Relatório de Investimento

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1 3 o trimestre 2011 Relatório de Investimento Número 1 Outubro º trimestre

2 Presidente Luciano Coutinho Vice-presidente João Carlos Ferraz Áreas responsáveis pela preparação deste relatório: Área de Mercado de Capitais (AMC) Área de Operações Indiretas (AOI) Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico (APE) Área de Planejamento (AP) Área Financeira (AF) Área Internacional (AINT) Assessoria da Vice-presidência

3 3 o trimestre 2011 Relatório de Investimento

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5 SUMÁRIO RESUMO EXECUTIVO...7 Capítulo I - Condicionantes do investimento (ambiente econômico, doméstico e mundial) PANORAMA DA ECONOMIA INTERNACIONAL ECONOMIA BRASILEIRA Produção industrial Utilização da capacidade instalada...26 Capítulo II - Evolução recente e perspectivas para o investimento PERSPECTIVA PARA O INVESTIMENTO NO CURTO PRAZO O consumo aparente de bens de capital Indicadores da construção civil Emprego Crédito imobiliário Produção de insumos típicos para a construção civil Resultados da Sondagem Conjuntural de Investimento: perspectivas para TENDÊNCIAS DE LONGO PRAZO DO INVESTIMENTO Perspectivas do investimento BNDES Projeções para a taxa de investimento...42 O investimento e o balanço de pagamentos ESTRUTURA E CUSTO DO INVESTIMENTO...46 Composição do investimento em máquinas e equipamentos...46 Investimentos financiados por setor...48 Equipamentos financiados...49 Ramos de atividade e equipamentos adquiridos a produção de bens de capital e os financiamentos do BNDES O custo do investimento Preços relativos a produtividade da mão de obra O preço das importações de bens de capital...61 O investimento e a tributação do crescimento...63.

6 2.4 DESTAQUE DO TRIMESTRE: O INVESTIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS determinantes do investimento Principais determinantes do investimento...66 Perspectivas do investimento...67 Capítulo III - O financiamento do investimento AS FONTES DE FINANCIAMENTO DO INVESTIMENTO na INDÚSTRIA E NA INFRAESTRUTURA EVOLUÇÃO RECENTE E CONJUNTURA DO MERCADO de RECURSOS DE LONGO PRAZO...74 O mercado doméstico de títulos de renda fixa...74 Evolução do mercado de capitais no primeiro trimestre de Contribuições do BNDES para o mercado de capitais no primeiro trimestre O mercado externo O PAPEL DO BNDES NO FINANCIAMENTO DA FBCF...81 Capítulo IV - As políticas para o investimento e o desenvolvimento O PLANO BRASIL MAIOR E O INVESTIMENTO...86 as dimensões do plano...86 Objetivos estratégicos e metas...87 as medidas de lançamento e seu impacto sobre o investimento...88 a agenda à frente O PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO...89 Investimentos...89 a carteira do PAC no BNDES...89 financiamentos do BNDES O PROGRAMA DE SUSTENTAÇÃO DO INVESTIMENTO...97 Perspectivas análise do impacto dos financiamentos sobre a geração de emprego e renda...99

7 resumo EXECUTIVO O ambiente econômico internacional sofreu acentuada deterioração nos últimos meses. A economia americana vem crescendo bem menos do que se imaginava até recentemente, enquanto a europeia encontra-se estagnada e mergulhada em profunda crise fiscal com desdobramentos ainda imprevisíveis. A China, que pode fazer a diferença em termos de crescimento do PIB e do comércio mundial, também dá sinais de desaceleração, conforme mostrado no Panorama da economia internacional (Seção 1.1). Tais fatos puseram por terra a visão de que a economia mundial encontrava-se em pleno processo de recuperação, apenas temporariamente afetado pelos choques do primeiro semestre de (terremoto no Japão e alta dos preços do petróleo associada aos conflitos no mundo árabe). Recentemente, firmou-se a expectativa de que o baixo crescimento da economia mundial deverá perdurar por alguns anos, tendo aumentado o risco de um double dip. Em comparação com as incertezas que dominam o cenário internacional, o ambiente macroeconômico brasileiro parece razoavelmente estável, o que contribui para mitigar os efeitos negativos dos fatores externos sobre as decisões domésticas de investimento. A economia vem desacelerando, mas de forma lenta e gradual, compatível com a manutenção de uma taxa de desemprego ainda bastante baixa e com uma previsão de crescimento entre 3.,5.% e 4% um ritmo bastante satisfatório, dado o contexto internacional. No segundo trimestre de 20.11, o PIB cresceu 0.,8% (equivalente a 3.,2% em termos anualizados) em relação ao período imediatamente anterior. O PIB continuou sendo puxado pela absorção doméstica, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo, que cresceu 1,7%. Com esse resultado, a taxa de investimento (FBCF/PIB) alcançou 18,9% no segundo trimestre de 20.11, a preços constantes de Decompondo-se o crescimento pela ótica da oferta, constata-se a manutenção de um quadro em que a expansão é liderada pelos serviços, com taxa de crescimento de 0.,8% (o que, dado o peso elevado do setor, explica cerca de 70.% do crescimento da economia no trimestre). A indústria de transformação, por outro lado, segue relativamente estagnada, com crescimento nulo em relação ao trimestre anterior e de 1,2% em relação a igual trimestre de A lenta desaceleração do consumo doméstico e a piora nas expectativas de retomada da atividade externa não contribuem para a reversão desse quadro no futuro próximo. Além disso, o uso de capacidade instalada inferior ao usual e o forte movimento de acumulação de estoques sugerem que, coeteris paribus, a atividade fabril seguirá 3º trimestre

8 desaquecida na segunda metade de 20.11, com possíveis efeitos negativos no que se refere a novos investimentos no setor. Esse quadro, combinado às incertezas no plano internacional, pode ser visto como um pano de fundo para as medidas recentes na área macroeconômica e de política industrial. Estimativas apresentadas na Seção 2.1 deste relatório, sobre o consumo aparente de bens de capital, sugerem estar havendo, de fato, uma desaceleração progressiva do investimento. No ano passado, o crescimento do consumo aparente foi de 25.,7%, tendo baixado para 8,5.% no acumulado dos sete primeiros meses de Nas comparações interanuais, para períodos mais curtos e recentes, a expansão baixou para 7,7% no segundo trimestre de (e para 7,5.%, nos três meses encerrados em julho). Note-se ainda que a desaceleração é mais intensa no caso dos chamados bens de capital sem rodas, cujo consumo aparente cresceu apenas 4,3.% no acumulado dos sete primeiros meses do ano, contra 14,2% para equipamentos de transportes. Com o objetivo de obter uma visão mais completa do comportamento recente do investimento em bens de capital, por setores e produtos, a Seção 2.3. explora os dados relativos às aprovações de financiamentos pelo BNDES Finame. Os resultados do primeiro semestre deste ano devem, contudo, ser interpretados com cautela, dada a elevada base de comparação, resultante da forte expansão das concessões no contexto do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) em Com efeito, depois de atingirem um pico próximo a R$ 21 bilhões no segundo trimestre de , as aprovações do BNDES Finame ficaram oscilando em torno de um patamar trimestral pouco superior a R$ 15. bilhões, até o período janeiro-março de 20.11, e depois declinaram para R$ 12,3. bilhões, no segundo trimestre do ano. Apesar da queda, continua sendo um nível muito elevado, quando comparado ao período da crise (e mesmo com o pré-crise). Mesmo que as informações para o total dos empréstimos do BNDES Finame no primeiro semestre de estejam comprometidas pela forte base de comparação, elas oferecem um insight importante sobre a composição do investimento e, em particular, sobre quem está contribuindo mais para as variações das aquisições de máquinas e equipamentos, por tipo. Assim, no primeiro semestre de 20.11, os setores de infraestrutura e indústria foram responsáveis por 85.% da queda nos financiamentos. A retração nas compras financiadas de ônibus e caminhões pelo primeiro deles respondeu por 42,8 pontos percentuais da retração total. De todo modo, o resultado esperado para o ano ainda é bastante razoável, dado o contexto internacional. A esse propósito, a Sondagem Conjuntural realizada pela AOI/BNDES, com fabricantes de bens de capital que receberam até outubro de cerca de 75.% dos financiamentos do BNDES Finame, revela uma expectativa de aumento de vendas de 8,8% em (Seção 2.1). 8 Relatório de Investimento

9 No que se refere ao outro componente de peso da Formação Bruta de Capital Fixo a construção civil, os resultados recentes são ambíguos. Enquanto os dados de crédito e de emprego indicam a continuidade de uma expansão vigorosa, as estatísticas relativas à produção de materiais de construção apontam para uma perda de dinamismo, como mostrado na Seção 2.2 deste relatório. Contudo, há razões para supor que o investimento em construção civil não sofrerá desaceleração importante no segundo semestre e nos próximos anos. Não só o setor tende a ser menos afetado pelas restrições ao crédito adotadas pelo governo, como também é menos sensível à crise externa (pelo menos no que se refere a seus efeitos diretos). Além disso, há um componente importante de demanda autônoma (relativamente à renda e aos ciclos conjunturais), derivado dos programas habitacionais do governo (Minha Casa, Minha Vida) e de investimentos em infraestrutura, sobretudo aqueles vinculados aos jogos de e 20.16, capaz de garantir um bom desempenho do setor. De acordo com uma perspectiva de médio prazo e com base no levantamento feito pela Área de Pesquisa do BNDES para o período (vide Seção 2.2), projeta-se um crescimento de 10.,2% ao ano do volume de investimentos nos setores abrangidos na pesquisa. A liderança fica claramente com o setor de petróleo e gás, cujos investimentos, previstos em R$ 3.78 bilhões no período, têm crescimento médio anual de 13.% e explicam quase 3.0.% do crescimento do investimento total. Os gastos de inversão em edificações devem crescer 11,5.% ao ano, seguidos pelos de infraestrutura, com 9% ao ano. Nos demais setores industriais, que não petróleo e gás, a perspectiva é de um crescimento médio anual de 5.,3.%. A importância do setor de petróleo e gás para a economia doméstica e seu peso crescente no investimento são tratados na Seção 2.4 ( Destaque setorial ). Lá se mostra que, por meio do incentivo representado pela elevação dos preços ao longo da última década, bem como pelas mudanças institucionais que ampliaram a competitividade, a Formação Bruta de Capital Fixo do setor representou, isoladamente, a maior contribuição para o investimento total na economia brasileira. De fato, os gastos com ampliação da capacidade produtiva em petróleo e gás, que representavam cerca de 6% da Formação Bruta de Capital Fixo da economia no início da década passada, devem chegar a 14% do total em Neste ano, estima-se um volume de investimento em petróleo e gás da ordem de R$ bilhões. Confirmando-se as perspectivas acima, a taxa de investimento da economia brasileira, a preços de , subirá dos 18,7% alcançados no ano passado para 22,9% em Essa alta, de pouco mais de 4,2 pontos percentuais do PIB, coloca no centro da agenda do desenvolvimento a questão do financiamento da Formação Bruta de Capital Fixo. 3º trimestre

10 De uma perspectiva macroeconômica, o desafio maior é elevar a taxa de poupança doméstica, já que, mantida a taxa atual, o aumento acima do investimento teria de ser financiado por poupança externa, levando o déficit em transações correntes para mais de 6% do PIB. No curto prazo, a redução relativa dos preços dos bens de investimento está produzindo uma redução da taxa de investimento a preços correntes quando comparada à taxa medida a preços do ano passado. Contudo, a médio prazo, na medida em que não seja mais possível contar com o benefício da queda dos preços relativos dos bens de investimento, serão necessárias políticas voltadas para a elevação da taxa de poupança doméstica (casadas com as medidas já em curso para aumentar a competitividade externa da economia), para evitar um aumento excessivo do déficit em transações correntes. No que se refere aos instrumentos requeridos para viabilizar a canalização da poupança para o investimento, vêm sendo realizadas inúmeras iniciativas, que devem ser calibradas em função das mudanças na conjuntura externa e do mercado de capitais doméstico. Concretamente, em , ano seguinte ao agravamento da crise internacional, os recursos provenientes de fontes privadas externas e, sobretudo, do mercado de capitais encolheram-se substancialmente, sendo em grande medida substituídos pela expansão dos financiamentos do BNDES, que chegaram a alcançar 43.% desse conjunto. Avançando no tempo para os 12 meses encerrados em julho de 20.11, verifica-se que o BNDES voltou para um patamar praticamente igual ao observado anteriormente à crise, enquanto os recursos externos passaram a ter participação muito expressiva, próxima à observada em (Seção 3..1). A redução do peso do BNDES no total do financiamento foi, contudo, explicada mais pelo aumento do financiamento de outras fontes do que pela queda do financiamento do BNDES. Note-se que a participação dos financiamentos do BNDES na Formação Bruta de Capital Fixo, depois de subir a 24,5.% no auge da crise, em , baixou para 20.,3.% no segundo trimestre de 20.11, o que é ainda um nível muito superior ao do pré-crise (vide Seção 3..4). No que se refere especificamente ao financiamento do investimento da indústria e da infraestrutura, o agravamento da crise internacional levou a participação do BNDES a elevar-se a 5.2,5.% do total (considerando-se as fontes externas e internas às empresas). Em , contudo, a participação havia baixado a 27,6%, nível praticamente igual ao de (Seção 3..2). O conjunto de informações ora exposto deixa claro o efeito anticíclico dos financiamentos do BNDES avançando no período de crise e cedendo participação ao setor privado quando este volta a expandir o crédito. Esta recomposição da par- 10 Relatório de Investimento

11 ticipação privada no funding de longo prazo, já nítida em , prosseguiu no primeiro semestre deste ano, apesar de o mercado acionário ter sofrido instabilidade, por conta da crise internacional. Ainda assim, foram captados R$ 14,4 bilhões até julho, por meio de emissões primárias de ações. No mercado local de debêntures, as emissões foram de R$ 3.6 bilhões, montante 14% superior ao verificado no semestre anterior (R$ 3.1,5. bilhões). Por fim, no mercado externo, os emissores brasileiros captaram, via oferta de títulos, US$ 26,7 bilhões no primeiro semestre, contra US$ 3.8,6 bilhões em todo o ano passado. No fim de março, o governo anunciou a elevação da cobrança de 0.,3.8% para 6% de IOF sobre os empréstimos de bancos e empresas no exterior com prazo inferior a dias. Esse prazo foi estendido para 720. dias, no início de abril. Deve-se destacar, no entanto, que a maior parte das captações externas tem prazo mais elevado do que esse. Além dos desafios associados ao financiamento de um nível crescente de investimento, há que garantir um conjunto de outras condições para viabilizar a sua expansão. No que se refere às políticas governamentais voltadas para estimular o investimento e o crescimento (examinadas no Capítulo 4), o destaque recente foi o lançamento do Plano Brasil Maior. Dentre o amplo conjunto de medidas do plano, duas contribuem de forma mais significativa para o objetivo de ampliar o investimento fixo (meta 1 do PBM): a extensão por mais 12 meses da redução do IPI sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves; e a redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PIS-Pasep/Cofins sobre bens de capital. 3º trimestre

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13 Capítulo I Condicionantes do investimento (ambiente econômico, doméstico e mundial)

14 1.1 PANORAMA DA ECONOMIA INTERNACIONAL A conjuntura econômica internacional mudou abruptamente nos últimos meses. Caiu por terra a percepção de que fatores transitórios estiveram por trás da desaceleração mundial observada ao longo do primeiro semestre de como alta das commodities agrícolas, alta dos preços do petróleo em função da crise política no Oriente Médio, terremoto no Japão, crise das dívidas soberanas na Zona do Euro e debt ceiling nos Estados Unidos. O estopim dessa nova fase de agravamento da crise foi a divulgação dos dados revisados sobre o desempenho da economia americana, os quais mostraram não apenas que a recessão de / foi muito mais profunda do que inicialmente imaginado, mas também que a recuperação tem sido muito mais lenta. No segundo trimestre de 20.11, o PIB norte-americano ainda não havia retornado ao nível do início de (Gráfico 1). Gráfico 1: Evolução da trajetória do PIB americano (1T/ = 10.0.) , , ,0 82,3 80 1T T T T T T T T T T T T T T 2011 PIB primeira divulgação PIB última revisão Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de BEA. Além dessa revisão de dados, houve o rebaixamento de rating pela agência de classificação de risco Standard & Poor s da dívida pública do país, o que acarretou incerteza e volatilidade nos mercados internacionais. A acirrada disputa política nos Estados Unidos em torno da elevação do teto da dívida pública gerou um acordo, no 14 Relatório de Investimento

15 qual se estima que a contribuição da política fiscal para o desempenho da economia será negativa já a partir de (Tabela 1). 1 Tabela 1: Impactos da política fiscal americana no PIB em 20.12* REDUÇÃO DE GASTOS (us$ BI) EM % DO pib IMPACTO NO PIB (EM P.P.) Modificações no déficit (40.0.) (2,6) (1,7) Cíclicas (5.0.) (0.,3.) 0. Estruturais (3.5.0.) (2,3.) (1,7) Tributos sobre folha (110.) (0.,7) (0.,5.) Seguro desemprego (5.0.) (0.,3.) (0.,3.) Transferência estados e municípios (5.0.) (0.,3.) (0.,2) Infraestrutura (75.) (0.,5.) (0.,5.) Outros incentivos (25.) (0.,2) 0. Acordo Fiscal de ago/11 (40.) (0.,3.) (0.,3.) Fontes: White House e JP Morgan. * É importante mencionar que esses valores e seus impactos na economia dependem também da eventual aprovação pelo Senado e pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos do Plano de Emprego anunciado em 8 de setembro de 2011 pelo presidente Barack Obama. Caso o plano seja implementado de maneira integral, a economia americana receberia um estímulo adicional de cerca de US$ 450 bilhões. Adicionalmente aos problemas norte-americanos, não se pode desprezar o efeito contágio da crise fiscal europeia para Itália e Espanha. Os spreads de risco dos títulos de 10. anos desses dois países elevaram-se de maneira significativa em meados de agosto, o que, combinado à desaceleração da atividade econômica da região no segundo trimestre de 20.11, levou a uma forte deterioração das expectativas em escala global. O fato relevante é que ainda há, três anos após o colapso do Lehman Brothers, fatores estruturais que impõem uma recuperação frágil às economias desenvolvidas. Nos Estados Unidos, por exemplo, as duas rodadas de quantitative easing não foram suficientes para destravar o crédito às famílias, as quais continuam, lentamente, em seu processo de desalavancagem. Além disso, o setor imobiliário não deu ainda sinais de recuperação. Os preços dos imóveis ainda estão em queda, e suas perspectivas em um horizonte de curto e médio prazo não são animadoras, haja vista o patamar recorde do estoque de residências vazias. Por fim, o desemprego ainda se mantém elevado, acima dos 9,0.%. Na Zona do Euro, embora o European Financial Stability Facility (EFSF) tenha aumentado sua dotação de recursos, permitindo até mesmo intervenções nos mercados secundários de dívida soberana, o problema fundamental da falta de convergência 1 Recentemente, o executivo federal americano enviou ao Congresso uma proposta de renovação de incentivos e extensão de gastos no valor de US$ 447 bilhões. Até o fechamento desta edição, a proposta estava sendo negociada. 3º trimestre

16 de preços e custos ainda limita a recuperação da atividade econômica da região. No longo prazo, reformas estruturais e ganhos de produtividade na periferia europeia, que permitam reduções de preços e salários em um sistema cambial de taxas nominais fixas, tornam-se fundamentais para a retomada do crescimento em um contexto de consolidação fiscal. No entanto, a curto prazo, os efeitos dessas políticas de viés deflacionista são nocivos ao nível de atividade. Nem mesmo a volta das intervenções do Banco Central Europeu (ECB) nos mercados secundários de dívida soberana em meados de agosto resolve de forma permanente os problemas de liquidez da região (Gráfico 2). Simplesmente aliviam, por ora, as necessidades de financiamento existentes, não garantindo a sustentabilidade da trajetória do endividamento publico desses países no médio e longo prazo. Gráfico 2: Intervenções do Banco Central europeu no mercado de dívidas soberanas , , , ,6 0,5 0,9 1,4 3,8 6,5 2,6 1,1 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de Bloomberg. O agravamento da crise, por conseguinte, já vem impactando o nível de atividade da Zona do Euro. O Gráfico 3. mostra a evolução do PMI Industrial (Purchase Manufacturing Index) 2 da região e de suas principais economias. Desde abril de 20.11, há uma desaceleração sincronizada na Zona do Euro. 2 O PMI é um índice de difusão mensal em que valores acima de 50 representam expansão da atividade manufatureira, enquanto valores inferiores a 50 representam contração da atividade manufatureira. Valores iguais a 50 traduzem estabilidade. 16 Relatório de Investimento

17 Gráfico 3.: Evolução do PMI industrial da Zona do Euro Expansão 58, ,9 49,049,1 47,0 40 Contração abr/07 jun/07 ago/07 out/07 dez/07 fev/08 abr/08 jun/08 ago/08 out/08 dez/08 fev/09 abr/09 jun/09 ago/09 out/09 dez/09 fev/10 abr/10 jun/10 ago/10 out/10 dez/10 fev/11 abr/11 jun/11 ago/11 Euro Alemanha França Itália Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de Bloomberg. Difusão mensal, 50 = nenhuma mudança mensal. Com esse quadro mais pessimista nos países desenvolvidos, as atenções mundiais voltam-se para a dinâmica do nível de atividade na China, que será determinante para o desempenho da economia global. A economia chinesa vem enfrentando fortes pressões inflacionárias desde meados de , advindas sobretudo dos preços dos gêneros alimentícios. Como boa parte da renda disponível das famílias chinesas destina-se à compra de alimentos, o governo vem implementando um duro ciclo de aperto monetário, elevando tanto as taxas básicas de juros quanto a alíquota de recolhimento compulsório dos bancos. Além disso, várias medidas administrativas foram tomadas para conter a alta dos preços dos alimentos. Os indicadores mais recentes de atividade da China mostram que o ciclo de aperto monetário em curso já está produzindo os efeitos desejados. Em agosto, a inflação acumulada em 12 meses recuou para 6,2%, em comparação com 6,5.% no mês anterior. O Gráfico 4 mostra não apenas a correlação entre a produção industrial e o PMI, como também a desaceleração na produção (e nas vendas) de veículos e de aço. Além disso, simultaneamente, é possível verificar a desaceleração das importações de minério de ferro e seu elevado volume de estoques acumulados ao longo do ano de (Gráfico 5.). Em suma, são sinais inequívocos de que há uma desaceleração em curso. 3º trimestre

18 Gráfico 4: Indicadores de atividade na China a. PMI e crescimento da produção industrial (var. % mês contra mesmo mês do ano anterior) 53,1 19,2 56,6 55, ,9 Prod. industrial 12,6 PMI 13,3 14,0 38,8 5,4 mar/06 jun/06 set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 Prod. industrial PMI b. Crescimento da produção e das vendas de veículos (var. % mês contra mesmo mês do ano anterior) % ,1% 49,1% 2,2% jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 Prod. veículos Vendas de veículos c. Crescimento da produção de aço (var. % acumulada em 12 m) % ,9% 24,2% 8,5% 5,2% dez/04 mar/05 jun/05 set/05 dez/05 mar/06 jun/06 set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 Prod. de aço bruto Finish steel Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de Bloomberg. 18 Relatório de Investimento

19 Gráfico 5.: Importações e estoques de minério de ferro da China a. Taxa de crescimento das importações de minério de ferro da China (var. % dados acumulados em 12 m) 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0-10,0 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 b. Estoque de minério de ferro na China (em dez mil toneladas) jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09 jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de Bloomberg. Portanto, os indicadores dos três principais polos de crescimento da economia mundial estão mostrando uma tendência clara de desaceleração do nível de atividade, o que eleva até a probabilidade da ocorrência de um double dip. Nesse sentido, é importante monitorar de forma permanente os possíveis impactos desse cenário na economia global. O Gráfico 6 mostra que um dos canais de transmissão mais claros e relevantes tende a ocorrer por meio da retração do comércio internacional. Ao longo das últimas décadas, a elasticidade do comércio internacional em relação ao nível de atividade global elevou-se de forma considerável. Isso se justifica pelo processo de especialização vertical do comércio internacional, elevando a integração das cadeias de suprimento em escala global. Pela primeira vez ao longo dos últimos dois anos, o mês de maio de registrou taxas de crescimento negativas para a produção industrial mundial e para o comércio internacional. 3º trimestre

20 Gráfico 6: Taxa de crescimento da produção industrial mundial e do comércio internacional (variação percentual da média móvel trimestral anualizada, com ajuste sazonal) Prod. industrial mundial Comércio internacional jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10 abr/1 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0-10,0-20,0-30,0-40,0-50,0-60,0 Produção industrial mundial Comércio internacional Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de CBP World Trade Monitor. 1.2 ECONOMIA BRASILEIRA Em consonância com o cenário internacional, o PIB brasileiro fechou o segundo trimestre de com crescimento de 0.,8% frente ao primeiro trimestre, livre dos fatores sazonais. Esse resultado, em linha com as expectativas de mercado, mostrou que a economia brasileira desacelerou na passagem do primeiro trimestre (alta de 1,2%) para o segundo trimestre de Pelo lado da oferta, destaque para a manutenção do dinamismo no setor de serviços, que apresentou expansão de 0.,8%. Já na indústria, pode-se notar um claro processo de desaceleração na trajetória de crescimento. Enquanto no primeiro trimestre de a indústria cresceu 2,3.%, no segundo trimestre, sua taxa de expansão foi bem mais modesta, atingindo 0.,2%. Na agropecuária, houve retração de 0.,1% no segundo trimestre de Pela ótica da demanda, a absorção doméstica continua a liderar o processo de crescimento da economia. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 1,7% no segundo trimestre de 20.11, uma aceleração frente à taxa (revisada) de 1,0.% do primeiro trimestre. Com esse resultado, a taxa de investimento (FBCF/PIB) alcançou 18,9% no segundo trimestre de 20.11, a preços constantes de O consumo das famílias também acelerou, saindo de um crescimento de 0.,7%, no primeiro trimestre de 20.11, para atingir 1,0.%, no segundo trimestre. 20 Relatório de Investimento

21 Outro fator a chamar atenção foi o comportamento das exportações e das importações. Enquanto no primeiro trimestre de ambos apresentaram retração (exportações de 3.,1% e importações de 1,4%), no segundo trimestre esse resultado foi revertido. As importações avançaram de maneira significativa, atingindo 6,1%, enquanto as exportações cresceram 2,3.%. Tabela 2: Variação do PIB e de seus componentes 2T/20.11/1T/20.11 (COM AJUSTE SAZONAL) 2T/20.11/2T/ ACUM. ULT. 4T PIB 0.,8 3.,1 4,7 Demanda Consumo das famílias 1,0. 5.,5. 6,2 Consumo do governo 1,2 2,5. 2,4 FBCF 1,7 5.,9 11,0. Exportações 2,3. 6,0. 8,8 Importações 6,1 14,6 23.,2 Oferta Agropecuária (0.,1) 0.,1 2,6 Indústria 0.,2 1,7 4,4 Serviços 0.,8 3.,5. 4,2 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados do IBGE. Gráfico 7: Contribuição dos componentes da demanda e da oferta ao crescimento do PIB (variação percentual do trimestre contra trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal) a. Decomposição do resultado do PIB trimestral pela ótica da demanda (em p.p.) b. Decomposição do resultado do PIB trimestral pela ótica da oferta (em p.p.) 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0-0,5-1,0-1,5 2,1 0,6 0,7 1,3 0,0-0,5 1,8 0,5 0,4 0,7 1,2 0,8 0,8 0,5 0,0 0,1 0,0 0,6 0,1 0,3 0,3 1,4 0,2 0,3 1,0 0,2 0,7 0,4 0,6-0,5-0,4 0,0-0,2-0,7-0,5-0,8 1T/2010 2T/2010 3T/2010 4T/2010 1T/2011 2T/2011 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0-0,5 2,1 1,8 0,5 0,2 1,2 0,8 0,4 0,7 0,7 0,1 0,4 0,4 0,2 0,7 0,5 0,5 0,6 0,5 0,1 0,2-0,1 0,0 0,1-0,2 0,8 0,2 0,5 0,1 1T/2010 2T/2010 3T/2010 4T/2010 1T/2011 2T/2011 Impostos líquidos sobre produtos Serviços total Variação de estoque Exportações líquidas Indústria total Agropecuária total Formação Bruta de Capital Fixo Despesa de consumo da administração pública Despesa de consumo das famílias Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados do IBGE. 3º trimestre

22 Em termos de contribuição para o crescimento do PIB, o Gráfico 7 mostra que, pelo lado da demanda, o consumo das famílias teve a maior participação, com 0.,6 p.p. O forte aquecimento no mercado de trabalho, com a taxa de desemprego em patamares mínimos, vem proporcionando uma expansão robusta da massa salarial real, impulsionando os dispêndios com consumo. Aliado a esse fato, a continuidade do crescimento das operações de crédito a pessoas físicas (mesmo com a adoção de medidas macroprudenciais pelo Banco Central) e os elevados níveis de confiança dos consumidores também contribuem para o comportamento expansionista do consumo das famílias. Já a FBCF, que teve seu melhor desempenho desde o terceiro trimestre de , contribuiu com 0.,3. p.p. para o crescimento do PIB, mesmo resultado apresentado pelo consumo do governo. A variação de estoques, ao contrário do primeiro trimestre de 20.11, teve uma contribuição modesta, de apenas 0.,1 p.p. No entanto, os indicadores mais recentes mostram que o setor industrial elevou de forma significativa seus estoques não planejados a partir de junho. Em função da defasagem de captura desses efeitos por parte das contas nacionais, é possível que a variação de estoques contribua de forma positiva para o resultado do PIB no terceiro trimestre de Já as exportações líquidas, mantendo o padrão dos últimos trimestres, contribuíram negativamente com 0.,5. p.p. para o resultado do PIB. Esse fato é explicado tanto pelo diferencial de crescimento da economia brasileira frente a seus principais parceiros comerciais no mundo desenvolvido quanto pelo patamar apreciado da taxa de câmbio, levando as importações a se expandirem (em quantum) muito mais rápido que as exportações (6,1% contra 2,3.%). Vale observar que o desempenho das exportações líquidas das contas nacionais está medido em quantum. Nesse sentido, torna-se bem distinto do resultado da balança comercial, que é mensurado em valor. Nos últimos anos, o resultado da balança comercial brasileira tem sido beneficiado pela melhoria dos termos de troca (razão entre os preços de exportações e importações). No que tange à oferta, os serviços tiveram a maior contribuição para o resultado do PIB, atingindo 0.,5. p.p. O processo de crescimento da renda e do emprego, conjugado à melhoria no perfil da distribuição de renda, tende a continuar a impulsionar a demanda por serviços na economia brasileira. Já a indústria teve contribuição modesta de 0.,1 p.p. para o resultado do PIB. As perspectivas não são favoráveis para os próximos trimestres. No que se refere aos determinantes conjunturais, a elevação dos estoques industriais, associada ao elevado grau de ociosidade de diversos setores, tende a manter reduzido o dinamismo da indústria. Quanto aos determinantes estruturais, o crescimento brasileiro acima da economia mundial e o câmbio apreciado tendem a favorecer a continuidade da penetração de produtos importados. Completando os dados pelo lado da oferta, a agropecuária contribuiu com 0.,0. p.p. e os impostos sobre produtos, com 0.,2 p.p. 22 Relatório de Investimento

23 Produção industrial Após um início de ano forte, a produção industrial brasileira desacelerou no segundo trimestre de Houve recuo de 0.,8% frente ao primeiro trimestre deste ano, na série com ajuste sazonal, ante crescimento de 2,1% no trimestre anterior, na mesma base de comparação. Todas as categorias de uso registraram desaceleração, com destaque para a retração da produção de bens de consumo durável, de -6,0.%, revertendo o bom resultado do trimestre anterior (alta de 5.,5.%). Bens de consumo semi e não duráveis também apresentaram variação abaixo da média da indústria (-1,1%). Bens intermediários e bens de capital mantiveram taxas de variação acima da média, de 0.,2% e -0.,4%, respectivamente, muito embora refletindo o cenário de queda nas taxas de crescimento verificado para a atividade industrial como um todo (Gráfico 8). Gráfico 8: Produção industrial categorias de uso (variação percentual do trimestre contra trimestre anterior) -0,7% -0,8% -1,8% -0,4% -0,4% -0,1% -1,9% -0,6% -1,1% 0,1% 2,1% 0,5% 0,8% 0,2% 1,7% 0,1% 1,5% 4,9% 5,5% Indústria geral Bens de capital Bens intermediários Bens de consumo duráveis -6,0% Bens de consumo semi e não duráveis 3T/2010 4T/2010 1T/2011 2T/2011 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados do IBGE. Entre os 27 setores pesquisados pelo IBGE, 17 tiveram variação negativa no segundo trimestre de 20.11, ante 12 no primeiro trimestre. As taxas de variação dos setores são apresentadas no Gráfico 9. Destacam-se o pouco dinamismo dos setores de refino de petróleo e álcool e de veículos automotores nos dois primeiros trimestres do ano e a retração do setor têxtil de 6,4% no segundo trimestre de e de 2,7% no primeiro trimestre. Setores importantes na estrutura da indústria, como borracha e plástico, alimentos, máquinas e equipamentos e celulose e papel inverteram suas taxas de variação entre um trimestre e outro, contribuindo para a desaceleração. 3º trimestre

24 Gráfico 9: Produção industrial por setores da atividade (variação percentual do trimestre contra trimestre anterior) Fumo Mat. eletr., apar. e equip. de comunicações Diversos Minerais não metálicos Outros equipamentos de transporte Indústria extrativa Mobiliário Veículos automotores Outros produtos químicos Edição e impressão Refino de petróleo e álcool Metalurgia básica Equip.de instrum. médico-hospitalar Indústria geral Alimentos Borracha e plástico Vestuário e acessórios Máquinas e equipamentos Bebidas Celulose e papel Produtos de metal Calçados e artigos de couro Madeira Farmacêutica Perfumaria e produtos de limpeza Máq., apar. e materiais elétricos Têxtil Máq. escritório e equip. de informática -11,9-1,5-1,6-1,1-2,3-1,8-0,2-2,7-0,2-0,2-2,7-2,7 1T/ ,1 6,0 20,0 1,9 5,1 2,1 5,1 1,4 3,3 0,1 3,0 1,2 10,5 3,2 9,2 7,1-0,1-0,3-0,5-0,8-1,0-1,1-1,2-1,3-1,6-1,6-1,7-1,9-2,1-2,5-6,4-5,2-2,7-7,6 2T/ ,1 7,0 25,5 1,0 1,2 1,83,0 0,3 0,2 0,2 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados do IBGE. Gráfico 10.: Produção industrial categorias de uso (variação percentual do trimestre contra igual trimestre do ano anterior) -1,1% -0,1% 8,0% 3,3% 2,7% 0,7% 3,3% 7,1% 8,6% 8,7% 3,9% 1,8% 0,6% 2,4% 1,5% 5,1% 4,7% 1,6% 1,0% 21,3% Indústria geral Bens de capital Bens intermediários Bens de consumo duráveis 3T/2010 4T/2010 1T/2011 2T/2011 Bens de consumo semi e não duráveis Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados do IBGE. 24 Relatório de Investimento

25 A comparação interanual também mostra um movimento de acentuada desaceleração, como pode ser observado no Gráfico 10.. Houve aumento de 0.,7% na produção da indústria geral no segundo trimestre de 20.11, frente ao segundo trimestre de , ante aumento de 2,7% no trimestre anterior. Está em queda também a produção de bens de consumo duráveis (-1,1%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-0.,1%). No primeiro caso, chama a atenção a desaceleração frente ao avanço de 5.,1% no primeiro trimestre de O melhor resultado foi registrado na produção de bens de capital, com acréscimo de 3.,3.% ante o segundo trimestre de O comportamento da indústria no início do segundo semestre não aponta para uma tendência mais benigna na dinâmica da atividade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial aumentou 0.,5.% em julho de 20.11, em relação a junho desse mesmo ano, recuperando apenas em parte a redução de 1,2% ocorrida no mês anterior. O resultado mostra que 14 dos 27 setores industriais e três das quatro categorias de uso tiveram crescimento. Apenas a produção de bens intermediários recuou no mês, a segunda queda seguida nessa base de comparação (Tabela 3.). Tabela 3.: Produção industrial por categorias de uso (em %) jul. 11/jun. 11 (dessaz.) jul. 11/jul. 10. Acumulado em 12 meses Desde set. 0.8 Acumulado no ano Bens de capital 1,7 3.,8 8,3. (0.,3.) 5.,5. Bens intermediários (0.,7) (2,4) 2,6 (0.,1) 0.,6 Bens de consumo 3.,5. 0.,9 1,6 1,3. 0.,8 Duráveis 2,9 1,3. 1,8 0.,4 1,8 Semi e não duráveis 3.,8 0.,8 1,6 2,4 0.,5. Indústria geral 0.,5. (0.,3.) 2,9 (0.,4) 1,4 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados do IBGE. A produção industrial segue acomodada, oscilando ao redor do patamar alcançado no período imediatamente anterior à crise internacional, em setembro de , estando -0.,4 p.p. abaixo do patamar de setembro de No acumulado em 12 meses, a alta é de 2,9%, e, nos primeiros sete meses do ano, a alta é de 1,4%, como mostra a Tabela 3.. Nessa comparação, destaca-se a produção de bens de capital, com variação acumulada de 5.,5.%. O bom desempenho foi liderado pelos setores de BC equipamentos de transporte, com alta de 13.,3.%, e de BC para construção, com crescimento de 18%, como mostra o Gráfico 11. 3º trimestre

26 Gráfico 11: Produção industrial de bens de capital por segmento (variação percentual acumulada em até jun e jul ) Bens de capital de uso misto -2,5-1,4 Bens de capital para equipamentos de transporte 13,3 13,6 Bens de capital para o setor de energia elétrica -7,2-7,2 Bens de capital para construção Bens de capital para peças agrícolas 13,5 18,0 19,0 17,1 Bens de capital agrícolas Bens de capital para fins industriais -7,4-6,2 3,8 2,5 jul/11 jun/11 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados do IBGE. A lenta desaceleração do consumo doméstico e a piora nas expectativas de retomada da atividade externa, ampliada pela possibilidade de nova turbulência internacional, impõem viés de baixa à produção industrial interna. Além disso, o uso de capacidade instalada inferior ao usual e o forte movimento de acumulação de estoques (resultados que serão mostrados na próxima seção) denunciam o baixo dinamismo da produção manufatureira e traçam um cenário mais pessimista para o segundo semestre. Utilização da capacidade instalada Depois de atingir o seu nível mais alto desde setembro de em junho de (85.,5.%), o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), vem caindo gradualmente, seguindo o movimento da produção industrial, acomodada desde abril de O último dado disponível mostra que a indústria utilizou 83.,6% de sua capacidade instalada em agosto de 20.11, nível 1,3. p.p. inferior ao de agosto de (Gráfico 12). 26 Relatório de Investimento

27 Gráfico 12: Nível de utilização da capacidade instalada ,7 85,4 85,5 84,9 84,9 83,6 % ,2 77,9 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados da FGV. Os dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram quadro semelhante. Desde dezembro de , a indústria nacional vem utilizando nível de capacidade aquém do usual, como pode ser visto no Gráfico 13.. O indicador em patamar abaixo de 5.0. pontos indica que a indústria usa capacidade efetiva abaixo da usual. Na Tabela 4, pode-se observar que essa situação não é pontual e se reflete, basicamente, em todos os setores industriais. Gráfico 13.: Utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual (em pontos) acima Estagnação industrial 52 50,3 50, , , ,1 44 abaixo 45,2 44,7 42 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados da CNI. Obs: >50 = UCI acima da usual; <50 = UCI abaixo da usual. 3º trimestre

28 Tabela 4: Utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual por setores selecionados (em pontos) jul/10. A jul/11 B jul/10. A-5.0. jul/11 B-5.0. Madeira 43.,3. 3.6,5. (6,7) (13.,5.) Têxteis 45.,8 3.9,5. (4,2) (10.,5.) Calçados 48,8 40.,3. (1,2) (9,7) Plástico 43.,9 40.,9 (6,1) (9,1) Metalurgia básica 45.,9 41,7 (4,1) (8,3.) Borracha 40.,2 41,9 (9,8) (8,1) Papel e celulose 5.2,0. 42,1 2,0. (7,9) Produtos de metal 45.,9 42,2 (4,1) (7,8) Vestuário 49,6 42,3. (0.,4) (7,7) Móveis 44,3. 44,3. (5.,7) (5.,7) Indústria geral 49,1 45.,1 (0.,9) (4,9) Minerais não metálicos 5.0.,4 45.,3. 0.,4 (4,7) Química 5.0.,5. 47,6 0.,5. (2,4) Alimentos 5.0.,3. 47,7 0.,3. (2,3.) Maquina e materiais elétricos 5.1,0. 48,5. 1,0. (1,5.) Outros equipamentos de transporte 46,4 48,7 (3.,6) (1,3.) Máquinas e equipamentos 5.2,3. 48,8 2,3. (1,2) Refino de petróleo 5.5.,4 5.0.,0. 5.,4 0.,0. Veículos automotores 46,4 5.0.,0. (3.,6) 0.,0. Farmacêuticos 49,3. 5.1,9 (0.,7) 1,9 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados da CNI. Obs: >50 = UCI acima da usual; <50 = UCI abaixo da usual. Além dos dados de utilização de recursos instalados, que apontam para um cenário de subutilização da estrutura industrial, os dados referentes aos estoques também sugerem baixo dinamismo da atividade manufatureira. De acordo com a CNI, durante o ano de até o mês de julho, a indústria trabalhou com estoques efetivos superiores aos planejados, como mostra o Gráfico 14. As evidências de que os recursos industriais não estão sendo utilizados de forma plena indicam não apenas que a atividade fabril seguirá desaquecida na segunda metade de 20.11, mas também que novos investimentos em capacidade produtiva industrial podem ser adiados ou cancelados. 28 Relatório de Investimento

29 Gráfico 14: Nível de estoques industriais efetivo em relação ao planejado (em pontos) acima do planejado 53,9 53, ,4 50,9 51,8 51, abaixo do planejado 48,7 49,0 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 jul/10 ago/10 set/10 out/10 nov/10 dez/10 jan/11 fev/11 mar/11 abr/11 mai/11 jun/11 jul/11 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados da CNI. Obs: >50 = estoque acima do planejado; <50 = estoque abaixo do planejado. 3º trimestre

30 30 Relatório de Investimento

31 Capítulo II Evolução recente e perspectivas para o investimento 3º trimestre

32 2.1 PERSPECTIVA PARA O INVESTIMENTO NO CURTO PRAZO O consumo aparente de bens de capital O expressivo crescimento de 1,7% da produção industrial de bens de capital em julho, na margem e com ajuste sazonal, sinaliza uma recuperação desse segmento no início do terceiro trimestre de Apesar disso, a produção no mês foi apenas 4,8% superior à do mesmo período de A queda nos índices de volume, tanto exportado quanto importado, de bens de capital, na margem, resultou em uma expansão do consumo aparente de bens de capital de 4,1% em relação a junho de O resultado confirma a forte desaceleração do investimento verificada nos últimos trimestres. Na análise dos dados fechados para o segundo trimestre de 20.11, vis-à-vis o trimestre anterior, com ajuste sazonal, observa-se um crescimento de 0.,9% do consumo aparente de bens de capital. O resultado reflete basicamente a composição de uma queda na produção com expansão das importações de bens de capital. Embora tenham também se expandido, as exportações de bens de capital não foram suficientes para compensar o efeito das importações no resultado positivo do consumo aparente, em virtude de seu peso limitado. A Tabela 5. mostra os resultados do consumo aparente com a abertura por categoria de utilização. A despeito da volatilidade apresentada pela série, é possível observar, na comparação interanual (mês contra o mesmo mês do ano anterior), que houve substancial desaceleração no mês de julho, quando se registrou alta de 4%, bem inferior à expansão de 9,1% em junho e de 9,4% em maio. A queda de dinamismo em julho esteve associada, sobretudo, à redução no consumo aparente do segmento não transporte, que registrou -3.,4% de variação. O segmento de equipamento de transporte foi o responsável pelo resultado positivo, mantendo expansão interanual em patamar superior a 10.%. Entre as demais categorias, houve variações negativas, na mesma base de comparação, em equipamentos para a agricultura (peso pouco expressivo), com -15.,1%, e bens de capital para uso misto, com -10.,3.%. Esse último, por causa de seu elevado peso entre os bens classificados como não transporte, foi o principal responsável pelo fraco desempenho do mês. 32 Relatório de Investimento

33 Tabela 5.: Consumo aparente de bens de capital (evolução do índice) variação mês/mês do ano anterior % a.a. Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Var.% Acm. Ano Total 20,3 3,6 4,2 9,4 9,1 4,0 8,5 Transporte 3.1,3. 4,6 10.,9 15.,0. 15.,0. 13.,8 14,2 Não transporte 12,1 2,9 (1,0) 5,4 4,6 (3,4) 4,3 Industrial 9,2 8,2 14,8 26,5. 7,4 6,7 13.,0. Agrícola (1,1) 1,7 (8,8) 1,7 (15.,2) (15.,1) (7,0.) Construção 8,1 3.1,4 14,6 21,9 9,6 9,5. 16,5. Elétrico 22,8 11,9 (7,5.) (1,6) 20.,4 1,3. 5.,2 Misto 13.,8 (4,9) (8,5.) (5.,9) 1,6 (10.,3.) (1,0.) Variação trimestre/trimestre anterior com ajustes sazonal % a.t. 4T/ T/ T/20.11 Total 0,9 4,3 0,9 Máquinas e equipamentos 0.,2 3.,9 (1,4) Transporte 3.,9 4,6 2,7 Variação trimestre/trimestre do ano anterior % a.a. 4T/ T/ T/ T/ T/ T/ T/20.11 Total 2,4 26,0 36,2 33,8 10,0 12,0 7,7 Máquinas e equipamentos (0.,2) 29,2 3.5.,6 29,7 8,0. 9,0. 3.,1 Transporte 8,1 21,8 3.6,9 40.,1 12,7 15.,5. 13.,7 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de Secex, IBGE, FGV e Bacen. Os valores acumulados no ano registram crescimento de 8,5.% no consumo aparente em 20.11, quando comparados aos sete primeiros meses de O número indica uma expansão bastante razoável do principal item da Formação Bruta de Capital. Entretanto, deve-se observar que o desempenho reflete uma desaceleração substancial em comparação com os resultados de , quando o investimento se recuperava dos efeitos da crise do ano anterior. A expansão acumulada no ano é inferior à observada em (23.,0.%) e (22,2%), quando o investimento crescia a taxas ligeiramente superiores a 13.%. O resultado acumulado para este ano se aproxima do crescimento observado para o ano de , quando a Formação Bruta de Capital Fixo fechou com crescimento de 9,8%. Entretanto, em face da desaceleração observada nos últimos meses, é provável que o resultado fechado para se situe abaixo do patamar atual. Destaca-se ainda, na comparação do acumulado no ano, o resultado bastante positivo dos segmentos de bens para indústria (13.%) e para construção (16,5.%). Apesar da recente estagnação da produção industrial, o primeiro item encontra-se em linha com o aumento dos investimentos da indústria anunciados no passado e apurados 3º trimestre

34 pelo BNDES. 3. O segundo item encontra uma boa relação com o bom momento da construção civil, com investimentos ligados tanto à parte residencial quanto à infraestrutura, passando pelas edificações, ligados aos Jogos Olímpicos e à Copa do Mundo. Até meados de , a evolução do consumo aparente foi fortemente influenciada pelo aumento da produção doméstica. Mais recentemente, houve uma mudança nesse padrão. Desde setembro de , o avanço no consumo aparente de bens de capital tem sido fortemente influenciado por expansão nas importações superiores à produção doméstica. O Gráfico 15. mostra a contribuição da produção, da importação e da exportação para a expansão do consumo aparente a cada trimestre. No segundo trimestre de 20.11, o expressivo crescimento das exportações (23.,5.%, com ajuste sazonal, vis-à-vis o trimestre anterior) e o recuo na produção industrial de bens de capital (-0.,4%) compensaram parte substancial da contribuição positiva das importações para o crescimento do consumo aparente. As exportações contribuíram com -1,4 ponto percentual, a produção, com -0.,4 ponto percentual, e as importações, com 2,7 pontos percentuais. Gráfico 15.: Componentes do consumo aparente produção, importação e exportação de bens de capital 0,2 14,3% 0,15 0,1 0,05 0-0,05 6,7% 6,3% 5,6% 0,5% 2,1% 1,1% 2,1% 4,1% 3,0% 4,6% -1,1% 3,2% 4,7% -10,2% -1,1% -0,3% -2,6% 8,7% 6,4% 3,2% 3,8% 1,3% 2,3% 4,3% 11,6% 2,8% 0,9% 2,8% 0,9% 1,6% 0,9% 7,2% 3,6% 4,4% 4,0% 2,8% 4,3% 2,7% -0,5% 0,4% -0,4% -2,1% -1,6% -3,4% -2,3% -1,5% -1,4% -0,1-1,3% -16,6% Exportação -0,15-0,2-8,3% -2,4% Importação Produção Cons. aparente de BC -0,25-14,3% 1T/2008 2T/2008 3T/2008 4T/2008 1T/2009 2T/2009 3T/2009 4T/2009 1T/2010 2T/2010 3T/2010 4T/2010 1T/2011 2T/2011 Fonte: Elaboração BNDES, com base em dados de IBGE, Secex e Funcex. 3 Vide Visão do desenvolvimento 77 e Relatório de Investimento

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov. 4 SETOR EXTERNO As contas externas tiveram mais um ano de relativa tranquilidade em 2012. O déficit em conta corrente ficou em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando pequeno aumento em relação

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