Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 1246, de 01 de fevereiro de 1988 Publicado no DOERJ de 07 de março de 1988
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1 MF-1047.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE PRAGUICIDAS ORGANO- FOSFORADOS E ORGANOCLORADOS EM FORMULAÇÕES, POR CROMATOGRAFIA GASOSA, UTILIZANDO DETETOR DE IONIZAÇÃO DE CHAMA Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 1246, de 01 de fevereiro de 1988 Publicado no DOERJ de 07 de março de OBJETIVO Definir o método para determinação de praguicidas organofosforados e organoclorados em formulações empregadas nos serviços de controle e combate a vetores e outros animais nocivos. 2. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA -MF-1046.R-0 - MÉTODO DE COLETA, ACONDICIONAMENTO E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS DE PRAGUICIDAS UTILIZADOS POR FIRMAS DE CONTROLE E COMBATE A INSETOS E ROEDORES NOCIVOS. 3. PRINCÍPIO O método se baseia na identificação e quantificação de substâncias orgânicas por cromatografia gasosa utilizando detetor de ionização de chama. Os princípios ativos são identificados pelo seu tempo de retenção em duas ou mais colunas específicas e de polaridades diferentes e as concentrações determinadas pela comparação das áreas dos picos obtidos no cromatograma da amostra com a área dos picos correspondentes obtidos no cromatograma de padrões com concentrações conhecidas. 4. APLICABILIDADE Este método é aplicável a amostras de praguicidas organofosforados - Bromofós, Clorpirifós, Diazinon, Diclorvos, Fenclorfós, Fenitrotion, Iodofenfós, Malation, Naled, Temefós e Triclorfon - formulados em água ou querosene, iscas granuladas ou pó de contato, coletados de acordo com o MF-1046.
2 Este método também se aplica à identificação dos praguicidas organoclorados - Aldrin, Clordano ( e γ), Diclorodifenildicloroetano - DDD (op', mp' e pp'), Diclorodifenildicloroetileno - DDE (op' e pp'), Diclorodifeniltricloroetano DDT (op' e pp'), Dieldrin, Endrin, Epóxido de Heptacloro, Heptacloro, Hexaclorobenzeno - HCB, Hexaclorociclohexano - HCH (vulgarmente conhecido como BHC) e seus isômeros,,γ, (Lindano) e, Metoxicloro e Mirex (Dodecacloro). 5. INTERFERÊNCIAS As iscas granuladas são geralmente formuladas em farelo de milho e contém substâncias tais como corantes e atrativos sexuais que interferem no procedimento analítico. Estas interferências são eliminadas, após extração, por filtração e clean-up com sílica-gel. 6. PRECISÃO E EXATIDÃO Na análise de um lote de amostras formuladas, a variação analítica da determinação foi de 10%. 7. ALCANCE DO MÉTODO ANALÍTICO -sensibilidade: 1 mg/l -limite de detecção: 5 mg/l -faixa ótima de trabalho: 10 a 100 mg/l 8. APARELHAGEM E MATERIAL 8.1 Cromatógrafo a gás equipado com detetor de ionização de chama. 8.2 Gerador ou cilindro de hidrogênio (H 2 ) com reguladores de pressão. 8.3 Cilindro de ar sintético com reguladores de pressão. 8.4 Cilindro de nitrogênio (N 2 ) com reguladores de pressão. 8.5 Colunas de vidro boro-silicato (pirex) com 1,80 m de comprimento, 2,00 mm de diâmetro interno e 6,00 mm de diâmetro externo. 8.6 Conjunto para filtração à vácuo tipo Millipore. 8.7 Filtro de teflon 0,5 m de porosidade.
3 8.8 Rota-evaporador. 8.9 Agitador mecânico Coluna cromatográfica com 1 cm de diâmetro interno e 30 cm de altura, com placa porosa e torneira de teflon. 9. PRODUTOS QUÍMICOS E SOLUÇÕES 9.1 Acetona (C 3 H 6 O) para análise de resíduos de pesticidas. 9.2 Acetato de etila (C 4 H 8 O 2 ) para análise de resíduos de pesticidas. 9.3 Hexano (C 6 H 14 ) para análise de resíduos de pesticidas. 9.4 Éter etílico (H 5 C 2 ) 2 O p.a., destilado. 9.5 Solução de extração: hexano-éter etílico (85:15). 9.6 Soluções-padrão estoques. Pesar 100 mg de cada princípio ativo, dissolver em acetato de etila e completar o volume a 100 ml em balão volumétrico. Cada solução contém 1 miligrama de produto ativo por mililitro (1 mg/ml). 9.7 Soluções de trabalho. Diluir 2,0, 5,0 e 10 ml de cada solução-padrão estoque a 100 ml com hexano, utilizando pipetas e balões volumétricos para obter soluções com concentrações de 20 mg/l, 50 mg/l e 100 mg/l. 9.8 Chromosorb W. HP 80/100 mesh (suporte). 9.9 Fases estacionárias (composição no suporte) OV % OV ,5% + QF - 1 1,95% QF - 1 6% + SE % DC % 9.10 Sulfato de sódio (Na 2 SO 4 ) anidro, p.a. Levar à mufla a 450 ºC, por uma noite, esfriar no dessecador e armazenar em frasco fechado, no dessecador Sílica-gel mesh
4 Levar à mufla a 170 ºC, por uma noite, esfriar no dessecador e armazenar em frasco fechado, no dessecador, para uso no máximo por 3 dias. 10. PROCEDIMENTO 10.1 Preparo da curva de calibração. Injetar 3 L dos padrões e determinar as condições instrumentais ótimas para a determinação analítica. De modo geral as condições necessárias são: -temperatura do detetor: 300 ºC -temperatura do injetor: 220 ºC -temperatura da coluna: variável entre 170 ºC 200 ºC -vazão de nitrogênio: 30 ml/min -vazão de hidrogênio: 30 ml/min -vazão de ar: 300 ml/min 10.2 Preparo das amostras Amostras formuladas em água ou querosene. Pipetar uma alíquota (V a ) do produto formulado em água ou pesar uma alíquota (P a ) do produto formulado em querosene correspondente a 5 mg do produto ativo e diluir com acetona em balão volumétrico de 100 ml (V f ). Injetar sob as condições dos padrões e comparar o cromatograma obtido com o cromatograma do padrão de concentração mais próxima Amostras formuladas em iscas ou pó de contato. a) Pesar uma quantidade (P a ) do produto formulado correspondente a 5 mg do princípio ativo, pulverizar em almofariz, se necessário adicionando sulfato de sódio anidro, até obter uma mistura homogênea, e transferir para erlenmeyer de 250 ml com rolha esmerilhada. Adicionar cerca de 30 ml da solução de extração e deixar em agitação mecânica durante 30 minutos. Filtrar a vácuo, em filtro de teflon 0,5 m, lavando bem o resíduo e completar o volume a 100 ml (V f ). b) Injetar a amostra sob as condições dos padrões e comparar o cromatograma obtido com o cromatograma do padrão de concentração mais próxima. c) Caso seja necessário, efetuar o "clean-up" de acordo com o seguinte procedimento:
5 Em um béquer contendo éter etílico, adicionar sílica gel suficiente para obter uma camada de 10 cm de altura na coluna cromatográfica. Misturar bem e transferir cuidadosamente, com auxilio de uma pipeta, para a coluna cromatográfica, lavando com éter. Adicionar ao topo da coluna uma cama de sulfato de sódio anidro com 2 cm de altura. Eluir o éter até alcançar a camada de sulfato de sódio sem ultrapassá-la e então adicionar 10 ml da amostra extraída, utilizando o mesmo procedimento anterior. Eluir a coluna com 100 ml de solução de extração, recolhendo em balão de 300 ml, que possa ser acoplado ao rota-evaporador. Concentrar lentamente à temperatura ambiente, até cerca de 10 ml. 11. CÁLCULO P = Cp Aa Ap x ( Va Vf P) ou Pa x onde: P = percentual de peso do princípio ativo na amostra (p/p) C p = concentração do padrão em mg/l A a = área do pico da amostra A p = área do pico do padrão V f = volume final da amostra em ml V a = volume inicial da amostra em ml (para amostras formuladas em água) P = peso específico da água em g/ml P a = peso da amostra em g (para amostras formuladas em querosene, iscas ou pó de contato) 1 = fator de conversão do resultado para porcentagem REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FEEMA. FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE. Serviço de Análise Instrumental. Notas Técnicas. Rio de Janeiro, s.d. (manuscrito) INGLATERRA. The British Crop Protection Council. The pesticide manual; a world compendium, 7 ed., London, 1983.
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