BRASIL E A CRISE MUNDIAL
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- João Victor de Sousa Casqueira
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1 BRASIL E A CRISE MUNDIAL Ministro Guido Mantega Maio
2 Estamos no fim do começo ou no começo do fim? 2
3 Crise não acabou, mas talvez o pior já passou Estabilização dos bancos americanos, ações recentes do G20 e da administração Obama melhoram a confiança. Enxurada de dinheiro do FED e governos leva a sinais de melhoria nos fluxos financeiros. Crise financeira não acabou e os ativos tóxicos não foram absorvidos. Crédito continua escasso, mas está voltando lentamente. 3
4 Mas ainda com um longo caminho pela frente Profunda recessão mundial em 2009, com aumento do desemprego e queda profunda no comércio mundial. Valorização de ativos, menor volatilidade. Algumas economias retornarão ao crescimento no último trimestre de
5 10 8 Crescimento do PIB mundial Crise em V (Var.% anual) Economias emergentes e em desenvolvimento Economias Avançadas Fonte: FMI (WEO) Elaboração: MF/SPE
6 Impactos no Brasil Forte desaceleração no último trimestre de 20 e fraco desempenho no 1º Tr 09. A partir de março/09 a economia mostra os primeiros sinais de recuperação em 09. A política econômica está amenizando os impactos e ajudando a retomada. A crise pode ser mais curta no Brasil e coloca grandes oportunidades para alguns países. 6
7 130 Ministério da Fazenda BRASIL: CONTRAÇÃO NO 4 TRIMESTRE DE 20 E RECUPERAÇÃO NO 1 TRIMESTRE DE 2009: PRODUÇÃO INDUSTRIAL e VENDAS NO COMÉRCIO VAREJISTA Índice com ajuste sazonal (jan/20 = 100) PIM - indústria geral PMC - ampliada * 4T jan mar mai jul set nov jan mar mai jul set nov jan 09 mar 09 (*) inclui veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. Fonte: IBGE. Elaboração: MF/SPE
8 ENQUANTO AS PRINCIPAIS ECONOMIAS JÁ APRESENTAVAM RETRAÇÃO DESDE O INÍCIO DE 20, O BRASIL VINHA COM UM CRESCIMENTO VIGOROSO ATÉ O TERCEIRO TRIMESTRE DE 20 8 Fonte: JP Morgan GDW (April 9 th ) Elaboração: MF/SPE
9 Risco: Brasil x Emergentes O RISCO BRASIL VOLTOU A CAIR E APRESENTOU DESEMPENHO MELHOR QUE OS DEMAIS EMERGENTES, AMPLIANDO A DIFERENÇA PARA OS DEMAIS EMBI+ Brasil EMBI+ total dez 06 fev abr jun ago out dez fev abr jun ago out dez fev 09 abr 09 9 Fonte: JP Morgan Elaboração: MF/SPE 9
10 10
11 BRASIL É O SEXTO MAIOR PRODUTOR DE VEÍCULOS Japão China EUA Alemanha Coréia do Sul Brasil França Espanha
12 Acumulado Janeiro a Março País Variação % Estados Unidos * ,4% Japão ,7% Alemanha ,8% França ,7% Itália ,6% Espanha ,7% Argentina ,0% México ,9% Brasil ,1% 12 * Veículos leves Fontes: VDA, CCFA, Anfac, Anfia, Amia, Adefa, Ward s AutoInfoBank, Japan Automobile Dealers Association
13 13 Crise Financeira Mundial 13
14 Nível elevado de crescimento da massa salarial, favorecendo a manutenção do mercado de consumo 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1% Massa Salarial* Rendimento Médio Pessoas Ocupadas 7,7% 3,8% 3,1% 0% mar mai jul set nov jan mar mai jul set nov jan 09 mar */ Var.% acumulada em 12 meses. **/ Com base na renda do trabalho principal. Fonte: IBGE Elaboração: MF/SPE
15 APESAR DA CRISE, O BRASIL AINDA APRESENTARÁ BOM RESULTADO PRIMÁRIO SE COMPARADO A OUTROS PAÍSES COM DÉFICIT PRIMÁRIO (% do PIB) 4,5 4,0 3,5 4,04 3,39 3,50 3,44 3,30 3,30 3,30 3,0 2,5 2,50 2,0 1,5 1,0 0,5 15 0,0 Fonte: BCB (*) 2009(**) 2010(**) 2011(**) 2012(**) (*) Descontado o Fundo Soberano e Petrobras (**) Projeções Elaboração: MF/SPE
16 DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (% do PIB) ,4 46,1 43,9 39,1 39,4 36,9 34,0 31, (*) 2010(*) 2011 (*) 2012(*) 16 */ Projeções considerando retirada da Petrobrás do cálculo. Fonte: BCB Elaboração: MF/SPE
17 Melhor desempenho Fiscal (Países Selecionados *) ,0-7,2-6,1-5,6-5,4-4,6-4,3-4,2-3,9-3,6-3,5-3,3-3,2-3,1-2,9-2,4-2,1-0, , ,7 EUA Grã-Bretanha Arábia Sau. Índia Rússia Japão França Área Euro Itália Turquia Alemanha China Coréia Afr.Sul México Austrália Indonésia Canadá BRASIL ** Argentina 17 */ Projeções da Economist Intelligence Unit para **/ PLDO Fonte: The Economist (21/Mar/09). Elaboração: MF/SPE
18 18 Crise Financeira Mundial 18
19 Reservas Internacionais bilhões de dólares 19 */ Abril de 2009 Fonte: EIU Country Data Elaboração: MF/SPE.
20 20 20
21 21 21
22 22 Fonte: World Bank - WDI 20; except for Brazil* - data from BCB, Nov/20. Elaboração: Febraban
23 23
24 Política Macroeconômica Contracíclica 24
25 Brasil enfrenta a crise Nas crises anteriores, a fragilidade econômica leva a medidas econômicas pró-cíclicas que pioravam a situação geral do país: Aumento das taxas de juros (para impedir fuga de capitais); Dívida pública aumentava; Governo tinha de aumentar o superávit primário; Investimentos e gastos correntes eram cortados; PIB caía, desemprego e instabilidade econômica aumentavam. 25
26 Política Macroeconômica Anticíclica Política Monetária e Crédito Redução nas reservas compulsórias, cortes na taxa de juros básica e aumento na oferta de crédito dos bancos públicos. Política Fiscal Corte de impostos, programas sociais, investimento público e redução temporária no superávit primário. 26
27 Ações mais recentes do governo brasileiro 27
28 Cortes temporários nos impostos Automóveis e caminhões (IPI); Materiais de construção (IPI); Motocicletas (COFINS); Eletrodomésticos (IPI). 28
29 Aumento na renda disponível Redução nas alíquotas do Imposto de Renda: R$ 5 bilhões (0,16% do PIB) em Aumento no salário mínimo: R$ 21 bilhões (0,68% do PIB) em
30 Pronta resposta das vendas Material de construção : % em março sobre fevereiro. Linha branca: + 33% após o anúncio. Habitação: aumento na demanda acima das expectativas de mercado. 30
31 Assistência financeira Capital de giro para o setor agropecuário (R$ 10 bilhões). Antecipação de transferências para os Municípios (R$ 1 bilhão). Linha especial de crédito para investimentos de longo prazo nos Estados (R$ 4 bilhões). 31
32 32 PLANO HABITACIONAL R$ 60 bilhões (investmento total) R$ 28 bilhões (subsídios) 7,2 milhões (déficit habitacional) 3,5 milhões (empregos criados até 2012) 32
33 Mercado de crédito e financeiro Ajuste da poupança para facilitar a trajetória de queda da SELIC. Garantias de depósitos com FGC. Fundo Garantidor da Pequena e Média Empresa. Fundo Garantidor da Construção Naval (R$ 5 bi). Redução de 1.5% na taxa cobrada do Tesouro ao BNDES sobre o repasse de R$ 100 bi. 33
34 34 INVESTIMENTOS PETROBRAS NO 1T DE 2009 INVESTIMENTOS PETROBRAS - R$ MILHÕES ÁREA 1T 20 1T 2009 Var.% E&P ,3% ABASTECIMENTO ,0% GÁS&ENERGIA ,7% INTERNACIONAL (*) ,1% DISTRIBUIÇÃO ,3% CORPORATIVA/FINANCEIRA/SERVIÇOS ,2% TOTAL DO SISTEMA ,0% 34
35 Primeiras melhorias Preço crescente das commodities. Aumento nos níveis de crédito (ainda insuficiente) e queda nas taxas de juros (ainda altas). Volta da captação externa. Reversão do fluxo financeiro. Fortalecimento do mercado de capitais (Bolsa). 35
36 TAXA NOMINAL DE CÂMBIO (R$/US$) 2,6 2,50 2,4 2,2 2,0 1,8 2,14 2,10 1,6 1,4 1,57 mai 06 ago 06 nov 06 fev mai ago nov fev mai ago nov fev 09 mai 09(*) 36 */ Cotação do dia 13/Maio. Fonte: BCB Elaboração: MF/SPE
37 COMMODITIES CRB (índice: 1967=100) 500 CRB Spot Index jan 11 fev 11 mar 11 abr 11 mai 11 jun 11 jul 11 ago 11 set 11 out 11 nov 11 dez 11 jan fev mar abr mai Fonte: Reuters Elaboração: MF/SPE
38 TAXAS DE JUROS E SPREADS BANCÁRIOS %YY % 50 TAXAS DE JUROS (E) SPREADS (D) mar 05 jul 05 nov 05 mar 06 jul 06 nov 06 mar jul nov mar jul nov mar Fonte: BCB.Elaboração: MF/SPE
39 39 Ministério da Fazenda Performance: Bovespa & Dow Jones A PARTIR DE MARÇO A BOLSA BRASILEIRA APRESENTOU DESEMPENHO SUPERIOR AO ÍNDICE AMERICANO (mudança % comparada a 30/12/20 dados diários) 40% 30% Ibovespa DJIA 20% 10% 0% -10% -20% -30% Fonte: Reuters Elaboração: MF/SPE. 34,1% -2,2% 12/jan/09 17/jan/09 22/jan/09 27/jan/09 1/fev/09 6/fev/09 11/fev/09 16/fev/09 21/fev/09 26/fev/09 3/mar/09 8/mar/09 13/mar/09 18/mar/09 23/mar/09 28/mar/09 2/abr/09 7/abr/09 12/abr/09 17/abr/09 22/abr/09 27/abr/09 2/mai/09 7/mai/09 12/mai/09
40 mai 2,9-2,8 Ministério da Fazenda 4,7 MOVIMENTO DE CÂMBIO MENSAL* (US$ bilhões) 2,6-5,6-5,1 Saldo financeiro Saldo comercial jun jul ago 4,1 7,0 1,6 3,1-0,1 0,5 2,9 3,1 4,9-2,1-2,0-3,5-3,5-4,2-3,9-6,2-6,3 set out nov -10,3 dez jan 09 fev 09 mar 09 abr 09 mai 09 1,1 0,1 40 */ Dados até o dia /Maio/2009. Fonte: BCB.Elaboração: MF/SPE
41 Criação de empregos formais (CAGED) terceiro mês seguido de expansão após o agravamento da crise , abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan 09 fev 09 mar 09 abr 09
42 Crise como oportunidade Crise financeira pode acelerar mudanças na economia mundial. Nova dinâmica com nova correlação de forças. Enfraquecimento do dólar, euro, libra e yene. Fortalecimento do yuan, real, rupia e rublo. Países com melhor equilíbrio, mercado interno, reservas, recursos naturais. 42
43 43 43
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