Para a Indústria Brasileira de Bens de Capital Mecânicos

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1 Presidência 1 Proposta de Políticas de Competitividade Para a Indústria Brasileira de Bens de Capital Mecânicos

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3 Sumário 3 Introdução 4 A Indústria de Bens de Capital 5 A - A Indústria de Bens de Capital Mecânicos 6 B - Os Investimentos Produtivos 7 C - Conjuntura 8 C1 - Ameaças 9 C2 - Oportunidades 10 D - Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 11 D1- Reformas 11 D1.1 - Reforma Política 11 D Reforma fiscal e tributária: Pacto Federativo 12 D Reforma Educacional 12 D2 - Câmbio 13 D3 - Juros de Mercado e SELIC 14 D4 - Sistema Tributário 15 D5 - Ambiente Legal e Jurídico 17 E - Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 18 Objetivos 18 Instrumentos 18 E Inova Máquinas 18 E1.2 - Modernização do Parque Industrial 19 E1.3 - Compras governamentais/conteúdo local 20 E Imposto de importação sobre Materias Primas e Insumos 21 E1.5 - Desoneração dos investimentos 22 E1.6 - Devolução dos Créditos Tributários 23 E1.7 - Financiamento Competitivo 23 E2.1 - Reintegra 24 E2.2 - Mecanismos de Defesa Comercial 24 E2.3 - Financiamento às Exportações 25 E3.1 - Inovação e Produtividade 26 E3.2 - Tecnologias Maduras 29 E3.3 - Recursos Humanos 30 Conclusões 31

4 4 Introdução A ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, com este documento, apresenta aos candidatos à Presidência, como contribuição, uma agenda que visa o fortalecimento da indústria brasileira, com ênfase no setor ficante de máquinas e equipamentos, ou seja, em BKM - Bens de Capital Mecânicos. A indústria de máquinas e equipamentos, considerada estratégica em todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento, é reconhecidamente o principal vetor da inovação tecnológica e, portanto, justifica medidas específicas de incentivo à sua competitividade e inovação pois, na realidade, seu fortalecimento irá beneficiar a produtividade de toda a indústria brasileira. Sua elaboração não foi motivada unicamente pela atual campanha eleitoral, mas principalmente, pela premente necessidade de sensibilizar os poderes da República para as causas da falta de competitividade da indústria, em função dos elevados custos de produção decorrentes do Custo Brasil e do desequilíbrio cambial. As propostas aqui apresentadas têm como objetivo principal o fortalecimento da competitividade do setor produtivo de BKM Bens de Capital Mecânicos para ocupar o maior espaço possível no aumento da demanda interna e, simultaneamente, aumentar suas exportações. Por ro lado, a ABIMAQ e seus associados, além dos tópicos desta agenda, tem forte preocupação com os grandes temas nacionais e requer um firme comprometimento, dos candidatos, com educação de qualidade, investimentos em infraestrutura e logística, serviços públicos de qualidade em saúde e mobilidade urbana e com as necessárias reformas políticas, tributárias e previdenciárias, dentre ras. Esperamos com a divulgação deste documento, contribuir para o debate das questões levantadas e para a implementação das indispensáveis soluções. Presidência ABIMAQ

5 Presidência 5 A Indústria Brasileira de Bens de Capital São considerados BK - Bens de Capital as instalações, máquinas, equipamentos e componentes que integram o ativo fixo das empresas e sejam fatores de produção de bens e serviços. Compreendem dois grandes grupos: a) Bens de Capital Seriados: são máquinas e equipamentos produzidos de acordo com projetos padronizados e processos de produção de caráter repetitivo. Caracterizam-se pela ficação dos bens em quantidades definidas, denominadas séries ou lotes. na implantação de diversas instalações industriais, porém têm especificações próprias, segundo as necessidades ou exigências de cada adquirente. Também são chamados de bens sob encomenda. O setor de Bens de Capital inclui indústrias metalúrgicas, mecânicas, eletro eletrônicas e de equipamentos de transporte, excluindo-se do setor os segmentos voltados para a produção de insumos e bens de consumo, a exemplo dos insumos ferrosos e não-ferrosos, dos eletro domésticos e dos automóveis. b) Bens de Capital Não-Seriados: são os produtos projetados caso a caso, para atender desempenhos específicos para um determinado processo ou instalação industrial. Tais projetos podem ser utilizados A participação de cada uma dessas indústrias na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é apresentada na Figura 1. Figura 1 - Estrutura de máquinas e equipamentos na FBCF - Formação Bruta de Capital Fixo (em percentual) Fonte: IBGE. Elaboração: DCEE/ABIMAQ.

6 A Indústria de bens de Capital Mecânicos 6 A. A Indústria de Bens de Capital Mecânicos A IBKM - Indústria Brasileira de Bens de Capital Mecânicos, representada pela ABIMAQ é a maior parte das máquinas e equipamentos para fins de produção, conforme Figura 1 apresentada na página anterior. A IBKM é composta por cerca de empresas, que empregam mais de 250 mil funcionários diretos e geram quase dois milhões de empregos adicionais na cadeia produtiva. Juntas, estas empresas faturam anualmente cerca de R$ 80 bilhões, dos quais R$ 54 bilhões se destinam ao mercado interno e R$ 26 bilhões são exportados. A IBKM representa cerca de 5% da indústria de transformação brasileira, sem incluir o setor ficante de tratores que tem um faturamento de mais de R$ 10 bilhões ao ano. Além disso, é responsável por exportar anualmente cerca de US$ 13 bilhões, ou seja, quase 15% do total dos produtos manufaturados exportados pelo país. Em 2013, a IBKM - Indústria Brasileira de Bens de Capital Mecânicos, foi a maior exportadora entre todos os setores da indústria de transformação (Figura 2). Figura 2 - Exportação dos principais setores da indústria de transformação (valores em US$ milhões FOB) Ranking Setores da Indústria de Transformação º ABIMAQ* º Alimentício º Químico º ANFAVEA** º Embarcações Fonte: Secex. Elaboração: DEME/ABIMAQ. Notas: *ABIMAQ: NCMs dos capítulos 84 e 85 constantes na lista de representatividade da ABIMAQ. Contém produtos que podem ser considerados na conta da ABINEE; **ANFAVEA: Capítulo 87 exceto posições SINDIPEÇAS (8708 e 8714) e ros 8711, 8712, 8713, 8714, 8715; ***Compreendendo as Plataformas de Petróleo.

7 Os Investimentos Produtivos 7 B. Os Investimentos Produtivos No Brasil, a FBCF - Formação Bruta de Capital Fixo está atualmente (2013) em 18,4% do PIB, o que não é suficiente para o crescimento sustentado do país e deve ser rapidamente elevada, para um nível superior à média mundial (22% do PIB), como condição necessária para permitir ao país crescer, de forma sustentada, a taxas iguais ou superiores a 4,0 % a.a.. A experiência recente do Brasil mostra serem factíveis aumentos, na FBCF, da ordem de 0,5 a 1,0 ponto percentual ao ano o que significaria uma demanda média adicional de BKM - Bens de Capital Mecânicos de cerca de R$ 6,0 bilhões por ano, representando, grosso modo, 11% das vendas atuais do setor no mercado interno. Figura 3 - Taxa de investimento - FBCF / PIB Nota: BR: Brasil - AL: América Latina - RIC: Rússia, Índia e China Fonte: IBGE e Banco Mundial. Elaboração: DCEE/ABIMAQ

8 8 Conjuntura 8 C. Conjuntura Como se pode ver na figura 4, o consumo aparente de máquinas e equipamentos mostra um crescimento pequeno nos últimos anos que, quando eliminado o efeito da desvalorização do Real, se transforma em estabilidade, comprometendo a FBCF Formação Bruta de Capital Fixo e, em última análise, o crescimento futuro do país. Figura 4 - Consumo Aparente de BKM Importados (c/ CIF+II) MM3 Consumo aparente mensal 12 Rec. Líquida de produção nacional MM3 R$ bilhões constantes Fonte: ABIMAQ e Secex. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. Nota: MM3 = Média Móvel Trimestral

9 Conjuntura Figura 5 - Faturamento de BKM 10 Exportação MM3 Faturamento interno MM Faturamento mensal Fonte: ABIMAQ e Secex. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. Nota: MM3 = Média Móvel Trimestral Na figura 5 que representa o faturamento da IBKM a estabilidade nas vendas, nos últimos anos, é mantida graças ao crescimento das exportações (área azul escuro) enquanto que as vendas no mercado interno mostram um preocupante declínio. C1. Ameaças A contínua perda de participação da produção nacional de BKM Bens de Capital Mecânicos no consumo aparente, que caiu de 50% há cinco anos para menos de 34% em 2013, está alcançando níveis preocupantes que comprometem a sobrevivência da indústria de máquinas e equipamentos brasileiros. Figura 6 - Market Share no Consumo Aparente MM3 100% Importados Receita Liquida de Produção Nacional 75% 50% 25% 0% Fonte: ABIMAQ e Secex. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. Nota: MM3 = Média Móvel Trimestral

10 Conjuntura 10 Segundo informações do MDIC Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apenas 15% das importações brasileiras de máquinas e equipamentos são feitas com a utilização de Ex-tarifários 1 que são concedidos quando da inexistência de produção nacional. Isto significa que os demais 85% são importados sem redução de Alíquota do II Imposto de Importação, em função, basicamente, do preço mais vantajoso do bem importado. Esta simples constatação deixa clara a ameaça à produção nacional constituída pela manutenção de um câmbio defasado e do elevado Custo Brasil. A competitividade da indústria brasileira possibilitando sua inserção nas cadeias globais de valor depende, portanto, da redução progressiva do Custo Brasil com a adoção, pelo Governo brasileiro, de um cronograma que permita eliminá-lo ao longo dos próximos anos. C2. Oportunidades As propostas sugeridas nos próximos capítulos, ao serem implementadas, permitirão ao setor recuperar sua competitividade nos mercados interno e externo. Como consequência a substituição de produção nacional por importados será parcialmente revertida acarretando um considerável crescimento da demanda de Bens de Capital para os ficantes nacionais de Bens de Capital Mecânicos. A modernização do parque industrial, por exemplo, além de melhorar a produtividade e a competitividade de toda a indústria brasileira, criará ro forte aumento do consumo aparente de Bens de Capital que deverá ser apropriado, em sua maioria, pela produção nacional. Esta demanda adicional se refletirá em maior escala de produção e, consequentemente, em ganhos de competitividade, originando mais investimentos, inclusive em P&D&I Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, um forte efeito renda ao longo de nossa cadeia produtiva com a criação de empregos de qualidade, necessários nas faixas de rendimento acima de três salários mínimos, conforme Figura 7. Considerando que o Brasil já foi, na década de 80, o quinto maior produtor mundial de Bens de Capital, consideramos factível, sempre que as políticas sugeridas sejam realizadas, passar do atual 14º (décimo quarto) lugar para o 8º (oitavo) ao longo dos próximos 8 (oito) anos. Figura 7 - Pessoas ocupadas por classes de rendimento no Brasil Classes de rendimento mensal de todos os trabalhos Classes Var % 2012/2001 até 2 salários mínimos E ,4% Mais de 2 a 3 salários mínimos D ,1% Mais de 3 a 10 salários mínimos C ,0% Mais de 10 a 20 salários mínimos B ,9% Mais de 20 salários mínimos A ,5% Fonte: PNAD/IBGE. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. 1 O regime de Ex-tarifário consiste na redução temporária da alíquota do imposto de importação dos bens assinalados como BK Bens de Capital e/ou BIT Bens de informática e telecomunicação na Tarifa Externa Comum do Mercosul, quando não houver a produção nacional. A concessão do regime é dada por meio de Resolução nº 17 da Câmara de Comércio Exterior (Camex) após parecer do Comitê de Análise de Ex-Tarifários (Caex).

11 Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 11 D. Ambiente Institucional e Política Macroeconômica Visando reverter o quadro apresentado anteriormente, relacionamos a seguir as reformas necessárias para um país mais justo e eficiente, bem como as medidas macroeconômicas necessárias para a competitividade do setor. D1. Reformas D1. 1. Reforma política Pleito: Tornar a representação política mais programática e mais próxima do eleitor Há excesso de partidos e de transferências entre partidos, independentemente do tipo de seus respectivos programas partidários. a. Reduzir o número de partidos, com representação no Congresso, via cláusula de barreira. b. Adotar o voto distrital misto, com financiamento de campanhas exclusivamente por doações de pessoa físicas. c. Eliminar o instituto da reeleição e fazer a coincidência de mandatos.

12 Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 12 D1. 2. Reforma fiscal e tributária: Pacto Federativo Pleito: Rediscutir o Pacto Federativo, ou seja, todos os gastos sob o ponto de vista do interesse da sociedade e não de grupos de pressão, redefinindo competências de cada ente federativo e seu custeio O excesso de vinculação engessa o orçamento e torna permanente gastos ainda que estes se tornem dispensáveis ao longo do tempo. Há sérias distorções a serem corrigidas como no caso de pensões de alguns setores e da baixa eficiência na aplicação dos recursos públicos. a. Eliminar privilégios de grupos, uniformizando o tipo de benefícios de assistência médica e pensões para todos os brasileiros. b. Rever o atual sistema de pensões para adequar seus benefícios a seu funding que deve passar progressivamente dos salários para o faturamento. c. A reforma tributária deve priorizar a simplificação do sistema concentrando os atuais tributos num único imposto de valor agregado com sua partilha entre a União, Estados e Municípios sendo feita no recolhimento dos impostos cujo prazo deverá ser adequado ao ciclo de recebimento das empresas. d. Numa segunda etapa, à medida que suba a renda per capita dos brasileiros, o peso relativo do imposto sobre a renda deverá crescer com redução simultânea dos impostos sobre a produção e o consumo. e. Adotar, sempre que possível, contratos de gestão com metas de desempenho, na execução de gastos públicos de modo a reduzir desperdícios e corrupção e melhorar sua eficácia. D1. 3. Reforma Educacional Pleito: Elevar continuamente a qualidade do Ensino Fundamental; ampliar a oferta de vagas no Ensino Médio profissionalizante e estimular a criação de mais vagas nas carreiras de exatas e biológicas nos cursos superiores e de pós-formação Apesar do Brasil gastar na educação uma parcela do PIB igual ou superior a muitos países desenvolvidos nosso desempenho nas provas de avaliação comparada deixam muito a desejar.

13 Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 13 a. Remunerar condignamente os professores, em todos os níveis de ensino, com uma parcela dos vencimentos vinculada ao aperfeiçoamento profissional dos mesmos e ao resultado de seus alunos nas provas de avaliação comparativa (meritocracia). b. Adotar progressivamente o regime de tempo integral no ensino básico. c. Na universidade pública implementar o regime de ensino pago para aqueles estudantes que tenham condições econômicas para tanto. d. Estimular o envio de nossos estudantes de cursos superiores para especializações no exterior e iniciar, simultaneamente, um programa de atração de professores, mestres e dores estrangeiros para lecionar nas universidades públicas brasileiras. D2. Câmbio Pleito: Câmbio Ajustado O câmbio é o principal fator de perda de competitividade da indústria de transformação brasileira. Basta verificar o comportamento da produção em relação ao consumo a partir da forte apreciação do Real, iniciada em Figura 8 Produção versus consumo Produção da Indústria de Transformação, Comércio Varejista Ampliado e Paridade Cambial A Figura 8 evidencia que a valorização do Real frente ao Dólar combinada ao aumento real da renda garantiu nos últimos anos forte aumento do consumo, que não se traduziu em aumento da produção e sim em aumento de produtos importados, graças à redução do preço em Reais dos mesmos. CONSUMO Nº Índice base: 03 = CAMBIO (US$/R$) PRODUÇÃO PMC - Comércio Varejista Ampliado PIM - PF Indústria de Trnasformação US$ - média mensal de vendas Fonte: IBGE e BACEN. Elaboração: DCEE/ABIMAQ.

14 Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 14 O Banco Central deve perseguir um Câmbio Real Competitivo e menos volátil, administrando o repasse da desvalorização cambial à inflação. D3. Juros de Mercado e SELIC Pleito: Reduzir SELIC e juros de mercado a níveis equivalentes aos dos países emergentes As taxas de juros praticadas no Brasil, tanto da SELIC quanto dos juros de mercado, estão muito acima da média dos países emergentes. Dados publicados pelo FMI Fundo Monetário Internacional mostram que o Brasil ocupa a 2ª (segunda) posição em um ranking de 122 países da maior taxa de juros de empréstimos (Figura 9). Figura 9 - Taxa real de juros de empréstimo Ranking País % 2 Brasil 29,70 31 Colômbia 9,76 43 Chile 8,13 75 Korea, Rep. 4,40 77 China 4,10 88 Sh Africa 3, Russian Federation 0,60 Média dos países emergentes selecionados 5,02 Fonte: FMI Fundo Monetário Internacional. Elaboração: DCEE/ABIMAQ.

15 Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 15 Reduzir os juros de mercado aos níveis médios praticados pelos países emergentes, atacando as causas que promovem a atual distorção dos spreads, tais como: cunha fiscal, depósito compulsório, entre ras e reduzir a SELIC Sistema Especial de Liquidação de Custódia corrigindo o atual modelo de formação da taxa pelo Banco Central. Por ro lado a adoção de uma política fiscal não expansionista e a eliminação de toda e qualquer indexação automática iriam ajudar o Banco Central a reduzir os juros primários e, consequentemente, os de mercado. D4. Sistema Tributário Pleito 1: Simplificar o sistema Tributário Para eliminar impostos não recuperáveis embutidos nos produtos e reduzir fortemente seus custos administrativos, tanto das empresas, como do fisco. O resultado será um considerável aumento da competitividade do produto brasileiro, tanto na exportação quanto na competição, no mercado interno, com bens importados. Figura 10 Tempo gasto por uma empresa de médio porte para pagar o Imposto de Renda, contribuições fiscais e previdenciárias (em horas por ano). Fonte: Doing Business do Banco Mundial.

16 Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 16 Fazer com que todos os impostos (federais, estaduais e municipais) incidam sobre valor adicionado e sobre a mesma base e permitir às empresas calcular os créditos e débitos sobre a totalidade de entradas e saídas, respectivamente, de bens e serviços. Transferir, progressivamente, a incidência das contribuições sociais da folha de pagamento para o faturamento. Pleito 2: Eliminar o viés importador de todos os Regimes Especiais Os regimes tributários especiais, em suas diversas modalidades, acentuam o quadro de substituição da produção nacional, pois, desoneram completamente a importação e apenas parcialmente a produção nacional que carrega créditos tributários acumulados em sua cadeia produtiva aguardando sua devolução que, além de não ser corrigida, é difícil e incerta. Estes regimes tributários especiais de importação, que continuam proliferando, cobrem as principais áreas dos investimentos brasileiros, e certamente constituem, hoje, a maior ameaça à IBKM ao piorar consideravelmente a possibilidade do produto nacional competir com o importado, naqueles setores que concentram o grosso da demanda. Figura 11 Relação de Regimes Tributários Especiais Elaboração: ABIMAQ.

17 Ambiente Institucional e Política Macroeconômica 17 a. Extinguir os Regimes Tributários Especiais; ou b. Manter os Regimes Tributários Especiais estendendo a desoneração ao segundo elo da cadeia produtiva de Bens de Capital; ou c. Manter os Regimes Tributários Especiais com incidência dos impostos indiretos (IVA) a alíquotas reduzidas (moduladas) nas aquisições, pelas empresas beneficiárias, de bens destinados ao seu ativo imobilizado. Ver detalhamento de cada uma das soluções propostas no Anexo I disponível no endereço Pleito 3: Aumentar o prazo para recolhimento de Impostos O prazo muito curto para se recolher os impostos após o fato gerador é uma herança da época da inflação elevada que não se justifica hoje em dia por representar, na prática, uma antecipação ao fisco, pelo ficante, de impostos ainda não recebidos. Alongar progressivamente o prazo de recolhimento dos impostos para um prazo médio superior a 90 (noventa) dias do fato gerador D5. Ambiente Legal e Jurídico Pleito: Simplificar e reduzir o excesso de normas e regulamentos que a legislação impõe às empresas O excesso de regulação em assuntos fiscais, trabalhistas e meio ambiente, cria um ambiente de insegurança jurídica para as empresas que convivem com a contínua ameaça de passivos de difícil mensuração e de alto custo administrativo. a. Na área das relações do trabalho admitir a paridade jurídica entre o legislado e o negociado entre as partes e eliminar o poder normativo da justiça de trabalho. b. Aprimorar os marcos legais existentes para reduzir fortemente a judicialização dos contratos privados, das concorrências, licitações e concessões públicas. c. Simplificar e definir prazos máximos para obtenção de licenças ambientais.

18 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 18 E. Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos Objetivos: Os objetivos da política industrial para a indústria ficante de Bens de Capital Mecânicos são os seguintes²: E1. Aumentar o consumo aparente de Bens de Capital, com redução simultânea do coeficiente de importação; E2. Aumentar as exportações de Bens de Capital; E3. Aumentar a competitividade da Indústria de Bens de Capital. A política industrial, seja setorial ou não, tem que ter objetivos permanentes e suas medidas e instrumentos tem que ter um horizonte de médio e longo prazo, evitando, sempre que possível, medidas tópicas e temporárias. Por ro lado é indispensável dispor de um sistema de acompanhamento e de avaliação de desempenho das medidas adotadas, ao longo do tempo, para permitir, sempre que necessário, sua adequação aos objetivos propostos. Seus instrumentos são relacionados nos capítulos que se seguem. Instrumentos: E1. 1. Inova Máquinas Pleito: Implementar o programa Inova Máquinas Para melhorar o market share dos Bens de Capital brasileiros no consumo aparente nacional, sem encarecer os investimentos, ou seja, sem aumentar o preço dos BKM nacionais ou dos BKM importados que não tenham produção nacional. ² São os mesmos constantes nas Agendas Estratégicas Setoriais do Plano Brasil Maior validadas e divulgadas por seu Grupo Executivo em il de 2013.

19 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 19 Elevar, em 30 (trinta) pontos percentuais, o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados de BKM - Bens de Capital Mecânicos cujas NCM - Nomenclaturas Comuns do Mercosul constam do Anexo II, disponível no endereço As máquinas e equipamentos beneficiados com a alíquota do II - Imposto de Importação reduzida a 2% (dois por cento) por força de ex-tarifário, terão a alíquota do IPI reduzida a 0% (zero por cento). As máquinas e equipamentos produzidos no país, cujas NCMs estão relacionadas no Anexo II, disponível no endereço www. abimaq.org.br/pauta-reivindicatoria, e que estejam cadastradas ou venham a sê-lo no Decred/Finame/BNDES, como passíveis de serem objeto de financiamento, através de linhas e programas desse banco, terão a alíquota do IPI reduzida a 0% (zero por cento). E1. 2. Modernização do Parque Industrial Pleito: Iniciar um programa de modernização do Parque Industrial no arco médio de 20 anos Em função do baixo nível dos investimentos ao longo das últimas décadas o parque industrial brasileiro está subdimensionado em relação às necessidades do País e conta com máquinas e equipamentos com idade média muito elevada, o que contribui para piorar os indicadores de produtividade do Brasil em relação a ros países, desenvolvidos ou em desenvolvimento. Quando se estima que a produtividade brasileira por trabalhador ocupado é pouco mais de um quarto da produtividade dos Estados Unidos ou da Alemanha temos que levar em conta que os recursos produtivos disponíveis para cada trabalhador brasileiro, além da eventual defasagem tecnológica em função de sua idade média, são cerca de um quarto dos de um trabalhador dos países tomados em referência. Para o Brasil ter chances de sucesso num processo de catch up 3 em relação aos países desenvolvidos, é imperativo implementar o programa. Além disso, a renovação do parque industrial no arco médio de 20 anos, provocaria uma demanda adicional de Bens de Capital mecânicos de R$ 23 bilhões por ano somente em máquinas nacionais. 3 Processo em que o mais atrasado alcança o mais avançado.

20 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 20 Montar um programa de incentivos à renovação do parque industrial, priorizando os Bens de Capital nacionais, com garantia de sucateamento das máquinas antigas, e que conte com estímulos fiscal, tributário e de financiamento. E1. 3. Compras governamentais / Conteúdo local Pleito 1: Definir margens de preferência em compras governamentais A utilização do poder de compra do Estado para incentivar a produção nacional está prevista em lei e não faltam justificativas para que este incentivo cubra máquinas e equipamentos. A ABIMAQ fez um estudo exaustivo das margens de preferência para cada família de produtos. A sua metodologia e a síntese dos resultados está no anexo III, disponível no endereço Definir a margem de preferência de cada família de BK e formalizar sua inclusão dentre os produtos beneficiados pela lei. Pleito 2: Ampliação do uso da contrapartida do conteúdo local A exigência de conteúdo local mínimo não é uma obrigação imposta na compra de BK Bens de Capital, ou seja, se o comprador utilizar para tanto, recursos privados, próprios ou de terceiros, não há necessidade de cumpri-la. Ela é apenas uma contrapartida que deve ser exigida sempre que o comprador é favorecido pelo uso de financiamentos públicos a juros reduzidos ou pela concessão da exploração de bens e serviços, no Brasil ou no exterior, do Estado ou ainda quando é beneficiado com incentivos que impliquem em renúncia fiscal.

21 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 21 Quando forem utilizados dinheiro ou bens do Estado, seja nas compras públicas, seja em programas incentivados com renúncia fiscal, seja nas concessões de bens e serviços ou nos financiamentos com recursos públicos, no Brasil ou no exterior, deve ser obrigatória por parte dos beneficiários a contrapartida de uso de conteúdo local mínimo. E1. 4. Imposto de Importação sobre Matérias Primas e Insumos Pleito: Revisão da estrutura de alíquotas do imposto de importação O II - Imposto de Importação é amplamente reconhecido como um imposto de caráter regulatório e se destina, de um lado, a compensar, ainda que parcialmente, as ineficiências sistêmicas e, de ro lado, a estimular a competitividade das cadeias produtivas nacionais ao tratar de forma diferenciada as diversas famílias de produtos. Sucessivas intervenções pontuais nas alíquotas do II tem afetado, ao longo do tempo, este conceito o que torna absolutamente necessária sua revisão e adequação às finalidades originais. Os insumos, por exemplo, pesam 53 pontos percentuais na RLV Receita Líquida de Vendas da indústria de Bens de Capital e, por serem protegidos com alíquotas iguais ou superiores ao dos bens finais custam, em média, cerca de 35% a mais do que nos países desenvolvidos 4, como podemos ver na Figura 12, contribuindo isoladamente com mais da metade do Custo Brasil (anexo IV), disponível no endereço Figura 12 Impacto dos custos dos Insumos Básicos na receita líquidade vendas da IBKM Preços praticados no 2º semestre de 2012 Família de insumos Peso total dos insumos Peso na receita líquida Razão (BR) : (EU-EUA) Diferencial do impacto em p.p da RLV TOTAL 100,00 53,2-20,46 a. Estruturais 21,30 11,33 1,33 3,79 b. Sub-sistemas mecânicos 19,80 10,53 1,42 4,42 c. sub-sistemas hidráulicos 16,50 8,78 1,41 3,64 d. Sub-sistemas elétricos 15,20 8,09 1,24 1,94 e. Sub-sistemas eletrônicos 12,30 6,54 1,47 3,10 f. Diversos 8,40 4,47 1,40 1,80 g. Materiais auxiliares de ficação 6,50 3,46 1,51 1,76 Fonte e Elaboração: ABIMAQ. 4 Alemanha e Estados Unidos foram utilizados na comparação.

22 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 22 Rever as alíquotas de II Imposto de Importação para proteger de forma crescente, os produtos a partir dos insumos básicos até o produto final. O objetivo é elevar os preços dos insumos a níveis internacionais usando, simultaneamente, a redução das alíquotas de importação como instrumento para os produtores de insumos básicos não se apropriarem de ganhos cambiais. E1. 5. Desoneração dos investimentos Pleito: Desonerar os investimentos produtivos Apesar das desonerações concedidas nos últimos anos, as máquinas e equipamentos nacionais ainda carregam quase 6 (seis) pontos percentuais de impostos não recuperáveis em sua receita líquida (anexo V), disponível no endereço a. Devolver ou dar crédito presumido equivalente a 6 pontos percentuais da RL - Receita Líquida enquanto não forem eliminados todos os impostos não recuperáveis nas vendas internas. b. Completar a redução à zero da alíquota do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados daqueles poucos BK Bens de Capital ainda não incluídos e tornar esta redução permanente. c. Avançar na redução do prazo de compensação do ICMS Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços embutido em BK Bens de Capital, de alçada dos governos estaduais, que ainda permanece em 48 (quarenta e oito) meses, com altos custos financeiros de carregamento por parte do investidor. Uma simples redução de um mês a cada mês neste prazo levaria à situação de crédito imediato do ICMS ao fim de quatro anos, sem afetar sensivelmente o caixa dos governos estaduais.

23 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 23 E1. 6. Devolução dos Créditos Tributários Pleito 1: Devolução dos créditos tributários de forma automática As indústrias são isentas do recolhimento dos impostos devidos na venda de seus bens ou serviços sempre que estes se destinem a exportações ou a empresas e/ ou a projetos incentivados pelos regimes tributários especiais. Entretanto, os insumos e partes e peças destes produtos, são adquiridos pelo ficante sem isenção, ou seja, eles vem carregados de impostos que são progressivamente acumulados pelas indústrias que não tem condições de utilizá-los quando suas vendas forem majoritariamente destinadas à exportação e/ou à venda dentro de regimes tributários especiais ou projetos incentivados. Os Estados e a União se comportam como se a devolução fosse não um direito, mas sim um favor. Exigem das empresas demonstrações burocráticas, sem prazo definido de análise por parte dos fiscos, e devolvem o dinheiro devido, quando o devolvem, meses ou anos depois, sem juros e sem correções de qualquer espécie. Na prática, transformam uma isenção que originalmente era destinada a reduzir o preço do produto nacional num custo adicional para os ficantes de Bens de Capital. Devolução dos créditos tributários pelo fisco de forma automática visto que com a generalização da nota fiscal eletrônica as Receitas Federal e Estaduais tem plena condição de calcular no fim de cada mês os débitos ou créditos a que cada empresa faz jus. E1. 7. Financiamento Competitivo Pleito: Viabilizar financiamentos competitivos permanentes para investimentos produtivos Não se justifica que programas de incentivo ao investimento, tipo PSI - Programa de Sustentação do Investimento, sejam feitos com prazos de validade muito curtos que, mesmo quando eventualmente prorrogados, não permitem o planejamento dos investimentos a médio ou longo prazo. Por ro lado a legislação e o tratamento tributário dado às operações de leasing devem ser revistas de modo que o custo financeiro da operação não seja superior ao custo de ras formas de financiamentos de BK Bens de Capital, como FINAME, por exemplo, para que este instrumento pudesse, tal como ocorre nos países desenvolvidos, ocupar um espaço importante na comercialização de máquinas e equipamentos. Funding adequado.

24 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 24 A concessão de financiamento competitivo permanente na produção e venda de BK - Bens de Capital, tanto no mercado interno como nas exportações de bens e serviços, em condições comparáveis com os concorrentes internacionais, por parte dos bancos públicos, enquanto o setor financeiro privado não o fizer, é fundamental para a competitividade da produção nacional e para estimular níveis crescentes de conteúdo local e de engenharia nacional. E2. 1. Reintegra Pleito: Reativar o reintegra É fundamental para o setor o ressarcimento do resíduo tributário nas receitas das exportações, que atualmente é da ordem de 6% através do REINTEGRA. Isto possibilitaria minimizar a perda de competitividade da indústria nacional de transformação nas exportações, contribuindo para melhorar o resultado da balança comercial brasileira sem, contudo, se descuidar da merecida atenção que o governo dá à situação fiscal. A aprovação do PLS - Projeto de Lei do Senado número 267/2012. O qual está sob análise da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Pleiteamos ainda a inclusão de emenda encaminhada pelo Grupo Coalizão para a Competitividade na MP 628/2013, assim como a sua transformação em Lei, fazendo com que o REINTEGRA volte a ter vigência com alíquota progressiva, ou seja, de 1% da receita exportada em 2014, 3% em 2015 e, a partir de 1 de ho de 2015, a alíquota passaria a ser variável por setor, entre 3 e 6%. E2. 2. Mecanismos de Defesa Comercial Pleito: Aprimorar os monitoramentos e mecanismos de Defesa Comercial O comércio legítimo é saudável ao desenvolvimento de qualquer país, porém importações desleais a preços insustentáveis claramente danam o progresso do país importador e esta prática deve ser coibida.

25 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 25 Os monitoramentos estatísticos conduzidos pelo DECEX/SECEX/MDIC se mostram uma ferramenta eficaz no combate às importações predatórias e seu uso deve ser ampliado. Também deve ser ampliado o uso das medidas clássicas de Defesa Comercial tomadas no âmbito do DECOM/SECEX/MDIC, estas que são instrumentos pontuais de correções de distorções comerciais. Ambas as atuações devem ser reforçadas e um aumento de efetivo nestes órgãos se faz necessário para que a Poder Público tenha condição de responder às demandas do setor produtivo brasileiro de forma mais ágil. E2. 3. Financiamento às Exportações Pleito: Ampliar e flexibilizar linhas de financiamento competitivas internacionalmente para a exportação de Bens de Capital, e as ofertas de garantias as exportações A redução ou eliminação do valor mínimo a ser financiado ao importador, fruto de custos bancários, é fundamental para atender as empresas exportadoras de menor porte. A falta de garantia aos financiamentos das exportações brasileiras simplesmente as inviabiliza, mesmo que já contem com o acesso ao crédito, ou seja, atender o exportador somente com disponibilidade de crédito não basta. A inexistência de garantia aos financiamentos é ainda mais grave quando tratamos dos PMDRs (Países de Menor Desenvolvimento Relativo), países para os quais o Brasil demonstra grande interesse em exportar. A concessão de financiamento competitivo permanente na produção e venda de BK - Bens de Capital, tanto no mercado interno como nas exportações de bens e serviços, em condições comparáveis com os concorrentes internacionais, por parte dos bancos públicos, enquanto o setor financeiro privado não o fizer, é fundamental para a competitividade da produção nacional e para estimular níveis crescentes de conteúdo local e de engenharia nacional, ampliando também a oferta de garantias aos financiamentos das exportações para países em desenvolvimento e principalmente para os países de menor desenvolvimento relativo.

26 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 26 E3. 1. Inovação e Produtividade Pleito 1: Modernização Institucional na inovação Falta projeto eficiente de integração entre universidades e indústrias. O desenvolvimento é de responsabilidade da indústria e do governo, que deve estimular, por meio de seus órgãos de fomento e dos ministérios, o desenvolvimento tecnológico. Não basta forçar a união da universidade com a indústria. Não adianta investir para que uma universidade execute o desenvolvimento de um produto para uma indústria. Muitas ideias estão na universidade, mas não é ela que faz o desenvolvimento. A universidade chega a um protótipo, a uma ideia de como se faz. Essa é a visão do desenvolvimento científico. Pegar essa ideia e fazer com que ela chegue ao mercado é função da indústria que é quem sabe operacionalizar o desenvolvimento tecnológico. Reestruturação das atribuições do MCT Ministério de Ciência e Tecnologia integrando política científico-tecnológica com a política educacional superior, passando a atuar como MECT - Ministério da Educação Superior, Ciência e Tecnológica. O MEC - Ministério da Educação seria mantido exclusivamente para a educação fundamental e média. Reestruturação do MDIC integrando a política industrial com a política de inovação, passando a atuar como MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Inovação, Indústria e Comércio. Pleito 2: Fomento à inovação Os fundos setoriais foram criados como sendo o processo que reorganizaria o investimento em ciência. Mas o maior problema que nós temos de compreender é o que se quer com a associação entre universidade e empresa. É preciso que os recursos cheguem às empresas. Para incorporar tecnologia é preciso uma base de inovação forte, que acontece nas empresas. É preciso aumentar e facilitar o acesso para os recursos de subvenção em atividades de risco para empresas em suas atividades de inovação, como todos os países desenvolvidos fazem.

27 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 27 Reestruturação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, dividindo os fundos em dois: um para Ciência a cargo do MECT, com gestão da FINEP e ro a cargo do MDIC, com gestão do BNDES. Rever o Estatuto dos Fundos Setoriais, transformando-os de Fundos Orçamentários (sujeitos à contingenciamentos) para Fundos Financeiros (garantindo recursos financeiros para projetos de inovação aprovados nas várias modalidades); Considerar o Setor de Bens de Capital estratégico e prioritário nos recursos de inovação. Ampliar os recursos destinados à subvenção econômica e tornar a sua concessão mais próxima de operação em fluxo contínuo, revendo as contrapartidas exigidas pelas subvenções e ampliar áreas prioritárias; Criar dispositivo que inclua as empresas do lucro presumido como beneficiárias de incentivos fiscais como, por exemplo, crédito presumido, incluindo ros tributos, tais como IPI e o PIS/ COFINS a partir da revisão da Lei do Bem; Criar, através de bancos públicos, novos instrumentos de garantia e seguro de crédito e ajustar valores de contrapartidas conforme porte das empresas, tecnologia envolvida e classificação estratégica do BK. Pleito 3: Incentivar Investimentos em P&D&I Para incentivar os Investimentos em P&D&I é necessário que os instrumentos de apoio estejam alinhados com as necessidades das empresas e com as estratégias de desenvolvimento. O Setor de Bens de Capital é um setor estratégico e transversal e, portanto, são necessários programas específicos de apoio à inovação no setor, tais como: Incentivar fiscal e financeiramente a incorporação de tecnologia digital, eletrônica embarcada, micro processadores com código fonte e/ou softwares dedicados, desenvolvidos no Brasil, nos Bens de Capital Mecânicos, a partir do Programa Bens de Capital Inteligentes ; Criar o Programa Inovação ao alcance das Indústrias de Bens de Capital - BK Inovação Integrando e aprimorando os instrumentos de apoio, de forma a promover o aumento da competitividade de produtos, serviços e soluções em máquinas e equipamentos e a integração com as empresas brasileiras em áreas prioritárias e estratégicas; Usar o poder de compra do Estado para alavancar a inovação no setor de BK; Regulamentar a margem de preferência para produtos manufaturados resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país, previstos na lei de inovação;

28 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 28 Pleito 4: Fortalecer as Empresas de Engenharia Nacional Bens de Capital sob encomenda enfrentam uma desvantagem competitiva quando o projeto básico e de engenharia são realizados fora do país o que privilegia produtores estrangeiros em detrimento do nacional, quando faz as especificações com base nos fornecedores parceiros. Incentivar que a concepção e o desenvolvimento dos Projetos de Engenharia por empresas nacionais ou consorcio de empresas nacionais com financiamento competitivo para a elaboração desses projetos; Fortalecer a estrutura de capital das empresas nacionais de Engenharia para a contratação de projetos de grande porte; Aumentar a previsibilidade da demanda interna por serviços de engenharia de projetos no país; Utilizar o uso do poder de compra do governo para o fortalecimento da engenharia nacional e para a aquisição de Bens de Capital em seus investimentos; Promover a cooperação entre as empresas nacionais de engenharia consultiva complementando competências para aumentar o poder de competição. Pleito 5: Identificar Fronteiras e Atualização Tecnológicas na Cadeia de Bens de Capital Quando não há atualização tecnológica, a produtividade e a competitividade da indústria como um todo ficam comprometidas. É fundamental fazer prospectivas tecnológicas que identifiquem as tecnologias que serão necessárias no futuro para que o poder público possa apoiá-las no seu nascedouro.

29 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 29 Elaborar agendas tecnológicas setoriais para os setores estratégicos da cadeia de Bens de Capital; Identificar Setores Estratégicos; Elaborar Estudos Prospectivos para Setores Estratégicos em BK; Implementar a Agenda Tecnológica Setorial (ATS); Criar Sistema de Promoção para comercialização de Tecnologia e Inovação Nacionais, novas soluções e tendências estratégicas da área; Fomentar o desenvolvimento de fornecedores locais para eliminação das lacunas tecnológicas e de suprimento. E3. 2. Tecnologias Maduras Pleito: Aprimoramento de Tecnologias Maduras A falta de tratamento isonômico entre o produto nacional e importado, notadamente no setor de Bens de Capital, para regulamentos técnicos exigidos em lei, leva a concorrência desleal e ao desvio de comércio, com perda de tecido industrial. Garantir a isonomia de atendimento à Leis e regulamentos para produtos nacionais e importados; Aumentar o número de Regulamentos de Avaliação de Conformidade para Máquinas e Equipamentos; Criar o Programa de Etiquetagem para Segurança em Máquinas e Equipamentos; Colocar em exigência no Siscomex todos os Regulamentos Técnicos; Fortalecer a Infraestrutura de Serviços Tecnológicos de apoio P&D&I.

30 Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos 30 E3. 3. Recursos Humanos Pleito: Investir da Formação de Quadros Técnicos Qualificados Apesar dos avanços com a criação dos programas PRONATEC e Ciência sem Fronteira, as empresas ainda possuem grande dificuldade para encontrar recursos humanos qualificados em tecnologias maduras. O problema fica ainda mais agravado quando se fala em tecnologias emergentes que requerem rapidez na sua assimilação, tais como manufatura aditiva, robótica, simulação, etc. Ampliar e fortalecer programas governamentais para qualificação de mão-de-obra de nível médio profissionalizante e de nível superior, sobretudo em cursos de engenharia; Ampliar os programas e os incentivos estudantis para o aprimoramento de Engenheiros em programas de pós-graduação nacionais, notadamente Mestrado e Dorado; Ampliar o intercâmbio de estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação em instituições de ensino no exterior; Ampliar recursos e dar maior visibilidade à concessão de bolsas para colaboradores de empresas visando o desenvolvimento tecnológico no exterior, no âmbito do Programa Ciência sem Fronteira ; Implementar o programa Mil Dores na Indústria de Bens de Capital.

31 Conclusões 31 Conclusões A implementação dos instrumentos elencados nesta proposta, bem como as demais medidas do programa vão resultar em aumento da demanda de BKMs, bem como de sensível melhoria do market share, das máquinas e equipamentos nacionais em nosso consumo aparente permitindo, à indústria de Bens de Capital, um forte aumento do faturamento, do emprego e das exportações. em modernização e em gastos em P&D&I Pesquisa, Desenvolvimento, inovação e engenharia o que, junto com os decorrentes ganhos de escala, vai levar a fortes incrementos na produtividade e competitividade da indústria de BKM Bens de Capital Mecânicos. O consumo aparente adicional, nos quatro anos de programa, será responsável pela arrecadação adicional direta de cerca de R$ 23,6 bilhões. Este crescimento, por sua vez, cria as condições para o setor voltar a investir Os resultados esperados são resumidos no quadro abaixo: Resultados Esperados na Indústria de Bens de Capital 2018 Descrição 2015 Demanda prevista em função do crescimento do PIB, FBCF e da modernização Consumo Aparente (R$ Bilhões) 130,5 152,5 Empregos Diretos Atividade Inovativa (% da RLV) 2,1 3,5 Balança Comercial (US$ bilhões) -20,0-10,0 Exportação (US$ bilhões) 15,0 25,0 Investimento acumulado no período (R$ bilhões) 102,4 Ganhos de produtividade no período (p.p. médio a.a.) 3,0 Empregos adicionais na cadeia A renovação do parque industrial, a uma taxa de 1/20 (um vinte avos), ao ano irá contribuir para o aumento anual de 0,5 ponto percentual da taxa de investimento em relação ao PIB Produto Interno Bruto (FBCF/PIB) possibilitando ao Brasil manter um crescimento sustentado superior a 4% a.a. Esta modernização de toda a indústria brasileira, por ro lado, irá aumentar sensivelmente sua produtividade e consequentemente a competitividade do Brasil como um todo.

32 ABIMAQ - Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos Av. Jabaquara, São Paulo - SP

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