RELATÓRIO ANALÍTICO TERRITÓRIO RURAL MANAUS E ENTORNO - AMAZONAS

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1 1 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico - CNPq Secretaria de Desenvolvimento Territorial - SDT Universidade Federal do Amazonas - UFAM RELATÓRIO ANALÍTICO TERRITÓRIO RURAL MANAUS E ENTORNO - AMAZONAS Manaus, setembro de 211

2 2 EQUIPE: Coordenação Antônio Carlos Witkoski Vice-coordenação Therezinha de Jesus Pinto Fraxe Professor-colaborador Davyd Spencer Ribeiro de Souza Kátia Viana Cavalcante Técnico da Célula de Acompanhamento e Informação Maria Elizabeth de Assis Elias Bolsistas Álvaro Jardel Conceição Santos de Oliveira Francisca Bispo de Sousa Colaboradores Allison dos Santos Andrade Amanda Nina Ramos Christiane Albuquerque Feitoza Guilherme Henriques Soarez Gleide de Souza da Costa Janaína de Aguiar Marinete da Silva Vasques Paulo Rodrigo de Sousa Santos Ricardo de Oliveira e Silva Rila da Costa Arruda Talita dos Reis Guimarães Apresentação

3 3 A abordagem aqui pretendida toma como aporte teórico-metodológico as contribuições conceituais referentes ao estudo das políticas públicas, no contexto do qual o Programa de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais PDSTR pode ser tomado como um tipo de ação pública, cuja implementação aponta para a necessidade de uma análise sistemática do processo de gestão. A abordagem da estratégia de desenvolvimento territorial sob o ponto de vista das políticas públicas coloca em destaque o estudo da ação pública, isto é, da ação do Estado em face das demandas da sociedade. Deste modo, o foco da investigação não é o Estado em si, mas a sua ação, isto é, a forma e os procedimentos adotados ao longo da formulação e implementação das políticas públicas. A política assume papel imprescindível na coordenação das políticas públicas, uma vez que estas são, na verdade, outputs, isto é, resultados da atividade política. Neste sentido, as políticas públicas [...] compreendem o conjunto das decisões e ações relativas à alocação imperativa de valores (RUA, 1998: 232). Esta compreensão acerca da relação entre política e ação pública revela uma importante distinção: a de que política pública e decisão política não é a mesma coisa. A política pública é o resultado de um conjunto de diferentes decisões e ações estratégicas selecionadas ou demandadas para implementar aquilo que foi decidido ou deliberado. Já a decisão política tem a ver com a escolha feita dentre uma diversidade de possibilidades. Tem a ver também com a hierarquia das referências dos atores envolvidos, expressando uma certa adequação entre os fins pretendidos e os meios disponíveis. Assim, embora uma política pública implique decisão política, nem toda decisão política chega a constituir uma política pública (Idem, p. 232). A dimensão política constitui, portanto, uma das questões centrais da investigação sobre o PDSTR, entendido aqui como um tipo de ação pública que resulta de um conjunto de decisões políticas tomadas no âmbito da esfera pública política, cuja formação se dá principalmente pela reunião de atores vinculados ao poder público, mas também à sociedade civil. Um aspecto importante a salientar na formulação de políticas públicas diz respeito às demandas da sociedade, ou seja, as necessidades expressas por determinados grupos ou amplos setores da sociedade. Trata-se, neste caso, de reivindicações das mais diversas possíveis, não limitadas a bens e serviços imediatos, como saúde, educação e etc. Tais reivindicações podem ser, inclusive, da ordem da participação no sistema político, de controle da ação pública, dentre outras. O conflito social no âmbito das políticas públicas também constitui uma questão importante, uma vez que a arena política de tomada de decisão é composta de diferentes atores políticos, cuja ação é movida por diferentes interesses e demandas. Estes atores têm algo a ganhar ou perder com as decisões tomadas acerca de uma política pública. A política, neste sentido, aparece como meio necessário para a resolução de conflitos de interesse e conseqüentemente para o estabelecimento de acordos racionais legítimos e aceitos pelos atores participantes do processo, dentre os quais os atores públicos políticos e burocratas e os atores privados empresários (RUA, 1998).

4 4 Em face da variedade de atores que constituem a arena política, é importante compreender a dinâmica das relações entre os atores. Esta dinâmica pode revelar uma luta social pela efetivação de fins particulares, onde um grupo pode ganhar, ter sucesso, e outro perder. Todavia, não se trata de uma forma rígida de perda e ganho para os atores envolvidos, já que os interesses podem ser relativizados. Importa também destacar os jogos e debates concernentes à dinâmica das relações entre os atores. O debate, em particular, ocorre mediante o processo discursivo-argumentativo [...] em que cada um procura convencer o outro da conveniência de suas propostas, de tal maneira que o que vence é aquele que se mostra capaz de transformar o adversário em um aliado. Aqui, a lógica é a persuasão, envolve análise e argumentação, e o conhecimento técnico desempenha um papel dos mais relevantes (Idem, p. 242). A investigação acerca da dinâmica das relações entre os atores políticos é fundamental para a compreensão da própria implementação do PDSTR. A tomada das relações políticas entre os atores como objeto de estudo visa apreender o sentido da ação social, os interesses e preferências que marcam as identidades dos atores e grupos sociais. Assim, torna-se imprescindível analisar o processo de formação dos acordos e das deliberações realizadas pelo conjunto dos atores sociais. De mesma forma, a capacidade de persuasão, o domínio do conhecimento técnico, a troca de favores, as manifestações e proposições oriundas da pressão pública, também constituem objeto de investigação do jogo político e das relações estabelecidas entre os atores políticos, os quais aparecem como atores específicos e não entidades genéricas como a sociedade ou o governo (RUA, 1998). Importante salientar que a abordagem do PDSTR sob o ponto de vista teórico-conceitual das políticas públicas coloca em relevo a necessidade de identificar com clareza e precisão o problema político que norteia a agenda governamental, constituindo-se em uma prioridade para os tomadores de decisão vinculados à esfera pública administrativa. O problema político se distingue de um mero estado de coisas, isto é, de algo que pode incomodar, prejudicar, gerar insatisfação para muitos indivíduos, mas que não chega a ser discutido, problematizado e definido como um problema a ser incorporado pela agenda governamental para uma possível solução. Deste ponto de vista, este estudo ora em curso busca identificar e analisar o problema político central que constitui o objeto da ação do PDSTR e dos atores em nível local. Sabe-se, contudo, que o problema político de uma política pública pode aparecer como um conjunto articulado de problemas que demandam uma ação holística, integrada e efetiva por parte do poder público, no sentido de dar conta do problema tanto do ponto de vista macro, quanto do ponto de vista micro, de forma que, assim, os resultados da ação sejam sensíveis para aqueles que a demandam. Em face disto, o foco da pesquisa busca analisar o PDSTR, mais precisamente a gestão social do território, ao longo de um processo, cujo desdobramento compreende a formulação, a tomada de decisão, a implementação e a própria avaliação de sua efetividade. Neste sentido, ao estudarmos a gestão do PDSTR mediante a separação das etapas de formulação, de decisão, implementação e

5 5 avaliação dos resultados buscamos facilitar o processo de análise, uma vez que tal seguimentação não constitui, na prática, um fato real ao longo do processo político (RUA, 1998). Nossa preocupação acerca do PDSTR refere-se precisamente a sua implementação, a qual diz respeito às ações necessárias para que uma política saia do papel e funcione efetivamente. Assim, a implementação pode ser compreendida como o conjunto de ações realizadas por grupos ou indivíduos, de natureza pública ou privada, com vistas à obtenção de objetivos estabelecidos antes ou durante a execução das políticas (Idem, p. 252). Deste modo, a análise da implementação não pode deixar de investigar o tipo de política e de arenas políticas que abrange todo o processo de construção e efetivação de uma política pública. [...] diferentes tipos de políticas e de arenas políticas envolvem diferentes participantes com distintos níveis de envolvimento, conforme o que esteja em jogo no momento. Assim, alguns tipos de políticas podem ser mais ou menos difíceis de implementar, podem ter maior ou menor probabilidade de interferência externa (Ibidem, p. 254). Deste ponto de vista, busca-se analisar o tipo de política e de arena política no contexto dos quais se insere o PDSTR. O CODETER é tomado aqui como um tipo de arena política significativa, na qual está inserida uma pluralidade de atores políticos vinculados à sociedade civil, ao poder público e ainda ao setor privado. Na abordagem desta arena política, considera-se o contexto inter e intraorganizacional no qual ocorre a implementação; e o mundo externo sobre o qual a política deverá exercer seu impacto. Portanto, a investigação acerca do PDSTR apóia-se na idéia de implementação como a formulação em processo, uma vez que nem sempre todas as decisões são tomadas durante fase que se convencionou chamar de formulação. Na verdade, existem diversas razões para que boa parte das decisões seja adiada para a fase de implementação, tornando a efetivação do Programa ou da política pública um processo não dinâmico e passível de mudanças e intervenções. Assim, o processo de implementação pode ser uma seqüência da formulação, envolvendo flexibilização, idas e vindas, um contínuo processo de interação e negociação ao longo do tempo, entre aqueles que querem pôr em prática uma política e os responsáveis pela execução dessa política (Ibidem, p. 257).

6 6 Lista de Siglas CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico SDT Secretaria de Desenvolvimento Territorial UFAM Universidade Federal do Amazonas SEPLAN Secretaria de Planejamento IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SEGOV Secretaria de Governo IDH Índice de Desenvolvimento Humano IDAM Instituto de Desenvolvimento Agrário do Estado do Amazonas ECT Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos COSAMA Companhia de Saneamento do Amazonas CEAM Companhia Energética do Amazonas ONG Organização Não-governamental FEMUPA Festival da Música Popular de Autazes FECANON Festival da Canção de Nova Olinda do Norte PNATER Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural FECANI Festival da Canção de Itacoatiara ZFM Zona Franca de Manaus CNM Confederação Nacional de Municípios SUSAM Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas FUNASA Fundação Nacional de Saúde SGE Sistema de Gestão Estratégica MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário SDT Sindicato dos Trabalhadores Rurais CAI Célula de Acompanhamento e Informação PIM Parque Industrial de Manaus NUSEC Núcleo de Socioeconomia PTDRS Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável CODETER Colegiado de Desenvolvimento Territorial SEPROR Secretaria Estadual de Produção Rural SEARP Secretaria de Articulação de Políticas Públicas CMDRS Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável CEF Caixa Econômica Federal ICV Índice de Condições de Vida Ceb Comunidades Eclesiásticas de Base Pronaf Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar LISTA DE FIGURAS

7 7 Figura 1 Identidade Territorial Manaus e Entorno...57 Figura 2 Definição dos limites do território Manaus e Entorno...58 Figura 3 Visão de futuro do território Manaus e Entorno...59 Figura 4 Características marcantes do território Manaus e Entorno...62 Figura 5 História comum do território Manaus e Entorno...63 Figura 6 Principais conflitos no território Manaus e Entorno...65 Figura 7 Biograma dos indicadores de capacidades institucionais...68 Figura 8 Quantas reuniões formais o colegiado realizou desde a sua constituição...8 Figura 9 Com que freqüência a plenária do colegiado se reúne...81 Figura 1 Como é avaliada a capacidade de decisão de cada um dos seguintes membros do colegiado...82 Figura 11 Mecanismos utilizados para a tomada de decisões do colegiado...83 Figura 12 Freqüência dos temas tratados no colegiado...9 Figura 13 Elaboração de documentos que contenha uma visão de longo prazo do território...91 Figura 14 Papel desempenhado pelo colegiado territorial na elaboração do PTDRS...93 Figura 15 Freqüência dos problemas que prejudicam o desempenho do colegiado...94 Figura 16 Mecanismos de comunicação utilizados pelo colegiado para informar suas ações e decisões à comunidade...98 Figura 17 Mapa do Território Rural Manaus e Entorno...18 Figura 18 Faixa etária dos/as entrevistados/as ICV, Figura 19 ICV familiar Figura 2 ICV Agricultura Familiar Figura 21 ICV com produção Figura 22 ICV sem produção Figura 23 Análise integradora de indicadores e contextos...138

8 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Indicadores na Área de Serviços de Saúde nos Municípios do Polo LISTA DE QUADROS

9 9 Quadro 1 Informações gerais sobre os municípios do polo Quadro 2 Aspectos da situação geográfica e ambiental...15 Quadro 3 Aspectos demográficos da população residente no município...17 Quadro 4 Aspectos econômicos dos municípios do polo Quadro 5 Serviço de assistência técnica e extensão rural nos municípios do polo Quadro 6 Indicadores na área de serviços de saúde nos municípios do polo Quadro 7 Indicadores da área do sistema educacional nos municípios do polo Quadro 8 Aspectos da infraestrutura básica dos municípios do polo Quadro 9 Eventos culturais nos municípios do polo Quadro 1 Informações gerais sobre os municípios do polo Quadro 11 Aspectos da situação geográfica e ambiental...29 Quadro 12 Aspectos demográficos da população residente no município...3 Quadro 13 Aspectos econômicos dos municípios do polo Quadro 14 Assistência técnica e extensão rural nas comunidades pesquisadas...32 Quadro 15 Indicadores da área do sistema educacional nos municípios do polo Quadro 16 Aspectos da infraestrutura básica dos municípios do polo Quadro 17 Eventos culturais nos municípios do polo Quadro 18 Informações gerais sobre os municípios do polo Quadro 19 Aspectos da situação geográfica e ambiental...42 Quadro 2 Aspectos demográficos da população residente nos municípios do polo Quadro 21 Aspectos econômicos dos municípios do polo Quadro 22 Serviço de assistência técnica e extensão rural nos municípios do polo Quadro 23 Indicadores na área de serviços de saúde nos municípios do polo Quadro 24 Indicadores na área do sistema educacional nos municípios do polo Quadro 25 Aspectos da infraestrutura básica dos municípios do polo Quadro 26 Eventos culturais nos municípios do polo Quadro 27 Metas e objetivos do território Manaus e Entorno...6 Quadro 28 Indicadores de capacidade institucionais...67 Quadro 29 Municípios e comunidades de aplicação do ICV no território Manaus e Entorno...19 Quadro 3 Os principais produtos da agricultura familiar de acordo com os municípios que compõem a pesquisa do ICV Quadro 31 Componentes da infraestrutura física básica nas comunidades rurais Quadro 32 Principais componentes domésticos nos domicílios rurais Quadro 33 Fatores do desenvolvimento Quadro 34 Características do desenvolvimento Quadro 35 Efeitos do desenvolvimento SUMÁRIO

10 1 1 Contextualização Identidade Territorial Capacidades Institucionais Gestão do Colegiado Avaliação dos Projetos Índice de Condições de Vida Análise Integradora de Indicadores e Contextos Propostas e Ações Território Anexo: validação de instrumentos e procedimentos para o

11 11 1 Contextualização As informações dos municípios que compõem o Território Manaus e Entorno envolvem as principais características sobre as dimensões geográficas, histórica, demográfica, econômica e de infraestrutura de 13 municípios, divididos territorialmente em 3 Pólos, tais como; Pólo 1: Manaquiri, Autazes, Careiro da Várzea, Careiro Castanho e Nova Olinda do Norte, Pólo 2: Itapiranga, Silves, Itacoatiara e Urucurituba, Pólo 3: Manaus, Iranduba, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo. Localizam-se no Estado do Amazonas na região Norte do Brasil. A análise de caracterização desses municípios seguirá essa organização territorial em Pólos conforme será apresentada a seguir. Pólo 1: Manaquiri, Autazes, Careiro da Várzea, Careiro-Castanho e Nova Olinda do Norte Aspectos Históricos Manaquiri Suas origens remetem ao município do Careiro Castanho, cujo povoamento da região ganha impulso a partir de 1877, com a chegada numerosa de nordestinos, principalmente cearenses. Em 1938, com o desenvolvimento local, é criado o distrito de Careiro como parte do município de Manaus. Em 1955, o Careiro é desmembrado, passando a constituir município autônomo. Em sua estrutura administrativa figuram os seguintes subdistritos: Careiro, Curari, Garupá, Mamori, Janauacá, São Joaquim e Manaquiri. Em 1 de dezembro de 1981, pela Emenda Constitucional nº 12, o distrito de Manaquiri, acrescido de outros territórios também do Careiro e mais áreas contíguas de Manacapuru e Borba, passa a constituir o município autônomo de Manaquiri (CNM, 211; SEPLAN, 211). Autazes Era uma região bastante conhecida já no Século XVIII, pela habitação dos índios Mura famosos por resistirem ao sistema colonizador dos portugueses. A origem do nome "Autazes" vem dos rios Autaz-Açú e Autaz-Mirim, ambos penetram e cortam o município de norte a sul. A exploração de suas terras se iniciou por volta de 1637, através do Rio Madeira, pelos

12 12 produtores de cacau e demais trabalhadores de produtos naturais. Porém, a ocupação definitiva de Autazes só aconteceu por volta de 186. A Cabanagem também foi presenciada em suas terras, por volta de 1835 e 184. Esse acontecimento, extraordinário na História do Brasil, envolveu índios, mestiços, negros e alguns brancos pobres que buscavam melhores condições de vida. O município de Autazes foi constituído juridicamente como município pela Lei nº 96 de 19 de dezembro de 1955, com o território desmembrado de Itacoatiara e Borba. Entretanto, sua ocupação consta desde 186 com a chegada de colonos oriundos de várias partes do Amazonas e do Nordeste, atraídos pela perspectiva de enriquecimento com a exploração da borracha. A sede do município surgiu com a demarcação do lugar Vida Nova (Atualmente Autazes) em 189, por Luís Magno Cardoso, e foi sendo efetivamente ocupada com a implantação de atividades econômicas (extrativista, agrícola e pecuária). Careiro da Várzea Cria-se no ano de 1938 no município de Manaus, através do Decreto Lei n. 176, o distrito do Careiro. Em 1955, é desmembrado do município de Manaus o seu território e o Careiro passa a ser município autônomo. No mesmo ato, a Vila do Careiro, sede do município, é elevada à categoria de cidade. De acordo com as mesmas fontes de pesquisa, através da Lei n de 3 de dezembro de 1987, o município, sede da antiga Vila do Careiro, é criado sob a denominação de Careiro da Várzea que tem 9% de seu território coberto por várzea. Pela mesma lei é desmembrado do município de Careiro. Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído distrito sede. Careiro Castanho Esse município recebeu a denominação distrito do Careiro, através do Decreto Lei nº 176, de 1 de dezembro de Elevado a categoria de município do Careiro, pela lei estadual nº 99, de 19 de dezembro de 1955, desmembrando-se do município de Manaus passa a ser município autônomo e é elevado à categoria de cidade. Em 1977 a sede do município é transferida para uma área de terra firme. Nova Olinda do Norte Em 19 de dezembro de 1955, pela Lei Estadual nº 96, o município de Nova Olinda do Norte foi criado, com território desmembrado dos municípios de Maués e Itacoatiara, com sede na localidade de Nova Olinda do Norte, elevada à categoria de Cidade. Habitavam

13 13 primitivamente a região, os índios: Turás, Muras, Mundurucus e outros. A história de Nova Olinda do Norte está estreitamente ligada à exploração do petróleo do Amazonas. No dia 13 de maio de 1955 jorrou petróleo em Nova Olinda. Ficou conhecida como a cidade do petróleo e chegou a ser visitada por dois Presidentes da República Café Filho e Juscelino Kubitschek. Em 31 de janeiro de 1956, deu-se a instalação do município de Nova Olinda do Norte. Aspectos Territoriais e Demográficos1 Manaquiri O Município está localizado na 7ª região do Rio Negro/Solimões. Dista da Capital do Estado 6 km em linha reta e 67 km via fluvial. Sua área territorial é de 3.985,1 Km², com densidade demográfica de 5,74 habitantes por km². Os nascidos nesse município recebem o nome gentílico de Manaquiriense. Possui clima tropical, chuvoso e úmido com temperatura: máxima de 3,9ºC e mínima de 24ºC. Altitude é de 34m acima do nível do mar. Coordenadas Geográficas: situa-se a 3º 33` 23`` de latitude sul e a 6º 18` 34`` de longitude a oeste de Greenwich. Limita-se com os municípios de Iranduba, Beruri, Manacapuru e Careiro. Autazes O Município de Autazes localiza-se na 7ª região do Rio Negro-Solimões, dista da Capital do Estado cerca de 11 km em linha reta e 218 km via fluvial. Sua área territorial é a maior do Pólo 1 com 7.632,1 Km², conforme se pode observar no Quadro 1, com a menor densidade demográfica dentre as demais cidades pertencentes a este Pólo, correspondendo a 4,19 habitantes por km². Sendo assim, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é o maior do Pólo, com,661. Apresenta como código de identificação municipal o nº 133. Possui um clima quente e úmido, com temperatura: máxima 39º e mínima 28º. Sua altitude é de 5m acima do nível do mar. Coordenadas Cartesianas: encontra-se a 3º 36 de latitude sul e 59º 8 de longitude a oeste de Greenwich. Limita-se com os municípios de Itacoatiara, Borba, Nova Olinda do Norte, Careiro da Várzea e Careiro. Careiro da Várzea Localizado na 7ª região do Rio Negro Solimões. Dista da Capital do Estado 29 km em linha reta. Sua área territorial é a menor do Pólo 2 com apenas Km², apresentando a maior densidade demográfica em comparação aos municípios deste Pólo com 9,11 habitantes 1 Os dados a seguir têm como fonte: IBGE/Cidades, censo 21; 2 - SEPLAN (21) IDH-M (Referente ao ano de 2); 3 - SEGOV (211).

14 14 por km². O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal corresponde a,658. Os nascidos nessa cidade recebem o nome gentílico de Careirense, com código municipal de identificação nº O clima é tropical chuvoso e úmido, com temperatura: máxima de 33ºC e mínima de 38ºC. A altitude corresponde a 3m acima do nível do mar. Coordenadas Cartesianas: 3º12 1 de latitude sul e 59º48 43 de longitude a oeste de Greenwich. Limita-se com os municípios do Careiro, Autazes, Manaus, Manaquiri, Iranduba e Itacoatiara. (IBGE, 21; SEPLAN, 21) IDH, 23; SEGOV, 211). Careiro Castanho O município situa-se 7ª região do Rio Negro Solimões, dista da Capital do Estado 12 km em linha reta. Sua área é de 6.124,3 Km², é a segunda maior cidade em extensão territorial do Pólo 1, com densidade de 5,36 habitantes por km². O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal corresponde a,63. Os nascidos nesse município recebem o nome gentílico de Careirense, com código de identificação municipal nº O clima é equatorial, com umidade e temperatura máxima de 38ºC e mínima de 28ºC. Altitude é de 3m acima do nível do mar. Coordenadas Cartesianas: situa-se a 3º 12` de latitude sul e a 59º 1` 46` de longitude a oeste de Greenwich. Limita-se com os municípios de Borba, Autazes, Manaus, Manaquiri, Iranduba e Itacoatiara. Nova Olinda do Norte O município está localizado na 8ª região do Médio Amazonas, dista da Capital do Estado 138 km em linha reta e 144 km via fluvial. Sua área territorial é de km², com densidade demográfica de 5,48 habitantes por km². O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é o menor da região do Pólo 1 com,629. Os nascidos nessa cidade recebem o nome gentílico de Nova Olindense, e o código de identificação da cidade é o nº O clima é o tropical, chuvoso e úmido, com temperatura máxima de 32,7ºC e mínima de 22ºC. A altitude é de 3m acima do nível do mar. Coordenadas Cartesianas: situa-se a 3º 45` 23`` de latitude sul e a 59º 3` 25`` de longitude a oeste de Greenwich. Limita-se com os municípios de Maués, Borba, Itacoatiara e Autazes. Município (1) Gentílico (1) Código do município (1) Área da unidade Territorial (Km2) (1)Densidade demográfica (hab/km2)

15 15 Manaquiri Manaquiriense ,1 5,74 Autazes Autazense ,1 4,19 Careiro da Várzea Careiro Castanho Careirense da Várzea Careirense , ,3 5,36 Nova Olinda do Norte Nova Olindense ,48 Município Manaquiri Autazes Careiro da Várzea Careiro Castanho Nova Olinda do Norte SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO Localização da sede do município (2)Municípios limítrofes Lat Long 3º 33` 23`` 6º 18` 34`` Iranduba, Beruri, Manacapuru e Careiro -3º 36-59º 8 Itacoatiara, Borba, Nova Olinda do Norte, Careiro da Várzea e Careiro -3º 12' 1'' - 59º 48' 43'' Careiro, Autazes, Manaus, Manaquiri, Iranduba e Itacoatiara. 3º 12` 59º 1` 46` Borba, Autazes, Manaus, Manaquiri, Iranduba e Itacoatiara 3º 45` 23`` 59º 3` 25`` Quadro 1 - Informações gerais sobre os municípios do pólo 1. Fonte: IBGE, 21; SEGOVAM, 211. Maués, Borba, Itacoatiara e Autazes

16 16 LOCALIZAÇÃO TERRITORIAL E ASPECTOS AMBIENTAIS Município (3)Temperatura C Pólo ( 1) (3)Clima (3)Altitude Máxima Mínima (acima do nível do mar) Manaquiri 3,9º 24º Tropical chuvoso e úmido 34m Autazes 39º 28º Quente e úmido 5m Careiro da 38º 33º Tropical chuvoso e úmido 3m Várzea Careiro Equatorial 3m Castanho Nova 32,7º 22º Tropical, chuvoso e úmido 3m Olinda do Norte ASPECTOS DO CONTEXTO REGIONAL 1 Município ( )Bioma ( 2)Distância da ( 2)Divisão administrativa (2)IDH-M Pólo ( 1) capital do e regional/sub-região Estado (Km) Manaquiri Amazônia 6 (linha reta) 7ª (Rio Negro/Solimões), (via fluvial) Autazes Amazônia 11 (linha reta) 7ª (Rio Negro/Solimões), (via fluvial) Careiro da Várzea Careiro Castanho Nova Olinda do Norte Amazônia 29 7ª (Rio Negro/Solimões),658 Amazônia 12 7ª (Rio Negro/Solimões),63 Amazônia 138 (linha reta) 144 (via fluvial) 8ª (Médio Amazonas),629 Quadro 2 - Aspectos da situação geográfica e ambiental Fonte: IBGE, 21; SEPLAN, 21, IDH-M, 2; SEGOV, 211. De acordo com o Censo Demográfico de 21 em relação à demografia populacional, pode-se ser visualizado no Quadro 3 a distribuição comparativa da população total na área urbana e na área rural, desta forma percebe-se que o município do Careiro Castanho possui a maior população, com , dentre os demais municípios pertencentes a este Pólo 1, compreendendo a área urbana com um total de e área rural com um total de , sendo assim, o número de mulheres e homens na zona rural é superior a zona urbana que apresenta respectivamente 6.81 e O município de Autazes é o segundo populoso com habitantes, sendo na área urbana e na área rural. Em terceiro lugar está Nova Olinda do Norte com um total populacional de 3.696, compreendendo a área urbana e a área rural 17.7 habitantes. Em quarto lugar está o município do Careiro da Várzea com um total populacional

17 17 de 23.93, correspondendo à área urbana 1. e à área rural habitantes. E o município menos populoso é o de Manaquiri com um total de distribuídos na área urbana 7.62 e na área rural habitantes. É importante ressaltar que os cinco municípios apresentaram um maior crescimento populacional na zona rural tanto em relação ao número Pólo (1)Municípios de homens quanto ao número de mulheres. POPULAÇÃO RECENSEADA POR RESIDÊNCIA E GÊNERO Município Total Área Urbana Área Rural Homem Mulhe r Tota l Homem Mulhe r Total Homem Mulher Manaquiri Autazes Careiro da Várzea Careiro Castanho Nova Olinda do Norte Quadro 3 - Aspectos demográficos da população residente no município. Fonte: IBGE, 21. Contexto Econômico Na apresentação dos aspectos econômicos dos municípios do Pólo 1, conforme se observa no Quadro 4, todos os municípios expressam seu potencial econômico no cultivo de culturas perenes e anuais tanto para o consumo quanto para a venda. A pecuária é representada pela criação de bovinos e suínos, destaque para o município de Autazes que é conhecido como a cidade do leite e do queijo, e para Manaquiri com a produção de carne e de leite, no entanto nas demais cidades a pecuária é realizada somente para consumo. A pesca apresenta-se de forma artesanal e é a base alimentar da região. Destaque, também para Nova Olinda do Norte onde há prática do extrativismo na exploração de alguns recursos naturais que complementa a renda da população local.

18 18. ASPECTOS ECONÔMICOS Sua produção agropecuária é baseada no cultivo de mandioca, milho, feijão e Manaquiri hortaliças em geral. A pecuária é representada principalmente por bovinos e suínos, com produção de carne e de leite. A pesca é abundante, e praticada de forma artesanal. Sua produção agropecuária baseia-se na criação de gado, seu rebanho é muito Autazes significativo, por isso Autazes é conhecida como a cidade do leite e do queijo. Tem grande produção de queijo coalho, queijo manteiga e leite. Bem como o cultivo da mandioca (farinha), do cupuaçu e do milho. Sua produção agropecuária e baseada no cultivo de tomate, repolho, Careiro da cebolinha, couve, coentro, feijão de metro e alface. Entre as culturas Várzea permanentes destaca-se a melancia, banana, laranja e limão. A pecuária é representada principalmente por bovinos e suínos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local. A pesca é praticada de forma artesanal. Sua produção agropecuária e baseada no cultivo de mandioca, batata doce, Careiro cana-de-açúcar, cacau, malva, milho e abacaxi. Entre as culturas permanentes Castanho destacam-se o abacate, banana, laranja e limão. A pecuária é representada principalmente por bovinos e suínos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local. A pesca é praticada de forma artesanal. Sua produção agropecuária é baseada no cultivo de mandioca, cana-de-açúcar Nova e abacaxi. Vasta exploração de recursos florestais, como a borracha, pau-rosa, Olinda do castanha e madeira. A pecuária é representada principalmente por bovinos e Norte suínos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local. A pesca é praticada de forma artesanal, é a base alimentar da região. Quadro 4 - Aspectos econômicos dos municípios do Pólo 1 Fonte: SEGOV-AM, 211. Nos municípios do Pólo 1 foi verificado que o município de Autazes e Nova Olinda do Norte são os municípios que apresentam o maior número de comunidades não assistidas. Entretanto, a maioria dos municípios desse pólo apresenta mais de 5% das suas comunidades com o serviço de assistência técnica e extensão rural. Municípios Pólo 1 Manaquiri Comunidades com Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural Total Assistidas Não assistidas

19 19 Autazes Careiro da Várzea Careiro(Castanho) Nova Olinda do Norte Quadro 5 - Serviço de assistência técnica e extensão rural nos municípios do pólo 1. Fonte: IDAM/DEPLA, 21. Contexto Social Saúde Conforme os dados apresentados no Quadro 5, pode-se perceber que o município do Careiro Castanho possui um maior número de estabelecimentos hospitalares, no entanto, o município de Nova Olinda do Norte dispõe de um maior número de leitos hospitalares comparado aos demais municípios desse Pólo 1. Contudo, o município de Manaquiri detém o menor número de estabelecimentos hospitalares, enquanto que o município do Careiro da Várzea não possui nenhum leito para internação, pois dispõe apenas de Unidade Básica de Saúde. Contudo, o município que apresenta melhor estrutura na área da saúde é o Careiro Castanho com 16 estabelecimentos hospitalares e 2 leitos para internação, considerando seu contingente populacional. Neste sentido, se percebe o quanto a assistência médica nas comunidades rurais desses municípios é um desafio para Governo, pois em muitas comunidades nem sempre há o barco que funciona como posto ambulatorial e como S.O.S. No entanto, sempre há nas comunidades rurais um agente de saúde que faz um atendimento básico, principalmente na área de prevenção. Municípios Manaquiri Autazes Careiro da Várzea Careiro Castanho Nova Olinda do Norte Manaquiri Autazes Careiro da Várzea ESTABELECIMENTO HOSPITALAR Municipal Estadual Federal Particular Leitos para internação 12 28

20 2 Careiro Castanho Nova Olinda do Norte 2 38 Quadro 6 - Indicadores na área de serviços de saúde nos municípios do Pólo 1. Fonte: IBGE, 21. Educação Nesses municípios do Pólo 1, percebe-se um maior número de alunos matriculados na educação fundamental da rede pública, considerando o contingente populacional das cidades esse número de alunos varia entre 534 a 8.65 para a educação infantil, pois a rede municipal concentra o maior número de alunos matriculados no ano 29 no ensino fundamental, enquanto que a rede estadual concentra os alunos do ensino médio com baixa quantidade de alunos matriculados, em comparação à aqueles alunos matriculados no ensino fundamental. Pode-se supor que em alguns casos muitos alunos buscam a capital para concluir o ensino médio, outros talvez desistam de estudar dependendo da distância e acesso da comunidade a sede do município. Quanto ao número de professores atendendo a demanda dos municípios percebe-se no Quadro 6 que há um maior número de professores por dependência administrativa na rede municipal, para cidades de Nova Olinda do Norte e Autazes, considerando que também apresentaram um maior número de alunos matriculados. Enquanto que o número de professores da rede estadual no município de Manaquiri é o menor apresentado, igualmente considerando o menor número de alunos matriculados. Desta forma, a estrutura quanto a quantidade de estabelecimento de ensino percebe-se que é razoável em todos os municípios deste Pólo, com destaque para os municípios de Nova Olinda do Norte com 67 e Careiro da Várzea com 51 estabelecimentos de ensino na rede municipal, enquanto que na rede estadual essa estrutura de estabelecimentos de ensino é a mínima possível. Municípios Pólo 1 Manaquiri Autazes Careiro da Várzea Careiro (Castanho) Nova Olinda do Norte Manaquiri ALUNOS MATRICULADOS / EDUCAÇÃO INFANTIL Estadual Municipal Particular Alunos matriculados / Educação Fundamental

21 21 Autazes Careiro da Várzea Careiro (Castanho) Nova Olinda do Norte Alunos matriculados / Ensino Médio Manaquiri 783 Autazes Careiro da Várzea 1.9 Careiro (Castanho) 1.13 Nova Olinda do 1.53 Norte Municípios NºDocentes / Por dependência administrativa Estadual Municipal Manaquiri Autazes Careiro da Várzea Careiro (Castanho) Nova Olinda do Norte Manaquiri Autazes Careiro da Várzea Careiro (Castanho) Nova Olinda do Norte Número de estabelecimento de ensino Particular Quadro 7 - Indicadores da área do sistema educacional nos municípios do pólo 1. Fonte: SEPLAN, Dados Referentes ao ano de 21. Infraestrutura Os municípios desse Pólo 1, possuem serviços de fornecimento de energia e abastecimento de água, no entanto, nem sempre esses serviços atendem a todas as comunidades desses municípios, principalmente no que se refere aos serviços de comunicação que estão a cargo das operadoras de telefonia, ainda não têm um grande alcance restringindose muitas vezes e nem sempre de maneira eficaz às sedes municipais. O serviço de correios e telégrafos ficam a cargo da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que mantém uma agência na sede municipal para receptação e distribuição de correspondências. INFRAESTRUTURA BÁSICA

22 22 Energia: a produção e distribuição de energia estão a cargo da Manaquiri Companhia Energética do Amazonas - CEAM, que mantém no município dois grupos geradores, dois de 18 HP somando uma potência instalada de 36 HP. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água estão a cargo da Companhia de Saneamento do Amazonas COSAMA. A captação é do tipo subterrânea, há vários poços artesianos. A extensão da rede é de 5.927m. Energia: A geração e transmissão de energia no município está a cargo da Autazes Companhia Energética do Amazonas CEAM, que mantém uma usina a diesel. Abastecimento d'água: A Companhia de Saneamento do Amazonas Águas do Amazonas - COSAMA é responsável pela captação e distribuição de água para a população. Energia: a produção e distribuição de energia é de responsabilidade da Careiro da Companhia Energética do Amazonas CEAM, que mantém uma usina a Várzea diesel. Abastecimento d'água: a empresa COSAMA é responsável pela captação e distribuição de água para a população. A captação é do tipo subterrâneo. Energia: a produção e distribuição de energia é de responsabilidade da Careiro Companhia Energética do Amazonas CEAM, que mantém na sede uma Castanho usina à diesel com 3 grupos geradores, somando uma potência de 434 KVA. Abastecimento d'água: a empresa COSAMA é responsável pela captação e distribuição de água para a população. A captação é do tipo subterrânea com potência instalada de 15 CV. Há 1 reservatório do tipo elevado com capacidade para 65m3. Energia: a produção e distribuição de energia estão a cargo da Nova Olinda Companhia Energética do Amazonas CEAM, que mantém no município do Norte uma usina a diesel com 3 grupos geradores, somando uma potência total de 712 KVA. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água, estão a cargo da empresa COSAMA. A captação é do tipo subterrânea com potência instalada de 15 CV. Há 1 reservatório do tipo elevado com capacidade para 65m3.

23 23 Quadro 8 - Aspectos da infraestrutura básica dos municípios do pólo 1. Fonte: SEGOV-AM, 211. Aspectos Culturais Os eventos culturais nas sedes municipais e nas comunidades mobilizam muitas organizações públicas, privadas, ONG s e grupos comunitários que se organizam nos preparativos das festas, com predominância das festividades religiosas dos santos padroeiros. Mas, há também as festas dos produtos de maior expressão econômica do município como, por exemplo, a festa do leite no município de Autazes e Careiro da Várzea. Assim como, os festivais de música e a expressão do folclore local, dentre outros eventos. Manaquiri EVENTOS CULTURAIS Festa do Padroeiro, São Pedro; Festa de Nossa Senhora de Fátima, em 13 de maio; Festa de Santo Antônio, em 13 de junho; Festa do Divino Espírito Santo, em maio ou junho; Festa em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, realizada em agosto. Festa do Padroeiro, São Joaquim, em 16 de agosto; Autazes Festa do Leite em outubro; O Festival Folclórico no mês de junho; Festival de Música Popular de Autazes FEMUPA; Careiro da Festa da Instalação do município, em 3 de março. Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro; Festival do Leite, no mês de março; Várzea Festival do Repolho, no mês de abril; Festa da Padroeira, Nossa Senhora de Fátima, em 13 de maio; Careiro Festa do Aniversário do Município, em 19 de dezembro; Castanho Festival do Lixo Reciclado, em fevereiro; Nova Feira do Artesanato regional, no mês de março. Festa dos Padroeiros, Nossa Senhora de Nazaré e São José, que se Olinda Norte do realiza de 4 a 12 de outubro; FECANON Festival da Canção de Nova Olinda do Norte, em dezembro. Quadro 9 - Eventos culturais nos municípios do pólo 1. Fonte: SEGOV-AM, 211.

24 24 Pólo 2: Itapiranga, Silves, Itacoatiara e Urucurituba Aspectos Históricos Itapiranga A toponímia Itapiranga é um termo de origem indígena que significa pedra vermelha. Do tupi ou nheengatu itá: pedra; e piranga: vermelha. A história de Itapiranga está intimamente associada à de Silves, por já terem formado uma mesma unidade administrativa. E de se alternarem como sede do município ao longo do tempo. O povoamento da região tem seu marco inicial na fundação da Missão do Saracá, por Frei Raimundo, da Ordem das Mercês em 166. Em 1759, a aldeia de Saracá é elevada a Vila, com a denominação de Silves e como sede do município de mesmo nome, no qual se integrava o território que hoje constitui Itapiranga. O município de Silves é extinto em 1833 e restabelecido em Em 25 de março de 1922, pela Lei Estadual nº , a sede do município é transferida para Itapiranga, sendo este povoado elevado a Vila. Em 27 de fevereiro de 1925, pelo Decreto Estadual nº. 23, a sede do município retorna para Silves. Em 193, o município é anexado ao de Itacoatiara, e em 1931 a sede da delegacia municipal é fixada em Itapiranga. Em 1935, com a reconstitucionalização do Estado, Silves volta a ser município autônomo. Em 31 de março de 1938, pelo Decreto-Lei Estadual nº. 68, o município passa a ter dois distritos: Itapiranga e Silves. Em 24 de dezembro de 1952, pela Lei Estadual nº. 117 separam-se em municípios autônomos Itapiranga e Silves. Em 1 de dezembro de 1981, pela Emenda Constitucional nº. 12, Itapiranga perde parte de seu território em favor do novo município de Presidente Figueiredo. Silves A história de Silves está intimamente associada à de Itapiranga, por já terem formado uma mesma unidade administrativa, com as atuais respectivas sedes se alternando no decurso do tempo como sede do município. O povoamento da região tem seu marco inicial da fundação da Missão do Saracá, por frei Raimundo, da Ordem das Mercês, em 166. Em 1663, sangrentas lutas são travadas entre os colonizadores portugueses e os indígenas de perto da foz do rio Urubu, até a chegada, no final desse ano, de Pedro da Costa Favela, que aí desembarca parte de sua tropa para a manutenção da ordem. Em 1759 a já aldeia de Saracá é elevada a vila, com a denominação de Saracá e como sede de município de igual nome. O município é extinto em 1833 e restabelecido em Em 1922, a sede do município é

25 25 transferida para Itapiranga, sendo este povoado elevado à Vila. Em 27 de fevereiro de 1925, pelo Decreto Estadual no. 23, a sede do Município retorna a Silves. Em 193, o município é anexado à Itacoatiara, mas é restabelecido em Em 1938, o município passa a denominar-se Itapiranga, com sede na vila de mesmo nome, então elevada a cidade. Nesse mesmo ano o município tem sua estrutura administrativa definida com dois distritos: Silves e Itapiranga. Em 1 de dezembro de 1981, pela Emenda Constitucional no. 12 Silves perde parte de seu território em favor dos novos municípios de Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 29. Itacoatiara De acordo com as informações obtidas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o devassamento do território foi iniciado pelos Jesuítas, quando de árdua tarefa catequética às margens do rio Madeira. Em meados do século XVIII, foi fundado o primeiro núcleo de povoamento na região por Frei João Sampaio. Todavia, os constantes ataques dos silvícolas e ainda a procura de terras tropicais propícias para colonização, motivaram a retirada dos habitantes para a ribeira do Canumã e mais tarde para o rio Abacaxis. Em 1755, o Capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, Governador do Grão-Pará e Maranhão que, em carta dirigida ao Ministro Ultramar (1758), descreveu a viagem e especificou as deliberações tomadas em visita as terras Amazonenses. Os habitantes do povoado, sabedores de que o Governador pretendia elevar a então aldeia dos Abacaxis à categoria de vila, pediram-lhe permissão para nova mudança, alegando, entre outras razões, o caráter inóspito da região. Mendonça Furtado acedeu à solicitação e, não concordando com o sítio escolhido, fez diversas sugestões, recaindo a preferência em Itacoatiara, distante dois dias de viagem da primitiva povoação. Apesar das divergências quanto a origem da povoação, pois há os que admitem ter o padre Antônio Vieira Criado uma missão Aroaquis, numa das ilhas próximas de Itacoatiara, denominada de Aibis, em Em 1759 a aldeia de Itacoatiara é elevada a Vila, com a denominação de Serpa, nome de origem portuguesa. No Amazonas, foi à terceira vila instalada, antecedida apenas por Borba e Barcelos. Era então, das mais importantes aglomerações da região. Em 1833, A Vila de Serpa foi suprimida e dois anos depois foi assolada pela Cabanagem, cuja sedição terminou em 184. A restauração verificou-se em 1857 e em 1874, a Vila de Serpa recebeu foros de cidade passando a denominar-se Itacoatiara. Depois Manaus e Tefé, sendo a primeira localidade amazonense a ter a categoria de cidade.

26 26 A toponímia Itacoatiara, na língua Tupi-Guarani, significa pedra pintada. Entretanto, na literatura sobre História do Amazonas, tem a seguinte decomposição: Itá = pedra; Coati = o mamífero e Ára = o que nasce. Urucurituba O nome de Urucurituba que foi dado à povoação e posteriormente ao município, provém do nome de uma palmeira denominada Urucuri, como essa espécie de palmeira ocorria em abundância naquela localidade e adjacência passou a se chamar de Urucurituba. A toponímia do nome Urucurituba, vem do vocábulo indígena que significa palmeiral, lugar onde há muitas palmeiras. Do Tupi vem o nome urucuri, palmeira e tyba, abundância. Assim foi formado o nome Urucurituba ou lugar com abundância da palmeira Urucuri. Em 27 de abril de 1895, pela Lei Estadual nº 118, foi criado o município de Urucurituba, com os territórios desmembrados dos de Silves e Urucará, com sede na povoação de Urucurituba localizada à margem direita do rio Amazonas. Os índios Mundurucus, Maués e outros, eram os primitivos habitantes da região hoje ocupada pelo município de Urucurituba. Em 14 de maio de 1897, pela Lei Estadual n 164, foi extinto o município de Urucurituba e pela Lei Estadual n 212 foi restabelecido o município em 5 de março de A sede do município foi transferida para o Sítio denominado Tabocal, elevado então à categoria de Vila com a denominação de Silvério Néri. Em 27 de fevereiro de 198, pela Lei Municipal n 63, foi transferida a sede municipal para Urucurituba, que passou a denominarse Silvério Néri. Em 15 de dezembro de 191, pela Lei n 66, o município voltou a ter a primitiva denominação de Urucurituba. Em 14 de setembro de 1931, pelo ato n 33, o município foi rebaixado a simples condição de Delegacia Municipal, incorporado ao município de Itacoatiara. Todavia, em 1935, com a reconstitucionalização do Estado, foi restabelecida a autonomia do município de Urucurituba. Em virtude do Decreto-Lei Estadual n 68, a sede municipal recebeu foros de Cidade em 31 de março de Em 24 de dezembro de 1952, pela Lei Estadual n 226, foi criada a comarca de Urucurituba. O município é constituído de um só distrito o de Urucurituba. Em 1 de dezembro de 1981, pela Emenda Constitucional n 12, Urucurituba perde parte de seu território, em favor do novo município de Boa Vista do Ramos. Em divisão territorial datada de 1988, o município ficou constituído por dois distritos: Urucurituba e Augusto Montenegro.

27 27 Aspectos Territoriais e Demográficos2 Itapiranga O município de Itapiranga está situado na 8ª região do Médio Amazonas, distante da capital do estado 222 km em linha reta e 231 km por via fluvial. Sua área territorial é de 4.231,145 km², com clima tropical, chuvoso e úmido e, temperatura máxima de 3ºC e mínima de 24ºC. Altitude: 18 m acima do nível do mar. Coordenadas Geográficas: situa-se a 2º 74 de latitude sul e a 58º 2 de longitude a oeste de Greenwich. Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, São Sebastião do Uatumã, Silves, Urucará e Urucurituba. O gentílico para as pessoas nascidas nesse município é Itapiranguense. A cidade apresenta como código de identificação o nº 132, possui a menor densidade demográfica do Pólo 2 com 1,94 habitantes por km². Sendo assim, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal até o ano de 2 era de, 694. Silves O município de Silves localiza-se na 8ª região do Médio Amazonas. Distante da capital do estado 283 km em linha reta e 212 km por via fluvial. Apresenta como código de identificação municipal o nº 134. Sua área territorial corresponde a 3.748,826 km², com uma densidade demográfica de 2,25 habitantes por km². O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é o maior do Pólo 2 com,739. O clima é tropical, chuvoso e úmido, com temperatura: máxima de 36ºC e mínima de 23ºC. Sua altitude é de18 m acima do nível do mar. Coordenadas Geográficas: situa-se a 2º 5 2 de latitude sul e a 58º de longitude a oeste de Greenwich. Faz fronteira com os municípios de Itapiranga, Itacoatiara e Urucurituba. Itacoatiara É um município localizado no médio Amazonas e faz parte da região metropolitana de Manaus. Itacoatiara tem grande parte do seu município coberto por floresta de terra firma, porto fluvial e o acesso a capital pode ser feito por via terrestre, rodovia AM-1, ligando esse município à capital do Estado do Amazonas (Manaus) (SEPLAN, 21). O município de Itacoatiara tem a maior área da unidade territorial 8.892,21 Km2, assim como a sua 2 Os dados a seguir têm como fonte: IBGE/Cidades, censo 21; 2 - SEPLAN (21) IDH-M (Referente ao ano de 2); 3 - SEGOV (211).

28 28 densidade demográfica 9,77 hab/km2 é superior aos demais municípios do Pólo 2. A sede do município situa-se entre as coordenadas, Latitude 3 14 e Longitude Os municípios limítrofes são: Silves, Boa Vista do Ramos, Urucurituba, Maués, Autazes, Nova Olinda do Norte, Careiro, Rio Preto da Eva e Manaus. Urucurituba O município de Urucurituba está localizado no Médio Amazonas e faz parte da Microrregião Itacoatiara. As pessoas que nascem nesse município são chamadas de Urucuritubense (Quadro 1). No Pólo 2, o município de Urucurituba tem a menor área 2.96,698Km2, no entanto apresenta a segunda densidade demográfica 6,14 hab/km2. A sede do município localiza-se entre as coordenadas, Latitude 3 7 e Longitude Os municípios limítrofes são: Urucará, Silves, Itapiranga, Barreirinha, Itacoatiara, Boa Vista do Ramos e Parintins. Município (1) Gentílico (1) Código do (1) Área da unidade município Territorial (Km2) Itapiranga Silves Itacoatiara Urucurituba (1) Densidade demográfica (hab/km2) 1,94 2,25 9,77 6,14 Itapiranguense ,145 Silvense ,826 Itacoatiarense ,21 urucuritubense ,698 SITUAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO Município Localização da sede do (2) Municípios limítrofes município Lat Long Itapiranga -2.74º -58.2º Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Rio Preto da Eva, São Sebastião do Uatumã, Silves, Urucará e Urucurituba Silves -2.83º -58.2º Itapiranga, Itacoatiara e Urucurituba. Itacoatiara -3.14º º Silves, Boa Vista do Ramos, Urucurituba, Maués, Autazes, Nova Olinda do Norte, Careiro, Rio Preto da Eva e Manaus. Urucurituba -3.13º º Urucará, Silves, Itapiranga, Barreirinha, Itacoatiara, Boa Vista do Ramos e Parintins. Quadro 1 - Informações gerais sobre os municípios do pólo 2. Fonte: 1 - IBGE, 21; 2 - SEGOV-AM, 211.

29 29 LOCALIZAÇÃO TERRITORIAL E ASPECTOS AMBIENTAIS Município (3)Temperatura C (3)Altitude Pólo (2) (3)Clima (acima do Máxima Mínima nível do mar) Itapiranga 3º 24º Tropical, chuvoso e úmido 18m Silves 36º 23º Tropical, chuvoso e úmido 18m Itacoatiara 31º 23,2º Tropical, chuvoso e úmido 18m Urucurituba Município Pólo (2) Itapiranga Silves Itacoatiara Urucurituba 37º 22º Tropical, chuvoso e úmido ASPECTOS DO CONTEXTO REGIONAL ( )Bioma ( 2)Distância da ( 2)Divisão administrativa capital do e regional/sub-região Estado (Km) Amazônia 222(linha reta) 8ª (Médio Amazonas) 231(via fluvial) Amazônia 283 (linha reta) 8ª (Médio Amazonas) 212 (via fluvial) Amazônia 175(linha reta) 8ª (Médio Amazonas) 21 (via fluvial) Amazônia 212(linha reta) 8ª (Médio Amazonas) 216(via fluvial) 1 16m (2)IDH-M,694,739,711,663 Quadro 11 - Aspectos da situação geográfica e ambiental. Fonte: 1-IBGE, 21; 2- SEPLAN, 21; IDH-M, 2; 3- SEGOV-AM, 211. Os municípios de Silves e Urucurituba apresentaram temperatura mais elevada. O clima é o tropical chuvoso e úmido; e estão situados no bioma Amazônia na 8ª região. O município mais próximo da capital do Estado do Amazonas é Itacoatiara com a distância de 175,48Km2 e o mais distante é Itapiranga com 225,7 Km distante de Manaus. Com exceção de Urucurituba que apresentou a menor altitude 16m acima do nível do mar, os demais municípios apresentaram altitude uniforme de 18 m acima do nível do mar. O município de Itacoatiara apresentou o maior índice de desenvolvimento humano,711 e Urucurituba teve o menor,663. Nos aspectos demográficos (Quadro 12) foi verificado que no Pólo 2, o município de Itacoatiara apresenta a maior população pessoas e a menor população, reside no município de Itapiranga, com habitantes. Excetuando Silves, os demais municípios apresentaram maior número de pessoas residindo na área urbana, destacando-se nesse perfil o município de Itacoatiara com pessoas na área urbana e pessoas na área rural. A população masculina foi maior em todos os municípios na área rural, merecendo destaque o município de Itacoatiara com a maior população masculina na área rural pessoas do sexo masculino.

30 Município 3 POPULAÇÃO RECENSEADA POR RESIDÊNCIA E GÊNERO No município Total Homem Área Urbana Área Rural Mulhe Total Homem Mulhe Total Homem Mulhe Pólo (2) r r r Itapiran ga Silves Itacoati ara 9 Urucurit uba 7 8 Quadro 12 - Aspectos demográficos da população residente no município. Fonte: IBGE/Cidades, censo 21. Contexto Econômico Nos aspectos econômicos dos municípios do Polo 2, percebe-se neste Quadro 13 que a economia em todos os municípios está fortemente baseada no cultivo de culturas perenes e anuais. A extração vegetal, para a maioria dos municípios deste Polo, também é um meio de movimentar a renda das famílias rurais, principalmente durante a vazante, destaque para o município de Urucurituba que exporta madeira para o exterior. E, a pecuária é realizada tanto para consumo local quanto para exportação como é o caso de Itacoatiara e Urucurituba. A pesca na maioria dos municípios é realizada de forma artesanal e para o consumo local, destaque para o município de Itacoatiara como entreposto pesqueiro tanto para o consumo local como para exportação. ASPECTOS ECONÔMICOS

31 31 Sua produção agropecuária é baseada no cultivo de arroz, guaraná e juta. Itapiranga Na extração vegetal, destaque para a sorva, castanha, borracha e cipó titica. A pecuária é representada principalmente por bovinos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local. A pesca é praticada de forma artesanal. A produção agropecuária é baseada no cultivo de mandioca. A pecuária é Silves representada principalmente por bovinos e suínos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local. A pesca é praticada de forma artesanal. Na extração vegetal, destaca-se a castanha. Na sua produção agropecuária predominam a cana, o feijão, o cupuaçu e a Itacoatiara malva. Nas permanentes se destacam cacau, café, coco e laranja. A extração de madeira, borracha e gomas não elásticas são bastante representativas na economia local. A pecuária é representada principalmente por bovinos e suínos, com produção de carne e de leite destinada ao consumo local e exportação. A pesca é abundante, o município destaca-se como entreposto pesqueiro, tanto para o consumo local como para exportação. A produção agropecuária é baseada no cultivo de mandioca e juta. A Urucurituba pecuária compreende principalmente a criação de bovinos e suínos. A produção de carne e leite destina-se ao consumo local e o excedente destina-se a outros municípios, principalmente Manaus. A pesca é praticada de forma artesanal. A extração de borracha e madeira se destaca, chegando a exportar madeira para o exterior. Quadro 13 - Aspectos econômicos dos municípios do pólo 2. Fonte: SEGOV-AM, 211. Assistência Técnica Nos objetivos da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), consta a promoção do desenvolvimento rural sustentável, o apóio as iniciativas econômicas que promovam as potencialidades e vocações regionais e locais, além do aumento a produção. Assim sendo, o serviço de assistência técnica e extensão rural, torna-se um componente importante na promoção de melhorias tecnológicas e apóio a produção. No Polo 2 foi verificado que os municípios de Itapiranga e Silves apresentam 1% das sua comunidades assistidas e os demais municípios mais de 5% das comunidades são assistidas com o serviço de ATER. Municípios Polo 2 Comunidades com serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural

32 32 Itacoatiara Itapiranga Silves Urucurituba Quadro 14 Assistência técnica e extensão rural nas comunidades pesquisadas Fonte: IDAM/CEPLA, 21. Contexto Social Saúde Nos aspectos sociais, os dados de infraestrutura relacionados à área da saúde hospitalar, conforme apresenta a Tabela 1 o município de Itacoatiara possui melhor estrutura com 11 estabelecimentos hospitalares e 98 leitos para internação. No entanto Urucurituba apresenta pouca estrutura para atender seu contingente populacional que é mais de 17 mil habitantes, possuindo apenas 5 estabelecimentos hospitalares e 4 leitos para internação. Os demais municípios também não possuem uma estrutura na área da saúde de acordo com seu contingente populacional, podendo ocorrer em muitos casos o deslocamento de pessoas para Capital (Manaus) a procura de atendimento hospitalar adequado. Municípios Itapiranga Silves Itacoatiara Urucurituba Itapiranga Silves Itacoatiara Urucurituba ESTABELECIMENTO HOSPITALAR Municipal Estadual Federal Leitos para Internação Particular 6 Tabela 1 - Indicadores na Área de Serviços de Saúde nos Municípios do Pólo 2. Fonte: IBGE, 21. Educação Nos municípios que compõem o território de Manaus e Entorno, percebe-se no Pólo 2, de acordo com os dados do Quadro 15, a estrutura e organização existente na área da educação, desse modo o número de alunos matriculados na rede pública para a educação infantil varia entre 381 a 5.161, enquanto que a rede municipal concentra na totalidade dos municípios a maior quantidade de alunos matriculados no ensino fundamental entre a 1.193, no entanto a rede estadual também tem um número expressivo de alunos matriculados tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio, cabendo ao estado essa formação.

33 33 Quanto ao número de professores por dependência administrativa percebe-se no geral que há um maior número na rede municipal, com destaque para o município de Itacoatiara com 877 em relação aos demais municípios, considerando que este município apresenta um maior número de alunos matriculados tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental. Em relação ao número de estabelecimentos por dependência administrativa, o município de Itacoatiara se destaca com 142 escolas municipais, 16 escolas estaduais e 5 particulares, uma vez que teve uma maior quantidade de alunos matriculados, pois é o município com maior contingente populacional do Pólo 2. Municípios Pólo 2 Itacoatiara Itapiranga Silves Urucurituba ALUNOS MATRICULADOS / EDUCAÇÃO INFANTIL Estadual Municipal Particular Alunos matriculados / Educação Fundamental Itacoatiara Itapiranga Silves Urucurituba Alunos matriculados / Ensino Médio Itacoatiara Itapiranga 556 Silves 516 Urucurituba 777 Municípios Nº de docentes / dependência administrativa Estadual Municipal Particular Itacoatiara Itapiranga Silves Urucurituba Nº de escolas/dependência administrativa Itacoatiara Itapiranga Silves Urucurituba Quadro 15 - Indicadores da área do sistema educacional nos municípios do pólo 2. Fonte: SEPLAN 211 (Referente ao ano de 21). Infraestrutura Esses municípios aqui descritos possuem serviços de energia e abastecimento de água, no entanto, esses serviços não chegam a atingirem todas as comunidades, as quais encontram

34 34 alternativas para terem energia e água, seja com um motor a diesel, seja com a perfuração de poços artesianos comunitários. A questão da comunicação é deficiente em todos os municípios, principalmente nas comunidades mais distantes, esse serviço de telefonia é assumido pela empresa Telemar e pelas operadoras de aparelho celular. Outro meio de comunicação é através de correspondências e/ou serviços postais, assumido pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. INFRAESTRUTURA BÁSICA Energia: a produção e distribuição de energia estão a cargo da Companhia Energética do Amazonas - CEAM, que mantém no município dois grupos Itapiranga geradores 438 KVA e um grupo gerador de 275 KVA, totalizando KVA. Abastecimento d'água: a captação e o abastecimento de água estão a cargo da Companhia de Saneamento do Amazonas - COSAMA. A captação é feita através de um poço artesiano e do igarapé de São Tomé. A extensão da rede é de m e distribuição de 623 ligações ativas. Energia: a produção e distribuição de energia estão a cargo da Companhia Silves Energética do Amazonas - CEAM, que mantém no município uma usina a diesel com 3 grupos geradores, somando uma potência total de 58 KVA. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água estão a cargo da Companhia de Saneamento do Amazonas - COSAMA. A captação é do tipo subterrânea com 1 reservatório do tipo elevado com capacidade para 65m3. Energia: a produção e distribuição de energia estão a cargo da Companhia Energética do Amazonas - CEAM, que mantém no município uma usina a Itacoatiara diesel com potência total de KVA. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água estão a cargo da Fundação Nacional de Saúde FNS, com captação feita através de 8 poços tubulares. A água é recalcada até um reservatório com capacidade para 5m3 e distribuída aos consumidores, também em fase de expansão. Energia: a produção e distribuição de energia estão a cargo da Companhia Urucurituba Energética do Amazonas - CEAM, que mantém no município uma usina a diesel com 3 grupos geradores, somando uma potência total de 434 KVA. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água estão a cargo da Companhia de Saneamento do Amazonas - COSAMA. A captação

35 35 é do tipo subterrânea com 1 reservatório do tipo elevado com capacidade para 65m3. Quadro 16 - Aspectos da infraestrutura básica dos municípios do pólo 2 Fonte: SEGOV-AM, 211. Aspectos Culturais Conforme o Quadro 17, geralmente os festejos que ocorrem nesses municípios são as festividades religiosas, a expressão do folclore, como também festivais de músicas, aniversários da cidade dentre outras comemorações organizadas tanto pela Sede dos municípios quanto pelas comunidades rurais. Itapiranga EVENTOS CULTURAIS Festa da Padroeira, Nossa Senhora de Nazaré, em 8 de setembro; Festival Folclórico, no mês de junho; E o tradicional Baile Carnavalesco, com desfile de bandas. Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, em 8 de Silves dezembro; Itacoatiara Festa do Boi Bumba, realizada no mês de junho. Festival da Canção de Itacoatiara FECANI, que acontece no mês de setembro; Festa do Aniversário da Cidade, em 25 de abril; O Salão de Artes Plásticas, no mês de março; Festival Folclórico, no mês de junho Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro. Festa do Cacau no mês de Maio Urucurituba Feira Cultural no mês de Maio Festa de São Benedito Padroeiro do Município no mês de Julho Festival do Peixe Liso no mês de Agosto. Quadro 17 - Eventos Culturais nos Municípios do Pólo 2. Fonte: SEGOV-AM, 211. Pólo 3: Manaus, Iranduba, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo Manaus A primeira notícia fidedigna relativa á história dessa comuna está ligada ao início da colonização e povoamento da região, levada a termo na segunda metade do século XVII. Entretanto, o nome desse município foi originado de uma tribo indígena que primitivamente

36 36 habitava nessa região do Rio Negro, á qual pertenceu o legendário Ajuricaba. Segundo informações da SEPLAN, Manaus surgiu na segunda metade do século XVII, com a construção do Forte de São José da Barra, na margem esquerda do Rio Negro, cuja finalidade era proteger a região contra a invasão estrangeira. Em 1832 foi elevada a categoria de vila, chamada de Vila da Barra e em 24 de outubro de 1848 foi elevada a categoria de cidade com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. No dia 4 de setembro de 1856 recebeu a denominação de Manaus, em homenagem à nação indígena dos Manaós o mais importante grupo étnico habitante da região. Na história do município de Manaus, consta que a partir de 1877, o Amazonas, como alternativa de sobrevivência recebeu migrantes nordestinos, que atraídos pelas perspectivas de enriquecimento fácil passaram a habitar nos seringais, mas buscavam também ocupação em Manaus, fixando-se quase sempre nas áreas periféricas às margens dos igarapés. O período da borracha atraiu também para Manaus pessoas de diferentes nacionalidades que vieram pra trabalhar na rendosa atividade da exploração da borracha. No ciclo da borracha, há mais de 1 anos, foi construído o Teatro Amazonas que surpreendeu o mundo com seu luxo, requinte e beleza arquitetônica. O tombamento desse patrimônio cultural ocorreu em 28 de novembro de A cidade de Manaus foi uma das primeiras a contar com luz elétrica, galerias pluviais, tratamento de águas e esgoto e serviços de bonde elétricos. Em 199, foi criada a primeira universidade brasileira, hoje chamada Universidade Federal do Amazonas, contribuindo decisivamente para a formação de cidadãos e o desenvolvimento da Amazônia (SEPLAN, 21). Em Manaus foi criada uma área de livre comércio de importação e exportação com incentivos fiscais especiais, a Zona Franca de Manaus (ZFM) cujo projeto recebeu reformulação em 28 de fevereiro de 1967 pelo presidente Castelo Branco. O projeto foi instaurado com a finalidade de criar centro industrial, comercial e agropecuário, doado de concessões econômicas que permitissem o desenvolvimento do Amazonas com um prazo de duração estipulado em 3 anos. A cidade de Manaus toma novo impulso, além de transformar-se em pólo industrial, recebeu melhorias na infraestrutura urbana e expansão na abertura de estradas ( 211). Iranduba O município de Iranduba foi criado em 9 de abril de 1963 sob a Lei nº 7. As origens do município estão ligadas a Manaus, devido época de grande prosperidade do período da borracha. Após esse fastígio Manaus experimentou um período de estagnação e até retrocesso.

37 37 Com a implantação da Zona Franca e do Distrito Industrial, a economia foi reativada, florescendo em sua periferia vários núcleos populacionais. Entre eles Iranduba que, sobretudo a partir de 1976, recebeu considerável melhoramento urbano. Em 1981, é desmembrado de Manaus e, acrescido de território adjacente até então pertencente a Manacapuru, passa a constituir município autônomo. Na formação administrativa houve a elevação á categoria de município com a denominação de Iranduba, pela Emenda Constitucional nº 12 de 1 de fevereiro de 1981, delimitado pelo Decreto Estadual nº 618, desmembrado dos municípios de Manacapuru e Manaus. Sua instalação efetivou-se com as eleições gerais em 1982 e conseqüentemente com a posse de prefeito e vereador em janeiro de 1983 (SEPLAN, 21). Rio Preto da Eva Conforme as informações da Confederação Nacional de Municípios (CNM), as origens do município do Rio Preto da Eva se prendem a Manaus, sede de Capitanias em 1791, perdendo este título em 1799 e recuperando definitivamente em 188, atual capital do Estado foi elevada a cidade em 1856, quando contava com cerca de 4. habitantes. Na última década do século passado e nas primeiras décadas do atual, a região conheceu surto de prosperidade, com a fase áurea da borracha. A urbanização da cidade ganhou características européias, surgindo construções grandiosas, como o Teatro Amazonas e o Palácio da Justiça, etc. Com o declínio econômico, a região passou a viver de prolongada recessão, invertendo-se a tendência a partir da criação da Zona Franca e do Distrito Industrial. Como reflexo dessa fase de desenvolvimento, a área periférica da capital passou a ostentar maior envergadura econômica e social. Dando expressão política a essa realidade emergente, a Emenda Constitucional nº 12 de 1 de dezembro de 1981, desmembrou de Manaus a então colônia do Rio Preto da Eva, que com os territórios adjacentes de Itacoatiara e Silves, veio a constituir o Município Autônomo de Rio Preto da Eva. De acordo com informações do IBGE, a Lei nº 1, de 12 de abril de 1961, eleva à categoria de município pela primeira vez, sob o Governo de Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo, com o nome de Eva, com sede do mesmo nome localizado em um sítio aquém do Rio Preto da Eva, às margens do rio Grande. Com o advento da Emenda Constitucional nº 12, de 1 de dezembro de 1981, eleva à categoria de município pela segunda vez, porém com o nome de Rio Preto da Eva, situado a altura do Km 8 da rodovia Torquato Tapajós, também denominada como rodovia AM-1, ligando a capital à vizinha cidade Itacoatiara.

38 38 O município Rio Preto da Eva é um dos mais recentes municípios criados no Estado do Amazonas. O nome do município veio em conseqüência das águas pretas (ou escuras) do rio que banha a localidade e desemboca no Paraná da Eva. O estabelecimento do município deve-se ao fato de ter sido implantado a colônia agrícola por imigrantes japoneses e alguns colonos brasileiros que se instalaram em fins de 1967, três anos após ter chegado a estrada do Rio Preto, possibilitando a tornar-se município, vindo a ocorrer em dezembro de 1981, conforme deliberação tomada pelo governador José Lindoso. Presidente Figueiredo No documento da Confederação Nacional de Municípios, constam nas informações que a origem do município está ligada principalmente à Novo Airão e Itapiranga, dos quais foi desmembrada a maior parte do território que hoje constitui Presidente Figueiredo, bem como a Manaus, cuja vizinhança foi fator influente no desenvolvimento da região. Os primeiros assentamentos populacionais nesses pólos datam de 1657, para o local onde hoje é a cidade de Manaus, e 1668, o local hoje é a sede de Novo Airão. A partir desses núcleos foi que ocorreu a consolidação e ampliação do povoamento do Baixo Rio Negro. Integrado ao município de Manaus, Novo Airão passa a constituir distrito de capital em 1938, com a denominação de Airão. Em 1955 ocorreu o seu desmembramento de Manaus, constituindo-se no município autônomo de Novo Airão. Paralelamente, em 1952 foi criado o município de Itapiranga, contando em sua área com a atual Vila de Balbina. Em 1 de dezembro de 1981, pela Emenda Constitucional nº 12, foi criado o Município de Presidente Figueiredo, com o desmembramento dos territórios de Novo Airão (sua parte no extremo leste, limítrofe a Manaus) e de Itapiranga (Vila e arredores de Balbina), bem como áreas adjacentes de Silves e Urucará. A instalação do município efetivou-se com as eleições gerais de 1982 e consequentemente com a posse do prefeito e vereadores em janeiro de O significado do nome da cidade, oficialmente diz respeito ao primeiro presidente da Província do Amazonas, João Batista de Figueredo Terreiro Aranha, falecido em Esse fato coincidiu com o final do governo do Presidente Figueiredo. Aspectos Territoriais e Demográficos Conforme a SEPLAN (21), o perfil dos municípios de Manaus, Iranduba, Rio Preto da Eva e de Presidente Figueiredo apresentam algumas características descritas a seguir: Manaus

39 39 Localizada na região norte do Brasil, á margem esquerda do Rio Negro, é considerada a porta de entrada para a maior floresta tropical do planeta. Na divisão administrativa e regional o município pertence a 7º sub-região. O acesso é feito por via aérea, terrestre ou fluvial. A cidade convive com a modernidade das empresas de tecnologia de ponta, instaladas no Polo Industrial de Manaus ao lado da exuberante floresta. A capital (Manaus) teve melhorias de infraestrutura urbana, mudando a paisagem com o crescimento da cidade, duplicação de avenidas, construção de viadutos, dentre outras modificações. A qualidade de vida é beneficiada por diversos parques. E o ecoturismo assume papel de destaque no caminho do desenvolvimento. Os dados do (Quadro 18) mostram aspectos da situação territorial dos municípios do Pólo 3 do Território Manaus e Entorno. Assim, de acordo com as informações do (IBGE, 211; SEGOV-AM, 211) as pessoas que nascem em Manaus são denominados pelo gentílico de Manauara e o município apresenta como identificação o código1326. Dentre os municípios que constituem o Pólo 3, o município de Manaus apresentou a segunda maior área da unidade territorial 11.41,77 Km e a densidade demográfica de 158,6 hab/km 2 foi superior a dos demais municípios desse Pólo. Manaus está localizado entre às coordenadas Latitude -3,1 e longitude -6,2. Os municípios limítrofes São: Itacoatiara, Iranduba, Careiro, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo e Novo Airão. Iranduba O município de Iranduba localiza-se na 7º Região do Rio Negro Solimões. Apresenta vias de acesso terrestre e fluvial. A sede localiza-se à margem direita do Rio Negro, a esquerda do Solimões e sobre os sedimentos terciários areno-argilosos da Formação Alter do Chão, de idade Cretácea. A região está associada a um índice pluviométrico de 2.3mm/ano e exuberante cobertura vegetal (SILVA e SILVA, 27). No Iranduba a descoberta dos sítios arqueológicos tornou-se importante para a descoberta dos primeiros habitantes da região. O gentílico para as pessoas nascidas nesse município é Irandubense. O município apresenta como código de identificação o número e a menor área da unidade territorial do Pólo ,25 Km2. Esse município tem a segunda maior densidade demográfica 18,42 hab/km2. A sede do município situa-se entre as cordenadas Latitude -3.28º e Longitude -6.18º e municípios limítrofes são Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Novo Airão e Careiro. Rio Preto da Eva

40 4 O Rio Preto da Eva é um município brasileiro do estado do Amazonas que está incluído na região metropolitana de Manaus, abrange 69 comunidades e apresenta como fator relevante a facilidade de acesso a capital do estado por via terrestre (SEPROR, 211; SEPLAN, 21). As pessoas que nascem no Rio Preto da Eva são chamadas de Rio-pretense e o município é identificado pelo código de número O município do Rio preto da Eva tem a 3ª maior área da unidade territorial do Pólo 3 com 5.813,216 Km 2, da mesma forma, apresenta densidade demográfica de 4,42 hab/km2. A sede do município situa-se entre as cordenadas Latitude 2º 41 e Longitude 59º 41. Os municípios limítrofes são: Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manaus e Itapiranga. Presidente Figueiredo O município de Presidente Figueiredo está situado á nordeste do Estado do Amazonas, norte de Manaus. A cobertura vegetal do Município é constituída, principalmente, por floresta ombrófila densa de terra firme e os principais acidentes geográficos são: cachoeiras, corredeiras, cavernas, igarapés, lagos e rios que, devido ás inundações periódicas, durante a estação chuvosa, mantêm em suas margens a floresta de igapó (SILVA e SILVA, 26). As pessoas nascidas em Presidente Figueiredo recebem o gentílico de Figueirense. O município abrange uma área da unidade territorial de ,259 Km 2, sendo dessa forma o maior município em área territorial, dentre os municípios do pólo 3. Entretanto a sua densidade demográfica com 1,7 hab/km2 é a menor. A sede localiza-se entre as coordenadas Latitude 2º 2 e Longitude 6º 1 e os municípios limítrofes são: Manaus, Rio Preto da Eva, Urucará, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Novo Airão e o estado de Roraima. Manaus Manauara 1326 (1) Área da unidade Territorial (Km2) 11.41,77 Iranduba Irandubense ,25 18,42 Rio Preto da Eva Presidente Figueiredo Rio-pretense ,216 4,42 Figueirense ,259 1,7 Município Município (1) Gentílico (1) Código do município (1)Densidade demográfica (hab/km2) 158,6 SITUAÇÃO GEOGRÁFICA Localização da sede do município (2)Municípios limítrofes Lat Long

41 41 Manaus -3.1º -6.2º Itacoatiara, Iranduba, Careiro, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo e Novo Airão Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Novo Airão e Careiro Iranduba -3.28º -6.18º Rio Preto da Eva -2.69º -59.7º Itacoatiara, Presidente Manaus e Itapiranga Presidente Figueiredo -2.3º -6.2º Manaus, Rio Preto da Eva, Urucará, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Novo Airão e o estado de Roraima Figueiredo, Quadro 18 - Informações gerais sobre os municípios do pólo 3 Fonte: 1 - IBGE/Cidades, Censo 21; 2 - SEGOV- AM (211). De acordo com a SEPLAN (21), dentre os municípios que compõem o Pólo 3 Manaus é o município que apresenta temperatura mais elevada com máxima de 39 C e mínima de 27 C. Os municípios apresentam similaridade nas condições climáticas, classificado como tropical chuvoso úmido e a maior altitude foi verificada no município de Iranduba 14m. Os municípios estão situados no Bioma Amazônia. Abstraindo Manaus, a distâncias entre a capital e os municípios do Pólo 3 varia entre o mínimo de 27,7 Km e o máximo 17 Km. No aspecto da divisão administrativa, os municípios pertencem a 7ª subregião (Rio Negro/Solimões) e 8ª sub-região (Médio Amazonas). No índice de desenvolvimento humano destaca-se o município de Manaus com índice de,774. Esse fato pode estar associado a melhores fatores econômicos e sociais da sede do município (Manaus) que também é a capital do estado. LOCALIZAÇÃO TERRITORIAL E ASPECTOS AMBIENTAIS Município (3)Temperatura C Pólo ( 3) (3)Clima (3)Altitude Máxima Mínima (acima do nível do mar) Manaus Tropical quente e úmido 21m Iranduba Tropical chuvoso e 14m úmido Rio Preto da Eva Tropical chuvoso e 31m úmido Presidente Tropical chuvoso e 4m Figueiredo úmido ASPECTOS DO CONTEXTO REGIONAL 1 Município ( )Bioma ( 2)Distância da ( 2)Divisão (2)IDH-M Pólo ( 3) capital do administrativa e

42 42 Manaus Iranduba Rio Preto da Eva Presidente Figueiredo Amazônia Amazônia Amazônia Estado (Km) 27,7 57,5 Amazônia 17 regional/sub-região 7ª (Rio Negro/Solimões) 7ª (Rio Negro/Solimões) 7ª (Rio Negro/Solimões),774,694,677 8ª (Médio Amazonas),741 Quadro 19 - Aspectos da situação geográfica e ambiental Fonte: 1-IBGE/Cidades, censo 21; 2- SEPLAN (21) IDH-M (Referente ao ano de 2); 3- SEGOV AM, 211. Em relação à demografia, pode ser verificado comparativamente que o município de Manaus destaca-se com a maior população 1.82,14 pessoas no município, na área urbana com pessoas e a menor população na área rural pessoas. O município de Iranduba tem a segunda maior população com 4.781, sendo que na zona urbana residem pessoas e na zona rural pessoa. O número de mulheres residentes na zona urbana pessoas é superior ao das mulheres na zona rural 4.14 pessoas. A população do Rio Preto da Eva é a menor com pessoas, sendo que a maior população está concentrada na área rural com pessoas, onde a população masculina também é maior pessoas. No município de Presidente Figueiredo a população é de pessoas. A população rural com pessoas é maior do que a urbana com 13.1 pessoas, e o número de pessoas do sexo masculino é maior pessoas (IBGE, 21). Outro aspecto que deve ser considerado é a distância da capital, ou seja, quanto mais distante da capital maior a população rural, que de modo geral apresentou maior número de pessoas do sexo masculino Polo (3)Municípios na área rural. POPULAÇÃO RECENSEADA POR RESIDÊNCIA E GÊNERO (PESSOAS) Total No município Home Mulher m Total Área Urbana Homem Mulher Total Área Rural Homem Mulher Manaus 1.82, Iranduba Rio Preto da Eva

43 43 Presidente Figueiredo Quadro 2 - Aspectos demográficos da população residente nos municípios do pólo 3. Fonte: IBGE/Cidades, censo 21. Contexto Econômico Nos aspectos econômicos, excetuando-se Manaus, que tem grande aporte da sua economia na Zona Franca de Manaus (Polo industrial). Os demais municípios do Pólo 3, têm a maior expressão da sua economia, na atividade agropecuária (Quadro 21). A atividade pecuária é constituída pela criação de bovinos e/ou pequenos animais e a atividade agrícola no cultivo de culturas perenes e anuais para o consumo familiar, e o excedente para o mercado local. Nos municípios mais próximos à Manaus, a comercialização é feita nos mercados e feiras da capital. Em alguns municípios as atividades pesqueira, extrativista, de fabricação de artefatos artesanais e de turismo são fontes de renda para as famílias rurais e de desenvolvimento da economia do município. Manaus ASPECTOS ECONÔMICOS A produção agropecuária é baseada no cultivo de mandioca, cupuaçu, cítricos e hortaliças. A pecuária é representada principalmente por bovinos e suínos. A pesca é abundante. A Zona Franca de Manaus se tornou um pólo comercial e industrial. O comércio oferece produtos importados de alta tecnologia a preços acessíveis. Manaus vem se transformando no maior entreposto aduaneiro da América Latina e em porta de saída de produtos de Iranduba exportação para os mercados do Caribe e Estados Unidos. A produção agropecuária e baseada no cultivo de milho, arroz, mandioca, maracujá, repolho, pepino, couve, alface, tomate. A exploração florestal é grande, com destaque para e extração de madeira. A pecuária é representada principalmente por bovinos, das raças Nelore, Girolândia e Mista. A pesca é abundante no período de maio a novembro, onde o excedente é Rio Preto comercializado em feiras e mercados. A produção agropecuária é baseada no cultivo de mandioca, cítricos e da Eva hortaliças. Além da extração de madeira. A pecuária é representada principalmente por bovinos, com produção de carne e de leite. A pesca é a Presidente principal fonte de alimento da população local. A produção agropecuária é baseada no cultivo de mandioca, arroz, milho e Figueiredo cupuaçu. A pecuária é representada principalmente por bovinos, com

44 44 produção de carne e de leite. A atividade pesqueira é bastante desenvolvida, com destaque para a criação de alevinos. Quadro 21 - Aspectos econômicos dos municípios do pólo 3. Fonte: SEGOV-AM, 211. Assistência Técnica A assistência Técnica e Extensão Rural ATER, é um serviço de educação não formal, de caráter continuado, no meio rural, que promove processos de gestão, produção, beneficiamento e comercialização das atividades e dos serviços agropecuários, inclusive das atividades agroextrativistas, florestais e artesanais. Nesse sentido o serviço de ATER é um fator que pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais. No Polo 3 foi verificado que todos os municípios apresentaram mais de 5% de suas comunidades com o serviço de ATER (Quadro 22). Municípios Pólo 3 Manaus Iranduba Rio Preto da Eva Presidente Figueiredo Comunidades com serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural Total Assistidas Não assistidas Quadro 22 - Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural nos municípios do Pólo 3. Fonte: Unidades Locais do IDAM/DEPLA, 21. Contexto Social Saúde Nos aspectos sociais, os dados indicam que no município de Manaus há maior número de estabelecimentos hospitalares e de leitos tanto na rede pública quanto particular (Quadro 23). Nos demais municípios, excetuando Manaus, foi verificado que Presidente Figueiredo conta com melhor estrutura na área de saúde, considerando a sua população e que na rede pública desse município existem 2 unidades hospitalares e 3 leitos para internação. Nos municípios de Iranduba e Rio Preto da Eva o número de hospitais e leitos é menor. Na área da saúde, a Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas (SUSAM) é a responsável pela coordenação, execução e supervisão nas unidades de saúde do interior. Essa secretaria mantém na sede do município, uma Unidade Mista Hospitalar, destinado a prestar atendimento de pronto-socorro, maternidade, atendimento cirúrgico, odontológico e hospitalar para a população local e da periferia.

45 45 A assistência médica nas comunidades rurais ainda é precária, dentre outros fatores, pela estrutura das unidades de saúde nas comunidades rurais, pelo isolamento e a distância, além da disponibilidade de profissionais habilitados. Assim, no sentido de somar esforços para o atendimento da população rural, o Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e a SUSAM colocam também para o atendimento da população ribeirinha, barcos que funcionam como postos ambulatoriais nas comunidades. Municípios Manaus Iranduba Rio Preto da Eva Presidente ESTABELECIMENTO HOSPITALAR Municipal Estadual Federal Particular Figueiredo Manaus Iranduba Rio Preto da Eva Presidente 69 3 Leitos para internação Figueiredo Quadro 23 - Indicadores na área de serviços de saúde nos municípios do pólo 3. Fonte: 1-IBGE/Cidades, Censo 21. Área da Educação Nos municípios do Pólo 3 a educação infantil teve maior número de alunos matriculados na rede municipal, com um número de alunos que variou de a alunos. Nas escolas particulares o número de matriculados foi menor, variando de18 a alunos (Quadro 24). Porém vale ressaltar que o maior número de alunos matriculados foi no município de Manaus. No ensino fundamental, a rede municipal matriculou maior número de alunos, destacando-se com maior número de alunos, o município de Manaus e com o menor Presidente Figueiredo. O ensino médio apresentou um padrão inverso da educação infantil, ou seja, o maior número de alunos matriculados ocorreu na rede estadual, entretanto Manaus apresentou o maior número de alunos tanto no ensino público quanto particular. No município de Manaus foi verificado também o maior número de escolas e docentes.

46 46 Municípios Manaus Iranduba Rio preto da Eva Presidente Figueiredo Nº DE ALUNOS / EDUCAÇÃO INFANTIL Estadual Municipal Particular Nº de Alunos / Educação Fundamental Manaus Iranduba Rio preto da Eva Presidente Figueiredo Nº de Alunos / Ensino Médio Manaus Iranduba 2.42 Rio preto da Eva Presidente Figueiredo Municípios Número de Docentes Estadual Municipal Manaus Iranduba Rio preto da Eva Presidente Figueiredo Número de estabelecimento de ensino Manaus Iranduba Rio preto da Eva Presidente 4 27 Figueiredo Particular Quadro 24 - Indicadores na área do sistema educacional nos municípios do pólo 3. Fonte: SEPLAN 211 (Referente ao ano de 21). Infraestrutura Os municípios do Pólo 3 possuem serviços de fornecimento de energia e abastecimento de água, sem, entretanto atingir, todas as comunidades rurais (Quadro 25). Nas comunicações, o serviço de telefonia mantém uma agência operando com os serviços de

47 47 DDD. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos mantém uma agência para receptação e distribuição de correspondências, bem como os serviços postais necessários à população. Manaus INFRAESTRUTURA BÁSICA Energia: a produção e distribuição de energia estão a cargo da Manaus Energia S/A, com uma produção de 4.66Gwh, atendendo a população local e da periferia. Abastecimento d'água: A captação e a distribuição de água estão a cargo da Companhia Águas do Amazonas, com 3 Estações de Tratamento de Água, 63 Reservatórios e 13 poços ativos. Energia: A produção e distribuição de energia estão a cargo da Companhia Iranduba Energética do Amazonas - CEAM, que mantém no município uma usina a diesel com grupos geradores, cuja capacidade total é de KVA. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água estão a cargo da Companhia de Saneamento do Amazonas - COSAMA. A captação é do tipo superficial. A distribuição é feita através de baixos recalques com grupos de motor bomba de potência de 2 CV. Energia: A produção e distribuição de energia estão a cargo da CEAM, que Rio preto mantém no município uma usina a diesel com grupos geradores, atendendo da Eva as necessidades da população. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água estão a cargo da COSAMA. A captação é do tipo subterrânea, há 1 reservatório do tipo elevado com capacidade para 65m3. Energia: A produção e distribuição de energia estão a cargo da CEAM, que Presidente mantém no município com três grupos geradores, somando uma potência Figueiredo total de 13.8 KVA. Abastecimento d'água: A captação e o abastecimento de água estão a cargo da COSAMA. A captação é do tipo superficial. A distribuição é feita através de baixos recalques com grupos de motor bomba de potência de 2 CV. Quadro 25 - Aspectos da infraestrutura básica dos municípios do pólo 3. Fonte: SEGOV-AM, 211. Aspectos Culturais Os eventos culturais nos municípios estão relacionados predominantemente as festividades dos santos padroeiros, ao folclore e aos produtos de maior expressão econômica no município (Quadro 26).

48 48 EVENTOS CULTURAIS Festa da Padroeira, Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro Manaus Festival Universitário de Música FUM, no mês de outubro Festival Folclórico, que acontece nos meses de junho e julho Festival Folclórico Marquesiano, no mês de junho Feira Agropecuária do Amazonas, no mês de setembro Festival de Jazz, que acontece uma vez ao ano Ensaios Oficiais dos Bois Garantido e Caprichoso, que se iniciam logo após o Carnaval e vão até uma semana antes do Festival. Festa do Padroeiro, São João. em 24 de junho Iranduba Rio Festa da Cerâmica. Preto Festa da Laranja, no mês de agosto Festa da Vaquejada, no mês de setembro Festa do Padroeiro, São Pedro, em 29 de junho Festival da Canção, no mês de abril Presidente Festa do Esporte, no mês de setembro. Festejos de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em 27 de julho Figueiredo Festa do Cupuaçu, no mês de março Torneio da Pesca do Tucunaré, que acontece juntamente com rodeios, da Eva canoagem ecológica e arraial Festa do Sol, de 5 a 7 de setembro Festa do Aniversário da Cidade, em 1 de dezembro. Quadro 26 - Eventos culturais nos municípios do pólo 3. Fonte: SEGOV-AM, 211.

49 49 2 Identidade Territorial A análise de Identidade Territorial foi subsidiada por dados agregados, disponíveis no Sistema de Gestão Estratégica - SGE, que em um único gráfico sistematiza os fatores 3 que para a SDT demonstram a identidade do territorial. Outra informação utilizada para relatório está baseada nos dados desagregados gerados pela Célula de Acompanhamento e Informação do Território Manaus e Entorno. É importante destacar que ambos os dados tiveram como ferramenta o questionário de Identidade Territorial disponibilizado pela SDT. A utilização dos dados desagregados se faz necessário, pois os questionamentos indagados durante as entrevistas aparecem de forma separada e assim a partir da análise das partes terá uma melhor compreensão do todo, ou melhor, do território. Fora o uso da ferramenta questionário aliado as informações adquiridas e que não estão posta nesse instrumento, pois no momento de aplicação dos questionários se tinha um diálogo de até 2 horas de conversa, com isso tem-se o complemento das questões que são fechadas no questionário. Também a o uso de dados obtidos através das reuniões, eventos, e oficinas realizadas pelo Colegiado Territorial e a Célula. Processos de territorialização na Amazônia A Amazônia está em voga em todas as discussões, sejam elas puramente econômicas ou ambientais. É uma região que foi e continua sendo sujeita de vários projetos. É quase uma normatização, principalmente quando nos remetemos ao período histórico de colonização desta região. As tentativas de apropriação do território foram muito agressivas para os povos que aqui já estavam. As formas de economia são exemplos de uso desordenado da região. Esta realidade é visualizada nos chamados ciclos econômicos que a Amazônia foi sujeitada como o ciclo das Drogas do Sertão, o ciclo da Borracha e implantação da Zona Franca de Manaus. Ademais quando na tentativa do governo de integrar a Amazônia a economia nacional com abertura de estradas e incentivo a migração com o intuito de povoar o que o governo chamava de vazio demográfico, prometendo áreas para o plantio e pastos. 3 Os fatores que para SDT possibilitam identificar a identidade seria o Ambiental, Agricultura Familiar, Economia, Pobreza, Etnia, Colonização e Política.

50 5 É importante destacar que as políticas de desenvolvimento ao longo das décadas do século XX, foram desagregadoras, tornando os amazônidas prisioneiros de uma realidade imposta por ações exógenas. A partir da década de 198 que o debate sobre o planejamento territorial na Amazônia muda o foco e se tem na linguagem abordagens de cunho ambiental, hoje estamos no paralelo em que as políticas de desenvolvimento devem ou aparentam está ligadas a manutenção e prolongamento dos recursos ambientais. A preocupação com os atores sociais aparece nessas discussões. De acordo com Becker, 24, esse cenário alterou o significado da Amazônia, com uma valorização ecológica de dupla face: a da sobrevivência humana e a do capital natural, pois ambos devem ser valorizados e pensados no mesmo contexto. É por várias tentativas do governo em desenvolver o Brasil numa paridade, ou tentar chegar a níveis menores de disparidade econômicas e sociais, se busca uma nova metodologia de desenvolvimento, embasado numa abordagem territorial. Esse desenvolvimento na lógica territorial com foco no meio rural conforme Perico (29) é uma tendência na America Latina e o Brasil aparece com inovações na criação de estratégias para essas políticas. A inovação dita parte de um redescobrimento do território, o Brasil, na verdade os governantes, antes dessa nova configuração política, com o enfoque territorial, não mostravam um interesse nas questões particulares do país, havia um desconhecimento, ou não se importavam de fato com as particularidades de cada região. É nessa busca de desenvolver a partir do local para o global, que aparece o eixo central dessa nova estratégia do governo, a identidade, esta que expressa às características, as manifestações, os atributos, culturais, econômicos ou políticos, que são apropriados pelas pessoas em seus respectivos territórios. Desenvolvimento territorial e identidade A política de desenvolvimento decorre de séculos no Brasil, mas a atual política busca o desenvolvimento na lógica territorial. O desenvolvimento exprime-se através do acesso físico e econômico, principalmente as necessidades básicas contidas na Constituição. De acordo com Mafra e Silva, as políticas territoriais seriam: o conjunto de normas e intervenções ditadas ou adaptadas pela iniciativa pública, tendo em vista o ordenamento do território, isto é, a formação e o desenvolvimento dos centros urbanos/rurais, a distribuição espacial da

51 51 ocupação do solo no interior dos mesmos e nas regiões envolventes e a sua utilização por parte dos diversos agentes (24, p. 9). O uso da categoria território se tornou comum nas estratégias de desenvolvimento rural do Governo Federal. Essas estratégias consistem em se apropriar de recursos específicos e enaltecer o potencial identificável do território, ou seja, a identidade territorial. A importância da identidade na estratégia de desenvolvimento dos Territórios Rurais é fundamental, haja vista, a diversidade territorial que possui o Brasil. Rafael Perico (29), ressalta que as particularidades contidas nos territórios têm uma essência heterogênea, em especial no espaço rural brasileiro, onde culturas, entornos geográficos, sistemas econômicos, estruturas demográficas e modelos da gestão política definem diversos cenários. A tentativa de compreender e enaltecer as características e potencialidades dos territórios terá como possível resultado a coesão social, uma distribuição e alcance dos bens e serviços na lógica pública e privada. Além de proporcionar aos atores envolvidos o sentindo de participação na gestão pública. No entanto para delinearmos o cenário que se encontra o território Manaus e Entorno é fundamental refletir sobre a categoria que pulsa esse grande programa, a categoria território. O território envolve sempre, ao mesmo tempo, mas em diferentes graus de correspondência e intensidade, uma dimensão simbólica, cultural através de uma identidade territorial socialmente construída pelos diferentes grupos. Assim, no território existe uma pluralidade de sujeitos, em relação recíproca, contraditória e de unidade entre si, no em com o lugar e com outros lugares e pessoas e identidades. Os elementos basilares do território, ou seja, as redes de circulação e comunicação, as relações de poder, as contradições e a identidade, interligam-se, fundem-se uma nas outras numa trama relacional (HAESBAERT, 1997, p. 76) Nesse sentido, entende-se que as relações sociais são a base para a construção de um território e essas relações estão diretamente conectadas com os lugares, com seus fixos, fluxos, enfim, com suas redes de interconexões. O Programa de Desenvolvimento dos Territórios Rurais destaca que a participação da sociedade civil é imprescindível para a construção e efetividade dessa política territorial. As diferentes formas de ação organizada da sociedade civil são compreendidas aqui como forças horizontais, representadas pela ação dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs), Associações de Produtores, de Pescadores, dentre outras. Para esclarecer melhor como se dá a apresentação das forças ou uniões horizontais cabe destacar a reflexão de Santos (1996) que descreve a maneira como os produtores rurais

52 52 se reúnem para defender os seus interesses, o que lhes permitem passar de um consumo puramente econômico, necessário às respectivas produções, a um consumo político localmente definido e que também distingue as regiões brasileiras umas das outras. Estes atores procuram defender suas potencialidades, suas características, ou seja, sua identidade. As forças ou uniões horizontais podem ver vistas no programa territórios nessa nova forma de gestão, incluir nas discussões de forma direta nas decisões de projetos para seus respectivos territórios. A descentralização e a participação da sociedade civil através das associações, sindicatos, colônia de pescadores, grupos de mulheres dentre outros, torna este programa diferente das tentativas anteriores de desenvolvimento, onde o governo pensava e implanta suas ações sem essa participação mais direta da sociedade. Santos (1996) alerta a pensar as novas horizontalidades que permitirão, a partir da sociedade territorial, promover um desenvolvimento na perspectiva do local ao global. Em outras palavras, que os questionamentos e ideias partam dos sujeitos em questão. Mas esse cenário só será conquistado se a compreensão de território e especificamente a identidade desse território for tomada como o ponto de apoio para as transformações necessárias a fim de se alcançar a melhoria de acesso as mercados, a financiamentos, alcance de novas tecnologias e inúmeros objetivos. Só quem está e vive o território é capaz de identificar os anseios e as demandas locais. Há dúvidas se o Território Manaus e Entorno é um território dado ou construído. Talvez no processo de um para outro. Esclarecer essa questão é fundamental para entender o cenário atual desse território, pois se busca neste espaço de análise visualizar a identidade do território. Para tanto é importante destacar o pensamento e a forma de territorialização desenvolvida pela SDT para o Programa Territórios Rurais, de acordo com Perico (29) esse processo ocorreu através de uma ampla convocação dos atores locais e estaduais em cada uma das microrregiões selecionadas, com o objetivo de dar início à implantação da estratégia. Esse processo com o predomínio das reuniões realizadas pelos conselhos estaduais de desenvolvimento rural - conduziu a apreciação das realidades políticas e cultural de cada microrregião, o que resultou na redefinição das áreas. Esse foi o primeiro passo do processo de construção dos Territórios de Identidade. Através dessa descrição de criação dos territórios fica claro que a participação das organizações que representam a sociedade civil não foi tão participativa, este comentário se fundamenta nas falas dos participantes do Colegiado do território Manaus e Entorno obtidas nas entrevistas, oficinas e reuniões que esta Célula participou.

53 53 Ao descreverem o processo de criação do território Manaus e Entorno, são categóricos em seus comentários, para eles o território foi imposto, na medida em que não houveram discussões para se pensar quais municípios poderiam formar o território Manaus e Entorno, e sim sua criação ficou no campo político, nas mãos de um partido político, que determinou a criação desse território. Essa configuração pode ser comparada na análise de Pecqueur (apud Denardin; Sulbach, 21), um território dado é um território sem valor acrescentado com fatores de constrangimento ou limitações. Este território é tido como preexistente e se analisa o que ali acontece, o que lhe contem. Acaba sendo uma porção do espaço que é objeto de observação. Nesta mesma linha de discussão Flores (apud Denardin; Sulbach, 21) definem o território dado como uma decisão político-administrativa é um processo top douw, cujo interesse pode ser, por exemplo, o estabelecimento de políticas de desenvolvimento para determinada região. Pode ser uma política nacional, como os Territórios Rurais, pois a matriz do programa é comum em todas as regiões do país, não se observa diferenciação em sua implantação nas diferentes regiões geográficas. O território dado faz parte de uma política comum no país, na configuração de verticalidade das ações e implantação dos projetos. A Amazônia é prova viva dessa lógica, pois os projetos implantados ao longo de décadas nesta região foram impostos, chegaram como pacotes fechados. A região Amazônica sofre até hoje com as políticas de desenvolvimento sem a participação de seus atores, sua população é refém de um sistema ambiental perverso que impõe limites ao uso do território e tão pouco dar alternativas. Ao analisar a criação do território em questão e dos seus respectivos municípios que o formam, são compreensíveis os comentários coletados pela CAI do Manaus e Entorno. Um território que tem em sua composição 13 municípios, onde 12 têm no setor primário suas fontes econômicas e destoando desse grupo uma capital com perfil contrariando a matriz do Programa. Manaus é a capital do estado do Amazonas e sua principal fonte de renda está no setor secundário, possui um parque industrial que é o motor não só da economia local, mas estadual. O seu potencial industriário está relacionado aos eletrônicos e setor de duas rodas, a matéria prima utilizada nas poucas fábricas que existem no pólo industrial de Manaus e oriunda de outras regiões e países. O Parque Industrial de Manaus é composto em sua maioria por montadoras, as peças chegam prontas e os industriários fazem o processo de montagem para gerar o produto final.

54 54 Fica esse questionamento sobre a participação de Manaus nesse território, pois atrelado a fonte econômica, o município comporta todo o aparo governamental e as organizações ligadas aos movimentos sociais. Esse cenário poderia ajudar na qualidade do projeto, mas pelo contrário, prejudica, pois Manaus é o centro geoeconômico e captam recursos e projetos para si, os demais municípios acabam sendo prejudicados. Atrelado a esse cenário está o forte poder político que ela detém e a presença de várias lideranças de movimentos sociais. Desta forma os movimentos sociais e os representantes do governo dos demais municípios acabam sendo guiados pelas decisões tomadas no município de Manaus. Já o território construído, é um processo de melhorias, fruto do jogo de atores e constatado a posteriori, é o resultado de um processo de construção social pelos atores, como nos alerta Pecqueur (apud Denardin; Sulbach, 21). O território construído é um espaço-território que se forma a partir do encontro de atores sociais em um espaço geográfico dado; nele, os atores buscam identificar e resolver problemas comuns. Nesse território há sentimento de pertencimento com respeito à identidade construída e associada trata-se de vários atores sociais com pensamentos e vidas diferentes ao espaço de ação coletiva. Quando se constrói um território a solidariedade e o respeito entre os atores aparecerão em destaque. Isso significa que o Território Manaus e Entorno está ainda na idéia de território dado, buscando fortalecer sua identidade territorial para se tornar um território socialmente construído. O território construído tem na base a identidade, esta aparece com o sentimento de pertencimento e respeito. Sentir-se parte do território são os primeiros passos para o estabelecimento do território construído. É nessa concepção que os atores envolvidos nesse programa conseguirão êxito em suas ações. Na análise dos dados gerados a partir das atividades de campo verificaremos que a identidade do território Manaus e Entorno se configura na Agricultura Familiar, valorizar e viabilizar meios de fortalecer a identidade ajudará nesse processo. Os atores sociais tanto locais, quanto nacionais, participando cooperativamente e buscando atender as demandas e necessidades do território. A partir dessa interação os projetos e ações do programa e decisões locais terão uma abrangência maior, com resultados mais precisos. A identidade territorial não é um conceito fácil é inovador e complexo, está centrado na originalidade e singularidade de cada lugar (ROCA E MOURÃO, 29). Levam em

55 55 consideração os aspectos físicos e humanos, suas características materiais e imateriais biofísicas, socioculturais, econômicas, sóciopsicicológicas e etc. Este conceito permite analisar melhor os dados obtidos com o questionário de identidade territorial, que trás questões sobre o que nos aponta Roca e Mourão. A identidade territorial está além das formas de usos do território, das potencialidades. As relações sociais com seus valores culturais complementam e dão sustento para a identidade. A SDT para identificar a Identidade Territorial dos Territórios Rurais destacou sete fatores que de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Territorial estão próximos ou influenciam o desenvolvimento territorial. Os indicadores de identidade que podem caracterizar o território são de ordem: Ambiental, Agricultura Familiar, Economia, Pobreza, Etnia, Colonização e Política. Os indicadores de identidade foram relacionados com alguns aspectos que para a SDT são fundamentais para auxiliar o desenvolvimento territorial: Limites do Território, Visão de Futuro, Metas de Objetivos do Território, Características marcantes, História Comum e Conflitos no Território. A correlação dos indicadores de identidade e os aspectos de desenvolvimento aparecem agregados em um único gráfico gerado pelo SGE. No gráfico abaixo é possível visualizar que o Território Manaus e Entorno tem como principal identidade a Agricultura Familiar, seguida da Economia e Ambiente. A Agricultura Familiar sem questionamentos forma o perfil desse território, as atividades econômicas estão atreladas a Agricultura Familiar. Os municípios que compreendem o Território Manaus e Entorno exceção de Manaus vivem da Agricultura Familiar, do pequeno produtor. A participação das organizações que os representam é fundamental para essa política de governo. No que diz respeito à Economia e Ambiente que também se destacam na identidade do território é fácil entender esse destaque, ambos tem ligação direta com a Agricultura Familiar. O setor primário de certa forma move esse território e a preocupação ambiental aparece em todos os discursos, nas falas de representantes do governo e da sociedade civil, do agricultor familiar que está a quilômetros de distância não só da sede municipal, mas do alcance das informações do Programa Territórios da Cidadania. Para todos esses atores desenvolver qualquer atividade sem preocupação com o ambiente está fora de questão. A preocupação ambiental é um reforço para a identidade territorial e mais é o eixo fundamental para o Desenvolvimento Territorial Sustentável.

56 56 Figura 1 Identidade Territorial Manaus e Entorno Fonte: SGE/SDT, 211. Para tanto, se faz necessário ressaltar que a capacidade e incapacidade das organizações que estão na linha de frente das ações territoriais são fundamentais para o estabelecimento das estratégias de desenvolvimento sustentável e não basta saber qual a identidade de um território e sim desenvolver as estratégias com base na identidade. A seguir teremos uma análise das questões que subsidiaram o questionário identidade, os dados estão desagregados, cada questão virá seguida de um gráfico que destacará as respostas dos 54 entrevistados pela Célula de Acompanhamento e Informação. Definição dos Limites do território A Definição dos Limites se fará através da análise dos dados quantitativos gerado com a aplicação do questionário Identidade Territorial. Nesse item busca-se entender o processo de definição dos limites territoriais do Manaus e Entorno. Mesmo por que entender os limites territoriais fortalecerá a identidade territorial e ademais mostrará se foi um processo participativo.

57 57 Figura 2 Definição dos limites do território Manaus e Entorno Fonte: UFAM/NUSEC/SDT, 211. Na figura 2 se observa que dos 54 entrevistados numa escala de menor importância (1) à maior importância (5) para a definição dos limites do território, 24 entrevistados deram nota 5 para Agricultura Familiar, 2 entrevistados deram nota 5 para os Movimentos Sociais e Políticos e 19 entrevistados deram nota 5 para os Recursos Naturais. Logo, os itens Agricultura Familiar, Movimentos Sociais e Políticos e Recursos Naturais são elementos que se destacam na definição dos limites do território. Na verdade esses aspectos são comuns e relevantes nos 13 municípios que o formam. Isso não significa que foram determinantes para a definição do território, pois nas entrevistas com os membros do colegiado, os mesmos deixaram claro que essa definição veio pronta. Um dado importante a ser destacado é que o questionário não aborda essa questão e com isso não nos permite compreender tal processo. Visão de futuro do Território Manaus e Entorno Na questão referente ao que o território almeja para o futuro (Figura 3), 41 entrevistados deram nota 5 para a Agricultura Familiar, 34 entrevistados deram nota 5 para os Recursos Naturais, 3 entrevistados deram nota 5 para os Movimentos Sociais e 29 entrevistados deram nota 5 para as atividades econômicas do território. Isso demonstra que numa perspectiva de futuro do Território a Agricultura Familiar e os Recursos Naturais do Território Manaus e Entorno são importantes.

58 58 Figura 3 Visão de futuro do território Manaus e Entorno Fonte: UFAM/NUSEC/SDT, 211. A visão de futuro é contemplada no PTDRS do Território Manaus e Entorno 4, este que está em fase de conclusão. Nesse aspecto está exposto o objetivo geral do Plano, aonde se quer chegar. De acordo com o Plano foram realizadas oficinas para delimitar os eixos estratégicos de desenvolvimento para se chegar à Visão de futuro do Território 5. Os eixos estratégicos priorizados no Plano estão divididos em três Dimensões: Sociocultural; Econômica; Ambiental Na Dimensão Sociocultural estão definidos dois eixos estratégicos: o social e a cultura para resolver os problemas relacionados aos dois eixos terão que ser feito programas direcionados: Eixo Estratégico Social, de acordo com o Plano para resolver problemas como d desigualdade social deve-se investir em educação no campo, qualidade de vida e controle social. Eixo Estratégico Cultural, programas que alcance os jovens e sem diferenciação de gênero. Já na Dimensão Econômica estão posto três eixos: Eixo Econômico, que a solução seria fazer Arranjos Produtivos Locais Prioritários, Diversificação da Produção Familiar e 4 A Visão de futuro tem a intenção de propiciar o direcionamento dos rumos da organização responsável pela gestão do Plano. 5 Espera-se que a população esteja organizada; que as estruturas de governo atuem de forma integrada; que as organizações dos produtores familiares estejam fortalecidas; que haja uma melhor integração entre produtores, meio ambiente e consumidores e, que haja igualdade, qualidade de vida e dignidade para os/as produtores/as.

59 59 incentivar a produção dentro da lógica Agroecológica. Eixo de Infraestrutura, os programas devem está voltados para o setor de comercialização dos produtos da Agricultura Familiar e de escoamento, este que é um dos principais entraves desse território. A Dimensão Ambiental trás o Eixo Meio Ambiente e os programas nesse eixo devem tratar da proteção ambiental. Para tanto é necessário a participação de todos na realização da Visão de Futuro do território, enquanto não houver a participação dos setores públicos, privados e da sociedade civil de forma engajada não obterão melhorias nas dimensões listadas acima. Está claro no Plano a Visão de Futuro, falta, porém por em prática as ações para alcançar esse objetivo comum. Metas e objetivos do Território No quadro 27, dos 54 entrevistados, numa escala de menor importância (1) à maior importância (5), para a elaboração das Metas e Objetivos do Território, 35 entrevistados deram nota 5 para a Agricultura Familiar, 3 entrevistados deram nota 5 para os Movimentos Sociais e Políticos, 21 entrevistados deram nota 5 para as Atividades Econômicas do Território e para os Recursos Naturais dos municípios que compõem o presente Território. Os números demonstram que as Metas e os Objetivos do Território foram estabelecidos partindo da importância da Agricultura Familiar e da atuação dos Movimentos Sociais e Políticos do Território. É importante ressaltar que no atual contexto do território Manaus e Entorno, são os representantes dos agricultores familiares e os movimentos sociais que de fato acreditam nessa política atual, são eles que com muitas dificuldades fazem o projeto caminhar. Metas e Objetivos do Território 1 Recursos Naturais Agricultura Familiar Atividades econômicas Pobreza, marginalidade e problemas sociais Comunidades tradicionais Processos de ocupação territorial Movimentos Sociais e Políticos Quadro 27 Metas e objetivos do território Manaus e Entorno Fonte: UFAM/NUSEC/SDT,

60 6 São os agricultores familiares em conjunto com os movimentos sociais que resistem as dificuldades postas pela burocracia que dificulta o andamento dessa política territorial. A Agricultura familiar e os pequenos produtores constituem características da identidade com forte poder aglutinador dos atores na definição da identidade territorial, além de outras organizações que refletem grupos de interesse, com o principal interesse de encontrar espaços para superar os mecanismos de exclusão (PERICO, 29, p. 153). Os interesses devem está direcionados para o alcance de melhorias para o território, compartilhar esse pensamento irá fortalecer a identidade desse território e em consequência as decisões terão mais força e principalmente resultados. Característica Marcante do Território As características que são referências no território aparecem novamente em destaque na Figura 4. A agricultura Familiar aparece como o principal aspecto e logo em seguida estão os Recursos Naturais e Atividades econômicas. Os Movimentos Sociais e a Pobreza, Marginalidade e Problemas Sociais também são relevantes. Figura 4 Características marcantes do território Manaus e Entorno Fonte: UFAM/NUSEC/SDT, 211. Esses dados revelam que apesar da potencialidade do Território nas atividades promovidas pela Agricultura Familiar e favorecida pelos Recursos Naturais de cada município, os índices de Pobreza e Marginalidade são elevados onde 16 entrevistados optaram pelo grau de relevância 5 e 21 entrevistados deram nota 4.

61 61 Esses dados mostram um sério problema que está atingindo o interior do Estado, esses problemas sociais típicos das grandes cidades ultrapassaram a barreira do urbano e são comuns nos municípios que compõem o Território. Nota-se que o rural e o urbano não estão dissociados, um faz parte do outro, o acesso a saúde, a educação, a lazer são necessidades de ambos os espaços, a diferença está no alcance delas, pois quem mora no meio rural tem limitações no acesso às políticas de governo e dificuldade em requerê-las. Não é espantoso ver que a agricultura familiar está em destaque como a principal característica do Território. Tirando o município de Manaus, todos os outros que compõe o território têm como principal fonte econômica a agricultura. Também não é estranho ser uma característica marcante os Recursos Naturais, pois o agricultor da Amazônia tem uma ligação muito forte com a natureza e sabe de sua importância para sobrevivência de ambos. História Comum do Território Na história comum do Território novamente a agricultura familiar é destaque. Outros aspectos também são importantes como os movimentos sociais, os Recursos Naturais, as atividades econômicas e o processo de ocupação do território. Por outro lado, os Processos de Ocupação Territorial e as Comunidades Tradicionais são apontados de forma tímida, por isso não aparecem na Figura 5, esses aspectos nos gráficos anteriores não apareceram com grandes notas também. Isso demonstra a importância da posse da terra e das populações tradicionais presentes nesses municípios, porém como dados históricos, pois como atuação presente a importância declina como mostram os dados anteriores.

62 62 Figura 5 História comum do território Manaus e Entorno Fonte: UFAM/NUSEC/SDT, 211. É instigante a pouca representatividade não só dos indígenas mais de outras comunidades tradicionais na identidade do território. As histórias de criação dos municípios que compõe o território estão muito relacionadas. A sempre uma ligação com alguma etnia indígena e essa ausência talvez esteja relacionada à separação que existe pelo próprio Estado de pensar políticas separadas, sem o envolvimento dos demais atores. Conflitos no Território O território Manaus e Entorno assim como todos os outros territórios não importa em que continente seja terá conflitos, as relações sociais e de poder estão na base de construção de todo território. A existência de conflitos no território foi visualizada de forma mais clara na Formação6 patrocinada pela SDT/MDA que alguns membros do Colegiado territorial do Manaus e Entorno, Baixo Amazonas, Alto Rio Negro e Madeira participaram. A pergunta orientadora da formação foi: Existem conflitos nos territórios do Amazonas? Responder esta pergunta não é fácil, mas apareceu em algumas respostas o porquê do atual cenário do território Manaus e Entorno. De acordo com os idealizadores, o principal objetivo é tentar montar uma matriz de leitura da realidade para entender a origem dos conflitos. 6 Formação SDT MDA - Dinâmicas Territoriais e Gestão de Conflitos na cidade de Manaus no período 6 a 1 de Junho de 211 Lord Hotel.

63 63 Uma das propostas é tentar desmitificar que conflito é algo ruim, serve apenas para atrapalhar o processo. O conflito é uma coisa boa, um instrumento de aprendizado. Talvez a resposta esteja na forma como as coisas estão ocorrendo, a falta de diálogo entre os principais atores seja a base dos conflitos. Foi dado destaque para palavra ESCUTAR, da importância de escutarmos uns aos outros. Deve-se evitar o escutar o que queremos. Essa questão está entendida quando se observa os discursos dos membros do colegiado. Na fala do coordenador do Núcleo Diretivo do Território Manaus e Entorno observa-se esse entendimento: é importante terminar o que é começado (projetos, ações). A não implantação das ações leva somente ao ouvir, e não ao escutar. Na formação os participantes concluíram que nos territórios do Amazonas os conflitos existem e os mesmos dificultam o andamento do território, ou melhor, o desenvolvimento. Como há conflito, e este deve está atrelado a um indivíduo ou grupo. Os participantes deixaram transparecer que os interesses estão dentro dos grupos. Cada grupo acaba propondo projetos/ações voltados para o interesse de poucos e assim não a uma abrangência de beneficiários. Os conflitos discutidos nos paragrafos acima estão relacionados aos interesses individuais ou de grupos que não foram abordado no questionário com a estrutura de perguntas e respostas fechadas, na figura 6 estão os dados gerados a patir das entrevistas com o Colegiado do Território Manaus e Entorno com o uso do questionário Identidade Territorial. Figura 6 Principais conflitos no território Manaus e Entorno Fonte: UFAM/NUSEC/SDT, 211.

64 64 Dentre os conflitos existentes no território o mais apontado pelos entrevistados está relacionado aos recursos naturais com 21 % das respostas e no mesmo nível estão a Agricultura Familiar, Atividades Econômicas e Pobreza, Marginalidade e Problemas Sociais, com 15 % cada. Os conflitos de ordem ambiental estão voltados para a questão de uso desses espaços, pois o território possui um número significativo de áreas protegidas, tanto de uso sustentável, quanto integral, além das terras indígenas. Os habitantes dessas áreas e os que estão ao redor em muitos casos, principalmente nas Unidades de Conservação, não foram consultados e com isso geram-se impasses na forma de uso. No caso da Agricultura familiar, a dificuldade está no acesso à documentação da terra, agrava o próprio desenvolvimento do território, pois sem título de propriedade o agricultor tem dificuldades no acesso às linhas de crédito. Tal situação é destaque no questionário de Índice de Condições de Vida aplicado com os agricultores. O aspecto Pobreza e marginalidade e problemas sociais está voltado mais para as áreas urbanas do território na ausência dos serviços básicos como educação, moradia, lazer etc. Já as Atividades econômicas têm seus problemas a partir das formas que são realizadas. Como as principais atividades econômicas são a pesca, piscicultura, pecuária e a agricultura, essas atividades nem sempre estão de acordo com as leis ambientais. Estas leis que acabam sendo severas com alguns grupos e com outros faz vista grossa. Os conflitos na Amazônia no atual cenário alcançam um patamar mais elevado. Não se trata mais apenas de conflito pela terra; é o conflito de uma região em relação às demandas externas. Esses conflitos de interesse, assim como as ações deles decorrentes contribuem para manter imagens obsoletas sobre a região, dificultando a elaboração de políticas públicas adequadas ao seu desenvolvimento. As opiniões internacionais e as inúmeras instituições/atores externos estão influenciando as decisões locais. Tem muita gente falando o que deve e não ser feito nesta região, mas sua população, esta não é ouvida, ou tão pouco é notada. Através dos dados é possível identificar o perfil do território Manaus e Entorno. Suas raízes estão voltadas para agricultura familiar e para os Recursos Naturais que são o centro das atenções do programa. Quer-se o desenvolvimento, mas dentro da lógica ambiental. Mesmo por que esse território está no estado com várias unidades de conservação, tendo como o seu principal cartão postal a floresta amazônica, não esquecendo o seu potencial hidrográfico.

65 65 Mas os dados não falam por si só. É importante levar em conta as informações adicionais relatadas pelos membros do colegiado nas entrevistas e nas várias reuniões que esta célula participou. Baseado nessas participações fica a observação que o Território Manaus e Entorno precisa entender a lógica territorial, que as ações devem ser tomadas em conjunto e pautada na identidade territorial, nas especificidades e potencialidades, estas devem atender o máximo da demanda territorial. É importante ficar claro que o território é construído a partir da mobilização dos atores sociais que procura identificar e resolver problemas comuns. Se a Agricultura familiar é a mão que os une, identificar os problemas e buscar as soluções para o desenvolvimento do território é algo possível. Mas, temos, sobretudo que alertar: a Amazônia é uma região continental e desenvolver projetos em um território com características tão singulares em relação ao restante do país não é fácil. Tão pouco se pode esquecer que os projetos bem sucedidos no eixo Sul/Sudeste nem sempre terão os mesmos resultados na região. Desta forma, fica evidente que qualquer projeto que vier a ser pensado para a Amazônia deve ser analisado e discutido com seus atores sociais.

66 66 3 Capacidades Institucionais A abordagem territorial fundamenta-se nos pressupostos de descentralização e gestão democrática do desenvolvimento rural. Neste sentido, a participação das instituições públicas e da sociedade civil é imprescindível para o fortalecimento e efetividade da ação pública, neste caso, para que os resultados do PDSTR possam promover a melhoria das condições de vida da população rural, particularmente aquelas que se dedicam à agricultura familiar. No contexto da estratégia de desenvolvimento territorial há um elemento importante que mantém uma relação direta com as metas estabelecidas para serem alçadas. Trata-se da capacidade institucional dos atores envolvidos em tal estratégia. Dentre estes, destacam-se os municípios, isto é, as prefeituras, as instituições estaduais e o próprio CODETER. O indicado de capacidade institucional permite avaliar o desempenho deste atores face aos resultados obtidos por meio dos projetos de empreendimentos e ao próprio desenvolvimento territorial. Sendo assim, o Quadro 28 mostra os índices de diferentes variáveis importantes, possibilitando uma compreensão geral sobre os níveis das capacidades das instituições e dos instrumentos correlacionados com a proposta do desenvolvimento rural. Quadro 28 Indicadores de Capacidades Institucionais Fonte: Pesquisa de campo/sdt/sge Os indicadores mais baixos são os de serviços institucionais disponíveis (,272); de participação política (,336) e aqueles que estão entre,4 e,6, considerados médios, entre os quais o de gestão do colegiado. Apenas um indicador tende a se destacar entre os demais, qual seja o de infraestrutura institucional, cujo índice é de,734 (Médio Alto). As capacidades institucionais são fundamentais para que a agenda territorial possa ter efetividade e promover o desenvolvimento rural. Sem o fortalecimento destas capacidades, particularmente dos órgãos públicos, é praticamente impossível concretizar as ações e

67 67 programas estabelecidos na esfera do colegiado territorial órgão responsável pela gestão democrática do Território. Por meio do gráfico abaixo é possível ver as diferenças entre os níveis de capacidade institucional do Território Manaus e Entorno. Quanto mais próximo da ponta melhor a capacidade de cada uma das variáveis. Figura 7 Biograma dos Indicadores de Capacidades Institucionais Fonte: Pesquisa de Campo/SDT/SGE. A ausência e o baixo comprometimento das municipalidades representam um dos maiores gargalos do processo de gestão do território, pois os projetos e ações programadas para os territórios deixam de ser implementadas no âmbito do Território. Como já foi dito, muitos dos projetos não saem do papel ou não apresentam os resultados esperados, é o que indicam as percepções dos atores envolvidos na estratégia de desenvolvimento territorial. Os prefeitos não apresentam interesse de maneira clara com relação à estratégia de desenvolvimento territorial. Muitos deles não vêem ganhos políticos com o PDSTR, principalmente pelo fato deles não administrarem diretamente os recursos e também pelo fato de terem seu poder de decisão limitado diante do CODETER. Esta percepção não aparece no gráfico, mas é oriunda do pensamento daqueles que estão envolvidos diretamente no processo de gestão do Território. Se por um lado, a participação e empenho das prefeituras locais é bastante precário, por outro, o governo do estado também não demonstrou até aqui um empenho mais amplo no sentido agregar o PDSTR às sua ações voltadas para o setor primário. A estrutura governamental não é aproveitada enfaticamente para fortalecer a estratégia de desenvolvimento territorial. Apenas uma instituição a Secretaria Estadual de Produção havia assumido compromisso de apoiar a estratégia, responsabilizando-se pela implementação

68 68 dos projetos deliberados na esfera do colegiado. Todavia, muitos dos projetos não foram implementados, embora vários outros tenham sido executados7. A insatisfação com relação ao andamento dos projetos é muito grande. Desde as primeiras atividades de trabalho de campo chamou atenção da equipe, as freqüentes críticas ao CODETER e às instituições governamentais pelo não cumprimento das ações programadas para os territórios. A Secretaria Estadual de Produção Rural SEPROR e a Secretaria Estadual de Articulação de Políticas Públicas SEARP foram duramente criticadas pelo não cumprimento daquilo que foi programado no colegiado. Coube a essas instituições executar os projetos encaminhados para os diferentes pólos e municípios do Território Manaus e Entorno o que não aconteceu. A insatisfação por parte dos membros do colegiado não se restringe apenas aos representantes das entidades da sociedade civil, mas também aos gestores públicos, particularmente aqueles vinculados às secretarias municipais de desenvolvimento rural e aos institutos de desenvolvimento agropecuário do estado (IDAM s). Durante as entrevistas nos municípios, muitos deles manifestaram sua insatisfação e frustração com as instituições do Governo do Estado e do próprio Governo Federal. Um outro aspecto que revela a fragilidade das capacidades institucionais diz respeito à participação dos Conselhos de Desenvolvimento Rural Sustentável CMDR s no processo de gestão do Território. Durante as primeiras atividades de campo chamou atenção o nível de desmobilização e fragmentação da grande maioria destes conselhos. Muitos deles não se reuniam há bastante tempo, enquanto outros nem existiam de fato ou estavam em processo de reformulação jurídica e administrativa. Houve grande dificuldade para identificar os representantes do CODETER, sendo que em alguns municípios não havia o número completo deles. Durante as reuniões com os CMDRS s, vários representantes foram eleitos para fazer parte da composição do CODETER. No que tange ao papel dos CMDR s, muitos deles não exercem o controle social da gestão municipal. Na verdade, os CMDRS são muitas vezes controlados pelos prefeitos, que tem a seu favor a legislação, permitindo a ele colocar como presidente do conselho um dos seus secretários, em geral o representante direto da secretaria de desenvolvimento rural. Assim, o conselho tende a ser engessado e qualquer possibilidade de intervenção política ou questionamento da administração municipal é desarticulada imediatamente. Em consequência, 7 A Célula Manaus e Entorno ainda não dispõe de dados suficientes para fazer uma análise mais precisa sobre a situação dos projetos de empreendimentos implementados no Território. As reflexões que se seguem são baseadas em conversas informais com vários membros do CODETER. As dificuldades de obter informações sobre os projetos nas instituições parceiras tem sido um impedimento para a conclusão dos trabalhos. Espera-se que até final de novembro a avaliação de projetos já tenha sido concluída.

69 69 o CODETER tende a ficar mais enfraquecido na medida em que não consegue pressionar as prefeituras municipais para que estas se integrem à estratégia de desenvolvimento territorial. É importante salientar que nem todos os conselhos estão nesta situação, porém, certamente se trata de uma minoria. O gráfico demonstra, inclusive, uma fragilidade da participação da sociedade e das iniciativas comunitárias. Além destas, as capacidades organizacionais e os instrumentos de gestão municipal não passaram do nível Médio o que na prática corresponde a uma situação desfavorável à gestão territorial. Soma-se a estas fragilidades, o problema da burocracia e da desarticulação interinstitucional. Para muitos dos entrevistados, muitos dos projetos não saíram do papel por conta da burocracia enfrentada no âmbito da Caixa Econômica Federal CEF. Para outros, falta maiores informações sobre os tramites burocrático para não haver retrocessos no encaminhamento e aprovação dos projetos territoriais. Para alguns, é necessário rearticular institucionalmente as entidades parceiras e promover um amplo esclarecimento sobre os trâmites burocráticos no âmbito da CEF a fim de simplificar o processo. De uma maneira geral, percebe-se uma fragilidade da governança territorial que se manifesta na desarticulação das instituições públicas e dos desníveis em termos de conhecimento entre governo e sociedade civil. Com isso, as políticas territoriais tendem a se enfraquecer e a não chegar à ponta, isto é, às populações rurais. Cabe aqui recuperar as dimensões políticas da idéia de governança a fim de que possamos entender melhor a conjuntura atual do território Manaus e Entorno e do processo de gestão territorial. A relação da estratégia de desenvolvimento territorial com a idéia de governança global é mais bem compreendida quando se têm clareza das dimensões conceituais da idéia de governance8. Um dos aspectos a salientar quanto a este conceito é o fato dele se contrapor a lógica do insulamento burocrático do Estado, que teve seu ápice com a hegemonia do pensamento neoliberal. Este reforçou a tese de que a eficiência governamental seria resultante de um processo de concentração, centralização e fechamento do processo decisório, portanto, resumida a atuação do corpo tecnocrata dos funcionários e das elites enclausurada na cúpula burocrática do Estado (DINIZ, 21, p. 18). 8 A expressão governance surge a partir de reflexões conduzidas principalmente pelo Banco Mundial, tendo em vista aprofundar o conhecimento das condições que garantem um estado eficiente (DINIZ, 1995:4; SANTOS, 1997). Neste caso, a noção de governança passou a enfocar a capacidade governativa, sendo esta avaliada não apenas pelos resultados das políticas governamentais, mas também pela forma pela qual o governo exerce seu poder (GOLÇALVES, 27).

70 7 Entretanto, este paradigma corroborou para enfraquecer os suportes institucionais da democracia em função de ter concentrado o poder decisório no Executivo, cada vez mais controlado pela tecnocracia. Além disso, a promessa de implementar escolhas públicas imunes às pressões dos interesses particulares e das forças políticas não se tornou realidade, pois, na verdade, eliminaram-se alguns interesses em benefício de outros, em geral daqueles que controlam a maior parte dos recursos e detêm maior poder de barganha (DINIZ, 2). Ao contrário do paradigma da tecnocracia e do insulamento burocrático, a perspectiva da governança pressupõe uma lógica de governar pautada na capacidade de ação estatal na implementação das políticas e na consecução das metas coletivas. O sentido deste conceito refere-se ao conjunto de mecanismos e procedimentos para lidar com a dimensão participativa e plural da sociedade, o que requer a expansão e o aperfeiçoamento dos meios de interlocução e de administração dos diferentes interesses em jogo (DINIZ, 2, p. 143). A dimensão da governança vem se fortalecendo nos processos de reforma dos Estados nacionais, porém de maneira distinta e em diferentes níveis de intensidade. Todavia, chama atenção o fato dos princípios da governança se contrapor ao insulamento burocrático enquanto paradigma de atuação governativa do Estado. Em outras palavras, governança refere-se, enfim, à capacidade de inserção do Estado na sociedade, rompendo com a tradição de governo fechado e enclausurado na alta burocracia governamental (DINIZ, 21, p. 21). A noção de governança pode ser entendida como capacidade governativa de um dado sistema político produzir políticas públicas que resolvam os problemas da sociedade. Neste caso, o sistema político vigente em uma da sociedade pode ser analisado pela sua capacidade de [...] converter o potencial político de um dado conjunto de instituições e práticas políticas em capacidade de definir, implementar e sustentar políticas (SANTOS, 1997, p. 338). Com base na acepção de capacidade governativa é possível entender o sentido proposto pelo ideário da governança como eficiência e ampliação da capacidade do Estado em formular e implementar políticas públicas. A governança medida pela capacidade governativa pressupõe que o sistema político, independente de qual seja, possa ser capaz de: 1) identificar problemas da sociedade e formular políticas públicas, isto é, oferecer soluções; e 2) implementar as políticas formuladas, mobilizando para isso meios e recursos políticos, organizacionais e financeiros. Tanto o processo de formulação quanto o de implementação de políticas públicas são elementos importantes e essenciais da capacidade governativa de um dado sistema político, e mais precisamente, de um estilo de governo baseado nos princípios da governança. Em síntese, a formulação de políticas públicas depende, de um lado, do sucesso de a elite

71 71 governamental mobilizar apoios para as políticas de sua preferência mediante a formação de coalizões de sustentação e, de outro, da construção de arenas de negociação que evitem a paralisia decisória (SANTOS, 1997, p. 339). Neste processo de construção da capacidade governativa ocorre que o Estado cada vez mais se insere no jogo de poder internacional para ampliar o seu poder local de intervenção e resolução dos problemas sociais. Desta forma, o Estado tende a se envolver e/ou corroborar com processos de governança não apenas em nível local, mas também em escala global. Isto decorre porque a sociedade mundial requer a viabilização da reforma do Estado com a finalidade de alargar suas relações governativas em âmbito mundial sem necessariamente perder ou enfraquecer-se quanto a sua soberania, poder e autoridade nacional. Assim: as novas condições internacionais e a complexidade crescente da ordem social pressupõem um Estado dotado de maior flexibilidade, capaz de descentralizar funções, de transferir responsabilidades e de alargar, em vez de restringir, o universo dos atores participantes sem abrir mão dos instrumentos de controle e de supervisão. Em outros termos, cabe viabilizar a inserção do Estado na sociedade, sem enfraquecer a autoridade estatal e os seus meios de coordenação e de execução (DINIZ, 2, p. 143). Diante do exposto, pode-se afirmar que a governança global é um campo de poder, ou melhor, um sistema de poder de teor supranacional no qual estão inseridos os Estados nacionais. É imprescindível salientar que neste jogo de poder internacional é necessário se fazer opções políticas que venham a convergir em direção à defesa da soberania e do fortalecimento do poder de negociação dos governos nacionais (DINIZ, 21, p. 14). Cabe, portanto, recuperar a dimensão crítica da governança territorial e do seu potencial enquanto fator de ampliação das capacidades institucionais do poder público e da sociedade civil no processo de implementação das políticas públicas. A retomada da governança territorial deve constituir uma das prioridades do CODETER, bem como dos gestores públicos responsáveis diretos pela estratégia de desenvolvimento territorial. A ação da SDT e da Casa Civil neste processo é imprescindível para que se possa estabelecer um pacto territorial em favor do desenvolvimento rural e da melhoria das condições de vida da população rural. Sem isso, a sociedade civil e os gestores públicos comprometidos com o projeto tendem a se frustrar e a se dispersarem em razão do sentimento de descrédito face à ausência da responsabilidade pública.

72 72 4 Gestão do Colegiado Descentralização e empoderamento da sociedade civil A estratégia de desenvolvimento territorial do Governo Federal, calcada na idéia de gestão social, tem contribuído para o processo de construção da democracia e da cultura política participativa e solidária no âmbito das instituições públicas. Isto se deve ao fato de que a estratégia do governo apóia-se na participação política dos movimentos sociais e demais segmentos da sociedade civil. O fortalecimento da relação entre Estado e sociedade civil no âmbito da gestão pública constitui um dos pressupostos fundamentais para promover as ações de desenvolvimento territorial. Neste sentido, o desenvolvimento territorial local tem sido pensado a partir da inserção, das demandas e das proposições erguidas pelos atores da sociedade civil, especialmente daqueles vinculados à agricultura familiar. De fato, o pressuposto da gestão descentralizada tem corroborado para a construção e para o fortalecimento da gestão democrática do desenvolvimento territorial. Observa-se claramente uma mudança nas formas de gestão das instituições públicas, no imaginário e no modus operandis dos gestores públicos, o que significa um avanço político no campo das políticas públicas e da sociedade de um modo geral. A gestão descentralizada mediante a formação de um espaço público de discussão e deliberação, aonde se encontram as instâncias político-administrativa do governo e os mais diferentes segmentos da sociedade civil, tem corroborado para construir o desenvolvimento sob uma perspectiva que aponta para as possibilidades de mudança com relação às formas tradicionais de governar, isto é, de conceber e implementar as ações de governo e mesmo as de Estado. Trata-se, na verdade, de um processo de aprendizagem político e moral entre sociedade civil e governo cujo desdobramento contribui para a construção da cidadania e para o exercício dos direitos políticos dos atores, especialmente em termos de controle social da ação do Estado. A mudança de perspectiva na forma de gestão pública do desenvolvimento rural corrobora para ampliar as possibilidades de construção de um modelo de desenvolvimento local que compreenda as especificidades regionais em termos econômicos, culturais e ambientais. Observa-se, assim, que o desenvolvimento pode representar a diversidade de pensamento, de proposições e demandas sociais que estão relacionadas às características regionais socialmente construídas pelos atores locais.

73 73 A descentralização da gestão pública do Território tem contribuído também para a ampliação das liberdades individuais e coletivas dos atores da sociedade civil. Trata-se, neste caso, da ampliação das liberdades políticas e direitos civis dos atores locais, cujo reflexo pode ser visto em uma maior capacidade de ação individual e coletiva na esfera do debate acerca do desenvolvimento rural nos territórios. Ao nosso modo de ver, a perspectiva do desenvolvimento rural adotada sob o horizonte da gestão social contribui para ampliar as liberdades e as capacidades dos atores locais. A expansão das liberdades individuais e coletivas constitui o principal objetivo do desenvolvimento e, conseqüentemente, de sua gestão. Sendo assim, a expansão da liberdade é vista, por essa abordagem, como o principal fim e o principal meio do desenvolvimento. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de agente (SEN, 21, p. 1). Esta relação entre a gestão social e a ampliação das liberdades, deve-se, na verdade, ao sentido atribuído à idéia de desenvolvimento. Este, por sua vez, está relacionado não apenas à melhora da qualidade de vida das pessoas, mas também à ampliação de suas liberdades. Expandir as liberdades que temos razão para valorizar não só torna nossa vida mais rica e mais desimpedida, mas também permite que sejamos seres sociais mais completos, pondo em prática nossas volições, interagindo com o mundo em que vivemos e influenciando esse mundo (Idem, p. 29). Portanto, o fundamento da gestão social do desenvolvimento territorial se assenta nas experiências de vida e no potencial da participação política dos atores locais. A perspectiva da gestão descentralizada contribui decisivamente para ampliar a liberdade política e os direitos civis daqueles que, na verdade, são os maiores interessados na efetividade do desenvolvimento. Aqueles que buscam maior participação e maior poder de decisão na esfera pública política pretendem orientar o desenvolvimento para que ele cumpra sua principal finalidade ampliar as liberdades e as capacidades individuais e coletivas de diferentes grupos e atores sociais locais. Esta dimensão inerente à idéia de desenvolvimento é importante para que este não se restrinja apenas à satisfação das necessidades dos sujeitos em termos de segurança econômica, pois, mesmo quando não há a falta desta para pessoas sem liberdades políticas ou direitos civis, [...] elas são privadas de liberdades importantes para conduzir suas vidas, sendo-lhes negada a oportunidade de participar de decisões cruciais concernentes a assuntos públicos. Essas privações restringem a vida social e a vida política, e devem ser consideradas repressivas [...] (Ibidem, p. 31).

74 74 O fortalecimento e expansão das liberdades dos sujeitos no âmbito da gestão pública devem constituir o elemento básico da orientação política das instituições públicas e mais amplamente do Estado, particularmente no que se refere à política de desenvolvimento. No caso da gestão do desenvolvimento rural dos territórios, o que está em jogo é a possibilidade de [...] expansão das capacidades das pessoas de levar o tipo de vida que elas valorizam e com razão. Essas capacidades podem ser aumentadas pela política pública, mas também, por outro lado, a direção da política pública pode ser influenciada pelo uso efetivo das capacidades participativas do povo (Ibidem, p. 33). Trata-se, portanto, de uma via de mão dupla, cujo sentido deve orientar o modelo de desenvolvimento que se pretende construir sob as bases de uma gestão pública e democrática. Assim, a gestão descentralizada do desenvolvimento deve estar fundamentalmente concatenada ao propósito da expansão das liberdades e das capacidades individuais e coletivas dos sujeitos. Se, por um lado, o desenvolvimento aparece como um instrumento para este fim, por outro, a própria expansão da liberdade e das capacidades dos sujeitos tende a contribuir com o fortalecimento do desenvolvimento e da gestão pública, resultando, por vezes, em uma mudança política significativa na relação entre Estado e sociedade, particularmente em termos da formação da legitimidade democrática da ação pública. Com efeito, a gestão descentralizada do território corrobora no sentido de ampliar as capacidades institucionais não apenas dos sujeitos locais, isto é, daqueles que participam e ao mesmo tempo são objeto do desenvolvimento, mas, também do Estado, isto é, do poder público, em seus diferentes níveis, seja federal, estadual ou municipal. Com a orientação da gestão descentralizada, as instituições públicas tendem a corrigir, ampliar e a fortalecer suas ações a partir da intervenção dos sujeitos locais, dentre os quais se destacam as associações de produtores rurais, os sindicatos dos agricultores familiares, as associações de piscicultores, extrativistas, pescadores, mulheres, dos povos indígenas, entre outras, que participam dos espaços de discussão e decisão sobre os caminhos do desenvolvimento rural. Apesar de contribuir para o processo de construção democrática da gestão pública e, por conseguinte, para ampliar as possibilidades de ação coletiva dos atores inseridos na estratégia de desenvolvimento territorial, a gestão do Território ainda necessita de um maior protagonismo político por parte dos atores da sociedade civil. A movimentação destes atores no processo de indução e coordenação da política territorial local é limitada em razão das dificuldades de comunicação, de associação e também devido ao grau de frustração com relação aos poucos resultados da estratégia de desenvolvimento territorial. Soma-se a isso, o

75 75 fato da própria estratégia ter sido concebida pelo governo federal e implementada em nível local mediante a adesão quase que automática por parte da sociedade civil. Do ponto de vista do domínio do processo e da própria compreensão da estratégia de desenvolvimento territorial, observa-se haver um desnível relativo entre o Governo Federal e a sociedade civil local. Da mesma forma, observa-se um desnível entre o Governo Federal e as instituições públicas locais, particularmente aquelas representativas dos governos municipais. No que diz respeito aos atores da sociedade civil, essa desigualdade, em termos de protagonismo e condução da estratégia de desenvolvimento territorial, contribui para o prolongamento e reprodução de um tipo de relação calcada na ação tutelar do Estado. Esta tutela, porém, apóia-se no consentimento dos atores locais, sejam eles da sociedade civil, como também das instituições públicas estaduais e municipais. A ação tutelar do Estado aparece de forma mais expressiva em relação aos atores da sociedade civil, uma vez que a gestão territorial tende a ser fortemente conduzida pelas iniciativas do governo federal. Certamente que o grau de dispersão, fragmentação e frustração dos atores da sociedade civil em relação às descontinuidades e pouca efetividade das ações territoriais contribui para a reprodução da tutela do Estado. Esta, por sua vez, pode ser relativizada na medida em que ela não é absoluta e tão mecanicista, uma vez que o processo tende a oscilar conforme o grau de disposição, mobilização e protagonismo por parte da sociedade civil. Neste sentido, é importante mencionar que o Território Manaus e Entorno já foi mais dinâmico, pois a mobilização e o envolvimentos dos atores locais era bem maior. Os problemas em termos de participação e protagonismo político no âmbito do Território Manaus e Entorno também estão relacionados à fragilidade das formas de associativismo da sociedade civil. A inserção dos atores locais em se dá de forma pessoal e individualizada no âmbito dos espaços públicos de discussão e deliberação. A ausência de informações e comunicação entre os representantes indicados e a base social compromete o processo de empoderamento e de participação política dos diferentes segmentos representados no Território. Este problema não pode ser visto apenas como um tipo de falha de comunicação entre o representante e a base social; tem haver com a própria dificuldade de envolvimento e participação da maioria daqueles que são objeto das ações territoriais. No caso do Território Manaus e Entorno as dificuldades de participação da sociedade civil, particularmente dos agricultores familiares, vão desde a distância e complexidade geográfica do Território até a fragilidade da cultura política local. O pragmatismo e a objetividade da política cotidiana corroboram para reproduzir um tipo de participação imediatista ancorada em resultados práticos e visíveis. Em conseqüência, quanto maior o grau

76 76 de descontinuidade e ineficiência das ações públicas, maior tende a ser o descrédito, a frustração e o esvaziamento dos espaços públicos de decisão, o que implica no enfraquecimento da sociedade civil no processo de gestão do Território. O pragmatismo e a objetividade no processo de gestão do território se manifestam por meio da correlação de forças e concorrência entre os atores da sociedade civil que se articulam politicamente no sentido de disputar os recursos disponíveis para a viabilização dos projetos nos municípios e sub-regiões do Território. A concorrência e disputa entre os atores se dá por meio da formação de alianças entre os representantes dos municípios, que precisam se unir para conseguir a viabilização de algum projeto que atenda suas necessidades comuns. Este esforço nem sempre se materializa na efetivação dos projetos, alguns deles, por exemplo, não foram implantados desde 23, quando do início do Território. Esta frequente concorrência pela viabilização de projetos tende a restringir a discussão sobre a estratégia de desenvolvimento territorial local. A própria discussão em torno de uma agenda territorial e de uma perspectiva de desenvolvimento rural fundamentada no contexto amazônico fica bastante limitada quando a atenção do CODETER está voltada basicamente para a execução de projetos de infra-estrutura ou de natureza emergencial. Em conseqüência disto, várias outras questões ou temas relevantes para o Território tendem a ficar em segundo plano devido à existência de uma demanda histórica por parte dos agricultores familiares. Apesar destas nuanças presentes na ação da sociedade civil organizada, bem como na sua relação com o Estado, a estratégia de desenvolvimento territorial adotada pelo Governo Federal vem contribuindo significativamente para o fortalecimento e empoderamento dos movimentos sociais. A tomada de decisão coletiva nos espaços públicos institucionalizados pela própria estratégia tem corroborado para a construção de um modelo de democracia deliberativa, cujo fundamento se assenta em procedimentos racionais e equitativos de argumentação e proposição, expressando, como resultando, a vontade da razão pública9. Deste modo, a gestão descentralizada do Território apóia-se na própria perspectiva da legitimidade política da ação pública, que tem como principal fundamento a participação da sociedade civil na esfera política do Estado. Apesar da tutela consentida do Estado, podemos dizer que a ação organizada da sociedade civil, ainda que fragilizada, constitui um aspecto relevante no processo de gestão do desenvolvimento territorial. Neste processo, a relação entre diferentes segmentos sociais, sejam eles vinculados ao poder público ou a sociedade civil, contribui para a formação de uma cultura política crítica e 9 Voltaremos a este ponto mais abaixo quando discutirmos a relação entre esfera pública e democracia deliberativa

77 77 solidária, bem como para a própria ampliação do capital social dos atores envolvidos. Deste ponto de vista, pode-se dizer que as instituições tendem a mudar o modus operandis e a sua cultura interna em termos de ação pública. Da mesma forma, a sociedade civil passa a se reconhecer como ator do processo, habituando-se a uma forma de relação com o Estado, cujo fundamento está no fortalecimento da cultura política e do capital social, bem como no exercício da democracia e da cidadania cotidiana. O capital social aparece como a forma de mediação entre Estado e sociedade, resultando em uma nova forma de relacionamento, sendo esta (re)interpretada e redimensionada conforme o desenvolvimento do capital social. Há uma espécie de soma positiva, onde ambas as partes tendem a ganhar na relação. Certamente que a construção da sinergia entre Estado e sociedade ainda é obstacularizada pela intervenção controladora e administrativa do primeiro sobre a segunda, porém, isto não anula ou elimina em absoluto as possibilidades de transformação do próprio exercício do poder administrativo estatal, uma vez que, der outro lado, a sociedade civil organizada exerce um contra-poder capaz de mudar a dinâmica da relação política. É justamente esta nova forma de relação entre Estado e sociedade que está em processo de construção, o que depende necessariamente do fortalecimento e expansão do capital social dos atores envolvidos. Esfera pública e democracia: reflexões sobre o desempenho do CODETER O Colegiado de Desenvolvimento Territorial CODETER constitui a instância mais importante no que diz respeito à gestão do Território Manaus e Entorno. É a instância central para a tomada de decisões e para o planejamento das ações territoriais. Trata-se de uma grande arena política na qual estão dispostos os diferentes grupos e atores envolvidos na estratégia de desenvolvimento territorial. É neste espaço que as correlações de forças políticas manifestam-se por meio das relações de poder, influenciando o processo decisório. Neste espaço, estão em jogo objetivos comuns e particulares concernentes a interesses diversos de determinados grupos e segmentos sociais que o compõe. O CODETER exerce uma centralidade em termos de ação político-administrativa sobre o território. Em outras palavras, ele exerce um papel estratégico com relação à definição e implementação da agenda de desenvolvimento territorial. É, portanto, o grande responsável e condutor da gestão social do Território. Nesta esfera político-administrativa se fazem presente diferentes atores e instituições representativas da sociedade civil ou do poder

78 78 público. Esses atores são os principais protagonistas da gestão territorial. É por meio da participação destes atores que o colegiado decide os rumos do Território. Desde a sua fundação o CODETER tem apresentado uma dinâmica em termos de funcionamento, isto é, em termos de reuniões e encontros para discutir e deliberar acerca das ações territoriais. Esta dinâmica é acompanhada de grandes momentos de mobilização, como ocorreu principalmente no início do Território Manaus e Entorno, mas também de refluxos devido aos desgastes e frustrações dos atores participantes. O gráfico abaixo nos permite compreender esta dinâmica da quantidade de encontros do CODETER. Figura 8 Quantas reuniões formais o colegiado realizou desde a sua constituição Fonte: Pesquisa de Campo/Sistema de Gestão Estratégica SGE. Na figura 8, 25% das respostas indicam que o CODETER reuniu entre 11 e 2 vezes, enquanto 18,5% informam que o colegiado se reuniu mais de 2 vezes, o que significa um número razoável de encontros desde a sua fundação. A quantidade de reuniões ou encontros do colegiado revela a vitalidade e a capacidade de mobilização dos atores envolvidos na estratégia de desenvolvimento territorial. Entretanto, 18,5% dos atores não souberam informar quantas vezes o colegiado se reuniu, o que revela um certo distanciamento dos seus participantes em relação à vida e à dinâmica do CODETER. A dinâmica de funcionamento do colegiado pode ainda ser medida pela freqüência com que a sua plenária se reúne para debater as questões prioritárias da gestão do território. A freqüência ou a regularidade das reuniões e encontros do COLEGIADO é importante no sentido de dar continuidade e celeridade às ações, aos projetos e programas estabelecidos no contexto de uma agenda territorial. A maior parte das respostas indica uma freqüência de encontros que vai de dois meses (18,5%) até três ou quatro meses (25,9%). Essa periodicidade

79 79 representa uma margem relativamente boa para a realização de encontros entre os membros do colegiado, uma vez que as distâncias geográficas e as ocupações de seus atores constituem muitas vezes impedimentos para uma maior regularidade. Importa assinalar a percepção dos entrevistados quanto à periodicidade de encontros do colegiado que, a princípio, não parece ser tão ruim para uma parcela dos seus membros. Entretanto, uma outra parcela significativa das respostas indica não saber (16,7%) a freqüência com que o colegiado se reúne. Soma-se a isso também o fato de alguns afirmarem que o colegiado se reúne com intervalos de até seis meses entre uma reunião e outra (11,1%). Na verdade, a freqüência com que o colegiado se reúne depende muito das questões que estão em pauta e, mais precisamente, de uma agenda territorial bem definida e que necessita de um acompanhamento e monitoramento no que concerne a sua implementação. A própria construção de uma agenda territorial, em seu sentido amplo e não apenas em termos de implementação de projetos, depende de uma regularidade em termos de reuniões e encontros aonde devem ocorrer os debates em torno da questão do desenvolvimento territorial. Figura 9 Freqüência de reunião da plenária do colegiado Fonte: Pesquisa de Campo/Sistema de Gestão Estratégica SGE. A freqüência das reuniões e encontros já foi bem maior, principalmente no início do processo de formação do Território e das discussões em tornos das suas principais ações. Todavia, como já foi dito, esta freqüência em termos de mobilização passou por diferentes momentos de refluxos, motivadas, sobretudos, pela pouca efetividade do PDSTR, ou seja, pelo fato de se discutir, encaminhar, mas não haver uma concretização mais ampla das ações territoriais. Não quer dizer que ao longo de oito anos não se tenha feito nada, porém, o que a percepção dos atores indicam é que até aqui o território andou muito pouco e que suas ações

80 8 tiveram baixo impacto na vida das pessoas. Isto implica dizer que capacidade de decisão não implica necessariamente em resultados concreto para o desenvolvimento territorial. A capacidade de decisão destes atores pode variar segundo o grau de participação, protagonismo ou posicionamento estratégico no interior do espaço de decisão. Todavia, esta capacidade de decisão está vinculada a outros processos mais amplos da política pública que pode obstacularizar ou dar celeridade e efetividade as ações propostas. De qualquer forma, é importante ter conhecimento dos atores que possuem maior capacidade de decisão na gestão do território. A figura 1 abaixo permite observar determinada variação neste sentido: Figura 1 Avaliação da capacidade de decisão de cada um dos membros do colegiado Fonte: Pesquisa de Campo/Sistema de Gestão Estratégica SGE. Com base na figura, observa-se que os atores com maior capacidade de decisão são os (d) representantes dos agricultores familiares, com uma média de 3,75; (e) os representantes de movimentos sociais com uma média de aproximadamente 3,7; e, finalmente, (g) os representantes de associações e sindicatos, com uma média de pouco mais de 3,75. Os dados nos permitem inferir que a sociedade civil exerce um protagonismo maior no âmbito do CODETER. A própria descentralização da gestão territorial favorece a ação política destes atores, os quais são os maiores interessados no processo. Contudo, a capacidade de decisão e protagonismo da sociedade civil no colegiado não são acompanhadas, na mesma proporção, pela ação do Estado nos três níveis de governo. Importante salientar que a capacidade de decisão das formas de governo é associada, particularmente, à ausência e pouca participação nos momentos de decisão do colegiado. Os representantes designados muitas vezes não têm poder de decisão e liberdade para assumir compromissos perante a sociedade civil. Outro aspecto relacionado a esta questão refere-se à

81 81 ineficiência dos três níveis de governo na execução das ações programadas, ou seja, o poder público não consegue traduzir, em ações concretas, boa parte das deliberações tomadas na esfera do colegiado. Muitos projetos estão paralisados ou foram implementados parcialmente, outros foram concluídos, mas não estão funcionando e atendendo a população. O processo decisório se dá com base em alguns procedimentos importantes que contribuem para democratizar e tornar o espaço público uma arena deliberativa, cujos procedimentos adotados fortalecem a participação política e a construção de uma cultura política solidária, com amplos reflexos para o exercício da cidadania. O figura 11 mostra os principais mecanismos utilizados para a tomada de decisão na esfera do colegiado. Dentre eles, destacam-se: a votação por maioria (77,8%); os acordos por consenso (55,6%); e a articulação entre grupos (blocos) de interesse (37,%). Figura 11 Mecanismos utilizados para a tomada de decisão no colegiado Fonte: Pesquisa de Campo/Sistema de Gestão Estratégica SGE. Os dois mecanismos mais importantes para a tomada de decisão votação por maioria e acordos por consenso constituem os procedimentos democráticos institucionalizados que permitem aos sujeitos deliberarem sobre o destino do Território Manaus e Entorno, isto é, sobre as ações territoriais voltadas para promoção do desenvolvimento rural. Um aspecto importante a salientar neste processo de deliberação pública dos atores envolvidos no Território buscarem construir consensos acerca das diferentes proposições erguidas com relação às ações territoriais, isto é, no que concerne aos projetos e investimentos previstos para serem aplicados. A deliberação pública entendida enquanto processo racional e intersubjetivo tem como pressuposto fundamental o diálogo entre os atores envolvidos. Neste sentido, a

82 82 deliberação pública requer necessariamente o exercício da competência comunicativa dos atores a fim de construir consensos racionais e legítimos. A linguagem e o potencial racional do sujeito aparecem como meios imprescindíveis para o entendimento recíproco e conseqüentemente para a validade das proposições erguidas nos espaços de discussão. Assim, no processo de discussão e deliberação pública, o sujeito busca a construção de consenso por meio da orientação de sua ação para o entendimento e não meramente para o sucesso, isto é, para um fim específico (HABERMAS, 22). No caso da ação orientada ao entendimento, a racionalidade que conduz o sujeito em sua ação não é aquela objetiva e pragmática que tende a anular a relação dialógica e a ver o outro como mero objeto, isto é, como um tipo de instrumento a serviço de um determinado fim. Deste modo, a construção do consenso se dá com base no uso do potencial da razão comunicativa e da ação comunicativa como meios necessários para se chegar a um entendimento recíproco fundado em uma legitimidade intersubjetiva e democrática. Em outras palavras, a relação se dá entre sujeitos com capacidade de entendimento e argumentação e não, ao contrário, entre sujeito e objeto. Esta última forma de relação tende a ocorrer quando a racionalidade instrumental passa a predominar no âmbito das relações interpessoais, anulando as relações intersubjetivas entre os sujeitos, o que, por sua vez, corrobora para engendrar um tipo de relação calcada pelo medium poder e da dominação entre os sujeitos participantes. O que está em jogo no processo de deliberação pública é a possibilidade da construção democrática das decisões mediante a formação de acordos racionais e intersubjetivamente válidos. Para tanto, a capacidade de argumentação e entendimento dos sujeitos deve ser preservada mediante a adoção de procedimentos racionais que garantam o direito de fala e proposição dos envolvidos na arena de discussão e deliberação. Deste modo, a construção de consensos racionais pela via da racionalidade e da ação comunicativa representa o fundamento de uma democracia procedimental e deliberativa, cujo fundamento se assenta em uma razão pública, ou seja, em consensos construídos racionalmente, cujas pretensões de validez das proposições erguidas partilham de um reconhecimento intersubjetivo entre os atores participantes. Trata-se, portanto, de um potencial prático e emancipatório inerente à ética da discussão1, cujo processo fundamenta a formação dos acordos e das deliberações realizadas 1 Trata-se aqui da ética da discussão, teoria elabora por Jürgen Habermas e Karl-Otto Apel. A ética da discussão sugere a necessidade de demarcação dos pressupostos pragmáticos da linguagem e identificação dos termos de uma fundamentação intersubjetiva e racional das normas e acordos. Este pressuposto constitui o referencial para a análise dos potenciais da práxis comunicativa no que diz respeito à formulação de políticas públicas calcadas

83 83 pelo conjunto dos atores sociais. A razão pública e a legitimidade democrática dos acordos racionais se assentam em um processo ético-discursivo livres de imposição, mediante o qual os atores podem se relacionar como iguais, compartilhando dos mesmos direitos e obrigações no espaço público. Para tanto, deve-se adotar procedimentos racionais que assegurem a todos os participantes a liberdade de movimentação na esfera da ação discursiva, o que fundamenta a idéia de uma democracia procedimental-deliberativa (HABERMAS, 22). A democracia procedimental-deliberativa está intimamente relacionada à formação de uma esfera pública, cujo pressuposto normativo da ética do discurso constitui o modelo operativo para a decisão pública. Construir consensos em torno das políticas territoriais, isto é, de uma agenda territorial local, na perspectiva de um processo emancipatório, requer dos atores participantes o empenho da competência comunicativa. Deste ponto de vista, coloca-se a possibilidade de alcançar um ideal em termos de razão pública capaz de orientar de forma democrática e deliberativa os fundamentos do desenvolvimento rural no âmbito do território. Daí a necessidade que a formação de uma esfera pública seja acompanhada do exercício da práxis comunicativa e da idéia da democracia deliberativa, ambas apoiadas na ética do discurso. Ao lançarmos mão da idéia de esfera pública, partimos do pressuposto de que a rotina de funcionamento do poder político tende, com dada freqüência, a se fechar no núcleo institucional do Estado, o qual se encontra configurado segundo composições duradouras de poder partidário que impedem, ou ao menos dificultam, a circulação de novos fluxos de argumentos, temas e problematizações oriundos do mundo real (HABERMAS, 23). Em função disto, o núcleo do poder político não absorve de modo espontâneo os constantes fluxos comunicativos gerados socialmente no âmbito da sociedade civil. A possibilidade de romper com a rotina de funcionamento burocrático e insular do sistema político, exige, portanto, a mediação de uma prática política não-institucional, mas direcionada às institucionais. Em contraposição à instituição do Estado, a esfera pública política, isto é, as redes de comunicação não-institucionais que se situam à margem do núcleo do sistema político, são vistas como capazes de identificar os problemas sociais com a sensibilidade e a linguagem específica dos próprios atingidos, articulá-los fora das estruturas governamentais e inseri-los na pauta das deliberações políticas institucionalizadas em vista da modificação de situações reais consideradas injustas. Neste sentido, os debates e resoluções tomadas nessa esfera pública não-institucional, ou seja, os fluxos de comunicação aí acumulados mostram-se na construção de acordos racionais baseados em proposições universais, cuja pretensão de validez deve contar com o assentimento dos demais atores envolvidos no processo discursivo (HABERMAS, 27).

84 84 capazes de atingir o sistema burocrático-estatal na medida em que alcançam força suficiente para exercer pressão ou influência nas instituições formais de tomada de decisão, obrigando-as a inscrever suas reivindicações na agenda da política oficial. Em outras palavras: a esfera pública é um sistema de alarme dotado de sensores não especializados, porém, sensíveis no âmbito de toda a sociedade. Na perspectiva de uma teoria da democracia, a esfera pública tem que reforçar a pressão exercida pelos problemas, ou seja, ela não pode limitar-se a percebêlos e a identificá-los, devendo, além disso, tematizá-los, problematizá-los e dramatizá-los de modo convincente e eficaz, a ponto de serem assumidos e elaborados pelo complexo parlamentar (HABERMAS, 23, p. 91). Devido ao fato de a esfera pública estar vinculada essencialmente aos processos comunicativos efetivados no âmbito da sociedade civil, ela não se confunde com a esfera do Estado. A esfera pública se formou historicamente em contraposição ao poder, no interesse em estabelecer um Estado Democrático de Direito. Daí a necessidade de construção e consolidação de esferas públicas politicamente atuantes não-atravessadas por relações de poder e pela intervenção do Estado, mas sim constituídas de fluxos de comunicação ensejadas pelos diferentes atores e grupos sociais que compõem o mundo social, mais precisamente a sociedade civil. A esfera pública apóia-se, portanto, no uso argumentativo e prático da linguagem cotidiana. Com efeito, pode-se dizer que: a esfera pública ou espaço público é um fenômeno social [...]. A esfera pública pode ser descrita como uma rede adequada para a comunicação de conteúdos, tomadas de posição e opiniões; nela os fluxos comunicacionais são filtrados e sintetizados, a ponto de se condensarem em opiniões públicas enfeixadas em temas específicos. [...] A esfera pública se reproduz através do agir comunicativo, implicando apenas o domínio de uma linguagem natural; ela está em sintonia com a compreensibilidade geral da prática comunicativa cotidiana. [...]. A esfera pública constitui principalmente uma estrutura comunicacional do agir orientado pelo entendimento, a qual tem a ver como o espaço social gerado no agir comunicativo (HABERMAS, 23, p. 92). A abordagem aqui utilizada para analisar a dinâmica do CODETER sugere que a interação entre os atores, instituições e organizações sociais, se dá no contexto de um espaço público, no qual o processo discursivo-argumentativo constitui a base de sustentação da discussão e da construção de acordos racionais. A noção de esfera pública possibilita a compreensão do processo de tomada de decisão e de formação pública da vontade coletiva, permitindo identificar as principais demandas da sociedade civil organizada e sua incorporação no âmbito da agenda oficial do poder público, isto é, do sistema administrativo.

85 85 Em consonância com este empreendimento, a pesquisa adota o conceito de política e de democracia deliberativa sugerida por Habermas. A idéia de uma política deliberativa fundamenta-se em um poder comunicativo que advém de uma comunicação política expressa na forma de opiniões majoritárias estabelecidas por via discursiva. A democracia deliberativa baseia-se nas condições de comunicação sob as quais o processo político de tomada de decisão supõe-se capaz de alcançar resultados racionais, por cumprir-se de forma deliberativa, calcada no processo discursivo-argumentativo do agir comunicativo (HABERMAS, 22). Trata-se de um procedimento democrático que permite criar uma coesão interna entre as diferentes formas de negociação, discursos e proposições, as quais devem se apoiar em princípios universais que almejem resultados racionais, justos e bons para todos os envolvidos. Assim, este modelo de democracia [...] baseia-se nas condições de comunicação sob as quais o processo político supõe-se capaz de alcançar resultados racionais, justamente por cumprir-se, em todo seu alcance, de modo deliberativo (Idem, p. 277). A tomada da idéia de uma política democrática deliberativa como marco referencial contribui para a compreensão da dinâmica dos espaços de tomada de decisão sobre as políticas e ações do Estado voltadas para os territórios rurais. O trabalho de investigação sobre a ação do CODETER, isto é, dos seus atores, focaliza as correlações de força, as coalizações, os arranjos institucionais e administrativos, a construção da agenda política e administrativa, enfim, todo o processo e estrutura de deliberação. Neste sentido, interessam-nos apreender as relações estabelecidas entre os diferentes atores, grupos e instituições da sociedade civil e do Estado com vistas ao estabelecimento de acordos consensuais legítimos referentes às demandas sociais. Esta abordagem parte do entendimento de que, o conceito de política deliberativa só ganha referência empírica quando fazemos jus à diversidade das formas comunicativas na qual se constitui uma vontade comum, não apenas por um alto-entendimento mútuo de caráter ético, mas também pela busca de equilíbrio entre interesses divergentes e do estabelecimento de acordos, da checagem da coerência jurídica, de uma escolha de instrumentos racional e voltada a um fim específico e por meio, enfim, de uma fundamentação moral (HABERMAS, 22, p. 277). O processo de formação democrática da opinião e da vontade pública sob o horizonte da política deliberativa não se limita apenas a uma função mediadora das demandas sociais da sociedade civil frente à administração pública; a política deliberativa, ao se apoiar em uma práxis comunicativa, tende a corroborar para a efetivação de uma verdadeira práxis de autodeterminação por parte dos cidadãos. Esta práxis se assenta em uma base social

86 86 autônoma e independente da administração pública e da mobilidade socioeconômica privada dos atores envolvidos. Visto por este ângulo, a práxis de autodeterminação contribui para a construção de acordos mútuos por via comunicativa, cujo procedimento permite afastar os fins coletivos de uma mera negociação entre interesses particulares opostos. Pode-se dizer, portanto, que a política deliberativa, no sentido de uma práxis de autodeterminação por parte de cidadãos, apóia-se no paradigma da interlocução, da qual se origina o poder comunicativo11. O processo político de tomada de decisão, isto é, de formação da opinião e da vontade pública, deve orientar-se em função de acordos e resultados racionais efetivados de modo deliberativo e segundo as condições de comunicação adotadas. Assim, o modelo de política procedimental-deliberativa calcada no agir comunicativo pode ser visto como uma forma ideal para o aconselhamento e tomada de decisões no âmbito da esfera pública política. Em outras palavras, esse procedimento democrático cria uma coesão interna entre negociações, discursos de auto-entendimento e discursos sobre a justiça, além de fundamentar a suposição de que sob tais condições se almejam resultados ora racionais, ora justos e honestos (HABERMAS, 22, p. 278). Portanto, vemos surgir, no âmbito do colegiado territorial, uma esfera pública que se manifesta com base nos preceitos colocados acima, contribuindo para a construção de uma democracia deliberativa. Entretanto, é importante salientar que este processo enfrenta grandes dificuldades, principalmente no que diz respeito à cultura da construção do consenso. O gráfico posto mais acima mostra, por exemplo, como as possibilidades do consenso como forma de deliberação pública tende a concorrer com outras formas mais pragmáticas e desiguais de tomadas de decisão. Assim, os dados revelam que a construção do consenso, com 55,6%, fracassa quando a votação por maioria, com 77,8%, e a articulação entre grupos (blocos) de interesse, com 37%, são utilizados com maior freqüência pelos atores durante o processo de decisão. O fracasso na construção do consenso tem a ver diretamente com as divergências de interesses entre os atores quanto às prioridades das ações territoriais, particularmente quanto aos projetos a serem implementados no Território. É neste momento que o mecanismo da votação por maioria associado à ação de grupos em bloco se manifesta na tomada de decisão, 11 A definição da política como espaço de formação de uma práxis de autodeterminação constitui um dos pilares do modelo de democracia republicana. Todavia, ao transferi-la para o modelo de democracia deliberativa, Habermas (22) fundamenta esta práxis com base na teoria do agir comunicativo ou do discurso. Deste modo, o próprio procedimento discursivo-argumentativo possibilita a formação de um auto-entendimento ético e normativo, cujo conteúdo apóia-se em um consenso autônomo, legítimo e livre da intromissão do Estado.

87 87 como, por exemplo, na definição dos tipos de projetos de empreendimentos e aonde estes deverão ser implantados, isto é, em quais municípios e sub-regiões do território ou, no caso, do Território Manaus e Entorno, em quais pólos territoriais. Neste processo, os grupos minoritários, ou com menor poder de articulação, tendem a ser desfavorecidos ou a esperar por uma próxima oportunidade que este ou aquele projeto possa entrar na pauta e ser implementado. Este pragmatismo em torno de projetos de empreendimentos ou de investimentos em infraestrutura ou de outra natureza mais concreta constitui muitas vezes o foco da política do CODETER, isto é, das relações sociais estabelecidas no processo decisório. Daí o fato de que, ao invés de uma política deliberativa, tal como posto acima, a política instrumental ocupa, com certa freqüência, maior espaço nas relações sociais, sustentada por uma racionalidade instrumental e objetiva que bloqueia ou dificulta a consolidação de um espaço público enquanto espaço de debate e de idéias para a construção de uma agenda territorial local e amazônica. Quando os atores estão muito focados na discussão de projetos ou de ações mais concretas, com base em uma racionalidade orientada ao sucesso, a construção de consensos em torno de um ideal de desenvolvimento territorial, isto é, de uma estratégia econômica, social e ambiental, mediada pelos pressupostos da cultura e da política deliberativa, fica comprometida. Trata-se aí de uma colonização do mundo da vida, isto é, da racionalidade comunicativa e emancipatória, provocada pelo predomínio da racionalidade instrumental e pelas relações de poder que se manifestam no espaço público devido à ausência de procedimentos racionais que evitem este processo (HABERMAS, 22). Certamente que a objetividade das ações dos atores participantes tem a ver com uma demanda histórica e cada vez mais crescente por assistência ao setor primário, isto é, à agricultura familiar. Todavia, o problema da predominância do pragmatismo no âmbito do CODETER diz respeito ao impedimento ou bloqueio que ele provoca quanto aos fluxos de comunicação, principalmente no que concerne a um debate mais amplo em torno de questões centrais relativas ao desenvolvimento rural e à construção de uma visão de futuro do Território em médio e longo prazo. A política instrumental que aparece com dada freqüência no CODETER tende a privilegiar determinados temas em detrimentos de outros. Muitos dos temas destacados remetem aos objetivos particulares de certos seguimentos e grupos sociais representativos de determinados setores da agriculta familiar e da produção rural. O gráfico abaixo destaca os temas mais debatidos no âmbito do CODETER, dentre os quais, planejamento, projetos e reforma agrária. Em seguida, aparecem os temas do desenvolvimento agropecuário e da infraestrutura. Com exceção do tema da reforma agrária

88 88 e desenvolvimento agropecuário, que são de caráter mais amplo e que estão em segundo lugar, os demais planejamento, projetos e infra-estrutura são de caráter mais pragmático e mais recorrente nas reuniões do colegiado. Figura 12 Freqüência dos seguintes temas tratados no colegiado Fonte: Pesquisa de Campo/Sistema de Gestão Estratégica SGE. Enquanto determinados temas recebe maior atenção dada sua relação mais imediata e direta com as demandas da agricultura familiar, outros aparecem como sendo de caráter secundário, dentre eles, podem ser citados: saúde, segurança, justiça, cultura, lazer, controle social, cidadania e inclusão social, gênero, raça e etnia. Temas muito pouco debatidos ou quase ausentes nas discussões do CODETER. Segundo os atores do CODETER, alguns temas ocupam uma posição intermediária, tais como meio ambiente, assuntos políticos e educação. Importante colocar que muitas vezes os temas são debatidos de forma aleatória e dispersa e sem a preocupação de sistematizá-los no sentido da construção de uma visão de futuro e estratégica para o Território, ou seja, na forma de propostas concretas de médio e longo prazo para o desenvolvimento territorial. Não quer dizer, entretanto, que isto seja uma prática recorrente. Contudo, ainda não há um documento oficial que apresente de forma materializada os resultados de toda a discussão que o CODETER realizou ao longo de sua existência. Questionados, por exemplo, se há algum documento que contenha uma visão de longo prazo do território, isto é, uma visão de futuro, praticamente a metade dos membros do colegiado disseram não haver (9,3%) ou que não sabe da existência de tal documento (4,7%). Este problema pode ser observado com base no gráfico abaixo.

89 89 Figura 13 Elaboração de documento que contenha uma visão de longo prazo do território Fonte: Pesquisa de Campo/Sistema de Gestão Estratégica SGE. O fato de praticamente metade dos membros do colegiado não saberem da existência de um documento contendo uma visão de futuro do Território demonstra a existência de uma dispersão e fraca articulação entre os atores, que se expressa na fragilidade da comunicação interna. Quando questionados sobre o papel desempenhado pelo CODETER na elaboração de um diagnóstico territorial, mais de 4% dos entrevistados informaram não saber (37%) ou que o colegiado não participou (3,7%). Estes dados contrastam com aqueles que afirmaram (42,6%) que o CODETER participou na concepção e elaboração do diagnóstico territorial, bem como das oficinas de discussão para sua formação12. Quando indagados sobre o desempenho do CODETER na construção da visão de futuro do Território, os membros do colegiado responderam que o mesmo participou na concepção e elaboração (33,3%), bem como das oficinas de discussão para a sua formação (44,4%). Todavia, um número significativo afirmou não saber (4,7%) se o CODETER participou da elaboração da visão de futuro, enquanto 5,6% afirmou que o mesmo não participou do processo. A questão não é se o CODETER teve envolvimento ou não no processo de construção da visão de futuro, mas sim o grau de envolvimento e acompanhamento daqueles que fazem parte de sua composição. A este respeito, os dados indicam a existência de uma dispersão e fragmentação na esfera do colegiado. 12 Importante salientar que cada um dos entrevistados pôde assinalar mais de uma resposta com relação à questão apresentada. Assim, um entrevistado pôde afirmar que o CODETER participou na concepção como também das oficinas de discussão para a formação do diagnóstico territorial. Todavia, o gráfico revela sempre uma divergência entre aqueles que respondem de maneira favorável ou negativa quanto à ação do CODETER.

90 9 Esta situação se confirma quando os atores opinam sobre o desempenho do CODETER na elaboração do Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável PTDRS. A este respeito, o gráfico abaixo aponta novamente para uma divergência quanto ao tema em questão. Mais de 4% das respostas não foram favoráveis ao desempenho do CODETER, enquanto a maioria (entre 4% e 44%) reconheceu sua ação quanto ao PTDRS13. Figura 14 Papel desempenhado pelo colegiado na elaboração do PTDRS Fonte: Pesquisa de Campo/Sistema de Gestão Estratégica SGE. Em resumo, há um grande problema entre os membros do CODETER no que diz respeito ao envolvimento e acompanhamento das ações do CODETER. Não saber da existência de um PTDRS ou se o CODETER participou na sua elaboração é um sintoma grave da fragilidade de articulação e do alto nível de dispersão dos atores participantes desta arena tão importante e vital para os rumos do território. Essa desarticulação e dispersão tem a 13 Aqui também os entrevistados puderam responder mais de uma vez a mesma questão, conforme as diferentes respostas que aparecem no gráfico.

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