Jornalzinho da Saúde

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Jornalzinho da Saúde"

Transcrição

1 Jornalzinho da Saúde Professor Chenso Dengue é uma doença causada pelo arbovírus Flavivirus, da família Flaviviridae, e se apresenta com quatro sorotipos (tipos imunológicos): DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. É um ARN-virus. Arbovirus: espressão inglesa air borne virus (vírus aerotransportados). Mosquito Aedes aegypti O momento mágico... Para o mosquito, claro! O VIRUS Estas três imagens de fotomicrografia eletrônica mostram os virus do dengue (pontos pretos) no interior das células e, à esquerda, um momento antes da invasão, junto à membrana celular. A ESTRUTURA 1- Proteína de envoltura E; 2- Proteína de membrana M; 3 Proteína de capsídio C; 4 ARN de monocadeia positiva.

2 Hospedeiros naturais: homem e outros primatas, sendo o homem o único a apresentar manifestação clínica. Mecanismo de Transmissão: através da picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, fêmeas. O mosquito injeta o vírus na corrente sangüínea do paciente. (O macho alimenta-se apenas de seivas vegetais). Uma única fêmea, em 45 dias (tempo de vida estimado para a espécie), pode contaminar até 300 pessoas. Ciclo de Vida do Aedes aegypti O mosquito pica a pessoa doente e se contamina. Depois, pica a pessoa sã e lhe transmite o virus. Não ocorre transmissão por contato direto de paciente para pessoa sadia (transmissão inrterpessoal). O mosquito não contaminado pode picar várias pessoas sem que nada aconteça. Quando ele pica uma pessoa com o virus da doença, e se contamina e, então, quando picar novamente pessoas sãs ele transmitirá a doença a elas. Quadro Clínico: perído do Incubação: três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pela corrente sanguínea (viremia). Inicia-se com febre alta (entre 38.5ºC e 40º C), de início abrupto, mal-estar, anorexia, cefaléia, mialgias e artralgia muito intensas, simulando, às vezes, até fraturas (daí o nome popular de febre quebra-ossos ). Dor retro-ocular ou ocular. O quadro continua, podendo piorar os sinais e sintomas, e acaba regredindo espontaneamente, como ocorre em outras viroses. Normalmente medica-se o paciente com analgésicos e muita hidratação, já que, contra o vírus não há medicação específica. Não confundir com gripe, já que estes sintomas são iguais mas, na gripe, ocorre corriza, congestão nasal, tosse, e outras manifestações respiratórias, ausentes no dengue.

3 Febrea alta + Cefaléia + Dor retro-ocular + Artralgias + Mialgias+Anorexia + Exantema (pequenas manchas vermelhas na pele), pode ser dengue. Se ocorrer diarréia + nauseas e/ou vômitos + dores abdominais concomitantes, é preciso procurar ajuda médica urgente. Se surgirem petéquias (manchinhas de sangue), hematêmese (vômito com sangue) ou melena (fezes negras), então a urgência é máxima!!! Dengue hemorrágico: o paciente pode apresentar, após a fase aguda de febre, petéquias (pontilhado vermelho na pele, indicando hemorragica capilar), epistaxis (sangramento nasal), gengival, de outras mucosas, e hemorragias internas, às vezes volumosas, colocando em alto risco a vida do paciente. Pode ocorrer coagulação intravascular disseminada, com multiplos pequenos infartos que levam a lesão de vários órgãos, alguns vitais. Normalmente este tipo de dengue ocorre no paciente que já teve dengue, mas cujos anticorpos não reconhecem corretamente o novo invasor, e acabam por se ligar aos virions (unidade funcional do vírus) mas não as neutralizam a formação destes complexos moleculares acabam por lesar o endotélio (epitélio interno vascular), provocando as hemorragias.

4 Casos graves de dengue hemorrágico Segmento de alça intestinal coberta de coágulos sangüíneos. Pessoa com dengue hemorrágico apresentando epistaxe abundante (sangramento nasal e oral). Imunologia: Se a pessoa é contaminada, garante imunidade defintiva contra o primeiro sorotipo contaminante, e imunidade parcial por alguns meses para os demais tipos. Em caso de segunda infecção, por um dos três sorotipos, a probabilidade da doença se manifestar de forma mais agressiva existe, mas não é obrigatório. A classificação numérica (Deng-1, 2, 3 e 4) não tem qualquer relação com a gravidade da doença ou com uma possível maior ou menor virulência. Não existe vacina contra a doença, portanto a única defesa que nos restra é evitar a proliferação de mosquitos, e promver a eliminação dos adultos. Genética: Não importa a causa do aumento da variabilidade genética do vírus, se ele ocorre, é porque as populações humanas estão sendo expostas a diversas cepas virais, e algumas podem escapar da proteção imunológica obtida com a exposição prévia ao sorotipo. Pode, ainda, surgirem cepas com patogenicidade aumentada dos vírus silvestres, geneticamente diferentes, que, quando introduzidas nas populações, podem desencadear epidemias. Mesmo não se dispondo de amostras históricas para se avaliarem as possíveis alterações genéticas através do tempo, as observações mostram que a variabilidade genética está aumentando. Tratamento: caso você apresente os sintomas acima descritos, em nenhuma hipótese tente a automedicação. PROCURE O MÉDICO!!! (Particular, em postos de saúde ou nos hospitais) O nome da patologia a- seria derivado da expressão suailí ki dengu pepo são ataques causados por maus espíritos, e era usado para descrever a doença, entre os africanos. b-seria derivado da expressão dengue que, em nagô, língua africana mais conhecida no Brasil, significa manha, birra, xororô. Os escravos apresentavam a doença com frequência, e ficavam muito mal. Os senhores diziam que os escravos eram dengosos, ou seja, estariam fingindo o sofrimento para não trabalhar. Dengue hoje: é a arbovirose que mais frequentemente ataca do homem atualmente. Cerca de 100 milhões de casos/ano, no mundo!! O tipo hemorrágico e o choque por dengue atingem até 500 mil pessoas/ano. Taxa de mortalidade: 10%. Por que do aumento: a- aumento da concentração humana em ambiente urbano propiciou crescimento substancial da população viral; b- as alterações ambientais de natureza humana provocam dano à fauna e flora; c- o aumento no acúmulo de detritos e de recipientes descartáveis; d- mudanças nas paisagens têm promovido alterações microclimáticas que parecem favorecer algumas espécies vetoras, em detrimento de outras, oferecendo abrigos e criadouros, bem como a disponibilidade de hospedeiros. O impacto: o impacto dessa doença sobre a população humana está a - no desconforto que causa, b- nas perdas de vidas, principalmente entre crianças; c - prejuízos econômicos expressos em gastos com tratamento, hospitalização, controle dos vetores, absentismo no trabalho e perdas com turismo. O ressurgimento: a- medidas de controle de vetores em países pobres e endêmicos quase não existem; b crescimento da população humana descontrolada e com grande variações demográficas; c expansã e alteração desordenada do ambiente urbano, com precariedade de instalações sanitárias, aumentando a população vetora; d- aumento do intercambio comercials entre múltiplos

5 países aumento o número de viagens e o risco de disseminação; d- Descaso das autoridades durante muito tempo, permitindo a expansão da doença até ficar sem controle. Muito bem, Sr. Presidente:leia com atenção. Dá pra chegar mais perto?? Não estou vendo nada!! Sinais de alerta para dengue hemorrágico: a- dor abdominal + vômitos; b- hipotensão arterial e postural; c- diferença entre PA máx e PAmínima < 20 mmhg (PA convergente); d extremidades frias, cianose, pulso rápido e fino; e agitação ou letargia; hemorragias (hematêmese, melena, epistaxis etc.); f- hipotermina e diminuição do volume urinário; g desconforto respiratório.

6 Quando estamos fora, o Brasil dói na alma; quando estamos dentro, dói na pele. Stanislaw Ponte Preta (Sergio Porto) Escritor e humorista.

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DENGUE

PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES DENGUE DENGUE O que é? A dengue é uma doença febril aguda, causada por vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti (Brasil e Américas) e Aedes albopictus (Ásia). Tem caráter epidêmico, ou seja, atinge um grande

Leia mais

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS

DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS DENGUE AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE SINAIS/SINTOMAS SINAIS/SINTOMAS CLÁSSICOS CLÁSSICOS MANIFESTAÇÕES MANIFESTAÇÕES HEMORRÁGICAS HEMORRÁGICAS SINAIS SINAIS DE DE ALERTA ALERTA SINAIS SINAIS DE DE CHOQUE CHOQUE

Leia mais

Arbovírus: arthropod-born virus 400 vírus isolados 100 patógenos humanos. Febres indiferenciadas Encefalites Febres hemorrágicas

Arbovírus: arthropod-born virus 400 vírus isolados 100 patógenos humanos. Febres indiferenciadas Encefalites Febres hemorrágicas Arbovírus: Hospedeiro natural vertebrado arthropod-born virus 400 vírus isolados 100 patógenos humanos Vetor hematófago Hospedeiro vert. Vetor hemat. Febres indiferenciadas Encefalites Febres hemorrágicas

Leia mais

DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA DENGUE

DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA DENGUE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DA DENGUE O que é a Dengue? A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus chamado flavivirus,

Leia mais

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac

DENGUE. Médico. Treinamento Rápido em Serviços de Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac DENGUE Treinamento Rápido em Serviços de Saúde Médico 2015 Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac O Brasil e o estado de São Paulo têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos

Leia mais

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares.

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Dengue Dengue Agente Infectante Arbovirus Vetor / Transmissão Picada do mosquito Aedes Aegypti Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Profilaxia

Leia mais

LOPPIANO ENGENHARIA LTDA. Rua dos Andradas, 107 - Centro 13300-170 - Itu SP Fone: (11) 4022-7415 DENGUE

LOPPIANO ENGENHARIA LTDA. Rua dos Andradas, 107 - Centro 13300-170 - Itu SP Fone: (11) 4022-7415 DENGUE DENGUE A palavra dengue tem origem espanhola e quer dizer "melindre", "manha". O nome faz referência ao estado de moleza e prostração em que fica a pessoa contaminada pelo arbovírus (abreviatura do inglês

Leia mais

PROVA FORMAÇÃO DE AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS Prefeitura Municipal de Ouro Preto 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia.

PROVA FORMAÇÃO DE AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS Prefeitura Municipal de Ouro Preto 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia. 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia. a) Estudo de saúde da população humana e o inter relacionamento com a saúde animal; b) Estudo de saúde em grupos de pacientes hospitalizados;

Leia mais

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016 Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda DENGUE O Brasil têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos 10 anos com aumento

Leia mais

Apresentação. O que é Dengue Clássica?

Apresentação. O que é Dengue Clássica? Apresentação É no verão que acontecem as maiores epidemias de dengue devido ao alto volume de chuva. O Santa Casa Saúde, por meio do Programa Saúde Segura, está de olho no mosquito aedes aegypti e na sua

Leia mais

Período de incubação nos seres humanos, varia de 3 a 15 dias, mais comum de 5 a 6 dias, isto significa que o paciente vai sentir os sintomas depois

Período de incubação nos seres humanos, varia de 3 a 15 dias, mais comum de 5 a 6 dias, isto significa que o paciente vai sentir os sintomas depois DENGUE DENGUE : DOENÇA QUE MATA DENGUE FORMAS CLÍNICAS DA DENGUE Assintomática Oligossintomática Dengue clássica Dengue grave Febre hemorrágica Dengue com Complicações transmissão Dengue é transmitida

Leia mais

TEXTO BÁSICO PARA SUBSIDIAR TRABALHOS EDUCATIVOS NA SEMANA DE COMBATE À DENGUE 1

TEXTO BÁSICO PARA SUBSIDIAR TRABALHOS EDUCATIVOS NA SEMANA DE COMBATE À DENGUE 1 TEXTO BÁSICO PARA SUBSIDIAR TRABALHOS EDUCATIVOS NA SEMANA DE COMBATE À DENGUE 1 A Dengue A dengue é uma doença infecciosa de origem viral, febril, aguda, que apesar de não ter medicamento específico exige

Leia mais

Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus. Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae. Arboviroses

Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus. Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae. Arboviroses Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae Arboviroses Flaviviridae Flavivirus - único gênero Diversas espécies: f.amarela, dengue vírus

Leia mais

Assunto: Nova classificação de caso de dengue OMS

Assunto: Nova classificação de caso de dengue OMS Assunto: Nova classificação de caso de dengue OMS 1. A partir de janeiro de 2014 o Brasil adotará a nova classificação de caso de dengue revisada da Organização Mundial de Saúde (detalhamento anexo I):

Leia mais

DENGUE NA GRAVIDEZ OBSTETRÍCIA

DENGUE NA GRAVIDEZ OBSTETRÍCIA DENGUE NA GRAVIDEZ Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro OBSTETRÍCIA É doença febril aguda, de etiologia viral, de disseminação urbana, transmitida pela

Leia mais

Prevenção e conscientização é a solução. Ciências e Biologia

Prevenção e conscientização é a solução. Ciências e Biologia Prevenção e conscientização é a solução Ciências e Biologia Dengue Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral que se espalha rapidamente no mundo. A palavra dengue tem origem

Leia mais

Dengue diagnóstico e manejo clínico. Lúcia Alves da Rocha

Dengue diagnóstico e manejo clínico. Lúcia Alves da Rocha Dengue diagnóstico e manejo clínico Lúcia Alves da Rocha Introdução Expansão em áreas tropicais e subtropicais Considera-se 2,5 a 3 milhões de pessoas vivem em área de risco (Eric Martínez,2005); Estima-se

Leia mais

Capacitação em Serviço: Dengue em 15 minutos

Capacitação em Serviço: Dengue em 15 minutos Capacitação em Serviço: Dengue em 15 minutos Situação Epidemiológica O Brasil é responsável por 75% dos casos de dengue na América Latina A partir de 2002, houve grande aumento de casos de dengue e das

Leia mais

Secretaria Municipal de Saúde. Atualização - Dengue. Situação epidemiológica e manejo clínico

Secretaria Municipal de Saúde. Atualização - Dengue. Situação epidemiológica e manejo clínico Secretaria Municipal de Saúde Atualização - Dengue Situação epidemiológica e manejo clínico Agente Etiológico Arbovírus do gênero Flavivírus: Den-1, Den-2, Den-3 e Den- 4. Modo de Transmissão: Aspectos

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Programa Nacional de Controle da Dengue Febre Hemorrágica da Dengue e Apresentações Graves Definição e Rotina de Investigação Maio 2010 Dengue no Brasil

Leia mais

O que um estudante de medicina deve saber? Edvaldo Souza

O que um estudante de medicina deve saber? Edvaldo Souza O que um estudante de medicina deve saber? Edvaldo Souza Sumário Definição História Epidemiologia Etiologia Modos de transmissão Quadro Clínico Diagnóstico laboratorial Diagnóstico diferencial Tratamento

Leia mais

Boa tarde! Sou Dr. Jose Verissimo Junior Assistente Clínico da Clínica Jorge Jaber

Boa tarde! Sou Dr. Jose Verissimo Junior Assistente Clínico da Clínica Jorge Jaber Boa tarde! Sou Dr. Jose Verissimo Junior Assistente Clínico da Clínica Jorge Jaber Sugiro começarmos desligando os celulares AEDES AEGYPTI DENGUE - nome de origem espanhola que significa manha- que caracteriza

Leia mais

FEBRE AMARELA: Informações Úteis

FEBRE AMARELA: Informações Úteis FEBRE AMARELA: Informações Úteis Quando aparecem os sintomas? Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito. Quais os sintomas? Os sintomas são:

Leia mais

Gripe A (H1N1) de origem suína

Gripe A (H1N1) de origem suína Gripe A (H1N1) de origem suína A gripe é caracterizada como uma doença infecciosa com alto potencial de contagio causado pelo vírus Influenza. Este vírus apresenta três tipos, sendo eles o A, B e C. Observam-se

Leia mais

Cartilha da Influenza A (H1N1)

Cartilha da Influenza A (H1N1) Cartilha da Influenza A (H1N1) Agosto 2009 SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE SECRETARIA ADJUNTA DE ATENÇÃO INTEGRADA Á SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Micarla de Sousa Prefeita da Cidade do Natal

Leia mais

ZOONOSES VIRAIS HELTON FERNANDES DOS SANTOS. Méd. Veterinário (UFRGS / IPVDF)

ZOONOSES VIRAIS HELTON FERNANDES DOS SANTOS. Méd. Veterinário (UFRGS / IPVDF) ZOONOSES VIRAIS HELTON FERNANDES DOS SANTOS Méd. Veterinário (UFRGS / IPVDF) Doenças X Animais Desde a antiguidade o homem relacionou o surgimento de certas doenças com a presença de animais. Peste Negra

Leia mais

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015 Biologia e ecologia do mosquito vetor da dengue Porto Alegre, 19 de agosto de 2015 Biologia do vetor Aedes aegypti macho Aedes aegypti Aedes albopictus Mosquitos do gênero Aedes. Característica Aedes aegypti

Leia mais

REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 RIO VERDE

REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 RIO VERDE ORDEM CASOS DE DENGUE DA REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 EM 2015 (Período: 10/08/2015 à 10/11/2015) MUNICÍPIO ABERTO SOROLOGIA EXAME NS1 ISOLAMENTO VIRAL CLASSIFICAÇÃO EVOLUÇÃO REALIZADO NÃO REALIZADO NÃO

Leia mais

DENGUE e DENGUE HEMORRÁGICO

DENGUE e DENGUE HEMORRÁGICO DENGUE e DENGUE HEMORRÁGICO Prof. Dr. Rivaldo Venâncio da Cunha Dourados, 08 de fevereiro de 2007 O que é o dengue? O dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus; Este vírus pode ser de quatro

Leia mais

ESSE MATERIAL FOI CRIADO E DESENVOLVIDO POR

ESSE MATERIAL FOI CRIADO E DESENVOLVIDO POR ESSE MATERIAL FOI CRIADO E DESENVOLVIDO POR Consultoria especializada Denise Sztajnbok (FCM/UERJ) Marcos Lago (FCM/UERJ) Isabel Rey Madeira (FCM/UERJ) Alunas de Iniciação Científica Jr. Carolina Carvalho

Leia mais

NÚCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL DE MARECHAL CANDIDO RONDON. Curso: Introdução à Educação Digital. Cursista: Kátia Janaína Frichs cotica

NÚCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL DE MARECHAL CANDIDO RONDON. Curso: Introdução à Educação Digital. Cursista: Kátia Janaína Frichs cotica NÚCLEO DE TECNOLOGIA MUNICIPAL DE MARECHAL CANDIDO RONDON Curso: Introdução à Educação Digital Cursista: Kátia Janaína Frichs cotica Fique de na Dengue! ATENÇÃO: A dengue é uma doença muito dolorosa, deixa

Leia mais

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi

VIROLOGIA HUMANA. Professor: Bruno Aleixo Venturi VIROLOGIA HUMANA Professor: Bruno Aleixo Venturi O que são vírus? A palavra vírus tem origem latina e significa "veneno". Provavelmente esse nome foi dado devido às viroses, que são doenças causadas por

Leia mais

SETOR DE CONTROLE DE ZOONOSE

SETOR DE CONTROLE DE ZOONOSE SETOR DE CONTROLE DE ZOONOSE É necessário promover exaustivamente, a educação em saúde até que a comunidade adquira conhecimentos e consciência do problema para que possa participar efetivamente. A população

Leia mais

Dengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar.

Dengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar. Dengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar. O verão chega para agravar o pesadelo da dengue. As mortes pela doença aumentaram na estação passada e vem preocupando

Leia mais

DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) CIEVS/COVISA Novembro/2014

DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) CIEVS/COVISA Novembro/2014 DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) CIEVS/COVISA Novembro/2014 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INFORMAÇÃO MEDIDAS DE BIOSEGURANÇA Doença pelo Vírus Ebola (DVE) Descoberta: 1976 Dois focos simultâneos, emnzara, Sudão

Leia mais

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a gripe? É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe. Em

Leia mais

É MUITO GRAVE! COMBATER O MOSQUITO É DEVER DE TODOS!

É MUITO GRAVE! COMBATER O MOSQUITO É DEVER DE TODOS! Filiado a: Dengue, Chikungunya e Zika Vírus É MUITO GRAVE! COMBATER O MOSQUITO É DEVER DE TODOS! AEDES AEGYPTI Aedes Aegypti e Aedes Albopictus são as duas espécies de mosquito que podem transmitir Dengue,

Leia mais

Para impedir a propagação da dengue, você deve primeiramente impedir a reprodução de seu transmissor, o mosquito Aedes aegypti.

Para impedir a propagação da dengue, você deve primeiramente impedir a reprodução de seu transmissor, o mosquito Aedes aegypti. Cartilha de Dengue Para impedir a propagação da dengue, você deve primeiramente impedir a reprodução de seu transmissor, o mosquito Aedes aegypti. Conhecendo o ciclo biológico do mosquito O Aedes aegypti

Leia mais

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar.

Declaração de Conflitos de Interesse. Nada a declarar. Declaração de Conflitos de Interesse Nada a declarar. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DENGUE Vera Magalhães Prof. Titular de Doenças Infecciosas da UFPE DENGUE Família Flaviviridae Gênero Flavivirus Virus RNA:

Leia mais

E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA DENGUE: RESPONSABILIDADE DE TODOS RIBAS DO RIO PARDO/MS

E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA DENGUE: RESPONSABILIDADE DE TODOS RIBAS DO RIO PARDO/MS E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA DENGUE: RESPONSABILIDADE DE TODOS RIBAS DO RIO PARDO/MS MAIO/2015 E. E. DR. JOÃO PONCE DE ARRUDA E.E. DR. João Ponce de Arruda Rua: Conceição do Rio Pardo, Nº: 1997 Centro.

Leia mais

PALESTRA SOBRE O VIRUS ÉBOLA Dr. VENCESLAU BRAVO DANIEL VEMBA

PALESTRA SOBRE O VIRUS ÉBOLA Dr. VENCESLAU BRAVO DANIEL VEMBA PALESTRA SOBRE O VIRUS ÉBOLA Dr. VENCESLAU BRAVO DANIEL VEMBA O QUE É A DOENÇA PELO VÍRUS ÉBOLA É a infecção provocada pelo vírus Ébola, que é uma doença grave, muitas vezes fatal em seres humanos,macacos,

Leia mais

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14 Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14 DVE - Histórico Vírus Ebola foi identificado em 1976 em 2 surtos: no Zaire (atual República

Leia mais

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada.

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada. Influenza A H1N1 /GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: PERGUNTA 1. Quanto tempo o vírus da gripe suína permanece vivo numa maçaneta ou superfície lisa? 2. O álcool em gel é útil para limpar as mãos? 3. Qual

Leia mais

DENGUE. PROIBIDO RETORNAR. XXXXXX

DENGUE. PROIBIDO RETORNAR. XXXXXX DENGUE. PROIBIDO RETORNAR. XXXXXX Elimine água empoçada nos pratos de plantas e pneus velhos. Não deixe latas vazias, garrafas, potes plásticos, tampinhas, lixo e entulho expostos à chuva. Com o esforço

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

Secretaria de Estado da Saúde

Secretaria de Estado da Saúde Aedes aegypti ovos larvas pupas Inseto adulto Aedes aegypti É o mosquito que transmite Dengue Leva em média 7 dias de ovo a adulto; Tem hábitos diurnos; Vive dentro ou próximo de habitações humanas; A

Leia mais

NVEH Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar

NVEH Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar NVEH Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar BBOLLEETTI IM EEPPI IDEEMI IOLLÓGI ICO TTRRI IMEESSTTRRALL N o 11,, JJAN--FFEEV--MARR 22001111 NÚCLLEEO DEE VIGILLANCI IA EEPPI IDEEMI IOLLÓGI ICA HOSSPPI

Leia mais

[175] a. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE AVALIAÇÃO. Parte III P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S

[175] a. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE AVALIAÇÃO. Parte III P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S [175] Geralmente ocorre leucocitose com neutrofilia. A urina contém bile, proteína hemácias e cilindros. Ocorre elevação de CK que não é comum em pacientes com hepatite. Oligúria é comum e pode ocorrer

Leia mais

Dengue. Carlos Eduardo Gonçalves Ribeiro Felipe Carvalhal Felipe Jahara Henrique Rondinelli João Cláudio Migowski João Braga Luiz Arthur Ribeiro

Dengue. Carlos Eduardo Gonçalves Ribeiro Felipe Carvalhal Felipe Jahara Henrique Rondinelli João Cláudio Migowski João Braga Luiz Arthur Ribeiro Dengue Carlos Eduardo Gonçalves Ribeiro Felipe Carvalhal Felipe Jahara Henrique Rondinelli João Cláudio Migowski João Braga Luiz Arthur Ribeiro Professor César Fragoso Biologia Colégio de São Bento Turma

Leia mais

Introdução. Febre amarela. A mais famosa arbovirose (virose transmitida por artrópodes) Causa de morbidade importante desde o século XVII até hoje

Introdução. Febre amarela. A mais famosa arbovirose (virose transmitida por artrópodes) Causa de morbidade importante desde o século XVII até hoje A mais famosa arbovirose (virose transmitida por artrópodes) Causa de morbidade importante desde o século XVII até hoje Alta letalidade (em torno de 10%) Introdução Prof. Marco Antonio Zoonose endêmica,

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Perguntas e Respostas relativas à Encefalite Japonesa (Encefalite epidémica B)

Perguntas e Respostas relativas à Encefalite Japonesa (Encefalite epidémica B) Perguntas e Respostas relativas à Encefalite Japonesa (Encefalite epidémica B) 1. A encefalite japonesa e a encefalite epidémica B são a mesma doença? R: Sim, trata-se da mesma doença. A designação de

Leia mais

A INCIDÊNCIA DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE ITABUNA EM 2009

A INCIDÊNCIA DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE ITABUNA EM 2009 A INCIDÊNCIA DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE ITABUNA EM 2009 TRANZILLO, Eliene Maria dos Santos 1 MARTINS, Inatiane Campos Lima 2 BATISTA, Gustavo Silva 3 1. Introdução A dengue é um dos principais problemas

Leia mais

TODOS CONTRA O A PREVENÇÃO É A MELHOR SOLUÇÃO

TODOS CONTRA O A PREVENÇÃO É A MELHOR SOLUÇÃO TODOS CONTRA O MOSQUITO A PREVENÇÃO É A MELHOR SOLUÇÃO Sobre o Aedes aegypti O mosquito Aedes aegypti é o transmissor da Dengue, Chikungunya e e a infecção acontece após a pessoa receber uma picada do

Leia mais

Dayse Amarílio DENGUE

Dayse Amarílio DENGUE Dayse Amarílio DENGUE DENGUE AGENTE: Vírus Arbovírus 4 sorotipos RNA Transmissão indireta: VETOR- Aedes aegypti PI: 3 a 15 dias Doença febril aguda Exames diagnósticos: -Isolamento viral: Até o 5º dia.

Leia mais

Inimigo N 1 AGORA E TODO MUNDO CONTRA O MOSQUITO

Inimigo N 1 AGORA E TODO MUNDO CONTRA O MOSQUITO Inimigo N 1 o AGORA E TODO MUNDO CONTRA O MOSQUITO O mosquito esta muito mais perigoso A Bahia está em alerta com a epidemia de três doenças: Dengue, Chikungunya e Zika. Elas são transmitidas pela picada

Leia mais

Publicação Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN 1806-4272

Publicação Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN 1806-4272 Publicação Mensal sobre Agravos à Saúde Pública ISSN 1806-4272 Dezembro, 2007 Volume 4 Número 48 Dengue em números Dengue in Numbers Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses do Centro de

Leia mais

Taxa de incidência da dengue, Brasil e regiões, 1998-2001

Taxa de incidência da dengue, Brasil e regiões, 1998-2001 1 reintrodução da dengue no Brasil em 1986 pelo Estado do Rio de Janeiro um sério problema de Saúde Pública, com 8 epidemias associadas aos sorotipos 1, 2 e 3 taxas de incidência: novo aumento a partir

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO]

www.drapriscilaalves.com.br [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] [COMPLEXO RESPIRATÓRIO VIRAL FELINO] 2 Complexo Respiratório Viral Felino É um conjunto de sintomas causado pelas doenças Rinotraqueíte Felina e Calicivirose Felina. São doenças virais cujos sinais clínicos

Leia mais

Vírus - Características Gerais. Seres acelulares Desprovidos de organização celular. Não possuem metabolismo próprio

Vírus - Características Gerais. Seres acelulares Desprovidos de organização celular. Não possuem metabolismo próprio vírus Vírus - Características Gerais Seres acelulares Desprovidos de organização celular Não possuem metabolismo próprio Capazes de se reproduzir apenas no interior de uma célula viva nucleada Parasitas

Leia mais

Vacinação em massa contra febre amarela na África 4.

Vacinação em massa contra febre amarela na África 4. Publicação Científica do Curso de Bacharelado em Enfermagem do CEUT. Ano 2010 (1). Edição 17 Shirley da Luz Gomes 1 Rômulo Luis de Oliveira Bandeira 2 Selonia Patrícia Oliveira Sousa 3 Otacílio Batista

Leia mais

NOTA TÉCNICA Nº 001 DIVE/SES/2014

NOTA TÉCNICA Nº 001 DIVE/SES/2014 ESTADO DE SANTA CATARINA SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NOTA TÉCNICA Nº 001 DIVE/SES/2014 Assunto: Orienta

Leia mais

MITOS X VERDADES SOBRE A DENGUE

MITOS X VERDADES SOBRE A DENGUE Uma boa alimentação garante imunidade à doença? Mito. Não há algum alimento específico contra a dengue. Porém, uma alimentação incluindo frutas e vegetais, torna o organismo da pessoa mais saudável e o

Leia mais

Terapêutica da Dengue Hemorrágica

Terapêutica da Dengue Hemorrágica XXIII Congresso Médico da Paraíba Terapêutica da Dengue Hemorrágica Dr a Ana Isabel Vieira Fernandes Infectologista Dengue no Brasil Dengue Hemorrágica Óbitos 1995 2 114 Casos 1996 1997 1 9 46 69 1998

Leia mais

DENGUE E FEBRE AMARELA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV

DENGUE E FEBRE AMARELA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV DENGUE E FEBRE AMARELA Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV Os Arbovírus ARBOVÍRUS = ARthropod BOrne VIRUS Arbovírus pertencem a três famílias: Togavírus Bunyavírus Flavivírus: Febre

Leia mais

1. DENGUE. Gráfico 1 Incidência de casos de dengue por Distrito Sanitário em Goiânia 2015, SE 21. Fonte: IBGE 2000 e SINAN/DVE/DVS/SMS- Goiânia

1. DENGUE. Gráfico 1 Incidência de casos de dengue por Distrito Sanitário em Goiânia 2015, SE 21. Fonte: IBGE 2000 e SINAN/DVE/DVS/SMS- Goiânia 1. DENGUE Em 2015, até a 21ª semana epidemiológica foram notificados 54.675 casos com incidência de 3.871,2/100.000 habitantes e quando comparado ao mesmo período do ano anterior observa-se um aumento

Leia mais

INFORME TÉCNICO SEMANAL: DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA E MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA

INFORME TÉCNICO SEMANAL: DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA E MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA 1. DENGUE Em 2015, até a 52ª semana epidemiológica (SE) foram notificados 79.095 casos, com incidência de 5.600,2/100.000 habitantes. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior observa-se um aumento

Leia mais

NOTA TÉCNICA Nº. 01/2010/DIVE/SES

NOTA TÉCNICA Nº. 01/2010/DIVE/SES S ESTADO DE SANTA CATARINA SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NOTA TÉCNICA Nº. 01/2010/DIVE/SES Assunto:

Leia mais

GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: Até 10 horas.

GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: Até 10 horas. GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: PERGUNTA 1.- Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa? 2. - Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos? 3.- Qual é a forma de contágio

Leia mais

HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR

HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR HOSPITAL DE CLÍNICAS UFPR HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA 27 de abril DIREÇÃO DE ASSISTÊNCIA SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA INFECTOLOGIA CLÍNICA - ADULTO E PEDIÁTRICA SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Leia mais

Hepatites Virais 27/07/2011

Hepatites Virais 27/07/2011 SOCIEDADE DIVINA PROVIDÊNCIA Hospital Nossa Senhora da Conceição Educação Semana Continuada de Luta Contra em CCIH as Hepatites Virais 27/07/2011 Enfº Rodrigo Cascaes Theodoro Enfº CCIH Rodrigo Cascaes

Leia mais

ARBOVÍRUS & ARBOVIROSES. Walter Reed

ARBOVÍRUS & ARBOVIROSES. Walter Reed ARBOVÍRUS & ARBOVIROSES Walter Reed Os Arbovírus Arbovírus (de arthropod borne virus ) são vírus que podem ser transmitidos ao homem por vetores artrópodos. Definição da OMS: vírus mantidos na natureza

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA Secretaria da Saúde do Estado da Bahia Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde NOTA TÉCNICA Nº 03/2015 DIVEP/LACEN/SUVISA/SESAB Assunto: Casos de ZIKA Vírus e de Doença

Leia mais

INFORME SEMANAL DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

INFORME SEMANAL DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA INFORME SEMANAL DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA Perguntas e respostas sobre a FEBRE CHIKUNGUNYA O que é Chikungunya? É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida

Leia mais

TÍTULO:A NECESSIDADE DE CONSCIENTIZAÇÃO NA LUTA CONTRA A DENGUE.

TÍTULO:A NECESSIDADE DE CONSCIENTIZAÇÃO NA LUTA CONTRA A DENGUE. TÍTULO:A NECESSIDADE DE CONSCIENTIZAÇÃO NA LUTA CONTRA A DENGUE. AUTORES:Madureira, M.L 1.; Oliveira, B.C.E.P.D 1.; Oliveira Filho, A. M. 2 ; Liberto, M.I.M. 1 & Cabral, M. C. 1. INSTITUIÇÃO( 1 - Instituto

Leia mais

NOTA TÉCNICA 2. Investigação de casos de Encefalite Viral de Saint Louis, notificados no município de São José do Rio Preto SP, agosto de 2006.

NOTA TÉCNICA 2. Investigação de casos de Encefalite Viral de Saint Louis, notificados no município de São José do Rio Preto SP, agosto de 2006. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Prof. Alexandre Vranjac NOTA TÉCNICA 2 Investigação de casos de Encefalite Viral de Saint Louis, notificados

Leia mais

CONFIRA DICAS PARA ENFRENTAR O ALTO ÍNDICE ULTRAVIOLETA

CONFIRA DICAS PARA ENFRENTAR O ALTO ÍNDICE ULTRAVIOLETA PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Edifício Durval Silva, QD. 103 Sul, Rua SO-07, LT. 03, Centro CEP 77.016-010 Telefone: (63) 3218-5210 / E-mail: cievspalmas@gmail.com VIGILÂNCIA

Leia mais

Somos os superexterminadores da dengue. missão é combater... ... e eliminar o mosquito. dessa doença. Junte-se ao batalhão de operações

Somos os superexterminadores da dengue. missão é combater... ... e eliminar o mosquito. dessa doença. Junte-se ao batalhão de operações 1 Somos os superexterminadores da dengue. Nossa missão é combater...... e eliminar o mosquito transmissor dessa doença. Junte-se ao batalhão de operações MATA-MOSQUITO. Saiba mais sobre a dengue e torne-se

Leia mais

SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COORDENAÇÃO DE DENGUE

SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COORDENAÇÃO DE DENGUE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COORDENAÇÃO DE DENGUE NOTA TÉCNICA nº 01/2014 GVEDT/SUVISA/SES-GO COORDENAÇÃO DE DENGUE Goiânia,

Leia mais

ESTRUTURA VIRAL. Visualização: apenas ao ME. Não apresentam estrutura celular (acelulares) Estrutura básica: Cápsula protéica (capsídeo)

ESTRUTURA VIRAL. Visualização: apenas ao ME. Não apresentam estrutura celular (acelulares) Estrutura básica: Cápsula protéica (capsídeo) VÍRUS CARACTERÍSTICAS Organismos acelulares Não possuem metabolismo Características vitais: Reprodução Evolução Possui grande capacidade proliferativa Só se reproduz no interior de células que estejam

Leia mais

Dengue grave. Diagnóstico laboratorial da dengue em seres humanos

Dengue grave. Diagnóstico laboratorial da dengue em seres humanos Prefeitura Municipal de Curitiba - Secretaria Municipal da Saúde Centro de Epidemiologia - Vigilância Epidemiológica DENGUE (CID A90 ou A91) CHIKUNGUNYA (CID A92) ZIKA (CID A92.8) Definição de caso suspeito

Leia mais

NOTA TECNICA SAÚDE-N. 26-2015. Título: CNM alerta municípios em áreas de risco do mosquito Aedes aegypti

NOTA TECNICA SAÚDE-N. 26-2015. Título: CNM alerta municípios em áreas de risco do mosquito Aedes aegypti NOTA TECNICA SAÚDE-N. 26-2015 Brasília, 01 de dezembro de 2015. Área: Área Técnica em Saúde Título: CNM alerta municípios em áreas de risco do mosquito Aedes aegypti Fonte: Dab/MS/SAS/CNS 1. Em comunicado

Leia mais

O QUE VOCÊ PRECISA SABER

O QUE VOCÊ PRECISA SABER DIAGNÓSTICO DE INFLUENZA E OUTROS VIRUS RESPIRATÓRIOS NO HIAE. O QUE VOCÊ PRECISA SABER Maio de 2013 Laboratório Clínico Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Apenas para lembrar alguns aspectos das

Leia mais

ATCHIM!! Gripe Suína. Influenza A. Conheça essa doença que está assustando todo mundo...

ATCHIM!! Gripe Suína. Influenza A. Conheça essa doença que está assustando todo mundo... ATCHIM!! Gripe Suína Influenza A Conheça essa doença que está assustando todo mundo... Coordenadoria de Assistência Social da Universidade de São Paulo Divisão de Promoção Social Educação em Saúde São

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015.

RESIDÊNCIA MÉDICA 2015. Recursos de estudo na Área do Aluno Site SJT Educação Médica Aula À La Carte Simulados Presenciais e on-line Cursos Extras Antibioticoterapia Prático SJT Diagnóstico por imagem Eletrocardiografia Revisão

Leia mais

GESTÃO DE RISCOS PARA CASOS DE DVE. Maria Inês Pinheiro Costa

GESTÃO DE RISCOS PARA CASOS DE DVE. Maria Inês Pinheiro Costa GESTÃO DE RISCOS PARA CASOS DE DVE Maria Inês Pinheiro Costa O problema... O problema... Podemos afirmar? Não há nenhum caso suspeito ou confirmado da doença no país. Anvisa e Ministério recomendaram mais

Leia mais

Nota Técnica N.º 29 /14 Recife, 09 de outubro de 2014. Assunto: Notificação dos casos suspeitos da Febre Chikungunya

Nota Técnica N.º 29 /14 Recife, 09 de outubro de 2014. Assunto: Notificação dos casos suspeitos da Febre Chikungunya Nota Técnica N.º 29 /14 Recife, 09 de outubro de 2014 Assunto: Notificação dos casos suspeitos da Febre Chikungunya 1. Características da doença A Febre do Chikungunya (CHIKV) é uma doença causada por

Leia mais

VIROLOGIA RETROVÍRUS 1. HIV

VIROLOGIA RETROVÍRUS 1. HIV Instituto Federal de Santa Catarina Curso Técnico em Biotecnologia Unidade Curricular: Microbiologia VIROLOGIA RETROVÍRUS 1. Prof. Leandro Parussolo O que é um retrovírus? É qualquer vírus que possui o

Leia mais

Perguntas e Respostas sobre Chikungunya CARACTERÍSTICAS

Perguntas e Respostas sobre Chikungunya CARACTERÍSTICAS Perguntas e Respostas sobre Chikungunya CARACTERÍSTICAS O que é Chikungunya? É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti

Leia mais

GRIPE sempre deve ser combatida

GRIPE sempre deve ser combatida GRIPE sempre deve ser combatida Aviária Estacional H1N1 SAZONAL suína GRIPE = INFLUENZA Que é a INFLUENZA SAZONAL? É uma doença própria do ser humano e se apresenta principalmente durante os meses de inverno

Leia mais

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria

Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Fique atento ao abuso de antibióticos na pediatria Criado em 22/04/15 10h50 e atualizado em 22/04/15 11h27 Por Sociedade Brasileira de Pediatria Para se ter sucesso no tratamento da criança alérgica ou

Leia mais

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico

Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Proteja-se! Faça Chuva ou faça Sol, vacine-se a partir de Outubro e até ao final do Inverno. Consulte o seu médico Gripe Perguntas Frequentes Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Papilomavírus Humano HPV

Papilomavírus Humano HPV Papilomavírus Humano HPV -BIOLOGIA- Alunos: André Aroeira, Antonio Lopes, Carlos Eduardo Rozário, João Marcos Fagundes, João Paulo Sobral e Hélio Gastão Prof.: Fragoso 1º Ano E.M. T. 13 Agente Causador

Leia mais

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti

Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti Dengue O que é a Dengue? A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que

Leia mais

Instituto de Higiene e Medicina Tropical/IHMT. Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento/FLAD. Fundação Portugal - África

Instituto de Higiene e Medicina Tropical/IHMT. Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento/FLAD. Fundação Portugal - África Instituto de Higiene e Medicina Tropical/IHMT APOIO: Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento/FLAD Casa de Cultura da Beira/CCB CERjovem ATENÇAÕ MULHER MENINA! Fundação Portugal - África RESPOSTAS

Leia mais

Polo EAD de Nova Friburgo

Polo EAD de Nova Friburgo Polo EAD de Nova Friburgo CEDERJ UAB Aplicações da Biotecnologia no combate a dengue No sábado 14 de maio, a equipe da disciplina Tópicos em Biotecnologia, do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas,

Leia mais