6- A interioridade como imagem de Deus no homem.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "6- A interioridade como imagem de Deus no homem."

Transcrição

1 A interioridade como imagem de Deus no homem. Duas fontes bíblicas funcionam como exortações à reflexão de Agostinho sobre a Trindade. A primeira é a passagem do Gênesis: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança."(gn, 1,26). A outra é o dito paulino:"agora, vemos a Deus em espelho e em enigma, mas depois o veremos face a face."(1cor. 13,12) Esta última Agostinho relaciona à outra sentença do apóstolo que diz:"e nós todos que, com a face descoberta, contemplamos como em espelho a glória do Senhor, somos transformados nessa mesma imagem, de glória em glória, pela ação do Espírito do Senhor."(2Cor, 3,18) Por que Deus diz "façamos o homem à nossa imagem"? Um pouco mais à frente é dito: "E fez o homem à imagem de Deus."(Gn 1,26.27). Para Agostinho, Deus diz à nossa imagem para marcar que não somos imagem só do Pai, ou só do Filho ou só do Espírito Santo. Somos imagem da Trindade, mas essa mesma Trindade é apenas um só Deus, daí porque o Gênesis logo diz "e fez o homem à imagem de Deus". Mas o que significa dizer que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus? 6.1. Imagem e semelhança Devemos começar buscando entender o que seja a própria idéia de imagem e a de semelhança. Segundo Gilson (1943:275), toda a concepção do universo agostiniano repousa sobre a idéia de semelhança, já que todo mundo criado manifesta um elo fundamental de semelhança com seu criador. Ele nos mostra que, se para Agostinho, Deus é o ser por excelência, a suprema essência e a perfeita imutabilidade, todas as coisas existentes no mundo, criadas a partir do nada, revelarão seu ser em diferentes graus segundo sua maior ou menor participação no ser divino, de modo que "...todas as coisas são o que são por participação das idéias de Deus." Gilson aponta então que, para chegar ao cerne dessa relação entre as coisas criadas e Deus, por via da participação, é

2 121 necessário pensar a própria idéia de participação, para a qual a idéia de semelhança é fundamental, uma vez que participar do ser de Deus é, de alguma forma, imitar a Deus, o que quer dizer que "...todas as coisas são semelhantes a Deus." Mas se todas as coisas são o que são por serem semelhantes não só a Deus mas também entre si mesmas (como é o caso das coisas belas, que o são por participação da Beleza), "...deve haver uma Semelhança, por cuja participação todas as coisas semelhantes são semelhantes." (ibid. p.276) A idéia de Semelhança remonta à semelhança perfeita do Verbo:"...imitação perfeita do Pai, o Filho representa identicamente aquele que o engendra..." (ibid.) Quer dizer, o mundo de imagens em que vivemos existe não só por ser composto de imagens que representam as Idéias de Deus, mas também porque existe "...uma Imagem em si, uma Participação em si e por ela mesma perfeita, em virtude da qual tudo o que é pode participar de Deus e o imitar." (ibid.p. 277) Gilson pergunta: o que é uma imagem?. E responde: "...é essencialmente uma semelhança expressa". E alerta para não se confundir a imagem com a semelhança, da qual ela é somente uma espécie. Lembra também que se toda imagem é semelhança daquilo de que é imagem, contudo nem toda semelhança é imagem. Para que uma semelhança seja imagem, "...é necessário que ela [imagem] seja a semelhança de um ser engendrado segundo aquele que o engendra." Por isso se pode dizer que o Verbo é imagem de Deus, já que "...é o Pai que o engendra como a perfeita semelhança de si mesmo." (ibid.) Para ele, o universo agostiniano retira sua estrutura metafísica da participação dos seres na natureza divina, a qual está fundada em relações transcendentes das pessoas divinas entre si. (ibid. p.281) Isso significa dizer que todo o mundo criado só encontra sua razão de ser em Deus, seu criador. Mas significa também dizer que o mundo criado, as criaturas, podem, em maior ou menor grau, nos revelar Deus, ou seja, por meio das criaturas pode-se conhecer algo da essência divina. Para conhecer seu autor, devemos nos voltar à sua obra; é nela que está a chave para o conhecimento de Deus. Contudo, Deus é Trindade; desse modo, se se deve buscar a Deus no mundo criado ele deverá, na medida do possível, apresentar algumas trindades:"...se há vestígios de Deus na natureza, eles devem carregar o testemunho de sua trindade tanto quanto de sua unidade." (ibid.p.282)

3 122 Agostinho trabalha com a oposição imago Dei x vestigium Dei. De fato, em todas as coisas criadas Deus deixou sua marca, seu vestígio, e todas as coisas criadas são boas. 110 Mas a ordem sensível, incluindo nela o homem exterior, só pode manifestar os vestígios de Deus, já que no universo hierarquizado de Agostinho, ela está numa posição inferior. Somente na mente humana, parte mais nobre da alma, é que Deus imprimiu sua imagem:"...é necessário, porém, procurar na alma do homem, ou seja, em sua mente racional e inteligente, essa imagem do Criador, inserida imortalmente nesta nossa natureza imortal." (DT, XIV, 4,6; cf. XIV,8,11) Daí porque, se deseja penetrar no mistério da Trindade, o homem precisa se voltar para sua própria mente, para nela tentar encontrar trindades reveladoras do mistério trinitário. Toda a epistemologia teológica de Agostinho apresentará esse traço distintivo do percurso da interioridade, porque, como nos mostra Cary (1994:34)"...para ver com o que Deus se parece, nós precisamos olhar para a nossa própria alma." Ora, vimos que o homem exterior é o que se norteia pelos sentidos, enquanto o homem interior é o que procura fundar seus pensamentos e ações na inteligência e na contemplação das verdades eternas. Portanto, será somente o homem interior que poderá deter a imagem de Deus, uma vez que somente ele é capaz de se voltar a si mesmo, buscando conhecer a Deus, sendo que, para isso, passará antes pelo conhecimento de sua própria alma. Contudo, seguindo a explanação de Agostinho no DT, X,3,5, vemos que a busca do conhecimento da alma por si mesma baseia-se não num desconhecimento, mas num conhecimento já dado, pois a alma:...sabe o que seja conhecer e, amando o conhecer, deseja também conhecer-se. Como, porém, conhece o seu saber, se não se conhece a si mesma? Com efeito, sabe que conhece outras coisas, embora não se conheça a si mesma. Portanto, é em si que ela sabe o que seja conhecer. De que modo, porém, sabe o que seja conhecer, quem não se conhece? Pois não conhece outra alma capaz de conhecer, mas a si mesma. Por isso, ao se buscar para se conhecer já se conhece procurando-se para se conhecer. Logo, já se conhece. Assim, não pode ignorar-se totalmente a alma que, ao saber que se ignora a si mesma, já se conhece por si mesma. Se não soubesse que ignora a si mesma não se procuraria para se conhecer. Portanto, pelo fato de se procurar a si mesma fica provado que ela é mais conhecida a si mesma que 110 "Portanto, tudo o que existe é bom e possui alguma semelhança com o sumo Bem, embora de modo longínquo." De Trin. XI, 5, 8

4 123 ignorada. Conhece-se, pois, procurando-se, e ignora-se ao se procurar para se conhecer. Se a alma já se conhece, como entender a exortação do "Conhece-te a ti mesmo" (nosce te ipsum)? Agostinho não a vê como uma busca de conhecimento individual de cada alma por si mesma, mas sim a busca da purificação da alma com relação às coisas sensíveis, já que não se pode dizer que a alma não se conheça quando se busca; o que ela não conhece, ou parece não conhecer, é o conhecimento implícito que tem de si mesma, afastada que estava das coisas inteligíveis e ofuscada pelas coisas sensíveis. Quando ela se desapega dos objetos exteriores, e reconhece sua dependência para com Deus, é então que se dá o verdadeiro conhecimento de sua verdadeira natureza - a imagem divina. Por isso o "Conhece-te a ti mesmo"não comporta nada de individual, mas sim, ao contrário, é uma exortação a que alma encontre princípios universais:...por que então é dado um preceito à alma para que se conheça a si mesma? Conforme creio, é para se pensar em si mesma e viver de acordo com sua natureza, ou seja, para que se deixe governar por aquele a quem deve estar sujeita, e acima das coisas que deve dominar. Sob aquele por quem deve ser dirigida e sobre aquilo que ela deve dirigir. Muitas vezes, devido à concupiscência desregrada, a alma age como que esquecida de si mesma. (DT, X,5,7) Será portanto na busca e reconhecimento de sua dependência para com Deus, para com algo que lhe é infinitamente superior e, ao mesmo tempo, intensamente próximo, que a alma agostiniana poderá deixar manifestar sua natureza de imagem de Deus. E será o percurso da interioridade que lhe franqueará essa possibilidade, já que para conhecer a Deus é necessário, primeiramente, voltar-se para si mesma, para, em seu interior, encontrar não traços individuais mas sim os traços universais de sua natureza espiritual e inteligível concedidos por Deus. Porém, se Deus é um só, ele é também Trindade. O sentido profundo desse mistério é o tema de inquirição do De Trinitate. Mas como entender esse mistério? Ainda que dificilmente se possa nele penetrar e entender de modo pleno, pode-se, no entanto, tentar investigar no homem aquilo que se torne transparente à idéia da trindade. E é isso que Agostinho vai fazer, procurando

5 124 estabelecer analogias entre a natureza trinitária de Deus e a estrutura intelectual da alma. (Cary, 1994:33) Ora, se pudermos encontrar em nós trindades em uma mesma substância, tanto mais se revelará a possibilidade da compreensão dessa realidade quanto à Trindade divina, já que nada há em toda a criação que seja mais próxima de Deus do que a mente humana As trindades no homem: a acentuação do movimento de interioridade Agostinho parte, inicialmente, da constatação de que é na mente, a parte mais nobre da alma, que se pode estabelecer a concepção de "imagem de Deus." Certamente, como vimos, não será no homem exterior, mas no homem interior que essa imagem pode ser observada:..não que seja ele [o homem exterior] imagem de Deus ao mesmo título do que o homem interior. Mostra-nos isso, claramente, o texto onde o Apóstolo declara a renovação do homem interior no conhecimento de Deus, conforme a imagem daquele que o criou (Cl 3,10) E ainda em outro lugar onde ele diz: Embora em nós, o homem exterior vá caminhando para a sua ruína, o homem interior se renova de dia a dia (2Cor 4,16). (DT, XI,1,1) O objetivo de Agostinho será buscar trindades que, embora constando de três realidades, constituam apenas uma única substância. No livro IX, ele aponta para a primeira trindade na alma: a mente, o conhecimento de si mesmo e o amor (mens, notitia, amor). No livro X, ele chega a uma outra trindade: a memória, a inteligência e a vontade (memoria, intelligentia, voluntas). Mas preocupado em não se estar fazendo entender, resolve buscar, no livro XI, uma trindade nas coisas sensíveis, onde, talvez, seja mais acessível a apreensão da idéia de uma trindade numa unidade. Parte, então, para a investigação do sentido da visão. Muito embora encontre aí uma trindade, a saber, o objeto que é visto, a forma que esse objeto imprime no sentido, denominada visão, e a vontade ou atenção que os une, logo Agostinho percebe que não são da mesma 111 "Embora a alma humana não seja da mesma natureza que a de Deus, contudo a imagem dessa natureza _ a mais sublime que se possa pensar _, é preciso procurá-la e encontrá-la em nós, lá onde nossa natureza possui o que há de mais excelente." DT.. XIV, 8,11

6 125 substância essas três realidades consideradas 112 e propõe, então, uma segunda trindade exterior: a imagem do objeto que está na memória, a visão interna e a vontade que une as duas. Apesar de se dar toda dentro da alma, 113, esta é ainda uma trindade exterior porque teve sua origem em estímulos externos. 114 Somente no livro XIV, Agostinho volta à trindade memória, inteligência e vontade, aquela que ele julga melhor refletir a imagem trinitária divina no homem. Como nos diz a Ir. Nair de Assis:" O elemento que gera (gignem) é a memória; o que é gerado (genitum) é o pensamento inteligente (cogitatio). E a dileção é a vontade, o terceiro termo que une o primeiro ao segundo". 115 É nessa operação da mente, de se debruçar sobre si mesma, que se deve procurar a imagem de Deus no homem:...quando a alma se pensa, ela se dobra sobre si mesma, e então se produz uma trindade, na qual já se pode perceber o que seja o verbo. Este recebe sua forma no ato mesmo do pensamento. A vontade enlaça esse verbo à memória. E é aí que de preferência é preciso reconhecer a imagem que procuramos. (DT, XIV,10,13) Há uma correspondência entre a memória e a mente, a inteligência e o conhecimento implícito e a vontade e o amor. Uma se manifesta nas faculdades da mente _ memória, inteligência e vontade; a outra no movimento mesmo da alma em busca de seu conhecimento _ a mente, o conhecimento implícito e o amor. Se são tão afins, o que as diferencia é, sobretudo, o caráter virtual da trindade mente, conhecimento implícito e o amor, pois, como nos fala Agostinho, essa trindade se dá "...numa espécie de involução mútua" (ibid. IX,4,5), quer dizer, ela se dá sempre no esforço de"...se desenvolver (evolvi) no interior de sua própria substância". (Gilson, 1943:292) A mente fica sempre em estado de potencialidade, de uma realização cada vez maior, enquanto a Trindade divina já está totalmente em ato, perfeitamente atualizada. Por isso, no dizer de Gilson, a segunda tríade encontrada na alma _ memória, inteligência e 112 "Ora, não se dá apenas clara diferença exterior entre as três realidades mas também diversidade de natureza entre elas." DT. XI, 2,2 113 "Nesse caso ainda, isto é, nesta segunda tríade, realiza-se certa unidade de três realidades, mas que não são distintas entre si por diversidade de natureza, mas sim possuindo uma só e mesma substância, pois tudo isso se encontra no interior da alma e tudo é uma só e mesma alma." ibid. XI, 4,7 114 "Entretanto, descobriu-se que esta trindade diz respeito ainda ao homem exterior, porque teve sua origem nos objetos percebidos exteriormente."ibid XV,3,5 115 ibid. nota 19 do livro XV

7 126 vontade _ é mais evidente, talvez porque explicite faculdades existentes na mente, enquanto a primeira manifesta o modo como a alma opera em sua busca do conhecimento de si. Toda essa operação aponta para a maneira mesma como opera a mente divina, semelhantemente à operação da alma que se conhece, se pensa e se ama. A Ir. Nair de Assis explica:"...a operação da mente, voltando-se para si mesma, possui maior perfeição do que ao se voltar para o exterior. Isso porque o objeto contemplado não é estranho ao que contempla, e a ação não é interceptada por coisa alguma. [...] A vida divina é particularmente semelhante à atividade íntima da alma que se conhece, se pensa e se ama. [...] Definitivamente, os traços essenciais da imagem de Deus na alma se reduzem aos três termos seguintes: mens ou memoria, notitia ou intelligentia, amor ou voluntas." 116 Também é no livro XIV que surgirá a formulação da verdadeira imagem de Deus no homem _ a trindade da sabedoria. Não é uma nova trindade encontrada na alma humana, senão uma adequação das já encontradas à contemplação e amor de Deus. Quer dizer, o que possibilita a essas trindades tornarem-se efetivamente imagem de Deus é justamente o voltar-se para Ele. Diz-nos Agostinho:...Essa trindade da alma não é a imagem de Deus simplesmente pelo fato de: lembrar-se de si, entender-se e amar-se a si mesma, mas sim porque pode também recordar, entender e amar a seu Criador. Quando assim age, torna-se sábia. (DT, XIV, 12,15) É nessa trindade da sabedoria que se inscreve a imagem de Deus no homem. A alma onde se inscreve essa trindade, porém, não é divina, já que é enorme a distância que separa o Criador da criatura. Nesse sentido, não se pode esquecer que, na tradição platônica em que Agostinho está inserido, uma imagem é sempre menos do que aquilo de que ela é cópia; nesta tradição "...imagens são como sombras de coisas mais reais que elas mesmas." (Cary, 1994:229) No entanto, a alma é caracterizada como imagem de Deus justamente por ser "chamada a viver divinamente." 117 Este é um ponto importante da formulação de Agostinho a respeito de a alma poder ser imagem de Deus, 116 DT.. nota 27 do livro XIV 117 Ir. Nair de Assis, ibid. nota 50 do livro XIV

8 127 porque o que lhe é próprio não é o fato de ser divina, mas sim a possibilidade de se aproximar do divino, para conhecê-lo. Este aspecto permite entender sua concepção de que a alma, não divina, mas criada segundo à imagem de Deus, deverá contudo estar sempre buscando aprimorar-se de modo a tornar-se mais e mais próxima de Deus. É o que nos mostra todo o capítulo 2 do livro XV do De Trinitate a partir do preceito que diz:"alegre-se o coração dos que buscam o Senhor. Procurai a Deus e sede fortes, buscai sempre a sua face. "(SL 104,3.4) Agostinho se pergunta por que é que não é dito: alegre-se o coração dos que encontram, mas sim dos que buscam o Senhor. Com base neste salmo e em outras passagens escriturais é que ele formula sua dialética do espírito, em que a alma está em permanente movimento, sempre buscando um bem perene, porque, como ele mesmo diz:...se insiste na procura, se se percebe ser incompreensível o que se busca, senão porque não se há de desistir enquanto se avança na pesquisa do incompreensível, e que se aperfeiçoa cada vez mais, aquele que procurando tão inestimável bem sabe que se deve procurar é para encontrar, e que se encontrar é para procurar com mais ardor? Procura-se para que sua descoberta seja mais gratificante, e encontra-se para que sua procura seja feita com mais avidez. Busca-se para achar e acha-se para buscar. Este movimento do buscar e encontrar está na base da alma que deseja conhecer o que a signifique, o que a justifique. A alma, portanto, nesta vida, não descansa, o que só acontecerá "no sábado da vida eterna" (Conf. XIII,36, 51) Nesta vida, o máximo a que ela pode aspirar é a este aproximar-se de Deus por buscá-lo. Mas esta busca não é uma busca infrutífera, infeliz. É uma busca que se alimenta da fé. E cada pequeno encontro ocorrido, ao invés de saciar aquele que busca, aumenta ainda mais o desejo de buscar. Porque é a busca o que dá significado a ele, é a busca baseada em sua fé. Por isso Agostinho se refere ao Eclesiástico, 24,29: "Aqueles que me comem, terão mais fome; e os que me bebem, terão ainda mais sede." Também a imagem de Deus no homem não é dada de uma vez para sempre, mas necessitará do movimento de ascese, a fim de afastar os equívocos e a cegueira provocados pelo seu apego às coisas sensíveis:...é o que já dissemos ao tratar da natureza da alma humana: quando, toda inteira contempla a verdade, é imagem de Deus. Mas quando alguma parte dela é desviada e sua atenção se afasta para agir nas

9 128 coisas temporais, ainda que pela parte direcionada para a verdade, ela permaneça imagem de Deus, todavia pela parte que se ocupa na ação em coisas inferiores ela não é imagem de Deus. E quanto mais se elevar para as coisas eternas tanto mais vai se formando à imagem de Deus. (DT, XII, 7,10) Do que Agostinho está tratando quando diz que ao se elevar às coisas eternas a imagem de Deus vai se formando? 6.3. O Verbo interior e a restauração da natureza espiritual do homem Agostinho, ao se deter sobre o dogma da Trindade, e ao tentar levantar no homem imagens trinas semelhantes à Trindade divina, estaria postulando estar no homem interior a possibilidade de se ter resgatada a imagem e semelhança do homem a Deus, imagem e semelhança ainda que não completamente destruídas, porém abaladas pela queda. Na verdade, o que percebo é que o DT é também um esforço do filósofo no sentido de apontar para o interior do homem como o lugar capaz de se dar a restauração da natureza humana à imagem e semelhança de Deus. Quer dizer, é no interior, no percurso da interioridade, que podemos reencontrar Deus. Mas como encontrar a Deus, perfeição total, no imperfeito homem? Para isso, é necessário que, primeiro, pensemos sobre o fundamento de que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, de que já tratamos. Em seguida, teríamos de procurar, no homem, composições trinitárias que revelassem, ainda que imperfeitamente, a Trindade divina, o que também já foi visto. Resta agora verificar porque é que é no interior do homem e no percurso da interioridade que se pode restaurar a natureza espiritual do homem. Ora, vimos que é no homem interior, particularmente no que se volta à contemplação das coisas divinas, que se tem revelada a trindade da sabedoria. Contudo, pode-se dizer, de acordo com o pensamento "evolucionista" 118 de Agostinho, que esse homem interior vai se forjando à medida em que vai se despindo de seu apego às coisas sensíveis. Percebe-se em sua formulação uma

10 129 adequação entre a doutrina da iluminação que possibilita o conhecimento das verdades e seu programa de salvação, quer dizer, a iluminação, mais ligada às questões relativas ao conhecimento, corresponde, no plano ético, ao programa de salvação postulado por Agostinho. Este, por sua vez, funda-se sobre o percurso da interioridade, já que pressupõe um aprimoramento da alma, do homem interior, em seu processo de resgate de sua natureza espiritual. Quando de sua criação, o homem estava destinado à contemplação e fruição das verdades eternas. No entanto, com a queda, foi lançado à morte 119, porque "...o homem perdeu a justiça e a santidade da verdade. Eis porque a imagem tornou-se disforme e sem brilho. O homem recupera-a ao renovar-se e reformar-se." (DT, XIV, 16,22) A imagem de Deus no homem, com a queda, não foi completamente destruída, mas ficou deformada:..a Escritura não atribuiria a vacuidade à imagem de Deus, o fatigar -se em vão, se não a visse deformada. E contudo demonstra claramente que essa deformidade não é tão forte a ponto de fazer-se apagar-se a imagem de Deus... (DT, XIV, 4,6) Somente com a encarnação de Cristo é que se restabelece a possibilidade da restauração da imagem 120. Este é o acontecimento decisivo que permitirá a salvação e o resgate da morte. Mas se a imagem só poderá ser renovada e restaurada pela vinda do divino Mediador, há, porém, uma parcela de atuação deixada ao homem. Deus, por sua extrema bondade, mandou seu Filho para nos salvar, uma vez que a mente humana não pode reformar-se a si mesma 121 _ sem a ajuda de Deus, estaríamos destinados a continuar mortos. Contudo, o Apóstolo exorta-nos a nos transformar:"não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente."(rm,12,2), ao que Agostinho acrescenta:"...a fim de que aquela imagem comece a ser restaurada por quem a formou." (DT, XIV,16,22) Pela vinda do Mediador, então, a 118 Uso evolucionista aqui remetendo à idéia de progresso, que está na base do pensamento de Agostinho. 119 "Nenhum cristão duvida que nós morremos na alma e no corpo: na alma, pelo pecado, e no corpo, como pena do pecado", DT, IV, 3,5 120 "Segundo esta imagem do Filho, à qual nos conformamos no corpo pela imortalidade, é que fazemos também o que diz o mesmo Apóstolo [...] acreditemos com fé verdadeira e esperança certa e firme que, após termos sido mortais segundo Adão, seremos imortais segundo Cristo.Assim, desde agora, podemos levar a sua imagem não ainda em visão, mas na fé; ainda não em realidade, mas em esperança." ibid. XIV, 18, "Com efeito, ela [a imagem] não pode restaurar-se a si mesma, como pôde deformar-se a si mesma."ibid. XIV, 16,22

11 130 imagem pode se restaurar, o que se dará segundo dois movimentos:1) pela remissão dos pecados no batismo: "...por certo, esta renovação da alma não se realiza no momento preciso de sua conversão, do modo como se dá a remissão de todos os seus pecados, no momento exato do batismo, não ficando então nenhuma pequena falta sem ser remida." (DT, XIV,17,23); e 2) pelo progresso da alma em seu aprimoramento espiritual:"...o segundo grau será curar o próprio ferimento o que se faz lentamente, com o progresso realizado na renovação da imagem interior." (ibid.) É neste ponto, portanto, que se tem conferida ao homem uma parcela de responsabilidade quanto à sua salvação, o que quer dizer o mesmo que restaurar a sua primitiva natureza espiritual, porque a imagem de Deus no homem não é dada de uma vez para sempre, devendo ser restaurada permanentemente, pois, como nos diz Agostinho"...quanto mais se elevar para as coisas eternas tanto mais vai se formando à imagem de Deus." (DT, XII,7,10) A mesma gradação que se observou quanto à iluminação percebe-se aqui, no movimento de despojamento dos objetos exteriores e gradativo exercício de aprimoramento na contemplação. A imagem de Deus no homem, portanto, se já está potencialmente dada devido à criação da alma como criatura espiritual, necessitará, porém, ir se aprimorando nesta vida, de modo a que, no fim dos tempos, alcance o máximo de semelhança com Deus:...Logo aquele que dia a dia renova-se progredindo no conhecimento de Deus, na justiça e santidade da verdade, transfere seu amor do temporal para o eterno; do visível para o invisível; do carnal para o espiritual...[...] E quando no último dia de sua vida mortal, alguém já se encontrar nesse progresso e aproximação, conservando a fé no Mediador, essa pessoa será recebida pelos santos anjos para ser conduzida a Deus a quem adorou, para receber dele a perfeição. E será revestido de um corpo incorruptível no fim do mundo, corpo esse destinado não aos castigos, mas para a glória. Pois a semelhança de Deus será perfeita nessa imagem, quando a visão de Deus for perfeita. (DT, XIV, 17,23) Esta idéia de uma paulatina recomposição da imagem de Deus no homem é tratada por Agostinho, como nos mostra Capánaga.(1974:210), segundo a metáfora de que cada um é o escultor de sua alma, conforme já vimos na seção homem interior x homem exterior, onde também apontamos para a existência de todo um vocabulário remetendo às idéias de transformação, correção e renovação. Estas idéias fundam-se justamente sobre a noção de

12 131 "semelhança", pois "...a história do homem em sua criação, queda e redenção é um processo de similitude e dessimilitude, pois toda a glória do homem está em sua semelhança com Deus e toda sua ruína e decadência é perder-se em uma região de dessimilitude, de descrédito de seu ser original." (ibid. p. 208) Novamente, pode-se perceber como há uma interseção das teses matrizes do pensamento de Agostinho. Neste ponto, ressalta claramente toda sua concepção de um projeto de conhecimento da verdade, um progresso da alma do homem interior e um programa de salvação que caminham sempre juntos. Conhecer a verdade, para Agostinho, corresponde a buscar a salvação de sua alma. Uma coisa não existe sem a outra. E por isso, também na busca da imagem de Deus no homem, está-se transitando pela interioridade, já que 1) é somente no homem no interior que esta imagem poderá ser encontrada; 2) esta imagem vai se formando à medida que esse homem interior progride mais e mais na contemplação da sabedoria divina; e 3) a imagem de Deus no homem revela um princípio único e universal que o norteia, quer dizer, tornamo-nos mais imagem de Deus à medida que abandonamos justamente os apegos mais individuais, apegos que sempre se traduzem como adesão a objetos sensíveis. Como já procurei mostrar, a interioridade é um percurso que se volta para dentro para aí encontrar uma verdade transcendente, universal, única e igual para todos. Também o homem interior revelará tanto mais a imagem de Deus quanto mais se despir dos seus traços mais individuais. Só então se terá a sua restauração da natureza espiritual e ele poderá, então, reencontrar a Deus, pois como nos diz Agostinho, "...nós nos renovamos pela transformação espiritual, no interior de nossa mente, e é o homem novo o que se renova para o conhecimento de Deus segundo a imagem do Criador..." (DT, XII, 7,12) Mas, importante, todo esse percurso não existiria se não tivéssemos sido contemplados com a graça de Deus, porque,...cristo é formado no crente pela fé no homem interior, chamado à liberdade da graça. Cristo é formado nele que recebe a forma de Cristo, ele que adere a Ele pelo amor espiritual. Cujo fruto é imitá-lo para ser o que é Ele segundo seu beneplácito. 122 Então, é no homem interior que a graça atua, o que quer dizer que o percurso da interioridade necessita ser palmilhado pela graça de Deus, para que

13 132 seja fecundo.mas como funciona a graça no pensamento de Agostinho e qual seu papel no percurso da interioridade? 6.4. A graça e a interioridade Sem a graça de Cristo, nada seríamos, é o que diz o Evangelho de João:"Sem mim, nada podeis fazer."(jo, 15,5). Essa é a máxima que melhor traduz o sentimento e o pensamento de Agostinho a respeito da graça. Para o que quer que se faça e se obtenha, ela é condição imprescindível. A única coisa em que a graça não atua é quanto ao pecado. Por mais de 10 anos Agostinho lutou contra pelagianos e semipelagianos, com vistas a afirmar a precedência da graça sobre toda condição humana. O cerne de sua querela com Pelágio e Celéstio, seu seguidor, refere-se, sobretudo, à natureza humana e ao papel da encarnação de Cristo na salvação. Como nos mostra Capánaga (1974:101), "...o asceta bretão queria reduzir o cristianismo a um corpo de ensinamentos ou leis morais, propondo um ideal heróico de santidade, porém deixando Cristo na sombra, ou reduzindo-o também a um moralista exemplar que nos havia dado duas coisas: uma sã doutrina e exemplo. Mas esta era uma teologia deficiente que anulava a obra de Cristo como salvador dos homens." Se Pelágio defende a graça para o perdão dos pecados, ele, contudo, não a defende para se evitarem pecados futuros 123 e também não para a consecução das boas obras. 124 Ao contrário, para ele a vontade e o livrearbítrio são suficientes ao homem no sentido de buscar sua salvação. Para Agostinho, ao contrário, tudo de bom provém de Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Pela graça, Deus redime os pecados, ajuda para se evitarem os futuros 125 e concede as boas obras. A graça, portanto, seria um dom de Deus para ajudar 122 Epist. ad Gal. expos. 38:PL 35, 2132, citado por Capánaga, op. cit. p "Pelágio faz consistir esta misericórdia e esta ajuda medicinal do Salvador somente no perdão dos pecados cometidos e nega a necessidade da ajuda para se evitarem os futuros." Agostinho in A natureza e a graça, cap. XXXIV "Já teria escrito esse livro, onde defende claramente a doação da graça de Deus conforme nossos merecimentos...?" Agostinho, in A graça de Cristo e o pecado original, cap. XXII, `" Portanto Deus cura não somente apagando os pecados, mas também agindo para evitarmos o pecado."in A nat. e a graça, XXVI, 29

14 133 os pecadores no caminho da salvação. Sua própria conversão Agostinho experimenta como uma dádiva gratuita de Deus:...desde o princípio mesmo de minha fé, em que me renovaste, me ensinaste que eu não tinha méritos anteriores para dizer que fora um débito o que me deste [...] desde que me converti aprendi que não precederam nenhuns méritos, senão que tua graça me veio sem motivo para que me acordasse de tua justiça somente Daí porque ele tão veementemente defende a graça de Deus, pois experimentara em sua própria vida os erros e descaminhos, bem como o chamado de Deus, o qual, ele sabia, não tinha tido origem em quaisquer méritos seus. O pensamento de Agostinho sobre a graça funda-se então sobre a completa subordinação do homem a Deus, sem o qual o homem não é capaz não só de se livrar do pecado, como também de praticar as boas obras. Em sua base está o reconhecimento da encarnação de Cristo como fator decisivo para a salvação, porque, se o homem tivesse uma natureza forte o suficiente para não pecar, a encarnação teria sido em vão. Daí seus embates com Pelágio, que defende essa natureza humana forte, 127 enquanto para Agostinho é só na medida em que reconhece sua fraqueza que o homem pode buscar a salvação, já que "...se a força se aperfeiçoa na fraqueza, quem não se considera fraco, não se aperfeiçoa." (GC, XII,13) Ora, se é necessário o reconhecimento da fraqueza para se buscar ajuda para a salvação, deduz-se que o homem necessita buscar-se a si mesmo, para aí então chegar ao reconhecimento de sua dependência para com Deus. Este princípio está de acordo com o dito paulino:"...para que a grandeza dessas revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas ele me disse:"basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força."(2cor 12,7-9) Quer dizer, que o homem invoque a graça de Deus em sua fraqueza, e seu poder( de Deus) se manifestará. Sozinho, o homem nada pode. Mas ele precisa reconhecer sua fraqueza. E como reconhecerá sua fraqueza se não souber de si? 126 Enarrat. in ps. 70 sermão 2,2 (PL 36,892), citado por Capánaga, op. cit. p. 101

15 poço." 128 Capánaga (1974:11) arrola diversas maneiras e aspectos da graça em sua 134 É no viés dessa percepção do homem de si mesmo, em que necessita buscar-se para aí então constatar sua fraqueza que ele chegará à glória de poder ver, em toda sua grandeza, a graça de Deus em sua vida. Se assim é, se é a graça a condição imprescindível para tudo na vida do homem, à exceção do pecado, e, principalmente, para a salvação, vê-se como ela necessariamente está entretecida à interioridade, porque sem esse prévio reconhecimento de sua fraqueza, o qual está inserido num movimento de buscar-se e conhecer-se a si mesmo, não se chegará ao reconhecimento da dependência em relação à Deus. A graça é, portanto, um socorro interior para o pecador reconhecer seus pecados e a necessidade de sua absolvição. Quando está neste patamar de pedir perdão, ele já estará deixando penetrar em si a luz da graça:"...quando o homem diz "Eu sou um pecador" é porque entra alguma luz na profundidade do ação sobre os homens _ a graça como princípio de espiritualidade, como libertação, como ajuda, a graça deleitante, como divinizadora dos homens _ e aquela que nos interessa particularmente aqui, a graça como luz. Não que ele esteja falando de graças diferentes, mas das diferentes formas por meio das quais ela se manifesta. É a graça como luz que pode ser associada com a interioridade, já que "...um dos efeitos da graça é também a iluminação interior." Ora, esta graça é necessária para erradicar a ignorância, pois sem ela não o conseguiríamos. Devemos lembrar que Agostinho já nos dissera que é pelo Mestre interior que podemos chegar à verdade. Mas será possível chegar a este Mestre e à verdade sem a ajuda da graça? Positivamente não:...os mestres externos dão certas ajudas e admoestações. Ele que ensina nos corações tem sua cátedra no céu. Por isso disse no Evangelho: Mas não os deixeis chamar mestres, porque um é vosso Mestre, Cristo (Mt 23,8). Ele vos ensina dentro de vós; em vosso recolhimento...cristo esteja em teu coração [...] É, pois, o Mestre que ensina: Cristo é o que instrui, sua inspiração é a que dá sabedoria "Seu objetivo é anular a graça de Cristo ao proclamar a natureza como auto-suficiente para alcançar a justificação." in A natureza e a graça, L, Enarrat. in ps 46,13 (PL 38,437), citado por Capánaga op. cit. p In Epist. Io tr. 3,13 (PL 35,2004), citado por Capánaga p. 110

16 135 Vemos como se misturam os aspectos éticos e epistemológicos em Agostinho porque a graça, geralmente associada à cura da vontade com o fim de se chegar à salvação, pode também ser associada à luz da inteligência, sem a qual não conheceríamos a verdade. Sem ela, o percurso da interioridade, em que seremos ensinados pelo Mestre interior, não aconteceria. Isto pode explicar a afirmação de Capánaga (1974"215) de que na dialética da interioridade "...a mão de Deus anda secretamente." Quer dizer, é pela graça que somos conduzidos ao percurso da interioridade:...tarde te amei, ó beleza tão antiga e tào nova! Tarde demais eu te amei! Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora![...] Tu me chamaste e teu grito rompeu a minha surdez. Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira. (Conf. X,27) Foi o grito de Deus que acordou Agostinho, Deus que já estava dentro dele mas ele não via. Se Deus não o houvesse chamado como poderia vê-lo e como poderia reconhecer que Ele já lhe estava dentro? Outra interseção entre aspectos éticos e epistemológicos se pode observar a partir das colocações de Agostinho em EL, em que ele se refere à passagem de João que diz: "Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro e aquele que enviaste, Jesus Cristo"(Jo 17,3). A vida eterna, promessa da salvação, é definida como conhecimento de Deus. E esta promessa não aponta para bens terrenos e temporais, tal como no Antigo Testamento, mas sim, agora,...relaciona-se com o bem do coração, o bem da inteligência, o bem do Espírito, ou seja, o bem espiritual, conforme diz a profecia: Imprimirei a minha aliança nas suas entranhas e a escreverei no seu coração. Quis indicar com estas expressões que não haveriam de temer a lei que atemoriza externamente, mas haveriam de amar a lei que habita interiormente. (EL,XXI, 36,grifo do autor) Agostinho está aqui retomando a sentença de São Paulo, que formula a oposição entre a letra e o Espírito, entre a Lei e a graça (2Cor 3,6). Essa passagem de EL tem por objetivo tornar clara a novidade dos Evangelhos, novidade de que a graça é parte fundamental, já que é ela a manifestação do Espírito de Deus que derrama sobre seu povo a possibilidade da salvação. Enquanto no Antigo Testamento o homem estava sujeito à Lei, mas sem o

17 136 Espírito vivificador de Deus, no Novo Testamento a salvação é transferida da promessa da terra à casa de Israel, à promessa de salvação. Por isso a lei, antes escrita em tábuas de pedra, é agora escrita com o Espírito de Deus vivo nos corações. Está-se falando de um novo relacionamento do homem com Deus, em que não se espera mais a promessa de bens terrenos e temporais, submetida ao temor. Nesta nova Aliança, a circuncisão não se dá mais externamente, mas interiormente, no coração dos homens. O sinal do povo escolhido não será mais a mutilação da carne, mas, simbolicamente, a presença do Espírito no coração: "...No Sinai, o dedo de Deus agiu em tábuas de pedra; no Pentecostes, no coração das pessoas." (ibid.xvii,29) Agostinho opõe o temor à lei, ao amor e deleite da nova Lei:"...a Lei antiga foi escrita fora do homem, para atemorizá-lo exteriormente, e a nova foi gravada no próprio homem para justificá-lo interiomente." (ibid. XVII,30) É este o papel da graça na nova Aliança: é ela a dádiva de Deus que nos possibilita resgatarmos a salvação perdida pelo pecado, mas inscrevendo-se no coração dos homens, pois como diz Agostinho, "...em vão o operário multiplicará seus esforços exteriormente, se o Criador não operar secretamente, no interior." (CJ,18,22) Eis como opera a graça, internamente, nos corações do homem, pois é "...Deus quem opera em nós o querer e o agir." (GC, Livro I, 25,26) Finalmente, é importante mencionar a sentença que, segundo Kirwan, tanto escandalizou os pegalianos, quando leram nas Conf.: "...Concede-me o que ordenas e ordena-me o que quiseres." (Conf. X,29,40) Este é o sentido da humildade em Agostinho, o da entrega total àquele de quem recebeu o ser e a existência, e não uma subserviência medrosa. O maior inimigo desta humildade é a soberba, que Agostinho identifica como o maior de todos os males, pois ele sabe que se ela se estampa em nossos corações, não estaremos no caminho da ascese espiritual que a salvação demanda. Pos isso também a graça não é dada pelas boas obras, mas é gratuita 130, pela bondade de Deus; ela não premia as boas obras, antes ela restaura na natureza humana a possibilidade da salvação, perdida com a queda:"...a graça não foi negada pela natureza, mas sim a natureza foi restaurada pela graça." (EL, XXVII, 47) 130 "Mas esta graça,[...] não é dada em consideração aos merecimentos, mas gratuitamente..."in A nat. e a graça, IV, 4

18 137 Porém, vimos como é no homem interior, o homem que revela a trindade da sabedoria, que se operará a restauração da natureza espiritual do homem, pela inscrição da imagem de Deus. Vimos também que o percurso da interioridade é o que possibilita chegar-se não só à verdade de Deus como também à salvação. Contudo, todo esse percurso, todo esse processo de desenvolvimento espiritual se dá pela graça divina, pois o próprio chamamento de Deus ao homem, é já um sinal da operação da graça:"...com um aguilhão secreto provocavas em mim a inquietude, para que eu me mantivesse insatisfeito, até que te tornasses uma certeza ao meu olhar interior." (Conf. VII, 8,12) E se fomos criados com uma natureza capaz de buscar e conhecer a Deus não significa dizer que efetivamente se irá buscá-lo e conhecê-lo. E, do mesmo modo, se a interioridade é o percurso por meio do qual é possível chegar a esse conhecimento, isso não quer dizer que todos o percorram. É a graça, operando internamente em cada um, que possibilitará a busca desse caminho, uma busca possível devido a uma natureza já dada. Ou seja, o que possibilitará a salvação será menos a obediência e o apego a signos externos tais como boas obras ou mesmo, os sacramentos, mas a graça interior de Deus. Por isso Cary (1994:349) diz que "...a graça é o poder divino que cura nosso olho interior, de modo que se possa, novamente, ver, amar e desfrutar da Verdade que estava lá, dentro de nós, todo o tempo."

Todos Batizados em um Espírito

Todos Batizados em um Espírito 1 Todos Batizados em um Espírito Leandro Antonio de Lima Podemos ver os ensinos normativos a respeito do batismo com o Espírito Santo nos escritos do apóstolo Paulo, pois em muitas passagens ele trata

Leia mais

Predestinação. Aula 15/06/2014 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira

Predestinação. Aula 15/06/2014 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira Aula 15/06/2014 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira S S O homem é pecador Romanos 3:9-18 S Pecadores merecem a morte Genesis 2:17, Romanos 6:23 S Portanto, se é para Deus ser justo e dar somente o que

Leia mais

7 E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 8 Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e

7 E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 8 Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e I João 1 1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida 2 (pois a vida foi manifestada, e nós

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Lembrança da Primeira Comunhão

Lembrança da Primeira Comunhão Lembrança da Primeira Comunhão Jesus, dai-nos sempre deste pão Meu nome:... Catequista:... Recebi a Primeira Comunhão em:... de... de... Local:... Pelas mãos do padre... 1 Lembrança da Primeira Comunhão

Leia mais

LEIS DA JUSTIÇA, AMOR e CARIDADE 1. O obje6vo deste tema, será o de possibilitar o entendimento das leis de jus6ça, amor e caridade.

LEIS DA JUSTIÇA, AMOR e CARIDADE 1. O obje6vo deste tema, será o de possibilitar o entendimento das leis de jus6ça, amor e caridade. LEIS DA JUSTIÇA, AMOR e CARIDADE 1 O obje6vo deste tema, será o de possibilitar o entendimento das leis de jus6ça, amor e caridade. DIREITOS NATURAIS 2 Direitos Naturais: São os mesmos para todos os indivíduos,

Leia mais

O PAI É MAIOR DO QUE O FILHO

O PAI É MAIOR DO QUE O FILHO O PAI É MAIOR DO QUE O FILHO O PAI É MAIOR DO QUE O FILHO Vós ouviste o que vos disse: Vou e retorno a vós. Se me amásseis, ficaríeis alegres por eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que eu. João

Leia mais

DESENVOLVENDO MEMBROS MADUROS

DESENVOLVENDO MEMBROS MADUROS DESENVOLVENDO MEMBROS MADUROS Movendo Pessoas da Congregação para os Comprometidos para que não mais sejamos como meninos Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO. Romanos 15:13

A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO. Romanos 15:13 A ESPERANÇA QUE VEM DO ALTO Romanos 15:13 - Ora o Deus de esperança vos encha de toda a alegria e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. Só Deus pode nos dar uma

Leia mais

Jesus declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. (João 3:3).

Jesus declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. (João 3:3). Jesus declarou: Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo. (João 3:3). O capítulo três do Evangelho de João conta uma história muito interessante, dizendo que certa noite

Leia mais

Nem o Catecismo da Igreja Católica responde tal questão, pois não dá para definir o Absoluto em palavras.

Nem o Catecismo da Igreja Católica responde tal questão, pois não dá para definir o Absoluto em palavras. A pregação do Amor de Deus, por ser a primeira em um encontro querigmático, tem a finalidade de levar o participante ao conhecimento do Deus Trino, que por amor cria o mundo e os homens. Ao mesmo tempo,

Leia mais

igrejabatistaagape.org.br [1] Deus criou o ser humano para ter comunhão com Ele, mas ao criá-lo concedeu-lhe liberdade de escolha.

igrejabatistaagape.org.br [1] Deus criou o ser humano para ter comunhão com Ele, mas ao criá-lo concedeu-lhe liberdade de escolha. O Plano da Salvação Contribuição de Pr. Oswaldo F Gomes 11 de outubro de 2009 Como o pecado entrou no mundo e atingiu toda a raça humana? [1] Deus criou o ser humano para ter comunhão com Ele, mas ao criá-lo

Leia mais

Lição Um. Um Novo Princípio. O Poder Transformador de Cristo

Lição Um. Um Novo Princípio. O Poder Transformador de Cristo Livro 1 página 4 Lição Um Um Novo Princípio O Poder Transformador de Cristo Da Palavra de Deus: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo

Leia mais

Texto base Jo 8: 12 a 59

Texto base Jo 8: 12 a 59 Texto base Jo 8: 12 a 59 EU SOU Eternidade, Imutabilidade e Fidelidade pactual a. A busca equivocada Após a multiplicação dos pães e peixes, Jesus deixou a multidão (Jo 6: 1 a 15) A multidão resolveu procurá-lo

Leia mais

Jo 15.2 = Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

Jo 15.2 = Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. A Responsabilidade dos Filhos de Deus Texto Base: 1º João 2.6 = Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou. Introdução: O nosso dever é andar como Ele (Jesus) andou.. Todos que O aceitam

Leia mais

Terceira Aula Robert Rautmann A SANTÍSSIMA TRINDADE

Terceira Aula Robert Rautmann A SANTÍSSIMA TRINDADE Terceira Aula Robert Rautmann A SANTÍSSIMA TRINDADE Ícone da Santíssima Trindade Autor: Andrej Rublëv (aprox. 1441) A FÉ CATÓLICA É TRINITÁRIA O Mistério da Fé Trinitária é central na fé e na vida cristã;

Leia mais

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO CURSO A PRÁTICA DA FRATERNIDADE NOS CENTROS ESPÍRITAS A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO Vimos na videoaula anterior que nas diversas

Leia mais

Compartilhando a Sua Fé

Compartilhando a Sua Fé Livrinho 2 Pàgina 4 Lição Um Compartilhando a Sua Fé O Propósito desta Lição Agora que você descobriu a alegria de pecados perdoados e de uma nova vida em Cristo, sem dúvida quer que os seus familiares

Leia mais

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS 11. Já vimos que Jesus Cristo desceu do céu, habitou entre nós, sofreu, morreu, ressuscitou e foi para a presença de Deus. Leia João 17:13 e responda: Onde está Jesus Cristo agora? Lembremo-nos que: Jesus

Leia mais

Bíblia Sagrada N o v o T e s t a m e n t o P r i m e i r a E p í s t o l a d e S ã o J o ã o virtualbooks.com.br 1

Bíblia Sagrada N o v o T e s t a m e n t o P r i m e i r a E p í s t o l a d e S ã o J o ã o virtualbooks.com.br 1 Bíblia Sagrada Novo Testamento Primeira Epístola de São João virtualbooks.com.br 1 Capítulo 1 1 O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado

Leia mais

ASSEMBLEIA DO RENOVAMENTO CARISMÁTICO DA DIOCESE DO PORTO 21 de Abril de 2012

ASSEMBLEIA DO RENOVAMENTO CARISMÁTICO DA DIOCESE DO PORTO 21 de Abril de 2012 ASSEMBLEIA DO RENOVAMENTO CARISMÁTICO DA DIOCESE DO PORTO 21 de Abril de 2012 Mantendo-vos, portanto, firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade, vestindo a couraça da justiça e calçando os pés

Leia mais

O Espiritismo é a Luz do Cristo Jesus.

O Espiritismo é a Luz do Cristo Jesus. 2 1 O Espiritismo é a Luz do Cristo Jesus. Ele era manso como os cordeiros e a sua palavra tinha a doçura de uma brisa num dia quente. Nada queria dos humanos, tudo prometia e dava a humanidade. Sua palavra

Leia mais

KJV King James Bible Study Correspondence Course An Outreach of Highway Evangelistic Ministries 5311 Windridge lane ~ Lockhart, Florida 32810 ~ USA

KJV King James Bible Study Correspondence Course An Outreach of Highway Evangelistic Ministries 5311 Windridge lane ~ Lockhart, Florida 32810 ~ USA 1 Dois Pais Espirituais Lição 1 (volte para as páginas 4, 5 e 6) Durante a história, Deus tem dado todo individo uma chance para aceitar o seu eterno plano da salvação. É triste, muitas pessoas tem rejeitado

Leia mais

Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17

Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17 Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17 Paulo escreveu uma carta à Igreja de Roma, mas não foi ele o instrumento que Deus usou para fazer acontecer uma Agência do Reino de Deus

Leia mais

Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo

Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo 4ª Semana Você foi criado para tornar-se semelhante a Cristo I- CONECTAR: Inicie o encontro com dinâmicas que possam ajudar as pessoas a se conhecer e se descontrair para o tempo que terão juntas. Quando

Leia mais

Centralidade da obra de Jesus Cristo

Centralidade da obra de Jesus Cristo Centralidade da obra de Jesus Cristo MÓDULO 3 3ª AULA AULA 3 MÓDULO 3 SALVAÇÃO EM CRISTO Jesus no Centro Por que deve ficar claro isso? Dá para evangelizar sem falar de Jesus? É possível partir de outro

Leia mais

1ª Leitura - Gn 2,7-9; 3,1-7

1ª Leitura - Gn 2,7-9; 3,1-7 1ª Leitura - Gn 2,7-9; 3,1-7 Criação e pecado dos primeiros pais. Leitura do Livro do Gênesis 2,7-9; 3,1-7 7 O Senhor Deus formou o homem do pó da terra, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO Texto: Apocalipse 22:1-2 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da RUA principal da cidade. De

Leia mais

A Unidade de Deus. Jesus Cristo é o Único Deus. Pai Filho Espírito Santo. Quem é Jesus? Como os Apóstolos creram e ensinaram? O que a Bíblia diz?

A Unidade de Deus. Jesus Cristo é o Único Deus. Pai Filho Espírito Santo. Quem é Jesus? Como os Apóstolos creram e ensinaram? O que a Bíblia diz? A Unidade de Deus Quem é Jesus? Como os Apóstolos creram e ensinaram? O que a Bíblia diz? Vejamos a seguir alguns tópicos: Jesus Cristo é o Único Deus Pai Filho Espírito Santo ILUSTRAÇÃO Pai, Filho e Espírito

Leia mais

CRISTOLOGIA: DOUTRINA DE CRISTO

CRISTOLOGIA: DOUTRINA DE CRISTO CRISTOLOGIA: DOUTRINA DE CRISTO ETERNIDADE DEUS PAI LOGUS ESPIRITO SANTO A TRINDADE 1Jo.5.7 LOGUS QUER DIZER PALAVRA OU VERBO SE REFERE AO FILHO NA ETERNIDADE I - SUA PRÉ-EXISTÊNCIA 1 - SUA EXISTÊNCIA

Leia mais

UMA LISTA DOS NUNCA MAIS CONFESSAREI

UMA LISTA DOS NUNCA MAIS CONFESSAREI UMA LISTA DOS NUNCA MAIS CONFESSAREI Não há nada mais poderoso que uma decisão, pois esta te colocará em um mundo novo. (Lucas Márquez) VINTE CONFISSÕES NEGATIVAS QUE VOCÊ DEVE CANCELAR EM SUA VIDA 1)

Leia mais

A Liderança do Espírito

A Liderança do Espírito A Liderança do Espírito Autor : Andrew Murray Para muitos Cristãos a liderança do Espírito é considerada como uma sugestão de pensamentos para nossa orientação. Eles almejam e pedem por ela em vão. Quando

Leia mais

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5.

Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5. Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e Ele passou a ensiná-los dizendo... Mateus 5.1-2 E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha

Leia mais

QUEM ANUNCIA AS BOAS NOVAS COOPERA COM O CRESCIMENTO DA IGREJA. II Reunião Executiva 01 de Maio de 2015 São Luís - MA

QUEM ANUNCIA AS BOAS NOVAS COOPERA COM O CRESCIMENTO DA IGREJA. II Reunião Executiva 01 de Maio de 2015 São Luís - MA QUEM ANUNCIA AS BOAS NOVAS COOPERA COM O CRESCIMENTO DA IGREJA II Reunião Executiva 01 de Maio de 2015 São Luís - MA At 9.31 A igreja, na verdade, tinha paz por toda Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se

Leia mais

Como levar alguém a Jesus Cristo usando o Cubo Evangelístico (Use as setas do cubo para ajudá-lo a abrir as figuras)

Como levar alguém a Jesus Cristo usando o Cubo Evangelístico (Use as setas do cubo para ajudá-lo a abrir as figuras) Como levar alguém a Jesus Cristo usando o Cubo Evangelístico (Use as setas do cubo para ajudá-lo a abrir as figuras) Mostre o "Homem em Pecado" separado de Deus Esta luz (aponte para o lado direito) representa

Leia mais

Apostila de Fundamentos. Arrependimento. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados...

Apostila de Fundamentos. Arrependimento. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados... Apostila de Fundamentos Arrependimento Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados... (Atos 3:19) A r r e p e n d i m e n t o P á g i n a 2 Arrependimento É muito importante

Leia mais

Curso de Discipulado

Curso de Discipulado cidadevoadora.com INTRODUÇÃO 2 Este curso é formado por duas partes sendo as quatro primeiras baseadas no evangelho de João e as quatro últimas em toda a bíblia, com assuntos específicos e muito relevantes

Leia mais

A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ

A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ JESUS E TENTADO NO DESERTO Volume 4 Escola: Nome : Professor (a): Data : / / 11 7) PERGUNTAS: 1. Depois de ser batizado, onde Jesus foi guiado pelo espírito? 2. Quem

Leia mais

Crendo em Deus, Conhecendo-o de verdade. Aula 01/02/2015 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira

Crendo em Deus, Conhecendo-o de verdade. Aula 01/02/2015 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira Crendo em Deus, Conhecendo-o de verdade Aula 01/02/2015 Prof. Lucas Rogério Caetano Ferreira Crendo em Deus Pesquisa do IBGE (censo 2010) aponta que 92% dos brasileiros creem em Deus ou em um espírito

Leia mais

CATEQUESE 1 Estamos reunidos de novo. CATEQUESE 1 Estamos reunidos de novo

CATEQUESE 1 Estamos reunidos de novo. CATEQUESE 1 Estamos reunidos de novo CATEQUESE 1 Estamos reunidos de novo Tens uma tarefa importante para realizar: 1- Dirige-te a alguém da tua confiança. 2- Faz a pergunta: O que admiras mais em Jesus? 3- Regista a resposta nas linhas.

Leia mais

Lausperene. Senhor Jesus, Eu creio que estais presente no pão da Eucaristia. Senhor, eu creio em Vós.

Lausperene. Senhor Jesus, Eu creio que estais presente no pão da Eucaristia. Senhor, eu creio em Vós. Lausperene Cântico: Dá-nos um coração Refrão: Dá-nos um coração, grande para amar, Dá-nos um coração, forte para lutar. 1. Homens novos, criadores da história, construtores da nova humanidade; homens novos

Leia mais

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2.

TRADIÇÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. TRADIÇÃO JUAN AMBROSIO / PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO 2013 2014 1. TRADIÇÃO E TRADIÇÕES 2. A TRANSMISSÃO DO TESTEMUNHO APOSTÓLICO 3. TRADIÇÃO, A ESCRITURA NA IGREJA Revelação TRADIÇÃO Fé Teologia

Leia mais

A Palavra de Deus. - É na Palavra de Deus que o homem encontra o conhecimento a respeito da Vida, de onde viemos e onde vamos viver a eternidade.

A Palavra de Deus. - É na Palavra de Deus que o homem encontra o conhecimento a respeito da Vida, de onde viemos e onde vamos viver a eternidade. A Palavra de Deus 2 Timóteo 3:16-17 Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver. 17 E isso

Leia mais

Lição 01 O propósito eterno de Deus

Lição 01 O propósito eterno de Deus Lição 01 O propósito eterno de Deus LEITURA BÍBLICA Romanos 8:28,29 Gênesis 1:27,28 Efésios 1:4,5 e 11 VERDADE CENTRAL Deus tem um propósito original e eterno para minha vida! OBJETIVO DA LIÇÃO Que eu

Leia mais

A relação de amor entre Deus e a humanidade

A relação de amor entre Deus e a humanidade A relação de amor entre Deus e a humanidade A reflexão acerca do amor de Deus para com a humanidade é um grande desafio, pois falar do amor pressupõe a vivência do mesmo. Não basta falar do amor é preciso

Leia mais

Nesta nova série Os Discursos de Jesus vamos aprofundar as Palavras de Jesus :- seus discursos, suas pregações e sermões. Ele falou aos seus

Nesta nova série Os Discursos de Jesus vamos aprofundar as Palavras de Jesus :- seus discursos, suas pregações e sermões. Ele falou aos seus Nesta nova série Os Discursos de Jesus vamos aprofundar as Palavras de Jesus :- seus discursos, suas pregações e sermões. Ele falou aos seus apóstolos na intimidade, falou a um grupo maior que se aproximava

Leia mais

Cântico: Dá-nos um coração

Cântico: Dá-nos um coração Cântico: Dá-nos um coração Refrão: Dá-nos um coração, grande para amar, Dá-nos um coração, forte para lutar. 1. Homens novos, criadores da história, construtores da nova humanidade; homens novos que vivem

Leia mais

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural

CONHECIMENTO DA LEI NATURAL. Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural CONHECIMENTO DA LEI NATURAL Livro dos Espíritos Livro Terceiro As Leis Morais Cap. 1 A Lei Divina ou Natural O que é a Lei Natural? Conceito de Lei Natural A Lei Natural informa a doutrina espírita é a

Leia mais

Os salvos que já morreram ainda não se encontraram com o Senhor? (1Ts 4.13-18)

Os salvos que já morreram ainda não se encontraram com o Senhor? (1Ts 4.13-18) Os salvos que já morreram ainda não se encontraram com o Senhor? (1Ts 4.13-18) Compreendendo o destino humano 1 por Paulo Sérgio de Araújo Conforme a antropologia bíblica, a natureza humana consiste de

Leia mais

ESCOLA BÍBLICA I. E. S.O.S JESUS

ESCOLA BÍBLICA I. E. S.O.S JESUS Data: 03/03/08 COMO A MORTE ENTROU NO MUNDO PECADO Significa errar o alvo, rebelião, desobediência. etc. HERMENEUTICA A arte de interpretar o sentido das palavras em leis, textos, Romanos, 5 : 12 12 Portanto,

Leia mais

CELEBRAÇÃO DA FESTA DA PALAVRA

CELEBRAÇÃO DA FESTA DA PALAVRA PARÓQUIA DE SANTA MARIA DE BORBA CELEBRAÇÃO DA FESTA DA PALAVRA Feliz o homem que ama a Palavra do Senhor e Nela medita dia e noite (Sl 1, 1-2) 4º ANO da CATEQUESE 17 de Janeiro de 09 ENTRADA PROCESSIONAL

Leia mais

Deus: Origem e Destino Atos 17:19-25

Deus: Origem e Destino Atos 17:19-25 1 Deus: Origem e Destino Atos 17:19-25 Domingo, 7 de setembro de 2014 19 Então o levaram a uma reunião do Areópago, onde lhe perguntaram: "Podemos saber que novo ensino é esse que você está anunciando?

Leia mais

PERGUNTAS & RESPOSTAS - FONTE ESTUDOS BÍBLICOS 2015

PERGUNTAS & RESPOSTAS - FONTE ESTUDOS BÍBLICOS 2015 PERGUNTAS & RESPOSTAS - FONTE ESTUDOS BÍBLICOS 2015 1) A Cruz era um instrumento de execução. Para os romanos, que tipo de pessoa era executado na cruz? E para os judeus? Resposta: Os romanos a usavam

Leia mais

A Bíblia afirma que Jesus é Deus

A Bíblia afirma que Jesus é Deus A Bíblia afirma que Jesus é Deus Há pessoas (inclusive grupos religiosos) que entendem que Jesus foi apenas um grande homem, um mestre maravilhoso e um grande profeta. Mas a Bíblia nos ensina que Jesus

Leia mais

SALVAÇÃO não basta conhecer o endereço Atos 4:12

SALVAÇÃO não basta conhecer o endereço Atos 4:12 SALVAÇÃO não basta conhecer o endereço Atos 4:12 A SALVAÇÃO É A PRÓPRIA PESSOA DE JESUS CRISTO! VOCÊ SABE QUAL É O ENDEREÇO DE JESUS! MAS ISSO É SUFICIENTE? Conhecer o endereço de Jesus, não lhe garantirá

Leia mais

Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL

Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL 1 Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL 04/03/2001 N Jo 9 1 Jesus ia caminhando quando viu um homem que tinha nascido cego. 2 Os seus discípulos perguntaram:

Leia mais

Caracterização Cronológica

Caracterização Cronológica Caracterização Cronológica Filosofia Medieval Século V ao XV Ano 0 (zero) Nascimento do Cristo Plotino (204-270) Neoplatônicos Patrística: Os grandes padres da igreja Santo Agostinho ( 354-430) Escolástica:

Leia mais

Carta de Paulo aos romanos:

Carta de Paulo aos romanos: Carta de Paulo aos romanos: Paulo está se preparando para fazer uma visita à comunidade dos cristãos de Roma. Ele ainda não conhece essa comunidade, mas sabe que dentro dela existe uma grande tensão. A

Leia mais

sinal de tristeza. Sinal de morte!

sinal de tristeza. Sinal de morte! CULTO FAMÍLIA: Reflexão sobre a morte e o luto Acreditamos que todos nós já sofremos a perda de alguém, seja familiar, amigo, vizinho ou apenas conhecido. Nos sentimos impotentes, indefesos, medrosos diante

Leia mais

2º Aquele que não pratica (não pratica a Lei), mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é

2º Aquele que não pratica (não pratica a Lei), mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é Muitos, ao ouvirem que o cristão não precisa praticar as obras da Lei, como: guarda do sábado, sacrifício de jejum, uso do véu, devolução de dízimo, etc., logo fazem a seguinte pergunta: A Lei de Deus

Leia mais

Naquela ocasião Jesus disse: "Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos

Naquela ocasião Jesus disse: Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos As coisas encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei. Deuteronômio 29.29 Naquela ocasião

Leia mais

TEXTO 214-231 SEGUNDA SEÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ CAPÍTULO I: CREIO EM DEUS PAI. Parágrafo 1: Creio em Deus

TEXTO 214-231 SEGUNDA SEÇÃO: A PROFISSÃO DA FÉ CRISTÃ CAPÍTULO I: CREIO EM DEUS PAI. Parágrafo 1: Creio em Deus CREIO EM DEUS 214-231 INTRODUÇÃO Antes de ler o texto do nosso estudo de hoje, leia e reflita sobre as perguntas propostas mais abaixo. Depois, com essas perguntas na cabeça e no coração, estude os parágrafos

Leia mais

1ª Leitura - Ex 17,3-7

1ª Leitura - Ex 17,3-7 1ª Leitura - Ex 17,3-7 Dá-nos água para beber! Leitura do Livro do Êxodo 17,3-7 Naqueles dias: 3 O povo, sedento de água, murmurava contra Moisés e dizia: 'Por que nos fizeste sair do Egito? Foi para nos

Leia mais

5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus

5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus 5. Autoconsciência e conhecimento humano de Jesus Através do estudo dos evangelhos é possível captar elementos importantes da psicologia de Jesus. É possível conjeturar como Jesus se autocompreendia. Especialmente

Leia mais

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM 1) Oração Terça-feira da 1ª Semana da Quaresma Ó Deus, força

Leia mais

Pr. Patrick Robert Briney Mission Boulevard Baptist Church. A Série das Verdades do Evangelho (caderno 4) God is the Answer

Pr. Patrick Robert Briney Mission Boulevard Baptist Church. A Série das Verdades do Evangelho (caderno 4) God is the Answer Pr. Patrick Robert Briney Mission Boulevard Baptist Church Deus é a Resposta A Série das Verdades do Evangelho (caderno 4) God is the Answer Tradução Pr. Anastácio Pereira de Sousa Primeira Igreja Batista

Leia mais

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL ESTUDO 4 A PESCA MILAGROSA

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL ESTUDO 4 A PESCA MILAGROSA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL ESTUDO 4 A PESCA MILAGROSA A PESCA MILAGROSA LUCAS 5:1-11; JOÃO 21:1-17 A PRIMEIRA PESCA MARAVILHOSA JÁ ESTÁ TUDO PAGO! NÃO DEVO + Porque estudar os milagres de Jesus? Jesus nos

Leia mais

A Batalha Contra a Carne. Aula - 05

A Batalha Contra a Carne. Aula - 05 A Batalha Contra a Carne Aula - 05 A Batalha Contra a Carne Textos Básicos: Gl 5.16-23; Mt 26.41 A vida cristã é uma peregrinação. Usando a linguagem das Escrituras, é uma viagem que se faz à pé. O ato

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

A Bíblia realmente afirma que Jesus

A Bíblia realmente afirma que Jesus 1 de 7 29/06/2015 11:32 esbocandoideias.com A Bíblia realmente afirma que Jesus Cristo é Deus? Presbítero André Sanchez Postado por em: #VocêPergunta Muitas pessoas se confundem a respeito de quem é Jesus

Leia mais

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum?

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum? A Busca Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas em livros e filmes podemos encontrar uma trama em comum? Alguém, no passado, deixouse

Leia mais

1ª Carta de João. A Palavra da Vida. Deus é luz. Nós somos pecadores. Cristo, nosso defensor junto a Deus

1ª Carta de João. A Palavra da Vida. Deus é luz. Nós somos pecadores. Cristo, nosso defensor junto a Deus 1ª Carta de João A Palavra da Vida 1 1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam da Palavra da Vida 2 vida esta que

Leia mais

Realidade vs Virtualidade

Realidade vs Virtualidade Realidade vs Virtualidade Vivendo entre quem Somos e quem queremos Ser Necessidade de sermos felizes Necessidade de sermos aceitos Necessidades de Sermos A CONSTRUÇÃO DA NOSSA IDENTIDADE Vivendo entre

Leia mais

HUMILDADE- A VERDADEIRA GRANDEZA

HUMILDADE- A VERDADEIRA GRANDEZA HUMILDADE- A VERDADEIRA GRANDEZA Ministério de Mulheres Aulas: 1 - Abertura - Tudo começa na Mente 2- Considerações gerais sobre a humildade 3- Manifestações Orgulho 4- Orgulho - personagens bíblicos 5-

Leia mais

PREFÁCIO DA SÉRIE. estar centrado na Bíblia; glorificar a Cristo; ter aplicação relevante; ser lido com facilidade.

PREFÁCIO DA SÉRIE. estar centrado na Bíblia; glorificar a Cristo; ter aplicação relevante; ser lido com facilidade. PREFÁCIO DA SÉRIE Cada volume da série A Palavra de Deus para Você o transporta ao âmago de um livro da Bíblia e aplica as verdades nele contidas ao seu coração. Os objetivos principais de cada título

Leia mais

Evangelhos. www.paroquiadecascais.org

Evangelhos. www.paroquiadecascais.org Evangelhos 1. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 5, 1-12a) ao ver a multidão, Jesus subiu ao monte e sentou-se. Rodearam-n O os discípulos e Ele começou a ensiná-los, dizendo:

Leia mais

Juniores aluno 7. Querido aluno,

Juniores aluno 7. Querido aluno, Querido aluno, Por acaso você já se perguntou algumas destas questões: Por que lemos a Bíblia? Suas histórias são mesmo verdadeiras? Quem criou o mundo? E o homem? Quem é o Espírito Santo? Por que precisamos

Leia mais

A LIÇÃO DAS GENEALOGIAS

A LIÇÃO DAS GENEALOGIAS A LIÇÃO DAS GENEALOGIAS Gn 5 1 Esta é a lista dos descendentes de Adão. Quando criou os seres humanos, Deus os fez parecidos com ele. 2 Deus os criou homem e mulher, e os abençoou, e lhes deu o nome de

Leia mais

Educação de Filhos de 0 a 5 anos. Edilson Soares Ribeiro Cláudia Emília Ribeiro 31/03/2013

Educação de Filhos de 0 a 5 anos. Edilson Soares Ribeiro Cláudia Emília Ribeiro 31/03/2013 Educação de Filhos de 0 a 5 anos Edilson Soares Ribeiro Cláudia Emília Ribeiro 31/03/2013 Bom dia! Aula 4 Nosso Objetivos Educando Filhos segundo a Vontade de Deus Desenvolvimento da criança Influências

Leia mais

FILHOS UMA NECESSIDADE? PROTESTO!

FILHOS UMA NECESSIDADE? PROTESTO! FILHOS UMA NECESSIDADE? PROTESTO! INTRODUÇÃO Uma mudança de paradigma. Dados que fundamentam a mudança de paradigmas Casais estão demorando mais para ter o primeiro filho. Uma média de 5 a 6 anos após

Leia mais

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele O Plantador e as Sementes Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele sabia plantar de tudo: plantava árvores frutíferas, plantava flores, plantava legumes... ele plantava

Leia mais

CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA

CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA CRISTO E SCHOPENHAUER: DO AMAR O PRÓXIMO COMO A TI MESMO À COMPAIXÃO COMO FUNDAMENTO DA MORAL MODERNA JÉSSICA LUIZA S. PONTES ZARANZA 1 WELLINGTON ZARANZA ARRUDA 2 1 Mestranda em Filosofia pela Universidade

Leia mais

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund*

Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1 Estudos bíblicos sobre liderança Tearfund* 1. Suporte para lideranças Discuta que ajuda os líderes podem necessitar para efetuar o seu papel efetivamente. Os seguintes podem fornecer lhe algumas idéias:

Leia mais

T O U R O : R E V E L A Ç Ã O D A N O VA L U Z E M E R G E N T E

T O U R O : R E V E L A Ç Ã O D A N O VA L U Z E M E R G E N T E PLENILÚNIO DE TOURO (Lua Cheia 14/5/2014 às 16h16 hora local de Argentina e Brasil) T O U R O : R E V E L A Ç Ã O D A N O VA L U Z E M E R G E N T E Desenvolvimento e revelação ou (se preferirem) uma revelação

Leia mais

CAPÍTULO 2. O Propósito Eterno de Deus

CAPÍTULO 2. O Propósito Eterno de Deus CAPÍTULO 2 O Propósito Eterno de Deus Já falamos em novo nascimento e uma vida com Cristo. Mas, a menos que vejamos o objetivo que Deus tem em vista, nunca entenderemos claramente o porque de tudo isso.

Leia mais

IGREJA CRISTÃ MARANATA PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE EM EFÉSIOS 2.8 PAULO VINCULA A SALVAÇÃO À FÉ QUE VEM DE DEUS.

IGREJA CRISTÃ MARANATA PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE EM EFÉSIOS 2.8 PAULO VINCULA A SALVAÇÃO À FÉ QUE VEM DE DEUS. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL 21-jun-2015 - TEMA: A FÉ Assunto: INTERFERÊNCIAS NO PROCESSO DA SALVAÇÃO Texto fundamental: JOÃO CAP. 9 EM EFÉSIOS 2.8 PAULO VINCULA A SALVAÇÃO À FÉ QUE VEM DE DEUS. COMENTAR OS

Leia mais

Igreja Internacional da Graça de Deus

Igreja Internacional da Graça de Deus Igreja Internacional da Graça de Deus 1 O Batismo nas Águas Igreja Internacional da Graça de Deus Fevereiro de 2010 São Paulo - Brasil 2 Nova Vida com Jesus J esus respondeu : - Na verdade, na verdade

Leia mais

Deus criou o universo do nada! E o ponto de partida é:

Deus criou o universo do nada! E o ponto de partida é: Aula 1 18/02/2015 Deus criou o universo do nada! E o ponto de partida é: No principio, criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1) O verbo hebraico bãrã, criou, denota o conceito de iniciar alguma coisa nova.

Leia mais

A Bíblia seja colocada em lugar de destaque, ao lado de uma vela acesa.

A Bíblia seja colocada em lugar de destaque, ao lado de uma vela acesa. Encontro com a Palavra Agosto/2011 Mês de setembro, mês da Bíblia 1 encontro Nosso Deus se revela Leitura Bíblica: Gn. 12, 1-4 A Bíblia seja colocada em lugar de destaque, ao lado de uma vela acesa. Boas

Leia mais

AS PARÁBOLAS DA BÍBLIA

AS PARÁBOLAS DA BÍBLIA AS PARÁBOLAS DA BÍBLIA Série de Estudos Teológicos By Rev. Roger Rangel AS PARÁBOLAS DO NT Parábola do sal e de seu sabor Mt 5:13 Mc 9:50 Lc 14:34,35 Essa parábola será estudada em conjunto com a da luz

Leia mais

Personal Commitment Guide. Guia de Compromisso Pessoal

Personal Commitment Guide. Guia de Compromisso Pessoal Personal Commitment Guide Guia de Compromisso Pessoal Nome da Igreja ou Evento Nome do Conselheiro Telefone 1. Salvação >Você já atingiu um estágio na vida em que você tem a certeza da vida eterna e que

Leia mais

resolvam suas diferenças e façam as pazes. Deus não quer que seus filhos guardem ressentimentos.

resolvam suas diferenças e façam as pazes. Deus não quer que seus filhos guardem ressentimentos. Texto Bíblico: Filipenses 4. 2-9 Versão Contemporânea 2 Insisto em que Evódia e Síntique resolvam suas diferenças e façam as pazes. Deus não quer que seus filhos guardem ressentimentos. 3 Ah, Sízigo, com

Leia mais

Estudo 17 Testemunhar a Cristo: um desafio diário. Em Marcha, 2015.1 IGREJA METODISTA ASA NORTE 406

Estudo 17 Testemunhar a Cristo: um desafio diário. Em Marcha, 2015.1 IGREJA METODISTA ASA NORTE 406 Estudo 17 Testemunhar a Cristo: um desafio diário Em Marcha, 2015.1 IGREJA METODISTA ASA NORTE 406 Roteiro 1- Introdução 2- Fundamento Bíblico 3- Conclusão 1. Introdução Voce entende por que é importante

Leia mais

COMO E ONDE OS DONS DE PODER SE MANIFESTAM

COMO E ONDE OS DONS DE PODER SE MANIFESTAM DONS DE PODER Lição 4-27 de Abril de 2014 Texto Áureo: I Coríntios 2.4 A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito

Leia mais

Deus tem o melhor pra mim

Deus tem o melhor pra mim Deus tem o melhor pra mim Is 1:19 "Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o melhor da terra." Numa tradução mais original deste versículo, encontramos algo mais ou menos assim: Is 1:19 "Se vocês estiverem

Leia mais

FILOSOFIA DE VIDA Atos 13.36

FILOSOFIA DE VIDA Atos 13.36 FILOSOFIA DE VIDA Atos 13.36 Tendo, pois, Davi servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu, foi sepultado com os seus antepassados e seu corpo se decompôs. Não são todos que têm o privilégio

Leia mais

Uma reflexão sobre A Missão de Deus de Christopher Wright

Uma reflexão sobre A Missão de Deus de Christopher Wright Uma reflexão sobre A Missão de Deus de Christopher Wright A MISSÃO DE DEUS Christopher Wright Christopher Wright faz duas contribuições importantes. Primeiro, ele demonstra que a Bíblia, do início até

Leia mais

Revista Veja 18 de Fevereiro de 2009 Efésios 6. 1-4! Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Honra teu pai e tua mãe este é o primeiro mandamento com promessa para que tudo te corra

Leia mais

Deus não é perfeito. Natureza, casamento, maturidade. Perfeição é maturidade. COLOSSENSSES 2:4-23. fica

Deus não é perfeito. Natureza, casamento, maturidade. Perfeição é maturidade. COLOSSENSSES 2:4-23. fica COLOSSENSSES 2:4-23 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. (Mateus 5:48) Uma questão o filosófica fica Deus não é perfeito. Natureza, casamento, maturidade. Perfeição é maturidade.

Leia mais