Educação e Cidadania para Vencer os Desafios Globais

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1 Conferência Fulbrigth Educação e Cidadania para Vencer os Desafios Globais Lisboa, 21 de Outubro Políticas de educação para vencer os desafios mundiais Maria de Lurdes Rodrigues Quero, em primeiro lugar, saudar todos os presentes e a Fulbrigth pela iniciativa de organização desta conferência em torno de um tema tão actual. Agradeço o convite que me foi feito para nela participar. O que vos trago aqui hoje é um conjunto de ideias suscitadas pela reflexão sobre a evolução das políticas educativas. Tradicionalmente, as políticas de educação eram políticas nacionais. Ao longo do século XX foram muitos os países que desenvolveram esforços para alargar o acesso à educação e à formação por crianças e jovens, com várias preocupações. Numa primeira fase, para reforçar as identidades nacionais, mais tarde para promover o desenvolvimento do capital humano, num sentido lato. A partir do final da II Guerra Mundial, a educação e a formação são também percebidas como essenciais para a 1

2 construção das sociedades democráticas, e as políticas públicas de educação transformam-se, em diferentes países, num instrumento decisivo para a sustentabilidade do progresso económico e social, para o desenvolvimento de sociedades de bem-estar. Progressivamente, e a par de outros processos de globalização, também as políticas de educação passam a promover a abertura ao exterior, respondendo a várias exigências. Por um lado, às que resultaram da criação de espaços abertos à circulação de pessoas e às crescentes necessidades de mobilidade dos cidadãos. Por outro, às novas exigências de benchmark da qualidade das aprendizagens e de incorporação de áreas emergentes do conhecimento e do saber nos processos formais de ensino. O reforço da formação para a cidadania, do ensino precoce de línguas estrangeiras, a aprendizagem de uso de tecnologias de informação e comunicação, a realização de provas internacionais de avaliação de competências dos alunos, são apenas alguns dos sinais mais evidentes dessas mudanças. As escolas de hoje são pois muito diferentes das escolas do passado. Ocorreu uma transformação profunda, não sem sobressaltos. Hoje, as escolas assumem mais responsabilidades e têm uma missão mais exigente, e o trabalho dos professores tornou-se, também, mais difícil. 2

3 Educar e qualificar todas as crianças e jovens, sem excepção, até aos 18 anos, e, simultaneamente, proporcionar ao maior número possível percursos escolares com elevados níveis de qualidade, tendo por referência standards internacionais, são os desafios que enfrentam agora as escolas e as políticas educativas nacionais. Organismos internacionais como a OCDE, a UNESCO, a OEI e a União dos Estados Africanos tiveram um papel muito importante na difusão dos standards de qualidade, de metas e de ambições, de que o programa da ONU, Objectivos do Milénio constitui um bom exemplo. O Processo de Bolonha, que nos últimos anos enquadrou importantes mudanças na organização do ensino superior nos países da União Europeia, é também um bom exemplo das novas políticas educativas num mundo mais global, sobretudo ao nível das possibilidades de construção do espaço europeu de conhecimento. Tiveram igualmente papel importante programas de cooperação, como o da Fulbrigth, que desde 1946 apoiou a mobilidade de milhares de estudantes e de professores, bem como a cooperação entre instituições de ensino superior em mais de 150 países de diferentes partes do mundo. Ao longo deste últimos 50 anos, a Fulbright deu corpo ou concretizou a ideia segundo a qual com as pessoas circulam ideias, circula o 3

4 conhecimento e a informação, sendo essa uma das bases mais sólidas para a construção de um mundo mais tolerante, mais cúmplice e mais solidário. Na União Europeia, e embora com diferentes características e ambições, também o programa Erasmus deu um contributo decisivo para a construção efectiva da Europa. Podemos acreditar facilmente que os jovens que viveram experiências Erasmus se sentem mais europeus do que os jovens de gerações anteriores. No futuro, que desafios serão colocados às politicas de educação, às escolas e aos professores? A actual conjuntura de crise económica e financeira e as dificuldades em a ultrapassar têm proporcionado um ambiente favorável à precipitação e à superficialidade na avaliação do passado, à falta de pensamento sobre o futuro e à paralisia das vontades para o construir. Frutifica a ideia de que o futuro é inviável, sobretudo em pequenos países como Portugal. Considero que é possível e necessário resistir a este fatalismo. Uma forma de o fazer é afirmar e reafirmar os desafios futuros e recordar os desígnios maiores do legado que queremos deixar às gerações vindouras. Só assim se poderão mobilizar as energias e as vontades para enfrentar, também, as dificuldades presentes. 4

5 Do meu ponto de vista, os vários países e regiões do mundo enfrentam, à escala global, três grandes os desafios. Em primeiro lugar, refiro o desafio da sustentabilidade ambiental, o qual exige, para além de um continuado esforço de investigação e progresso científico, um quadro de colaboração, solidariedade e cumplicidade entre os diferentes países. Em segundo lugar, o desafio de erradicação da pobreza e de melhoria das condições de bem-estar dos cidadãos à escala global, o qual exige a organização política e económica de sociedades mais justas e solidárias. Finalmente, o desafio das condições de igualdade no acesso à educação e ao conhecimento para todos os cidadãos, rapazes e raparigas, em todos os países do mundo. A educação e a qualificação das populações é, neste quadro, e continuará a ser, tanto um objectivo em si mesmo como um meio, um instrumento para enfrentar os restantes desafios. Porém, para que a educação para todos se possa concretizar e servir efectivamente para construir o nosso futuro comum, a política educativa, envolvendo não só os governos dos diferentes países, como também as instituições de ensino e os professores, enfrenta exigências que estão em permanente renovação e actualização. 5

6 São quatro as exigências que a construção do futuro coloca, já hoje, à política educava e às instituições de ensino. Em primeiro lugar, a exigência de qualidade do ensino e das aprendizagens, avaliada por referência ao contexto e às exigências internacionais. Neste quadro, o PISA corresponde a um esforço consistente através do qual a OCDE procura difundir standards internacionais de avaliação da qualidade das aprendizagens em matemática, língua e leitura e ciências. Progressivamente, aumenta o número de países que integram o Programa e aqueles em que as políticas educativas se orientam para a resolução dos problemas de qualidade das aprendizagens revelados pelos resultados da sua aplicação. No futuro será certamente alargado o número de disciplinas em avaliação, como por exemplo o domínio da língua inglesa, e haverá progressivamente uma maior exigência na qualidade do ensino e das aprendizagens, avaliadas com base em instrumentos que comparam a situação relativa de cada um dos países ou regiões do mundo. Em segundo lugar, a exigência de abertura ao exterior e de cosmopolitismo. Como já referi, as matérias da política educativa foram durante muitos anos matérias de política nacional. Com a abertura dos mercados e a crescente globalização, foram sendo adoptados pelos 6

7 diferentes países referências internacionais, tanto na definição dos conteúdos programáticos como na organização pedagógica e nos instrumentos de ensino. A abertura ao exterior tem vindo a constituir, em si mesma, um importante elemento de mudança e de progresso. Também o esforço que os diferentes países fazem no ensino de diferentes línguas estrangeiras e na promoção do multilinguismo constitui um bom exemplo das preocupações de formação de cidadãos cosmopolitas para um espaço global de concretização da cidadania. Em terceiro lugar, a exigência de mais e melhor conhecimento sobre a melhor forma de ensinar e de proporcionar a todas as crianças e jovens acesso a um percurso escolar bem sucedido. A definição de metas e objectivos no domínio da educação, consubstanciados em princípios como o da escolaridade obrigatória adoptados pela grande maioria dos países, ou em documentos como o já referido Objectivos do Milénio, baseiamse na convicção de que todos os cidadãos podem aprender, todos podem adquirir competências e conhecimentos básicos, sendo essa aquisição a condição essencial da cidadania activa e do desenvolvimento profissional. Na realidade, as escolas e os professores, nos diferentes países, enfrentam inúmeras dificuldades na concretização destes objectivos. Milhões de jovens, em todo o mundo, abandonam a escola sem ter adquirido as 7

8 competências básicas. Seria importante que a política educativa enfrentasse o desafio da mobilização de recursos e capacidades de informação e conhecimento sobre a melhor forma de ensinar, bem como de mobilização dos professores e das respectivas associações profissionais para analisar e debater as reais dificuldades que enfrentamos. Finalmente, o envolvimento, a responsabilização e a diversificação dos agentes e dos parceiros no sector da educação. Trata-se, afinal, de concretizar o princípio segundo o qual a educação é uma responsabilidade de todos, pelo que ninguém tem, nem pode ter, o exclusivo e o monopólio da educação. Por um lado, são as instituições da sociedade civil, de que as associações de pais são apenas um exemplo, que têm hoje expectativas de participação na vida das escolas e nas matérias da educação, por outro lado, a complexidade dos problemas que as escolas enfrentam e a diversidade de públicos que servem, requerem a mobilização e o envolvimento de todas as forças e de todos os recursos disponíveis. Muito obrigado Bom trabalho 8

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