COMUNICADO. Assunto: Arbitragem Medidas Urgentes e Imediatas. Exmo. Senhor Presidente,
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- Benedita de Paiva Cortês
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1 COMUNICADO Assunto: Arbitragem Medidas Urgentes e Imediatas Exmo. Senhor Presidente, É público e notório que o sector da Arbitragem atravessa uma grave crise, que tem como face mais visível o reduzido número de árbitros e a qualificação dos agentes no sector. A FPR aprovará, aquando da apresentação do seu plano estratégico, um plano quadro para o sector da Arbitragem, que passa por integrar o recrutamento de árbitros nas competências do Departamento de Desenvolvimento, e por conseguinte na esfera de acção das Associações Regionais. De igual modo, a formação inicial dos árbitros passará a ser competência do Departamento de Formação, assegurando que os árbitros gozam da mesma metodologia e oportunidades de desenvolvimento que os restantes agentes da modalidade. Naturalmente, o Conselho de Arbitragem terá intervenção directa em todos estes processos, podendo contudo concentrar a sua actividade na nomeação de árbitros, na sua avaliação, observação, classificação e coaching, bem como definir as atribuições de graus que ordenam a classe. Temos, presentemente, em Portugal cerca de 50 árbitros inscritos, e registamos uma disponibilidade média de cerca de 40 árbitros por fim de semana, tendo-se verificado no passado recente que apenas cerca de 30 árbitros manifestaram disponibilidade (devido a ausências ou lesões). É por isso absolutamente inevitável que durante as últimas épocas a FPR não tenha conseguido garantir, em todos os jogos, a presença de árbitros nomeados (e, cada vez menos, de auxiliares), tendo em conta que disputa-se uma média de jogos por ano, em todos os campeonatos federados (XV e VII s, masculinos e femininos). Relativamente à época em curso, e nas jornadas iniciais, para poder ter árbitros nomeados em quase todos os jogos (não foi possível garantir árbitros nomeados para os jogos de VII s femininos) foi necessário prescindir de auxiliares na maior parte dos jogos. Só com a redução da presença de árbitros auxiliares em todos os escalões se tem podido garantir a presença do árbitro principal e, mesmo assim, sem conseguir garantir essa presença em todos os jogos. A tendência evidenciada, em rápido crescimento, exige a aplicação das medidas urgentes e imediatas que a seguir se propõem, com o objetivo de minimizar o problema esta época, procurando criar uma base de recrutamento para os próximos anos. A estas juntar-se-ão medidas estruturais, as quais serão aprovadas com os futuros novos regulamentos da FPR, os quais vigorarão a partir de 2017/18. Em face do exposto, decidiu a Direcção da FPR e o seu Conselho de Arbitragem implementar as seguintes medidas:
2 1. Indicação de Candidatos a Árbitros Auxiliares de Nível 1 Solicita-se aos clubes que indiquem, até 5 de Dezembro de 2016, ex-jogadores 1 candidatos a árbitros auxiliares na presente época. Estes nomes constituirão um núcleo para recrutamento de futuros árbitros, sendo sujeitos a formação específica para que possam desempenhar funções de auxiliares a partir de Janeiro de 2017, o mais tardar. Deverão ser indicados candidatos pelos clubes nos seguintes termos: o DH 3 candidatos por clube; o I Div 2 candidatos por clube; o II Div 1 candidato por clube. i. Formação Ad Hoc e Competências Específicas Os candidatos que completem com sucesso a formação ad hoc para árbitros auxiliares desempenharão funções nos jogos do seu clube. Com excepção dos jogos das fases finais, ou de jogos considerados pelo Conselho de Arbitragem como sendo de especial dificuldade, a equipa de arbitragem será composta por um árbitro principal, um árbitro auxiliar indicado pelo clube da casa e um árbitro auxiliar indicado pelo clube visitante, nomeados pelo Conselho de Arbitragem. Na condição de árbitros auxiliares de Nível 1, os árbitros auxiliares indicados terão competências específicas nas seguintes três dimensões do jogo: o Validação de pontapés aos postes; o Determinação de Bola Dentro e Bola Fora o Aplicação da Lei 10 (jogo incorrecto, agressões, etc.) ii. Incumprimento Os Clubes que não indicarem o número mínimo de candidatos a árbitros auxiliares serão sujeitos a um agravamento da taxa de inscrição de 100% (cem por cento) da taxa de inscrição da equipa. Este agravamento é cumulativo com os agravamentos previstos no ponto 3.A).i. seguinte. Sempre que um candidato não seja aprovado no âmbito da formação ad hoc prevista no ponto anterior, deverá o clube indicar um candidato alternativo, até que o número mínimo de candidatos seja preenchido. iii. Falta de Disponibilidade de Árbitros Auxiliares indicados Nos casos em que apenas uma das equipas tenha indicado candidatos, ou em que os candidatos indicados por uma das equipas estejam todos indisponíveis, o Conselho de Arbitragem reserva-se o direito de nomear árbitros auxiliares indicados pela equipa adversária, ou por outras equipas que competem no mesmo escalão, em função da disponibilidade. Nos casos em que nenhuma das equipas tenha indicado candidatos, ou em que os candidatos indicados pelas duas equipas estejam todos indisponíveis, o Conselho de Arbitragem reserva-se o direito de nomear árbitros auxiliares indicados por outras equipas 1 A FPR aceitará ainda a indicação de jogadores ainda no activo, desde que tenham uma taxa de utilização marginal na equipa principal do clube (por exemplo, jogadores que joguem essencialmente a Challenge Cup serão candidatos adequados). Pretende-se evitar a nomeação de jogadores que registem uma elevada taxa de indisponibilidade em dias de jogos.
3 que competem no mesmo escalão, em função da disponibilidade, ou de não nomear quaisquer árbitros auxiliares. iv. Limitações às nomeações de Árbitros Auxiliares indicados Os árbitros auxiliares indicados pelos clubes poderão, mediante prévio acordo e disponibilidade, ser nomeados para outros jogos, e prioritariamente da Divisão em que actua a sua equipa. Desta forma, salvaguarda-se o princípio do benefício da competição que mais candidatos indica. v. Regime de Compensação e Reembolso de Despesas Por cada árbitro auxiliar recrutado no âmbito do procedimento aqui considerado, o Clube será recompensado com o valor de 10 (dez euros) por jogo em que participe com nomeação oficial. No final da época, será contabilizado o valor total a reverter a favor do Clube, valor esse que será descontado da taxa de inscrição das equipas do Clube na época seguinte. Nos casos de nomeações para jogos de terceiros, os árbitros auxiliares poderão solicitar o reembolso de despesas, de acordo com as tabelas em vigor para a arbitragem. 2. Nomeação Extraordinária de Árbitros Auxiliares A partir da presente data, o Conselho de Arbitragem nomeará, como árbitros auxiliares, os seguintes: o Jogadores suspensos por via de sanção disciplinar durante o período da suspensão; o Jogadores lesionados que demonstrem disponibilidade, durante o período em que não puderem jogar, e apenas na medida em que tal nomeação não prejudique a sua condição física e recuperação. i. Limitações às Nomeações No que concerne a jogadores sujeitos a sanção disciplinar de suspensão, o Conselho de Arbitragem nomeará o jogador para jogos de divisões em que a equipa do jogador (ou equipa que com ela esteja relacionada por força de acordo de Clube Satélite) não participe. No que concerne a jogadores lesionados, a sua nomeação dependerá sempre da aceitação do jogador e do seu clube, devendo a disponibilidade ser manifestada o mais rapidamente possível ao Conselho de Arbitragem. O Conselho de Arbitragem nomeará o jogador lesionado para jogos de divisões em que a equipa do jogador (ou equipa que com ela esteja relacionada por força de acordo de Clube Satélite) não participe. 3. Regime de Bonificações e Reduções Administrativas A). Árbitros Auxiliares indicados pelos clubes Cada clube dispõe duma quota anual de jogos em que deve assegurar a presença de, pelo menos, um árbitro auxiliar por si indicado (quota anual), fixada para a época desportiva 2016/17 nos seguintes termos: o DH a totalidade dos jogos por disputar (em média 9 Jogos, podendo ser 10 ou 11, dependendo do número efectivo de jogos em que determinada equipa tenha folgado) o I Div 8 Jogos o II Div 5 Jogos
4 Cada clube encontra-se vinculado ao dever de preenchimento da quota anual que lhe corresponde. Por exemplo, sempre que um clube disputar um jogo, estando presente na equipa de arbitragem um árbitro auxiliar por si indicado, contabiliza um jogo que concorre para o preenchimento da quota anual. i. Consequências Administrativas do Incumprimento O incumprimento, ainda que parcial, das metas determinadas terá as seguintes consequências: DH o entre 7 e a totalidade dos jogos menos 1 agravamento das taxas de inscrição de o entre 3 e 6 jogos agravamento das taxas de inscrição de todas as equipas para a o menos de 3 jogos agravamento das taxas de inscrição de todas as equipas para a I Div o entre 6 e a totalidade dos jogos menos 1 agravamento das taxas de inscrição de o entre 3 e 5 jogos agravamento das taxas de inscrição de todas as equipas para a o menos de 3 jogos agravamento das taxas de inscrição de todas as equipas para a II Div o entre 4 e a totalidade dos jogos menos 1 agravamento das taxas de inscrição de o entre 2 e 3 jogos agravamento das taxas de inscrição de todas as equipas para a o menos de 2 jogos agravamento das taxas de inscrição de todas as equipas para a ii. Árbitros Auxiliares nomeados para jogos de Terceiros Sempre que um árbitro auxiliar indicado por um clube aceite uma nomeação para jogo de terceiros, o seu clube terá direito a 1 (uma) bola de rugby, a qual poderá ser reclamada no início da época desportiva seguinte junto da FPR. Não será imposto qualquer limite ao número de bolas a que um determinado clube poderá ter direito. Em alternativa, o Clube poderá optar por beneficiar de um valor monetário de 10 (dez euros) por cada jogo, valor esse que será descontado da taxa de inscrição das equipas do Clube no início da época seguinte. B). Nomeação Extraordinária de Árbitros Auxiliares (Castigados/Lesionados) i. Jogadores Suspensos Em caso de falta de aceitação da nomeação por razão ponderosa e devidamente comprovada, deverá o clube apresentar, em alternativa, um dos seus árbitros auxiliares indicados, que não esteja previamente nomeado para jogo. Em caso de recusa da
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Artigo 2.º (Tempo de Jogo) Os jogos terão a duração de 14 minutos (7 + 7 minutos).
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