APRESENTAÇÃO TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA Curva de Demanda Bens complementares e substitutos... 17

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3 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO À ECONOMIA Conceito de Economia O Problema Fundamental da Economia Quatro Perguntas Fundamentais A Curva de Possibilidade de Produção Os Fatores de Produção O Sistema Econômico TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA Curva de Demanda Bens complementares e substitutos TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO A função de Produção Custo de Produção, receita e lucro Curva de Oferta O MERCADO O Preço de Equilíbrio Classificação dos Mercados Estruturas de Mercado de Fatores de Produção CONTABILIDADE SOCIAL Renda e Produto Os principais agregados macroeconômicos CONSUMO E POUPANÇA Componentes do Consumo EMPREGO Mercado de Trabalho Oferta e demanda de Emprego ECONOMIA MONETÁRIA A moeda: sua história e suas modalidades Funções e tipos de Moeda

4 8.3. Demanda e oferta de moeda A Taxa de Juros de Equilíbrio SISTEMA FINANCEIRO O Sistema Financeiro A organização do Sistema Financeiro Nacional INFLAÇÃO A definição e medida da inflação As Conseqüências da Inflação Inflação de demanda e inflação de custo A inflação no Brasil O SETOR EXTERNO Balanço de Pagamentos Taxa de Câmbio Organismos Internacionais O SETOR PÚBLICO As Funções Econômicas do Setor Público Estrutura Tributária Déficit Público CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Crescimento e Desenvolvimento Fontes de Crescimento Econômico Indicadores de Desenvolvimento POLÍTICAS MACROECONÔMICAS Definições Metas de Política Macroeconômica Instrumentos de Política Macroeconômica GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA O processo de globalização As Conseqüências da Globalização BIBLIOGRAFIA QUESTÕES GABARITO

5 APRESENTAÇÃO Uma das maneiras de estar no mundo, é através do conhecimento que você tem e adquire. Ele é construído de diversas formas, seja na escola, no trabalho ou em casa. O que se deseja e se espera daqueles envolvidos no mercado imobiliário é a consciência e o cumprimento da responsabilidade quanto à buscar do conhecer que, com certeza, irá colaborar para a realização dos seus sonhos e desejos. A economia, enquanto ciência social aplicada, se preocupa com o problema da escassez, oferecendo ou tentando oferecer alternativas apropriadas para a solução desse grave mal que assola de diversas maneiras todo o mundo. A fome, o desemprego, a inflação são apenas algumas das preocupações por parte daqueles que exercem a profissão de economista. O profissional imobiliarista não está divorciado da preocupação em se resolver o citado problema da escassez. Na verdade, no seu dia-a-dia, ele lida com pessoas que tem necessidades ilimitadas e recursos limitados. Essas pessoas confiam então os seus patrimônios imobiliários, que na maioria das vezes é o único bem que eles tem, a esses profissionais, com a intenção de que os mesmos os comercializem, tanto na venda como na compra, buscando assim aumentar os limites dos seus recursos. Este trabalho tem a intenção de oferecer ao profissional do ramo imobiliário um importante instrumento para a construção do seu conhecimento. Ele foi escrito de uma maneira clara e sistematizada, buscando sempre facilitar o entendimento de uma área do saber que é a economia. Os conceitos, leis e teorias básicas da ciência econômicas estão aqui apresentados, de acordo com as principais bibliografias que tratam de tais questões. Ao ler e estudar esse material, você certamente estará dando passos firmes na direção da construção do saber e é isso que faz a grande diferença entre o profissional preparado e daquele fadado ao fracasso. Invista em você mesmo, através do estudo, e tenha uma vida de vitórias e realizações. Boa Sorte. O autor 5

6 1 INTRODUÇÃO À ECONOMIA 6

7 A economia passou a ser vista como ciência a partir da Grécia antiga, onde tivemos os primeiros registros de trabalhos econômicos. A economia faz parte de uma ciência maior, denominada de ciências sociais, onde a economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da renda, o dispêndio (as despesas) e o processo de acumulação. A economia para que possa dar respostas aos problemas econômicos, procura o respaldo das demais áreas do conhecimento, das ciências humanas, exatas (matemáticas) e com outras ciências, com o fim de juntas resolver os problemas econômicos. Em outras palavras, a economia, segundo Rossetti (1997), se preocupa com todos os aspectos que estejam relacionados à produção, distribuição, custos e acumulação de bens e serviços. A economia se preocupa com grandes temas que interferem de uma ou de outra maneira na vida do homem. Dentre eles temos: escassez de recursos, emprego, produção, trocas, valor, moeda, preços, mercados, concorrência, remunerações, agregados, transações, crescimento, equilíbrio, organização. Tais temas fazem parte da vida do homem e representam o campo de estudo da ciência econômica Conceito de Economia Devido à complexidade dos problemas que envolvem o comportamento do homem, pode haver vários conceitos diferentes para a economia, pois a cada época, devido às concepções políticas-ideológicas de cada sociedade, pode-se observar a economia sob um ângulo diferenciado. Na medida em que novas preocupações de ordem econômica vão surgindo na vida do homem, o seu conceito vai evoluindo. 7

8 No entanto, levando-se em consideração que vários podem ser os conceitos de economia, cada um à sua época, conforme a época, adotaremos o seguinte conceito de economia: A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos. ROSSETTI (1997, p.52.) A partir deste conceito, pode-se verificar que a preocupação básica da economia se refere aos escassos recursos para atender as necessidades ilimitadas. Tal conceito vale-se do fato, de que temos necessidades ilimitadas para satisfazer, e que os recursos para tal fim são escassos, onde temos que escolher a melhor alocação dos mesmos para produzir o necessário para satisfazer nossas necessidades. A economia procura examinar as opções viáveis que se apresentam aos agentes econômicos, denominados estes de: unidades familiares, empresas e governo, para empregar os limitados recursos sob seu comando, tomando decisões racionais diante de várias alternativas O Problema Fundamental da Economia Segundo Rossetti (1997), o problema fundamental da economia está relacionado ao conflito entre os recursos limitados e necessidades ilimitáveis. Em outras palavras, o problema fundamental da economia se refere à escassez dos recursos de produção. Como não temos uma abundância relativa dos recursos de produção, nossas necessidades não são completamente satisfeitas. Se todos os bens fossem livres, a disponibilidade ilimitada de recursos seria de tal ordem que a obtenção de quaisquer bens não seria problema. Daí, não necessitaria da ciência econômica, pois não haveria problemas a resolver. Não haveria conflitos de interesses. Mas são raros os bens que ainda são livres (água da chuva, por exemplo), que 8

9 não temos que pagar para adquiri-lo. Até mesmo o ar que respiramos, que ainda é livre, vai, pouco a pouco, se transformando em bem econômico. Daí surge à necessidade da economia, para podermos usufruir, da melhor maneira possível, destes recursos que são escassos. Como nenhum sistema econômico foi capaz de satisfazer plenamente todas as necessidades dos indivíduos (em termos de bens e serviços), temos então a importância da economia, para nos ajudar a alocar recursos escassos para atender as necessidades ilimitadas. Em todos os países, as unidades familiares exigem mais e melhores produtos. As empresas para produzi-los exigem equipamentos de mais alta sofisticação, mais ágeis e mais produtivos. E os governos, para garantirem a satisfação das necessidades dos outros agentes, têm de fornecer mais infra-estrutura econômica e social, melhores bens e serviços públicos. Ambos necessitam da economia para auxiliá-los Quatro Perguntas Fundamentais São questões que acontecem em todas as economias, independente do grau de desenvolvimento que possuem. A primeira questão diz respeito ao que produzir. O que produzir com os recursos que são escassos para atender as necessidades ilimitadas da sociedade. Várias podem ser as alternativas de produção, dentre elas o que produzir para usufruir e gastar da melhor maneira possível os recursos que são limitados. Quanto produzir se refere à segunda questão. Se refere a quanto produzir de determinado produto ou produtos para atender as necessidades da sociedade, para a sustentação do seu bem-estar corrente e para a progressiva melhoria do seu padrão de vida. A terceira questão é de como produzir. Como produzir para otimizarmos os recursos 9

10 de produção (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial) face à sua escassez. A última pergunta fundamental diz respeito para quem produzir. Para quem vai ser direcionado o produto/serviço. Tal questionamento é importante para que se produza o necessário para atender as necessidades da sociedade. Considerando que as respostas destas perguntas são extremamente relevantes para resolver os problemas econômicos que afetam as sociedades como um todo, várias são as possibilidades de se produzir bens/serviços, com a disponibilidade limitada de recursos, para atendê-las. Neste sentido, essas possibilidades de produção existentes podem ser destinadas a uma variedade de combinações de diferentes categorias de bens e serviços que podem ser destinados para a sociedade A Curva de Possibilidade de Produção A curva de possibilidade de produção retrata quais são as alternativas para a utilização dos recursos, quando se compara a produção de dois ou mais produtos. Neste caso, os recursos não são suficientes para produzir toda a quantidade de todos os produtos para atender a sociedade, pois os mesmos são escassos. Daí a escolha de alternativas entre o que se produzir de um e de outro produto para atender as necessidades da população. Unidades Familiares, Empresas e Governo, fazem parte de diferentes grupos de agentes econômicos que interagem, participando direta ou indiretamente de todas as transações que realizam dentro de determinado sistema econômico. Ou seja, podem ser consumidores e/ou produtores dos bens/serviços que são destinados a eles próprios enquanto agentes econômicos. Por unidades familiares entende-se todos os tipos de unidades domésticas, unipessoais ou familiares, com ou sem laços de parentesco, segundo as quais a sociedade como um todo se encontra segmentada. Essas unidades familiares possuem e fornecem os recursos de produção (na forma de trabalho), devido a isso, se apropriam de diferentes categorias de 10

11 rendas (que podem ser salários, aluguéis, juros, etc.), e a partir daí decidem como, quando e onde e em que as rendas recebidas serão despendidas. Já as empresas, são os agentes econômicos que empregam e combinam os recursos de produção para a geração dos bens e serviços que atenderão às necessidades de consumo e de acumulação da sociedade. Essas empresas são heterogêneas, ou seja, são de diversos tipos e produzem diferentes produtos. O governo é o agente coletivo que contrata diretamente o trabalho das unidades familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como um todo. Esses agentes é que fazem parte do processo produtivo em que se tem que escolher entre alternativas diferentes, devido à escassez de recursos. Todos os agentes econômicos, considerados isoladamente ou em conjunto, defrontam com esta restrição econômica. As unidades familiares podem ter aspirações ilimitáveis, mas defrontam com a amarga realidade dos recursos escassos, definidos por orçamentos restritos proveniente de sua limitação de renda. Normalmente, alguma coisa é sacrificada em favor de outra. E as prioridades decididas, não importam quais sejam, traduzem sempre custos de oportunidade. Custos de se produzir um bem em detrimento do sacrifício de outro. Em outras palavras, se refere ao custo de se deixar de produzir um bem em detrimento de outro Os Fatores de Produção Os fatores de produção representam os recursos disponíveis, que combinados, são direcionados para a produção de bens e/ou serviços para o atendimento das necessidades da população. 11

12 a) Fator Terra O Fator Terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades dos demais recursos de produção. As reservas naturais, renováveis ou não, encontram-se na base de todo o processo de produção. As dádivas da natureza, aproveitadas pelo homem em seus estados naturais ou então transformadas, são direcionadas para as outras atividades de produção. É a partir da interação com os demais fatores de produção que se viabiliza seu efetivo aproveitamento. Aqui é importante a consciência social sobre sua preservação e reposição, no intuito de tenha um melhor aproveitamento. b) Fator Trabalho É a parte da população total, considerada produtiva, que é definida por faixas etárias. É constituído por uma parcela da população total denominada de economicamente ativa, que contribui para o processo de produção. Segundo Rossetti (1994), os limites da faixa etária considerada economicamente ativa variam em função de dois fatores relevantes: o estágio de desenvolvimento da economia e o conjunto de definições institucionais, geralmente expresso através da legislação social e previdênciaria. Em todos os países, uma parcela da população economicamente ativa, embora apta, fica à margem do processo produtivo. É a porção economicamente inativa. c) Fator Capital Compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade. Com o emprego destas riquezas é que a população ativa se equipa para o exercício das atividades de produção. Esse conjunto de riquezas dá suporte às operações produtivas realizadas por parte da sociedade. 12

13 O fator capital constitui-se das diferentes categorias de riqueza acumulada, empregadas na geração de novas riquezas. Também são chamados de bens de investimento. Podem ser: máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas, energia, telecomunicações, transportes, educação e cultura, saúde e saneamento, segurança, construções e edificações (prédios), plantações, etc. Referem-se as riquezas utilizadas pelas empresas para efetuar a produção, representam os ativos das empresas, seu patrimônio. Caracteriza-se por aumentar a eficiência do trabalho humano, para a produção de bens e serviços. Em economia, entende-se como pleno emprego dos recursos de produção (terra, capital e trabalho) que toda a população está empregada, não há desemprego voluntário. c) Fator capacidade tecnológica É constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão sustentação ao processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos acumulados sobre as fontes de energia empregadas, passando pelas formas de extração de reservas naturais, pelo seu processamento, transformação e reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho dos produtos finais resultantes. É o elo de ligação entre o capital, a força de trabalho e o fator terra. d) Fator Capacidade Empresarial É através dela que os recursos disponíveis são reunidos, organizados e acionados para o exercício de atividades produtivas. O processo de produção, em seus fundamentos, dá-se pela mobilização combinada dos fatores terra, trabalho e capital, sob determinado padrão tecnológico. E o fator mobilizador é a capacidade empresarial O Sistema Econômico Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está 13

14 organizada uma sociedade. É um sistema que organiza a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços destinados à população. Fazem parte do sistema econômico o estoque de fatores de produção (terra, capital, trabalho, etc.), os agentes econômicos (unidades familiares, empresas e governo) e um conjunto de instituições. O estoque dos fatores de produção constitui a própria base da atividade econômica. Nenhum sistema econômico é possível sem que um conjunto de normas jurídicas discipline os deveres e as obrigações dos detentores dos recursos e das unidades que os empregarão. Daí o surgimento das complexas instituições. Os sistemas econômicos podem ser classificados em: Sistema capitalista de produção, que é aquele regido pelas leis de mercado, onde predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de produção; Sistema socialista, que é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos bens de produção. 14

15 2 TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA 15

16 Como o estudo da demanda está alicerçado no conceito de utilidade, cabe-nos primeiramente conceituarmos utilidade. Utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades humanas. Está utilidade difere de consumidor para consumidor, uma vez que está baseada em aspectos psicológicos ou a preferências. Como está utilidade visa satisfazer as necessidades humanas, têm que apresentar algum valor. É um conceito subjetivo, onde considera que o valor nasce da relação homem com os bens e/ou serviços. A demanda/procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo a um determinado preço, mantidas constantes todas as outras variáveis (coeteris paribus). As outras variáveis que influenciam a escolha (demanda) do consumidor. São elas: o preço do bem ou serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Então, quando o preço de uma mercadoria aumenta, tudo o mais permanecendo constante, o consumidor perde o que chamamos de poder de compra. Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei Geral da Demanda, que mostra que há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade demandada e o preço do bem, coeteris paribus. Esta relação pode ser vista pela Curva de Demanda Curva de Demanda A curva de demanda revela as preferências dos consumidores, sob a hipótese de que estão maximizando sua utilidade, ou seja, estão maximizando o grau de satisfação no consumo daquele produto. No exemplo da curva abaixo podemos verificar que para cada nível de preços as pessoas estão dispostas a adquirir determinadas quantidades de bens, onde quanto menor o preço mais produtos elas estarão dispostas a adquirir. A curva de demanda inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, tendo uma inclinação negativa, devido a inversibilidade da relação preço e quantidade demandada. 16

17 Outras variáveis podem influenciar a demanda como: a renda dos consumidores; os preços dos outros bens e serviços; os hábitos e preferências dos consumidores; os gastos com propaganda e publicidade, etc. Em teoria da demanda preço é um conceito de extrema importância. O preço expressa o valor de troca entre as mercadorias. É sua expressão monetária de valor, que é utilizado para calcular o valor das mercadorias. A parte da economia que estuda a formação de preços é dita de microeconomia. Tal teoria trata além da formação de preços, da fixação de preços mínimos por parte do governo, dos efeitos dos impostos sobre mercados específicos e sobre os custos de produção, dentre outros Bens complementares e substitutos São bens que interferem na demanda de um produto por parte do consumidor. Pois quanto mais substitutos houver para um bem e/ou serviço, mais opções ele terá à sua disposição para decidir sobre a sua demanda. Neste caso, pequenas variações em seu preço, para cima, por exemplo, farão com que o consumidor passe a adquirir mais de seu produto substituto, provocando queda em sua demanda maior do que a variação do preço. Por exemplo, o consumidor tem sua demanda por uma certa quantidade de tomate, que 17

18 possui vários substitutos (repolho, cenoura, vagem, pepino, abóbora, etc.), neste caso, qualquer variação de preço por mais pequena que seja do tomate, os consumidores estarão dispostos a trocar uma certa quantidade (ou toda ela) de tomate por quantidades de seus produtos substitutos. Já para os bens complementares, também são bens que tendem a influenciar a demanda de outros bens. São bens ditos de complementares, porque um está relacionado ao consumo do outro. Como por exemplo, o pão e a manteiga. Neste caso, quando o preço do pão subir isto ocasionará uma queda na demanda do próprio pão e, conseqüentemente, na demanda da própria manteiga, que o consumidor utiliza para passar no pão. Outra classificação que temos que ter em mente quando estamos falando de demanda, diz respeito se os bens são bens de consumo, daí temos os bens de consumo duráveis e não duráveis; dos bens de capital e dos bens intermediários. Bens de consumo são àqueles bens destinados ao consumo final dos consumidores. No caso específico dos bens de consumo duráveis, são por exemplo: televisores, geladeira, aparelho de som, carro, liquidificador, etc., pois são bens que não possuem consumo imediato. Já os bens de consumo não duráveis, são bens destinados ao consumo final e são consumidos imediatamente pelos consumidores, por exemplo: alimentos, produtos de higiene e limpeza, etc. No tocante aos bens de capital, são ditos como bens que servem para produzir outros bens, como por exemplo, uma máquina de costura, ou seja, máquinas e equipamentos que são utilizados para fabricar outros bens. Por último temos os bens intermediários que também são bens utilizados para produzir outros bens, no entanto o fator que o difere dos bens de capital, é que os bens intermediários são consumidos durante o processo produtivo. Por exemplo, o tecido que utilizado para produzir a camisa, no final do processo não existe mais tecido, mas sim camisa, enquanto a máquina de costura continua lá sendo utilizada para produzir outros bens. 18

19 3 TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO 19

20 A Teoria da Produção pode ser conceituada pelo processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e capacidade empresarial) em produtos ou serviços para a venda no mercado. Vasconcellos (2000) No processo de produção, diferentes insumos ou fatores de produção são combinados, de forma a produzir um bem final. As formas como esses insumos são combinados constituem os chamados métodos de produção. A escolha do método ou processo de produção depende de sua eficiência. Um método é tecnicamente eficiente quando comparado com outros métodos, utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalente do produto. Um método é economicamente eficiente, quanto está associado ao método mais barato relativamente a outros métodos A função de Produção É a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo. A função de produção admite sempre que o empresário esteja utilizando a maneira mais eficiente de combinar os fatores e, conseqüentemente, obter a maior quantidade produzida do produto. Podemos representar a função de produção, da seguinte maneira: Q = f(x1,x2,x3,..., xn) Onde: e Q é a quantidade produzida do bem ou serviço, num determinado período de tempo; x1,x2,x3,..., xn identificam as quantidades utilizadas de diversos fatores de produção; f indica que Q depende da quantidade de insumos utilizados. 20

21 3.2. Custo de Produção, receita e lucro O objetivo básico de uma empresa é a maximização de seus resultados, de seu lucro, quando da realização de sua atividade produtiva, da combinação dos fatores de produção. Assim sendo, procurará sempre obter a máxima produção possível em face da utilização de certa combinação de fatores. O resultado dito ótimo para empresa poderá ser obtida quando for possível alcançar um dos seguintes objetivos: a) maximizar a produção para um dado custo total ou b) minimizar o custo total para um dado nível de produção. O primeiro diz respeito que a empresa tem um custo que não deve ser maior, pois se não seus lucros também serão maiores, então ela procurará produzir cada vez mais para alcançar um patamar de produção que lhe dê àquele custo. A alternativa b se refere que a empresa tem uma meta de produção que estabelece alcançar e que para alcança-la terá que reduzir os seus custos ao mínimo possível. Quanto aos custos totais de produção, define-se como o total das despesas realizadas pela empresa com utilização da combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual é obtida uma determinada quantidade do produto. Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT): CT = CVT + CFT Os custos fixos totais (CFT), correspondem à parcela dos custos totais que não aumentam com o aumento da produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos de produção, como por exemplo, depreciação, aluguéis, seguros, etc. Já os custos variáveis totais (CVT), correspondem à parcela dos custos totais que variam com o aumento da produção. São despesas realizadas com a compra da matériaprima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc. Os custos também podem ser classificados de curto ou longo prazo. Os custos de curto prazo são caracterizados por serem compostos por parcelas de custos fixos e de 21

22 custos variáveis e os custos de longo prazo são formados unicamente por custos variáveis, pois a partir de determinado momento, os próprios custos fixos que eram fixos passam a aumentar, pois aumentou o número de máquinas para produzir mais mercadorias. Também temos os conceitos de custos médios e marginais. Os custos médios são obtidos pela divisão entre o custo total e a quantidade produzida, ou seja, representa o custo médio para se produzir determinado produto. Já o custo marginal é dado pela variação do custo total em resposta a uma variação da quantidade produzida, ou seja, deseja saber quanto variará o custo se acrescer uma unidade na produção. As empresas têm como objetivo maior a maximização de lucros. Onde se pode definir o lucro total como a diferença entre as receitas de vendas da empresa e os seus custos totais de produção. Ou seja: LT = RT CT Onde: LT = lucro total; RT= receita total e CT= custo total. Como receitas totais entende-se o valor das vendas totais realizadas num determinado período de tempo. Então como receita teremos: RT = P x Q Onde: RT= receita total; P= preço e Q= quantidade. Ou seja, receita total é igual ao preço do bem ou serviço multiplicado por sua respectiva quantidade vendida. Qualquer empresa, que deseje maximizar lucros, escolherá o nível de produção para o qual a diferença positiva entre receita total e custo total sejam a maior possível Curva de Oferta 22

23 A oferta representa as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores: de seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia. A função oferta mostra uma relação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. Essa representa a chamada Lei Geral da Oferta. A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço e seu preço devese ao fato de que, um aumento do preço no mercado estimula as empresas, os produtores a produzirem mais, aumentando sua receita. Podemos expressar a curva de demanda conforme a figura abaixo. A inclinação da curva de oferta e positivamente inclinada, uma vez que a relação entre quantidade ofertada e o preço é diretamente proporcional. Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é afetada pelos custos dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por alterações tecnológicas, ou pelo aumento do número de empresas no mercado. 23

24 4 O MERCADO 24

25 4.1. O Preço de Equilíbrio A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado. No encontro das curvas de oferta e demanda (ponto E) teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem os objetivos dos consumidores e dos produtores simultaneamente. Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio E, teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará a elevação dos preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as filas cessarão. Se por outro lado, a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio E, haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que provocará uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio. Quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes, há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio estacionário. 25

26 4.2. Classificação dos Mercados Há várias formas ou estruturas de mercado. Estas dependem fundamentalmente de três características básicas: a) número de empresas que compõem esse mercado; b) tipo de produto produzido neste mercado e c) se existem ou não barreiras, obstáculos para que novas empresas entrem nesse mercado. Neste sentido podemos ter as seguintes estruturas de mercado: Concorrência Perfeita é um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e, conseqüentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado atomizado, pois é composto de um número expressivo de empresas, como se fossem átomos. Esse mercado possui algumas características básicas: trabalham com produtos homogêneos, onde não existe diferenciação entre os produtos ofertados pelas empresas; não existem barreiras para o ingresso de novas empresas, ou seja, qualquer empresa pode entrar no mercado facilmente e há transparência no mercado, onde todas as informações sobre lucros, preços, etc., são conhecidas por todos os participantes do mercado. Na realidade, não há o mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo real, sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros (que produzem tomate, repolho, pepino, etc.) o exemplo mais próximo que se poderia apontar. Monopólio Caracteriza-se por apresentar condições opostas às da concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta/ produção e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, concorrência, nem produto substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou deixarão de consumir o produto. Para a existência de monopólios, deve haver barreiras que praticamente impeçam a entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras podem advir das seguintes condições: controle de matérias-primas, onde o monopólio controla a fonte de matériaprima para produzir o seu produto; patentes, onde o monopólio patenteou o produto e não há como outras empresas produzirem àquele produto; elevado volume de capital, onde a 26

27 empresa para entrar necessita de alto volume de capital e tecnologia. Oligopólio é caracterizado por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há um pequeno número de empresas ou então onde há um grande número de empresas, mas poucas que dominam o mercado. No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as empresas por meio de conluios ou cartéis. O Cartel é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem. Nos oligopólios, normalmente as empresas discutem suas estruturas de custos. Há uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as estruturas de custos das demais, e há empresas satélites que seguem as regras ditadas pelas líderes. Esse é um modelo chamado e liderança de preços. Concorrência Monopolista é uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com oligopólio, pois na concorrência monopolista há um número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados e com margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado Estruturas de Mercado de Fatores de Produção Também apresenta diferentes estruturas. Concorrência Perfeita no mercado de fatores é um mercado onde existe uma oferta abundante do fator de produção, o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter preços mais elevados por seus serviços. Monopsônio é uma forma de mercado na qual há somente um comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos e por isso tem capacidade de influenciar os 27

28 preços da matéria-prima que adquiri. Oligopsônio é um mercado onde existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Ex: indústria de laticínios. Em cada cidade, existem dois ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais. Monopólio Bilateral ocorre quando um monopolista, na compra do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, só a empresa A compra um tipo de aço que é produzido apenas por uma empresa B. Nesses casos, a determinação dos preços de mercado dependerá não só de fatores econômicos, mas do poder de barganha de ambos. 28

29 5 CONTABILIDADE SOCIAL 29

30 A Teoria Macroeconômica estuda a determinação e o comportamento dos agregados econômicos nacionais. A parte relativa que estuda a medida desses agregados é denominada Contabilidade Social, que é o registro contábil das atividades produtivas de um país, ao longo de um dado período de tempo. A contabilidade social procura definir e medir os principais agregados a partir de valores já realizados ou efetivados. Contabilidade Social pode ter várias definições de acordo com cada autor, em sua respectiva época. Um dos conceitos mais utilizados é o abordado por Rossetti (1992) em que Contabilidade Social pode ser entendida como um compartimento da Ciência Econômica que se ocupa da preparação sistemática e compreensiva de um conjunto articulado de informações sobre os vários tipos de transações econômicas, verificadas entre grupos significativos de agentes durante determinado período; é assim, uma técnica de quantificação de um conjunto de variáveis que interessam à análise econômica global. Os agregados macroeconômicos são determinados a partir de um sistema contábil que trata o país como se fosse uma grande empresa produzindo um produto único Renda e Produto O resultado da atividade econômica do país pode ser medido sob três óticas: pelo lado da produção e venda de bens e serviços finais na economia (ótica do produto e ótica da despesa), e também pela renda gerada no processo de produção (ótica da renda), que vem a ser a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). As óticas do produto e da despesa são medidas no mercado de bens e serviços, enquanto a ótica da renda é medida no mercado de fatores de produção. Neste caso a empresa efetua despesas com o pagamento de salários, juros, aluguéis e lucros distribuídos que são destinados às famílias, que por sua vez recebe tais pagamentos como receitas, e as empresas pela venda dos seus bens e serviços obtém renda, onde no final do período considerado, faz-se a contabilidade das despesas e das receitas dessa 30

31 economia. Daí se tem o Produto Nacional (PN) que representa o valor de todos os bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado período de tempo, onde PN = Σ p.q, sendo p = preço unitário dos bens e serviços; q = quantidades produzidas de bens e serviços finais (tanto do setor primário, secundário e terciário da economia) e Σ símbolo de somatório, ou soma. O setor primário da economia se refere àquele onde são produzidos os bens e serviços ligados ao segmento agropecuário (agricultura e pecuária). Em outras palavras, se referem aos produtos produzidos pelo setor agropecuário. Já o setor secundário, se refere ao setor industrial, o setor que fabrica bens, sejam a partir de mercadorias oriundas do setor agropecuário ou não. O setor terciário se refere àquele setor de prestação de serviços ou de comércio. Ou seja, é aquele que vende os produtos provenientes da indústria ou que presta serviços de uma forma geral, e não fabrica produtos. Também temos o conceito de Despesa Nacional (DN) que é o gasto dos agentes econômicos com o produto nacional, onde revelam quais são os setores compradores do produto nacional. Já a Renda Nacional (RN) é a soma dos rendimentos pagos aos fatores de produção no período: RN = salários + juros + aluguéis + lucros, para a produção dos bens e serviços da economia. Quando dividimos o total desta renda pelo total da população de um País, temos a Renda per capita. Então, PN, DN e RN são três óticas de medição do resultado da atividade econômica de um país num dado período. Cabe aqui, também conceituarmos Valor Adicionado, conceito importante quando estamos medindo toda a produção da economia. Valor adicionado pode ser entendido como o valor que se adiciona ao produto em cada estágio de produção. Somando o valor adicionado em cada estágio de produção, chegaremos ao produto final da economia. 31

32 Valor adicionado = valor bruto da produção (receita de vendas) compra de bens e serviços intermediários 5.2. Os principais agregados macroeconômicos Além dos conceitos de Produto Nacional, de Despesa Nacional e de Renda Nacional, tem-se outros conceitos, que fazem parte dos chamados agregados macroeconômicos. São eles: Poupança agregada é a parcela da renda nacional (RN) que não é consumida no período, isto é, S = RN C, onde S representa a poupança; RN a renda nacional e C o consumo. Poupança é o ato de não consumir no período, deixando para consumo futuro. Investimento agregado é o gasto com bens que foram produzidos mas não foram consumidos no período, e que aumentaram a capacidade produtiva da economia para os períodos seguintes. O investimento é composto pelo investimento em bens de capital (máquinas e imóveis) e pela variação de estoques de produtos que não foram consumidos. Os bens de capital são chamados, nas contas nacionais de formação bruta de capital fixo. Então Investimento total = Investimentos em bens de capital + variação de estoques. Depreciação é o desgaste do equipamento de capital da economia num dado período. É um gasto utilizado para repor os equipamentos que se desgastaram ou se tornaram obsoletos. A depreciação é o conceito que introduz uma diferenciação entre investimento bruto e investimento líquido. Investimento líquido = Investimento bruto Depreciação. Da mesma forma, podemos distinguir o conceito de Produto Nacional Líquido (PNL) do conceito de Produto Nacional Bruto (PNB). Produto Nacional Líquido = Produto Nacional Bruto Depreciação. 32

33 Além destes agregados temos as variáveis que incorporam o Setor Público, considerado suas três esferas: União, Estados e Municípios. Com sua inclusão, introduz-se o conceito de receita fiscal e gasto públicos, somado aos gastos e receitas já desempenhadas pelas empresas e famílias. Como receita fiscal do Governo, temos os impostos indiretos, que incidem sobre as transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI. Impostos diretos, que incidem sobre a renda e a propriedade das pessoas físicas e jurídicas. Exemplo: Imposto de Renda. Contribuições à Previdência Social e outras receitas. Já quanto aos gastos do Governo, consideraram-se os gastos dos ministérios e autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia mista e gastos com transferências e subsídios. É necessário aqui definirmos alguns conceitos básicos que também fazem parte das contas nacionais, são eles: 1º) Preços de Mercado e Custo de Fatores O preço de mercado de um produto normalmente está acima do valor remunerado aos fatores de produção necessários a sua produção. Isso porque em seu preço estão incorporados os impostos indiretos cobrados pelo Governo (ICMS, IPI, etc.), além disso caso o produto seja essencial à população o Governo, em alguns casos, subsidia o preço do produto, fazendo com que o preço pelo qual o produto é vendido seja inferior a seu custo de produção. Custo de Fatores é o que a empresa paga aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros. Assim, partindo por exemplo, da Renda Nacional Líquida - RNL ou do Produto Nacional Líquido - PNL a custo de fatores para chegar ao PNL a preço de mercado temos: PNL a preços de mercado = PNL a custo de fatores + impostos indiretos subsídios. Apenas os custos indiretos, e não os diretos, são relevantes nessa diferenciação. Isso porque os impostos diretos não representam uma diferença entre o custo de fatores e o preço final de venda. 2º) Renda Pessoal Disponível procura medir o quanto a renda gerada no processo econômico fica em poder das famílias. A renda pessoal disponível mede quanto sobra para as famílias decidirem gastar na compra de bens e serviços ou então poupar. 33

34 3º) Carga Tributária Bruta e Líquida a carga tributária bruta é o total da arrecadação fiscal do Governo (impostos diretos e indiretos e outras receitas do Governo, como taxas, multa e aluguéis). Se deduzirmos a carga tributária bruta das transferências e dos subsídios que o Governo encaminha para o setor privado, daí termos a Carga Tributária Líquida. O esquema da Contabilidade Social fica completo quando consideramos que a economia é aberta ao exterior, que é a realidade atual.com isso definimos os conceitos de exportação, importação e diferenciamos os conceitos de produto interno e produto nacional. As exportações representam as compras de mercadorias produzidas pelas empresas localizadas em nosso país efetuadas pelos estrangeiros. As importações representam as despesas que nós fazemos com produtos estrangeiros. Produto Interno Bruto (PIB) - é o somatório de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período, valorizados a preços de mercado, sem levar em consideração se os fatores de produção são de propriedade de residentes (que estão dentro do país) ou não residentes (fora do país). Somando ao PIB à renda recebida do exterior e subtraindo a renda enviada ao exterior temos o Produto Nacional Bruto (PNB), que é a renda que efetivamente pertence aos nacionais, aos residentes do País. Para muitos, o PIB não mede adequadamente o bem-estar da coletividade, pois não reflete as condições econômicas e sociais de um país. Ele não registra a economia informal; não considera os custos sociais derivados do crescimento econômico, tais como poluição, piora do meio ambiente; e não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários grupos da sociedade. As Nações Unidas calculam periodicamente um índice de desenvolvimento humano (IDH) que, além de um indicador econômico (PIB), inclui indicadores sociais. Segundo a pesquisa das Nações Unidas, há nações com diferenças entre o IDH e o PIB. Mas no geral, há alta relação do PIB per capita com o desenvolvimento social de um país. Pode-se concluir que, apesar de algumas limitações, a medida do PIB é 34

35 um indicador útil tanto para comparações internacionais como para medir o crescimento do País ao longo dos anos. Entretanto, é sempre oportuno considerar também outros indicadores, como grau de distribuição de renda, analfabetismo, mortalidade infantil, etc, para que tenhamos uma avaliação mais completa da real condição socioeconômica de um país. 35

36 6 CONSUMO E POUPANÇA 36

37 6.1. Componentes do Consumo O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores, tais como: renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de mercado, disponibilidade de crédito, expectativa sobre a renda futura, rentabilidade das aplicações financeiras, etc. No entanto, estudos estatísticos mostram que as decisões de consumo da coletividade são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível, ou seja, a parcela da renda que fica disponível para os consumidores gastarem (ou pouparem). Então: C = f(rnd), ou seja, o consumo se dá em função da renda, onde: C = Consumo agregado; RND = renda nacional disponível Poupança e Investimento A poupança é a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de consumo. A poupança é a diferença entre a renda e o consumo. Em outras palavras, é o não consumo presente em função de um consumo futuro. Então: S = f(rnd), ou seja, a poupança se dá em função da renda, onde: S = poupança agregada; RND = renda nacional disponível. Já o investimento (construções, máquinas, etc.) é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. A curto prazo, é visto pelo lado dos 37

38 gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva. O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da renda nacional de um país. Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento agregado é determinado por dois fatores: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado. A taxa de rentabilidade esperada ou taxa de retorno é calculada a partir da estimativa do retorno esperado pela aquisição do bem de capital (construções, máquinas, etc.). A taxa de juros e o investimento possuem uma relação inversamente proporcional. Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros representará quanto a empresa ganharia, se em vez de investir em suas instalações, aplicasse no mercado financeiro. Isto é o que chamamos de Custo de Oportunidade do Capital. Neste caso, um outro conceito importante é o de crédito, que regulado pela taxa de juros, determina o montante de investimentos. Crédito pode ser definido como sendo a troca de um bem disponível no momento pela promessa de um pagamento futuro. E quando as operações de crédito na economia são estimuladas, normalmente o consumo das famílias aumenta. Esse capital pode sofrer desgaste durante o processo produtivo. Para repor esse desgaste ou mesmo substituir os equipamentos, as máquinas durante o processo produtivo, a depreciação pode ser utilizada para cobrir tais custos. 38

39 7 EMPREGO 39

40 7.1. Mercado de Trabalho No mercado de trabalho temos o que chamamos de população economicamente ativa, que são àquelas pessoas que estão fazem parte de uma determinada faixa etária que tem condições de estar trabalhando. Fazem parte as pessoas efetivamente empregadas, recebendo salários e contribuindo para o aumento da renda e do consumo da economia. As pessoas desempregadas também fazem parte da população economicamente ativa, só que não estão trabalhando, ou estão procurando emprego Oferta e demanda de Emprego O mercado de trabalho é constituído pela oferta e demanda de emprego. A oferta de emprego é determinada pelas empresas, que ao produzirem, ao aumentarem a produção contratam pessoas para desempenhar determinadas atividades e recebem renda por isso. O governo também tem papel fundamental neste processo, pois também é um grande contratante de mão-de-obra. O desempenho de suas políticas, que influenciam as atividades das empresas, também pode funcionar como um alavancador de empregos para a população. O governo reduzindo tributos, dando condições de maior crédito para as empresas, para que possam produzir mais, estas vão necessitar também de contratar mais pessoas. Políticas direcionadas para a melhoria das condições de vida da população, no intuito de melhorar a distribuição de renda, também funciona como um incentivo para a geração de empregos. 40

41 8 ECONOMIA MONETÁRIA 41

42 8.1. A moeda: sua história e suas modalidades O uso da moeda nas economias em que vivemos é de tal forma generalizada que se torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema econômico em que não existam instrumentos monetários. Mas existiam grupos que não utilizavam moeda. Esses primeiros agrupamentos, em geral, nômades, teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de atividade econômica. Eram grupos que não conheceram a moeda e, quando recorriam a atividades de troca, realizavam trocas em espécie, ou seja, trocavam mercadorias por mercadorias, a esta prática denomina-se escambo. Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na economia davase através do escambo, com trocas diretas de mercadoria por mercadoria. No entanto, vários eram os transtornos causados pela falta da moeda, como por exemplo a questão da divisibilidade do bem para a troca por outro. Quando se tinha que dividir uma mercadoria para comprar uma unidade inteira de outra. Então, na medida que a economia foi se desenvolvendo, aumentando as trocas, isto trouxe a necessidade do aperfeiçoamento dos instrumentos de troca. Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas. Por exemplo, o sal, que por ser escasso era aceito na Roma Antiga como moeda. Em diversas épocas e locais diferentes, outros bens assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria constitui a forma mais primitiva de moeda na economia. Logo após, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em peso. Tiveram esse papel de moeda por várias épocas. Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de posse de ouro, por questões de segurança, o guardavam em casas especializadas, onde os ourives pessoas que trabalhavam com ouro e prata, emitiam certificados de depósitos dos metais. Ao adquirir bens e serviços, as pessoas podiam então fazer os pagamentos com esses certificados, já que, por serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o montante correspondente de metal junto ao ourives. 42

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