RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE PROPRIEDADES TÉRMICAS DE PAREDES DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO
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1 UNIVERSADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Campus Universitário Trindade Florianópolis SC CEP Caixa Postal 476 Laboratório de Eficiência Energética em Edificações Telefones: (48) / 5185 / 2392 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE PROPRIEDADES TÉRMICAS DE PAREDES DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO EM BLOCOS DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADO Elaborado por: Dr. Deivis Luis Marinoski, Eng. Civil Para: CELUCON INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONCRETOS LTDA CNPJ nº / Rod. Genézio Mazon, Km 12, S/Nº - Bairro Estação Cocal Morro da Fumaça/SC CEP Florianópolis, novembro de 2015
2 2 de 8 1 INTRODUÇÃO Este documento apresenta os resultados de uma avaliação das propriedades térmicas (Resistência térmica, transmitância térmica, capacidade térmica) realizada para paredes de alvenaria de blocos de concreto celular autoclavado (vedação vertical). Os blocos considerados são fabricados pela empresa CELUCON INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONCRETOS LTDA, CNPJ nº / O método de cálculo é indicado no item 2. No item 3 é feita a descrição das amostras e valores das características físicas adotadas para os materiais. Os items 4 e 5 apresentam os resultados da avaliação. 2 MÉTODO Os resultados apresentados neste relatório foram obtidos com base nos procedimentos de cálculo, unidades de medida e simbologia estabelecida pela norma ABNT NBR (2005) e ABNT NBR (2013). A Tabela 1 apresenta a simbologia adotada. Tabela 1. Simbologia adotada Símbolo Grandeza Unidade RT Resistência Térmica (ambiente - ambiente) m 2.K/W U Transmitância Térmica W/m 2.K CT Capacidade Térmica kj/m 2.K ρ Densidade de Massa Aparente kg/m 3 λ Condutividade Térmica W/m.K c Calor Específico J/kg.K α Absortância a radiação solar adimensional 3 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES As características físicas dos materiais que compõem as paredes são listadas na Tabela 2. Já na Figura 1 são apresentadas algumas amostras de blocos de concreto celular autoclavado utilizados como componente das paredes avaliadas.
3 Laboratório de Eficiência Energética em Edificações 3 de 8 Tabela 2. Características físicas dos materiais Material Concreto celular autoclavado (bloco) Material Argamassa de cimento (emboço, reboco e assentamento) Densidade de Condutividad massa aparente e térmica (λ) (ρ) (kg/m³) # (W/m.K) ɫ 510 0,152 Densidade de Condutividad massa aparente e térmica (λ) (ρ) (kg/m³) * (W/m.K) * ,15 Calor específico (c) (J/kg.K) * 1,00 Calor específico (c) (J/kg.K) * 1,00 # Valor médio estimado com base na relação massa/volume obtida a partir de amostras fornecidas pelo fabricante. ɫ Valor fornecido pelo laudo de medição N 253/2015, data 30/10/2015, emitido pelo CB3E/UFSC. * Valores assumidos com base na Tabela B.3 da ABNT NBR (2005). Figura 1. Foto das amostras de blocos (espessura 100, 125 e 150 mm) 4 PROPRIEDADES TÉRMICAS A Tabela 3 apresenta as propriedades térmicas calculadas para 20 (vinte) configurações de parede. Em todos os casos a junta de assentamento (vertica e horizontal) entre os blocos é assumida com espessura de 1,0cm.
4 4 de 8 1 Tabela 3. Propriedades térmicas calculadas RT (m²k/w) U (W/m²K) CT (kj/m²k) (100x300x600) sem revestimento interno e externo 0,8164 1, argamassa comum (0,5cm) + (100x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (0,5cm) argamassa comum (1,0cm) + (100x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,0cm) argamassa comum (1,5cm) + (100x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (100x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (2,0cm) 0,8251 1, ,8339 1, ,8426 1, ,8513 1, (125x300x600) sem revestimento interno e externo 0,9651 1, argamassa comum (0,5cm) + (125x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (0,5cm) argamassa comum (1,0cm) + (125x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,0cm) argamassa comum (1,5cm) + (125x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (125x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (2,0cm) 0,9740 1, ,9828 1, ,9917 1, ,0006 1, (150x300x600) sem revestimento interno e externo 1,1091 0, argamassa comum (0,5cm) + (150x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (0,5cm) 1,1182 0,89 100
5 5 de argamassa comum (1,0cm) + (150x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,0cm) argamassa comum (1,5cm) + (150x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (150x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (2,0cm) RT (m²k/w) U (W/m²K) CT (kj/m²k) 1,1273 0, ,1364 0, ,1454 0, (200x300x600) sem revestimento interno e externo 1,3841 0, argamassa comum (0,5cm) + (200x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (0,5cm) argamassa comum (1,0cm) + (200x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,0cm) argamassa comum (1,5cm) + (200x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (200x300x600) + Revestimento interno em argamassa comum (2,0cm) 1,3938 0, ,4034 0, ,4131 0, ,4227 0, * Junta de assentamento (vertica e horizontal) com espessura de 1,0cm em todos os casos 5 ENQUADRAMENTO NO ZONEAMENTO BIOCLIMÁTICO BRASILEIRO A Tabela 4 apresenta a avaliação das paredes segundo os critérios mínimos da norma ABNT NBR (2013). As composições em destaque m a todos os critérios indicados.
6 6 de 8 Tabela 4. Avaliação de desempenho térmico segundo os critérios mínimos da ABNT NBR (2013) U (W/m²K) CT (kj/m²k) (100x300x600) sem revestimento interno e externo argamassa comum (0,5cm) + (100x300x600) + argamassa comum (0,5cm) argamassa comum (1,0cm) + (100x300x600) + argamassa comum (1,0cm) argamassa comum (1,5cm) + (100x300x600) + argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (100x300x600) + argamassa comum (2,0cm) (125x300x600) sem revestimento interno e externo argamassa comum (0,5cm) + (125x300x600) + argamassa comum (0,5cm) argamassa comum (1,0cm) + (125x300x600) + argamassa comum (1,0cm) Zona 1 e 2 Zonas 3 a 8 Zonas 3 a 8 Zonas 1 a 7 Zona 8 (U 2,5) (U 3,7 para α <0,6) (U 2,5 para α >0,6) 130 Sem requisito
7 7 de 8 U (W/m²K) CT (kj/m²k) argamassa comum (1,5cm) + (125x300x600) + argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (125x300x600) + argamassa comum (2,0cm) (150x300x600) sem revestimento interno e externo argamassa comum (0,5cm) + (150x300x600) + argamassa comum (0,5cm) argamassa comum (1,0cm) + (150x300x600) + argamassa comum (1,0cm) argamassa comum (1,5cm) + (150x300x600) + argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (150x300x600) + argamassa comum (2,0cm) (200x300x600) sem revestimento interno e externo Zona 1 e 2 Zonas 3 a 8 Zonas 3 a 8 Zonas 1 a 7 Zona 8 (U 2,5) (U 3,7 para α <0,6) (U 2,5 para α >0,6) 130 Sem requisito
8 8 de 8 U (W/m²K) CT (kj/m²k) Zona 1 e 2 Zonas 3 a 8 Zonas 3 a 8 Zonas 1 a 7 Zona 8 (U 2,5) (U 3,7 para α <0,6) (U 2,5 para α >0,6) 130 Sem requisito argamassa comum (0,5cm) + (200x300x600) + argamassa comum (0,5cm) argamassa comum (1,0cm) + (200x300x600) + argamassa comum (1,0cm) argamassa comum (1,5cm) + (200x300x600) + argamassa comum (1,5cm) argamassa comum (2,0cm) + (200x300x600) + argamassa comum (2,0cm) * Junta de assentamento (vertica e horizontal) com espessura de 1,0cm em todos os casos REFERÊNCIAS ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 15220: Desempenho térmico de edificações - Parte 1: Definições, Símbolos e Unidades. Rio de janeiro, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 15220: Desempenho térmico de edificações Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator de calor solar de elementos e componentes de edificações. Rio de janeiro, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 15220: Desempenho térmico de edificações - Parte 3: Zoneamento Bioclimático Brasileiro e Diretrizes Construtivas para Habitações Unifamiliares de Interesse Social. Rio de janeiro, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 15575: Edificações habitacionais Desempenho Parte 1: Requisitos Gerais. Rio de Janeiro, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). NBR 15575: Edificações habitacionais Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas SVVIE. Rio de Janeiro, Consultor técnico: Dr. Deivis L. Marinoski - Eng. Civil
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