadas as atividades de extração de minerais em estado natural: sólidos (carvão e outros minérios), líquidos (petróleo cru) e gasosos (gás natural), podendo realizar-se em minas subterrâneas, a céu aberto ou em poços. Inclui, ainda, as atividades complementares de beneficiamento associado à extração, realizadas principalmente para melhorar a qualidade do produto e facilitar a comercialização, desde que o beneficiamento não altere as características físicas ou químicas dos minerais. As atividades de beneficiamento são, geralmente, executadas pela empresa mineradora junto ao local da extração. São consideradas atividades de beneficiamento: trituração, classificação, concentração, pulverização, flotação, liquefação de gás natural, entre outros. A indústria de transformação é aquela que transforma a matéria-prima em diversos tipos de bens. De acordo com os bens que são produzidos, pode-se classificar as indústrias de transformação em: indústrias de bens de produção, indústrias de bens de capital e

15 15 intermediários, e indústrias de bens de consumo; esses podem ser duráveis, semiduráveis e não-duráveis, conforme apresenta a figura a seguir. Figura 1: Estrutura dos Tipos de Indústrias. Indústria Extrativista Indústria Indústria de Bens de Produção Indústria de Transformação Indústria de Bens de Capital e Intermediários Bens de Consumo Duráveis Indústria de Bens de Consumo Bens de Consumo Semiduráveis Bens de Consumo Não-duráveis A indústria de bens de produção ou indústria de base ou pesada, como também pode ser denominada, transforma a matéria-prima bruta em insumos para outras indústrias. Costuma localizar-se próximo a portos, ferrovias e fontes de matéria-prima para facilitar o recebimento desta última e o escoamento da produção. Como exemplo, pode-se citar: as siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas e indústria de cimento. Bens de Produção - aço - alumínio - chapas de ferro A indústria de bens de capital e bens intermediários tem suas atividades de acordo com os bens que produzem. a) Bens de Capital são aqueles bens utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo, nem

16 16 são consumidos no processo produtivo. Por exemplo, máquinas, equipamentos e instalações. Tem como característica contribuir para melhoria da produtividade da mão-de-obra. b) Bens Intermediários são os bens transformados ou agregados à produção de outros bens e são consumidos totalmente no processo produtivo (insumos, matérias-primas e componentes). Bens de Capital e Intermediários: - máquinas - ferramentas - autopeças, componentes, etc. Por sua vez, a indústria de bens de capital fornece bens e tecnologia para a Indústria de bens de consumo, que tem sua atividade voltada para produção de bens de consumo final. Por estar vinculada ao mercado consumidor e à oferta de mão-deobra, esse tipo de indústria está mais dispersa espacialmente. Essa indústria se divide em bens de consumo duráveis eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos, móveis, automóveis, entre outros bens de consumo não-duráveis, por exemplo, alimentos, bebidas e bens de consumo semiduráveis, como vestuário, calçados. Bens de Consumo: - automóveis - eletrodomésticos - vestuário A figura a seguir apresenta o ciclo de interação entre os tipos de indústria, conforme foi especificado anteriormente.

17 17 Figura 2: Ciclo de Interação Entre os Tipos de Indústria. Indústria Extrativista Mineral Indústria de Reciclagem Indústria de Bens de Produção Consumidor Final Indústria de Bens de Capital e Intermediários Indústria de Bens de Consumo Este ciclo tem como apoio a indústria de reciclagem, setor da economia que atende a um movimento cada vez mais relevante para a substituição e reaproveitamento das matérias-primas tradicionais. Como segmentos dessa indústria, pode-se citar a reciclagem de papel, vidro, metal, plástico, material orgânico, entre outros materiais. Para esse estudo, é importante destacar a reciclagem dos metais. Esses são retirados da natureza em forma de minérios cujas reservas são esgotáveis. Estão classificados como metais ferrosos (ferro e aço) e não-ferrosos (alumínio, zinco, chumbo, níquel, cobre). Os metais podem se unir a outros materiais, formando as ligas metálicas, com características bem diferentes dos metais que as originaram. Este é o caso do aço (ferro mais carbono), do latão e do bronze (ligas de cobre). O alumínio é largamente utilizado na fabricação de latinhas de bebidas e a folha-de-flandres, aço revestido com estanho, é usada em embalagens para conservas de alimentos. Objetos de aço e de alumínio podem ser reciclados sempre, sem que haja perda de qualidade do material. Com a reciclagem do aço economiza-se 75% da

18 18 energia usada para fabricá-lo a partir de minério de ferro. A reciclagem do alumínio é ainda mais vantajosa, pois reduz em 95% o gasto com energia, o que seria necessário para se produzir o alumínio a partir da bauxita. Fatos que confirmam a importância da indústria de reciclagem para economia. 1.2 A Estrutura da Indústria Metal-Mecânica O setor Metal-Mecânico, objeto de estudo desse trabalho, é extremamente complexo e diversificado, o que torna difícil a tarefa de analisar e classificar suas atividades. Segundo estudos 1 realizados pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a indústria Metal-Mecânica incorpora todos os segmentos responsáveis pela transformação de metais, incluindo desde a produção de bens e serviços intermediários como as fundições, as metalurgias, as oficinas de corte, a soldagem, a estamparia até a produção de bens finais como máquinas, equipamentos, veículos e materiais de transporte. Além disso, consideram-se, como atividades desse setor, a extração e os beneficiamentos de carvão mineral e minerais metálicos. Esses dividem-se em ferrosos (ferro), não-ferrosos (alumínio, estanho, cobre, manganês, vanádio, etc.), e os preciosos (ouro, prata, platina). O presente estudo adotará a estrutura do Setor Metal-Mecânico utilizada pelo SINMETAL 2 com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE versão 2.0) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Segundo essa, a indústria Metal-Mecânica abrange diversos setores integrantes da indústria de transformação, além de subsetores, podendo-se acrescentar, ainda, o segmento de reciclagem de sucatas metálicas. A figura a seguir apresenta a estrutura do setor Metal-Mecânico, segundo os tipos de indústrias que o compõe. 1 Série Cadernos da Indústria ABDI, Panorama da Indústria Brasileira, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Estado do Rio Grande do Sul.

19 19 Figura 3: Estrutura dos Tipos de Indústrias Setor Metal-Mecânico. Indústria de Bens de Produção Indústria Indústria de Transformação Indústria de Bens de Capital e Intermediários Indústria de Bens de Consumo Duráveis O setor Metal-Mecânico encontra-se dentro da estrutura da indústria de transformação, sendo composto pelos seguintes segmentos da indústria: de bens de produção, bens de capital e intermediários, e bens de consumo. A tabela, a seguir, apresenta o resumo das atividades que compõe o setor metal-mecânico, por tipo de indústria. Tabela 1: Estrutura do Setor Metal-Mecânico. Código Tipo de Indústria CNAE 2.0 Indústria de Bens de Produção 24 Metalurgia Grupo de Atividade Indústria de Bens Intermediários 25 Fabricação de produtos de metal Indústria de Bens Intermediários e Bens de Consumo Indústria de Bens Intermediários e Bens de Consumo Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos Indústria de Bens de Capital 28 Fabricação de máquinas e equipamentos Indústria de Bens Intermediários e Bens de Consumo 29 Indústria de Bens de Consumo 30 Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias Fabricação de outros equipamentos de transporte Fonte: CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0. Compilado por LOG Negócios e Consultoria Indústria de Bens de Produção A indústria de bens de produção do setor Metal-Mecânico é formada, essencialmente, pela indústria metalúrgica básica, que compreende um conjunto de procedimentos e técnicas para extração, fabricação, fundição e tratamento dos

20 20 metais e suas ligas, que, por sua vez, dividi-se em quatro grupos de atividades: produção de ferro-gusa e de ferroligas; siderurgia e fabricação de tubos de aço; metalurgia de metais não-ferrosos e fundição. Tabela 2: Composição da Indústria de Bens de Produção Setor Metal-Mecânico. Grupos de Atividades Especificação da Atividade Econômica Produção de Ferro-Gusa e de - Produção de Ferro-Gusa; Ferroligas; - Produção de Ferroligas. - Produção de Semi-acabados de aço; Siderurgia; Produção de Tubos - Produção de Laminados Planos de aço; de aço, exceto tubos sem - Produção de Laminados Longos de aço; costura - Produção de Relaminados, Trefilados e perfilados de aço. Metalurgia dos metais nãoferrosos Fundição - Metalurgia do Alumínio e suas ligas; - Metalurgia dos Metais preciosos; - Metalurgia do Cobre; - Metalurgia dos Metais não-ferrosos e suas ligas, não especificados anteriormente. - Fundição de Ferro e aço; - Fundição de Metais não-ferrosos e suas ligas. Fonte: CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0. a) Produção de Ferro-gusa e Ferroligas As ferroligas, como o próprio nome já diz, são ligas de ferro com um ou mais elementos químicos, como manganês, silício, cromo e níquel. São utilizadas em processos metalúrgicos para adição de propriedades a materiais e destinam-se, principalmente, à produção de aço, contribuindo como um importante insumo ao aperfeiçoamento da qualidade dos produtos siderúrgicos ao agregar características específicas de acordo com o elemento ligado. O gusa é uma liga de ferro e carbono, produto imediato da redução do minério de ferro pelo coque, que é um tipo de combustível derivado do carvão, ou carvão e calcário, em alto forno. Geralmente, nos processos industriais, é considerado como uma liga de ferro e carbono, contendo de 4 a 4,5% de carbono e outros elementos ditos residuais, como, por exemplo: silício, manganês, fósforo e enxofre, dentre outros. Ferro gusa é insumo básico à produção de aços longos. Existem dois tipos de ferro gusa: de fundição e aciaria; sendo o primeiro utilizado na produção de ferro fundido; e o segundo, um dos produtos intermediários utilizados na fabricação de aço.

21 21 b) Siderurgia e Tubos de Aço A siderurgia é o ramo da metalurgia que se dedica à fabricação e tratamento de aço. Essa indústria surgiu no século XIX. Hoje, o aço é o produto mais reciclado do mundo, pois, o mesmo, é matéria-prima na fabricação de automóveis, máquinas e equipamentos, eletrônicos, eletrodomésticos, entre outros. Após vários anos, esses produtos tornam-se sucatas, alimentando os fornos das usinas, produzindo novamente aço com a mesma qualidade. Basicamente, o aço é uma liga de ferro e carbono. O ferro é encontrado em toda crosta terrestre, fortemente associado ao oxigênio e à sílica. O carbono é também relativamente abundante na natureza, e pode ser encontrado sob diversas formas. Na siderurgia, usa-se carvão mineral e, em alguns casos, o carvão vegetal. As usinas siderúrgicas, na maioria, classificam-se, segundo o seu processo produtivo, em: integradas, semi-integradas e não-integradas. Integradas - operam as três fases básicas: redução, refino e laminação; Semi-Integradas - operam duas fases: refino e laminação. Estas usinas partem de ferro gusa, ferro esponja ou sucata metálica, adquiridos de terceiros, para transformá-los em aço, aciarias elétricas e posterior laminação. Não-Integradas operam, apenas, uma fase do processo: redução ou laminação. No mercado produtor operam ainda unidades de pequeno porte dedicadas, exclusivamente, a produzir aço para fundições. Nesse segmento existem, também, empresas na fabricação de tubos de aço fundidos, trefilados 3 e flexíveis. c) Metalurgia dos Metais Não-Ferrosos Este grupo compreende a metalurgia do alumínio, cobre, estanho. Além da produção de metais preciosos e de outros metais não-ferrosos e suas ligas, utilizando minério em bruto, materiais intermediários e sucata. A tabela seguinte apresenta especificações da produção dessas metalurgias. 3 Os produtos trefilados são fabricados a partir do processo de trefilação, isto é, o estiramento da liga para produção de fios, arames, vergalhões e tubos.

22 22 Tabela 3: Especificação das Atividades dos Tipos de Metalurgia. Tipo de Metalurgia Atividades Metalurgia do Alumínio Metalurgia dos Metais preciosos Metalurgia do Cobre Metalurgia de outros Metais não-ferrosos - a produção de alumina (óxido de alumínio); - a produção de alumínio em formas primárias (lingotes, etc.); - a produção de laminados de alumínio (barras, canos e tubos, perfis, chapas, etc.), inclusive ligas; - a produção de relaminados e retrefilados de alumínio, inclusive ligas. - a metalurgia (fundição, laminação, trefilação, etc.) dos metais preciosos (ouro, prata, platina, etc.) e suas ligas. - a produção de cobre em formas primárias (lingotes, etc.); - a produção de laminados de cobre (barras, canos e tubos, perfis, chapas, etc.), inclusive ligas; - a produção de relaminados e retrefilados de cobre, inclusive ligas; - a produção de metais de cobre. - a metalurgia dos metais não-ferrosos (chumbo, zinco, estanho, cromo, níquel, tungstênio, titânio, etc.) e suas ligas, em formas primárias, laminados, trefilados, relaminados e retrefilados; - a produção de soldas (fios, barras e tubos), ânodos e cátodos; - a produção de mates de níquel. Fonte: CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0. d) Fundição A Fundição é um processo de fabricação em que um metal, ou liga metálica, no estado líquido, é vazado em um molde com formato e medidas correspondentes aos da peça a ser produzida. A peça produzida por fundição pode ter as formas e dimensões definitivas ou não. Em muitos casos, após a fundição, a peça é usinada para serem feitos ajustes dimensionais ou mesmo conformada mecanicamente, para que as formas e dimensões finais sejam obtidas. Esse processo de fundição pode ser seriado e não seriado. Fundição Seriada: operam com processos altamente repetitivos, para fabricação de altos volumes de um mesmo produto ou linha de produto, envolvendo, normalmente, processos automatizados e mecanizados que requerem grandes investimentos em máquinas e equipamentos. Fundição Não Seriada: operam com processos de produção prolongados, em geral envolvendo uma unidade ou pequenos lotes do produto a cada ciclo de produção. Os processos não seriados, quando comparados aos seriados, geralmente envolvem menor automatização e mecanização. O ferro fundido tem larga aplicação no mercado, tais como em caixas, tampões e grelhas para diversos segmentos, dentre os quais: água e esgoto; telefonia

23 23 e eletricidade; peças para material de transporte; peças para maquinário leve e pesado; peças para motores e aparelhos elétricos, entre outros. As atividades desse segmento são realizadas sob encomenda, de acordo com especificações próprias. Esse segmento está dividido em dois grupos: produção de peças fundidas, de aço-carbono, aços especiais e ligas de aço; e a produção de peças fundidas de metais não-ferrosos (alumínio, zinco, chumbo, níquel, cobre) e suas ligas Indústria de Bens de Capital e Intermediários A indústria de bens de capital e intermediários do setor metal-mecânico tem suas atividades direcionadas à fabricação de bens que servem para a produção de outros bens, tais como máquinas, equipamentos, material de transporte e construção. Além da heterogeneidade dos produtos desse tipo de indústria, destaca-se a variedade de porte das empresas envolvidas no setor, que abrange desde as empresas familiares (pequenas e médias) até as grandes multinacionais. No mundo, a produção de bens de capital e intermediários mais sofisticados está concentrada, principalmente, nos países desenvolvidos, em especial nos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Itália. No que diz respeito aos países em desenvolvimento, além do Brasil, somente Coréia do Sul, Taiwan, China e México possuem um setor de bens de capital expressivo. Em relação às especificidades técnicas, os produtos são classificados como: seriados (produzidos em larga escala, de forma padronizada, como máquinas agrícolas, tratores, ônibus e caminhões) e sob encomenda (produzidos segundo características técnicas associadas a determinado processo produtivo, como as prensas utilizadas pelas montadoras de automóveis, os altos-fornos das siderúrgicas, as turbinas das usinas hidrelétricas e as plataformas de petróleo) Bens de Capital A indústria de bens de capital caracteriza-se pela produção de máquinas e equipamentos para serem utilizadas no

24 24 processo produtivo a fim de gerar riqueza, sem que sofram transformação ou desgaste imediato, passando a integrar o ativo permanente de uma empresa. Esse segmento envolve complexidade em seu estudo teórico por ser fornecedor de toda a indústria de transformação, ou seja, todas as empresas que necessitem de máquinas e equipamentos para transformação de seus insumos. Assim, de acordo com as diversas áreas de produção, tamanhos das firmas, inovações tecnológicas, entre outros, essa indústria exige maior responsabilidade de sua engenharia mecânica em adequar-se às transformações de produção de sua clientela. Além disso, muitos desses bens são encomendados, não havendo uma padronização, ao contrário da produção seriada. É fato que os países que investiram no desenvolvimento da indústria de bens de capital saíram na frente no crescimento econômico, de modo que essa indústria incorpora o progresso técnico ao processo de transformação, ou seja, a evolução tecnológica das máquinas e equipamentos garante o aumento da produtividade, leiase, economia de escala, assim como aconteceu na Revolução Industrial, quando a introdução de máquinas e equipamentos multiplicou a produtividade das unidades fabris. O segmento de produção de máquinas e equipamentos é composto pela fabricação dos componentes mecânicos, partes e peças para as atividades industriais agrícolas; extração mineral e construção; transporte e elevação de cargas e pessoas; refrigeração; instalações térmicas e outras atividades semelhantes. Abrange, ainda, a fabricação de máquinas para uso geral, que são as usadas por uma grande variedade de indústrias, no comércio e nos serviços, conforme apresenta a tabela adiante. Para melhor abordagem da ramificação da classificação de máquinas e equipamentos, pode-se agrupá-la da seguinte forma: Tabela 4: Classificação da Indústria Brasileira de Bens de Capital.* Máquinas e Equipamentos Máquinas e equipamentos tipicamente industriais Taxonomia Estruturas metálicas e caldeiraria pesada; Tanques e caldeirarias; Motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão; Máquinas e equipamentos gerais;

25 25 Máquinas e equipamentos de energia elétrica Máquinas e equipamentos de telecomunicações Máquinas e equipamentos eletrônicos e nãoeletrônicos para escritório Equipamentos médicohospitalares Máquinas e equipamentos agrícolas Máquinas e equipamentos de transporte Fabricação de Máquinas para uso geral. Máquinas-ferramenta; Máquinas e equipamentos para extração mineral e construção; Outras máquinas de extração; Geradores, transformadores e motores elétricos; Outros equipamentos elétricos; Material eletrônico básico; Aparelhos de medidas, teste e controle; Aparelhos e materiais ópticos e fotográficos. Equipamentos de energia elétrica Equipamentos de telefonia e radiotelefonia e transmissores de televisão e rádio; Aparelhos receptores e de reprodução, gravação ou amplificação. Máquinas para escritório; Equipamentos de sistemas e processamento de dados. Equipamentos médico-hospitalares Máquinas e equipamentos agrícolas Caminhões e ônibus (rodoviários); Cabines, carrocerias e reboques para caminhões (rodoviários); Construção, montagem e reparo de veículos ferroviários (ferroviários); Construção e reparo de embarcações (navais); Construção, montagem e reparo de aeronaves (aeronáuticos); Fabricação de outros equipamentos de transporte (outros). - Aparelhos e equipamentos para instalações térmicas; - Máquinas, equipamentos e aparelhos para transporte e elevação de cargas e pessoas; - Máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação para uso industrial e comercial; - Aparelhos e equipamentos de ar condicionado; - Máquinas e equipamentos para saneamento básico e ambiental. Fonte: Apud Nassif (2007). * Readaptação desse autor utilizando os códigos CNAE/IBGE Bens Intermediários Segundo o CNAE, Código Nacional de Atividade Econômica, a indústria de bens intermediários divide-se em quatro segmentos de atividades: fabricação de produtos de metal; fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carroceria; fabricação de equipamento de informática, produtos eletrônicos e ópticos; e fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos.

26 26 a) Fabricação de Produtos de Metal Este segmento compreende a fabricação de produtos como estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada, para diversas aplicações, tais como: caldeiras, tanques e reservatórios metálicos utilizados como instalação para armazenamento e uso industrial. Além disso, inclui a fabricação de produtos de serralheria, forjaria 4, estamparia, funilaria, metalurgia de pó, artigos de cutelaria 5, embalagens metálicas e ferramentas. Abrange, também, a fabricação de artefatos metálicos para uso doméstico, fabricação de armas e munições e os serviços de tratamento de metais. b) Fabricação e Montagem de Veículos Automotores, Reboques e Carroceria Neste segmento, consideram-se alguns itens da indústria de bens intermediários. Sua estrutura, dentro desse tipo de indústria, é composta pela fabricação de cabines, carrocerias, reboques e semi-reboques para veículos automotores; a fabricação de peças e acessórios, de material elétrico e eletrônico, para os veículos automotores; e o recondicionamento e recuperação de motores de veículos automotores. c) Fabricação de Equipamento de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos Este segmento de atividade também considera apenas alguns itens da indústria de bens intermediários, tendo uma estrutura composta somente pela fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle; cronômetros e relógios. d) Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos Na estrutura desse segmento, incluem-se, como indústrias de bens intermediários, a fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos, e a fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica. 4 Forjaria é um processo composto por uma estrutura com martelos e prensas, empregado para transformar um material do seu estado bruto em peças acabadas com propriedades mecânicas. 5 Cutelaria é o processo de fabricação de instrumentos de corte, por exemplo: espadas, adagas, facas, machados, navalhas, entre outros.

27 Indústria de Bens de Consumo A indústria de bens de consumo do setor Metal-Mecânico é formada, basicamente, por atividades dos seguintes segmentos: fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; fabricação de veículos automotores, reboques e carroceria; além de outros equipamentos de transporte. a) Fabricação de Equipamento de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos Este segmento compreende, no que concerne à produção de bens de consumo, setores que atuam na fabricação de componentes eletrônicos; de equipamentos de informática e periféricos para os mesmos; fabricação de equipamentos de comunicação; fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e vídeo; fabricação de equipamentos e instrumentos ópticos, fotográficos e cinematográficos; e na fabricação de mídias virgens, magnéticas e ópticas. b) Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos Este segmento, referindo-se à indústria de bens de consumo, atua nos seguintes setores: fabricação de pilhas, baterias e acumuladores elétricos; fabricação de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação; e de eletrodomésticos. c) Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carroceria As indústrias de bens de consumo deste segmento estão baseadas apenas na fabricação de automóveis, camionetas, utilitários, caminhões e ônibus. d) Fabricação de Outros Equipamentos de Transporte Este segmento atua na construção de embarcações e estruturas flutuantes; fabricação de veículos ferroviários, de aeronaves; fabricação de motocicletas, bicicletas e outros equipamentos de transporte. Abrange, ainda, a fabricação de veículos militares de combate; fabricação de cadeiras de rodas e veículos semelhantes para deficientes físicos, além de fabricação de peças e acessórios para veículos citados neste segmento.

28 28 Diante desta estrutura, é relevante destacar que as indústrias estão distribuídas de forma desigual no mundo, pois tendem a se concentrar nos lugares onde há fatores favoráveis à sua localização. Esses fatores são definidos historicamente e variam com o passar do tempo, dependendo do tipo de indústria. Em geral, os principais fatores locacionais são: matérias-primas, fonte de energia, mão-de-obra, mercado consumidor, infra-estrutura de transporte, rede de comunicação, incentivos fiscais e disponibilidade de água. Outro determinante para localização das indústrias é a existência de uma rede de transportes que possibilite o escoamento das mercadorias produzidas e recebimento das matérias-primas. Como apresentado, o setor metal-mecânico é composto por diversas indústrias, que integradas compõem a indústria metal-mecânica. Para melhor entender, na figura a seguir, pode-se observar as indústrias e seus respectivos produtos.

29 29 Figura 4: Estrutura da Indústria Metal-Mecânica e seus produtos. Bens de Produção Aço; Ferro; Metais ferrosos (cobre e alumínio); Metais não-ferrosos (zinco, chumbo, cromo e estanho) Bens de Capital Máquinas e Equipamentos. Indústria Metal- Mecânica Bens Intermediários Chapas, tubos e trefilados de metal; autopeças, entre outros. Bens de Consumo Veículos automotores; Aviões; Embarcações; Eletrodomésticos; Aparelhos elétricos de áudio e vídeo; Aparelhos e equipamentos de informática, entre outros.

30 30

31 31 2. O Setor Metal-Mecânico em Alagoas A partir da estrutura do Setor Metal-Mecânico, foi destacada a composição da mesma para o Estado de Alagoas. Essa identificação foi desenvolvida com base no Cadastro Industrial de Alagoas, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA). Como resultado, identificou-se que o setor Metal-Mecânico alagoano é formado por 258 empresas; as mesmas proporcionam um montante de empregos, com atividades direcionadas a produção de bens de capital e intermediários. Essas empresas atuam nos seguintes segmentos: fabricação de produtos de metal; máquinas e equipamentos; veículos automotores; outros equipamentos de transporte; além do segmento de metalurgia, como no quadro a seguir: Tabela 5: Estrutura do Setor Metal-Mecânico em Alagoas. Código CNAE 2.0 Grupo de Atividade 24 Metalurgia 25 Fabricação de Produtos de Metal 28 Fabricação de Máquinas e Equipamentos 29 Fabricação de Veículos Automotores, Reboques e Carroceria 30 Fabricação de Outros Equipamentos de Transporte Fonte: CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0. É possível observar que essa estrutura não incorpora dois segmentos do setor Metal-Mecânico, pois, de acordo com dados do Cadastro Industrial de Alagoas, não existem empresas instaladas que atuem, com predominância, nos segmentos de fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos e de fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos. O quadro a seguir apresenta a estrutura do setor Metal-Mecânico de Alagoas, de acordo com o grupo de atividades e suas respectivas subdivisões.

32 32 Figura 5: Estrutura da Indústria Metal Mecânica em Alagoas por grupo de atividade. Bens de Produção Metalurgia Básica Peças fundidas de ferro e aço; Tubos de aço com costura. Bens de Capital Máquinas e Equipamentos Centrífuga de açúcar; Bombas mecânicas; Turbinas a vapor; Hastes mancal; Engrenagens; Equipamentos para irrigação. Indústria Metal- Mecânica Alagoana Produtos de Metal Esquadrias de ferro; Portas, portões, janelas e janelões; Panelas de alumínio; Escada de aço; tubos de aço inox; lavadouras de roupa. Bens de Consumo Veículos Automotores Carrocerias; Reboques e Caçambas. Manutenção e Reparação Recuperação de motores; Cilindros; Recuperação de peças.

33 Figura 6: Estrutura da Indústria Metal Mecânica em Alagoas por Grupo de Atividade e suas Subdivisões. 33

34 34 Atualmente as empresas que compõe a indústria Metal-Mecânica, em Alagoas, estão distribuídas em 50 municípios. Sendo: 90 empresas instaladas na capital e 168 instaladas no interior. Gráfico 1: Distribuição das Empresas do Setor Metal-Mecânico em Alagoas. Capital Interior 34,88% 65,12% Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Para melhor visualizar a distribuição dessas empresas, a figura a seguir destaca os municípios em que estão localizadas.

35 35 Figura 7: Alagoas Localização da Indústria Metal-Mecânica. Fonte: Cadastro Industrial de Alagoas FIEA. Elaborado por LOG Negócios & Consultoria.

36 36 Adiante será apresentada uma abordagem sucinta das principais características dos segmentos da indústria Metal-Mecânica, nos quais as empresas alagoanas estão inseridas. Ressalta-se que as especificações apresentadas estão baseadas no Cadastro Industrial de Alagoas. 2.1 Metalurgia A metalurgia é o alicerce da indústria de bens de produção do setor Metal- Mecânico, que compreende um conjunto de procedimentos e técnicas para extração, fabricação, fundição e tratamento dos metais e suas ligas; por sua vez, está dividido em quatro grupos de atividades: produção de ferro gusa e de ferroligas; siderurgia e fabricação de tubos de aço; metalurgia de metais não ferrosos e fundição. Em Alagoas, o segmento de metalurgia é composto por empresas que atuam na fabricação de peças fundidas de ferro e de aço, e na produção de tubos de aço com costura, que, por sua vez, utilizam como matérias-primas: aço, ferro, bronze, cobre e materiais reciclados. A tabela a seguir apresenta os produtos e as matérias-primas de acordo com as atividades do segmento de Metalurgia: Tabela 6: Descrição dos Produtos e Matérias-Primas, de Acordo com as atividades. Atividade Produtos Matérias-Primas Fabricação de peças fundidas de ferro e aço. Bombas, motores, peças fundidas em geral, peças hidráulicas, recuperação de peças, peças para máquinas, Aço, ferro, bronze, cobre, solda, materiais reciclados. retificação de motores, buchas, pinos. Fabricação de tubos de aço com costura. Tubos de aço com costura Aço. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Essa estrutura, atualmente, é composta por um total de 8 fábricas, que empregam 85 funcionários; estão localizadas nos municípios de Atalaia, Delmiro Golveia, Maceió, Matriz de Camaragibe, Penedo e Rio Largo. Dessas empresas, 1 tem sua atividade voltada para fabricação de tubos de aço com costura, localizada no município de Penedo, e representa 12,50% do total; 7 atuam na fabricação de peças fundidas de ferro e aço, 87,50% do total. O gráfico a seguir apresenta a distribuição percentual das empresas e da quantidade de funcionários de acordo com a atividade:

37 37 Gráfico 2: Distribuição Percentual das Empresas do Segmento de Metalurgia. 85,50% 78,82% 12,50% 21,18% (%) Empresas (%) Empregos Fabricação de Peças fundidas de ferro eaço Fabricação de tubos de aço com costura Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. O mapa a seguir destaca os municípios onde atuam as empresas do segmento de metalurgia. Figura 8: Alagoas Municípios Fabricantes de Metalurgia. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. 2.2 Fabricação de Produtos de Metal O segmento de fabricação de produtos de metal compreende a produção de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada para diversas aplicações; inclui, também, a fabricação de produtos de serralharia, forjaria, estamparia, funilaria, artigos de cutelaria, embalagens metálicas e ferramentas. Abrange, ainda, a fabricação de artefatos metálicos para uso doméstico, fabricação de armas e munições e os serviços de tratamento de metais.

38 38 Em Alagoas, esse segmento incorpora as seguintes atividades: fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeira pesada, que atende às necessidades das usinas sucroalcooleiras; fabricação de produtos de serralharia; fabricação de artigos de funilaria e produtos de metal para usos doméstico e pessoal. Entre as principais matérias-primas do segmento, pode-se mencionar: a solda, o alumínio, o zinco, o ferro, as chapas de ferro, os vergalhões de ferro, o aço inoxidável, as barras de aço e as chapas de aço. A tabela a seguir apresenta os principais produtos e matérias-primas utilizadas pelas atividades desse segmento. Tabela 7: Descrição dos Produtos e Matérias-Primas, de Acordo com as Atividades. Atividade Produtos Matérias-Primas Solda, alumínio, aço inox, Portas, portões, janelas, Fabricação de esquadrias de ferro, fechaduras, tarugos, basculantes, box, esquadrias metal. tinta, chapas, parafusos, de ferro e aço, entre outros. eletrodos, entre outros. Fabricação de outros produtos elaborados de metal. Fabricação de artigos de funilaria e de artigos de metal para usos doméstico e pessoal. Fabricação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras. Clips, grampo, chaminés, bicas, telas de arame, cozinhas industriais, estantes metálicas, artefatos de aço inox, entre outros. Panelas em geral, bebedouro industrial, bacias, canaletas, conchas, bicas, coifas, funis, formas, entre outros. Tanques, lavadores de roupas e caldeiras. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Vergalhões de ferro, aço inoxidável, zinco, bronze, aço carbono, ferro fundido, chapas de ferro galvanizada, entre outros. Zinco, alumínio, aço inoxidável, entre outros. Aço inoxidável, ferro, chapas de aço, barras de aço, entre outros. Estas atividades, atualmente, estão presentes em 47 municípios alagoanos, somando um total de 204 empresas, que empregam 735 funcionários. São destaques os municípios de Maceió, Delmiro Golveia e Arapiraca, pois possuem uma maior representatividade no segmento de fabricação de produtos de metal. As empresas estão divididas conforme suas atividades, em que: 182 atuam na fabricação de esquadrias de metal; 13, produtos de metal; 8, artigos de funilaria e de artigos de metal, para usos doméstico e pessoal; e 1, na fabricação de tanques, reservatórios metálicos e caldeiras para aquecimento central. O gráfico a seguir apresenta a distribuição percentual dessas empresas.

39 39 Gráfico 3: Distribuição das Empresas do Segmento de Produtos de Metal. Outros Produtos Elaborados de Metal Estruturas Metálicas Artigos de funilaria e artigos de metal Esquadrias de Metal 6,37% 0,49% 3,92% 89,22% Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Como mencionado anteriormente, a mão-de-obra do segmento de produtos de metal totaliza 735 pessoas. Considerando a atividade da empresa, esses empregos estão distribuídos da seguinte forma: 13,74% na fabricação de outros produtos de metal; 3,4%, estruturas metálicas; 8,44%, artigos de funilaria e artigos de metal, para uso doméstico e pessoal; e 74,42%, esquadrias de metal; conforme apresenta o gráfico a seguir: Gráfico 4: Distribuição da Mão-de-Obra do Segmento de Produtos de Metal. Outros Produtos Elaborados de Metal Estruturas Metálicas Artigos de funilaria e artigos de metal Esquadrias de Metal 13,74% 3,40% 8,44% 74,42% Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. O mapa a seguir destaca os municípios onde atuam as empresas do segmento de fabricação de produtos de metal:

40 40 Figura 9: Alagoas Municípios Fabricantes de Produtos de Metal. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. 2.3 Fabricação de Máquinas e Equipamentos O segmento de produção de máquinas e equipamentos é composto por empresas que atuam na fabricação dos seguintes produtos: componentes mecânicos; peças e máquinas, para uso geral, que são utilizadas por uma variedade de indústrias, no comércio e nos serviços. Compreende, ainda, a fabricação de máquinas de uso específico, cujo uso é exclusivo em indústrias, tais como: Metalúrgica; Alimentos, Bebidas e Fumo; Têxtil; Vestuário, Couro e Calçados; Celulose, Papel e Papelão; Plástico. No Estado de Alagoas, esse segmento reúne empresas que atuam na fabricação de motores; turbinas; bombas hidráulicas e uma diversidade de máquinas e equipamentos, como: aparelhos de ventilação e refrigeração, máquinas para agricultura, avicultura, terraplanagem e pavimentação. Essas atividades utilizam, principalmente, matérias-primas como: aço, bronze, ferro fundido, chapas de aço e folhas de aço inox. A tabela a seguir apresenta os principais produtos e matérias-primas utilizadas pelas atividades do segmento de Máquinas e Equipamentos.

41 41 Tabela 8: Descrição dos Produtos e Matérias-Primas, de Acordo com as Atividades. Atividade Produtos Matérias-Primas Fabricação de motores estacionários de combustão interna, turbinas e outras máquinas motrizes não-elétricas - exceto para aviões e veículos rodoviários (FMET) Centrífuga de açúcar, cesto de centrífuga, bombas mecânica, turbinas a vapor, válvulas de regulagem, anéis de vedação e hastes mancal, periféricos. Bucha de bronze, barras de aço, eletrodos, tarugo de bronze, chapas de aço, aço fundido e material elétricos. Fabricação de bombas e carneiros hidráulicos (FBCH) Fabricação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação de usos industrial e comercial (FMAP) Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso geral (FOME) Fabricação de máquinas e equipamentos para agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais (FMEA) Fabricação de máquinas e equipamentos de terraplenagem e pavimentação (FMEP) Engrenagens, bombas, moendas, rotor de bomba. Expositores, máquina para picolé, mesas para selfservice e refrigeradores. Centrífugas de açúcar, peças diversas para componentes químicos e aquecedores. Equipamentos para irrigação, bicos de arado. Recuperação de máquinas de terraplenagem Bronze, carvão coque, ferro fundido e chapas de aço. Folha de aço inox. Chapa de aço inoxidável e eletrodos. Aço inoxidável e ferro. Solda, chapas de aço e ferro. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Esse grupo de atividades é representado, em Alagoas, pela atuação de 11 empresas; atualmente, proporciona um montante de 411 empregos. Dessas empresas, 9 estão localizadas em Maceió, e as outras duas: uma no município de Atalaia; e outra, em Senador Rui Palmeira. As empresas estão divididas conforme suas atividades, em que: 4 atuam na fabricação de motores estacionários de combustão interna, turbinas e outras máquinas motrizes não-elétricas; 2 fabricam bombas e carneiros hidráulicos; 1 produz máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação; 1 atua na fabricação de outras máquinas de uso geral; 2 atuam na fabricação de máquinas e equipamentos para agricultura e avicultura; e 1 tem como atividade a fabricação de máquinas e equipamentos de terraplanagem e pavimentação. O gráfico a seguir apresenta a distribuição percentual dessas empresas:

42 42 Gráfico 5: Distribuição das Empresas do Segmento de Máquinas e Equipamentos. 9,09% 18,18% 36,36% 9,09% 9,09% Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Como mencionado anteriormente, a mão-de-obra do segmento de fabricação de máquinas e equipamentos totaliza 411 pessoas. Considerando a atividade da empresa, esses empregos estão distribuídos da seguinte forma: 60,10% na fabricação de motores estacionários de combustão interna, turbinas e outras máquinas motrizes não-elétricas; 13,63%, bombas e carneiros hidráulicos; 1,70%, máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação; 13,87%, outras máquinas de uso geral; 7,54%, máquinas e equipamentos para agricultura e avicultura; e 3,16% tem como atividade a fabricação de máquinas e equipamentos de terraplanagem e pavimentação, conforme apresenta o gráfico a seguir: 18,18% FMET FBCH FMAP FOME FMEA FMEP Gráfico 6: Distribuição da Mão-de-Obra do Segmento de Máquinas e Equipamentos. 13,87% 7,54% 3,16% 1,70% 13,63% 60,10% FMET FBCH FMAP FOME FMEA FMEP Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. O mapa a seguir destaca os municípios onde atuam as empresas do segmento de fabricação de máquinas e equipamentos:

43 43 Figura 10: Alagoas Municípios Fabricantes de Máquinas e Equipamentos. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. 2.4 Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias As empresas desse segmento atuam em atividades de fabricação de automóveis, caminhonetas, caminhões utilitários, cabines, carrocerias, reboques para veículos automotores. Incorpora, ainda, atividades de fabricação de peças e acessórios de material elétrico e eletrônico, para veículos automotores, além das empresas que prestam serviços de recondicionamento e recuperação de motores de veículos. Em Alagoas, a atuação nesse segmento é realizada por empresas com atividades de fabricação de cabines, carrocerias e reboques para caminhão, além dos serviços de recondicionamento e recuperação de motores de veículos. A tabela a seguir apresenta os principais produtos e matérias-primas utilizadas pelas atividades desse segmento. Tabela 9: Descrição dos Produtos e Matérias-Primas, de Acordo com as Atividades. Atividade Produtos Matérias-Primas Carrocerias, tanques/lavadores de roupas, Tintas, pregos, parafusos, Fabricação de cabines, container, caçambas, aço, chapas de aço carrocerias e reboques para reboques de cana, inoxidável, chapas de aço caminhão carrocerias canavieiras, carbono e ferro. tanques/lavadores de roupas. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

44 44 Representado por 9 empresas, esse segmento emprega 191 funcionários; estão nos municípios de Maceió e Arapiraca. Desses empregos, 51,83% são provenientes das 5 empresas instaladas em Arapiraca; e 48,17% são gerados em empresas localizadas em Maceió. Gráfico 7: Distribuição das Empresas do Segmento de Veículos, Reboques e Carrocerias. Maceió Arapiraca Nº de Empresas Nº de Empregos Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. O mapa a seguir destaca os municípios onde atuam as empresas do segmento de fabricação de veículos, reboques e carroceria: Figura 11: Alagoas Municípios Fabricantes de Outros Reboques e Carrocerias. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

45 Outros Equipamentos de Transporte O segmento de outros equipamentos de transporte é composto por empresas que atuam na construção de embarcações e estruturas flutuantes; veículos ferroviários e aeronaves; motocicletas, bicicletas. Abrange, também, a fabricação de veículos militares de combate; cadeiras de rodas e veículos semelhantes para deficientes físicos; além da fabricação de peças e acessórios para os veículos citados nesse segmento. A tabela a seguir apresenta os principais produtos e matérias-primas utilizadas pelas atividades do segmento de outros equipamentos de transporte. Tabela 10: Descrição dos Produtos e Matérias-Primas, de Acordo com as Atividades. Atividade Produtos Matérias-Primas Construção e reparação de embarcações e estruturas flutuantes Fabricação de outros equipamentos de transporte Embarcações Carroças, carros de boi, cancelas, portas, capotas, portas, carrocerias, porteiras. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Cola, chapas de compensado, isopor, ferro. Tintas, parafusos, pregos, verniz, madeiras. Em Alagoas existem 16 empresas, localizadas em 13 municípios, que se enquadram nesse ramo de atividade e proporcionam, atualmente, 92 empregos. Porém, diante da estrutura do setor Metal-Mecânico, esse mercado é pouco expressivo, devido aos produtos e matérias-primas que nele circulam. Essas empresas atuam em duas atividades distintas: na fabricação de outros equipamentos de transportes, onde são produzidos carroças, cabines de caminhão, reboques, carro de boi, entre outros, e na construção e reparação de embarcações e estruturas flutuantes, conforme distribuído no gráfico a seguir:

46 46 Gráfico 8: Distribuição das Empresas do Segmento de Outros Equipamentos de Transporte. Outros Equipamentos de Transporte 52 Construção e Reparação de Embarcações Quantidade de Empresas Quantiadade de Empregos Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Os produtos fabricados utilizam, principalmente, madeira, pregos, parafusos e tintas como matérias-primas. Portanto, é importante ressaltar que neste segmento, em Alagoas, o valor agregado ao produto é pouco significativo, em relação às grandes indústrias nacionais que atuam na fabricação destes outros equipamentos de transporte. O mapa a seguir destaca os municípios onde atuam as empresas do segmento de fabricação de outros equipamentos de transporte: Figura 12: Alagoas Municípios Fabricantes de Outros Equipamentos de Transporte. Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

47 Manutenção e Reparação de Máquinas e Equipamentos O segmento de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos, apesar de não compor a estrutura, é de suma importância às atividades do setor Metal- Mecânico em Alagoas, pois sua principal função é a prestação de serviços de manutenção para as indústrias que atuam na fabricação de bens de capital e intermediários. Neste segmento, estão inseridas empresas que atuam em atividades de manutenção e reparação dos seguintes itens: motores, bombas, compressores, equipamentos de transmissão e tratores. Atuam, ainda, na manutenção e reparação de máquinas e equipamentos tanto utilizados na indústria como na agropecuária. Esse segmento é composto por 10 empresas que proporcionam a geração de 228 empregos, conforme discriminado na tabela a seguir: Tabela 11: Características das Empresas do Segmento de Manutenção de Equipamento. Localização Maceió/ Olho d'água das Flores Maceió Barra de Santo Antônio Arapiraca Atividade Manutenção e reparação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão. (MRMB) Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos de uso geral. (MRME) Manutenção e reparação de tratores e de máquinas e equipamentos para agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais. (MRTM) Recondicionamento ou recuperação de motores para veículos automotores. (RMV) Quantidade de Empregados Quantidade de Empresas TOTAL Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. As empresas estão divididas conforme suas atividades; 20% atuam na manutenção e reparação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão; 60%, de máquinas e equipamentos de uso geral; 10%, de tratores e de máquinas e equipamentos para agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais; e 10%, no recondicionamento ou recuperação de motores para veículos automotores; conforme apresenta o gráfico a seguir:

48 48 Gráfico 9: Distribuição das Empresas do Segmento de Manutenção e Reparação de Máquinas e Equipamentos. MRMB MRME MRTM RMV 10% 10% 20% 60% Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Como mencionado anteriormente, a mão-de-obra do segmento de fabricação de máquinas e equipamentos totaliza 228 pessoas. Considerando a atividade da empresa, esses empregos estão distribuídos da seguinte forma: 12,72% na manutenção e reparação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão; 80,70%, de máquinas e equipamentos de uso geral; 1,32%, de tratores e de máquinas e equipamentos para agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais; e 5,26%, no recondicionamento ou recuperação de motores para veículos automotores; conforme apresenta o gráfico a seguir: Gráfico 10: Distribuição da Mão-de-Obra do Segmento de Manutenção e Reparação de Máquinas e Equipamentos. MRMB MRME MRTM RMV 1,32% 5,26% 12,72% 80,70% Fonte: FIEA. Compilado por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Vale ressaltar que a mão-de-obra é formada, basicamente, pelo SENAI, através de cursos específicos para o setor Metal-Mecânico e solda.

49 Ambiente Empresarial Em Alagoas, a organização empresarial é representada pelo SINDMEC Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado de Alagoas, com 9 associados; e pelo SINDIMETAL Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de Alagoas, com associados. 2.8 Ambiente Governamental Bancos de Desenvolvimento As empresas alagoanas contam com o suporte dos bancos desenvolvimento para ter acesso a créditos mais baratos. Entres esses se destacam: Banco do Nordeste, BNDES e SEDENE. AS informações detalhadas para financiamentos nessas instituições encontram-se no Volume II Incentivos Governamentais As indústrias do Estado de Alagoas podem usufruir de benefícios governamentais federais e estaduais, detalhados no Volume II. 3. Panorama Setorial Para avaliar a estrutura do segmento Metal-Mecânico no Estado de Alagoas foi realizada uma pesquisa de campo com o objetivo de mapear suas reais características e, então, mensurar o impacto desse segmento para economia alagoana, bem como apontar as perspectivas para o mesmo. Conforme mencionado anteriormente, baseado no Cadastro Industrial de Alagoas, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), para o ano de 2006, foram contabilizadas 258 empresas pertencentes ao segmento Metal- Mecânico, onde são empregados funcionários. Contudo, para a análise estatística, foram consideradas, apenas, as empresas que possuíam acima de 5 funcionários. Desta forma, a amostra utilizada para diagnóstico é composta por 70 empresas. Além dessas, considerou-se mais 3 empresas que não estão cadastradas, porém são associadas ao Sindicato Alagoano do Setor (SINDMEC), totalizando a amostra 73 empresas. Do total considerado, apenas

50 50 42 empresas (ver Anexo 16) dispuseram-se a responder os questionamentos; as demais se apresentaram indisponíveis. Para realizar o levantamento das informações necessárias ao estudo foi aplicado um questionário (ver Anexo 17), onde se abordou os seguintes temas: oferta de produtos; localização dos clientes; fornecedores de matérias-primas e insumos; tecnologia; custos; ambiente empresarial e governamental; mão-de-obra; e meio ambiente. 3.1 Características das Empresas Classificação em Relação ao Porte As empresas que compõe a amostra, que servirá de base para análise do setor, foram classificadas em relação ao porte, de acordo com seu faturamento anual. Considerando pequena empresa aquelas que apresentaram faturamento anual inferior a R$ ,00 (um milhão de reais); e grande empresa, o faturamento superior a este montante. Conforme os dados da pesquisa, pode-se constatar que 54,76% da amostra é composta por pequenas empresas. Deste percentual, 38,10% das empresas têm seu faturamento inferior a R$ ,00; 11,90%, de R$ ,00 a R$ ,00; e 4,76%, de R$ ,00 a R$ ,00. Porém, as 19 maiores empresas, em faturamento, representam 45,24% da amostra, com um faturamento anual variando de R$ ,00 a R$ ,00, conforme se apresenta na tabela a seguir: Tabela 12: Distribuição Percentual das Empresas Segundo o Faturamento. Especificação do Faturamento Percentual Quantidade de Empresas Inferior a ,00 38,10% 16 R$ ,00 a R$ ,00 11,90% 5 R$ ,00 a R$ ,00 4,76% 2 R$ ,00 a R$ ,00 38,10% 16 R$ ,00 a ,00 2,38% 1 R$ ,00 a ,00 4,76% 2 TOTAL 100,00% 42 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

51 Distribuição por Segmento Segundo informações da pesquisa, as empresas que compõe a amostra estão distribuídas, de acordo com suas atividades, nos seguintes segmentos: Metalurgia Básica; Produtos de Metal; Máquinas e Equipamentos; Veículos automotores; e manutenção e reparação de peças em geral. Entre as empresas que foram classificadas como pequeno porte, o segmento de maior representatividade é o de produtos de metal, com 73,91%; seguido pelo segmento de Máquinas e Equipamentos, com 13,04%; 8,70% é o montante do segmento de veículos automotores, que atua na fabricação de cabines, carrocerias e reboques para caminhão; além do segmento de manutenção e reparação, que é representado por 4,35%, conforme demonstrado no gráfico a seguir. Gráfico 11: Distribuição por Segmento das Pequenas Empresas. 8,70% 13,04% 73,91% 4,35% Produtos de Metal Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Manutenção e Reparação Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Dentre as grandes empresas, o segmento de maior representatividade é de máquinas e equipamentos, com 36,84%; seguido pelo segmento de Manutenção e Reparação, com 31,58%; e os demais segmentos representam 31,58%, conforme demonstrado no gráfico a seguir:

52 52 Gráfico 12: Distribuição por Segmento das Grandes Empresas. 31,58% 10,53% 10,53% 10,53% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. O quadro a seguir apresenta as 19 maiores empresas de acordo com a classificação, por segmento de atividade. Tabela 13: Especificação das 19 Maiores Empresas, conforme segmento. Segmentos Máquinas e Equipamentos Metalurgia Produtos de Metal 36,84% Metalurgia Básica Veículos Automotores Manutenção e Reparação Empresas Flinor; Cimeg; Hidrosolo; TGM Turbinas; Texas Turbinas; e Usimac, Engequip Turbinas. Fundipeças e Magnum Carroceria São Carlos, Ferplas. Produtos de Metal Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores Serpeças e Rodoal. Manutenção e Reparação Retífica Atalaia; Retífica Alagoana; Hidrofeios; Remal; Dedini S/A; Montec Montagens. Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Análise da Oferta e Demanda De acordo com o resultado da pesquisa, as empresas que atuam no setor Metal-Mecânico alagoano apresentaram um crescimento médio no faturamento anual de 25,02% nos últimos 5 anos. Contudo, é importante ressaltar que, dentre as empresas que responderam a pesquisa (total de 42), 25 atuam na fabricação de artigos de serralharia, como: portas, portões, janelas, box, esquadrias de ferro, entre outros. Porém, esse segmento não é considerado relevante à indústria, pois esses produtos são destinados a pessoas físicas e não apresenta valor agregado significativo. Entretanto, as demais empresas, mesmo com pouca representativa em relação à diversidade dos produtos fabricados em nível nacional, atuam na fabricação dos seguintes produtos: carrocerias para caminhão; peças e chapas de metal;

53 53 equipamentos de refrigeração; máquinas e equipamentos específicos da indústria sucroalcooleira (caldeiras, tanques, chassi canavieiro, entre outros); além desses produtos, algumas empresas prestam serviços de manutenção e reparação de peças em geral. A Indústria Metal-Mecânica alagoana fornece bens de capital e intermediários para aos seguintes setores: Alimentos e Bebidas (Coca-Cola); Petroquímico (Braskem e Petrobras), Construção Civil (Construtoras), Sucroalcooleiro e Transporte. Figura 13: Principais Demandantes do Setor Metal-Mecânico em Alagoas. Alimentos e Bebidas Petroquímico Indústria Metal- Mecânica Bens de Capital e Intermediários Construção Civil Sucroalcooleiro Transporte Os clientes do segmento Metal-Mecânico, em relação à localização, estão distribuídos da seguinte forma: 79,13% das empresas têm clientes instalados apenas em Alagoas; 10,43%, em Alagoas e em outros Estados (Bahia, Pernambuco, Paraíba, Sergipe e Minas Gerais); 8,70%, somente em outros Estados (São Paulo e Minas Gerais); e 1,74% possuem clientes no exterior.

54 54 Gráfico 13: Localização dos Principais Clientes do Setor Metal-Mecânico. Alagoas Alagoas/Outros 10,43% 8,70% 1,74% Outros Estado Exterior (Bolívia) 79,13% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Como observado no gráfico, o pequeno percentual de comercialização com o exterior representa a presença da comercialização de duas empresas: Texas Turbinas a vapor Ltda. e Usimaq - Usinagem e Máquinas Ltda. A Indústria Sucroalcooleira é o setor que possui a demanda mais representativa. Cerca de 25 empresas do setor Metal-Mecânico, isto é, 59,52% dessas empresas, têm como principal cliente as usinas de açúcar e álcool. Como principais produtos ofertados pelo setor a essas usinas, pode-se citar: caldeiras, carrocerias e reboques, centrífugas de açúcar, chassi canavieiro, além de serviços de usinagem, manutenção e reparação de peças em geral Fornecedores de Insumos Para a fabricação dos produtos da indústria Metal-Mecânica são utilizados, principalmente, os seguintes insumos: ferro fundido, aço, chapas de aço e ferro, peças e tubos em geral, entre outros. Em relação à aquisição dos insumos e matériasprimas, foi demonstrado que a maioria tem como origem o Estado de Alagoas. De acordo com os resultados da pesquisa, 46,34% das empresas adquirem insumos e matérias-primas no Estado de Alagoas; 36,59% compram em Alagoas e em outros Estados, mais especificamente em: Pernambuco, Ceará, Sergipe e Minas Gerais; e 17,00% compram todos seus insumos fora do Estado (Pernambuco, Pará, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina). O quadro a seguir apresenta a distribuição das compras de matérias-primas e insumos utilizados pelas empresas do segmento Metal-Mecânico:

55 55 Tabela 14: Distribuição da Origem dos Insumos e Matérias-Primas. Quantidade de Origem Percentual Empresas Alagoas 46,34% 19 Outros Estados 17,07% 7 Alagoas e Outros Estados 36,59% 15 TOTAL 100,00% 41 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Conforme apresentado, 22 empresas realizam aquisições de insumos e matérias-primas em outros estados. Os principais motivos mencionados pela aquisição fora do estado são: preço competitivo, qualidade dos produtos, fornecimento insuficiente e a falta de oferta local. Considerando que essas empresas destacaram mais de um motivo, a distribuição apresenta-se da seguinte forma: 34,48% dessas empresas citaram o preço; 6,90%, a qualidade dos produtos; 17,24% questionaram o fornecimento insuficiente dos insumos; e 41,38% das empresas têm como empecilho a ausência de oferta local de algumas matérias-primas, conforme se apresenta no quadro a seguir. Gráfico 14: Distribuição Percentual dos Principais Motivos da Aquisição fora do Estado. Preço Qualidade Fornecimento Insuficiente Falta de Oferta Local 41,38% 17,24% 6,90% 34,48% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Investimentos De acordo com os resultados da pesquisa, constatou-se que 27 empresas investiram em suas atividades nos últimos cinco anos, enquanto que 15 não investiram. Entre as empresas investidoras, 77,78% utilizaram recursos próprios;

56 56 11,11%, recursos de terceiros; e 11,11% utilizaram simultaneamente ambas as fontes de recursos. As empresas destacaram que esses investimentos tiveram como destinos os seguintes itens: ampliação, modernização, diversificação da produção e capital de giro. Segundo os empresários, foram investidos conforme a necessidade do negócio, considerando o crescimento e desenvolvimento do setor. Os resultados apontam que 47,06% das empresas destinaram recursos à ampliação e expansão; 41,18% à modernização; 8,82% à diversificação da produção; e 2,94% destinaram recursos para capital de giro. Gráfico 15: Distribuição Percentual da Aplicação dos Recursos. Ampliação Modernização Diversificação da produção 8,82% 2,94% 47,06% Capital de giro 41,18% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. As principais instituições financiadoras requisitadas, considerando as empresas que pleiteiam financiamentos, foram o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil. O gráfico a seguir apresenta a distribuição percentual das que foram citadas pelos empresários na pesquisa. Gráfico 16: Distribuição Percentual das Principais Instituições de Financiamento. BNB BNDES Banco do Brasil Caixa Econômica 12,5% 37,5% 37,5% 12,5% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

57 57 Essa pesquisa pôde capturar as perspectivas de investimentos de alguns empresários do setor Metal-Mecânico em Alagoas. Os resultados demonstram que 85,71% dos empresários entrevistados pretendem investir em sua atividade econômica nos próximos três anos, conforme revela o gráfico a seguir: Gráfico 17: Distribuição Percentual da Pretensão de Investimentos. Sim Não 14,63% 85,71% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Entre as 36 empresas que pretendem investir, 88,89% afirmam que seus investimentos proporcionarão o aumento no número de funcionários, totalizando 32 empresas (fator classificado como importante pelas mesmas é a qualificação dessa mão-de-obra). O gráfico a seguir apresenta a distribuição percentual das empresas em relação à geração de empregos pelos investimentos pretendidos: Gráfico 18: Distribuição percentual das empresas em relação à geração de emprego. Sim Não 11,11% 88,89% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

58 58 Em relação às fontes de investimento: 55,56% dos empresários que pretendem investir utilizarão recursos próprios; 38,89%, recursos de terceiros; e 5,56% utilizarão ambas as fontes, conforme se observa no gráfico a seguir: Gráfico 19: Distribuição Percentual da Fonte dos Recursos. Próprios Terceiros 38,89% Próprios e Terceiros 55,56% 5,56% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. É importante salientar que os empresários, em sua maioria, afirmaram que buscariam, como fonte de recursos, as seguintes Instituições: Banco do Nordeste e BNDES. No momento de decisão dos investimentos, essas empresas consideram vários fatores para realização dos mesmos. Os mais citados foram: incentivos governamentais, com 72,22% das empresas; qualificação da mão-de-obra, 69,49%; proximidade dos fornecedores, 38,89%; infra-estrutura urbana, 44,44%. O gráfico a seguir apresenta o percentual das empresas por fatores considerados importantes para decisão de investimentos.

59 59 Gráfico 20: Fatores considerados na decisão de investimento. Baixo custo da Mão-de-obra Acessibilidade ao Sistema de Transporte Proximidade dos fornecedores Infra-estrutura urbana Proximidade do Mercado Qualificação da Mão-de-obra Incentivos Fiscais 25,00% 30,56% 38,89% 44,44% 55,56% 69,44% 72,22% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Diante desse contexto, os empresários entrevistados mencionaram alguns entraves para possíveis investimentos em suas atividades. Os mais questionados foram: burocracia, acesso ao crédito, incentivos fiscais, qualificação da mão-de-obra, infra-estrutura, entre outros Tecnologia Foi analisado o nível tecnológico das empresas do setor através da observação da amplitude da utilização de capital, no que diz respeito à intensidade de maquinário utilizado no processo produtivo. Dessa forma, conforme resultados da pesquisa, foi contabilizado que 59,52% das empresas entrevistadas utilizam mais de 10 máquinas no processo produtivo; enquanto 40,48% dessas utilizam entre 1 e 10 máquinas. Os resultados são expressos no gráfico a seguir: Gráfico 21: Distribuição Percentual da Utilização de Máquinas. Acima de 10 máquinas Abaixo de 10 máquinas 40,48% 59,52% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

60 60 Desses 40,48%, observa-se que 4,76%, 21,43% e 14,29% utilizam de 1 a 3, de 4 a 7, e de 7 a 10 máquinas no seu processo produtivo, respectivamente. Em relação às principais máquinas utilizadas pelo setor Metal-Mecânico em Alagoas,constatou-se que as mais utilizadas são: solda em geral, furadeira em geral, torno em geral e lixadeiras, com 20, 18, 14 e 8 citações durante as entrevistas, como apresentado no gráfico a seguir. Gráfico 22: Principais Máquinas solicitadas no setor metal-mecânico em Alagoas. Em citações Mandrilhadora Calandra Retificadoras Policorte Lixadeiras Torno em geral Furadeira em geral Solda em geral Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Ainda tratando do nível tecnológico, em relação aos sistemas de gerenciamento, tanto na área operacional quanto administrativa, foi constatado que são relativamente mais representativos nas grandes empresas. Os resultados da pesquisa apontam que, entre as pequenas empresas, 86,96% não utilizam softwares de gerenciamento de processos operacionais; esse percentual nas grandes empresas é de 63,16%. Esses dados comprovam uma deficiência tecnológica para um controle mais eficiente do processo produtivo, conforme apresentado no gráfico a seguir:

61 61 Gráfico 23: Utilização de Software de Gerenciamento Operacinal. Sim Não 86,96% 63,16% 36,84% 13,04% Grandes Empresas Pequenas Empresas Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Observa-se que o nível de utilização de softwares na área administrativa é intensivo nas grandes empresas. Essa utilização aplica-se em 89,47% das mesmas. Porém, entre as pequenas empresas, 91,30% não utilizam desses softwares no gerenciamento administrativo. Gráfico 24: Utilização de Softwares de Gerenciamento Administrativo. 89,47% Sim Não 91,30% 10,53% 8,70% Grandes Empresas Pequenas Empresas Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Mercado de Trabalho Caracterização da Mão-de-Obra Para contextualizar a mão-de-obra do setor Metal-Mecânico, o presente estudo utilizará as informações coletadas na pesquisa, realizada em empresas com mais de 5 funcionários. Dessa forma, foi contabilizado um total de trabalhadores. Desses, 81,80% são ligados a produção, e 18,20% são ligados à administração, conforme o gráfico a seguir:

62 62 Gráfico 25: Divisão dos Trabalhadores, por Área de Atuação, do Setor Metal-Mecânico em Alagoas. Ligados a Produção Ligados a área Administrativa 18,19% 81,80% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Considerando o porte das empresas, do total de funcionários, 87,30% compõe a mão-de-obra das grandes empresas, totalizando funcionários. Contudo, os 12,70% restantes formam a mão-de-obra das pequenas empresas, com 245 funcionários, conforme gráfico a seguir: Gráfico 26: Divisão dos Trabalhadores, por Porte das Empresas, do Setor Metal-Mecânico em Alagoas. Grandes Empresas Pequenas Empresas 12,70% 87,30% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. A Mão-de-Obra das grandes empresas está distribuída da seguinte forma: 81,80%, na área operacional, e 18,20%, na área administrativa. Nas pequenas empresas a distribuição incide da seguinte forma: 84,49% na área operacional, enquanto 15,51% está na administrativa. Esses resultados são mostrados no gráfico a seguir:

63 63 Gráfico 27: Divisão dos Trabalhadores, por Área de Atuação, Considerando o Porte da Empresa. Área Operacional Área Administrativa 81,41% 84,49% 18,59% 15,51% Grandes Empresas Pequenas Empresas Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Escolaridade da Mão-de-Obra Na entrevista, um das principais reclamações dos empresários sobre a mão-deobra foi o seu baixo nível de escolaridade, fator esse que dificulta as contratações. Em relação ao nível escolaridade da mão-de-obra existente nessas empresas, observa-se que 1,77% dos trabalhadores ligados a produção são analfabetos; 31,31% possuem ensino fundamental incompleto; 42,21% possuem ensino fundamental completo; 17,17% têm ensino médio ou técnico; e 1,90% possuem curso superior. Vale ressaltar que, para 5,01% da mão-de-obra, as empresas entrevistadas não souberam informar o nível de escolaridade. Essa distribuição é apresentada na tabela a seguir. Tabela 15: Nível de Escolaridade dos Trabalhadores ligados à produção. Grau de Escolaridade Total Percentual Analfabeto 28 1,77% Fundamental Incompleto ,31% Fundamental Completo ,21% Ensino Médio ou Técnico ,17% Ensino Superior 30 1,90% Ignorado 79 5,01 % Total ,00% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Em relação aos trabalhadores ligados à área administrativa, diferentemente dos empregados ligados à produção, destaca-se a mão-de-obra com ensino médio ou técnico, representando 55,84% do total. Em seguida têm-se a seguinte distribuição:

64 64 16,52% com ensino superior; 15,10% com ensino fundamental completo; 1,99% com ensino fundamental incompleto; e apenas um funcionário analfabeto. Observando-se, ainda, que 10,26% da mão-de-obra não souberam informar o nível de escolaridade, todos esses resultados são demonstrados na tabela a seguir: Tabela 16: Nível de Escolaridade dos Trabalhadores ligados à Área Administrativa. Grau de Escolaridade Total Percentual Analfabeto 1 0,29% Fundamental Incompleto 7 1,99% Fundamental Completo 53 15,10% Ensino Médio ou Técnico ,84% Ensino Superior 58 16,52% Ignorado 36 10,26% Total ,00% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Dessa forma, pode-se dizer que a área de produção possui mão-de-obra com escolaridade de nível fundamental, enquanto o administrativo está relativamente mais qualificado com cursos técnicos e nível superior. A escolaridade dos funcionários que compõem a mão-de-obra das grandes empresas na área operacional está distribuída da seguinte forma: 1,53% são analfabetos; 29,47% possuem ensino fundamental incompleto; 44,64% possuem ensino fundamental completo; 16,41% têm ensino médio ou técnico; 2,19% possuem ensino superior; e, para 5,76% da mão-de-obra, as empresas entrevistadas não souberam informar o nível de escolaridade. Contudo, do total de 313 funcionários na área administrativa, 1,28% têm ensino fundamental incompleto; 15,34% possuem ensino fundamental completo; o ensino médio ou técnico apresenta o maior percentual, 56,87%; 15,97% possuem curso de nível superior; e, para 10,54% dos funcionários, não foi informada a escolaridade. A tabela a seguir apresenta a distribuição da mão-de-obra das grandes empresas, considerando o nível de escolaridade.

65 65 Tabela 17: Nível de Escolaridade dos Trabalhadores das Grandes Empresas. Grau de Escolaridade Área Operacional Área Administrativa Total Percentual Total Percentual Analfabeto 21 1,53% 0 0,00% Fundamental Incompleto ,47% 4 1,28% Fundamental Completo ,64% 48 15,34% Ensino Médio ou Técnico ,41% ,87% Ensino Superior 30 2,19% 50 15,97% Ignorado 79 5,76% 33 10,54% Total ,00% ,00% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. A escolaridade dos 207 funcionários, que compõem a mão-de-obra das pequenas empresas na área operacional, está distribuída da seguinte forma: 3,38% são analfabetos; 43,48% possuem ensino fundamental incompleto; 26,09% possuem ensino fundamental completo; 22,22% têm ensino médio ou técnico; e, para 4,83% da mão-de-obra, as empresas entrevistadas não souberam informar o nível de escolaridade. Contudo, do total de 38 funcionários na área administrativa, 2,63% são analfabetos; 7,89% têm ensino fundamental incompleto; 13,16% possuem ensino fundamental completo; o ensino médio ou técnico apresenta o maior percentual, 47,37%; 21,05% possuem curso de nível superior; e, para 7,89% dos funcionários, não foi informada a escolaridade. A tabela a seguir apresenta a distribuição da mão-de-obra das grandes empresas, considerando o nível de escolaridade: Tabela 18: Nível de Escolaridade dos Trabalhadores das Pequenas Empresas. Grau de Escolaridade Área Operacional Área Administrativa Total Percentual Total Percentual Analfabeto 7 3,38% 1 2,63% Fundamental Incompleto 90 43,48% 3 7,89% Fundamental Completo 54 26,09% 5 13,16% Ensino Médio ou Técnico 46 22,22% 18 47,37% Ensino Superior 0 0,00% 8 21,05% Ignorado 10 4,83% 3 7,89% Total ,00% ,00% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

66 Ocupações Principais Ocupações De acordo com a pesquisa realizada, observa-se que o soldador é a ocupação mais importante do setor, segundo opinião de 20,83% das empresas da amostra. Em 2º lugar, foi citada a função de serralheiro com 17,19%; e em 3º, empatadas com 10,94%, as funções de torneiro mecânico e caldeireiro, conforme demonstrado na tabela a seguir: Tabela 19: Distribuição Percentual das Principais Ocupações. Ocupações Percentual em relação à amostra Soldador 18,75% Serralheiro 17,19% Torneiro Mecânico 10,94% Caldeireiro 10,94% Fresador 4,69% Montador 4,69% Engenheiro Mecânico 4,88% Mecânico 4,88% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Dificuldades de Contratação O setor Metal-Mecânico tem dificuldades para encontrar determinados profissionais no mercado de trabalho. Entre as funções mais citadas como difíceis de contratar tem-se, principalmente, o soldador, citado 12 vezes; serralheiro, citado 11 vezes; o torneiro mecânico e o caldeireiro, citado 7 vezes, cada; conforme apresentado no gráfico a seguir: Gráfico 28: Ocupações que Apresentam Dificuldade para Contratação Soldador Serralheiro Caldeireiro Torneiro Mecânico Montador Frezador Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

67 67 As principais causas apresentadas para dificuldade de contratação de mão-deobra foram: a falta de experiência dos profissionais; qualificação inadequada; o baixo nível de escolaridade; e a falta de oferta de alguns cursos específicos para o mercado, dificultando a qualificação especializada. Como exemplo, pode-se apontar o curso superior de engenharia mecânica, especialização com uma elevada demanda no setor. Apesar disso, esse curso não existe em Alagoas Capacitação da Mão-de-Obra Neste tópico serão retratados os treinamentos recebidos pela mão-de-obra dentro e fora do posto de trabalho, bem como os investimentos educacionais patrocinados pelas empresas do setor aos seus funcionários. Treinamento no Posto de Trabalho Considerando a amostra da pesquisa, composta por 42 empresas, constatouse que 26,19% (11 empresas) oferecem treinamento no posto de trabalho, para os funcionários ligados a área operacional, conforme demonstrado no gráfico a seguir: Gráfico 29: Empresas que Oferecem Treinamentos Ligados à Área de Produção. Sim Não 26,19% 73,81% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Dentre as 11 empresas que oferecem treinamentos no posto de trabalho, 20% afirmaram que proporcionam capacitação aos funcionários da área operacional a respeito dos 5S, 13,34% oferecem cursos de metrologia dimensional e combate a incêndio. Entre outros cursos citados estão os cursos de montagem de motores para automação, operador de máquinas CNC, serralheiro, retífica de motor, treinamento para oficinas e vidraçaria.

68 68 Porém, pode-se observar que, das 42 empresas, apenas 21,43% oferecem treinamento aos funcionários ligados à área administrativa no posto de trabalho, como apresenta o gráfico a seguir. Gráfico 30: Empresas que Oferecem Treinamento aos Empregados Ligados à Área Administrativa. Sim Não 21,43% 78,57% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Dentre as empresas que oferecem treinamentos na área administrativa, 21% ofertaram treinamentos na área de gestão empresarial; 14% ofertaram treinamentos em 5S. Os demais cursos mencionados são nas áreas de informática, vendas, secretariado, combate ao incêndio e atendimento. Contudo, considerando o porte da empresa, constatou-se, nos resultados, que as 23 pequenas empresas não ofertam treinamentos para área operacional nas próprias instalações. Por outro lado, dentre as 19 grandes empresas da amostra, 57,89% ofertam treinamentos ligados à área operacional no próprio posto de trabalho, conforme gráfico a seguir: Gráfico 31: Distribuição das Grandes Empresas em Relação à Oferta de Treinamentos Ligados a Área de Produção. Sim Não 42,11% 57,89% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda.

69 69 No que se refere ao treinamento oferecido aos trabalhadores da área administrativa verificou-se que é mais representativo nas grandes empresas, uma vez que 42,11% oferecem esses treinamentos. Contudo, entre as 23 pequenas empresas, apenas 4,35% proporcionam treinamentos no posto de trabalho. O gráfico a seguir apresenta a distribuição da oferta de treinamentos ligados à área administrativa, considerando o porte da empresa: Gráfico 32: Distribuição da Oferta de Treinamentos Ligados à Área Administrativa. Sim Não 95,65% 57,89% 42,11% 4,35% Grandes Empresas Pequenas Empresas Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Treinamento Fora do Posto de Trabalho Na pesquisa foi mencionado que a mão-de-obra participou de alguns cursos e treinamentos fora do posto de trabalho. Constatou-se que, geralmente, esses cursos são direcionados às seguintes áreas: mecânica; gestão financeira, administração e contabilidade; marketing e vendas; recursos humanos; planejamento estratégico e empreendedorismo; além de treinamentos específicos de esquadria de alumínio, instalação predial e segurança; conforme tabela abaixo: Tabela 20: Tipos de Treinamento Fora do Posto de Trabalho. Em citações. Cursos Quantidade de Citações Marketing e vendas 2 Recursos humanos 2 Segurança 2 Empreendedorismo 2 Instalação predial e solda 2 Gestão, administração e contabilidade 3 Cursos de esquadria de alumínio 2

70 70 Continuação Planejamento Estratégico 2 Mecânica 3 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Investimento em Educação Em relação ao patrocínio de programas educacionais voltados à escolarização dos trabalhadores, constatou-se que apenas 14,29% das empresas pesquisadas demonstraram interesse em financiar a educação dos trabalhadores, investindo em programas para a alfabetização, formação do 2º grau e cursos técnicos. Porém, 85,71% não investiram em mão-de-obra no ano de 2007, conforme gráfico a seguir. Gráfico 33: Distribuição das Empresas que Patrocinaram Programas Educacionais para os Empregados em Sim Não 14,29% 85,71% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Terceirização no Setor As contratações realizadas pelo setor de serviços terceirizados foram divididas da seguinte forma: serviços gerais, produção, informática, projetos e ensaios. As empresas entrevistadas puderam citar mais de uma alternativa como relevante nessas divisões. Tratando-se de serviços gerais, constata-se que os serviços de contabilidade são os mais contratados, com 82,93% (representando 34 das 42 empresas entrevistadas). Em seguida, as atividades que mais se destacam são as relacionadas à assessoria jurídica, serviços de transporte de carga, com 43,90% e 34,15%, respectivamente, conforme distribuição apresentada na tabela a seguir.

71 71 Tabela 21: Distribuição Percentual das Atividades dos Serviços Gerais. Atividade Percentual Total Serviço de contabilidade 82,93% 34 Assessoria Jurídica 43,90% 18 Serviços de transporte de carga 34,15% 14 Serviços de Alimentação 29,27% 12 Serviços de Portaria e Vigilância 21,95% 9 Serviços de Limpeza 17,07% 7 Serviços de treinamento de recursos humanos 17,07% 7 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. No que concerne a serviços terceirizados contratados na área de produção, observa-se que a maior parte é Da área de manutenção de máquinas e equipamentos, em que 68,29% das empresas terceirizam essa atividade; seguidos pela fabricação de partes e componentes de outros insumos, com 21,95%; e, por último, a movimentação interna de carga, com 4,88%, como apresentado na tabela a seguir: Tabela 22: Distribuição Percentual das Atividades da Produção. Atividade Percentual Total Movimentação interna de carga 4,88% 2 Fabricação de partes e componentes de outros insumos 21,95% 9 Manutenção de máquinas e equipamentos 68,29% 28 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Tratando-se das atividades na área de informática, tem-se 51,22% das solicitações para a manutenção e conserto de computadores; desenvolvimento de programas e sistemas de informática, com 46,34%; e processamento de dados, com 24,39%, evidenciados na tabela a seguir: Tabela 23: Distribuição Percentual das Atividades de Informática. Atividade Percentual Total Processamento de Dados 24,39% 10 Desenvolvimento de programas e sistemas de informática 46,34% 16 Manutenção e consertos de computadores 51,22% 21 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. No que se refere à realização de projetos e ensaios, observa-se que há uma maior procura para contratação em relação às atividades de análise de qualidade, demandada por 10,81% das empresas. Em seguida têm-se as contratações para o

72 72 desenvolvimento e gerenciamento de projetos de engenharia, com 16,22%, como demonstrado na tabela a seguir. Tabela 24: Distribuição Percentual das Atividades de Projetos e Ensaios. Atividade Percentual Total Desenvolvimento e gerenciamento de projetos de engenharia 10,81% 4 Ensaios de materiais de produtos (análise de qualidade) 16,22% 6 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Relação do Setor com Instituições de Ensino Instituições de Ensino Para análise do impacto da participação das instituições de ensino no setor Metal-Mecânico, foram questionadas com as empresas que considerações são relevantes no momento da contratação. Os resultados apontam que, em relação às instituições de ensino, 45,65% das empresas mostraram-se indiferentes. Contudo, o SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Nacional obteve 32,61% do total de empresas quanto à preferência na hora da contratação. Também foi mencionado o CEFET Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas, com 15,22%. A UFAL Universidade Federal de Alagoas, o CESMAC e o SEBRAE Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas seguem com 2,17% da preferência, cada. Tal distribuição é apresentada na tabela a seguir: Gráfico 34: Distribuição Percentual das Instituições de Ensino. CEFET-AL SENAI Cesmac UFAL SEBRAE Indiferente 45,65% 15,22% 2,17% 32,61% 2,17% 2,17% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Demanda de Cursos As empresas que compõem a amostra sugeriram alguns cursos de capacitação para os trabalhadores do setor Metal-Mecânico em Alagoas. Dentre os mais citados

73 73 estão: soldador, citado 4 vezes; serralheiro, montador, fresador e desenho gráfico, citados cada um 2 vezes, como apresentado no gráfico a seguir. Gráfico 35: Freqüência da Demanda de Cursos Fresador Montador Serralheiro Desenho Gráfico Soldador Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Em relação à preferência dos horários de realização dos cursos citados pelas empresas, em primeiro lugar está o noturno, com 83,33%, justificado por ser o horário após o expediente de trabalho. Depois 13,33% se disseram indiferentes em relação ao horário de realização dos cursos e, em terceiro lugar, 3,33% apontaram os finais de semana como o horário mais adequado para a realização de tais cursos, como apresentado no gráfico a seguir. Gráfico 36: Distribuição Percentual do Horário de Realização dos Cursos. Final de Semana Noturno Indiferente 13,33% 3,33% 83,33% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Tratando-se do local de realização dos cursos, as empresas demonstraram notável preferência pelo SENAI, com 58,06% do total; apontando, ainda, o SENAI Poço, com 22,58%, e o SENAI do distrito industrial, com 35,48%. Em seguida, tem-se 35,48% que se mostraram indiferentes em relação ao local de realização dos cursos; e,

74 74 por último, 6,45% declararam ser na empresa o melhor local para a realização de tais cursos. Gráfico 37: Distribuição Percentual do Local de Realização do curso. SENAI - Distrito SENAI - Poço Na empresa Indiferente 35,48% 6,45% 22,58% 35,48% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Benefícios Oferecidos Em relação aos benefícios concedidos aos trabalhadores, 59,52% das empresas afirmaram conceder benefícios; cestas básicas, com 44,83% do total; tickets alimentação, 13,79%; plano de saúde, 20,69%; conforme distribuição apresentada na tabela a seguir: Tabela 25: Benefícios Concedidos aos Trabalhadores. Benefícios Percentual Total Abono Familiar 3,45% 1 Gratificação 3,45% 1 Seguro de Vida 6,90% 2 Plano de Saúde 20,69% 6 Ticket alimentação 13,79% 4 Cesta Básica 44,83% 11 Vale gás e convênio com farmácia 6,90% 2 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Segurança do Trabalho Entre as empresas entrevistadas, 97,62% afirmaram adotar normas de segurança do trabalho. Foram apontadas, como principais normas utilizadas, a EPI Equipamento de Proteção Individual, CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidente, e a utilização das duas, EPI e CIPA, representando 65,85%, 21,95% e 12,2%, respectivamente, conforme gráfico a seguir:

75 75 Gráfico 38: Distribuição Percentual das Normas de Segurança no Trabalho. CIPA EPI CIPA e EPI 12,20% 21,95% 65,85% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Meio Ambiente A respeito da adoção de normas de proteção ao meio-ambiente pelas empresas da amostra que representam o setor Metal-Mecânico em Alagoas, constatou-se que 57,14% das empresas não adotam nenhum tipo de norma de proteção; e apenas 42,86% adotam normas de proteção ao meio-ambiente; conforme se apresenta o gráfico a seguir: Gráfico 39: Distribuição da Adoção de Normas de Proteção ao Meio- Ambiente. Adotam normas de proteção ao meio-ambiente Não adotam normas de proteção ao meio-ambiente 42,86% 57,14% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Dentre as normas de proteção ao meio-ambiente adotadas pelas empresas, destacam-se, com 58,82%, a coleta seletiva de lixo; 23,53% obedecem a outras normas do IBAMA - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis; 11,76%, o plantio de árvores; e 5,88% realizam reciclagem de óleo, como apresentado no gráfico a seguir.

76 76 Gráfico 40: Distribuição Percentual das Normas de Proteção Ambiental. Coleta seletiva de lixo Plantio de árvores Reciclagem de óleo Outras normas do IBAMA 11,76% 5,88% 23,53% 58,82% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. As empresas que não adotam normas de proteção ao meio-ambiente, 57,14% das empresas entrevistadas, afirmaram que sua atividade industrial não proporciona danos ao meio-ambiente, não sendo necessária a adoção de uma norma de proteção Relação com a Sociedade Em relação ao apoio oferecido pelas empresas do setor Metal-Mecânico para programas de apoio a comunidades carentes, constatou-se que 71,43% das empresas não participaram de programa de apoio, enquanto 28,57% desempenham atividades com comunidades carentes, conforme demonstrado no gráfico a seguir: Gráfico 41: Empresas que Ajudam Comunidades Carentes. Ajudam programas de apoio a comunidades carentes Não ajudam programas de apoio a comunidades carentes 28,57% 73,17% Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda. Dentre as instituições beneficiadas, destacam-se a instituição de menores e o Lar dos Hemofílicos, ambas com 18,18% do total. As demais se dividem igualmente entre outras entidades citadas no quadro a seguir, como, por exemplo, Adefal, Apala, Lar São Domingos, entre outros.

77 77 Tabela 26: Entidades de Apoio a Comunidades Carentes Beneficiadas. Entidades Beneficiadas Percentual Quantidade de Empresas Adefal 9,09% 1 Apala 9,09% 1 Lar São Domingos 9,09% 1 Doações 9,09% 1 IBA 9,09% 1 Asilo Paraíso 9,09% 1 Projeto Escola de Fábrica 9,09% 1 Lar dos Hemofílicos 18,18% 2 Instituição de menores 18,18% 2 Total 100,00% 10 Fonte: Pesquisa de Campo realizada por LOG Negócios & Consultoria Ltda Ambiente Empresarial Instituições de Classe No que se trata ao ambiente empresarial, apenas 61,90% são filiadas a instituições de classe, com destaque para associações, sindicatos e conselhos, pontuados a seguir: Tabela 27: Instituições de Classe. Associações de Classe Discriminação ABIMAC SINDMEC SINDMETAL CONAREM Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Alagoas. Sindicato dos Metalúrgicos de Alagoas. Conselho Nacional de Retífica de Motores. Os 38,10% das empresas não filiadas apontam que não há intenção de associar-se ou desconhecem tais instituições Ambiente Governamental Em relação ao ambiente governamental, das 42 empresas que compõem a amostra, apenas uma afirmou possuir incentivo fiscal do Governo do Estado de Alagoas; tal incentivo é o Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas PRODESIN.

78 Novas Empresas A economia alagoana, após anos de estagnação, tem recuperado-se com o desenvolvimento do turismo e com a implantação de novas indústrias no Estado. Além do ambiente favorável da economia como um todo, os incentivos governamentais têm estimulado esse crescimento e diversificação da produção. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento, Logística e Energia, até o momento, foram incentivadas 15 indústrias, 3 já em operação. As demais têm previsão de operação até o 2º semestre de Essas indústrias atuarão nas mais diversas áreas, como: derivados de plástico, higiene pessoal, bebidas, derivados de madeira, alimentos congelado, massas, derivados de cimento e bens de capital. Para o setor metal-mecânico, destaca-se uma indústria de bens de capital, a Jaraguá Equipamentos Jaraguá Equipamentos Jaraguá Equipamentos Industriais do Nordeste LTDA, pertencente ao Grupo Garcia, é uma empresa que atua no setor de bens de capital, que trabalha visando fornecer todo o tipo de equipamentos às indústrias, principalmente àquelas atuantes nos setores mecânico, químico e sucroalcooleiro, sendo conhecida como fábrica das fábricas. Essa empresa foi inaugurada em 1957; teve início dois anos antes, em pequenas oficinas alugadas. Com sua expansão e a necessidade de nacionalizar as linhas estrangeiras de produção, as pequenas oficinas transformaram-se numa grande indústria. Atualmente, a empresa possui 3 complexos fabris, localizados em Sorocaba, Itapevi e Osasco, todas no Estado de São Paulo. Possui as mais modernas máquinas e caracteriza-se por possuir mão-de-obra altamente qualificada e pela busca a constante da qualificação de seus funcionários. A Jaraguá Equipamentos divide-se em Jaraguá Empreendimentos Industriais, Jaraguá Engenharia e Tecnologia, Jaraguá indústria de Base, Jaraguá Indústria e Desenvolvimento e Jaraguá Energias Renováveis. Atuam nas seguintes áreas: Turn Key Sorocaba; Óleo e Gás;

79 79 Petroquímica e Química; Siderúrgia; Ferrovias; Turn Key Itapevi; Mineração; Alimentícia; Fertilizante; Nutrição Animal; Equipamentos Especiais. A Jaraguá Equipamentos, nos últimos 5 anos, vem destacando-se no setor Metal-Mecânico. Seu crescimento é significativo, com destaque para os últimos três anos, com um aumento de 53% no faturamento. Em 2006 faturou R$ 186 milhões e estima um faturamento de R$ 435 milhões para o ano de A empresa está em constante processo de inovação tecnológica, obtidas através de P&D e parcerias para esses fins, de forma a acompanhar o crescimento da economia e das mais variadas demandas. Visando atender novos mercados, a Jaraguá Equipamentos busca a expansão de suas atividades, através da ampliação de sua unidade produtiva em Sorocaba e implantação de seis unidades em Alagoas. No Estado de Alagoas, a empresa está funcionando, temporariamente, na Fábrica da Five Lilles, enquanto instala-se no Pólo Multifabril de Marechal Deodoro. Projeta-se sua operação para o segundo semestre de Inicialmente, ocupará uma área de 300 mil m², com perspectivas de ampliação. A empresa investirá R$ 61 milhões e gerará de 338 empregos diretos. Com o incentivo governamental do PRODESIN, a empresa atuará, primeiramente, em Alagoas, na fabricação de bens de capital para indústria de combustíveis renováveis. A Jaraguá Equipamentos é considerada pelo setor a empresa âncora ao desenvolvimento da Cadeia Produtiva Metal-Mecânica. A priori, o governo de Alagoas pretende estimular o Pólo Metal-Mecânico no Estado visando à sua consolidação. Por se tratar de uma empresa de base, a qual tem a capacidade de atrair outras empresas, nos mais variados setores, propiciará as condições primordiais que o Estado precisa para trazer novos empreendimentos para a formação do pólo, como também, para a estruturação do setor industrial no Estado.

80 80 4. Perspectivas Send0 a Indústria Metal-Mecânica integrante de todas as fases da indústria (bens de produção, intermediários, de capital e de consumo) que utiliza como matéria-prima os metais, considera-se que o impulso industrial, independentemente da atividade fabril, possui uma relação diretamente proporcional com esse setor. Sendo assim, deve-se considerar, na análise de perspectiva, o desenvolvimento da indústria geral, bem como os aspectos macroeconômicos que criam condições favoráveis ao seu crescimento. Comparando ao desempenho econômico no início deste século, 2007 mostrou que a economia brasileira percorre um caminho favorável ao desenvolvimento de seu sistema produtivo. No ano passado, a variação percentual do PIB ficou em 5,4%, o melhor resultado desde 2004, quando a economia atingiu crescimento de 5,7% e o 3º melhor desde 1994, 5,9%. As projeções de crescimento do PIB são menores para 2008 e mais modestas para 2009, 5,17% e 3,6%, respectivamente, segundo o Banco Central. Apesar da crise internacional, espera-se que a economia continue aquecida puxada pelo consumo interno e pelos investimentos realizados. Gráfico 42: Brasil: Variação Percentual do PIB ( ). 5,7 5,4 4,3 2,7 3,2 3,8 1,3 1, Fonte: Banco Central do Brasil. De acordo com o Banco Central, o crescimento da economia em 2007 esteve atrelado à demanda interna. O aumento da renda redundou no acréscimo no

81 81 consumo, que, por sua vez, estimulou os investimentos do sistema produtivo nacional. O aumento do consumo das famílias cresceu 6,5% em Julgam-se como principais responsáveis, além do aumento da renda, o emprego formal e a facilidade de crédito, que impulsionou, principalmente, as vendas de bens duráveis. Gráfico 43: Brasil: Crescimento Percentual do Consumo das Famílias ( ). 4,5 4,6 6, Fonte: Banco Central. A reposta da oferta incentivou o salto da produção industrial, de 2,8%, em 2006, para um crescimento de 6,0%, em Bem como 21, das 27 atividades analisadas pelo Banco Central em seu relatório anual, registraram variação positiva no ano passado. O maior reflexo desse choque de demanda por bens de consumo foi o surpreendente crescimento da produção de bens de capital, 19,5%, os quais integram a capacidade instalada das indústrias, bem como introduz inovações tecnológicas. A ABIMAQ, Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos, afirma que, para este ano, os investimentos em bens de capital devem atingir cerca de R$ 9,3 bilhões, o que significa um crescimento ainda maior que em 2007, 19,94%. Desse total, estima-se que 62,36% será destinado à compra de máquinas e equipamentos. Outra variável importante a ser analisada é a Formação Bruta de Capital Fixo, FBCF, que aumentou em 13,4% em Observando a evolução da FBCF, pode-se verificar que seu coeficiente de inclinação é quase linear, ou seja, o crescimento dá-se gradativamente a valores crescentes.

82 82 Gráfico 44: Brasil: Formação Bruta de Capital Fixo ( ) Fonte: Ipeadata. Em bilhões de reais. Estudos apontam que a redução da TJLP, Taxa de Juros de Longo Prazo, utilizada como indexador de financiamentos, associado ao aumento da demanda, foi responsável pela elevação dos investimentos em bens de capital. Essa taxa saiu do patamar de 6,85%, em 2006, para 6,25%, em O crescimento industrial caracterizou-se, também, pela expansão territorial. O bom desenvolvimento econômico de outras regiões, especialmente o Nordeste, despertou o interesse do setor privado à expansão de novas unidades fabris nessas regiões. Atualmente, a região Nordeste é o destino da descentralização industrial do país. Essa região tem a 3ª maior economia do país, com aumento significativo na economia nacional. Investimentos no Nordeste Esse crescimento da região Nordeste é representado pelos investimentos recebidos que vão desde a extração mineral à criação de novos serviços, destacandose: o Complexo Industrial Ford, em Camaçari-BA, que estimula o crescimento da cadeia automotiva; o setor petroquímico, com a participação da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte; a Cadeia Produtiva de Química e Plásticos, liderados pelos estados da Bahia, com o Pólo Petroquímico em Camaçari, e Alagoas, com uma unidade de Cloro-Soda em Maceió e uma de PVC em Marechal Deodoro. Nesse sentido, destaca-se a instalação do Estaleiro Atlântico Sul no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. O Estaleiro entrou em operação em

83 83 agosto de 2008, sendo considerado o maior do Hemisfério Sul. O início deu-se com a construção de parte de uma plataforma de petróleo e de um navio petroleiro, encomendas realizadas pela PETROBRAS e TRANSPETRO, parte de um contrato de US$ 2,5 bilhões. Até o momento foram processados 39 mil toneladas de aço desses produtos, que serão entregues em Segundo o presidente do estaleiro, Paulo Haddad, as obras ainda estão em andamento e deverão ser concluídas em 2009, totalizando um investimento de R$ 1,4 bilhões. O empreendimento ocupa um terreno de 162 ha e terá área industrial coberta de 130 mil m 2, com a geração de cinco mil postos de trabalhos direto e 20 mil indiretos. O estaleiro já tem três contratos fechados. Além de construir o casco da plataforma P-55 da PETROBRAS e dez navios petroleiros para a TRANSPETRO, a Atlântico Sul também fabricará duas embarcações de transporte de óleo cru para o armador norueguês Noroil Navegação. Estima-se que, para atender à demanda, serão utilizadas 328 mil toneladas de aço. Com capacidade plena, o estaleiro processará 160 mil toneladas de aço por ano. O governo pernambucano também vem negociando com o Grupo espanhol Celsa a implantação de uma unidade de aços longos em Suape. A priori, o investimento será na ordem de US$ 400 milhões ocupando uma área de 100 hectares. Estima-se a produção inicial de 800 mil toneladas por ano, podendo aumentar para 1 milhão de toneladas. A empresa poderá atingir um faturamento de US$ 700 milhões por ano. O Governo ofereceu como benefício a concessão do incentivos fiscais, através da redução de até 75% do ICMS por 12 anos, que pode, ainda, ser prorrogada por mais três anos. Na construção serão gerados 250 postos de trabalho; na operação, estima-se empregar diretamente 500 trabalhadores, podendo chegar a empregos indiretos. No mês de outubro será anunciada, oficialmente, a construção de mais uma unidade siderúrgica da Gerdau em Pernambuco. O grupo solicitou uma área de 150 hectares no Complexo Industrial Portuário de Suape. Será um investimento de US$ 600 milhões e produzirá 1 milhão de toneladas de aço longo por ano. Vale ressaltar, que a empresa utilizará sucata para a produção desse produto, que será destinado à construção civil. O início das obras está programado para 2009, gerando 2 mil

84 84 empregos diretos em sua edificação e 800 na operação. A Gerdau também terá incentivos fiscais do governo pernambucano. Além desse investimento, o Complexo Portuário e Industrial de Suape também abrigará a siderúrgica da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a refinaria binacional Abreu Lima. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) investirá US$ 6 bilhões na instalação da Usina Siderúrgica em Pernambuco (USP). Com capacidade para produção de 500 mil toneladas de aços longos e planos para o mercado interno de construção civil e para as demais indústrias. A siderúrgica irá se instalar numa área de 337 hectares vizinho ao Estaleiro Atlântico Sul; e processará 3,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. A CSN pretende utilizar a Ferrovia Transnordestina como principal canal de escoamento. A USP também conta com um porto privativo para embarque e desembarque de matéria-prima. Para tanto, a Usina será construída em três módulos, chegando a sua plena capacidade dentro de seis anos. O início das obras está previsto para o começo do primeiro semestre de A meta é concluir a primeira fase no primeiro semestre de Nesse primeiro módulo o investimento será de US$ 1,3 bilhão. Ao todo, serão gerados 5,6 mil empregos, com destaque para soldadores, maçariqueiros, torneiros mecânicos, armadores e outros profissionais que serão contratados e qualificados num esforço conjunto do Governo do Estado e da Companhia. A Companhia aponta que, após a conclusão das obras, haverá duas ampliações, proporcionando um aumento da capacidade de processamento em 1,5 milhões de toneladas por ano. A diferença entre os investimentos da Gerdau e da CSN é o processo de produção, da primeira, que utilizará fornos elétricos, enquanto que a CSN produzirá com auto-forno. A refinaria Abreu e Lima é um empreendimento binacional, pois participa de um consórcio binacional ente a PETROBRAS e a Petróleos da Venezuela, PDVSA, com participação de 60% e 40%, respectivamente. A refinaria processará o petróleo do campo de Carabobo e Marlim Sul, na Bacia de Campos, e terá capacidade instalada de produção de 300 mil barris de petróleo pesado por dia. Estima-se que a refinaria entrará em operação em 2011, com investimentos de US$ 2,8 bilhões. A construção já foi iniciada e gerará 230 mil empregos diretos e indiretos; na operação serão

85 85 Inicialmente, processará 200 mil barris de petróleo dia, que abastecerá as regiões Norte e Nordeste de diesel (70%), gás de cozinha, nafta petroquímica (matéria-prima para produção de resinas plásticas) e coque de petróleo (combustível utilizado em indústrias pesadas). Além dessa refinaria, a Petrobras pretende construir mais três refinarias no Nordeste: a Preminum I, no Maranhão; a Preminum II, no Ceará; e, no Rio Grande do Norte, realizar a ampliação da unidade de tratamento de combustíveis. Estima-se que, até 2016 essas refinarias adicionarão, à produção nacional, mil barris/dia. A Preminum I terá capacidade de processar 600 mil barris de petróleo por dia. Sua instalação será no Estado do Maranhão e estará em operação em A Prenimum II será instalada no Ceará e tem previsão de operação para Projeta-se a produção de 300 mil barris de petróleo por dia. A refinaria do Rio Grande do Norte estará pronta para operar em 2010 e terá a capacidade de produzir 30 mil barris/dia. A PETROBRAS também pretende modernizar e ampliar as unidades antigas com o Projeto Carteira de Diesel Brasil, ao todo são 11 refinarias em operação. Associado aos novos empreendimentos, a empresa pretende ser referência na extração e comercialização de petróleo e seus derivados. As quatro novas refinarias foram instaladas no Nordeste devido à logística. Segundo a PETROBRAS, transportar petróleo é mais barato do que o produto final. Para o petróleo há um tipo de navio específico. Por isso, as refinarias estão espalhadas, em pontos estratégicos, pensando no produto final. Essas refinarias serão voltadas para exportação, principalmente ao mercado europeu, que vem aumentando sua demanda significativamente. Vale ressaltar que esses investimentos são para fortalecer o mercado interno, visto que hoje o Brasil tem apenas as refinarias da Bahia e do Amazonas. Para tanto, a PETROBRAS sinaliza que precisará de cerca de mais 70 navios de médio e grande portes. Associado ao Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef I e II), serão demandados, ao todo, 86 navios e 177 barcos. Ao todo serão 5 novas refinarias, 4 no Nordeste e 1 no Rio de Janeiro.

86 86 Tabelas 28: Instalação de Novas Refinarias, segundo previsão de operação. Refinarias Previsão de Operação Rio Grande do Norte 2010 Abreu e Lima 2011 Premium I 2015 Premium II 2016 Comperj 2013 Vale destacar, que o Governo de Pernambuco, dado os investimentos no Complexo Portuário de Suape, espera a chegada de um novo empreendimento de grande porte no Estado, consolidando sua cadeia produtiva metal-mecânica. A instalação da USP e do estaleiro de navios foi considerada o início desse aglomerado. Dando continuidade, há perspectivas de implantação de um conjunto de empreendimentos de linha branca (eletrodomésticos) e de uma Central de Distribuição da General Motors (GM). Com a implantação do Centro Logístico de Distribuição de Veículos (CDV) da GM no Porto de Suape, o Governo de Pernambuco pretende montar um Pólo Automotivo, o segundo do Nordeste. O investimento será na ordem de R$ 30 milhões. Inicialmente, o centro importará veículos do México, Argentina e Austrália. O Grupo estuda ainda implantar a quarta montadora no Brasil, podendo, Pernambuco, ser o próximo Estado a receber a nova planta industrial. A empresa foi beneficiada com o rebatimento de ICMS de 95% pelo governo estadual. Este também está em negociação com a Honda, Volkswagen, Toyota, Chery Automobile. No momento, a Honda já tem incentivos fiscais concedido para a implantação de um Centro de Distribuição de motocicletas e automóveis; a Volkswagen estuda investir R$ 12 milhões numa central de distribuição em Pernambuco ao na Bahia. Para concretizar as negociações, o governo pernambucano está alterando o Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (PRODEPE) para atrair novos empreendimentos da indústria automobilística. Outro Estado que tem se destacado é o Ceará, com a implantação de uma Usina Siderúrgica para fabricação de placas de aço, oriunda de parceria com a Companhia Vale do Rio Doce, BNDES e a coreana Dongkuk, com programação para entrar em operação em Titulada como Companhia Siderúrgica do Pecém, a nova siderurgia, será implantada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e terá

87 87 uma unidade de laminação, agregando valor a produção. A CSP, além de só produzir e exportar placas de aço, produtos de baixo valor agregado, fabricará diferenciadas chapas de aço, incluindo a chapa grossa, a qual não produzida no Brasil, sendo importada da Coréia do Sul. Essa matéria-prima é utilizada pela indústria automobilística e, ainda, pela indústria naval. Por outro lado, a empresa Samco está prospectando minério de ferro no interior do Estado, os estudos estão em fase bem avançada e abrangem uma área de hectares. Foram investidos mais de R$ 2 milhões e os cálculos iniciais indicam um potencial de produção entre 70 e 80 milhões de toneladas por ano. O governo aposta na integração da ferrovia Transnordestina com o Pecém. Com a meta de trabalhar toda a cadeia da siderurgia, o governo cearense vai incentivar a vinda de investidores interessados em produzir ferro gusa às margens da ferrovia Nova Transnordestina. Outro ponto forte e estratégico é a proximidade com o Maranhão. O Estado destaca-se pela produção de ferro-gusa, alumínio não ligado, liga de alumínio e alumina calcita, explorado pela Companhia Vale do Rio Doce. Esse movimento de verticalização da produção tem sido estratégico para as indústrias metal-mecânica. A revista Valor Econômico do mês de setembro de 2008, destaca: A luta mundial para garantir o suprimento de matérias-primas de alto custo está criando uma nova dinâmica na indústria do aço: produtores estão se tornando fornecedores e fornecedores estão se tornando produtores. Para não dependerem das mineradoras que controlam o minério de ferro e já aumentaram os preços em mais de 80% somente este ano, um crescente número de siderúrgicas pretende explorar suas próprias minas. Ao mesmo tempo, numa tentativa de criar um mercado final cativo e tirar vantagem da crescente demanda por aço, muitas mineradoras de ferro - inclusive a maior delas, a Companhia Vale do Rio Doce - estão se movendo para se tornarem siderúrgicas. Em se tratando na atividade extrativa mineral, o Estado do Piauí, no último ano, concedeu mais de 700 alvarás de exploração de jazidas de minérios e de terras. Em 2008, o Governo do Piauí assinou o protocolo de intenções entre o Estado e a mineradora GME 4 (Global Mine Exploration), com o intuito de apoiar a empresa nos processos de licença ambiental, infra-estrutura básica para possível implantação de

88 88 indústria e o apoio à pesquisa. A GME 4 é uma empresa do Banco Oportunity, que atua em onze estados do Brasil, no Piauí, já iniciou as pesquisas para detectar minérios de ferro nas cidades de Simões, Curral Novo e Paulista. Esse empreendimento será a primeira siderúrgica do Piauí para produzir ferro guza usando o babaçu. Para apoiar os novos investimentos, o Governo Estadual instituiu o Fundo Estadual de Mineração do Estado do Piauí. Outro Estado de vem se destacando na exploração de minério é a Paraíba. Estudos preliminares apontam 9 municípios paraibanos com jazidas em potencial, totalizando uma área de 17,9 mil hectares. A empresa responsável pela pesquisa, a Mhag Serviços e Mineração, prospecta explorar jazidas com 500 milhões de toneladas de minério de ferro e exportar para a China, Oriente Médio e Europa. O relatório final será apresentado no segundo semestre de A empresa pretende utilizar mão-deobra local, visto a sua excelente qualificação. O Estado oferta mão-de-obra especializada em mineração formadas pelos Centros Federais de Educação tecnológicas Cefets. Além desses Centros, a Paraíba possui um Pólo de desenvolvimento de tecnologia e inovação, podendo, desenvolver uma cadeia de produção com altíssimo valor agregado. Em relação ao Estado de Sergipe, os investimentos serão da Petrobras. A empresa pretende investir, até 2010, R$ 3,6 bilhões na perfuração de novos poços em terra e plataforma continental. Estima-se um aumento de 70% da produção de petróleo do Estado, que atingirá 75 mil barris por dia. Detentora da tecnologia de perfuração de poços de águas profundas, a estatal utilizará pela primeira vez no mundo uma plataforma flutuante em formato cilíndrico no campo Piranema, 25 Km da costa. Serão perfurados mais 27 novos poços em águas rasas nos campos de Camorim e Dourado até Com investimentos de R$ 1,3 bilhões, a Petrobras pretende produzir aproximadamente 14,3 mil barris por dia de petróleo, gerando empregos diretos e indiretos. O Brasil também se destaca pelo desenvolvimento de energias alternativas, dentre estas o etanol. Com isso, geram-se excelentes oportunidades aos negócios brasileiros, com o progresso técnico.

89 89 Com o crescimento da demanda mundial pelo etanol tem despertado o interesse de outras nações, com vantagens produtivas no cultivo da cana-de-açúcar, em investir na produção de açúcar e álcool. Dessa forma, países da África e regiões do Caribe, com terra e clima favoráveis, têm se destacado pela demanda de máquinas e equipamentos para montar usinas sucroalcooleiras. Os países africanos, além do grande potencial de seu mercado interno, beneficiam-se do acordo ACP (África, Caribe e Pacífico) com a UE (União Européia), que isenta de tarifas a entrada de açúcar e álcool desses países. Os países caribenhos, associados a esse acordo, apresentam grandes vantagens dada à proximidade com os Estados Unidos Acompanhando a conjuntura nacional e regional, Alagoas tem destacado-se com o aumento do consumo interno e com os novos investimentos industriais. A Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE) registrou que o varejo alagoano, em 2007, obteve o maior crescimento do país, 19,2%, contra a média nacional de 9,6%. Esse cenário, associado ao apoio governamental do Estado na criação de mecanismos de desenvolvimento em atividades que Alagoas possui potencial e competitividade tem gerado resultados satisfatórios na captação de novos investimentos diretos do setor privado. Até o momento, 15 empresas já garantiram a instalação de unidades fabris em território alagoano, totalizando R$ ,68 de investimentos e empregos diretos. O governo continua negociando e viabilizando novos empreendimentos. As atividades que mais são estimuladas envolvem o setor têxtil, a cadeia produtiva de química e plásticos, setor sucroalcooleiro e o setor Metal-Mecânico. O setor têxtil, após alguns anos de baixo crescimento, está estruturando-se; ainda em fase de consolidação. A Cadeia Produtiva Têxtil representa mais uma ferramenta para o desenvolvimento do Estado através de instalação de novas empresas. Em relação ao setor químico e plástico, a Braskem implantará uma nova planta de PVC em Alagoas, com capacidade de 150 mil toneladas a partir de Em relação ao setor Metal-Mecânico, com a implantação da Jaraguá Equipamentos, empresa âncora para esse setor, pretende-se a formação de um pólo

90 90 Metal-Mecânico no Estado, constituindo, assim, oportunidades para instalação de novas empresas, tanto para fornecer serviços e insumos, como para ser demandante de seus produtos, desenvolvendo, dessa maneira, a cadeia produtiva Metal-Mecânica. Segundo a Jaraguá Equipamentos, Alagoas teria potencial de atender a região Nordeste, principalmente Pernambuco, após os investimentos no Complexo Industrial Portuário de Suape. Isso daria maior dinamismo ao setor por diversificar a clientela, que hoje se concentra no setor sucroalcooleiro. Os fornecedores de insumos, localizados, principalmente, em São Paulo e Minas Gerais, seriam atraídos para melhor abastecer a região Nordeste. Além disso, a empresa pretende fornecer bens de capital ao continente africano. A empresa ainda afirma que sua demanda potencial está com a fabricação de máquinas e equipamentos para atividades com óleo e gás, sendo assim de interesse da Petrobrás e da Algás, pertinente no quesito de preocupação com a capacidade energética do Estado. O governo do Estado espera que, após cinco anos, a implantação do Pólo Metal-Mecânico esteja consolidada. Assim, a produção da indústria alagoana ficará mais diversificada, bem como a economia mais sólida. Para o setor sucroalcooleiro, espera-se que possa extrair ainda mais benefícios dessa atividade na formação da nova matriz energética alagoana através da energia oriunda da biomassa, fortalecendo ainda mais a infra-estrutura. Outro investimento que vale destaque é o da mineradora Vale Verde, que descobriu uma jazida de cobre no município de Craíbas, no Agreste do Estado. A empresa pretende investir numa estrutura de exploração visto o elevado valor comercial da jazida. Já existe uma pequena produção na região, porém o projeto maior ainda está sob fase de pesquisa. Estima-se que a produção comercial em larga escala seja iniciada em 2011, com capacidade de exploração até Além desses investimentos, o Estado conta com os investimentos estruturantes do PAC, que pretende, até 2010, investir R$ 4,3 bilhões. Desse total, 72,44% será em empreendimentos exclusivos e 27,56%, em empreendimentos regionais. Os eixos estratégicos de aplicação desses recursos são: logística, energia e social/urbana.

91 91 Em se tratando da infra-estrutura logística, a estratégia é a sua ampliação, que consiste na duplicação da BR 101, nas divisas com Pernambuco e Sergipe, e na reconstrução ferroviária que liga Recife (PE) a Porto Real do Colégio (AL), trecho das obras da Transnordestina. O eixo infra-estrutura energética apresenta três metas estratégicas, que são: garantir a segurança energética e moderação tarifária para Alagoas e Nordeste; ampliação da malha de gasodutos, garantindo suprimento de gás natural; e desenvolvimento e ampliação da produção de petróleo no Estado. Para tanto, tem-se como ação: Usina Termelétrica a Biomassa Jitituba Santo Antônio. Aplicação de R$ 38,7 milhões; Subestação Zebu 230/69 Kv. Investimento previsto na ordem de R$ 36,6 milhões; Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural Desenvolvimento da produção nos Estados de Alagoas e Sergipe, R$ 244,8 milhões; Linha de Transmissão Xingó (AL) Angelim (PE), R$ 66,6 milhões; Linha de Transmissão Jardim (SE) Penedo (AL), R$ 30,5 milhões; Gasoduto Malha Nordeste ligando Pilar a Ipojuca, R$ 860 milhões. Em relação à infra-estrutura Social e Urbana, destacam-se: o Canal do Sertão, Revitalização da Orla Lagunar, Urbanização do Vale do Reginaldo, entre outros, totalizando R$ 1.932,9 milhões em empreendimentos exclusivos e R$ 16 milhões em empreendimentos regionais. O Governo Estadual, junto com o Federal, estuda a construção do Aeroporto de Maragogi; duplicação da AL-101 Sul e Norte; Estrada do São Francisco; Ampliação e Modernização do Porto de Maceió. A ampliação e modernização do Porto de Maceió consiste na dragagem, para aumentar a profundidade do calado, construção de um terminal de passageiros e cais de contêineres, além das ações sugeridas em seu Plano Diretor. O conjunto desses fatores positivos dão ao Estado um grande potencial industrial a longo prazo. Sua posição geográfica é estratégica na inserção de mercado

92 92 para diversas atividades, de modo que o interesse do capital privado voltar-se-á ao território alagoano, fazendo ponte com outros estados do Nordeste.

93 Figura 14: Perspectivas para a Indústria Metal-Mecânica de Alagoas. 93

94 94

95 95 1. Análise Estratégica Após o estudo do panorama setorial internacional, nacional, regional e estadual, associado a entrevistas com empresas e representantes do setor metalmecânico em Alagoas, foram levantadas, dentro de um ambiente sistêmico, informações para sugerir os direcionadores do setor, as metas principais e ações para executá-las. Inicialmente, o estudo estratégico foi elaborado através da Análise SWOT, onde foram delineados os pontos fortes, pontos fracos, ameaças e oportunidades. Após a análise, verificou-se que o setor possui, como direcionadores, cinco fatores, que são: Mão-de-obra; Infra-estrutura; Estado Governo; Privado Empresas; Associativismo. Esses fatores são considerados direcionadores devido ao poder decisório, bem como estratégico, de suas ações individuais, e em conjunto, para desenvolver o setor. Cada direcionador possui uma meta individual conforme a sua área de atuação. Diante das discussões, sugere-se como metas: Qualificar a mão-de-obra; Manter, ampliar e modernizar a infra-estrutura; Apoio governamental; Modernização do setor privado; Aumentar a representatividade do setor; Para concretizar os objetivos, foram traçadas ações com seus respectivos responsáveis e períodos de execução. Essas sugestões foram consolidadas no Plano de Ações Estratégicas. Tais etapas podem ser melhor observadas no esquema a seguir:

96 96 Figura 15: Estrutura da Análise Estratégica do Setor Metal-Mecânico em Alagoas. ANÁLISE ESTRATÉGICA DO SETOR METAL-MECÂNICO EM ALAGOAS Pontos Fortes ANÁLISE ESTRATÉGICA Pontos Fracos Oportunidades Ameaças Ambiente Interno Ambiente Externo Mão-de-obra Qualificar Infra-estrutura Manter, ampliar e modernizar DIRECIONADORES ESTRATÉGICOS Estado-Governo Apoiar METAS Privado- Empresa Modernizar Associativismo Aumentar representatividade PLANO DE AÇÃO ESTRATÉGICA Essas ações deverão ser discutidas, executadas e adaptadas pelos integrantes do Fórum da Indústria Metal-Mecânica, assim que este for constituído. 1.1 Análise SWOT A análise do ambiente interno e externo foi realizada através do sentimento dos empresários e dos agentes envolvidos nessa indústria em uma entrevista onde foram apontados os pontos fortes e fracos, assim como as ameaças e oportunidades, consolidadas na matriz SWOT a seguir.

97 97 Tabela 29: Matriz SWOT. Pontos Fortes Consumidor (Sucroalcooleiro/têxtil/químico e plástico); Instituições de ensino; Custo de Produção; Sinergia entre os Agentes Envolvidos. Oportunidades Localização; Infra-estrutura; Apoio governamental (investimento); Crescimento industrial/diversificação do setor; Demanda reprimida de outros Estados; Disponibilidade de Mão-de-Obra. Pontos Fracos Período de Estagnação do Estado; Dependência do Consumidor; Diversificação da oferta; Capacidade financeira crédito; Informalidade do setor; Sindicalização; Tecnologia; Inexistência de acompanhamento do setor (dados); Capacidade das instituições de ensino; Qualificação da mão-de-obra; Fornecedor. Ameaças Infra-estrutura de transportes terrestres; Carga tributária; Acesso ao crédito; Fornecimento de matéria-prima; Conjuntura Econômica; Descontinuidade da Política de Desenvolvimento Análise do Ambiente Interno Pontos Fortes Consumidor Interno (Sucroalcooleiro/Têxtil/ Químico e Plástico) Atualmente, a indústria metal-mecânica alagoana possui três principais consumidores de grande porte: setor sucroalcooleiro, CPQP (Cadeia Produtiva de Química e Plásticos) e a Indústria Têxtil. O primeiro constitui o maior demandante. É composto por 26 (vinte e seis) empresas, distribuídas entre usinas e destilarias que, além de constituir a principal atividade econômica do Estado, são também as maiores demandantes de máquinas e equipamentos, sem contar com os serviços de usinagem (manutenção). O segundo já tem grande representatividade na economia alagoana, e perde apenas para o setor sucroalcooleiro. A Braskem, principal âncora da CPQP, Cadeia Produtiva de Química e Plásticos, em Alagoas, tem representatividade internacional e garante a atração de novas empresas consumidoras de seus produtos, constituindo, assim, um grande potencial de demanda interna. De todo modo, a CPQP já tem garantida a vinda de 6 (seis) novas empresas que serão implantadas no Distrito Industrial de Marechal Deodoro.

98 98 Por fim, o terceiro constitui grande potencialidade de aumento de demanda. Assim como a atividade agroindustrial, a indústria têxtil foi pioneira no processo de industrialização alagoana. Após um período de crise e estagnação dessa indústria a nível nacional, por volta da década de 60, os investimentos foram reduzidos; porém, o governo do Estado tem intensificado o resgate dessa atividade, tendo como referência a Fábrica da Pedra, uma das primeiras de Alagoas e também uma das mais modernas do Estado, hoje pertencente ao Grupo Carlos Lyra. Essa parceria públicoprivada tem como objetivo a estruturação de um Pólo Industrial Têxtil, de forma a atrair novas empresas para compor sua cadeia produtiva. Além dessas indústrias, o setor Metal-Mecânico alagoano pode fornecer a outros consumidores Instituições de Ensino A atividade industrial é caracterizada pela contratação de mão-de-obra especializada. Para tanto, conta-se com a disponibilidade de cursos profissionalizantes para funções específicas na formação desse contingente. Essa responsabilidade, em Alagoas, fica a cargo, principalmente, do SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, e do CEFET-AL, Centro Federal de Educação Tecnológica, que têm a tarefa de formar profissionais para atender diversas áreas, e, mais especificamente, à indústria. Essas instituições apresentam excelente infra-estrutura e pessoal capacitado para oferecer cursos profissionalizantes, tornando-se uma porta de acesso ao emprego formal, já que, ao término, é realizado um encaminhamento às empresas Custo de Produção Os empresários do setor apontam que, comparativamente, a operação no Estado de Alagoas apresenta custos reduzidos. Além do custo da manutenção, os incentivos estaduais contribuem significativamente para a diminuição dos custos operacionais das indústrias, representando, conseqüentemente, aumento de competitividade.

99 Sinergia dos Agentes Envolvidos O alinhamento dos agentes envolvidos no setor Metal-Mecânico é uma característica marcante desses. O setor público e privado está integrado e com um objetivo comum: o desenvolvimento do setor Pontos Fracos Períodos de Estagnação do Estado Os períodos de estagnação econômica foram maléficos ao processo de formação da Indústria Metal-Mecânica em Alagoas, principalmente na produção de bens de capital. O baixo volume de implantação de novas unidades fabris no Estado, nesses períodos, impediu a consolidação de um setor para a produção de máquinas e equipamentos, pela falta da concentração de pólos industriais. A ausência de diversificação da produção industrial alagoana tornou o setor sucroalcooleiro o maior demandante de bens de capital; porém, em sua maioria, as usinas e destilarias instaladas foram montadas a partir de máquinas e equipamentos comprados em outros Estados, ficando a cargo de Alagoas a manutenção e usinagem. Assim, a Indústria Metal-Mecânica, em Alagoas, caracteriza-se pela produção com menor agregação tecnológica e menor automação. O segmento de bens de capital não é representativo ao ponto de dar suporte a novas empresas que queiram instalar-se Dependência do Consumidor De acordo com a pesquisa realizada nesse estudo, o setor metal-mecânico alagoano tem, como principais consumidores, as atividades sucroalcooleira e química; sendo mais de 50% da demanda representada pelo ramo sucroalcooleiro, constituindo-se, assim, em uma demanda restrita e dependente. Logo, o setor metalmecânico é caracterizado pela produção direcionada a atender aquela atividade Diversificação da Oferta A indústria Metal-Mecânica no Estado de Alagoas é pouco diversificada. Atua de forma significativa em dois segmentos: a fabricação de máquinas, equipamentos, peças e componentes para as indústrias do setor sucroalcooleiro; e fabricação de produtos de serralharia.

100 100 Devido à abrangência do conceito do setor Metal-Mecânico, é imprescindível a diversificação do mesmo. Utilizando-se de tal estratégia, conseqüentemente, será possível alcançar uma maior participação no mercado. É importante ressaltar que um crescimento desse setor em Alagoas possibilitará a sua diversificação para suprir demandas reprimidas e criar novos mercados, que precisam ser dinamizados por novas tecnologias. Dessa forma, tornará as indústrias alagoanas desse ramo mais competitivas em relação aos concorrentes localizados em outros estados ou mesmo no exterior, visto que o crescimento dessa estrutura industrial será efetivado com a expansão de suas unidades produtivas existentes e instalações de outras Capacidade Financeira Crédito A maioria das empresas que atuam no setor Metal-Mecânico em Alagoas enquadra-se como micro e pequena empresa. As mesmas possuem custos médios elevados, devido aos gastos com mão-de-obra, encargos e salários, tributos incidentes sobre o faturamento, entre outros. Assim, empresas com essas características apresentam uma margem pequena de lucro, comprometendo sua capacidade de investimentos. As pequenas empresas incorrem em maiores riscos quando comparadas às de maior porte, devido às economias de escala e à participação governamental com incentivos e subsídios industriais tenderem ao grande capital, uma vez que conheceu melhor esse tipo de benefício. Por conseqüência disso, empresas de pequeno porte não apresentam margem de lucro significativa, dificilmente atendendo às exigências para financiamento feitas pelas instituições de crédito. Dentre essas, destacam-se a apresentação de garantias reais; aporte para recursos próprios e documentação legal da empresa e dos proprietários, que são exigidos perante aos principais órgãos municipais, estaduais e federais Informalidade do Setor O setor Metal-Mecânico em Alagoas apresenta um alto nível de empresas informais, chegando a 59%, conforme dados da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas. As empresas que atuam na informalidade são compostas por

101 101 empreendedores autônomos, que geram postos de trabalhos sem vínculos empregatícios. A acentuada informalidade presente no setor Metal-Mecânico alagoano impede um desempenho mais efetivo em termos de participação setorial na economia do Estado e, conseqüentemente, maior representatividade diante do mercado nacional. A exigência de uma maior carga tributária para manter o equilíbrio fiscal; a burocracia estatal para os negócios, com regulamentos excessivos para a obtenção de alvarás; os altos custos para contratação de mão-de-obra, entre outros fatores, explicariam o aparecimento e o crescimento do número de empresas informais. O somatório dos tributos e exagero da burocracia impedem a abertura e o funcionamento regular das empresas nacionais. Os números da informalidade no Brasil superam as estatísticas de outros países emergentes, reforçando a necessidade de mudanças urgentes nas regras de registro das empresas e de redução na carga tributária, especialmente das micro e pequenas Sindicalização A sindicalização das empresas demonstra o nível de integração e articulação do setor, trazendo vantagens no que diz respeito à representatividade das mesmas, e, por conseguinte, do setor, frente aos concorrentes, através de ações planejadas de crescimento. A adesão das empresas alagoanas aos sindicatos existentes do metalmecânico é muito baixa. Atualmente o SINDMEC - Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico no Estado de Alagoas possui apenas 9 (nove) afiliadas, diante de um total de 242 unidades produtivas. Essa conjuntura é explicada pelo presidente do SINDMEC, José Carlos Lyra, que aponta como principais fatores: o porte e o nível de informalidade das empresas do setor. Segundo ele, existem poucas empresas que são formalizadas e possuem porte para se filiarem ao sindicato, visto que o custo de filiação é relativamente alto. Este não é um problema localizado. Em quase todos os sindicatos filiados à FIEA ainda é baixo o índice de associativismo. Isto resulta do grau de liderança sindical

102 102 reduzido, ações não planejadas e baixa compreensão da importância das atividades sindicais. Poucos sindicatos cobram contribuições associativas. A CNI, Confederação Nacional da Indústria, diante desse panorama, criou um Programa de Desenvolvimento Associativo - PDA, que beneficiará todos os sindicatos em todas as federações do país. Na FIEA já houve a mobilização da Unidade Sindical. Inicialmente, foi realizado um diagnóstico da situação de vários sindicatos, levantando seus anseios e necessidades. Dessa forma, o PDA está sendo implantado. Com isso, espera-se aumentar a inclusão das empresas no quadro associativo do SINDMEC. Vale salientar que a baixa adesão é função do porte das empresas e sua informalidade. Tem-se poucas empresas de porte e formalizadas, cujos dirigentes estão aptos ao processo associativo. Mas alguns, mesmo com habilidade, ainda resistem Tecnologia Uma grande parcela das empresas que atuam no setor Metal-Mecânico em Alagoas apresenta baixa automação, isto é, há uma concentração de atividades que são intensivas em mão-de-obra no seu processo produtivo. Ou seja, não utilizam processos técnicos com significativo nível de mecanização. Além disso, muitas empresas não são informatizadas, dificultando, assim, o desenvolvimento e a organização de suas atividades, uma vez que o progresso tecnológico melhora a qualidade do produto, além de proporcionar melhores condições de competição mercadológica Inexistência de Acompanhamento do Setor (dados) Em Alagoas, a falta de dados para diversas atividades econômicas é comum. Para que haja o desenvolvimento de um determinado setor é necessário que se tenha informações quantitativas e qualitativas a respeito do mesmo. Isso facilitaria a identificação de qualidades e fraquezas, oportunidades e ameaças do setor, que pode ser feita através de estudos, planos de negócios, entre outras formas de análises. Tal problema acarreta na falta de planejamento, impedindo, assim, a alavancagem do setor.

103 Capacidade das Instituições de Ensino Existem diversas instituições que disponibilizam cursos especializados para algumas áreas ligadas à indústria Metal-Mecânica. Porém, o número limitado de vagas e a escassez de cursos técnicos mais específicos, para alguns segmentos do setor, comprometem a capacidade das instituições atuantes em Alagoas para a qualificação da mão-de-obra, existente e eventual Qualificação da Mão-de-Obra Ausência de Oferta de Curso Superior e Tecnológico Um dos fatores deficientes é a inexistência de cursos superiores e tecnológicos no Estado direcionados à formação de profissionais que atuem no setor metalmecânico alagoano. Em relação ao curso superior, nenhuma instituição de ensino oferece formação na área metal-mecânica, desenvolvimentos e novos produtos, inovação, entre outros. Da mesma forma, apesar do mercado alagoano ofertar cursos tecnológicos, estes são focados em gestão administrativa, e não na área operacional. Portanto, há necessidade de se montar uma estrutura educacional e profissional focada nessa indústria, com trabalhos em P&D, desenvolvimento de produtos, novos processos, entre outros. Falta de Experiência Profissional Como mais um ponto fraco do setor, tem-se a ausência de experiência dos profissionais disponíveis no mercado, quer seja por falta de atividades práticas durante os cursos ligados ao setor, ou ainda pela falta de vivência profissional propriamente dita. Baixa Escolaridade A qualificação da mão-de-obra é ponto fundamental para o nível de produtividade e qualidade dos serviços e/ou produtos oferecidos pelas empresas. No setor metal-mecânico em Alagoas, pode-se constatar, como característica, que a mão-de-obra ligada à produção geralmente possue apenas o ensino fundamental.

104 104 Com a implantação de novas tecnologias nas empresas, os trabalhadores precisam de um conhecimento básico em operações simples e leitura para lidar com os maquinários cada vez mais modernos e complexos. Dessa forma, a baixa qualidade do ensino básico e as inovações do mercado geram um gargalo para todo o setor, pois trabalhadores tendem a não atender às necessidades da empresa, tornando os processos menos eficientes. Em alguns casos, as máquinas ficam sem utilização ou é contratada mão-de-obra de outros Estados, afetando, portanto, a competitividade da empresa, podendo culminar em uma perda da parcela de mercado Fornecedor Um dos grandes gargalos apontados pelos entrevistados é a ausência de cadeia de fornecedor consistente. Os principais fornecedores de matéria-prima e insumos estão concentrados no Sudeste. O Estado não possui um centro de compras ou outro mecanismo logístico que auxilie nesse fornecimento. Destaca-se, também, a falta de serviços específicos para a atividade de novas empresas, como pontuados pela Jaraguá Equipamentos. Eles destacam a necessidade de disponibilizar serviços periféricos relativos a esse tipo de indústria e demais a serem instaladas em Alagoas nas proximidades de Maceió, visto que alguns serviços serão contratados do Sudeste Análise do Ambiente Externo Oportunidades Localização A posição geográfica de Alagoas é privilegiada em relação aos demais estados nordestinos. A localização central de seu território possibilita a formação de centros de distribuição, ou de pólos de produção. Esse quesito é visto como um ponto estratégico para empresas que desejam investir no Estado, por levar em conta fatores como: redução de custos, otimização do tempo, tanto para receber como para enviar mercadorias, menores despesas com frete, entre outros.

105 105 Figura 16: Localização Estratégica de Alagoas em Relação aos Demais Estados Nordestinos. A distância entre as capitais nordestinas dá melhor noção da vantagem competitiva de Alagoas. Tem como vizinhos os estados de Pernambuco, Bahia e Sergipe, sendo os dois primeiros detentores das maiores economias da região e potenciais consumidores.

106 106 Figura 17: Distância das Capitais Nordestinas em Relação a Maceió Infra-Estrutura A infra-estrutura do Estado é apontada como oportunidade ao considerar o potencial energético, de transporte e telecomunicações, além de abranger regiões propícias à instalação de atividades econômicas, sem contar com a infra-estrutura urbana. Energia Em Alagoas, destaca-se a produção de petróleo, gás natural e álcool, além da energia elétrica. Na produção de Petróleo, o Estado ficou com a 9ª posição no ranking nacional, em 2007, produzindo barris, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

107 107 Gráfico 45: Alagoas Produção de petróleo ( ) Fonte: ANP. *Mil Barris. Mesmo com variação negativa em relação ao ano anterior, -2,42%, a produção de petróleo manteve-se acima dos três milhões de barris, resultado alcançado pela segunda vez. Com o gás natural, o Estado deteve a 5ª posição no ranking nacional do ano de A produção atingiu 906 milhões de m 3, com reserva, ainda, de milhões de m 3. Gráfico 46: Alagoas Produção de gás ( ).* Fonte: ANP. *Mil m 3. resumir: Numa avaliação geral, a respeito do potencial energético alagoano, pode-se Tabela 30: Alagoas Potencial Energético. Consumo total de energia elétrica (em GWh/ano) Consumo de eletricidade per capta Residências atendidas por energia por elétricas (em %) 96,3 Consumo industrial (em GWh/ano) Consumo residencial (em GWh/ano) 695

108 108 Continuação Capacidade instalada (em kw) Capacidade instalada (em %)* 7,65 Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH) 3 Potencia Instalada (em kw) 876 Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCH) 1 Potência Instalada (em kw) Número de usinas hidrelétricas (UHE) 6 Potência Instalada (em kw) Número de usinas termelétricas (UTE) 16 Potência Instalada (em kw) Produção de álcool etílico, anidro e hidratado (em m 3 ) 572,32 Fonte: Anuário Exame 2007/2008. Nota: * Participação Nacional. Comunicações Alagoas possui ótimo sistema de comunicação, em comparação com os demais estados brasileiros e, atualmente, essa atividade contribui com 3,5% do PIB estadual. Na telefonia fixa, o Estado é coberto pela Telemar Norte Leste S/A e Embratel; na telefonia móvel, pelas empresas BSE S.A Claro (TDMA/GSM), TIM Nordeste Telecomunicações S.A (TDMA/GSM) e TNL PCS S.A OI (GSM). Conta-se, também, com o alargamento da cobertura de internet, visto a entrada de novas empresas, bem como a ampliação do raio de atuação para bairros periféricos, no sistema via rádio, a cabo ou linha telefônica com ou sem fio. assim: Resumidamente, a telecomunicação do Estado de Alagoas é representada Tabela 31: Alagoas Potencial em Telecomunicações. Residências com telefone (em %) 44 Residência com computador (em %)* 6,6 Residência com acesso à internet (em %)* 7,1 Número de telefones fixos em serviço Número de telefones celulares Número de estações de radiobase (ERBs) instaladas 419 Fonte: Anuário Exame 2007/2008. Nota: * Participação Nacional. Saneamento O Estado de Alagoas está passando por uma transformação, se levado em conta a garantia dos investimentos para o saneamento. Estão previstos investimentos tanto na rede de esgoto como na ampliação do fornecimento de água, principalmente em municípios castigados pela seca. Neste sentido, algumas grandes obras chamam a

109 109 atenção: o Canal do São Francisco, que irrigará 42 municípios alagoanos na extensão de 240 km, ligando os municípios de Delmiro Gouveia a Arapiraca; e as obras de saneamento na Bacia da Pajuçara (de Pajuçara a Jacarecica), na Baixa Maceió (Dique- Estrada, Cambona e Vergel) e a recuperação do Tronco Coletor da rede de esgoto. Essas obras de saneamento, já iniciadas no segundo semestre desse ano, têm uma extensão prevista de 40 km e demandam recursos da ordem de R$ 84 milhões, oriundos do PAC, Programa de Aceleração do Crescimento, e 15% de contrapartida do governo do Estado de Alagoas. No geral, o quadro fica o seguinte: Tabela 32: Alagoas Situação do Saneamento. Quantidade de água tratada (em m 3 /dia) Domicílios com abastecimento de água por rede geral (em %) 62,8 Volume de esgoto tratado (em %) Domicílios com rede coletora de esgoto (em %) 8,6 Domicílios com banheiro ou sanitário (em %) 81,5 Domicílios com coleta direta de lixo (em %) 65,8 Lixo coletado levado para aterro sanitário (em %) 6 Fonte: Anuário Exame 2007/2008. Transporte Alagoas conta com boa estrutura nos três modais de transporte: terrestre, aéreo e marítimo. O Estado possui boa malha rodoviária, contando, ainda, com investimentos garantidos pelo PAC e governo do Estado, que tendem a investir cerca de R$ 117 milhões nas estradas alagoanas, beneficiando, por exemplo, a AL 101 Norte e Sul, sendo esta duplicada em 25,8 km, da Ponte Divaldo Suruagy até Barra de São Miguel. A última reforma do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares colocou o Estado na rota internacional, podendo alavancar, ainda mais, sua movimentação de carga. O Porto de Maceió está sendo reformado para receber mais embarcações, além de ter o seu Plano Diretor concluído, constando novas diretrizes de investimentos, com o objetivo de receber navios maiores e aumentar capacidade de armazenagem. Também se deve destacar a revitalização da malha ferroviária numa extensão de 363 km, compreendendo 21 municípios alagoanos (indo de São José da Laje, passando pela capital, até Porto Real do Colégio), que ajudará a posicionar o Estado na rota estratégica de transporte de mercadoria entre os estados nordestinos, bem como no interior de Alagoas, segundo a CFN (Companhia Ferroviária do Nordeste).

110 110 Os dados atuais referentes ao sistema de transporte em Alagoas são: Tabela 33: Alagoas Sistema de Transporte. Aeroportos Internacionais 1 Aeródromos 3 Movimento de cargas (toneladas/% do Brasil) 2.631/0,2 Movimento de passageiros (total/% do Brasil) /0,8 Frota Caminhões Carros Ônibus Logística Terminais Multimodais 4 Porto Porto Handy Size 2 Terminais privados fora do cais públicos 1 Movimento de cargas (em milhões de toneladas) 4,5 Participação no movimento de cargas no Brasil (em %) 0,69 Rodovias Malha rodoviária (em km) Participação da malha brasileira (em %) 0,8 Praça de pedágio - Malha federal (em km) 920 Malha estadual (em km) Malha de estradas pavimentadas (em km) Malha de estradas não pavimentadas (em km) Fonte: Anuário Exame 2007/2008. Distritos e Núcleos Industriais Atualmente, Alagoas possui 6 (seis) áreas industriais de destaque: Distrito Industrial de Arapiraca, Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante (Maceió), Distrito Industrial de Murici, Distrito Industrial de Pilar, Núcleo Industrial de Rio Largo e Pólo Multifabril de Marechal Deodoro. a) Distrito Industrial de Arapiraca Localizado no Município de Arapiraca, na região agreste, a 120 km de Maceió. Sua interligação com as demais áreas econômicas do Estado faz esse distrito estratégico para distribuição de mercadorias. Fica às margens da rodovia AL 115 com a rodovia AL 485, à distância de 7 km do centro do município.

111 111 Arapiraca é a segunda maior cidade alagoana, em termos de desenvolvimento, e exerce a função de abastecimento de municípios mais longínquos de Maceió. Seu acesso é dado pela BR 316, AL 110, AL 115 e AL 220. Com os estados vizinhos, Pernambuco, Sergipe e Bahia, sua conexão é feita através da BR 101, BR 104, AL 155 e AL 220, tornando-se rota estratégica ao sistema de transporte. A área desse distrito possui ,38 m 2, com a divisão de 19 lotes, organizados em 6 quadras: Terreno Área (m 2 ) Quadra A ,13 Quadra B ,59 Quadra C ,60 Quadra D ,33 Quadra E ,18 Quadra F ,68 SUBTOTAL ,49 Arruamento ,89 TOTAL ,38 O abastecimento de água é feito pela CASAL (Companhia de Abastecimento D Água e Saneamento do Estado de Alagoas), que garante o atendimento tanto residencial como industrial. Possui capacidade de abastecimento acima da demandada, além de possuir estações elevatórias, reservatórios e caixas de quebra de pressão. A energia é fornecida pela CEAL (Companhia Energética de Alagoas), com capacidade de 80 MVA, e passa por investimentos para levar energia na totalidade dos municípios alagoanos. Assim, pode-se listar a infra-estrutura básica do Distrito de Arapiraca: Infra-estrutura básica Água e Saneamento Disponível Energia Elétrica Disponível Gás Natural Canalizado Não disponível Telecomunicações Disponível Vias Pavimentadas Disponível Vantagens do Distrito Industrial de Arapiraca Localiza-se na região central de Alagoas, mais precisamente no Agreste Alagoano;

112 112 Continuação Próximo aos três mais importantes aeroportos regionais: Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares (Maceió-AL, 125 km), Aeroporto da Santa Maria (Aracaju-SE, 180 km) e Aeroporto Internacional dos Guararapes (Recife-PE, 340Km); Rede de abastecimento de água pela Companhia de Abastecimento D Água e Saneamento do Estado de Alagoas (CASAL); Oferta de transporte rodoviário de carga pulverizada; Acesso pelos principais eixos rodoviários do Estado; Incentivos Fiscais e Locacionais. b) Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante (Maceió) O Histórico DILC, Distrito Industrial Luiz Cavalcante, destaca-se pela posição geográfica. Fica localizado no Bairro Tabuleiro dos Martins, às margens da BR 104, km 12; 5 km de distância do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares; 18 km do Porto de Maceió. Tem acessibilidade pelas BR 316, BR 101 e BR 104. O Distrito conta com o abastecimento da CASAL (água), da CEAL (energia elétrica) e da Algás (gás natural canalizado), possuindo infra-estrutura necessária para abrigar novas indústrias. Atualmente, 75 empresas estão localizadas nesse Distrito, gerando cerca de 3500 empregos diretos e indiretos. Sua área está delimitada em m 2, sendo divida em uso industrial, proteção ambiental, vias internas, administração e apoio. A divisão é feita em 496 lotes e módulos que variam de a m 2. Destinação Área (m 2 ) % Uso industrial ,4 Proteção ambiental ,4 Vias internas ,9 Administração e apoio ,3 Do total da área, m 2 ainda se encontram ociosos: Discriminação Área (m 2 ) % Áreas livres e ociosas ,54 Empresas desativadas com áreas ociosas ,90 Empresas em atividade com parte da área ociosa ,56 TOTAL DE ÁREA LIVRE E OCIOSA ,00

113 113 O DILC é representado pela ADEDI, Associação das Empresas do Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante, que atua no intuito de garantir a devida importância do distrito, na sua valorização e na promoção de atividades industriais nessa área. Da infra-estrutura básica tem-se: Infra-estrutura básica Água e Saneamento Disponível Energia Elétrica Disponível Gás Natural Canalizado Disponível Telecomunicações Disponível Vias Pavimentadas Disponível parcialmente Das vantagens que o DILC apresenta, pode-se destacar: Vantagens do Distrito Industrial Governado Luiz Cavalcante Localizado em região privilegiada de Maceió; Próximo ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares (5 km), do Porto de Maceió (18 km) e do Pólo Multifabril de Marechal Deodoro (40 km); Rede de abastecimento de água pela Companhia de Abastecimento D àgua e Saneamento do Estado de Alagoas (CASAL); Rede de energia elétrica adequada e com tarifa diferenciada (CEAL); Totalmente abastecido por gás natural, fornecido pela ALGÁS; Baixo custo de transporte; Proximidade com as empresas de transporte de carga rodoviário; Acesso às principais rodovias do Estado; Incentivos fiscais e locacionais. Além dessas vantagens, o Distrito contará com sua revitalização através de investimentos governamentais, Estadual e Federal, onde já está garantido o orçamento de R$ 7,5 milhões para sua promoção. Espera-se que, com a aposta no Distrito Luiz Cavalcante, o Estado aumente seu potencial de atração de novos investimentos privados.

114 114 c) Distrito Industrial de Murici (NIM Núcleo Industrial de Murici) Está situado na região da Zona da Mata, à distância de 58 km de Maceió, com acesso pela BR 101 e BR 104. O mesmo tem área de m 2 e capacidade para atender 38 empresas. Terreno Área (m 2 ) ÁREA A m 2, com 65 lotes ÁREA B m 2, com 32 lotes ÁREA C Para empreendimentos acima de 20 hectares ÁREA D Para empreendimentos do Setor Têxtil Sua estrutura básica compreende: Infra-estrutura básica Água e Saneamento Disponível Energia Elétrica Disponível parcialmente Gás Natural Canalizado Não disponível Telecomunicações Disponível Vias Pavimentadas Disponível parcialmente Das vantagens: Vantagens do Distrito Industrial Governado Luiz Cavalcante Localizado a 30 km do Aeroporto e a 55 km de Maceió; Rede de abastecimento de água pela CASAL; Baixo custo com transporte da mão-de-obra; Acesso pela BR 104, totalmente pavimentado; Incentivos fiscais e locacionais do município e do estado. d) Distrito Industrial de Marechal Deodoro (Pólo Multifabril) O Pólo Multifabril de Marechal Deodoro fica somente a 20 km da capital alagoana, às margens da BR 424, km 12 e próximo à AL 101. É um dos mais estruturados do Estado. Seu grande destaque é o desenvolvimento da CPQP (Cadeia Produtiva de Química e Plásticos), liderado pela Unidade de PVC da Braskem, onde gera atração de outras empresas dessa cadeia para sua circunvizinhança por conta de decisões estratégicas.

115 115 De sua estrutura básica, o pólo compreende: Infra-estrutura básica Água e Saneamento Disponível Energia Elétrica Disponível Gás Natural Canalizado Disponível Telecomunicações Disponível Vias Pavimentadas Disponível parcialmente O fornecimento de água, energia, gás e telecomunicações não enfrenta problemas, bem como é prevista sua ampliação devido aos 6 novos empreendimentos que se instalarão no pólo. Localizado a 20 km de Maceió; Vantagens do Distrito Industrial de Marechal Deodoro Alta capacidade em atender um maior volume de abastecimento de água e energia; Baixo custo com transporte da mão-de-obra; Duplicação da AL 101 Sul, que facilitará o transito entre Maceió, Marechal Deodoro, e demais municípios ao sul do Estado; Incentivos fiscais e locacionais do município e do Estado. e) Distrito Industrial de Pilar Distante 37 km de Maceió, o Distrito Industrial de Pilar fica às margens da BR 316. É devidamente abastecido por água e energia elétrica, mas ainda passa pela conclusão de sua infra-estrutura. Seu ponto de destaque, além da proximidade com a capital, é estar perto de uma fonte de gás natural, visando questões de abastecimento. f) Distrito Industrial de Rio Largo Sendo um dos berços do processo de industrialização alagoana, Rio Largo faz divisa com Maceió, e localiza-se vizinho ao Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Tem fácil acesso à rodovia BR 101, e tem o potencial de abastecer outras regiões interioranas. Atualmente, o Distrito de Rio Largo comporta empresas que são abastecidas com água, transporte (destaca-se a linha ferroviária), telecomunicações e energia elétrica (que por sinal possui capacidade ociosa).

116 Apoio Governamental O governo vem atuando para o crescimento industrial através de duas estratégias: incentivos governamentais e investimentos em infra-estrutura. Os incentivos têm por objetivo dar condições para que as empresas possam se estabelecer no mercado (tratando-se de novas empresas), e dar competitividade às empresas estabelecidas frente aos concorrentes. Referindo-se aos incentivos federais, pode-se citar aqueles provenientes da SUDENE Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, que são: redução do IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), para empreendimentos existentes; reinvestimento do IRPJ; isenção do AFRMM (Adicional do Frete para Renovação da Marinha Mercante) e do IOF (Imposto sob Operações Financeiras), a depreciação acelerada incentivada e o desconto da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins. Em Alagoas, pode-se citar o PRODESIN Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado de Alagoas, incentivos fiscais, creditícios e locacionais. Tratando-se dos investimentos realizados pelo governo, têm-se aqueles financiados pelo PAC Programa de aceleração do Crescimento, para manutenção da infra-estrutura básica Crescimento Industrial/Diversificação Antes de referir-se ao crescimento da Indústria Meta-Mecânica propriamente dito, deve-se considerar o desenvolvimento da indústria como um todo, já que estão em comunhão. Ao passo que indústrias são ampliadas, implantadas ou renovadas, o segmento metal-mecânico, principalmente o de bens de capital, é estimulado. Segundo dados do IBGE, a atividade industrial brasileira, ano de 2008, já acumula alta de 6,6%, sendo puxada pelos bens de consumo duráveis e bens de capital, sinalizando o aumento do investimento por parte do empresariado. A região Nordeste é a região que mais cresceu no Brasil, com tendências a permanecer nesse ritmo de crescimento com os investimentos governamentais e privados. Vale destacar os investimentos da PETROBRAS, com a implantação das refinarias na região, assim como a instalação do Estaleiro no Complexo Portuário de Suape.

117 117 Da mesma forma, a conjuntura internacional, na busca por combustíveis alternativos, impele o aumento da demanda pela tecnologia de produção de açúcar e álcool aumente. Países com vocação para o cultivo da cana-de-açúcar têm importado máquinas e equipamentos para instalação e modernização de usinas, a exemplo da África do Sul. Em Alagoas, o nível de crescimento industrial deve ser alterado positivamente com a chegada de novas empresas no Estado, retratando o cenário nacional. Ao todo, já estão garantidas 15 novas plantas industriais, das quais 8 são da CPQP (Cadeia Produtiva de Química e Plásticos), nos municípios de Marechal Deodoro, Maceió e Arapiraca. Destaca-se também a implantação da Jaraguá Equipamentos Indústrias do Nordeste Ltda, que é uma excelente oportunidade de estimular a formação de um pólo metal mecânico em Alagoas. Sendo fomentado o setor metal-mecânico, Alagoas teria mais um atrativo na captação de empresas, atendendo, ainda, à demanda reprimida de outros estados vizinhos, como, por exemplo, Pernambuco. A implantação dessas indústrias resultará em investimentos na ordem de R$ ,68 no Estado, onde a geração de empregos diretos ficará em torno de Segue também na perspectiva o aumento do investimento direto via instalação de novas empresas, visto o esforço do governo estadual em captar esses investimentos, papel desempenhado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística do Estado de Alagoas. A seguir, a lista das empresas que atuarão na indústria alagoana, segundo atividade, localização e investimento: Tabela 34: Alagoas Investimento Empresarial Segundo Localização e Atividade. SEQ RAZÃO SOCIAL SEGMENTO LOCALIZAÇÃO 1 Fiabesa Alagoana S/A Jaraguá Equipamentos Industriais do Nordeste Ltda Corr Plastik Industrial do Nordeste ltda Nordeplast Indústria e Comércio de Plástico Ltda 5 Duro Plásticos do Nordeste Ltda 6 BBA Nordeste Indústria de Containers Flexíveis Ltda Derivados de Plásticos Bens de Capital Derivados de Plásticos Derivados de Plásticos Derivados de Plásticos Derivados de Plásticos Marechal Deodoro Marechal Deodoro Marechal Deodoro Marechal Deodoro Marechal Deodoro Marechal Deodoro INVESTIMENTOS (EM R$) , , , , , ,00

118 118 7 Mili S.A. 8 CBA - Cia de Bebidas e Alimentos do São Francisco S.A. 9 Nordeste Móveis do Brasil Ltda 10 Tibbits Alimentos Ltda 11 Plastimar Indústria e Comércio de Plásticos Ltda 12 Indústria de Massa GRM Beira Rio Indústria e Comércio de Plásticos Ltda Injetplast Indústria e Comércio Ltda 15 Delta Pré-Moldados Ltda Higiene Pessoal Indústria de Bebidas Derivados de Madeira Alimentos Congelados Derivados de Plásticos Alimentos - Massas Derivados de Madeira e Plásticos Derivados de Plásticos Derivados de Cimento Continuação Maceió ,00 Maceió ,01 Arapiraca ,00 Maceió ,00 Maceió ,00 Arapiraca ,00 Maceió ,00 Arapiraca ,35 Arapiraca ,00 Total , Disponibilidade de Mão-de-Obra A disponibilidade de mão-de-obra a ser treinada é considerada, pelos empresários, como uma excelente oportunidade. Verifica-se que a mão-de-obra treinada e aperfeiçoada na empresa apresenta um maior nível de satisfação e comprometimento com a empresa. Dessa forma, o Estado de Alagoas pode resolver problemas sociais ao mesmo tempo em que viabiliza a operação das novas empresas Ameaças Infra-Estrutura de Transportes Terrestre O Estado de Alagoas tem como um de seus principais entraves ao desenvolvimento da indústria, a falta de infra-estrutura de transporte terrestre. Essa deficiência não ocorre pela falta de transportadoras, pois o Estado as possui, mas pela precária infra-estrutura logística; o Estado não possui rodovias duplicadas nem ferrovia assídua. Atualmente, há um descompasso entre os investimentos privados e públicos. O ritmo de crescimento da economia é muito maior do que os investimentos em infraestrutura e logística, representando, a médio e longo prazo, um sério gargalo. A economia tem capacidade de produzir, porém não tem capacidade de escoar.

119 Carga Tributária A carga tributária bruta é medida pelo volume de recursos que o Estado retira da sociedade sob forma de tributos. O mesmo é um instrumento que realiza a transferência do setor privado para o público. Porém, a carga tributária está associada à idéia de sacrifício, uma vez que o consumo privado individual é compulsoriamente reduzido para dar espaço à provisão de bens públicos. O nível da carga tributária não é, contudo, um conceito absoluto. Uma mesma carga tributária, medida pela relação percentual entre a arrecadação e o PIB (Produto Interno Bruto), pode ser baixa para uma sociedade e excessiva a outra, dependendo das respectivas capacidades contributivas e provisões públicas de bens. Contudo, um dos grandes entraves ao crescimento das empresas brasileiras é o complexo sistema tributário, pois causa um custo financeiro enorme ao contribuinte, conforme estudo feito pelo IBPT Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. O Brasil apresenta uma carga tributária muito superior a diversos outros países sul-americanos, como, por exemplo, o Chile (18,1%) e a Argentina (20,7%). Países desenvolvidos, como Japão e Estados Unidos, apresentam cargas de 25,8% e 25,4%, respectivamente. Há países que apresentam cargas maiores, como a França (44,2%) e a Itália (43,4%). Na Suécia, a maior carga tributária no mundo, os tributos correspondem a 51% do PIB local. Acontece que nesses países os cidadãos usufruem de investimentos do governo em quase todas as áreas, da saúde à previdência, ou seja, o alto valor gasto com os tributos é recompensado pela qualidade e eficiência nos serviços públicos e infra-estrutura. Na maioria dos países da União Européia, bem como nos Estados Unidos, a arrecadação tributária recai principalmente sobre a renda, e não sobre o consumo, como é o caso do Brasil. Tributando-se basicamente a renda, tem-se uma distribuição melhor da mesma, haja vista o simples fato de que quanto maior o salário recebido, maiores serão os tributos. A carga tributária brasileira (somatório da arrecadação de todos os tributos federais, estaduais e municipais) continua em ritmo de crescimento, atingindo 38,90% do PIB no 1º trimestre de O total arrecadado no trimestre foi de R$ 258,90 bilhões, contra R$ 221,75 bilhões do primeiro trimestre de 2007, um crescimento

120 120 nominal de 16,75%. No entanto, a arrecadação total cresceu em R$ 37,14 bilhões, sendo: tributos federais, R$ 27,39 bilhões, os estaduais, R$ 8,71 bilhões e os municipais, R$ 1,04 bilhão. Ao contrário do que fazem as nações desenvolvidas, o Brasil e os demais emergentes concentram sua carga tributária nas empresas, responsáveis por cerca de 80% da arrecadação. O custo dos tributos e exagero da burocracia impedem a abertura e funcionamento regular das empresas no Brasil. Diante de mercados mais competitivos, além do aumento da concorrência entre as empresas nacionais, o planejamento tributário assume um papel de extrema importância na estratégia e finanças das empresas, pois quando se analisa suas demonstrações financeiras, percebe-se que os encargos relativos a impostos, taxas e contribuições têm grande representatividade nos custos. No entanto, a crescente evolução da carga tributária brasileira em relação ao PIB, principalmente sobre as empresas, demonstra o problema que isto representa ao crescimento do setor produtivo do país. Reduz as poupanças do setor privado e a taxa de retorno dos investimentos, e, conseqüentemente, a margem de lucro dos empresários, dessa forma, desestimula a expansão das atividades econômicas e a criação de novos empregos. Logo, diminui a capacidade competitiva da indústria brasileira, tornando-a mais vulnerável à concorrência estrangeira e dificultando as exportações Acesso ao Crédito A burocracia bancária dificulta o acesso ao crédito pelas micro e pequenas empresas, impedindo os empresários de captar o dinheiro necessário para investir na modernização e ampliação de suas unidades produtivas. Dessa forma, com a carência de investimentos à dinamização das empresas do setor, há um comprometimento da capacidade de atuar em um ambiente cada vez mais competitivo, ficando em desvantagem diante de seus concorrentes Fornecimento de Matéria-Prima A matéria-prima utilizada pelo setor metal-mecânico de Alagoas é proveniente das regiões sul e sudeste, pois o Estado não possui fontes produtoras.

121 121 Dessa forma, o setor pode enfrentar dificuldades relacionadas à distribuição, tempo de entrega dos insumos, e ainda os relativos a acréscimos de frete na aquisição desses insumos, afetando, assim, os custos de produção, influenciando no acréscimo dos preços dos produtos e comprometendo a competitividade geral do setor. Ainda há a questão do aumento do consumo do aço interno, que, com o tempo, e se não houver um aumento da oferta interna desse, deve levar à importação de matéria-prima. Assim, as empresas estarão sujeitas às flutuações do preço internacional do aço e às variações no câmbio. Logo, a proximidade da fonte de matéria-prima com a unidade produtiva diminui os custos do processo produtivo, culminando em ganhos no custo de transporte e de logística Conjuntura Econômica A preocupação atual do governo, produtores de diversos setores e consumidores é a elevação da inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos meses, e suas conseqüências. Essa pressão no primeiro semestre de 2008 se deve à alta nos preços das commodities internacionais e aquecimento da economia, que implica no repasse para os custos de produção e, conseqüentemente, para o consumidor final. Fator que também contribuiu foi a continuidade da inflação de alimentos, que já se difundiu para outros produtos não alimentícios, além de um novo foco de aumento de tarifas e preços administrados, como: energia elétrica, água, álcool e gás natural. Tendo em vista o aumento da inflação, o governo adotou duas medidas específicas, a retração fiscal e a elevação da taxa de juros. Visando conter o aumento da inflação, a contração fiscal realizada pelo setor público nos últimos meses pretende elevar de 3,8% para 4,3% do PIB Produto Interno Bruto, a meta do superávit primário de Por sua vez, o Banco Central intensificou a alta dos juros e elevou a taxa oficial em 0,75%, tendo os juros atingido 13,75% ao ano na reunião do COPOM Comitê de Política Monetária do mês de setembro de 2008.

122 122 Essa elevação dos juros proporciona impactos negativos na economia, visto que, quanto mais alta a taxa de juros, menor será a capacidade dos agentes da economia para investir em suas unidades produtivas. Em relação ao setor público, o gasto com juros é o maior em 17 anos, devido ao aumento da inflação e da taxa oficial de juros (Selic), bem como aos prejuízos do Banco Central em operações no mercado de câmbio. Porém, o que garante a estabilidade financeira dos Estados são os resultados positivos da arrecadação de tributos no país. Para o setor industrial, constatou-se a redução na sua estimativa de crescimento da economia em 2008, de 5% para 4,7%, tendo em vista a alta dos preços. A tendência de aumento nos custos com matéria-prima e o nível recorde de uso da capacidade de produção fazem o setor industrial projetar a elevação dos preços dos produtos finais nos próximos meses. Mesmo assim, a indústria ainda se mantém aquecida, embora com um ritmo menor de atividade, em relação ao ano de Portanto, a continuidade do aumento de inflação e da taxa de juros pode interferir negativamente no desenvolvimento de setores como o Metal-Mecânico. No final do primeiro trimestre de 2008, a crise financeira, provocada pelas hipotecas imobiliárias de alto risco nos Estados Unidos, impulsionou desestabilidade no mercado financeiro mundial, devido à escassez de crédito. Pois a diminuição da oferta de crédito afetará futuros projetos de investimentos. Esse colapso tem grave repercussão para economia mundial, uma vez que as empresas sem dinheiro ou com seu custo alto, tendem a desacelerar suas atividades, cancelar investimentos e adiar compras. Essa conjuntura preocupa o setor, visto que a possibilidade de desaquecimento da economia nacional e, principalmente, da região impactará diretamente nas indústrias metais-mecânica Descontinuidade da Política de Desenvolvimento Uma das principais razões para a implantação de novas empresas é a atual Política de Desenvolvimento do Governo de Alagoas. A possibilidade de

123 123 descontinuidade dessa tem preocupado o setor privado, uma vez que comprometerá a evolução das indústrias no Estado. 1.2 Direcionadores Estratégicos Como discutido anteriormente, os direcionadores são variáveis, identificados na análise SWOT, que impactam diretamente no desempenho do setor através de seu poder de decisão e mobilização. Dessa forma, tem-se como principais direcionadores da indústria metal-mecânica: Mão-de-Obra Esse direcionador foi escolhido diante da essencialidade que representa ao desenvolvimento do setor. Promover a qualificação da mão-de-obra desde sua formação básica, em se tratando da sua escolarização fundamental e média, até a qualificação profissional mais específica na área em que atua Infra-Estrutura Historicamente, o desenvolvimento de quaisquer áreas produtivas, ou até mesmo urbanística, teve como premissa a infra-estrutura. Em Alagoas, o processo de industrialização só foi intensificado significativamente após uma década de investimento em infra-estrutura. A falta de desenvolvimento em infra-estrutura torna-se um gargalo, um entrave ao desenvolvimento econômico e social, visto que impossibilita o funcionamento de atividades econômicas e concorre para o risco de estagnação econômica Privado - Empresas As empresas representam um dos principais agentes na economia. A formação do empresariado no setor metal-mecânico constitui a evolução dessa indústria em Alagoas, cujo crescimento das mesmas está atrelado diretamente ao desempenho dessa atividade Estado - Governo O governo foi identificado, na análise do setor Metal-Mecânico, como um direcionador estratégico, uma vez que o mesmo é um agente regulador da

124 124 estabilidade econômica através de mecanismos proporcionados pelas políticas fiscais e monetárias utilizadas. Sendo assim, sua atuação pode estabelecer um ambiente de confiança ao setor privado e, conseqüentemente, concretizar uma base para atração de empreendimentos que visem à eficiência econômica Associativismo A análise do ambiente empresarial centra-se nas políticas que determinam a interação entre os agentes atuantes de acordo com o setor em que estão inseridos. No contexto da sociedade desenvolvida, a associação de empresas dentro de um mesmo setor é um direcionador estratégico à formação de um sistema organizado para um desenvolvimento sustentável. 1.3 Metas Diante dos direcionadores, foram definidas metas prioritárias para cada um deles, descritas a seguir: Mão-de-Obra A qualificação da mão-de-obra é imprescindível ao crescimento do setor e sua consolidação na economia, pois, quanto mais preparada a força de trabalho, melhor será o seu desempenho, propiciando uma maior produtividade e, dessa forma, o setor se tornará mais competitivo. Um processo de qualificação da mão-de-obra, tanto na via da educação básica, quanto no aperfeiçoamento profissional, pode suprir as necessidades das empresas existentes, como também servir como pólo de atração para novas empresas que buscam instalar-se em locais em que possam contar com mão-de-obra preparada para atendê-las.

125 Infra-Estrutura O acompanhamento da evolução do setor envolve também a infra-estrutura e logística, no tocante a dispor de novos meios e usos de fontes energéticas, de comunicação, transporte, entre outros. São exemplos: manutenção e ampliação de estradas, modernização de portos e aeroportos, uso e descoberta de novas fontes energéticas 6, etc. Deve-se, município, estado ou país ter capacidade e processos suficientes e dinâmicos para atender à demanda populacional, com estrutura que dê condições de habitação, bem como empresarial ou produtiva, objetivando o favorecimento de instalações de empresas, conforme for sua atividade. Assim, tem-se, como meta, manter, ampliar e modernizar a infra-estrutura Privado - Empresa De pouco valerá uma indústria com mão-de-obra qualificada, infra-estrutura e apoio governamental, se as empresas não constituírem força de produção capaz de atender ao mercado por conta de sua capacidade instalada e defasagem tecnológica. Para a solidez e representatividade comercial no setor metal mecânico em Alagoas é necessário que sua planta seja moderna, assim, tem-se como meta a modernização das empresas que hoje constituem o setor metal-mecânico no Estado, uma vez que correrão o risco de não acompanhar a evolução técnica das unidades fabris potenciais, bem como a demanda. 6 Um dos temas mais discutidos, atualmente, visto a necessidade de se utilizar fontes energéticas mais baratas, não poluentes, renováveis e eficazes.

126 Estado - Governo O apoio do governo é de suma importância ao setor industrial alagoano, pois o mesmo pode interferir na economia, através da política fiscal e monetária, proporcionando ambiente propício ao desenvolvimento do setor. Para tanto, é necessário que o governo priorize políticas que promovam ambiente político, econômico e institucional, que estimulem as empresas a investirem em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento Associativismo O processo de sindicalização é fundamental à promoção e discussão das mudanças nas políticas que regem o desenvolvimento de um setor, através do fortalecimento e cooperação entres os agentes que nele atuam. Diante disso, é importante a participação de um significativo número de empresas que se organizam em forma de sindicatos, alcançando uma maior representatividade na defesa dos interesses comuns do Setor Metal-Mecânico. Sendo assim, apresenta-se como meta a atração de novos associados para os sindicatos alagoanos formados por empresas que compõem esse segmento. 1.4 Programa Estratégico de Ações Para efetivar as estratégias, foram traçadas ações por metas estratégicas classificadas conforme seus direcionadores. Inicialmente, essas ações serão descritas e posteriormente apresentadas graficamente. Dessa forma, apontam-se como ações estratégicas para o desenvolvimento da indústria Metal-Mecânica de Alagoas, as seguintes sugestões:

127 Descrição das Ações Mão-de-Obra Figura 18: Ações Estratégicas para Qualificação da Mão-de-Obra. Mão-de-obra Qualificar a mão-de-bra. Pesquisa de demanda da mão-de-obra. Elaborar plano de qualificação da mão-de-obra. Ampliar o número de vagas nos cursos técnicos. Divulgação dos cursos existentes. Desenvolver parcerias com as empresas. Discutir a educação básica. Ofertar curso superior específico. Desenvolver um programa de estágio.

128 Qualificar a Mão-de-Obra a) Pesquisa de Demanda de Mão-de-Obra As instituições de ensino, juntamente com os sindicatos, devem realizar uma pesquisa com as empresas do setor para verificar a quantidade e tipo de mão-de-obra que necessitam, apontando o perfil profissional necessário para essa indústria, assim como levantar os cursos para o seu desenvolvimento. Nesse estudo, a priori, foram apontados os profissionais que as empresas do setor têm dificuldade para contratar devido a alguns fatores, tais como: a falta de experiência, qualificação inadequada ou ainda a falta do profissional no mercado. Estes estão apresentados na tabela a seguir: Dificuldade de Contratação Caldeireiro Montador Fresador Retificador Serralheiro Soldador Torneiro Mecânico Engenheiro Mecânico os seguintes: Da mesma forma, foram diagnosticados, como principais cursos demandados, Demanda de Cursos Soldador Serralheiro Montador Fresador Engenheiro Mecânico Essa pesquisa de demanda de mão-de-obra deve ser realizada a curto prazo. b) Elaborar Plano de Qualificação da Mão-de-Obra O plano de qualificação da mão-de-obra deve objetivar a melhoria da capacidade profissional no setor, de acordo com a demanda da indústria já existente, como também observar a prospecção de instalação de novas empresas ao Estado, podendo, dessa forma, qualificar a mão-de-obra para melhor atender as necessidades do setor.

129 129 Esse estudo deve abordar o ensino técnico, superior e tecnológico, utilizando, como ferramenta, o Estudo de Demanda de Oferta. Os responsáveis pela execução dessa ação são as Instituições de Ensino e sindicatos, em sintonia com as necessidades da indústria alagoana. Estima-se que esse plano seja realizado a médio prazo. c) Ampliar o Número de Vagas nos Cursos Técnicos Existentes O Governo e as Instituições de Ensino devem estar atentos à quantidade de vagas oferecidas nos seus cursos profissionalizantes, para evitar as filas de espera, que podem desestimular os trabalhadores e retardar a qualificação da mão-de-obra industrial. Uma vez que a qualificação é ponto fundamental para a competitividade do setor, esse deve ser visto com prioridade, e, dessa forma, com uma oferta de vagas condizentes com a demanda por qualificação. Essa ação tem estimativa de execução a médio prazo. d) Divulgação de Cursos Existentes As Instituições de Ensino, a curto prazo, devem promover a divulgação dos cursos ofertados, pois muitas empresas não têm conhecimento a cerca dos cursos existentes, que podem ser utilizados para a profissionalização da sua mão-de-obra. e) Desenvolver Parcerias com as Empresas Os sindicatos e as empresas devem desenvolver parcerias com as Instituições de Ensino para viabilizar a melhoria da qualificação da mão-de-obra, pois os empresários apontam que os cursos poderiam ser realizados no próprio ambiente de trabalho, ou na própria instituição de ensino, além de horários mais acessíveis. Dessa forma, os trabalhadores poderiam ser treinados de acordo com suas reais necessidades. Essa ação pode ser realizada a curto prazo. f) Discutir a Educação Básica Foi apontado pelos empresários, como uma das deficiências no Estado, o nível de escolarização básica dos seus funcionários. Seus funcionários encontraram deficiência para decifrar problemas simples do cotidiano do trabalho e, dessa forma, não se encontram em condições de evoluir para o desenvolvimento de problemas mais complexos. Assim, cabe aos sindicatos e às empresas pressionar o governo e as

130 130 Instituições de Ensino para uma melhor qualidade da escolarização básica, bem como o acompanhamento qualitativo dos resultados decorrente dessa a longo prazo. g) Ofertar Curso Superior Específico No Estado não há curso superior direcionado ao setor metal-mecânico, sendo assim, as empresas têm que contratar tais profissionais de outros estados. Logo, cabe ao governo, e às Instituições de Ensino Superior, atender a essa demanda, fomentar a indústria de profissionais capacitados para compor a instalação do Pólo e da cadeia produtiva. É uma ação a ser discutida a curto e médio prazo, e executada a longo prazo. Dentre as profissões mencionadas, destaca-se a de engenheiro mecânico. h) Desenvolver um Programa de Estágio Uma das reclamações apontadas pelos empresários durante a pesquisa no setor foi a falta de experiência da mão-de-obra; isto forçava as empresas a realizar o treinamento no posto de trabalho. Logo, a formulação de um programa de estágio, a ser realizado através de uma parceria entre as Instituições de Ensino, o sindicato e as empresas, a curto prazo, resolveria esse problema. Pois, no decorrer dos cursos realizados pelas Instituições de Ensino, os trabalhadores seriam encaminhados às empresas para realização de estágios supervisionados, conhecendo, assim, o dia-a-dia das mesmas, seus processos, máquinas, dentre outros conhecimentos necessários à formação do profissional demandado pelo setor.

131 Infra-Estrutura Figura 19: Ações Estratégicas para Infra-Estrutura Alagoana. Infra-estrutrura Ampliar e Modernizar a Infra-estrutura Escoamento da produção Energia Telecomunicação Reestruturar Distritos Industriais Criar o Pólo Metal- Mecânico Recuperar, manter e ampliar rodovias. Investir em novas fontes de energia. Ampliar o raio de atuação. Ampliar e modernizar o Porto de Maceió. Recuperar a linha ferroviária Recuperar, Ampliar e Manter a Malha Rodoviária Essa ação tem caráter de longo prazo, podendo ser de iniciativa governamental ou de parceria público-privada, como acontece em outros estados brasileiros. Em Alagoas, ainda não há rodovias com esse sistema, porém, seria alternativo, na busca do avanço em menos tempo da pavimentação de mais rodovias. Neste sentido, essa atuação já foi iniciada com as obras do PAC e do governo do Estado de Alagoas nas rodovias federais e alagoanas. Alagoas possui uma malha rodoviária de km, sendo pavimentados km. No Brasil, o principal meio de escoamento de produção é feito via terrestre. O estado de conservação das rodovias é crucial no funcionamento estratégico do sistema de distribuição de mercadorias, que analisa percurso, consumo de combustível, pedágios, depreciação de veículos, despesas com fretes, entre outros. Em Alagoas, a frota de caminhões é de unidades, sem contar com a movimentação dos que vêm de outros estados. É de suma importância que as

132 132 estradas possuam condição plena de rodagem a fim de não prejudicar a movimentação de mercadorias e o abastecimento de cidades interioranas. A ampliação da malha rodoviária também é questão estratégica, onde somente 15,40% possui asfalto. A abertura ou a pavimentação de novas estradas daria maior agilidade ao sistema de transporte do Estado, podendo até melhor interligar municípios alagoanos Ampliar e Modernizar as Instalações do Porto de Maceió O transporte marítimo é a segunda maior via de transporte de Alagoas. É principalmente pelo mar que são realizadas importações e exportações, e a interligação com outros estados e países. Em Alagoas, o Porto de Maceió possui movimentação de carga anual de 4,5 milhões de toneladas, ficando com a 5ª posição no Nordeste. A seguir, a movimentação anual de carga nos portos nordestinos. Tabela 35: Movimentação de Carga dos Portos Nordestinos. Movimentação Posição Brasil Posição Nordeste Estado (em milhões de t) Maranhão 85,9 4º 1º Bahia 32,4 6 2º Rio Grande do Norte 8,4 11 3º Pernambuco 6,7 12 4º Alagoas 4,5 13 5º Ceará 4,4 14 6º Sergipe 2,9 16 7º Paraíba 0,8 19 8º Piauí* Fonte: Anuário Exame 2007/2008. *Não possui portos. A ampliação e modernização do Porto de Maceió, projeto de longo prazo, pode ter iniciativa do governo, bem como das empresas nele localizadas, já que é, também, de interesse delas a melhora das instalações e dependências do porto. Espera-se que a finalização da reforma do Porto de Maceió e a conclusão de seu Plano Diretor aumentem a capacidade instalada, e possam alavancar a movimentação de cargas, podendo equiparar-se aos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte.

133 Acompanhar a Recuperação da Linha Ferroviária Assim como já está sendo feito, o esforço na recuperação da linha ferroviária tem competência governamental e privada, numa perspectiva de longo prazo. O início das obras de recuperação da linha alagoana e pernambucana, em Outubro de 2007, pela empresa Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), vem sendo acompanhada pelo Governo do Estado, e dará a Alagoas mais uma opção de abastecimento do interior, já que corta 21 municípios alagoanos:

134 Figura 20: Linha ferroviária alagoana (recuperação). 134

135 135 A utilização da ferrovia ajuda, também, a diminuir o tráfego das estradas, incidindo, ainda, na redução do número de acidentes. Mais importante é a economia, que chega a 40%, quando utilizado esse sistema de transporte, segundo o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Logística do Estado de Alagoas, Luiz Otavio Gomes. O trecho será integrado à Nova Transnordestina e ligará o Nordeste ao Sudeste do país, sendo, como alternativa a Alagoas, o transporte de insumos para o setor metal-mecânico, que compra sua matéria-prima dessa região. Além disso, torna-se estratégico quando relacionado ao fato de estar conectado aos demais portos brasileiros, sendo um ponto forte também à promoção das exportações Investir em Novas Fontes de Energia A utilização de novas fontes de energia já está sendo tema de debate internacional. A tendência a cerca da questão energética envolve, principalmente, o meio ambiente. A idealização de novas fontes energéticas prioriza a sua renovação, poluição atmosférica e custo-benefício. A parceria entre governos e o empresariado, em prol do desenvolvimento e implantação de novas fontes energéticas, envolve questões estratégicas em meio ao crescimento sustentável, previsto num período de longo prazo. Alagoas é o 18º em consumo de energia do Brasil, onde 51,82% desse é destinado à indústria. A matriz energética no Estado está baseada, principalmente, na utilização da água como força motriz. Destacam-se, também, as unidades termoelétricas, as quais Alagoas possui 16. O Estado detém, ainda, potencial para a produção de biocombustíveis, tendo como ponto forte a agroindústria da cana-de-açúcar, uma forte alternativa à crise energética nacional. Pode-se citar, do mesmo modo, a capacidade na implantação da geração de energia eólica, a qual não emite gases na atmosfera, nem descarta materiais tóxicos, como no caso da energia solar, que utiliza baterias. Conta-se, ainda, com o gás natural, onde o Estado tem a 7ª maior reserva do Brasil. O investimento em energia já se mostra como ponto-chave no crescimento industrial, podendo até causar entraves ao seu desenvolvimento.

136 Ampliar o Raio de Alcance do Sistema de Telecomunicação Mesmo com a ação da globalização, alguns pontos sobre a cobertura de funcionamento de telefonia e provedores de internet ainda continuam na missão de aumentar seu raio de atuação. O da cobertura da telefonia móvel no interior do Estado ainda se apresenta como problema a resolver, não por não haver o serviço no local, mas, sim, pela falta de escolha ao consumidor da prestadora de serviço que melhor se enquadra às necessidades. Assim também é o caso da internet. Em meio a vários tipos de conexão, o interior de Alagoas deve abranger mais opções. No entanto, a evolução da tecnologia tem facilitado a conexão sem fio através da telefonia móvel, dependendo apenas da cobertura de cada operadora. Assim, deve o governo estimular empresas do ramo a ampliar seu raio de atuação. O controle de áreas de cobertura entre operadoras de telefonia desfavorece os investimentos necessários ao desenvolvimento de infra-estrutura para integrar novas áreas voltadas à promoção industrial, como os distritos industriais localizados no interior do Estado Reestruturar Distritos Industriais A reestruturação dos distritos industriais em Alagoas remete à responsabilidade do governo. A promoção locacional, oferecendo condições básicas de instalação a empresas, envolve a essência da formação de infra-estrutura. Com a participação das empresas já localizadas nesses distritos, a recuperação dessas áreas ficará melhor articulada e voltada às necessidades das indústrias nelas presentes. Em Alagoas, o Governo do Estado iniciou, a longo prazo, a reestruturação dos distritos industriais alagoanos, começando pelo DILC (Distrito Industrial Governador Luiz Cavalcante), onde estão previstas obras de revitalização da área, que beneficiarão as empresas instaladas. A adequação dos distritos industriais às necessidades empresariais dará maior chance de atrair novas empresas para o Estado, já que estará voltada à oferta de condições infra-estruturais ao incremento industrial, bem como à diversificação. Além disso, a capacidade ociosa desses distritos é grande, sendo um ponto forte e uma alternativa para essa ação. Porém, no longo prazo, devem ser feitas

137 137 revitalizações e modernizações dessas áreas a partir, por exemplo, de projetos elaborados em parceria entre o Estado e as empresas Criar o Pólo Metal-Mecânico O desenvolvimento de uma determinada atividade industrial é facilitado através da concentração de empresas pertencentes a essa indústria em um só lugar ou região. A promoção da Indústria Metal-Mecânica em Alagoas poderia ser realizada através do empenho e união de esforços do setor público e privado, e respectivo sindicato, a fim de coordenar uma ação conjunta de longo prazo na formação de uma cadeia produtiva, concentrada em um pólo metal-mecânico. A implantação da Jaraguá Equipamentos, que produzirá bens de capital em Marechal Deodoro, dará a possibilidade de iniciação dessa ação. Pelo fato de estar endereçada a esse município, a formação do pólo metal-mecânico poderia ser destinado ao pólo multifabril, bem como no município de Pilar, que oferece condições propícias para receber essa atividade industrial e está próximo ao pólo de Marechal Deodoro.

138 Figura 21: Áreas em Potencial para Implantação do Pólo Metal-Mecânico em Alagoas. 138

139 Estado Governo Figura 22: Ações Estratégicas para o Apoio Governamental ao Setor. Governo Apoiar o setor Desenvolver a cadeia produtiva Discutir a reforma tributária Viabilizar o acesso ao crédito Incentivar a diversificação industrial Reformular o Prodesin Investir em P&D Desenvolver a Cadeia Produtiva O governo precisa realizar parcerias com empresas, sindicatos e instituições de ensino para, a partir de políticas e estratégias adotadas, proporcionar um ambiente favorável para o desenvolvimento da cadeia produtiva do Setor Metal-Mecânico alagoano. Esse desenvolvimento consiste em atrair para Alagoas indústrias que estejam inseridas nos diversos segmentos do setor. Para que, conseqüentemente, com a cadeia produtiva mais integralizada, as empresas que compõem este setor tornem-se mais competitivas diante do mercado nacional e internacional. Assim, obter-se-ia, com a diversificação das atividades: ganhos de produtividade, com redução nos custos de produção e transação; e facilidade no acesso à matéria-prima e insumos.

140 Discutir a Reforma Tributária O governo alagoano, representado por seus senadores e deputados federais, deve acentuar no Congresso Nacional as discussões sobre a reforma tributária, apoiando propostas que possibilitem o desenvolvimento industrial do Estado. Atuando de forma mais incisiva para acelerar a aprovação da mesma, visto que o sistema tributário brasileiro é um dos principais entraves para o desenvolvimento da economia Viabilizar o Acesso ao Crédito As instituições financeiras públicas, em parceria com os sindicatos, devem, no curto prazo, adotar políticas que viabilizem o acesso ao crédito para as empresas da indústria Metal-Mecânica em Alagoas, para que as mesmas tenham a possibilidade de pleitear recursos para investir na modernização e diversificação de suas atividades Incentivar a Diversificação Industrial É necessário incentivar a diversificação das atividades do setor industrial alagoano. Para tanto, o governo deve estabelecer políticas que proporcionem um ambiente seguro à promoção de investimentos e facilite a interação entre os agentes econômicos para o desenvolvimento do setor Reformular o Prodesin O Prodesin é uma das ferramentas estratégicas que o Governo utiliza para beneficiar as indústrias no Estado de Alagoas. Porém, essa poderá atingir um número maior de empresas se reformulada numa visão de desenvolvimento sustentável, de forma a beneficiar não só as empresas, como o Estado. O governo do Estado pode executar essa ação no curto prazo Investir em P&D É necessária uma parceria entre o governo, empresas e instituições de ensino para investir em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), pois essa condição é determinante ao crescimento tecnológico e econômico do país, uma vez que proporcionará maiores retornos aos investimentos, uma maior competitividade às empresas e, conseqüentemente, desenvolvimento do Setor Metal-Mecânico para os quais serão direcionados tais investimentos.

141 141 Ressalta-se a importância do papel do governo como indutor de P&D, pois o mesmo poderia atuar com duas estratégias, que deverão ser realizadas de forma contínua. A primeira estratégia é propiciar incentivos necessários para que o setor privado se engaje de maneira significativa em atividades de pesquisa para o desenvolvimento e inovação. A segunda, considerando as externalidades positivas geradas pela atividade de P&D, é produzir e subsidiar a produção e a difusão de novas idéias, através dos estudos realizados pelas instituições de ensino.

142 Privado - Empresa Figura 23: Ações Estratégicas para Modernizar o Setor Privado. Privado - Empresa Modernizar Qualificar a mão-de-bra. Pesquisa de demanda da mão-de-obra. Elaborar plano de qualificação da mão-de-obra. Ampliar o número de vagas nos cursos técnicos. Divulgação dos cursos existentes. Desenvolver parcerias com as empresas. Discutir a educação básica. Ofertar curso superior específico. Desenvolver um programa de estágio Implantar uma Gestão Sistêmica Atualmente, o Brasil tem apresentado um alto índice de mortalidade empresarial. Um dos principais fatores para explicar esse resultado é a gestão da empresa, ou seja, é a visão do empresário. Por tanto, é de suma importância entender que só sobrevive quem muda e cresce. Pois, no nível de competitividade atual, para falecer, basta caminhar mais lentamente do que a concorrência ou do que aquilo que a clientela demanda. Em se tratando da esfera gerencial, hoje a riqueza de uma firma não é só medida pelo seu capital social e por seu imobilizado, o capital intelectual é que agrega

143 143 e gera mais valor. Dessa forma, tem-se que adaptar as metodologias tradicionais de administração aos novos comportamentos. A gerência deve ser sistêmica, ou seja, deve haver a participação de todos os envolvidos. Os empregados ou colaboradores devem se sentir parte da empresa, responsáveis pelas metas e por seu sucesso. A gestão sistêmica vai desde o planejamento até o controle, ou seja, as medições, fatos, dados, indicativos de desempenho individual e do conjunto Modernizar o Parque Industrial Para uma indústria ser competitiva, é necessário que haja o acompanhamento da evolução tecnológica e introdução de novas técnicas de processo de produção. Assim como aconteceu com a indústria têxtil em Alagoas, que por sua vez sofreu grande crise pela falta de investimento na modernização de sua planta, não só o setor metal-mecânico, mas sim toda a indústria no Estado deve focalizar a necessidade de introduzir novas tecnologias através da aquisição de bens de capital, ou seja, compra de máquinas e equipamentos. Essa ação é de caráter privado e de longo prazo, ficando a cargo da iniciativa e do poder de investimento das empresas realizarem devidas modernizações em suas unidades fabris. Numa co-autoria, estariam as instituições creditícias e suas políticas de financiamentos, adequando-se à necessidade de cada atividade Informatizar Processos É de competência empresarial a implementação de sistemas informatizados na operação de sua planta. Na maioria dos casos, a implantação de software pode ser feito em médio prazo. A informatização empresarial em Alagoas é associada diretamente ao tamanho das empresas, onde quanto menor for seu porte, menor a probabilidade da inserção da informatização no processo produtivo e até mesmo na administração. Segundo a pesquisa realizada para esse estudo, onde foram entrevistadas 42 empresas do setor metal-mecâcino, entre grande, médio e pequeno portes, 78,05% responderam não possuir informatização do processo operacional. Até mesmo na área administrativa, apenas 43,90% afirmaram que estão informatizados. A conseqüência desse problema é o desconhecimento de dados cruciais na montagem da gestão operacional das empresas, ao passo que estão prejudicadas em

144 144 não ter precisão de informações quantitativas de produção, como: volume de insumos usados, capacidade instalada, produtividade por máquina ou operário, entre outros. Na área da gestão há a ausência, principalmente, de dados financeiros, como receita, custos e despesas Implantar Programa de Qualidade Dentre os itens que envolvem competitividade, a preocupação com a qualidade dos produtos também se torna importante. O padrão da concorrência nacional e internacional já rumou para a busca da excelência da qualidade, em todos os campos e áreas. O retrato disso é a procura de algumas empresas em conseguir certificação internacional, como exemplo a ISO (International Organization for Standardization). Essa ação pode ser desenvolvida por três agentes: Instituições de Ensino, Sindicatos e Empresas. Cabe às Instituições de Ensino melhorar e aprimorar o aprendizado, de modo que a formação e capacitação profissional transmitam suficiente bagagem teórica e prática, conforme especificação da respectiva função, no intuito de adequar-se, ou familiarizar-se mais rapidamente. Os sindicatos seriam responsáveis pela articulação política, em intermediar, junto às instituições de ensino, as necessidades de mão-de-obra. Através da participação e/ou realização de congressos e eventos voltados para o setor, teria a missão de buscar novidades e inovações técnicas, saber das pesquisas realizadas para o avanço tecnológico, transmitindo-os aos seus associados. Às empresas, pertenceria a incumbência de modernizar-se e investir no padrão de qualidade, bem como a participação de congressos e eventos a fim atender às alterações de mercado e às exigências da concorrência.

145 Associativismo Figura 24: Ações Estratégicas para Aumentar a representatividade do Associativismo. Associativismo Aumentar a representatividade Executar o PDA Participar de eventes Realizar eventos Montar um banco de dados setorial Montar um plano de divulgação Estimular as empresas a se legarizarem Realizar curso de aperfeiçoamento gerencial Montar Forúm de discussão Aumentar Representatividade a) Executar o PDA, Plano de Desenvolvimento Associativo. O processo de sindicalização é fundamental à promoção e discussão das mudanças nas políticas que regem o desenvolvimento de um setor, através do fortalecimento e cooperação entre os agentes que nele atuam. Diante disso, é importante a participação de um significativo número de empresas que se organizem em forma de sindicatos, alcançando uma maior representatividade na defesa dos interesses comuns do Setor Metal-Mecânico. Sendo assim, apresenta-se, como meta, a atração de novos associados para os sindicatos

146 146 alagoanos, através da execução do Plano de Desenvolvimento Associativo desenvolvido pela Confederação Nacional das Indústrias. Meta esta a ser buscada de forma contínua, e ficando essa ação a cargo do sindicato. b) Participar de Eventos A participação dos sindicatos e empresas do setor metal-mecânico em feiras e/ou eventos é de suma importância para o desenvolvimento do setor, visto que são nessas ocasiões que as empresas podem conhecer novas tecnologias e métodos de eficiência produtiva, bem como mostrar as potencialidades do setor para novos clientes e parceiros. Assim, é necessário que os sindicatos, juntamente com as empresas, façam-se presentes nessas ocasiões continuamente. c) Realizar Eventos Assim como a participação em eventos, a realização destes é de vital importância para o setor metal-mecânico, pois demonstra o nível de organização frente aos seus concorrentes, bem como aos seus clientes. A realização desses eventos é também uma oportunidade para atrair não só novos clientes, como também novos investimentos para o setor metal-mecânico alagoano. Sendo assim, é uma ação a ser realizada de forma contínua, numa parceria entre governo, sindicato e empresas. d) Montar um Banco de Dados Setorial Para o acompanhamento do desenvolvimento do setor, como também para que se possa ter ferramenta de pesquisa e planejamento, faz-se necessário um banco de dados sobre o setor. Com essas informações, pode-se identificar suas características e necessidades. E, assim, desenvolver, em bases reais e concretas do setor, dados quantitativos e qualitativos, tornando-o mais competitivo. Logo, o governo, o sindicato e as empresas devem trabalhar em conjunto para desenvolver essa ação de forma contínua. e) Montar um Plano de Divulgação O sindicato, trabalhando em conjunto com as empresas, deve trabalhar para divulgar o setor metal-mecânico alagoano frente à sociedade em geral, utilizando-se, para isso, das formas de mídia disponíveis, tais como televisão, jornal, dentre outras,

147 147 mostrando as oportunidades que o setor possui. Dessa forma, poderá atrair clientes em potencial, como também novos investidores e empresários dispostos a se instalar no Estado. Assim, faz-se necessário que essa ação seja realizada de forma contínua. f) Estimular as Empresas à Formalidade Cabe ao governo e ao sindicato desenvolver ações para incentivar a legalização das empresas do setor metal-mecânico. O governo pode realizar ações no sentido de desenvolver incentivos ou carga tributária diferenciada para o setor. E o sindicato deve promover eventos que demonstrem os benefícios decorrentes da formalização das empresas. Esta ação deve ser realizada de forma contínua. g) Realizar Cursos de Aperfeiçoamento Gerencial Durante a pesquisa foi constatado que principalmente as micro e pequenas empresas apresentam problemas relacionados ao gerenciamento dos seus negócios. Esses cursos devem ter como componentes-chaves, além das disciplinas básicas, disciplinas inovadoras, tais como: visão e tendência, liderança, motivação, orientação para excelência, gestão sistêmica, planejamento e controle, capital intelectual, agregar valor na organização e ao cliente, gerenciamento de processos, entre outros. Logo, as instituições de ensino, em conjunto com os sindicatos, devem promover cursos para sanar tal necessidade. Uma instituição de ensino que se destaca na promoção de cursos de gestão empresarial é o SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. A realização de tais cursos deve acontecer de forma contínua para a manutenção da qualidade gerencial do setor. h) Montar o Fórum Setorial da Indústria Metal-Mecânico Para dar inicio à concretização do planejamento e das ações, é de suma importância um grupo de discussão específico sobre o setor composto por representantes desse e pelos agentes envolvidos. Esse Fórum deve ser constituído a curto prazo pelo governo do Estado e sindicato.

148 Implantação e Acompanhamento Nesse trabalho, a execução, acompanhamento e continuidade do plano ficarão sob responsabilidade do Fórum Setorial da Indústria Metal-Mecânica.

149 Estado - Governo Apoiar o setor Infra-estrtutura Ampliar e Modernizar a Infra-estrutura Mão-de-obra Qualificar a mão-de-obra Plano de Ação Direcionador Meta Ação Governo Contratar pesquisa de demanda de mão-de-obra Instituições de Ensino Sindicato Empresa Elaborar plano de qualificação da mão-de-obra Ampliar o número de vagas nos cursos técnicos Divulgar de cursos existentes Desenvolver parcerias com as empresas Discutir a educação básica Ofertar curso superior específico Desenvolver um programa de estágio Recuperar, ampliar e manter a malha rodoviária Ampliar e modernizar as instalações do Porto de Maceió Acompanhar a recuperação da linha ferroviária Investir em novas fontes de energia Ampliar o raio de alcance do sistema de telecomunicação Reestruturar Distritos Industriais Criar o Pólo Metal-Mecânico Desenvolver a cadeia produtiva Discutir a reforma tributária Viabilizar o acesso ao crédito Incentivar a diversificação industrial Reformular o Prodesin Investir em P&D

150 Associativismo Aumentar representatividade do Setor Privado - Empresa Modernizar as empresas do setor 150 Continuação Implantar uma gestão sistêmica Modernizar o parque industrial Informatizar processos Implantar programa de qualidade Executar o PDA (Plano de Desenvolvimento do Associativo) Participar de eventos Realizar eventos Montar um banco de dados setorial Montar um plano de divulgação Estimular as empresas à formalidade Realizar curso de aperfeiçoamento gerencial Montar Fórum Setorial da Indústria Metal-Mecânica Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo Contínuo

151 151

152 152

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