Definição de saúde. Os animais não são máquinas, são seres sencientes
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- Zilda Dias Palmeira
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2 Definição de saúde Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doenças (Organização Mundial da Saúde)
3 Definição de saúde Os animais não são máquinas, são seres sencientes
4 Definição de saúde Um ser senciente tem emoções, como medo e raiva tem sentimentos relacionados a essas emoções tem consciência do que está acontecendo com ele e ao redor dele pode sentir dor pode sofrer
5 Definição de saúde Conclusão: para ser considerado saudável, um animal deve estar livre de doenças, lesões e problemas comportamentais e ter uma boa relação com outros animais e com humanos
6 Definição de saúde Exemplo: porcas criadas em gaiolas
7 Definição de saúde Exemplo: porcas criadas em gaiolas Problemas considerados normais - Doenças crônicas, como gastrite e cistite - Lesões - Estereotipias - Depressão
8 Definição de saúde Saúde é o resultado do equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e o seu ambiente
9 Definição de bem-estar O bem-estar de um indivíduo é o seu estado em relação às suas tentativas de se adaptar ao ambiente
10 Definição de saúde populacional Saúde populacional é o valor médio resultante do agrupamento dos diferentes graus de saúde dos indivíduos que compõem a população
11 Saúde populacional Graus de saúde dos indivíduos de uma população Sem sinais clínicos, sem lesões, sem problemas comportamentais graves Sem sinais clínicos, sem lesões aparentes, sem problemas comportamentais graves, mas apresentando infecções, infestações, tumores... Com leves alterações de saúde Com sinais clínicos, com lesões aparentes, com problemas comportamentais graves
12 Indicadores de ocorrência de doenças em populações Indicadores mais utilizados Mortalidade: risco de um indivíduo da população morrer Letalidade: risco de um indivíduo da população, que esteja doente, morrer Morbidade: risco de um indivíduo da população adoecer - Incidência: considera casos novos - Prevalência: considera casos existentes
13 Formas de ocorrência de doenças Formas básicas em populações Forma endêmica: a doença está, normalmente, presente na população de uma determinada área geográfica, mantendo-se dentro de limites considerados esperados Forma epidêmica: a frequência da doença na população de uma determinada área geográfica ultrapassa os limites esperados
14 Formas de ocorrência de doenças em populações Exemplo de epidemia na população humana Peste bubônica ou peste negra
15 Formas de ocorrência de doenças em populações Exemplo de epidemia na população humana Peste bubônica ou peste negra - Agente: Yersinia pestis - Fontes de infecção: roedores e humanos - Vias de transmissão: pulgas e ar - A maior epidemia ocorreu no século XIV - Matou milhões de pessoas na Ásia e na Europa
16 Formas de ocorrência de doenças em populações Exemplo de epidemia na população animal Peste bovina
17 Formas de ocorrência de doenças em populações Exemplo de epidemia na população animal Peste bovina - Agente: Morbillivirus - Fontes de infecção: ruminantes e suínos - Via de transmissão: contágio - A maior epidemia ocorreu no século XVIII - Matou metade dos bovinos da França
18 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres A doença - Doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae
19 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres A doença - Pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa e profusa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras - Esse quadro, quando não tratado, pode evoluir para desidratação, acidose e colapso circulatório, com choque hipovolêmico e insuficiência renal
20 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres A doença - Os primeiros casos de cólera em Londres ocorreram em A epidemia que ocorreu entre 1831 e 1833 matou mais de 200 mil pessoas na Inglaterra e no País de Gales
21 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres A doença - Naquela época, a maioria dos médicos acreditava na teoria dos miasmas: o ar pestilento das grandes cidades seria a causa da maioria das doenças
22 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O investigador John Snow ( ): médico Iniciou seus estudos sobre cólera em 1848, durante uma epidemia que matou 50 mil pessoas na Inglaterra e no País de Gales
23 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O investigador Publicou sua teoria em 1849: Sobre a forma de transmissão do cólera Afirmou que as evacuações dos doentes se misturavam com a água utilizada para consumo humano, através da contaminação de poços, cisternas e rios
24 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O investigador Sua teoria não foi aceita pelos miasmistas Continuou seus estudos até que, em 1854, conseguiu provar que o cólera é transmitido pela água
25 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O surto Ano: 1854 (agosto e setembro) Local: cidade de Londres - Superpopulação, insalubridade e miséria - Não existia tratamento de água, nem de esgoto, e o lixo era coletado pelos catadores - Muitos animais domésticos eram criados e abatidos na cidade
26 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O surto Em um raio de 220 metros do local onde a Cambridge Street se une à Broad Street, houve mais de 500 ataques fatais do cólera em apenas dez dias (John Snow)
27 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O primeiro estudo epidemiológico John Snow utilizou os dados do Departamento de Registros Gerais de Londres para obter os endereços das pessoas que haviam morrido No local do surto, coletou novas informações, principalmente em relação à origem da água utilizada pelas pessoas
28 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O primeiro estudo epidemiológico Moravam perto da bomba Moravam longe da bomba Consumiam a água da bomba Não consumiam a água da bomba Total Total * * Primeiras mortes registradas no Departamento de Registros Gerais
29 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O primeiro estudo epidemiológico John Snow observou que, das 83 pessoas que morreram no início do surto, 69 (83%) consumiram água da bomba da Broad Street
30 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O primeiro estudo epidemiológico Surto de cólera, Londres, 1854 Casos fatais
31 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres O primeiro estudo epidemiológico
32 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres Conclusões Caso índice: bebê da família Lewis - Apresentou vômitos e diarreia - Suas fezes foram jogadas em uma fossa, em frente à casa da família - A fossa ficava ao lado do poço - As paredes da fossa e do poço apresentavam vazamentos
33 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres Conclusões Casos secundários - Contraíram cólera ingerindo a água do poço contaminada com fezes
34 Estudos epidemiológicos Surto de cólera em Londres Medidas de prevenção e controle Remoção da manivela da bomba, uma semana após o início do surto A incidência da doença começou a diminuir imediatamente
35 Estudos epidemiológicos Estudos observacionais O investigador coleta dados, mas não intervém Ex: associação entre infecções do trato urinário em suínos e permanência em gaiolas de gestação
36 Estudos epidemiológicos Estudos experimentais O investigador intervém Ex: eficácia do chá de pitangueira (Eugenia uniflora) no tratamento de diarreia em bezerros
37 Estudos epidemiológicos Principais estudos epidemiológicos Estudo descritivo Estudo transversal Estudo caso-controle Estudo de coorte Ensaio clínico randomizado
38 Doenças transmissíveis Definição de doença transmissível Doença causada por um agente infeccioso ou pela toxina por ele produzida, por meio da transmissão desse agente ou de seu produto tóxico, a partir de uma pessoa ou de um animal infectado, ou ainda de um reservatório, para um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente Ex: raiva em bovinos, leptospirose em humanos
39 Doenças transmissíveis Definição de doença transmissível Indivíduo infectado Reservatório Agente ou toxina Transmissão direta ou indireta Agente ou toxina Indivíduo suscetível
40 Doenças transmissíveis Multicausalidade Raramente as doenças e os agravos à saúde são determinados por uma única causa Nas doenças transmissíveis, as causas pode ser classificadas em três grupos: - Fatores relacionados ao agente biológico - Fatores relacionados ao hospedeiro - Fatores relacionados ao ambiente
41 Doenças transmissíveis Tríade epidemiológica Agente Hospedeiro Ambiente
42 Doenças transmissíveis Cadeia epidemiológica Fontes de infecção Hospedeiro suscetível Vias de eliminação Agente Portas de entrada Agente Vias de transmissão Agente
43 Vigilância epidemiológica Definição de vigilância epidemiológica Coleta, análise e interpretação sistemática de dados para o planejamento, a implementação e a avaliação das atividades em saúde pública - Os dados obtidos pela vigilância devem ser disseminados, permitindo a implementação de ações efetivas para a prevenção das doenças
44 Prevenção de doenças Prevenção primária Prevenção secundária Prevenção terciária
45 Prevenção de doenças Prevenção Controle Erradicação
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