Avaliação da Educação Superior Brasileira: contextualização, desafios e perspectivas

Transcrição

1 Avaliação da Educação Superior Brasileira: contextualização, desafios e perspectivas Rui Barbosa Brito Junior Diretor de Avaliação da DAES Brasília-DF Abril 2017

2 DOU no 80, quinta-feira, 27 de abril de 2017 Portaria Normativa no. 8 de 26 de abril de 2017 Estabelece o regulamento do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes para o ano de 2017 Enade de novembro de 2017

3 INEP Gabinete da Presidência DGP (Diretoria de Gestão e Planejamento) DTDIE (Diretoria de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais) DAEB (Diretoria de Avaliação da Educação Básica) DAES (Diretoria de Avaliação da Educação Superior) DEED (Diretoria de Estatísticas Educacionais) DIRED (Diretoria de Estudos Educacionais)

4 DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR DAES Assessoria CGEnade CGCQES CGACGIES

5 FORMAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO Instituições Cursos Estudantes

6 Participação da Comunidade nos Processos Avaliativos Construção das Matrizes de Prova, seleção de itens para o Banco Nacional de Itens (BNI) e análise dos resultados do Exame: Comissões Assessoras de Áreas, compostas por especialistas vindos da comunidade acadêmica, sendo assegurada a representatividade de instituições públicas e privadas e das 5 (cinco) regiões e a competência acadêmica. Elaboração e revisão de itens para o BNI. Docentes atuantes em IES. AVALIAÇÃO IN LOCO Construção dos instrumentos: Consulta pública e participação de entidades e associações de área. Realização das avaliações de IES: Comissões de especialistas, compostas por docentes atuantes em IES com experiência na docência e na gestão acadêmica. Realização das avaliações de cursos de graduação: Comissões de especialistas, compostas por docentes que atuam em cursos equivalentes ou afins aos que serão avaliados.

7 Sinaes: avanços e perspectivas

8 EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DO SINAES 2003 Apresentação da proposta do Sinaes pela Comissão Especial de Avaliação da Educação Superior (CEA) 2004 Aprovação da Lei do Sinaes 2005 Constituição do Banco de Avaliadores (BASis) 2007 Criação do Sistema e-mec 2008 Aplicação do CPC para fins dos processos de renovação de reconhecimento no ciclo avaliativo do Sinaes Instituição do IGC 2009 Enade passou a ser censitário 2010 Criação do Banco Nacional de Itens (BNI) da Educação Superior Abertura do BASis para novos avaliadores

9 EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DO SINAES 2011 Utilização dos dados do Enem para substituir aplicação do Enade aos ingressantes e aplicação do Exame para concluintes - revisão dos indicadores do instrumento de avaliação de curso 2012 Homologação do novo Instrumento de Avaliação de Cursos Avaliação do desempenho dos avaliadores in loco (autoavaliação e das IES) Revisão dos insumos do CPC Atuação trienal das CAA com atribuições em todo o ciclo Revisão do instrumento de avaliação institucional Definição de metodologia para avaliação dos cursos a distancia Recapacitação para avaliadores do Basis na plataforma moodle - Implantação de fluxo eletrônico para avaliação EaD com migração de dados da sede para o polo 2013 Revisão dos Questionários do Estudante e do Coordenador com base no Instrumento de Avaliação de Cursos Obrigatoriedade de permanência mínima no local de exame de 1 (uma) hora Análise do ciclos avaliativos CAA, com produção de estudos e artigos sobre o Enade 2005, 2008 e 2011 Criação do Grupo de Estudos de Indicadores em Educação Superior (GEIES). Início de Estudos sobre os Dez Anos do Sinaes - Formação continuada para avaliadores de odontologia em parceria com ABENO

10 EVOLUÇÃO NOS PROCESSOS DO SINAES 2014 Produção do Manual do Estudante Obrigatoriedade de resposta ao Questionário do Estudante Mudança no Questionário de percepção sobre a prova Produção de Relatório de Formação Geral (resultado de todas as áreas) - Seminário Regional das CPAs 2015 Aprimoramento do processo avaliativo, com enfoque quantitativo e qualitativo justificativa de todos os indicadores Publicação dos Dez anos do Sinaes Diálogo constante com as áreas de licenciatura e de saúde (CAAs, Conselhos de Classe, Associações de Ensino, IES e sociedade em geral) Foram constituídas Comissões Técnicas para a elaboração de um Documento Orientador específico para garantir uniformidade e qualidade ao processo de avaliação in loco, também conhecida como avaliação externa, das áreas a saber: Administração; Biblioteconomia; Educação Física; Biomedicina; Terapia Ocupacional; Medicina Veterinária; Engenharia de Produção; Saúde Coletiva; Fisioterapia; Enfermagem e Jornalismo Capacitação de avaliadores ARCU-SUL em Buenos Aires e Bogotá (RANA) Construção de novo módulo de designação eletrônica a ser implantado Capacitação de novos avaliadores Institucionais e de Curso Cadernos de provas Enade Identificados 2017 Recadastramento do BASis Formação Continuada dos Avaliadores do BASis Cooperação Técnica com São Tomé e Príncipe

11 APRIMORAMENTO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO Com o objetivo de obter melhorias e inovações em seus processos avaliativos, o Inep vem: realizando estudos internos, com a participação de membros da comunidade acadêmica e de especialistas nas reflexões subsidiárias às tomadas de decisão; contratando consultores, para obter novas perspectivas teóricometodológicas e aprimoramento técnico de suas equipes.

12 APRIMORAMENTO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO Estudos em andamento na direção de aprimoramento dos processos avaliativos: Enade Resultados do Enade e perfil socioeconômico dos estudantes Análises dos resultados Teoria Clássica e Teoria de Resposta ao Item (TRI) Aplicação do Enade no formato eletrônico Avaliações in loco. Revisão e adequação de instrumentos orientadores da avaliação in loco de cursos e IES.

13 APRIMORAMENTO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO Construção de portal para disseminação dos resultados das avaliações in loco, que também agregue resultados dos indicadores. Indicadores de Qualidade da Educação Superior Cálculo do IDD por estudante e com regressão multinível Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) Análises fatorial e TRI sobre Questionário do Estudante Composição de banco de dados para estudo da trajetória dos estudantes. Indicador(es) de consistência da declaração feita ao Censup

14 APRIMORAMENTO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO Indicadores de trajetória (fluxo): evasão, permanência, promoção, retenção, conclusão, transferência. Integração das bases de dados do Censup e Enade Aplicação do Questionário do Estudante para os concluintes de todos os cursos de graduação Cadastro Nacional de Concluintes de Cursos de Graduação

15 Os processos instaurados vem avançando no sentido de promover uma cultura avaliativa nos cursos e IES, em processo permanente de reflexão e questionamento, por meio da integração de instrumentos e da participação dos diversos atores institucionais e para além da mera prestação de contas e responsabilização de órgãos, setores e pessoas.

16 IES por faixa do Conceito Enade 2015 curva normal 70% 66,999% 60% 50% 40% 30% 20% 14,414% 16,643% 10% 0%,427% 1,138%,379% Sem Conceito

17 Censo e Avaliação da Educação Superior

18 CENSO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR Censo da Educação Superior: é realizado anualmente, [...] em caráter declaratório e mediante coleta de dados descentralizada, englobando todos os estabelecimentos públicos e privados de educação superior e adotando alunos, docentes e instituições como unidades de informação (Decreto nº 6.425/2008). O Censo da Educação Superior (Censup) é de responsabilidade da Diretoria de Estatísticas Educacionais (Deed) do Inep Avaliação de IES e Cursos: abarca as IES pertencentes ao Sistema Federal de Educação Superior e aquelas dos Sistemas Estaduais que aderem voluntariamente ao Sinaes.

19 INDICADORES DE QUALIDADE Componentes dos cálculos Desempenhos como Concluinte de cursos de graduação (Enade) Conceito Enade Questionário do Estudante (Enade) Desempenhos como Ingressante do curso do graduação avaliado (Ingressantes de 2011 a 2013/ concluintes após 2013) (Enem) IDD Conceito Preliminar de Curso (CPC) Índice Geral de Cursos (IGC) Corpo Docente (Censup) Pós-Graduação (Capes)

20 FLUXO DO MACROPROCESSO (e-mec) PARA AVALIAÇÃO IN LOCO - CTAA IES PROTOCOLO Taxa Básica PREENCH. FORM. ELETRÔN. Arquivamento SERES ANALISAR PROCESSO Despacho Saneador PARECER FINAL DAES CADASTRAR AVAL. Taxa Compl. Arquivamento DESIGNAR COMISSÃO FINALIZAR AVAL. Impugna. COMISSÃO CTAA BASIS REALIZAR VISITA Nova Aval. Validação Comissão Comissão sem acordo PARECER CTAA Reforma ou Manutenç.

21 Alguns dados estatísticos

22 Participação da rede privada na matrícula de educação superior - Brasil % De cada 4 estudantes de graduação, 3 estudam em instituições privadas. Fonte: Inep/Censo da Educação Superior

23 Os 10 maiores cursos de graduação em número de matrículas no Brasil Sistemas de informação Formação de professor de educação física Medicina Fisioterapia Serviço social Enfermagem ,8% Ciências contábeis Pedagogia Direito Administração Engenharia de produção Serviço social Gestão de pessoal / recursos humanos Psicologia Enfermagem Engenharia civil ,8% Ciências contábeis Pedagogia Administração Direito Fonte: Inep/Censo da Educação Superior

24 INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ( ) 2364 IES (87,52% privadas e 12,47% públicas) Total Privada Pública

25 MATRÍCULAS POR CATEGORIA ADMINISTRATIVA ( )

26 MATRÍCULAS POR MODALIDADE DE ENSINO ( )

27 Avaliação Qualidade

28 Percentual de Docentes por Categoria Administrativa, segundo Regime de Trabalho Brasil Rede Pública 82,9% Rede Privada ,4% 40,4% ,1% ,0% 35,2% 24,4% ,3% 11,4% 7,6% 5,7% ,6% Fonte: MEC/Inep Tempo Integral Tempo Parcial Horista Na rede pública, as funções docentes em tempo integral tiveram um considerável aumento nos últimos 10 anos. Em 2014, pela primeira vez, as funções docentes da rede privada em tempo parcial superam os horistas.

29 60,0 Percentual de Docentes por Categoria Administrativa, segundo Grau de Formação Brasil Rede Pública Rede Privada 55,8 50,0 48,9 47,0 40,0 30,0 20,0 33,3 39,5 27,3 28,8 39,3 33,2 19,8 10,0 15,4 11,8 0, Fonte: MEC/Inep Até Especialização Mestrado Doutorado As funções docentes que possuem no mínimo Doutorado continuam crescendo, tanto na rede pública quanto na rede privada. Por outro lado, aquelas que possuem até Especialização cai a cada ano nas duas redes.

30 Acesso a dados para pesquisa

31 DISPONIBILIZAÇÃO DOS DADOS PARA PESQUISA SÍTIO OFICIAL DO INEP Microdados de Exames e Censos portal.inep.gov.br/basicalevantamentos-acessar) Enade resultados das edições do Exame e respostas dos Questionários do Estudante. Censos - Escolar, Educação Superior e Profissionais do Magistério. Censup Situação das matrículas por estudante, curso e IES. Planilhas de resultados dos Indicadores de Qualidade ( Conceito Enade, CPC e IGC.

32 DISPONIBILIZAÇÃO DOS DADOS PARA PESQUISA Relatórios do Enade Curso, IES e Síntese de Área. SALA SEGURA NO INEP (Portaria Inep nº 467/2014) Cruzamento de informações do Enem, Enade, Censo Escolar e Censo da Educação Superior por variável de identificação do estudante

33 POSSIBILIDADES DE PESQUISA Cruzamento de dados entre: Enade e Enem Enade e participantes de programas de inclusão Trajetória de estudantes da Educação Superior: evasão, transferência, permanência, conclusão, retenção etc. Enade com Relação Anual de Informações Sociais (Rais) Verificação da efetividade e estimação de impactos de políticas públicas sobre a educação da população atendida.

34 Outras atividades da Daes REVALIDA Revalidação de Diploma Médico O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) foi instituído por meio da Portaria Interministerial nº 278, de 17/03/2011, nos termos do art. 48, 2º, da Lei nº 9394, de 1996

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36 CONCEPÇÃO DA AVALIAÇÃO X REGULAÇÃO Formativa Processual Emancipatória Aprendizagem Diagnóstica Ações Prática evolutiva Sistêmica Integrada Produz autoconhecimento Construção para uma cultura de avaliação Permanente tomada de consciência sobre sua missão

37 INDICADORES DE QUALIDADE As Notas Técnicas sobre os cálculos e estudos realizados para mudanças dos indicadores e/ou de seus componentes são disponibilizadas no sítio oficial do Inep.

38 Obrigado pela Atenção! Rui Brito